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entrevista Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 145 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 29.MAR.11 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico SILICOLIFE: UM CASO DE SUCESSO NO EMPREENDEDORISMO desporto Página 11 SCBraga/AAUM regressa às vitórias e continua líder isolado A Silicolife, uma recente spin-off da UM, foi a vencedora do concurso nacional de empreendedorismo “Atreve-te 2010”. A empresa responsável pelo projecto vencedor, que foi oficialmente criada em Abril do ano passado, com o apoio do Liftoff da AAUM, é constituída por nove elementos, entre coordenadores e ex- alunos da UM. O ACADÉMICO esteve, esta semana, à conversa com Simão Soares (à esq.), CEO e um dos fundadores da Silicolife. Página 08 e 09 “O segredo de todos os projectos é ter uma boa equipa por trás” reportagem “A nona” no Theatro Circo em Braga Página 18 campus Página 04 Liftoff promove discussão sobre empreendedorismo Natiruts... O segundo nome no cartaz do Enterro da Gata ‘11 Página 04

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Natiruts... O segundo nome no cartaz do Enterro da Gata ‘11 SCBraga/AAUM regressa às vitórias e continua líder isolado Liftoff promove discussão sobre empreendedorismo “O segredo de todos os projectos é ter uma boa equipa por trás” “A nona” no Theatro Circo em Braga www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 145 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 29.MAR.11 Página 04

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Page 1: Document18

entrevista

Jornal Oficial da AAUM

DIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

145 / ANO 6 / SÉRIE 3

TERÇA-FEIRA, 29.MAR.11

www.academico.rum.pt

www.facebook.com/jornalacademico

www.twitter.com/jornalacademico

SILICOLIFE:UM CASO DE SUCESSO NO EMPREENDEDORISMO

desporto

Página 11

SCBraga/AAUM regressa às vitórias e continua líder isolado

A Silicolife, uma recente spin-off da UM, foi a vencedora do concurso nacional de empreendedorismo “Atreve-te 2010”. A empresa responsável pelo projecto vencedor, que foi oficialmente criada em Abril do ano passado, com o apoio do Liftoff da AAUM, é constituída por nove elementos, entre coordenadores e ex-alunos da UM.O ACADÉMICO esteve, esta semana, à conversa com Simão Soares (à esq.), CEO e um dos fundadores da Silicolife.

Página 08 e 09

“O segredo de todos os projectos é ter uma boa equipa por trás”

reportagem“A nona” no Theatro Circo em Braga

Página 18

campus

Página 04

Liftoff promove discussão sobre empreendedorismo

Natiruts... O segundo nome no cartaz do Enterro da Gata ‘11

Página 04

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Foi uma semana atribulada. Em Portugal, José Sócrates pediu a demissão. Teremos eleições em Maio/Junho.Mas o dia 24 de Março fica marcado por momentos tristes registados na Assembleia da República.Uma festa carnavalesca, em que todos pareciam estar a divertir-se, teve um final entristecedor, melancólico e sem rigor e coerência.Já todos sabiam o desfecho que o PEC 4 iria ter, mas entre trocas de palavras acesas (no início da tarde), ausências prematuras no emiciclo e um arrastar trágico das carcaças dos deputados até quase às 20h, se fez o resumo de um dia que o país não se deve orgulhar.Alguém, num fórum radiofónico, disse mesmo que os deputados, nessa tarde na Assembleia, se equipa-ravam a uns daqueles grupos de jovens que perdem o último comboio para casa depois de uma festa e têm, obrigatoriamente, de esperar pelo primeiro transporte da manhã. A festa estava a ser “bonita”, mas entusiasmaram-se tanto que se esqueceram de ir embora. Resultado? Uma encruzilhada política que foi epílogo para a longa-metragem que se avizinha até meados de Maio/Junho. Vamos ter campanhas sujas, ataques pessoais, o tão habitual “diz que disse” e, ainda por cima, iremos ter de pagar mais 20 milhões de euros por isso. Para quê? Nessa altura saberemos, mas parece-me que, inde-pendentemente da força rosa ou laranja do poder, nada ou pouco vai mudar. Neste tempo de crise não há muitos iluminados. E os que há, com toda a certeza, não vêem na política o seu desejo futuro.Esta classe há muito que se descredibilizou junto dos portugueses e os mais recentes actos de “javardice” partidária atestam esta ideia, que acaba por fazer sentido.Esperemos agora que, também os portugueses, não se deixem levar e não sejam “javardos” no tempo de colocar o seu voto na urna.Apenas uma nota final para falar de futebol (não fosse eu um amante). Apesar de não ser o meu clube, sinto-me triste pelo que o Sporting está a viver. Aquela noite eleitoral vai deixar marcas. Um clube que vai continuar à deriva é o que perspectiva. Infelizmente, porque o país futebolístico precisa do Sporting.Até para a semana!

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Vitória de Guimarães no JamorDepois de um início de época fulminante, a equipa foi perden-do algum fulgor no campeonato. Ainda assim, na Taça de Portugal, os pupilos de Manuel Machado sempre estiveram concentrados e chegam agora ao tão sonhado Jamor. A massa associativa tam-bém “empurrou” a equipa.

Eleições no SportingGrave. Foi gravíssima aquela ma-drugada de Domingo em Alvala-de.Uma vitória anunciada de Bruno de Carvalho deu azo, após a con-firmação da vitória de Godinho Lopes, a actos de violência e cli-ma de suspeição. Um acto que, de democrático, pouco teve.

SCBraga/AAUMDe novo em alta. E esperemos que até ao final da época.O SCBraga/AAUM voltou a en-contrar o rumo das vitórias. São agora 7 as finais que tem pela frente. Só a 1ª divisão interessa aos “guerreiros do Minho” que na pele de “estudantes” dão motivos de orgulho à cidade.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 29 Março 2011 / N145 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Patrícia Painço, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, Elsa Moura e José Reis, // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

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PÁGINA 03 // 29.MAR.11 // ACADÉMICO

LOCAL

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carla serra

[email protected]

No passado dia 23 de Março realizou-se no Fórum Fnac do Braga Parque, a abertura das inscrições para o concurso de fotografia intitulado de “A Se-mana Santa de Braga”. Este concurso foi promovido pela comissão da Quaresma e So-lenidades da Semana Santa na cidade bracarense.O Presidente da Comissão das Solenidades, cónego Jorge Cou-tinho, afirmou que o concurso tem como finalidade “a promo-ção do interesse pela fotografia contribuindo por via desta para o enriquecimento documental da Semana Santa.”Por outro lado o director da Fnac de Braga, Pedro Guedes afirma que este ano o limite de participantes será aumentado - para mais de 100 concorren-

tes - devido à grande adesão no ano passado. Outro orador que deu início às inscrições para o concurso, Marco Sousa, da En-tidade Regional de Turismo do Porto e do Norte de Portugal salienta o facto de este tipo de eventos ser um sucesso, base-ando-se, para tal, no crescente aumento de participantes e a quantidade significativa de pedidos de imagens da Sema-na Santa de Braga. De acordo com o director, este concurso foi, desde sempre, apoiado pela entidade, uma vez que é um dos objectivos incrementar e promover a ligação à Semana Santa de Braga.As inscrições encontram-se abertas desde o passado dia 22 de Março e com um máxi-mo de 200 participantes. É de se fazer notar que o primeiro classificado receberá 600 eu-ros em vales Fnac.

