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João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

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Page 1: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

João Pinto

Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

Page 2: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

Doenças emergentes transmitidas por vectores

• Crescente preocupação:

- Alterações climáticas e ambientais

- Globalização e mobilidade entre populações

Introdução de agentes patogénicos e seus insectos vectores

• Exemplos do passado e do presente confirmam a invasão e expansão de insectos vectores. Dois exemplos:

- Anopheles gambiae no nordeste do Brasil

- Aedes albopictus na Europa

(Re)emergência de doenças (e.g. malária, infecções arbovirais)

Page 3: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

A. gambiae s.l. 40º

100 km

Paraíba

Ceará

Rio Grande do Norte

Natal

Introdução de Anopheles gambiae no Brasil, 1930-1940

1930

• Introdução por via marítima, a partir do Senegal

Epidemia1930-31

• Primeira epidemia na região de Natal – 500 mortes por malária

Dispersão “silenciosa”1932-37

• Dispersão do vector no Nordeste – 2 estados, 54.000 km2

Epidemia1938-39

Epidemia1938-39

• Epidemias de 1938-1939 - > 5.000 mortes

• Erradicação do vector em 1940, 10 anos após a sua introdução

A. gambiae s.l., principal vector de malária em África

Page 4: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

Introdução de Aedes albopictus na Europa

Distribuição nativa de Ae. albopictus, vector de Febre Amarela e DengueAlbania

1979

Itália1990

França1999

Bélgica2000

Suíça2003

Espanha2004

Grécia2004

Holanda2005

• Epidemia de Febre Chikungunya no Nordeste de Itália (Agosto 2007)- 204 casos confirmados e uma morte- Controlada em Novembro de 2007

2007

Page 5: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

• Portugal: condições para o estabelecimento de doenças por vectores

• A introdução de espécies de vectores “exóticas” é uma realidade- Risco de estabelecimento de doenças por vectores

• Resposta rápida e eficiente- Sistema de vigilância integrado ao nível europeu- Planos prevenção e controlo- Conhecimento da realidade– investigação básica e aplicada

Prever o futuro?

Page 6: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

I & D em vectores no CMDT-LA

• Vectores de malária de regiões tropicais- PALOP, Brasil, Camarões, Gabão, Gana e Guiné Equatorial- Estudos bio-ecológicos e genéticos- Resistência a insecticidas- Modelos experimentais (insectário)

• Mosquitos vectores em Portugal- Investigação básica- Investigação aplicada- Apoio à sociedade civil

Page 7: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

Formas comportamentais de Culex pipiens- vector do vírus West Nile

pipienspipiens molestus

Preferência por aves Preferência por mamíferos

Híbridos

• Determinar o grau de diferenciação genética entre as formas

• Caracterizar populações híbridas, a nível comportamental e genético

Vectores-ponte: transmissão de arbovírus entre aves e humanos

Page 8: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

Estudos bio-ecológicos(terreno e insectário)

Identificação molecular (correlação genótipo – fenótipo)

híbridos pipiens molestus

Diferenciação genética entre formas(análise de microssatélites)

Eixo 1 (84.4%)

Eix

o2

(15.

6%)

Eixo 1 (84.4%)

Eix

o2

(15.

6%)

Implicações epidemiológicas

Page 9: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

• Determinar condições ambientais que podem influenciar:- distribuição geográfica- variação temporal- dinâmica de doenças emergentes

24 Países

48 Instituições

Virose do Nilo Ocidental (West Nile)Virose do Nilo Ocidental (West Nile)

Doenças transmitidas por roedoresDoenças transmitidas por roedores

Doenças transmitidas por carraçasDoenças transmitidas por carraças

MaláriaMaláriaLeishmanioseLeishmaniose

1. Estabelecer sistemas de vigilância

2. Identificar locais de risco

3. Dotar as autoridades nacionais e europeias de informação para o controlo de possíveis epidemias

Ferramentas epidemiológicas que permitam:

Emerging Diseases in an European changing eNviroment

Page 10: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

EDEN - MALÁRIA

Ambiente e Clima Mosquitos e Parasitas

Modelaçãomatemática

Estudos Sociais

Determina-se a Capacidade e Competência Vectorial do antigo vector da malária em Portugal

Nijmegen Medical Centre

São avaliados dados sobre malária autóctone, no passado, e sobre malária importada, no presente.

Avalia-se o impacte da mobilidade e actividades humanas na avaliação do risco de introdução e/ou transmissão da malária.

FL – Centro de Estudos Geográficos

Caracterizam-se condições ambientais actuais e passadas, i.e. no período em que houve malária em Portugal.

UPMM e FCT

Page 11: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

• Turismo/urbanização: componente entomológica em Estudos de Impacto Ambiental

Apoio à sociedade civil

• Industria têxtil: Ensaios de repelência de tecidos impregnados com repelentes por nano-encapsulação

Page 12: João Pinto Globalização dos insectos vectores: o que fazer?

Obrigado• Colaboradores (Europa, CPLP e EUA)

• Financiamento nacional e internacional- FCT e IPAD

- União Europeia (STD/3, INCO/DC, FP6, FP7)

- WHO/TDR

• Equipa– J. Pinto– P. Salgueiro– J.L. Vicente– A. Angella– A.R. Côrte-Real– V. Teófilo– S. Duarte– V.E. do Rosário

• Do IHMT– C.A. Sousa– M.T. Novo– A.P. Almeida