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Revista de Imprensa19-09-2016

1. (PT) - Correio da Manhã, 19/09/2016, Hospitais com mais poderes nos negócios da Saúde 1

2. (PT) - Público, 19/09/2016, O SNS foi o 25 de Abril da Saúde 3

3. (PT) - Correio da Manhã, 19/09/2016, Vacina da gripe para mais doentes 4

4. (PT) - Público, 17/09/2016, Parlamento reclama alargamento geográfico dos rastreios de cancro 5

5. (PT) - Diário de Notícias, 19/09/2016, União Europeia quer governos a tratar melhor a saúde mental 6

6. (PT) - Público - Público Porto, 17/09/2016, Novos centros de saúde do Porto vão estar prontos em 2018 9

7. (PT) - Diário do Minho, 19/09/2016, Hospital de Guimarães celebra bodas de prata 10

8. (PT) - Jornal de Notícias, 18/09/2016, Autarcas querem mais camas nos cuidados continuados 11

9. (PT) - Jornal de Notícias, 17/09/2016, Administração do hospital completa 12

10. (PT) - Jornal de Notícias, 17/09/2016, Três milhões para investir no hospital 13

11. (PT) - Jornal de Notícias, 17/09/2016, Metade dos doentes com bactéria já saíram do isolamento 14

12. (PT) - Diário do Minho, 18/09/2016, Paróquia de Polvoreira tem «ilha de misericórdia» 15

13. (PT) - Jornal de Notícias, 18/09/2016, Sonae financia futura ala pediátrica do Hospital S. João em trocade loja Continente

16

14. (PT) - Público, 18/09/2016, Voltar a respirar sozinho, a andar, a correr. Com uma bola nos pés 18

15. (PT) - Correio da Manhã, 18/09/2016, 64 milhões para 3000 enfermeiros 20

16. (PT) - Jornal de Notícias, 18/09/2016, Enfermeiros com acesso a última vontade do doente 21

17. (PT) - Diário de Notícias, 18/09/2016, Portugal está livre de sarampo e rubéola 22

18. (PT) - Correio da Manhã, 19/09/2016, "As crianças não devem deixar de ser vacinadas" - Entrevista aGrraça Freitas

24

19. (PT) - Expresso, 17/09/2016, Infarmed trava medicamento inovador 25

20. (PT) - Público, 19/09/2016, Genéricos, um investimento na saúde 26

21. (PT) - Expresso - Revista E, 17/09/2016, O feitiço infetou o feiticeiro 27

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11111111

Autonomia dos centros de saúde vai sair reforçada com nova reforma

5 Administrações Regionais de Saúde são distribuídas pelo Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Estes organismos do Ministério da Saúde pretendem ser reconhe-cidos, por utentes e parceiros, como organizações que assegu-ram a prestação de serviços.

Cuidados As ARS articulam a atividade dos cuidados de saúde primá-rios, cuidados continuados in-tegrados, cuidados hospitala-res, comportamentos aditivos e rede de prestadores de serviço.

I3 A transferência de compe-tências das Administrações Regionais de Saúde para os hospitais e centros de saúde é uma medida bem aceite por Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Central da Ordem dos Médicos. "As

ARS não têm inovado e são agentes políticos e burocráti-cos que não resolvem os pro-blemas existentes. Numa re-forma, o pior que pode acon-tecer é retirar competências mantendo as estruturas", defende Carlos Cortes. • Problemas na saúde mantém-se

Médicos criticam falta de eficácia

MUDANÇAS

Reforma na saúde dá

poderes a ospaais AUTONOMIA O Contratações de médicos e enfermeiros passam a ser negociadas pelas unidades com a administração central SUPERVISÃO O Administrações regionais ficam a supervisionar processos

h

CRISTINA SERRA

OGoverno está a preparar a reorganização das admi-nistrações regionais de

saúde (ARS), transferindo para hospitais e centros de saúde maior autonomia em áreas como a contratação e gestão de profissionais de saúde. A medi-da já começou a ser discutida e a proposta final deverá estar con-cluída até ao final do ano.

Um dos objetivos desta refor-ma, apurou o CM, passa por agi-lizar as administrações regio-nais, desburocratizando pro-cessos que até agora eram vistos como demorados. Um deles, talvez o de maior relevância para as unidades de saúde, é precisamente a contratação e gestão de profissionais. Os hos-pitais e centros de saúde vão

FUNCIONÁRIOS DAS ARS VÃO REFORÇAR SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS poder negociar diretamente com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e Serviços Partilhados do Minis-tério da Saúde (SPMS).

Com esta reorganização, sabe o CM, parte dos cerca de dois mil funcionários das cinco ad-ministrações regionais de saúde poderão ser redistribuídos para reforçar as unidades hospitala-res e centros de saúde. As ARS perdem algumas competên-cias, mas vão assumir as fun - ções de supervisão de todos es-tes processos negociais. O CM contactou o Ministério

da Saúde, que garantiu apenas não estar prevista a extinção das administrações regionais de saúde. • NOTICIA EXCLUSIVA DA EDIÇÃO EM PAPEL

114;áik21

Medida discutida com os parceiros G A Associação Portuguesa dos Administradores Hospi-talares mostra dúvidas numa transferência de competên-cias das Administrações Re-gionais de Saúde para os hos-pitais. "Uma reforma dessas deve ser uma medida discuti-da com os parceiros", afirmou ao CM Alexandre Lourenço. •

SAIBA MAIS

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Âmbito: Informação Geral

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ADMINISTRAÇÕES

REGIONAIS

ERDEM COMPETÊNCIAS

DOIS MÍL FUNCIONÁRIOS

VÃO SER REDISTRIBUÍDOS

Krouo

HétPITAIS COM MAIS PODERES NOS NEGI)CIOS DA SANE

O CONTRATOS com médicos e enfermeiros vão passar a ser geridos pelas unidades

o AUTONOMIA maior para os centros de saúde também —está a ser preparada P.20

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O SNS foi o 25 de Abril da Saúde

O Serviço Nacional de Saúde

celebrou na passada semana

o seu 37.º aniversário. Foi em

1979 que o deputado socialista

António Arnaut transformou

em lei o projeto no qual tinha

estado a trabalhar alguns meses

antes, enquanto ministro dos

Assuntos Sociais do Governo de

coligação PS-CDS.

Apesar de hoje ser praticamente

consensual, o SNS teve o seu início envolto

em polémica. À época, a Ordem dos Médicos

opôs-se ferozmente à solução encontrada

e, pouco depois, o Governo da Aliança

Democrática (PSD-CDS) chegou mesmo a

legislar no sentido da sua dissolução, diploma

que foi travado no Tribunal Constitucional.

Nas décadas seguintes, o SNS afi rmou-se na

sociedade portuguesa em função dos valores

de que é portador e dos resultados que nos

permitiu, enquanto povo, alcançar. Graças às

suas universalidade e tendencial gratuitidade,

este serviço público permitiu o acesso à saúde

a todos os portugueses, independentemente

da sua condição social e/ou geográfi ca.

Concretizando a democratização da utilização

do progresso científi co e tecnológico da

medicina, que até então estava apenas ao

alcance de algumas pessoas, o SNS foi o

verdadeiro 25 de abril da Saúde

Ao mesmo tempo, estimulando a liderança

técnica dos seus profi ssionais, o SNS contribuiu

decisivamente para a melhoria do panorama

sanitário do país. O melhor exemplo é a saúde

materno-infantil, onde um destacado grupo

de profi ssionais liderou um processo de

mudança que trouxe a mortalidade infantil

para um dos melhores níveis mundiais

e quase fez desaparecer a mortalidade

materna. À frente dessa equipa pontifi cava o

médico Albino Aroso, um exemplo que nos

deve inspirar a todos, de alguém que nunca

abandonou um comportamento ético e

profi ssional irrepreensíveis, designadamente

quando abraçou funções políticas da maior

responsabilidade. Mas o sucesso do SNS mede-

se, também, no aumento da esperança média

de vida à nascença; na posição destacada

no domínio da transplantação de órgãos; ou

no tratamento das doenças oncológicas de

acordo com os mais exigentes padrões.

A Saúde é, porventura, o único sector

das políticas públicas onde a comparação

internacional favorece o nosso país, e esse

mérito cabe por inteiro ao SNS. Isso não

signifi ca, todavia, que a sua continuação e

desenvolvimento estejam automaticamente

assegurados. Essa lição foi-nos dada, aliás,

nos últimos anos, tempos dramáticos em

que testemunhámos o defi nhar das políticas

públicas para a Saúde.

Embora com um discurso meloso de

elogio ao SNS, o Governo PSD-CDS tomou

medidas que abalaram profundamente os

seus fundamentos. Fomentou a desigualdade

no acesso a tratamentos inovadores entre

diferentes hospitais do SNS, e outros

subsistemas públicos, como a ADSE, por

exemplo, e colocou em causa a liderança

profi ssional sempre que ela contestava as

restrições injustifi cáveis que ocorriam.

O SNS saiu combalido da política austeritária

dos últimos anos e a confi ança dos cidadãos

foi abalada. O atual Governo tem, por isso,

um enorme desafi o pela frente. Retomar

o passo na reforma dos cuidados de saúde

primários, que devem ver reforçado o seu

papel de porta de entrada dos utilizadores do

sistema, combinando, de forma harmoniosa,

qualidade e proximidade. Desenvolver

os cuidados

continuados, cada

vez mais necessários

face às mudanças

demográfi cas

que ocorrem no

país. Intervir nos

hospitais, atacando

decisivamente

os seus maiores

problemas: barreiras

no acesso à consulta

externa, afl uxo

exagerado à urgência,

crescimento da

infeção em meio

hospitalar. Para

o conseguir é

imperioso devolver

a confi ança aos

cidadãos. Por isso

aplaudo muitas das

medidas que têm sido

tomadas. Reduzir as

taxas moderadoras;

retomar a isenção

para os dadores de sangue; facilitar o acesso ao

médico de família por todos os portugueses;

permitir a livre circulação das pessoas nas

instituições do SNS; promover o diálogo com

os profi ssionais e as suas organizações são

medidas na direção certa.

No atual contexto de restrição orçamental,

é imperioso que a equipa do Ministério da

Saúde tenha ao seu dispor os recursos de

que necessita, mas é também fundamental

que eles sejam alocados com o adequado

equilíbrio regional e que sejam adotadas

medidas que devolvam às instituições

a necessária autonomia de gestão. O

centralismo doentio da governação da direita

foi e é responsável por parte importante das

inefi ciências que se verifi cam no SNS.

Para proteger o bem precioso que é o SNS,

temos que o desenvolver. Agir nesse sentido

é a obrigação de todos os que acreditam que

o acesso de todos os cidadãos aos cuidados

de saúde é uma componente inalienável da

proteção da dignidade humana.

Médico, ex-secretário de Estado da Saúde

A Saúde é, porventura, o único sector das políticas públicas onde a comparação internacional favorece o nosso país

Debate Serviço Nacional de SaúdeManuel Pizarro

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VACINAÇÃO

Pessoas com mais de 65 anos têm acesso gratuito à vacina da gripe

Vacina da gripe para mais doentes PREVENÇÃO O Doenças graves e debilitantes com medicamento gratuito

CRISTINA SERRA

p ortugal comprou este ano 1,2 milhões de doses da vacina da gripe, mais cer-

ca de 50 mil do que no ano pas-sado. O custo das vacinas as-cende a 3,2 milhões de euros. Este aumento de doses vai per-mitir que a vacinação gratuita no Serviço Nacional de Saúde seja alargada a mais utentes, além dos grupos de risco.