semana santa de braga à distância de um flash

Concurso de fotografia revelou-se um sucesso no ano transacto

REUNIÃO GERAL DE ALUNOS

ORDINÁRIA

Pela presente convocatória, e de acordo com o disposto no art.º.º31º,n.º 3,

dos Estatutos da Associação Académica da Universidade do Minho, a Mesa

da Reunião Geral de Alunos convoca TODOS os alunos da Universidade do

Minho para a Reunião Geral de Alunos Ordinária a ter lugar no Auditório

B2, Complexo Pedagógico 2, em Gualtar – Braga, no próximo dia 30 de

Março de 2011, pelas 15h00m, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Aprovação da acta da reunião anterior;

2. Informações;

3. Comissão de Revisão Estatutária;

4. Discussão e votação do relatório final de contas e actividades de

2010;

5. Discussão do plano de actividades e orçamento para 2011;

6. Outros assuntos.

AAUM, 15 de Março de 2011

O Presidente da Mesa da RGA

N.B.: Atempadamente disponibilizar-se-á toda a documentação necessária aos

trabalhos nos GAA.

no dia do estudante mais de mil alunos reclamaram na DGESredacção

[email protected]

Os estudantes do Minho esti-veram em Lisboa na passada quinta feira, 24 de Março, dia do Estudante, frente à Direc-ção Geral do Ensino Superior (DGES), para assinar o livro de reclamações. Note-se que a DGES esteve aberta até quase à meia-noite para receber to-dos os estudantes que queriam escrever a sua reclamação no livro. Presentes na acção de contestação estiveram tam-bém alunos da Universidade de Aveiro, Coimbra, Porto, Vila Real, e de alguns institutos po-litécnicos do país.Durante uma longa tarde, os estudantes universitários assi-naram o livro de reclamações da DGES, com as situações individuais no que à atribuição de bolsas respeita, e que consi-deram injustas face ao decreto de lei 70/2010.O facto da mudança do quadro político do país, com a queda do governo de José Sócrates na noite anterior, não deixou de parte o objectivo dos alunos, de que estas reclamações che-guem até à classe política.Mais de mil estudantes de todo o país marcaram presença em Lisboa, contra o regime de atribuição de bolsas, que está a marcar este ano lectivo nas universidades e politécnicos do país.

Luís Costa

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CAMPUSângela coelho

[email protected]

O seminário Entrepreunership Day@AAUMinho decorreu no passado dia 21 de Março, no Auditório B1 do Complexo Pedagógico 2, em Braga. Esta foi uma actividade conjunta do Liftoff, Gabinete do Empreen-dedor da Associação Académi-ca da Universidade do Minho (AAUM) e da University Te-chnology Enterprise Network (UTEN Portugal), em colabo-ração com a University of Te-xas, em Austin, e a Carnegie Mellon University.A sessão de abertura contou com o Reitor da Universida-de do Minho (UM), António Cunha, que felicitou a AAUM pelas grandes preocupações demonstradas com o empre-

endedorismo, um assunto que está também presente na agen-da da Universidade. Contudo, António Cunha alertou que “ainda há um longo caminho a percorrer” e devem ser segui-dos os bons exemplos de outros países.Marco Bravo, representante da UTEN Portugal, começou por dar os parabéns à AAUM, que, ao contrário de outras univer-sidades portuguesas, tem um papel activo em relação ao em-preendedorismo. Marco expli-cou que o objectivo da UTEN é “juntar pessoas”; é “dar aos estudantes a energia para co-meçarem a falar sobre isto”. Para Luís Rodrigues, presi-dente da AAUM, “o Liftoff é o exemplo do quanto a AAUM se preocupa com o empreen-dedorismo”. O presidente da

liftoff promove discussão sobre empreendedorismoacadémica minhota explicou que o Gabinete do Empreende-dor ajuda a desenvolver novas ideias, orienta novos projectos, proporciona aos estudantes formas de aprenderem, com workshops e seminários.O empreendedor e investidor Dave MaWhinney sublinhou que acredita que o facto de a maioria das empresas recém-criadas abrirem falência se deve ao facto de estas não fa-larem com os consumidores suficientemente cedo e com al-guma frequência. “O desenvol-vimento do cliente é tão impor-tante como o desenvolvimento do produto”, acrescentou Dave.Já Barbara Carryer, professora de empreendedorismo da Car-negie Mellon University, falou sobre alguns dos princípios básicos fundamentais à criação

de uma companhia, mas, para a professora, o mais importan-te é “a paixão, o conhecimento, o fogo”. A professora acredita que o essencial não é apenas mostrar como se faz nem ensi-nar a ser empreendedor, “é pre-ciso proporcionar o contexto favorável ao desenvolvimento da ideia”.Miguel Regedor, aluno da UM e responsável pelo projecto “Group Buddies”, questionou os oradores sobre esse “fogo” de que falavam e qual seria o ponto de partida para a criação de uma empresa. Pois “muitas vezes o mercado rejeita as no-vas ideias”, atirou Miguel.

Cam Houser, vice-presidente da “3 Day Startup”, defende que não há ideias perfeitas nem completamente origi-nais. Para Cam, as ideias têm de ser desenvolvidas e não há garantias de que sejam concre-tizadas. O objectivo da “3 Day Startup” é transformar alunos em empreendedores através do modelo “aprender fazendo”, que Cam considera ser o me-lhor método.Foi então um dia muito produ-tivo no que à questão do em-preendedorismo disse respei-to. As sessões contaram com uma forte adesão por parte do público.

natiruts no palco do enterro da gata ‘11redacção

[email protected]

Vêm do Brasil, trazem o reggae na bagagem e prometem um espectáculo animado, mexido e com muito flow à mistura. São eles os Natiruts e chegam ao palco do Enterro da Gata ‘11 com alguns álbuns edita-dos, onde se destacam os dois últimos, datados de 2006 e 2009, “Natirus Reggae Power ao vivo” e “Raçaman”, respecti-vamente. Remontando à história da ban-da, assinale-se a sua criação, estávamos no ano de 1996.

Mas entre a saída de alguns elementos da banda e a entrada de “sangue novo”, é mesmo ne-cessário sublinhar o disco “Ra-çaman” onde a banda, voltou aos seus primeiros passos, com mensagens da situação do país e, como sempre, abordando os problemas com as suas le-tras marcantes. Este CD/DVD aproximou, ainda mais, a ban-da dos seus fiéis seguidores. “Você me encantou de mais” é o último grande sucesso da banda brasileira. Ainda assim, a sua “boa vibe” está presente em quase todas as faixas que interpreta, de forma única e

enérgica em palco.Recorde-se que este nome sur-ge depois da Associação Acadé-mica da Universidade do Mi-nho (AAUM) já ter confirmado Rui Veloso para o primeiro dia das Monumentais festas do En-terro da Gata 2011.Por agora, muitos artistas são já especulados, ainda assim, a organização do evento escusa-se a avançar, para já, mais no-mes, prometendo surpresas para os próximos dias.O Enterro da Gata 2011 irá realizar-se de 7 a 13 de Maio e promete juntar no Gatódromo milhares de estudantes.