O objetivo, explica ao CM Gra-ça Freitas, subdiretora-geral da Saúde, é abranger um grupo de pessoas com menos de 65 anos

. que sofram de "doenças muito graves e debilitantes". "São doenças menos frequentes, mas

muito graves", acrescentou Graça Feiras, sem especificar, porém, quais vão ser abrangi-das. As normas de orientação clínica só serão publicadas entre os dias 24 e 27 deste mês.

Está previsto as vacinas da gri--pe chegarem aos centros de saúde no dia 3 de outubro, por ser o pri-meiro dia útil do mês.

A partir dessa data, podem ser vacinadas gratuitamente todas as pessoas com mais de 65 anos e profissionais de saúde.

A Direção-Geral da Saúde re-comenda a vacinação também a

doentes crónicos e a grávidas. Quem não ior abrangido pela gratuitidade da vacina, deve adquiri-la nas farmácias.

"As vacinas da gripe são esco-lhidas anualmente pela Organi-zação Mundial de Saúde e as que

adquirimos são coinci-dentes com as vírus que atualmente

circulam no hemisfério sul", explica Graça Freitas. Assim sendo, as vacinas da gripe ad-quiridas por Portugal vão in-cluir os vírus H3N2, H1N1 e o vf • rus do tipo B (mais informação na página 51) . •

VÃO CHEGAR AOS CENTROS DE SAÚDE JÁ NO PRÓXIMO DIA 3 DE OUTUBRO

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Parlamento reclama alargamento geográfi co dos rastreios de cancro

Aprovados projectos de resolução que recomendam ao Governo o reforço das medidas de prevenção e combate. Liga contra o Cancro negoceia realização de exames em Lisboa, onde os rastreios não chegam

NELSON GARRIDO

Alargamento dos rastreios partiu de uma petição da Liga Portuguesa contra o Cancro que reuniu 27.500 assinaturas

Os deputados de todos os partidos

com assento na Assembleia da Repú-

blica querem que o Governo reforce

as medidas de prevenção e de com-

bate ao cancro e que disponibilize

mais informação sobre os rastreios

de base populacional. Ontem, a As-

sembleia da República aprovou, por

unanimidade, dois projectos de re-

solução que apontam neste sentido,

depois de, no dia anterior, ter sido

debatida no plenário do Parlamento

uma petição, lançada pela Liga Portu-

guesa contra o Cancro, que reclama

a “equidade no acesso ao rastreio,

diagnóstico e tratamento das mulhe-

res com cancro da mama”. A petição

reuniu mais de 27.500 assinaturas.

“Foi um grande dia para a onco-

logia nacional, os partidos foram

unânimes em apoiar a petição em

todos os sentidos”, sublinha o pre-

sidente da Liga Portuguesa contra o

Cancro (LPCC), Vítor Veloso. A LPCC

tem quase o monopólio dos rastreios

de base populacional do cancro da

mama em Portugal. Falta-lhe alargar

o programa (que consiste na reali-

zação de mamografi as, de dois em

dois anos, a mulheres entre os 45 e

os 69 anos) aos distritos de Lisboa e

Setúbal, e também lhe escapa a re-

gião do Algarve, onde a tarefa está a

ser desempenhada por uma outra

organização, segundo adiantou ao

PÚBLICO o médico.

Mas o alargamento do rastreio à

capital está já a ser negociado com

a Administração Regional de Saúde

de Lisboa e Vale do Tejo, revelou Ví-

tor Veloso, que frisa que a petição

acabou por extravasar o seu princi-

pal objectivo, ao reclamar também a

criação de um grupo de refl exão so-

bre cancro na Comissão Parlamentar

da Saúde e ao motivar a apresentação

de dois projectos de resolução — do

Bloco de Esquerda e do PCP — que

agora foram aprovados.

O grupo de refl exão foi entretanto

criado e, segundo adiantou a sua co-

ordenadora, a deputada do CDS-PP

Isabel Galriça Neto, prepara-se para

marcar as primeiras audições a uma

série de organizações e entidades.

Quanto ao projecto de resolução do

Bloco de Esquerda, este vem reco-

mendar ao Governo a divulgação de

um relatório sobre a implementação

de rastreios de base populacional não

só de cancro da mama mas também

de cancro do colo do útero e cancro

colorrectal e ainda retinopatia dia-

bética, enquanto o diploma do PCP

insta a tutela a adoptar medidas de

reforço da prevenção, diagnóstico,

tratamento e apoio aos doentes de

cancro de mama. Os dois foram apro-

vados por unanimidade ontem.

O Parlamento também já tinha re-

comendado ao Governo, através de

uma resolução em Abril, que tomas-

se medidas para o acesso equitativo

aos programas de rastreio de base

populacional em todo país. Nesse

mês, o Ministério da Saúde deter-

minou, por despacho, que a cober-

tura regional total para o rastreio do

cancro colorrectal, do colo do útero,

da mama e da retinopatia diabética

terá de arrancar ainda este ano, de

forma a estar garantida até ao fi nal

de 2017. Agora, a LPCC quer saber

o que é que já foi feito a este nível.

Através do núcleo do centro, a

LPCC foi pioneira ao lançar o progra-

ma de rastreio do cancro da mama

há quase duas décadas nessa região.

O rastreio foi mais tarde alargado ao

Norte e ao Alentejo. Por esta tarefa,

a organização recebe um valor da

ordem dos “milhões de euros”, que

Vítor Veloso não consegue precisar.

O que a organização adianta é que,

a nível nacional, foram já executadas

“mais de 1.600.000 mamografi as de

rastreio e detectados cerca de 2200

cancros, a maior parte de peque-

nas dimensões, o que permitiu um

tratamento menos agressivo e mais

efi caz”. Na petição, a LPCC reclama

a garantia de acesso “aos melhores

tratamentos disponíveis” e o acesso

a toda a informação sobre a doença

e quer que os doentes e os familiares

“possam ter voz activa nas decisões

públicas sobre o cancro”.

SaúdeAlexandra Campos

Falta de resposta a convocatórias

Diminuiu adesão ao rastreio do cancro da mama

Do total de mulheres de Portugal continental elegíveis para rastreio do cancro da mama,

estavam cobertas por rastreios organizados no ano passado 79%, mas só cerca de 50% foram rastreadas, porque há muitas que não respondem às convocatórias. Segundo o último relatório de avaliação e monitorização dos rastreios, divulgado este ano pelo programa Nacional das Doenças Oncológicas, no cancro da mama, e entre 2009 e 2015, a taxa de adesão das mulheres

diminuiu ligeiramente, apesar da tendência de aumento do número de convidadas e rastreadas. Já o rastreio do cancro do colo do útero permitiu cobrir cerca de 21% das mulheres elegíveis no ano passado e somente 16% foram rastreadas através deste programa. Neste caso, houve um aumento da adesão ao rastreio. Relativamente ao rastreio do cancro colorrectal, em 2015 deu-se uma inversão na tendência de descida do número de utentes e rastreados e da taxa de adesão.

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Corte: 1 de 3ID: 66128363 19-09-2016

No filme Um Dia de Fúria (1993), Michael Douglas é Wllliatn Foster, um homem emocionalmente perturbado porque perdeu o emprego. Pelo caminho vai matando todas as pessoas com que se cruza. Uma situação de saúde mental no trabalho, que poderia ter sido identificada. Entidades devem estar mais atentas

UE exige aos governos que tratem melhor a saúde mental

Realidade. Só metade dos doentes mentais graves que vivem nos países da União Europeia têm acesso a cuidados ade- quados e há muitas infraestruturas que já estão ultrapassadas. De acordo com dados oficiais, os efeitos negativos destas

doenças representam 450 mil milhões de euros/ ano. Por isso, a Europa quer compromissos e atuação. ANA MAIA

A União Europeia (UE) quer que os países europeus assumam um compromisso sério para garantir mais cuidados de saúde mental. Por isso os 25 Estados membros, mais a Islândia e a Noruega, reu-niram-se para avaliar problemas e fazer propostas para dar mais tratamentos, consultas, preven-ção e envolver mais áreas políti-cas. O retrato assim o exige: as doenças mentais são muito co-muns e têm um efeito negativo na qualidade de vida pessoal e profissional (representam 22% da carga das incapacidades); são mais de 450 mil milhões de euros anuais os custos diretos e indire-tos (cuidados médicos, faltas ao trabalho, etc.); só cerca de meta-de dos doentes mentais graves na UE têm acesso a tratamentos adequados e há infraestruturas institucionais ultrapassadas. A avaliação recaiu em cinco áreas, para as quais a UE faz pro-postas e pede aos países que im-plementem as recomendações, façam uma avaliação dos resulta-dos e que mudem a legislação se preciso for: são as linhas de Ação Estratégica para a Saúde Mental e Bem-Estar da União Europeia. Os projetos inovadores vão ter apoio para que possam ser implemen-tados nos restantes países. Portugal tem legislação e um Plano de Saúde Mental que vai ao encontro das recomendações da UE. Mas como estamos neste re-trato? "Numa situação pouco confortável. Temos seguido a um ritmo lento, influenciado pelas políticas nacionais e pela crise fi-nanceira. Entre 2012 e 2015 houve um retrocesso, com pers-petiva de reativar a institucionali-zação", disse ao DN Álvaro de Carvalho, diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, re-ferindo que Portugal não precisa-rá de grandes alterações legislati-vas para põr em marcha as reco-mendações da UE. Precisa sim de outra organização e financia-mento, sobretudo para cumprir o objetivo da integração dos doen-tes na comunidade. "Sem uma mudança do modelo de financia-mento e de governação para os serviços locais não podemos

aprofundar muito o que quer que seja. A fonte de financiamento dos hospitais são as consultas e os internamentos. Há um mode-lo que está a ser estudado no âm-bito dos EEA-Grants [programa de financiamento europeu] em que o dinheiro segue o doente, à semelhança do que acontece com a diabetes e o VIH, em vez de ser um valor per capita. Se o doente precisar de cuidados na comunidade é acionado um fi-nanciamento específico", explica, referindo que é este o modelo que vai ser proposto ao Ministério da Saúde. O modelo de organização teria por base os centros de responsa-bilidade integrada já previstos desde 1999, mas que não avança-ram. "Os serviços locais de saúde mental seriam centros destes. O diretor estabelece um plano para determinado tempo, recebe o orçamento de acordo com os objetivos. Se não cumprir é pena-lizado." O atual ministro da saúde, Adalberto Campos Fernandes, já disse que os cen-tros de responsabilidade integra-da são uma das áreas a apostar.

Mais cuidados na comunidade e menos nos hospitais

> Segundo a UE, ainda existe um longo caminho a percorrer na criação de uma rede de cuidados mentais na comunidade e na dis-ponibilização de cuidados social-mente inclusivos e de boa quali-dade na Europa. Defende-se, por isso, uma ligação mais próxima com os centros de saúde, a coo-peração com os serviços sociais e de emprego para que existam projetos vocacionais ou residên-cias acompanhadas. Um dos exemplos de boas práticas saiu de Portugal, que coordenou este grupo de trabalho na ação con-junta europeia. Aliás, o modelo de novo financiamento que está a ser estudado em Portugal tem por base um projeto desenvolvi-do em Oeiras, com uma equipa do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental que em 2009 recebeu financiamento por ser um pro-grama inovador.