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Reitor da UM e o presidente da AAUM marcaram presença

A Universidade do Minho juntou oradores internacionais

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CAMPUS PÁGINA 05 // 29.MAR.11 // ACADÉMICO

sónia ribeiro

[email protected]

“Foi francamente positivo”, é desta forma que Paula Lobo, vice-presidente do Departa-mento de Apoio a Núcleos da Associação Académica da Uni-versidade do Minho (AAUM) faz o balanço da 2ª Assembleia de Núcleos, que decorreu nos dias 22 e 23 de Março, na Uni-versidade do Minho. Nos dois dias estiveram pre-sentes 31 núcleos, em 41 exis-tentes, um número superior ao verificado no ano anterior. Para a vice-presidente do de-partamento de apoio a núcleos da AAUM, esta adesão signifi-ca que os núcleos estão activos e que se empenham pela aca-demia. “Os núcleos aderiram

em massa a esta assembleia e foram muito participativos e interventivos, mostrando que estas estruturas estão activas e têm muitos projectos interes-santes para desenvolver”, disse. Para além disso, permitiu to-mar conhecimento de “proble-mas de urgente solução”.Segundo Paula Lobo, o depar-tamento procura, através da reunião com os estudantes, dar resposta a todas as questões le-vantadas.“Estou muito satisfeita com o sucesso e penso que daqui para a frente estão reunidas todas as condições para a continuação de um excelente trabalho do departamento e dos núcleos”, confessou. E acrescentou que “a AAUM congratula-se por ser um dos principais apoios dos núcleos”.

Debate intenso em torno do PASUM e situação actual dos núcleos

O primeiro dia da assembleia ficou marcado pelo intenso de-bate em torno do Programa de Apoio a Núcleos e Secções da Universidade do Minho (PAN-SUM), que permitiu o esclare-cimento das dúvidas relativas à forma de prestação de apoio às associações. Foi ainda proposta a alteração de um dos artigos, que foi aprovada em assem-bleia. Para além da apresen-tação do projecto ‘Dádivas de Sangue’, todos os estudantes foram convidados a participar, tendo aderido em massa. Paula Lobo destacou ainda a discussão sobre a importância da inscrição no Registo Nacio-nal de Associativismo Jovem (RNAJ) e Programa de Apoio Juvenil (PAJ), que permitiu “desmistificar a ideia de que os apoios do Instituto Português da juventude (IPJ) inviabili-zam outros apoios da AAUM”. Na sua opinião, é fundamental alertar para a necessidade de “arranjar fundos externos”. Consciente das dificuldades que atravessam os Núcleos face à situação actual de crise, a AAUM procurou perceber como poderia ajudar, propon-do aos estudantes que levan-tassem e debatessem os pro-blemas. Neste ponto, “a mesa

apenas exerceu o papel de moderação”, esclareceu Paula Lobo.A interacção proporcionada pelo debate justificou a rees-truturação do plano do dia se-guinte, para que fosse possível avançar algumas soluções para as questões abordadas, acres-centou.

Núcleos unidos em torno de soluções

Consciente dos problemas e necessidades dos Núcleos, Mi-guel Regedor, um dos estudan-tes do 2º Ciclo de Engenharia Informática responsáveis pela plataforma de comunicação online, apresentou uma plata-forma onde os núcleos podem gerir a comunicação interna e externa, fazer a gestão dos só-cios, para além de afirmar a presença na web. Reconhecen-do as dificuldades de financia-mento, propôs um preço com-patível com as possibilidades dos Núcleos.Paula Lobo desafiou os pre-sentes a participarem no pro-jecto Lip Dub, em que a ideia é mostrar a sede do núcleo ou qualquer parte da academia, envolvendo o maior número de pessoas possíveis.Este ano, a proposta é dirigida essencialmente para a integra-ção dos novos alunos, funcio-nando como uma “forma en-

assembleia de núcleos com balanço “francamente positivo”

graçada de conhecer o núcleo e as suas actividades”, explicou. Os estudantes foram distri-buídos em quatro grupos, onde debateram e propuseram soluções para os problemas identificados no dia anterior: procedimentos dos núcleos, estabelecimento de sinergias para melhorar actividades, ob-tenção de financiamento inter-no e externo e formação dos membros. Ana Rita Ribeiro, responsável pelo Liftoff, apresentou tam-bém o gabinete, focando as actividades a desenvolver, em parceria com os núcleos.O provedor do estudante, An-tónio Paisana, também esteve presente na reunião, tendo apresentado as suas convicções quanto à passagem da univer-sidade ao regime fundacional. Os presentes puderam escla-recer as suas dúvidas também com Luís Rodrigues, presiden-te da AAUM, mas presente na qualidade de representante dos estudantes do Conselho Geral.O departamento de apoio a núcleos propôs uma moção em prol da uniformização do período eleitoral dos Núcleos, a qual foi aprovada com apenas um voto contra e duas absten-ções, “mas vindas de núcleos que já têm eleições no período proposto, que é de Outubro a Fevereiro”, explicou Paula Lobo.

10 anos de dádivas de sangue Silva. O Reitor António Cunha fe-licitou todos os responsáveis por estes 10 anos de sucesso, referindo que “a UM está or-gulhosa” por liderar o ranking nacional de dádivas de sangue, desde 2002, considerado um acto nobre de voluntariado para com a sociedade. Acrescentou ainda que o sucesso dá-se em virtude das ligações saudáveis entre a Reitoria, o SASUM e os estudantes com o Instituto Português de Sangue. Durante o ano de 2010, professores, alu-nos e funcionários da UM con-

ana lopes

[email protected]

No passado dia 22 de Março, a Universidade do Minho (UM) assinalou 10 anos de parceria com o Instituto Português de Sangue (IPS) com um total de 334 dádivas de sangue. Este número vem confirmar a ha-bitual adesão da comunidade académica quanto a este acto de solidariedade.Nuno Catarino, responsável por esta actividade nos Ser-viços de Acção Social da UM (SASUM) destacou o excelente

resultado obtido. Para marcar este data históri-ca para a UM passaram pelo autocarro do IPS, várias perso-nalidades da universidade e do IPS, tais como o Reitor da UM, António Cunha acompanha-do pela Directora do Centro Regional de Sangue do Porto, Marilia Morais, pelo Presiden-te da Associação Académica da Universidade do Minho, Luís Rodrigues, pelo Vice-Reitor da Universidade do Minho, José Mendes e pelo Administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho, Carlos

tribuíram com 2 117 colheitas para as reservas de sangue do país. Nestes 10 anos, a UM já contribuiu com 11 488 dadores.Na mesma mesa, o administra-dor dos SASUM, Carlos Silva, referiu que este “casamento” entre as instituições promoto-ras foi uma união de sucesso. “É importante que os estudan-tes participem nestas causas”, para que fortaleçam os laços com a sociedade, referiu.Esta conferência pretendeu dar espaço à reflexão sobre a im-portância desta acção e fazer o balanço de um trabalho de 10

anos, percebendo as razões que levam a UM a estar na linha da frente. Durante todo o dia estiveram ainda, no campus, três unida-des móveis de livre acesso a toda a comunidade académica. As razões para dar a sua con-tribuição foram várias, desde altruísmo a prestar um dever cívico ou por questões de foro pessoal, visto que já viram fa-miliares a precisar dessa aju-da. Esta acção irá repetir-se no próximo dia 29 de Março em Guimarães, no campus de Azurém.