No terreno trabalha uma equipa com psiquiatras, psicólogos, as-sistentes sociais e enfermeiros. Estão numa casa alugada em Caxias, onde os doentes mentais graves, que mais dificilmente iriam ao hospital, têm consultas e planos individuais. E onde a fa-mília destes também participa. "O facto de termos instalações nestes locais é socialmente mais inclusivo. Trabalhamos com o doente e apoiamos a famflia. Trabalhamos com as autorida-des locais — Câmara de Oeiras, juntas de freguesia, associações recreativas, Instituto do Emprego —, o que permite en-contrar resposta para os nossos doentes. Após uma crise faze-mos a reabilitação inicial e tra-balhamos com instituições que

promovem formação e emprego apoiado. Quando não é possível para o doente, existem os fóruns ocupacionais, onde têm ativida-des, relacionamento com outras pessoas, desenvolvem compe-tências. Dá-lhes objetivos. Sem isto, a alternativa após interna-mento seria irem para casa e ter consulta de dois em dois meses no hospital", explicou ao DN Joaquim Gago, coordenador da equipa, que reconhece que o fi-nanciamento tem sido difícil e que projetos como este são ainda exceções e não a regra. Com este modelo, acrescentou, é possível diminuir as crises, porque estão mais perto dos doentes, e conse-quentemente os internamentos, o que significa melhores cuida-dos e vida para os doentes.

Prevenir as depressões e reduzir o risco de suicídio

>A UE quer que esta seja uma prioridade. "Agir contra a exclu-são económica e social, a violên-cia doméstica, o bullying, consu-mo de drogas e álcool", pode ler--se nas linhas estratégicas euro-peias, que defendem ainda o apoio das redes sociais de prote-ção e o aumento do reconheci-mento da depressão e o acesso a tratamentos com mais psicotera- pia e felLconentas eletrónicas. No caso Portugal já foram imple-mentados projetos que estão a chegar aos centros de saúde do país de formação de médicos e enfermeiros "para capacitação do diagnóstico da depressão e trata-mento", diz Álvaro de Carvalho,

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

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Área: 11,00 x 30,00 cm²

Corte: 2 de 3ID: 66128363 19-09-2016

RETRATO

450 > mil milhões de euros/ano É este o custo financeiro geral das doenças mentais na União Europeia por ano. Estes custos incluem gastos diretos com mé-dicos, mas também indiretos, • relacionados com cuidados e perdas de produtividade (por exemplo faltas ao trabalho).

22 > por cento O valor da carga das incapaci-dades na Europa, medida em anos vividos com incapacidade. As doenças mentais apresen-tam uma elevada prevalência na Europa e têm um peso eleva-do quer para o cidadão quer para a economia e a sociedade.

37,8 porcento

Doentes com depressões gra-ves em Portugal que tiveram contacto para tratamento no ano de início da doença. Só 27,1% das pessoas com pertur-bação bipolar tiveram o mesmo.

adiantando que "nos centros de saúde estão a ser incluídos indi-cadores de saúde mental na ava-liação das grávidas". O plano do governo passa por ter também psicólogos nos centros de saúde. Aqui, fica um alerta. "Tem de ter formação em psicoterapias, que são intervenções mediadas pela palavra, em que a medicação não é a componente principal", de-fendeu o diretor do programa na-cional de saúde mental.

Escolas: um aliado para promover a saúde mental

A maioria das doenças mentais começam antes da idade adulta. Por isso a UE afirma que as esco-las são fundamentais para preve-nir as doenças mentais, reconhe-cimento da doença e informação sobre os tratamentos. Recomenda, pois, que haja for-mação a todos os funcionários e que as escolas sejam vistas como urna parte da rede. Portugal já está a agir. "Foram desenvolvidos dois projetos, um com equipas de saúde, outro com.equipas educa-tivas (professores] que procura sensibilizar para a valorização dos sinais de sofrimento de crianças e adolescentes [por exemplo, perturbações no sono ou lesões autoinfligidas]. Já está a ser estendido a todo o país", disse Álvaro de Carvalho.

Promover melhor saúde nos locais de trabalho

A principal recomendação da UE é a intensificação da colabo-ração política entre a saúde e o trabalho para a criação de estra-tégias que envolvam as empre-sas. E uma forma de combater as reformas antecipadas e faltas ao trabalho por doença mental, que aumentaram nos últimos anos. Querem que haja a identificação e combate aos fatores de risco psicossocial, promoção de vida saudável e serviços de saúde dis-poníveis para os trabalhadores que precisem. Em Portugal já existe um projeto que pretende avaliar a pressão que a crise criou nos locais de trabalho e o apoio dado aos grupos mais afetados.

Saúde mental tem de estar em todas as políticas

Público, privado, políticas inter-nacionais, nacionais, regionais. A UE quer que todas as decisões tenham em conta os efeitos que as medidas podem ter na saúde mental da população. Consideram que é fundamental que haja mais conhecimento sobre a saúde mental para que se reduza o fosso que existe entre as decisões e o impacto destas. No nosso país decorre um estudo sobre o impacto da crise na saúde mental.

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Tiragem: 26929

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Corte: 3 de 3ID: 66128363 19-09-2016

BRUXELAS

União.Europeia quer governos a tratar melhor a saúde mental SOCEDADE PÁGS.18 E L9

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A9

Público Porto Tiragem: 32078

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

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Novos centros de saúde do Porto vão estar prontos em 2018

ADRIANO MIRANDA

A Unidade de Saúde de Azevedo também será alvo de uma intervenção, pois não tem condições para continuar a prestar serviços à população

Os novos centros de saúde do Porto,

recomendados na Carta de Equipa-

mentos de Cuidados de Saúde Primá-

rios da cidade, devem estar prontos

e a funcionar até ao fi nal de 2018. É

mais um ano do que o que fora ini-

cialmente previsto pelo então presi-

dente da Administração Regional de

Saúde e actual secretário de Estado

Adjunto e da Saúde, Fernando Ro-

cha. Os prazos estão fi xados em dois

documentos que deverão ser apro-

vados pelo executivo da Câmara do

Porto na próxima terça-feira.

De acordo com um protocolo de

colaboração entre o município e a

ARSN, fi ca determinado que será esta

última a assumir a responsabilida-

de da construção da nova Unidade

de Saúde de Campanhã e que essas

obras devem iniciar-se no “terceiro

trimestre de 2017, entrando em fun-

cionamento até ao fi nal de 2018”.

Segundo Fernando Araújo disse ao

executivo liderado por Rui Moreira,

na apresentação da carta à vereação,

em Outubro de 2015, este centro de

saúde fi cará instalado na antiga Es-

cola Básica e Secundária do Cerco e

deverá custar 1,5 milhões de euros.

Ligada a ela, mas funcionando

com alguns serviços de proximida-

de, a Unidade de Saúde de Azevedo

também será alvo de uma interven-

ção, já que a carta a identifi cou como

não tendo condições para continuar

a prestar serviços à população, mas

os serviços entenderam que, dada a

situação específi ca desta zona isolada

da freguesia de Campanhã, ela não

deveria simplesmente encerrar. Des-

de o início que esta intervenção é a

que continua a ter contornos menos

defi nidos e, no protocolo que agora

vai ao executivo, a situação não se

alterou. “Relativamente à Unidade

de Saúde de Azevedo, os dois ou-

torgantes estabelecerão um plano

e calendário de intervenção até ao

fi nal do primeiro trimestre de 2017”,

lê-se no documento a que o PÚBLICO

teve acesso.

Uma indefi nição bem diferente

da futura Unidade de Saúde da Ba-

talha, que deverá substituir as três

unidades de saúde dos Guindais, de

D. João IV e de Rodrigues de Freitas.

A unidade da Batalha fi cará instalada

num edifício que fazia parte do Con-

dois hectares e “vai permitir uma

melhoria de urbanização” naquela

zona de Campanhã.

A futura Unidade de Saúde de Ra-

malde será construída segundo um

projecto da ARSN, que a câmara de-

verá receber até ao fi nal de Novem-

bro. O edifício ocupará uma área de

1340 metros quadrados e, além das

áreas comuns e administrativas, te-

rá uma área de cuidados de saúde

materno-infantis, uma área de pres-

tação de cuidados de saúde e um es-

paço de formação.

Concurso do lixo impugnadoUma das empresas que participa-

ram no concurso para a recolha e

transporte de resíduos urbanos e de

limpeza do espaço público do Porto

pediu a impugnação administrativa

sobre a decisão de qualifi cação das

propostas apresentadas. Em causa

está o facto de o agrupamento clas-

sifi cado em 4.º lugar, o Hidurbe, não

ter apresentado todos os documentos

dentro do prazo e, segundo o agru-

pamento que pede a impugnação, o

Recolte (1.º classifi cado), ter mentido

quanto às razões do atraso.

No pedido de impugnação o agru-

pamento Recolte argumenta que o

Hidurbe não apresentou, dentro do

prazo previsto, a informação fi nan-

ceira referente ao ano de 2015, ten-

do mentido ao júri quando justifi cou

essa falha com o facto de as contas

daquele ano não estarem ainda apro-

vadas. O 1.º classifi cado no concur-

so afi rma que o prazo-limite para a

apresentação de candidaturas era o

dia 14 de Junho e que o Hidurbe, ao

contrário do que disse ao júri, tinha

as contas de 2015 aprovadas desde

11 de Abril. Os outros concorrentes

foram notifi cados do pedido de im-

pugnação, aguardando-se uma de-

cisão sobre esta matéria.

Unidades de Saúde de Ramalde e da Batalha devem estar a funcionar no primeiro semestre de 2018 e a de Campanhã até ao fi nal desse ano. Sobre Azevedo ainda há dúvidas

EquipamentosPatrícia Carvalho

Carta é a construção da Unidade de

Saúde de Ramalde, que, como o PÚ-

BLICO revelou, será construída pela

Câmara do Porto. Objecto de um do-

cumento próprio — um memorando

de entendimento entre o município

e a ARSN — a unidade de saúde fi cará

num terreno no Bairro das Campi-

nas e a sua construção “deverá ter

início no primeiro semestre de 2017,

de modo a que o equipamento possa

começar a ser utilizado no primeiro

semestre de 2018”, refere o memo-

rando. Em Julho, o vereador da Ac-

ção Social, Manuel Pizarro, dissera

ao PÚBLICO que a construção desta

unidade há muito aguardada repre-

senta um investimento na ordem dos

900 mil euros.

A empreitada será assumida pelo

município, que receberá, em tro-

ca, um terreno na Rua de Justino

Teixeira, 181, que, segundo indica-

ra Manuel Pizarro, possui cerca de

A Unidade de Saúde da Batalha fi cará instalada num edifício que fazia parte do Convento de Santa Clara

vento de Santa Clara, onde já funcio-

nou um centro de saúde, e que será

alvo de obras de reabilitação para o

efeito. O protocolo entre a câmara e

a ARSN estabelece que, neste caso, a

reabilitação “iniciar-se-á de imediato,

sob a responsabilidade da segunda

outorgante [ARSN], de modo a que

possa entrar em funcionamento no

primeiro semestre do ano 2018”.

O último equipamento previsto na

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A10

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

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Cores: Preto e Branco

Área: 26,00 x 9,86 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66128734 19-09-2016

DR

Hospital de Guimarães celebra bodas de prataprograma inclui, já hoje, a conferência "A Saúde como fator de Desenvolvimento Económico e Social", por Pedro Pita Barros

A s atuais instalações do Hospital da Se-nhora da Olivei-ra, em Guimarães,

completam 25 anos no próximo dia 25 de se-tembro de 2016. Por isso, mas também para cele-brar uma história de cerca de 400 anos de cuidados de saúde, os responsáveis da unidade hospitalar não querem deixar passar em branco a efeméride e pre-

pararam um vasto pro-grama que inclui, já hoje, uma conferência intitula-do "A Saúde como fator de Desenvolvimento Econó-mico e Social», com Pedro Pita Barros.