Debate intenso e produtivo ao fim de dois dias de trabalhos

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CAMPUSPÁGINA 06 // 29.MAR.11 // ACADÉMICO

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EMPRESA DE CONSTRUÇÃO

VENDE-SE

Valor 450.000,00 EUROS (Total ou Parcial)

Fundada 1971, alvará Classe 3 – Distrito Braga

Em actividade (construção 10 moradias)

Telm.916081717 E-mail [email protected]

goreti faria

[email protected]

Dois concursos, dezasseis con-correntes, dez noites, dois ba-res académicos e, finalmente, dois vencedores. Assim se faz um resumo dos eventos UM-plugged e DJ@UM que, pro-movidos pelo Departamento Cultural e Tradições Académi-cas da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) e com o patrocínio da bebida energética Burn, es-tão “em cena” todas as terças e quintas-feiras nos bares acadé-micos da Universidade do Mi-nho até ao dia 7 de Abril.Bandas para Guimarães e DJ’s para Braga, palco para as ban-das e mesa de mistura para os DJ’s, música para todos os gostos. Foi assim que aconteceuNa semana passada tiveram

lugar o primeiro grupo de eli-minatórias para cada concurso. Ao todo, cada concurso contará com dois grupos de eliminató-rias e cada eliminatória apura-rá dois (de quatro) concorrentes para irem à final. Nas finais, encontrar-se-ão então os vence-dores das edições deste ano do UMplugged e do [email protected] terça-feira, a discussão foi entre as bandas Mess, Dialec-tos, Sun King e Pharma. Ava-liados segundo quatro critérios – que vão desde guitarrista a interacção com o público – e por cinco júris – um represen-tante da AAUM, um represen-tante da Rádio Universitária do Minho (RUM), um repre-sentante da Burn, um agente musical e um representante de uma loja de música – foram os Dialectos e os Pharma a segui-rem em frente. Já na quinta-feira foram os DJ’s

eliminatórias UMplugged e DJ@UM em cena nos bares académicos

Soema, Disco 4 Dummiers, Carlos Guerreiro e SparaBro-ther que competiram por um lugar na final. Igualmente avaliados de acordo com quatro critérios – desde selecção mu-sical a criatividade – e por cin-co júris – dois representantes da AAUM, dois representantes da RUM e um representante da Burn – Soema e SparaBrother foram os apurados.O ACADÉMICO falou com Carlos Guerreiro, finalista na edição do ano passado, que as-sumiu que participa essencial-mente pela divulgação do seu trabalho, e com SparaBrother, vencedor da edição do ano pas-sado e finalista já confirmado desta edição, que confessou não participar pelo prémio, mas antes pela experiência.Adoro dançarEnquanto o UMplugged en-controu um público consisten-te, o DJ@UM contou com uma audiência reduzida mas, ao que parece, bastante entusias-ta. “Sou uma apaixonada pela música e adoro dançar”, foi a resposta de uma estudante à pergunta “Porque vieste assis-tir ao concurso?” colocada pelo ACADÉMICO.Enfim, momentos interessan-tes marcaram estas duas pri-meiras eliminatórias e, como tal, aconselha-se uma visita às próximas duas e, evidente-mente, às finais – por outras palavras, não percas os próxi-mos episódios. No entanto, se tiveres mesmo de os perder, poderás ainda ver os vencedo-res de ambos os concursos a actuarem no Enterro da Gata.

Sê  Criativo  e  mostra  a  TUA  perspectiva!  

mostrMTUATUATuTUAPerspectibva!  Data limite de entrega dos trabalhos 30 DE ABRIL DE 2011. Consultar o regulamento em vigor (www.bio.uminho.pt/nebaum)

Organização   Parceiros

BIOCONCURSO II “Fotografia  Científica”  

   

Francesco Lodato, 16, Itálias

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Hana Sustkova, 20, República Checa

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CAMPUSPÁGINA 07 // 29.MAR.11 // ACADÉMICO

o futuro passa por inov-artabilitação; Programação e/ou Curadoria), as Artes Perfor-mativas (Teatro; Dança; Mú-sica; Performance; Produção; Programação e/ou Curadoria), as Artes Visuais (Pintura; Es-cultura; Desenho; Gravura; Ilustração; Vídeo), a Fotogra-fia (Produção; Programação e/ou Curadoria), o Cinema e Audiovisual (Realização; Pro-dução; Pós-produção; Som; Guionismo; Imagem/Fotogra-fia; Animação; Jornalismo em área cultural (TV ou rádio); Programação e/ou Curadoria), o Design (Gráfico; Industrial/Produto/Equipamento; Co-municação; Web/Multimédia; Ilustração; Moda; Joalharia; Interiores; Produção; Progra-mação e/ou Curadoria), a Es-crita e Edição (Escrita; Edição; Produção; Jornalismo em área

daniela mendes

[email protected]

O Concelho Nacional de Juven-tude (CNJ) criou mais uma ini-ciativa para os jovens: O semi-nário Nacional Sobre Emprego Jovem, que irá decorrer entre os dias 1 e 3 de Abril em Lisboa.O projecto abre portas à dis-cussão e à reflexão dos cerca de 150 participantes que poderão trocar, nas conferências, mesas redondas, sessões plenárias, grupos de trabalho e programa social, informações e conheci-mentos quantitativos e quali-

tativos acerca do emprego e de outras áreas que o relacionam. É ainda conferida importância ao debate com outros jovens, técnicos na área da juventude e decisores públicos e políti-cos de forma a conseguirem encontrar medidas relevantes e, com efeito, servirem de pro-postas para o problema que a juventude, em Portugal, atra-vessa.Através de um diálogo coeso, certas questões serão debatidas como, por exemplo, o apoio e fomento do emprego jovem e a importância da União Euro-

peia e de Portugal na criação de oportunidades de emprego para os jovens.O CNJ mantém uma estreita cooperação com Instituto Por-tuguês de Juventude e as suas Direcções Regionais do Norte, Centro e Algarve, com a Direc-ção Regional de Juventude dos Açores, o Instituto de Juventu-de da Madeira, as autarquias de Viana do Castelo, Aveiro e Faro tal como a Associação Académica de Aveiro, que pro-moveram, entre os dias 10 e 26 de Fevereiro, cinco seminários regionais.

lutar por um emprego

Joana neves

[email protected]

Estão abertas as inscrições para a terceira edição do Programa de Estágios Internacionais, promovido pelo INOV-ART (Direcção Geral das Artes).Encontram-se assim disponí-veis 1500 bolsas para os jovens, entre os 18 e os 30 anos, que provem “dar cartas” nos domí-nios culturais e artísticos. Com o objectivo de promover não só a qualificação pessoal destes mesmos jovens, como a sua inserção no mercado de trabalho, bem como contri-buir para o aprofundamento da cooperação cultural e artís-tica internacional, a iniciativa permite aos recém-licenciados a realização de estágios pro-

fissionais internacionais, a iniciar, presumivelmente, em Julho do corrente ano, com a duração mínima de 3 e máxi-ma de 9 meses. Estará apto a concorrer qual-quer jovem que, para além de responder ao critério “idade”, possua qualificação profis-sional específica no domínio cultural e/ou artístico, compro-vada pela posse de diploma do ensino superior, seja f luente em português e outra língua oficial da União Europeia e te-nha disponibilidade para viver no estrangeiro e capacidade para, com total autonomia, ga-rantir o normal cumprimento das obrigações. São então visadas áreas como a Arquitectura e Urbanismo (Arquitectura; Urbanismo; Paisagismo; Interiores; Re-

cultural ou artística (jornais, revistas ou eb)), a Gestão, In-dústrias Criativas e Marketing (Gestão cultural; Indústrias criativas; Marketing cultural; Comunicação cultural; Produ-ção; Programação e/ou Curado-ria), o Património (Museologia; Conservação e restauro; Valori-zação, dinamização e divulga-ção) e os Serviços Educativos

e Actividades Artísticas em Meio Educativo (Serviços Edu-cativos; Actividades artísticas em meio educativo; Produção; Programação e/ou Curadoria).As candidaturas encontram-se abertas até ao dia 15 de Abril e devem ser formalizadas através de um formulário dis-ponibilizado em http://www.dgartes.pt.

NACIONALEmprego em debate numa acção do CNJ

DR

DR

PUB.

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ENTREVISTASIMãO SOARES

cláudia fernandes

[email protected]

A Silicolife, uma recente spin-off da UM, foi a vencedora do con-curso nacional de empreendedo-rismo “Atreve-te 2010”. A empresa responsável pelo projecto vencedor, que foi oficialmente criada em Abril de 2010 com o apoio do Lif-toff da AAUM, é constituída por nove elementos, entre coordenado-res e ex-alunos da UM. O ACA-DÉMICO esteve, esta semana, à conversa com Simão Soares, CEO e um dos fundadores da Silicolife.

A Silicolife venceu o “Atreve-te 2010”. A primeira pergunta que se impõe é: em que se baseava o vosso projecto?O projecto que apresentámos no “Atreve-te 2010” é, em termos gerais, um resumo do plano de negócios que estamos a seguir e, com grande agrado, vimos que foi reconhecido. A empresa já tinha entrado em funciona-mento em Abril de 2010 e o que apresentámos ao júri do concur-so foram as ideias gerais da em-presa: o que nós fazemos, qual é o nosso mercado, o que é que

achamos que é uma nova opor-tunidade de negócio.

Porque é que concorreram ao “Atreve-te 2010”?Começámos a pensar na ideia da Silicolife no fim de 2009, e, durante esse período e até ter-mos arrancado com empresa, fomos testando a ideia em al-guns concursos.Durante o ano de 2010 fomos tendo o apoio do Gabinete do Empreendedor da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) - Liftoff. Sendo a AAUM um dos organizadores do “Atreve-te 2010”, fomos desa-fiados por eles a concorrer.

Quando concorreram, tinham ex-pectativas de ganhar?Tínhamos algum material pronto de outros concursos. Mas, com a nossa experiência passada, também sabíamos que é muito difícil prever se iríamos ganhar ou não, porque as ideias são todas muito diferentes e, também, o júri e o background das pessoas que o constituem é muito diferente.

determinado composto de natu-reza industrial. Toda a estratégia da empresa foi pensada numa visão global, porque não fazia sentido fazer isto para Portugal. Ainda assim fazemos, para Por-tugal, tratamento de dados de origem biológica e alguns pro-jectos na área da Saúde.

Esta era uma área muito “verde” em Portugal?Somos a primeira empresa de Bioinformática em Portugal e em termos de Biologia de Siste-mas, da parte da modelação e da optimização, somos das poucas também a nível mundial.

Por quantas pessoas é constituída a Silicolife?Ao todo, somos nove colabora-dores. Aqui, a funcionar a tem-po inteiro, estão três pessoas. Depois, temos pessoas que vão entrando e saindo, consoante o número de projectos que vamos tendo. Os fundadores são pesso-as que pertencem ou que esta-vam relacionadas com o Centro de Investigação do Departamen-

Em que condições nasceu a Silico-life?A Silicolife é um projecto que parte de antigos alunos do Mestrado de Bioinformática e de professores desse Mestrado. Éramos, também, investigado-res do Grupo de Informática e Engenharia de Sistemas da Uni-versidade do Minho e tínhamos já alguma experiência a traba-lhar com parceiros industriais e percebemos que havia uma oportunidade de tornar isto um projecto empresarial e perceber as soluções de uma maneira mais profissional. Então, foi nascendo a vontade de tornar isto uma empresa.

O que faz, então, a Silicolife? De uma maneira muito geral, a Silicolife é uma empresa que cria soluções de Biologia com-putacional para as Ciências da Vida. Trocando por miúdos, trabalhamos para o mercado da biotecnologia industrial, que está por trás dos mais diferentes aspectos da nossa vida, desde o alimentar aos biofármacos e bio-

combustíveis. Em todas essas indústrias, o que está por trás na produção são microrganismos optimizados para atingir esses fins industriais. Essa é uma área que tem uma investigação mui-to custosa e que demora muito tempo. Para desenvolver um cosmético são mais de quatro anos, para desenvolver um bio-fármaco são dez a quinze anos e as fases desses processos são binárias, ou seja, pode-se atin-gir uma fase bastante avançada do desenvolvimento do projecto e ele depois falhar. Nós fazemos modelos dos microrganismos que se pretendem utilizar e, uti-lizando os nossos algoritmos, ajudamos a perceber em que condições se deve operar para termos uma produção máxima. Uma analogia que gostamos de fazer é o GPS: neste caso, os nossos mapas são os modelos dos microrganismos, que nós criamos, e as ferramentas para o GPS encurtar o caminho são os nossos algoritmos, que ajudam a identificar, por exemplo, como maximizar a produção de um

“O segredo de todos os projectos é ter uma boa equipa por trás”

Simão Soares (à esq.), aqui com um dos fundadores, Paulo Vilaça (à dir.) pretende dar passos seguros para o futuro

Dan

iel Vieira da Silva

A rotina diária da SilicoLife está bem definida. Metodologia aliada à estratégia são trunfos

Dan

iel Vieira da Silva

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ENTREVISTAPÁGINA 09 // 29.MAR.11 //ACADÉMICO

No SpinPark, a SilicoLife ganha “novas asas” para contactos com outros clientes

“As pessoas estão cada vez mais agarradas à estabilidade e

arrancar com este tipo de projectos requer a saída da

nossa zona de conforto”

to de Informática e com o Cen-tro de Investigação do Departa-mento de Engenharia Biológica. Temos pessoas das Ciências da Vida e pessoas das Ciências da Computação e, ao falarmos todas estas linguagens, o que conseguimos fazer é perceber, na realidade, qual é o problema do cliente e disponibilizar uma solução que se adequa ao que ele pretende.

Falaste, há pouco, do apoio do Liftoff. Foi importante, para vocês, esse apoio?Estávamos nas instalações que pertenciam à AAUM, ou seja, até darmos o salto para estas no-vas instalações, estávamos num berço que tinha sido disponibi-lizado pelo Liftoff. Este gabinete do empreendedor funcionou, também, como uma ajuda para saber destas oportunidades, como o “Atreve-te 2010”.

Em relação ao prémio de 30 mil euros que receberam no “Atreve-te 2010”, já há um destino para o dinheiro?A nossa estratégia como empre-sa sempre foi muito sustentada. A empresa é totalmente detida pelos seus fundadores e o inves-timento inicial também foi todo suportado por eles. Em Abril de 2010, vimos que já tínhamos um conjunto de projectos que nos permitia sustentar a em-presa durante algum tempo e, então, decidimos meter mão à obra e arrancar com a empre-sa oficialmente e desenvolver esses projectos. O prémio do “Atreve-te” vem alavancar este processo e torná-lo mais rápido.

Esse dinheiro tem sido investido na procura de novos clientes e, também, de suportar o desen-volvimento de algumas ferra-mentas internas.

E que projectos têm em mãos?De momento, estamos a tra-balhar com duas das maiores empresas da indústria química mundial e estamos a ajudá-los a desenvolver novos processos, utilizando os nossos modelos e os nossos algoritmos para, quando eles forem para o labora-tório, já terem um guia racional para o fazer, porque o processo típico nesta indústria é muito tentativa/erro. Nós damos-lhes, portanto, um guia baseado em métodos racionais, em conheci-mento matemático.

Os alunos poderão, futuramente, efectuar estágios aqui?Somos parceiros industriais em alguns projectos de inves-tigação, nomeadamente num que foi iniciado pela União Eu-ropeia, em que estamos com a maioria das instituições a fazer investigação nesta área e pode-

rá, então, haver a oportunidade para pessoas que estejam na área da Bioinformática e das Ciências da Computação de es-tagiar. Poderá ser uma ideia a colocar em prática no futuro.