O evento está marca-do para as 18h00, no Sa-lão Nobre da Associação Industrial e Comercial de Guimarães. Para amanhã, às 11h00, no auditório do Hospital.realiza-se a ceri-

mónia de entrega de cer-tificados e diplomas do Projeto de qualificação profissional «EU QUE-RO». No dia 21, ao início da tarde, será colocada uma faixa alusiva à revali-dação da Acreditação JCI, no Exterior do Hospital;

Em nota de imprensa, a administração refere que o Hospital de Guimarães é hoje uma marca conhecida e conceituada mesmo ao

nível europeu, com uma identidade qualitativa de âmbito nacional e incon-tornável referência para a vasta região do Minho, com um contributo in-delével para o sucesso do Serviço Nacional de Saú-de. «É também uma das poucas entidades de saú-de nacionais acreditadas pelo sistema de Qualida-de da Joint Commission International», lê-se. Celebrações começam com uma conferência com Pedro Pita

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A11

Tiragem: 69755

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 30

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Corte: 1 de 1ID: 66120977 18-09-2016

Autarcas querem mais camas nos cuidados continuados

BRAGANÇA Os autarcas de Bragança exigem, pelo menos, mais 53 camas em instituiçõeS de cuidados conti-nuados da região que já estão cons-truídas e a funcionar, mas não dis-põem de acordos com a Segurança Social para toda a capacidade que foi projetada. Isso acontece em Bragan-ça, Mirandela e Vinhais.

O Governo garantiu mais 20 ca-mas para a região, no entanto, os

autarcas de Bragança, Mirande-la e Vinhais consideram esse

número insuficiente para a procura. "É importante que o Ministério da Saúde perceba que é preciso renta-bili7ar investimentos feitos e concluí-dos", explicou o presidente da Câma-ra de Bragança, Hernâni Dias (na fo-to). Os autarcas já apresentaram a rei-vindicação ao presidente da Admi-nistração Regional de Saúde do Nor-te, com quem se reuniram.

Em Bragança, a Misericórdia, na sua Unidade de Cuidados Continua-dos, aguarda que 20 camas possam

contar com os apoios da Segurança Social. A instituição foi projetada para 60 camas, mas só tem acordos com a Segurança Social para 40. A UCC da Misericórdia de Mirandela aguarda acordos para mais13 camas e na UCC de Vinhais são reclamadas 20. "O nosso território tem sido esquecido noutras matérias pelo que não per-cebo que haja qualquer constrangi-mento na atribuição de mais camas que fazem falta", referiu Hernâni Dias. G.L

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Tiragem: 69755

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

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Corte: 1 de 1ID: 66113179 17-09-2016

João Miranda é o atual diretor do Serviço de Gestão de Tecnologias do hsopital

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CIV A

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5011

3b.'0

Guimarães João Miranda é o novo vogal, depois de chumbados dois militantes do PS

Administração do hospital completa

Delfim Machado [email protected]

► O Ministério da Saúde já esco-lheu o nome que vai preencher o lugar vago no Conselho de Admi-nistração do Hospital de Guima-rães. Trata-se de João Miranda, atual diretor do Serviço de Gestão de Tecnologias e Sistemas de Infor-

mação da unidade. O futuro vogal é a terceira escolha, depois de terem sido chumbados dois nomes de mi-litantes socialistas por não terem aptidões para o cargo.

Fonte próxima do processo re-velou ao IN que a nomeação de João Miranda "deverá fazer-se nos próximos dias", logo que o nome seja validado pela Comissão de Re-

crutamento e Seleção para a Admi-nistração Pública (Cresap). Foi esta entidade "que chumbou os dois primeiros nomes propostos pelo secretário de Estado Fernando Araújo", disse a mesma fonte.

Sem aptidões Há cerca de dois meses, o gover-nante propôs a nomeação de Sofia Ferreira e Miguel Araújo, só que a Cresap não validou as nomeações por estes não terem aptidões sufi-cientes. No caso de Sofia Ferreira, é atualmente administradora dele-gada do Turismo Porto e Norte de Portugal. Faz parte do Secretariado Concelhio, da Comissão Política Concelhia do PS e deputada na As-sembleia Municipal de Guimarães.

lá Miguel Oliveira é licenciado em Direito e adjunto do presidente da Câmara, Domingos Bragança. É, também um destacado militante socialista e presidente da Junta de Freguesia de Urgezes. Ao que tudo indica, João Miranda deve passar no crivo da Cresap pois já é técnico do hospital, apesar de também es-tar ligado ao PS, pois é secretário da Junta de Freguesia de Pencelo •

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

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Corte: 1 de 1ID: 66113125 17-09-2016

Três milhões para investir no hospital ►A Câmara vai investir três mi-lhões de euros no Centro Hospita-lar de Gaia/Espinho. Eduardo Vi-tor Rodrigues estipulou que no "próximo dia 30" essa verba será "outorgada", visando a obra.

O investimento é para aplicar na segunda fase da reestruturação e engloba obras na urgência. Estão em causa 16 milhões de euros, seis dos quais comparticipados por fundos comunitários, 5,3 milhões oriundos de capitais próprios do hospital e três milhões da Câmara.

Também haverá recursos para o centro de saúde de Vilar de Ando-rinho, corri o arranque dos traba-lhos previsto para este mês, e o centro de saúde da Madalena, cujo

concurso será aberto até ao final do ano.

Sobre o metro, e a extensão da li-nha D (amarela), o autarca manifes-tou a "convicção que daqui a mês e meio" surgirão "resultados concre-tos" acerca do estudo de sustenta-bilidade. "Tenho as maiores expe-tativas de que esses resultados se-rão positivos para Gaia. Concentra-mo-nos de uma forma muito pre-cisa no alargamento da Linha Ama-rela até Vila d'Este e ao hospital, onde sinto que existe potencial. Se não há em Gaia condições para alargar, não vejo qual outro muni-cípio onde haja tanta gente e tanta procura para dar sustentabilidade a uma linha", sustentou. M. A.

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Âmbito: Informação Geral

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Corte: 1 de 1ID: 66113026 17-09-2016

Dez doentes portadores da doença

Metade dos doentes com bactéria já saíram do isolamento CONDE FERREIRA O Centro Hospi-talar de Conde Ferreira, no Porto, voltou a receber doentes de outras unidades de saúde. As admissões estavam suspensas desde o início de setembro, depois de dez doen-tes terem sido colocados em isola-mento por serem portadores de bactérias multirresistentes aos an-tibióticos.

Segundo fonte da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), pro-prietária do hospital de Conde Fer-reira, dos dez doentes que estive-ram isolados cinco já eliminaram as bactérias. Há outros cinco portado-res que continuam em tratamento e separados dos restantes doentes para evitar o contágio.

Como noticiou o IN no passado dia 6, parte dos doentes em causa tinha contraído a bactéria Klebsiella Pneumonlae Carbapenemase (KPC), a mesma que foi responsável pela morte de seis pessoas, nos hos-pitais de Gaia e de Coimbra no últi-mo ano. Contudo, os doentes do Conde Ferreira eram apenas porta-dores e nenhum chegou a desen-volver infeção bacteriana.

Na altura, a SCMP reconheceu que a existência de bactérias "não é comum" naquele hospital vocacio-nado para a saúde mental. Os doen-tes eram provenientes de outras unidades hospitalares com as quais a SCMP mantém acordos de parce-ria, o que motivou a suspensão das admissões até que a situação esti-vesse controlada. INES SCHRECK

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Âmbito: Regional

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Corte: 1 de 1ID: 66121883 18-09-2016

cia dos serviços que nos instilámos proporcionar a todos os utentes».

Na cerimónia de bên-ção e inauguração esti-veram presentes o Ar-cebispo Primaz, D. Jorge

nos acordos de coopera-ção assinados, pela aposta numa equipa especializa-da e com irrefutável ca-pacidade interventiva em todas as áreas, que dita-rão a garantia da excelên-

«Assumimos, perante todos Vós, com determinação e muita graça, os compromissos previstos nos acordos de cooperação assinados», asseveram os responsáveis do centro social e paroquial.

Paróquia de Polvoreiratem «ilha de misericórdia»

Inauguração seguiu-se à bênção do espaço

DR

Ortiga, o secretário de Es-tado Adjunto e da Saú-de, Fernando Araújo, o deputado Luís Soares, o presidente de Câma-ra Municipal de Guima-rães, Domingos Bragan-ça, vários vereadores da Câmara, o presidente da ARS-Norte, Pimenta Ma-rinho, o diretor do Cen-tro Distrital da Solidarie-dade e Segurança Social de Braga, Rui Barreira, membros das Juntas de Freguesia de Pinheiro, Polvoreira e Tabuadelo, entre outras entidades e autoridades.

O Centro Social da Paróquia de Polvoreira, arciprestado de Guimarães e Vizela, é uma «ilha de misericórdia» depois de, «imbuído do seu papel de serviço ao próximo no amor cristão», ter aberto portas a uma unidade de média duração e reabilitação, afirmam os seus responsáveis em nota enviada ao Diário do Minho.

Para «além de perpe-tuar o nome de Gui-marães, preencherá uma lacuna que na

zona Norte e mais obje-tivamente a nível con-celhio e distrital, se fazia sentir», sustenta o cen-tro paroquial. Que acres-centa: «De forma humil-de, tentámos fazer jus às palavras do Santo Padre, o Papa Francisco, conce-bendo esta paróquia como um marco referenciador da nossa comunidade, fa-zendo desta “uma ilha de misericórdia no meio de um mar com tanta indi-ferença perante o próxi-mo”. Assumimos, perante todos Vós, com determi-nação e muita graça, os compromissos previstos

arciprestado de Guimarães e Vizela

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 2ID: 66120920 18-09-2016

Centro Hosp de São)okk

Bonjour

Nova ala pediátrica

Continente

PORTO

acordos localização do novo espaço comercial

R. Dr. António Bernardino de Almeida

Estrada da Circunvalação

Casa Ronald McDonald

R. Or. Plácido da Costd. Hotel 'bis

Construção da nova ala pediátrica do Hospital de 5. João está parada, pela segunda vez, há cerca de nove meses • 1NFOGRAFIA IN

Metro Hospital São loâo

Porto

O esquema é sim-ples e inovador. Já foi apresentado ao Ministério da Saú-de e a recetividade foi excelente" Pedro Arroja Pres. da Associação Humanitá- ria "Um lugar para o Joãozinho"

3

milhões de utilizadores O internamento pediátrico do Hospital de S. João já trata anualmente cerca de um milhão de crianças. Com as novas • instalações espera-se conseguir dar resposta a um universo de mais de três milhões de potenciais utilizadores.

Porto Cedência de terreno do Hospital de S. João ao Continente vai render 15 milhões de euros para a construção da nova ala pediátrica

Supermercado vai pagar obras do "Ioãozinho" Hermana Cruz [email protected]

›A construção da nova ala pediá-trica do Hospital de S. João, conhe-cida por "Joãozinho", poderá ser fi-nanciada por um supermercado, que será construído num terreno daquela unidade de saúde do Por-to. O acordo, que já foi acertado en-tre a Associação Humanitária "Um lugar para o Joãozinho" e o Conti-nente Hipermercados S.A., está nas mãos da Autarquia portuense e do Ministério da Saúde, para analisar a sua viabilidade legal. A concreti-zar-se, garante-se um financia-mento de 15 milhões de euros.

Desde 2009 que o Hospital de S. João procura verbas para construir

uma nova ala pediátrica, para aca-bar com o internamento de crian-ças em contentores. Em março do ano passado, o então primeiro-mi-nistro Pedro Passos Coelho lançou a primeira pedra de uma obra que vai custar 20 milhões de euros (mais IVA). Mas o projeto só come-çou a sair do papel em novembro, com a demolição de instalações junto à Urgência Pediátrica, onde vai ser construído o novo edifício.