Esta passagem para o SpinPark abre algumas portas? Sentes que vai ser um impulso ainda maior para a Silicolife?Esta mudança vem dar outro tipo de condições à empresa, vem comprovar que todo o tra-balho que temos vindo a fazer tem sido no bom sentido. Agora temos que elevar mais a fasquia.

Sentes que estão a ser dadas, por parte das universidades e dos acto-res políticos, as condições para que se fomente o empreendedorismo em Portugal?Acho que, da parte das univer-sidades, há um movimento de apoio a estas iniciativas. Somos um exemplo disso. O melhor a fazer é, se as pessoas têm uma ideia e têm a vontade de arris-car, é pegar na ideia, pô-la num papel, sujeitá-la a algumas pro-vas, falar com outras pessoas, para as refinar até que atinjam o estado de maturação e pensar, então, o que é que vamos fazer com elas, mais a sério. Estes projectos acabam por desafiar os próprios autores.

Dado o paradigma em que o país se encontra, achas que as pessoas já não querem assumir os riscos de se-rem empreendedoras, numa altura complicada como esta?Talvez. Mas talvez seja esta a altura mais indicada para isso. É uma altura de crise, em que as pessoas têm menos a perder. Mas passa-se exactamente o contrário.As pessoas estão cada vez mais agarradas à estabilidade e arran-car com este tipo de projectos requer a saída da nossa zona de conforto.

Apesar de “pequena” e recente e com perspectivas de ascensão, já se pode considerar que a Silicolife é um exemplo de sucesso de empre-endedorismo que sai das universi-dades. Que conselhos é que achas que podias dar a quem está com uma ideia na mão?Acho que se resume à persistên-cia. E o segredo de todos os pro-jectos é ter uma boa equipa por trás. Falem com as pessoas que acham que são as mais capazes e desafiem-nas para entrar, para que, juntos, construam algo ain-da mais forte.

Dentro da própria UM, de onde saíram… Sentiram apoio neste projecto, por exemplo, por parte dos próprios docentes?Somos um caso muito parti-cular, porque esta ideia tinha os nossos antigos orientadores científicos envolvidos e fomos desafiados por eles a tornar isto um caso prático.Mas penso que há condições para as pessoas agirem.Não há uma fórmula mágica e também não há muito que as universidades possam fazer.Pode haver cadeiras que dêem bases para o que deves fazer quando estás numa empresa, quando estás a coordenar um projecto…

Não partilhas, então, da opinião que se deve criar uma cadeira de empreendedorismo transversal a

todos os cursos?Isso é uma excelente ideia. Essa cadeira poderá dar algumas ba-ses, poderá puxar pelas pessoas para que elas concretizem os seus projectos, mas o desafio está sempre na pessoa.

Hoje em dia, estás confortável no lugar em que estás?Não estou confortável, mas é esse o objectivo, é não estarmos confortáveis e querermos sem-pre mais e é esse o sentimento que nos ajuda a crescer, mas acho que fiz uma excelente op-ção em arriscar neste projecto.

Qual é o próximo passo da Silico-life?O nosso próximo passo é a con-tinuação deste. E sempre com a internacionalização no nosso horizonte.

Daniel Vieira da Silva

O ACADÉMICO decidiu pas-sar um dia na empresa ven-cedora do “Atreve-te 2010”. Assim, aos escritórios no SpinPark, no AvePark, nas Tai-pas, chega-se bem cedo, todas as manhãs, ainda que esta ain-da seja uma fase de adaptação a esta nova rotina.Quando entram ao serviço, as pessoas que estão a trabalhar em determinado projecto, sa-bem exactamente o que têm de fazer. Quanto à duração do dia de trabalho, por vezes, há a ne-cessidade de estender a dura-ção do mesmo. “Somos uma empresa bastante jovem e

dinâmica, por isso, de vez em quando, temos de tirar umas horas de sono para trabalhar”, explica Simão Soares.Há, ainda, de acordo com Si-mão Soares, uma dia por se-mana em que se realizam reu-niões nas quais se define, para cada projecto, “o que se preten-de fazer nessa semana e quais são os objectivos a atingir”.Fora isto, algumas pessoas têm outras obrigações.“Eu tenho algumas funções na parte executiva, tenho de tra-tar de muitas coisas mais bu-rocráticas e mais de contacto com clientes”, conclui Simão Soares.

Um dia na Silicolife

Simão Soares e Paulo Vilaça querem, dia após dia, sair da sua zona de conforto

Dan

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Silv

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REPORTAGEMluís costa

[email protected]

Os ponteiros já passavam um pouco das 21h30 quando o pal-co do Theatro Circo acolheu, no passado sábado, dia 26, “A Nona”. Encenada pela compa-nhia galega “Teatro do Morce-go”, esta comédia de situações grotescas retrata uma família argentina de imigrantes com origens italianas. O ACADÉ-MICO assistiu a esta peça, muito indicada para tempos de crise,A história situa-se numa qual-quer cidade. Pode muito bem ser Buenos Aires, como até (porque não?) Braga. Tudo acontece quando o clã fami-liar se depara com a miséria e culpa pela situação a sua avó centenária, de dimensão quase sobrenatural.La Nonna, interessante e bur-

lesca, é dotada de um apetite exagerado, devorando insacia-velmente todos os alimentos que encontra ao seu alcance. Empanturrando-se até não po-der mais, mesmo o que não é comestível, leva a família à ru-ína material e moral, fazendo-os passar as piores vergonhas. Para evitar a destruição, os esforços dos familiares, inter-pretados por Miguel Pernas, Mundo Villalustre, César Gol-di, Mónica Camaño, Miguel Varela, Elina Luaces e Iolanda Muíños, num momento de de-sespero, transformam-se nos mais variados esquemas para ganhar dinheiro (prostituição, mendicidade, mentira…). Mas as qualidades de uma sobre-vivência secular prevalecem e os aprendizes de marginais depressa se vão tornar vítimas da farsa, acabando mortos em todas estas tentativas de pôr

“a nona” no theatro circo

fim à avó. Isto até que, no fi-nal da história, resta apenas… a Nonna. Escrito pelo dramaturgo Ro-berto Cossa, este é um dos livros mais importantes do te-atro argentino, possibilitando várias interpretações. Uma das perguntas que se pode fazer é: quem é afinal a La Nonna? Pode ser o Estado, que impõe tudo e pressiona até ao limite; pode ser a sociedade rígida em que vivemos; pode ainda ser a família, vista nos próprios sistemas de valores e crenças onde nos afiliamos.La Nonna, considerada no seu estatuto de “monstro”, propor-ciona-nos um prazer inacredi-tável. A desordem e o mal que ela introduz na sua família leva todos os seus membros à transgressão dos tabus. Ela provoca no seu meio uma série de inversões de valores: a sua neta prostitui-se, os seus filhos

caem na delinquência e na ex-clusão. Pode-se dizer que, em cada aparição da Nonna, se dá uma ruptura no universo quo-tidiano.Quem não perdeu a oportuni-dade de ocupar um lugar na plateia do Theatro Circo foi Glória Martins, com quem o ACADÉMICO esteve à conver-sa. Ficou a saber da peça atra-vés de uma amiga, também ela responsável pela compra dos bilhetes. No final, as palavras eram de agrado. “Gostei bas-tante da peça. Achei que tem bastante semelhança com a vida real”.Contudo, não escondeu a sur-presa quando percebeu que os diálogos eram em galego. “Não estava à espera, porque na altu-ra não vi o elenco. Mas supo-nho que toda a gente percebeu a maioria das coisas. Penso que não dificultou a percepção do sentido geral da peça.”