A desocupação do espaço durou pouco mais de um mês e a obra vol-tou a parar. A administração do Hospital de S. João alegou, na altu-ra, que não existia financiamento suficiente e pediu ao Estado para suportar o projeto. Mas o Ministé-rio da Saúde disse que a nova ala

pediátrica tinha que ser construída inteiramente com donativos.

"Praticamente pago" A partir daí, começou a ganhar for-ma um acordo com o Continente Hipermercados S. A., segundo o qual o Hospital de S. João cede um terreno, no seu perímetro, com 7116,40 metros quadrados, para a construção de um supermercado Continente Bonjour. O terreno será cedido pelo por 50 anos. "Em mol-

Protocolo está nas mãos da Câmara e do Ministério da Saúde

des semelhantes aos usados para a Fundação Ronald MacDonald", lembra o presidente da Associação Humanitária "Um lugar para o Joãozinho", Pedro Arroja.

Em contrapartida, o Continente compromete-se a pagar 300 mil euros anuais, até totalizar 15 mi-lhões de euros, e a promover ações de angariação de fundos para o "Ioãozinho". "Sublinhamos o cará-ter altamente humanitário desta obra de apoio às crianças e famfilas, a qual facultará condições dignas de internamento e acolhimento e vai assegurar condições de traba-lho a todos os profissionais", consi-derou o CEO da Sonae, Luís Mouti-nho. ao aceitar, a 18 de julho, inte-grar "uma parceria útil e profícua".

O acordo foi enviado, a 21 de ju-lho, para a administração do Hos-pital de S. João, presidida por Antó-nio Oliveira e Silva. Entretanto, o projeto foi concluído, prevendo-se que a construção, que incluí esta-cionamento exterior e subterrâneo, seja concluída em quatro meses.

O dossiê está atualmente nas mãos da Câmara, que terá que li-cenciar a construção do supermer-cado, e do Ministério, que está a es-tudar o enquadramento legal. Pe-dro Arroja conta ter uma resposta, dentro de dias. "Com o acordo, o 'Ioãozinho', está praticamente pago. Já não há motivo para se in-viabilizar o projeto", crê o presi-dente da associação humanitária.*

pormenores :

Edifício com 120 camas • A nova ala pediátrica do Hospital de S. João será um edifício com cin-co pisos, a construir por cima da atual Urgência Pediátrica. Vai ocu-par 10 mil metros quadrados e vai ter capacidade para 120 camas.

Apoios de mecenas o A obra iniciou-se a 2 de novem-bro de 2015. Na altura, a associa-ção humanitária dispunha apenas de um milhão de euros. Entretanto, reuniu mais 1,5 milhões de euros provenientes de mecenas como os próprios construtores, o consórcio Lúcios-Somague que se dispôs a contribuir com 60 mil euros anuais, durante dez anos. Também a RAR já prometeu 50 mil euros anuais, durante igual período de tempo.

Pedida isenção de IVA 41) Entretanto, Pedro Arroja procura conseguir isentar a obra de IVA, o que faria encarecer o projeto de 20 para 25 milhões de euros. O presi-dente da associação humanitária acredita que isso será possível com o próximo Orçamento de Estado.

Empréstimo bancário o Para retomar a construção, será feito um empréstimo bancário. As prestações serão pagas sobretudo através do acordo com o Continente.

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• Empresa suporta arrendamento de 15 milhões v 23

Sonae financia futura ala pediátrica do Hospital S. João em troca de loja Continente

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Voltar a respirar sozinho, a andar, a correr.

Com uma bola nos pésO serviço de Pediatria do IPO do Porto tem uma equipa de futebol com crianças que ali recebem ou receberam tratamento. Amanhã parte um pequeno grupo, de bicicleta, para o IPO de Lisboa,

para dar a conhecer os “Resistentes” e incentivar o instituto da capital e criar um projecto similar

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Âmbito: Informação Geral

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Desde que foi criada, há quatro anos, a equipa de futebol do Serviço de Pediatria do IPO do Porto já disputou 18 partidas. Não têm faltado medalhas no final dos jogos

SaúdePatrícia Carvalho (texto) Paulo Pimenta (fotos)

projecto único no país, mas quero

levá-lo para outros lados, até para

fora. Quero saber se Espanha ou

Itália têm algo do género, partilhar

o que fazemos”, diz o voluntário

de 67 anos. A primeira etapa nesta

tentativa de expansão não ultrapas-

sa fronteiras — vai só até Lisboa. E

é aqui que entra outro voluntário

nesta história.

Francisco Caldas trabalha na GNR

de Ovar e é, há cerca de um ano,

voluntário no mesmo serviço que

Alberto. Hoje, quase não larga o

rechonchudo Eduardo, carregan-

do-lhe a garrafa de oxigénio que o

prende à vida, enquanto o miúdo dá

uns chutos na bola, ergue as mãos

no ar e roda a cintura, numa dança

ansiosa, na baliza. “Ela gosta é de

correr”, repara Francisco. E, pouco

depois, há substituição de guarda-

redes, para que a miúda possa cru-

zar o campo à vontade.

Ana Ferreira é médica do Serviço

de Pediatria do IPO e está ali, mais

uma vez, a acompanhar a iniciativa,

bem como um grupo de enfermei-

ras. “Este convívio permite-lhes co-

meçar a correr, a saltar. É como dar

sentido a tudo o que eles passaram,

uma forma de reintegrá-los na vida

normal”, diz, recordando a satisfa-

ção de ver as crianças que “come-

çam a passo e, na vez seguinte, já

correm um bocadinho atrás da bola,

entusiasmados com o movimento

que não tinham antes”.

Desta vez, Bernardo Guedes, de

18 anos, não vai para o campo. Com

um sorriso estampado no rosto bo-

nito e um gorro a esconder-lhe a

falta de cabelo, conta como a leu-

cemia lhe foi diagnosticada aos 15

anos. “Cheguei ao IPO inocente. A

dor não é tanto a nível físico, é mais

psicológica, porque há uma série de

restrições. Ter que usar máscara,

não ter cabelo, não poder ir à esco-

la”, diz, sem perder o sorriso. Isso

foi da primeira vez. Agora, Bernardo

está a tratar uma recaída, anuncia-

da escassos meses depois de ter ter-

minado a manutenção que se segue

aos ciclos de quimioterapia. Desta

vez, fi cou “revoltado mesmo”. E

com tudo. Até com os médicos. Mas,

agora, diz, “sente-se bem”. E sorri

sempre, sentado no banco, vendo

a sua “pequena grande família do

IPO” jogar à bola. Não podia faltar.

“Conhecemo-nos todos, somos to-

dos muito amigos, temos histórias

semelhantes”.

Eduardo, de oito anos, também

não joga com os outros. Só um pou-

co sozinho. Também ele sorri sem-

pre. E é assim desde bebé, garante a

mãe, Vera Martins, de 35 anos. Mes-

mo aos 15 meses, quando estava tão

fraco que não se segurava sentado,

continuava a sorrir, diz. Foi nessa

altura que lhe diagnosticaram a leu-

cemia. Previram-lhe a morte várias

vezes. “Não vai resistir, talvez não

passe de amanhã”, recorda Vera ter

ouvido aos médicos quando, dessa

primeira vez, Eduardo entrou em

coma, os rins lhe pararam e teve um

derrame cerebral.

Mas ele ali está, a chutar a bola, a

bambolear as ancas. Ninguém diria

que o corpo reagiu mal ao transplan-

te de medula há cinco anos. Que há

dois que anda agarrado àquela gar-

rafa de oxigénio. Que os pulmões

quase não funcionam, que tem ca-

taratas e epilepsia. Que os médicos

disseram à mãe “é viver um dia de

cada vez”. “Nunca se foi abaixo, é

ele que nos faz ir em frente”, diz a

mãe, de voz forte, sem sinais de lá-

grimas. Ela também é assim, como

o fi lho. Recusa-se a desistir.

Eduardo confessa que a garrafa

é uma chatice, que se cansa, mas

sorri: “É a vida...”. E recebe mais um

passe, chutando a bola com força.

Eva tem o cabelo, louro e denso,

preso num rabo-de-cavalo e está ir-

requieta. “Nem te conhecia”, diz-lhe

um voluntário do IPO do Porto, à

chegada ao Estádio Padre Sá Pereira,

em Esposende. “Já tenho sete anos”,

responde-lhe ela, como se isso expli-

casse tudo. A mãe, Aida Fernandes,

de 33 anos, dirá um pouco mais tar-

de, recordada daquela conversa, en-

quanto deita um olho à fi lha: “Eles

fi cam tão diferentes”. Eva fi cou dife-

rente quando, aos quatro anos, lhe

foi diagnosticada uma leucemia. A

imagem dessa menina fragilizada,

com internamentos prolongados no

IPO, só pode estar a passar pela ca-

beça de Aida, quando os olhos dela

se enchem de lágrimas, que engole,

corajosa. Porque, hoje, Eva está ali

para jogar à bola. É só uma criança

que corre e salta e brinca com os

outros “Resistentes” da pediatria do

IPO do Porto. No dia 12 de Julho fez o

último tratamento. A 1 de Setembro

Aida ouviu boas notícias. “Está lim-

pa, sem sinais da doença”, sorri, de

olhos marejados. Nem todos os que

ali estão podem dizer o mesmo, mas

a bola que rola no campo sintético

rouba sorrisos a todos eles.

Uma equipa de futebol do Serviço

de Pediatria do IPO do Porto, com-

posta por crianças que ali fi zeram ou

fazem tratamento, pode parecer um

contra-senso, mas é exactamente

isso que os “Resistentes” são. Não

há treinos nem têm campo próprio,

mas não falta um equipamento e há

medalhas para todos, no fi m de cada

evento desportivo. E, desde que os

“Resistentes” foram criados, há qua-

tro anos, já lá vão 18 encontros.

A ideia nasceu na cabeça de Al-

berto Nogueira, assim que entrou

como voluntário para o Serviço de

Pediatria do IPO do Porto, há seis

anos. Ligado à formação de futebol,

treinador com carteira, pediu a um

dos seus atletas, enfermeiro naquele

hospital, que o levasse a conhecer o

serviço. “Estava muito ligado à for-

mação. E queria conhecer o outro

lado”, disse.

O outro lado era o lado dos me-

ninos que não corriam, saudáveis,

campo fora. Dos que fi cavam pre-

sos a uma cama de hospital, limita-

dos no seu contacto com o resto do

mundo e naquilo que podiam fazer,

enquanto os tratamentos decorriam.

Depois daquela visita, inscreveu-se

como voluntário e pediu que o dei-

xassem ir para o serviço de Pedia-

tria. “Assim que cheguei, lá comecei

a interagir com eles e perguntava-

lhes baixinho: ‘E se criássemos uma

equipa de futebol?’ A resposta que

tive foi: ‘Onde vamos treinar?’”.

Apresentado o projecto a médi-

cos, à direcção e à administração

do hospital, as aprovações foram

surgindo e os “Resistentes” tor-

naram-se uma realidade. “É um

de vitória que lhe assenta como uma

luva. Mas amanhã vai montar numa

bicicleta, no IPO do Porto, e vai pe-

dalar durante quatro dias até ao IPO

de Lisboa. O objectivo é divulgar o

projecto “Resistentes” junto dos vo-

luntários daquele espaço, para ver

se algum se anima a avançar com

uma equipa similar.

A viagem, por etapas, esteve pa-

ra ser solitária, mas a divulgação da

iniciativa nas redes sociais arranjou

companhia a Francisco: dois amigos

e um homem que o abeirou apenas

na quinta-feira passada, pedindo pa-

ra se juntar ao projecto, vão acom-

panhá-lo.

No campo sintético de Esposende,

Eva já está equipada, mas o jogo ain-

da não começou. Ela não se importa.

Ensaia um chuto no ar, ergue os bra-

ços e grita “golo”. Minutos depois,

tendo como adversárias crianças de

Esposende, já corre com os amigos

do IPO pelo campo. Os “Resistentes”

marcam primeiro, pelo pé do Ivo,

a quem é preciso lembrar constan-

temente que tem que passar a bola

aos companheiros. A Márcia, óculos

encavalitados no nariz e uma gran-

de cabeleira encaracolada, saltita,

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Ana Rita Cavaco apresentou ao Ministério da Saúde uma proposta de contratação de mais enfermeiros

SAÚDE

64 milhões para 3000 enfermeiros TRABALHO O Profissionais recém-formados querem ficar em Portugal

TERESA OLIVEIRA

Acontratação anual de três mil enfermeiros pode custar 64 milhões de eu-

ros'ao Estado, segundo contas da Ordem dos Enfermeiros. A proposta já foi apresentada ao ministro da Saúde, Adalber-to Campos Fernandes, e aos grupos parlamentares, disse ontem Ana Rita Cavaco, na cerimónia de vinculação à profissão de cerca de 300 pro-fissionais. A bastonária explicou ao CM

que a iniciativa "põe a nu aqui-lo que é a fragilidade da discus-são na área da saúde nos últi-mos anos", ou seja, a questão

financeira. E isto porque "os. 64 milhões correspondem a meio por cento daquilo que é o orçamento da saúde para este ano", afirmou.

DADOS DA OCDE INDICAM QUE PORTUGAL PRECISA DE 30 MIL ENFERMEIROS

Com esta proposta, a Ordem visa colmatar, até 2026, a ca-rência de 30 mil enfermeiros que a Organização para a Coo-peração e Desenvolvimento Económico aponta a Portugal. Todos os anos formam-se

mais de 2500 enfermeiros, mas cerca de mil ficam no desem-

prego. É, para já, o caso de Ed-son Martins (27 anos), de Tatia-na Fernandes (28) e de Ricardo Martins (25), enfermeiros que ontem receberam a cédula profissional. Querem ficar a trabalhar no País, mas têm o Reino Unido e a Irlanda como segundas opções.

Ao CM, a bastonária voltou a referir que "os enfermeiros estão exaustos". E denuncia: "Os hospitais de Évora, Santa Maria e São José constroem horários com recurso a traba-lho extra, que não o é. Que-rem obrigá-los a fazer turnos a que não são obrigados. Nãó têm de o fazer". •

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Documento que detalha quais os cuidados que o doente quer receber em caso de não poder expressar a sua vontade poderá ser consultado por enfermeiros

Governo prepara alteração de portaria e alarga acesso ao testamento vital

Enfermeiros com acesso a última vontade do doente Carla Sofia Luz carlaiuz@jn pt

► O testamento vital deixará de ser de consulta exclusiva dos mé-dicos do Serviço Nacional de Saú-de e de unidades privadas de saú-de. O Governo quer alargar essa competência aos enfermeiros. para que possam conhecer a últi-ma vontade dos pacientes que es-tão sob o seu cuidado, quando não são capazes de expressá-la. Atualmente, existem mais de 3500 testamentos vitais ativos em Portugal.

A iniciativa em preparação pelo gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Fer-nando Araújo, passa pela altera-ção da portaria de 2014, que re-gulamenta a organização e o fun-

cionamento do Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV). Com a mudança, os enfermeiros teriam acesso ao Portal do Profis-sional da Plataforma de Dados de Saúde, a partir do qual poderiam verificar se o doente possui ou não testamento vital e ficar a sa-ber que tipo de cuidados de saú-de pretende ou não receber.

A disponibilização direta dessa informação aos enfermeiros vem ao encontro do parecer do Conse-lho Nacional de Ética para as Ciências da Vida que, em maio do ano passado. defendeu que o acesso ao testamento vital deve-ria ser permitido a médicos e a enfermeiros, na sequência de uma reclamação da Ordem dos Enfermeiros.

"As diretivas antecipadas de

vontade constituem, quanto ao seu conteúdo, orientações relati-vas à prestação de cuidados de saúde e estes são prestados, por médicos e enfermeiros, conforme a esfera de competências de cada um. E cada um, para decidir acer-ca dos cuidados que entender prestar ou omitir, necessita co-nhecer em concreto a diretiva an-tecipada da vontade no seu regis-to original e não através de inter-pretação de terceiro", argumen-

Conselho Nacional de Ética já tinha criticado a exclusão dos enfermeiros

tou o conselho no referido pare-cer de 2015.

O Governo pretende responder a essa discriminação. Ao IN, o Mi-nistério da Saúde confirmou a in-tenção de alargamento aos enfer-meiros e garantiu que a diploma está a ser trabalhado. Falta definir ' como será feito o acesso e o nível de informação a disponibilizar.

A proposta de alteração da por-taria já foi submetida à apreciação da Comissão Nacional de Prote-ção de Dados. Em parecer de 6 de setembro passado, o presidente daquela comissão considera "ade-quado e razoável alargar a legiti-midade de acesso ao RENTEV por enfermeiros que integrem a equi-pa responsável pela prestação" de cuidados de saúde a um paciente incapaz de manifestar a sua von-tade. Adverte, contudo, não ser admissível que essa possibilidade se estenda a outros elementos da equipa, à exceção do médico as-sistente.

Atualmente, para aceder ao tes-tamento vital, o médico tem de provar que está habilitado para exercer a profissão (com inscrição ativa na Ordem dos Médicos). Alargando-se o acesso aos enfer-meiros, a comissão entende que "devem ser previstos mecanismos de verificação de que, no momen-to do acesso," também o enfer-meiro "está em condições de exercer a profissão". Mas a pro-posta do Governo não prevê qual-quer mecanismo "com idêntica robustez".•

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Corte: 1 de 2ID: 66120930 18-09-2016

NORUEGA

14

DINAMARCA

9

50 IRLANDA REINO UNIDO HOLANDA

POLÓNIA ALEMANHA 6 93

48

7 BÉLGICA

REP. CHECA

253 ESPANHA

9

309 CROÁCIA

219

ROMÉNIA

7 18 364

ITÁLIA

55 GRÉCIA

1

Fonte Centro Etweçoeu de C.ord,c1d e Neve,.-do de Doença, iECOD)

MALTA

1

46

FRANÇA ÁUSTRIA

ESLOVÉNIA

Sarampo e rubéola erradicados em Portugal

A doença na Europa em 2015 Os dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças mostram que 75% dos 4003 casos de sarampo reportados na Europa no ano passado foram em pessoas não vacinadas. Os grandes surtos que atingiram este continente registaram-se em 2010 e 2011, com cada um dos anos a ter mais de 32 mil casos registados.

FINLÂNDIA

2 SUÉCIA

22

ESTÓNIA

4

LITUÂNIA

Saúde. OMS notificou autoridades nesta sema-na. Especialistas destacam importância das vacinas. E há mais cinco doenças eliminadas

ANA MAIA

Portugal erradicou o sarampo e a rubéola, duas das principais doen-ças contagiosas entre as crianças. A notificação da Organização Mun-dial da aúde (OMS) chegou à Dire-ção -Geral da Saúde esta semana, tendo sido entregue um diploma que oficializa a eliminação destas doenças. Mas este não foi o único. As autoridades portuguesas recebe-ram mais cinco certificados de eli-minação de doenças. Ao todo, fo-ram sete, o que coloca o país na lista dos melhores a nível mundial.

"Este é o resultado de um grande trabalho conduzido ao longo dos anos. É um prémio que distingue o Serviço Nacional de Saúde.As mães que agora não lidam com o saram-po devem saber que é uma doença muito grave, com febre muito alta e que era adquirida por todas as crianças. Podia provocara morte ou estar na origem de pneumonias provocadas pelo próprio vírus. A eli-minação do sarampo tem reflexo imediato nas doenças e mortalida-de infantil. No caso da rubéola, pro-vocava malformações nos fetos e por isso os efeitos fizeram-se sentir aí", salientou ao DN o diretor-geral da Saúde, Francisco George, expli-cando que o termo erradicação usa--se quando as doenças deixam de circular a nível mundial, mas que "como os vírus não se encontram em Portugal pode dizer-se que hou-ve erradicação".

Além da rubéola e sarampo, a OMS também certificou a elimina-ção, em Portugal, da malária, varío-la e poliomielite (paralisiainfantil). Há ainda mais duas doenças que já não circulam em Portugal: a difteria (sem transmissão há cerca de 30 anos) e a raiva humana. "Existem muito poucos países com resulta-dos semelhantes aos nossos. Temos uma saúde pública muito avançada e é por isso que temos dos melhores resultados de mortalidade infantil", diz Francisco George. No mundo

apenas a varíola está dada como er-radicada. Em breve a OMS deverá fazer o mesmo com a poliomielite.

Há muito que o vírus do sarampo não circula em Portugal e que os ca-sos registados—oito confirmados entre 2011 e 2014—são importados. São pessoas que vieram infetadas de outros países, mas como a taxa de vacinação em Portugal é muito alta, o contágio não ocorreu. O cer-tificado de eliminação dado pela OMS torna-se ainda mais impor-tante quando Europa e EUA lutam contra surtos da doença por causa da redução das taxas de vacinação.

"É por isso que não podemos dei-xar de vacinar enquanto °vírus con-tinuar a circular no mundo. O sa-rampo chegou a estar eliminado das Américas todas e agora é um problema no Estados Unidos", aler-tou Graça Freitas, subdiretora-geral

da Saúde, explicando que urna doença é classificada, pela OMS, de eliminada ao final de 36 meses con-secutivos sem casos próprios."Por-tugal não tem há mais tempo, por-que conseguimos interromper a transmissão do vírus da rubéola e do sarampo", acrescenta.

O pediatra Mário Cordeiro consi-dera estes resultados como"umavi-tória da saúde pública"."Nada podia ser mais explícito que vale a pena

vacinar. Conseguimos controlar e erradicar estas doenças. É bom que não se esqueçam de que há cerca de 20 anos Portugal teve um surto de sarampo em que morreram perto de 50 crianças. A memórianão pode ser curta para não repetirmos o mesmo erro. Se não vacinarmos podemos voltar a ter o vírus. São as doenças que matam, não as vaci-nas. Estas são a melhor prevenção. Caem por terra as teorias da conspi-

ração de que a vacina podia estar as-sociada ao autismo. Os pais não são donos das crianças, são gestores. Os que têm medo e não vacinam por razões infundadas é bom que assu-mam a responsabilidade da decisão se as crianças ficarem doentes. A va-cinação gratuita, do Plano Nacional de Vacinação, foi um êxito. Existem outras como a meningite B e varice-la que talvez pudessem ser incluí-das", afirma o pediatra.

Surto Levou a apelo de Obama

EUA Em 2000 o sarampo foi dado como eliminado nos Estados Unidos, mas a redu-ção das taxas de vacinação - muito por influência dos grupos antivacinas que exis-tem no país -, levaram ao aparecimento de vários casos nos últimos anos. Em fevereiro de 2015, devido a um surto que começou na Disneylàndia (Califórnia, es-tado onde em algumas cida-des 50% das crianças não estão vacinadas) e se espa-lhou por 14 estados, o presi-dente Barack Obama foi à te-levisão apelar à vacinação de todos e sossegar as famí-lias quanto à segurança das vacinas. "Estudámos em profundidade e há todas as razões para ser vacinado e nenhuma para não o ser", disse, então, em entrevista à NBC News.