Opinião partilhada por Maria-na Esteves: “É bom conhecer um pouco mais a cultura ga-lega. Permite alargar horizon-tes. O curioso é que, apesar de estar retratada a sociedade espanhola, em alguns pontos, assemelha-se em muito com a nossa.”Quem também escolheu uma ida ao teatro como forma de passar o serão foi Sofia Pare-des. “Queria simplesmente vir ao teatro hoje. Procurei a oferta que havia na zona do Norte e achei que esta poderia ser uma peça interessante.”A intenção de Sofia não era despropositada, uma vez que, dia 27, se comemorou o Dia Mundial do Teatro. No contex-to dessa efeméride, o Theatro Circo repôs ainda o “Último Acto”, pela Companhia de Tea-tro de Braga, sessões de leitura de textos dramáticos e um de-bate.

No dia mundial do teatro, A Nona esteve em cena

no Theatro Circo

Luís Costa

Luís

Cos

ta Interessante e burlesca, La Nonna é dotada de um apetite exagerado

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Luís Fernandes forma, juntamente com André Covas, José Figueiredo, Pedro Oliveira e Ronaldo Fonseca os peixe:avião, umas das coqueluches da nova música portuguesa. Começaram em 2007 com o EP “Finjo a fazer de conta feito peixe avião” e, por meio de boas críticas, bons concertos e o fenómeno myspace, conseguiram obter a atenção do público. Foram um dos novos talentos Fnac 2008, ano em lançam 40:02, o seu álbum de estreia. 2010 viu nascer Madrugada, mais um passo na evolução a amadurecimento como banda, um disco que contou com as participações de Manuela Azevedo dos Clã e de Bernardo Sassetti.Para além do projecto peixe avião, Luís Fer-nandes tem um projecto a solo de nome The Astroboy. Aqui, o músico dá largas a algumas das suas paixões sonoras, ligadas à electróni-ca ambiental e aos sintetizadores analógi-cos. Após um pequeno hiato, The Astroboy regressa em 2011 com The Chromium Fence, um registo que continua ligado aos elemen-tos digitais mas que se inspira em temáticas retro-futuristas. A título de curiosidade, resta dizer que a edição, para além do formato digital, recupera o formato cassete.Com uma forte componente electrónica, o seu trabalho procura também reviver o som mais tradicional dos sintetizadores analógi-cos e dos gravadores de fita, numa postura retro-futurista, como o próprio em tempos assumiu.

Segunda: Broadcast - Man is not a Bird (Haha Sound, 2003)(face ao desaparecimento da vocalista trish Keenan): estava à espera de um novo álbum, que haviam prometido recentemente… fica um legado que, para mim, é muito especial e

representa um dos melhores exemplos do que é a exploração novos caminhos na música pop. era uma banda que, renovando sempre a sua panó-plia de instrumentação e de abordagem à estética sonora, mantinha sempre um nível de interesse muito grande.

Terça: Fennesz - Endless Summer (Endless Summer, 2001)É uma das minhas maiores influências (ao nível do projecto the astroboy) e foi uma reviravolta na minha maneira de ouvir e construir música. achei interessantíssima a forma como ele trabal-ha a música electrónica. ele é um guitarrista por definição - ele parte sempre de uma base sonora orgânica que é tratada posteriormente de forma digital… é um reflexo da tecnologia de hoje em dia, em que o laptop é um instrumento por si só.

Quarta: Jeffre Cantu-Ledesma - River like Spine (Love is a Stream, 2010)eu conheci-o através do catálogo da type, de que sou um ouvinte assíduo. ele faz parte de uma banda que já acompanho há algum tempo, os the alps… é um disco que me deixou maravil-hado, um disco disfarçado de noise mas que, se ouvirem com paciência descobrirão autênticas pérolas. para além da type, existem outras edito-ras de referência para mim como a touch, a 12k a 4ad ou a fatcat.

Quinta: Stereolab - Cibelle’s Reverie (Emperor Tomato Ketchup, 1996)os stereolab têm-nos presenteado com alguma da melhor pop que se tem feito nos últimos anos… e este tema para mim é a fórmula pop perfeita. acho que, por muito que se queira dizer que esta pop é mais intelectual, não é por isso que é menos acessívei. Quase tudo cabe no conceito da pop, por isso acho que esta pop é um desafio a que as pessoas ouçam.

Sexta: Tortoise TNT (TNT, 1998)este acaba por ser um exemplo de como alguma da música mais erudita pode encontrar alguma da música que se abriga debaixo desse “guarda-chuva” que é a pop. os tortoise fazem canções que estão adornadas e são interpretadas de uma forma mais ligada à música erudita e mais mar-ginal. É uma música desafiante, que não encaixa num facilitismo de que são acusados alguns dos grupos associados ao pós-rock.

LUÍS FERNANDES

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INQUÉRITO

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“Gostava de ver bandas no gé-nero do rock alternativo”. Jorge Lima refere-se, assim, a grupos musicais formados há relativa-mente pouco tempo e que, por não serem tão conhecidos ou divulgados nas rádios, prova-velmente “não seriam muito caros”, constituindo uma hipó-tese viável para o cartaz deste ano. Linda Martini e Blood Red Shoes são exemplos do tipo de “bandas muito interessantes” que fariam o estudante de en-genharia informática desfru-tar, em pleno, dos concertos.Sobre Rui Veloso, o primeiro nome do cartaz revelado, Jorge Lima garante que “é sempre bom vê-lo”.Na sua opinião, trata-se de um artista “que proporciona um bom ambiente e que tem boas músicas”, resultando muito bem num contexto de festa académica.

Tendo em conta o carácter dos concertos do Enterro da Gata, a estudante de engenharia bio-médica gostaria que, este ano, marcassem presença “algumas bandas portuguesas” como Linda Martini, If Lucy Fell ou The Legendary TigerMan.Do ponto de vista internacio-nal, a estudante do primeiro ano gostaria de ver Emir Kus-turika & The No Smoking Or-chestra, um colectivo de mú-sicos que marcou presença na passada edição do Enterro da Gata.“Acho muito bem o Rui Ve-loso vir”, afirmou Ana Faria, referindo-se ao primeiro nome revelado da edição 2011. É um músico do qual também gosta, e que descreve como “um gran-de artista português”.Optimista, pressente que “o pessoal vai aderir bem” ao con-certo.

“Acho que temos óptimas ban-das em Portugal que não estão a ser aproveitadas”, afirma a estudante de comunicação. Mais concretamente, enumera grupos como Linda Martini, Easyway ou até mesmo Blind Zero. “Com estas bandas, que provavelmente não seriam as-sim tão caras, a organização pouparia algum dinheiro e as-sim poderia trazer uma gran-de banda internacional, como Florence + The Machine ou os Kaiser Chiefs”, propôs.Adriana Couto mostra-se sa-tisfeita com a escolha de Rui Veloso. “Gosto muito de músi-ca portuguesa e sou grande fã dele. Estou mesmo a imaginar que vai ser aquele dia do Enter-ro em que vai estar toda a gente a cantar as músicas”. Dada a popularidade e a qualidade do músico, a aluna do 2º ano está à espera de um concerto “fan-tástico”.

Se Sérgio Rodrigues pudesse escolher qualquer banda de que gostasse para integrar o cartaz do Enterro, não olhando a limitações financeiras, esco-lheria Muse ou The Strokes. Já num universo de escolhas mais realista, sugere nomes de grupos e artistas portu-gueses que aprecia, tais como The Gift, Xutos & Pontapés, GNR ou Jorge Palma. “A nível de músicos estrangeiros, gos-tava imenso que viesse Manu Chau”. O estudante de RI mostrou-se contente com a possibilidade de ver Rui Veloso. “Pessoal-mente, gosto muito da música dele”. Apesar disso, está um bocado céptico no que toca à adesão que o cantor e guitar-rista português poderá ter. “Eu veria, mas como tem musicas um pouco lentas, não sei se toda a gente vai gostar”.