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Portugal está livre de sarampo e rubéola Vírus. Duas das principais doenças conta-giosas entre crianças foram erradicadas, con-firmou a Organização Mundial da Saúde. No total, o país está limpo de sete vírus. Segundo Francisco George, poucos no mundo têm resultados tão bons. "Não podemos deixar de vacinar", alertam Graça Freitas e Mário Cordeiro. SOCIEDADE PÁG. 21

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Period.: Diária

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Corte: 1 de 1ID: 66128634 19-09-2016

Graça Freitas: Subdiretora-geral da Saúde sobre a erradicação de algumas doenças

"AS CRIANÇAS NAO DEVEM DEIXAR DE SER VACINADAS"

CM: Portugal foi notificado pela Or-ganização Mundial da Saúde da elimi -nação de cinco doenças. Essa de-claração dispensa a vacinação? Graça Freitas - As doenças são o sarampo, rubéola, ma-lária, varíola e a poliomielite. Apesar de serem doenças eliminadas há muitos anos em Portugal, décadas mes-mo, é muito importante que as crianças continuem a ser vacinadas. Não podem dei-xar de ser vacinadas.

- Porquê? - Temos uma taxa de vacinação muito elevada, entre os 97% e os 98%. Há uma imunidade ele-vada na sociedade. Se as pessoas não

vacinadas viajarem para onde há estas doenças arris-cam -se a ficarem doentes. - Há quem seja contra a va-cinação? - É um risco. Uma criança não vacinada morreu, em junho de 2015, em Espanha, com difteria (mais informa-ção na pág. 21). • c

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Tiragem: 94480

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Âmbito: Informação Geral

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Corte: 1 de 1ID: 66113159 17-09-2016

Christiana Martins

A Ordem dos Médicos (OM) recebeu uma queixa contra um perito do Infarmed que duran-te três meses recusou a auto-rização para que um doente com cancro renal utilizasse um medicamento inovador. O caso é inédito e mereceu um pedido de parecer ao Colégio da Espe-cialidade.

A participação foi feita pelo di-retor do Serviço de Oncologia do Centro Hospitalar do Porto, An-tónio Araújo, que a confirmou ao Expresso mas se recusou a revelar pormenores do processo enquanto este estiver sob avalia-ção. O Infarmed garante não ter conhecimento da queixa.

Infarmed trava medicamento inovador

SAÚDE

Diretor de oncologia apresenta queixa inédita por falta de autorização para molécula contra cancro do rim“É a primeira vez que recebe-

mos uma participação sobre di-vergências científicas e poderá abrir um precedente”, revela o bastonário da OM. José Manu-el Silva defende maior trans-parência na apreciação destes casos, com a publicitação do número de autorizações pedi-das, das concedidas e do tempo médio de resposta, caso contrá-rio, acredita, “tratam-se menos doentes por mais dinheiro”.

Os medicamentos inovadores só podem ser utilizados depois de a Comissão de Farmácia dos hospitais públicos autorizar o pedido da equipa médica e da aprovação do Infarmed. E as Autorizações de Utilização Ex-cecional (AUE) só são concedi-das quando não há alternativas

no mercado. No caso do Nivolu-mab — medicamento no centro da queixa à OM —, as respostas aos primeiros pedidos dos mé-dicos tendem a ser negativas, argumentando o Infarmed que os doentes podem recorrer à quimioterapia. No entanto, quando os médicos voltam a pedir autorização, para o mes-mo doente utilizar o mesmo medicamento, esta acaba por ser concedida.

Na situação que deu origem à queixa, o pedido de autorização ao Infarmed foi feito em abril e, mediante a recusa da autorida-de nacional do medicamento, foi apresentada uma contra--argumentação que acabou por ser autorizada, mas apenas em julho. O doente de 51 anos ace-

deu ao Nivolumab e continua a ser tratado com o medica-mento. “A autorização poderia ter chegado demasiado tarde, quando o doente já não tivesse condições de a utilizar”, desa-bafa Ana Castro, oncologista do Centro Hospitalar do Porto. Em comunicado divulgado há uma semana, o Infarmed ga-rantia que o prazo médio de resposta é de dez dias.

Estudos científicos revelam que a utilização do Nivolumab duplica o tempo médio de so-brevida dos doentes, além de reduzir os efeitos secundários. “O nível de toxicidade é mais baixo e a qualidade de vida melhora”, explica Ana Castro. A especialista já utilizou o me-dicamento em 12 doentes. To-

dos tinham sido submetidos a sessões de quimioterapia, qua-tro acabaram por morrer, mas alguns já não revelam sinais da doença. Durante dois anos estes últimos terão de recorrer ao tratamento inovador até que possa ser feita uma avaliação.

O Nivolumab também pode ser utilizado em doentes com cancro no pulmão e com me-lanoma, tendo sido o segundo em número de pedidos de AUE concedidas pelo Infarmed até agosto, num total de 96 auto-rizações, sete das quais para cancro renal. O cancro no rim é considerado especialmente letal por, como explica Ana Castro, “só ser detetado por acaso em exames de rotina e em estádios avançados”.

Anualmente surgem 90 no-vos casos de cancro no rim em Portugal. Amílcar Silva é um deles. Ao Expresso, explica que esperou cerca de um mês e meio para poder utilizar o Nivolumab através do Servi-ço Nacional de Saúde. Outro doente, que pediu para não ser identificado, também está a tratar-se com o medicamento, mas no privado, tendo já pago cerca de 12 mil euros pelo aces-so ao medicamento.

Enquanto não for comparti-cipado, o Nivolumab é pago ao preço de tabela, cujo valor em Portugal é confidencial, mas, tendo em conta o custo em Es-panha, será de cerca de cinco mil euros por aplicação.

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Âmbito: Informação Geral

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Genéricos, um investimento na saúde

Com a crise económica e

fi nanceira na Europa, muitos

Estados-membros da União

Europeia introduziram medidas

de austeridade para equilibrar os

seus orçamentos, com particular

enfoque nos orçamentos da

Saúde. Segundo dados da

OCDE, Portugal foi um dos

países que, nos últimos anos,

tiveram um maior decréscimo nas despesas

do Estado com saúde. A Europa em geral e

Portugal em particular enfrentam o desafi o

do envelhecimento da população, com o

aumento associado da prevalência de doenças

crónicas.

O aumento da população idosa é também

acompanhada por outro desafi o: o preço

elevado dos medicamentos inovadores,

os quais contribuem para um aumento

acentuado da despesa de saúde.

Assim, numa altura em que as exigências

face aos cuidados de saúde são cada

vez maiores, a inversão contínua da

pirâmide demográfi ca, com mais idosos

do que população jovem e ativa, com

mais pensionistas do que contribuintes,

coloca ao Estado o tremendo desafi o de

disponibilizar mais e melhores serviços

de saúde aos doentes, mas com fortes

limitações de recursos. É aqui que os

medicamentos genéricos desempenham

um papel fundamental. Na Europa, mais de

metade de todos os medicamentos prescritos

anualmente são medicamentos genéricos

e biossimilares. Em Portugal, o sector dos

medicamentos genéricos é o principal

fornecedor de medicamentos do SNS, o

que só por si diz tudo sobre a dimensão e a

importância destas tecnologias de saúde.

É importante ainda notar que entre 2011 e

2014 a dispensa de medicamentos genéricos

em ambulatório permitiu uma poupança

real ao Estado e aos utentes de cerca de 1,7

mil milhões de euros (equivale a poupar um

ano inteiro de despesa com medicamentos a

doentes e contribuintes, ou seja, a poupança

garantida pelos medicamentos genéricos no

sector ambulatório, depois de paga na íntegra

a despesa pública com medicamentos —

1160 milhões de euros em comparticipações

— chegaria ainda para fi nanciar, quase na

totalidade, a despesa direta dos doentes,

com a parte do preço de venda ao público

dos medicamentos não coberta pelas

comparticipações do SNS: 665 milhões de

euros). Fonte: Sistema de Informação hmR -

Análise CEFAR.

No mercado hospitalar a poupança gerada

pela entrada de medicamentos genéricos nas

moléculas que perderam patente foi, só em

2014, superior a 22 milhões de euros. Estima-

se ainda que em 2015, tendo em conta só as

moléculas que perderam patente em 2015, no

sector ambulatório tenham acrescido mais

27 milhões de euros de poupança e no sector

hospitalar mais oito milhões de euros de

poupança.

Além deste contributo que os medicamentos

genéricos têm vindo a dar para a contenção

e diminuição da despesa do Estado e

dos doentes com medicamentos e para a

sustentabilidade e preservação do SNS —

através das poupanças que permitem gerar — o

valor dos medicamentos genéricos é muito

mais abrangente: permitem libertar recursos

para fi nanciar tratamentos inovadores de

elevado custo, constituindo uma oportunidade

única para ajudar a controlar a despesa

crescente com medicamentos inovadores; são

verdadeiros impulsionadores da inovação;

devido à redução dos custos de tratamento

que desencadeiam, permitem o aumento

do acesso dos

doentes e em fases

mais precoces

das suas doenças

a medicamentos

seguros, efi cazes

e de qualidade e

aumentam a adesão

dos doentes aos

tratamentos, e, por

último mas sem

menor importância,

reduzem as

desigualdades da

população face aos

cuidados de saúde.

Em conclusão,

o Estado deverá

olhar para os

medicamentos

genéricos não

só como uma

“ferramenta” com

impacto positivo no

controle de custos

na saúde (que

permite ganhos

custo-efetivos, ao

reduzir as despesas

com a saúde sem

comprometer os

resultados em saúde), mas sobretudo como

um investimento em saúde, melhorando os

resultados em saúde, através de um maior

acesso da população aos medicamentos

e uma maior adesão dos doentes aos

tratamentos, sem que isso implique um

aumento, ou mesmo trazendo uma redução,

nas despesas do Estado com saúde.

A promoção, pelo Estado, de políticas

que permitam um aumento sustentado

da utilização destes medicamentos é, por

isso, fundamental para a sustentabilidade

e preservação do SNS mas também para a

melhoria da saúde da população.

Presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen)

No mercado hospitalar a poupança gerada pela entrada de genéricos nas moléculas que perderam patente foi, só em 2014, superior a 22 milhões de eurosuros

Debate MedicamentosPaulo Lilaia

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E 7

CRIADOS PARA OS SOLDADOS RESISTIREM NO CAMPO DE BATALHA, OS ANTIBIÓTICOS SÃO UMA ARMA TERAPÊUTICA

USADA EM EXCESSO E QUE ESTÁ A PERDER EFICÁCIA. TRAVA-SE UMA NOVA GUERRA E O INIMIGO É FEROZ: BACTÉRIAS

RESISTENTES QUE AMEAÇAM VENCER A MEDICINA MODERNATEXTO VERA LÚCIA ARREIGOSO INFOGRAFIA CARLOS ESTEVES

O feitiço infetou o feiticeiro

GE

TT

Y IM

AG

ES

fisga“Q U E M S A B E T U D O É P O R Q U E A N DA M U I T O M A L I N F O R M A D O”

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N ão é por excesso de zelo que se diz que tudo o que é exagerado faz mal. Há 50 anos, os antibióticos permitiram à

medicina conquistar o território das doenças infecciosas, salvando milhares de vidas, mas o excesso de confiança veio revelar-se fatal. Os antibióticos tornaram-se uma ‘bala mágica’ para os grandes e para os pequenos inimigos e o agressor adaptou-se. Com o tempo, as bactérias aprenderam a resistir usando o fármaco como ‘alimento’ e ‘ensinando’ a descendência a fazer o mesmo. Ganharam terreno e, se a Ciência não reunir reforços e mudar de armas, dez milhões de pessoas no mundo, 390 mil só na Europa, vão morrer a cada ano já a partir de 2050, estima a Organização Mundial da Saúde.A utilização intensiva de antibióticos em humanos e animais, a maior mobilidade dos indivíduos e a evolução e adaptação dos microrganismos, alguns já capazes de sobreviver a todos os antibióticos no mercado, têm vindo a fazer recuar a ciência médica. “A manter-se esta tendência, será posta em causa a medicina avançada que se pratica. Por exemplo, cirurgias mais ou menos radicais ou terapêutica oncológica poderão deixar de ser possíveis por se tornarem intratáveis as infeções decorrentes”, alertam os peritos da Direção-Geral da Saúde (DGS) no relatório sobre a resistência aos antimicrobianos apresentado em março.O alarme soa cada vez mais alto entre a comunidade científica mundial, que tenta traçar uma nova estratégia para o campo de batalha. “O problema das resistências é muito vasto, com muitos reservatórios (de bactérias resistentes). Nos animais, incluindo os de companhia, no solo, nas águas...”, explica Manuela Caniça, responsável do Laboratório Nacional de Referência da Resistência aos Antibióticos do Instituto Ricardo Jorge (INSA). Na prática, o microrganismo resistente reproduz-se e permanece no meio ambiente e no próprio organismo humano. “Nem os vegetarianos deixam de ter o intestino colonizado por bactérias resistentes — estes microrganismos também foram identificados em vegetais, em culturas semelhantes às detetadas na carne — e podem ou não ficar doentes, mas são portadores”, explica a investigadora.O consumo elevado de antibióticos eleva assim o risco de resistências. É na comunidade, fora do hospital, que quase todos estes medicamentos são prescritos (mais de 90% do consumo nacional), no entanto, não é aqui que o inimigo é mais perigoso. A maior ameaça está no interior das unidades hospitalares, onde os doentes são mais graves, é necessário combater infeções mais

letais e, por isso, recorrer a ‘balas’ de última geração. O problema é que o ‘tiro’ nem sempre é certeiro e algumas bactérias sobrevivem, ou seja, resistem. Os médicos falham porque há lacunas nos meios, desde logo para identificar rapidamente se o doente está infetado por uma bactéria ou por outro agente (caso dos vírus e que não são tratados com antibiótico), qual é o microrganismo e a que antibacterianos é sensível. Os testes generalizados demoram alguns dias a produzir resultados e à cautela é dado um antibiótico. Não raras vezes, não era necessário ou até era, mas outro que não o que foi administrado. “Uma das coisas importantes que temos de combater ao nível do tratamento, além da automedicação, é a prescrição empírica. A colheita da bactéria deve ser feita antes do início do tratamento e devem existir métodos de teste

rápidos, à cabeceira do doente. É nisto que todo o mundo está a apostar”, afirma Manuela Caniça. “Já começam a surgir técnicas de biologia molecular que permitem resultados rápidos, embora ainda sejam muito dispendiosas, com diferenças dez a 20 vezes superiores”, explica Paulo André Fernandes, diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos. Por exemplo, uma análise convencional (zaragatoa nasal para a bactéria MRSA) demora dois ou três dias e custa 9 euros e um teste rápido (PCR) tem um resultado em seis horas, por 40 euros.O internista e intensivista, desde abril à frente do programa criado em 2013 pela DGS para combater as resistências, afirma que o objetivo está definido: “Mais recursos e autoridade.” Meios para ter testes rápidos, por exemplo, e autoridade para que os responsáveis pela área do antibiótico em praticamente todas as unidades

A MAIOR AMEAÇA ESTÁ NO INTERIOR DAS UNIDADES HOSPITALARES: OS

DOENTES SÃO MAIS GRAVES, AS INFEÇÕES A COMBATER SÃO MAIS

LETAIS E AS ‘BALAS’ PARA AS TRAVAR TEM DE SER DE ÚLTIMA GERAÇÃO

fisgaPREVISÃO DE MORTALIDADE ANUAL POR RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS EM 2050

FONTE: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

Número de mortes

Mortalidade por 10.000 habitantes

5 6 7 8 9 ≥ 10

FONTE: COMISSÃO EUROPEIA

ESTABILIZOU ] DIMINUI

CONSUMO DE ANTIBIÓTICOSPercentagem de pessoas que tomaram antibióticos no último ano por país, evolução desde 2013

} AUMENTOU

PAÍS % VARIAÇÃOMalta 48 =Espanha 47 9 }Irlanda 44 1 Itália 43 7 }Chipre 41 6 ]Luxemburgo 41 2 Bulgária 39 2 França 39 5 ]Grécia 38 2 Roménia 38 9 ]Croácia 36 4 }Lituânia 35 4 ]Eslováquia 35 6 ]Reino Unido 35 6 ]UE 28 34 1 Hungria 34 5 }Rep. Checa 33 = Portugal 33 5 ]

ANTIBIÓTICOS MAIS CONSUMIDOS EM PORTUGALINDICAÇÕES Amoxicilina + ácido clavulânico Infeções do ouvido médio e sinusite, infeções do trato respiratório, infeções do trato urinário, infeções da pele e dos tecidos moles incluindo infeções dentárias, infeções do osso e das articulações

Ciprofloxacina Infeções respiratórias, do ouvido ou sinusais, urinárias, dos testículos e dos órgãos genitais da mulher, gastrointestinais e intra-abdominais, da pele e tecidos moles e dos ossos e das articulações; tratamento de infeções em doentes com uma contagem de glóbulos brancos muito baixa

Azitromicina Amigdalites e faringites; sinusites; bronquites e pneumonias; otites; infeções da pele e dos tecidos moles e clamídia

Levofloxacina Infeções agudas dos seios nasais; agravamento agudo da bronquite crónica; pneumonia; infeções complicadas do trato urinário; infeção dos tecidos moles

América do Norte

317 mil

América Latina

392 milOceania

22 mil

Europa

390 mil

África

4,150 milhões

Ásia

4,730 milhões

AMBULATÓRIOEmbalagens, de jan. a abr.

HOSPITAISDose diária definida, jan. a mar.

ANTIBIÓTICOS CONSUMIDOSEm milhões

3,23 1,441,402,992016

201520162015

FONTE: INFARMED

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Âmbito: Lazer

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do Serviço Nacional de Saúde atuem. “Muitos não têm capacidade de intervenção, por exemplo para isolar um doente ou fazer rastreios aos contactos do doente, porque as administrações não lhes reconhecem essa capacidade”, critica.Igualmente por cumprir está a certificação de alguns métodos de análise utilizados, por exemplo. Portugal tem uma rede com mais de 100 laboratórios que reportam o aparecimento de microrganismos perigosos ao INSA, mas vários hospitais não utilizam métodos de colheita, que enviarão para análise, certificados por este laboratório de referência. E por cá são muito necessários. Os dados disponíveis, de 2012, indicam que Portugal tem uma taxa de prevalência de infeções associadas aos cuidados de saúde hospitalares de 10,5%, isto é, o dobro da média europeia. O cenário, sobreponível aos cuidados continuados — onde estão muito idosos — pode ter mudado

entretanto, mas só no final do próximo ano haverá um relatório atualizado. Segundo a DGS, em 2013 as infeções hospitalares por bactérias resistentes mataram mais de 12 pessoas por dia

SEIS MORTES EM PORTUGALEm todo o mundo a bactéria mais temida é a klebsiella pneumoniae. Além de ser capaz de resistir aos antibióticos mais poderosos (carbapenemos, de uso exclusivo hospitalar), é rápida na propagação. Por cá, já foi responsável por três surtos: em 2015 no Hospital de Gaia, em fevereiro deste ano nos hospitais de Coimbra e em abril no São João, Porto. Morreram seis pessoas. E o prognóstico não é bom.“No ano passado tínhamos uma taxa de 2,1% de klebsiella pneumoniae resistente e com resistência moderada e este ano vai registar-se um aumento. Isto embora sem estarmos pior do que o resto da Europa”, revela Paulo André Fernandes. A

tendência foi identificada nos dados, ainda por trabalhar, enviados anualmente para o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, que monitoriza o problema a nível europeu.O especialista sublinha, ainda assim, que os casos de resistência a todos os antibióticos são muito raros e que quando surgem não são um atestado de óbito. “Esta informação é laboratorial, porque para o doente há a hipótese de tratamento, combinando diferentes antibióticos e doses.” Uns doentes sobrevivem, outros não.Os números enviados aos especialistas europeus mostram ainda que o combate contra outra bactéria temível — staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), muito associada a doenças respiratórias ou complicações após cirurgias — não está a ser ganho. “Tínhamos 47% de resistência, pior do que o norte e o centro da Europa, e vai manter-se.”

PORTUGUESES TOMAM MENOS ANTIBIÓTICOSA exceção está, para já, só ao nível da escherichia coli (do trato urinário), pois “as resistências parecem ter diminuído à generalidade dos antibióticos”. O resultado pode estar associado a uma redução no consumo de antibacterianos, outro dos dados positivos apurados. “Em termos globais, há uma redução de 8% no ambulatório e de 3% em meio hospitalar no primeiro quadrimestre de 2016 face a 2015”, adianta o responsável da DGS.Nos hospitais verificou-se uma redução de 5% na prescrição dos antibióticos mais poderosos e mais associados a resistências (carbapenemos). “Sem ser espetacular, é uma sustentação do bom caminho que já se começava a notar.” Igualmente positivo é o aumento do consumo de antibióticos recomendados à comunidade: 14% na fosfomicina e 3,5% na nitrofurantoína. Alguns medicamentos por serem antigos estavam a ser substituídos por outros modernos e com espectro maior (menos específico), logo, com maior risco de resistência pelos microrganismos. “A antiga injeção de penicilina estava a deixar de ser feita e agora aumentou 400%”, salienta o médico.O diretor da estratégia nacional contra as bactérias resistentes atribui as melhoras, poucas, aos médicos, sobretudo dos cuidados de ambulatório. “Os portugueses continuam com o mesmo nível de iliteracia sobre o tratamento das infeções e a ir ao hospital visitar vários doentes, sentar-se nas camas, mexer nos objetos ou não desinfetar as mãos”, afirma Paulo André Fernandes. A batalha não está ganha mas a guerra também ainda não está perdida. Os especialistas estão certos que os médicos vão continuar a dispor de tratamentos eficazes. “Não vai existir uma medicina sem antibióticos”, garante Manuela Caniça. “O pipeline dos antibióticos já não está seco. A indústria voltou a apostar nesta área e estão no horizonte alguns medicamentos novos que vão ajudar-nos nestas situações de resistência”, explica Paulo André Fernandes. Mas há uma lição que tem de ser aprendida: “Vamos ter de usar os novos antibióticos com extrema racionalidade para não voltarmos à mesma situação.” b

PERCENTAGEM DE INFETADOS POR ‘KLEBSIELLA PNEUMONIAE’ RESISTENTES A ANTIBIÓTICOS DE CARBAPENEMOSPor país, em 2014

ISLÂNDIA

NORUEGA

SUÉCIA

FINLÂNDIA

ESTÓNIA

LETÓNIA

LITUÂNIA

ROMÉNIA

BULGÁRIA

ESPANHA

FRANÇA

ITÁLIA

ÁUSTRIA

CROÁCIA

ESL.HUNGRIA

ESLOVÁQUIA

REP. CHECA

ALEMANHA

DINAMARCA

HOLANDA

BÉLGICA

LUXEMBURGO

GRÉCIA

CHIPREMALTA

REINO UNIDO

PORTUGAL

<1%1 a <5%5 a <10%10 a <25%25 a <50%≥50%

Dados não reportados ou menos de 10 casos isolados

Não incluído

IRLANDA

FONTE: DGS: ADAPTADO DE EARS-NET/ECDC, 2015

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