ADRIANA COUTO2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

SÉRGIO RODRIGUES3º ANO //

RELAçõES INTERNACIONAIS

jOSÉ MIGUEL [email protected]

Com o Enterro da Gata a ficar cada vez mais próximo, começam a surgir não só os primeiros nomes oficialmente confirmados, como também alguns rumores que despertam expectativas. Como já é hábito todas as semanas, o ACADÉMICO abordou quatro estudantes e perguntou-lhes quais as bandas que mais gostariam de ver no Gatódromo. Também se procurou saber qual a opinião da comunidade académica acerca do primeiro nome revelado pela AAUM, Rui Veloso.

JORGE LIMA2º ANO //

ENG. INFORMÁTICA

que bandas gostarias de ver no enterro da gata?

ANA FARIA1º ANO //

ENG. BIOMÉDICA

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ERASMUS PAGE

andrea moserini

[email protected]

Students interested in working in the field of film making should consider taking part at FEST 2011 – Training Ground, one full week packed with master classes, lectures and workshops for film students from all over the world and headed by some of the most influential figures in the film business. The event will take place just after the end of the semester, between the 27th of June and the 2nd of July 2011, in Espinho, 15 minutes south

fest 2011 – training ground pants and guests will share the same dining area.All activities will take place in Centro Multimeios de Espi-nho, a modern infrastructural and high quality building with screen IMAX, planetarium, café, computer room and wire-less Internet.All sessions of the Training Ground will be in English. Among the guests whose par-ticipation is already confirmed we can find personalities of the calibre of David Macmillan, Marc Price, Victor Garcia León and Guillermo García Ramos.FEST – Training Ground takes

place during the same time as FEST – International Youth Film Festival, one of the most vibrant film festivals in Portu-gal. Participation in the Trai-ning Ground grants full access to all film festival sessions.Full pass to all activities costs

of Porto in the seacoast line.TG2011 will cover a series of themes related to film pro-duction, such as art direction, scriptwriting, cinematography, editing, sound, documentary, actor-director relationship, wo-men in film, low budget film-making, lighting, DSLRs, 3D and many more.The program is designed in a way to allow each participant to make their own individual program, according to interests and priorities. In addition to the official program and paral-lel activities there will also be Gala Dinners, where partici-

59€. If anybody wants to inclu-de accommodation as well, the-re are deals that go from 89€ to 120€ for the whole week.For more info and an updated list of the speakers please visit the website: http://training-ground.fest.pt.

agata [email protected]

Last Thursday, Radio Univer-sitaria do Minho broadcast the first edition of the radio show Erasmus Voice. It was a really special experience, not only for the presenter – the author of this article - but also for its guests – Erasmus students of UM. Why?

When you want to run a radio show you expect that you’ll have to make a really tough selection of hundreds of fame thirsty people, begging you for a chance to at least be mentio-ned as its guest. Reality doesn’t meet these expectations. At first, I was really worried about the upcoming radio show. As always I could count on my flatmate, co-worker and friend Kasia. But Erasmus Voice wi-thout Erasmus? That wouldn’t work... Time was running quite fast, as it always does in these moments when you need it the most, but so was my mind! I gave up on the idea to be an objective and indepen-dent reporter and simply grab-bed my mobile to make some emergency calls to my friends.

The first one to call was Klara from Slovakia – the one you can always count on, who, with that terrified timber of voice, just said:“Whenever you need me”. (Thank you!) Following that path of taking an advan-tage of people who like you too much to refuse to help you (forgive me guys!), I innocen-tly suggested the radio show to another friend, a Slovenian girl named Monica. And then I was surprised by the facility of her decisive answer – “Of cour-se I’m in!” said she, as I asked her to join me for a beer! I al-ready had two of the Erasmus Students from the first semes-ter, but the idea was to inter-view also newcomers. So I still needed some fresh blood. And here, again, the salvation was friendship. Andrea, an Italian guy, who just like me is a Vo-lunteer of European Volunteer

my very first time on the air!Project, has this wonderful abi-lity of getting to know people, but also some kind of sensor, which lets him choose the most interesting ones. Thanks to him I had the possibility to meet Marko from Slovenia, a guy who back in his city – Ma-ribor - organizes Erasmus life, being a part of ESN – Erasmus Student Network. And here I was surprised again – not only he agreed to be my guest, but also suggested me to invite his friend who was coming to visit him and who was an Erasmus student in Braga last year! Four people so far... But since I’m a fighter, I would not give up so easily. Being blessed to have the best observation point in Santa Tecla student residence I spotted some familiar faces through the window! Running faster than Forest Gump, I’ve got in front of the building, trying to look as casual as pos-sible, pretending to seem like just heading to have a daily walk (f lip f lops didn’t make it too convincing) But it worked! I managed to persuade my next door neighbour Wagner, a really nice Brazilian guy to come to the show as well! En-couraged by my successes I

was hungry for more. But whe-re else could I find some more souls? The last option was my Portuguese course – where, actually, I had already asked but some new cruel idea got into my mind. My Polish soul was whispering the idea - let’s make them drunk! Again, that was not the fairest way to get people into my show - but as long as it worked... Shame on me! Getting them to go out was not a problem, as Erasmus students are happy to participa-te in cultural events – this time we gathered at the Language Café. As the event was followed by a few beers at some cosy bar, I took an advantage to hunt some more victims. I managed to convince Sanja from Ger-many and Thanasis from Gre-ece to join the next day show. Satisfied, I could already look forward to the next day.

Début on the air made me ner-vous as hell

The moment I woke up I re-alised that the one who is the most terrified to be a part of the radio show and at the same time the one who would find the best excuses ever was ME!

Début on the air made me nervous as hell, so I finally understood the ones who had refused to participate and ap-preciated even more the ones who decided to be there with me. Shaking like a jelly I arri-ved to the place where we were broadcasting from. The big-gest (and the tallest) surprise was waiting there – Martin, my Czech climbing-mate who I ineffectively tried to convin-ce to be my guest on the radio show, was there, ready to be interviewed! By coincidence on his way to the supermarket Martin met Klara, Monika, Kasia and Andrea, who con-vinced this poor thing to join our show! With such a troop it couldn’t go any wrong – even me – the most terrified of all, had managed to survive this hour having a brilliant, funny and interesting conversation with my Erasmus friends. As we were on air, we started to feel comfortable with this unk-nown radio-world. One hour had passed like a blink! And what was the result? It’s easy: listen to the podcast on www.rum.pt.Check it out and get encouraged to be a part of the next show. See you on the air!

DR

DR

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TECNOLOGIA E INOVAÇãO

francisco vieira

[email protected]

Mortal Kombat é o nono jogo da saga MK e será lançado no mês de Abril. Foi produzido pela NetherRealm Studios (an-teriormente conhecida como Midway) e será publicado ex-clusivamente pela Warner Bros. O jogo foi desenvolvido para a Playstation 3 e Xbox 360, havendo ainda a possibilidade de uma versão para PC. Mor-

cátia alves

[email protected]

«Just setting up my twttr», foi a primeira mensagem publicada por Jack Dorsey (co-fundador), no seu Twitter, há cinco anos atrás. Surgia ali um dos maio-res serviços de microblogging de sempre. O Twitter é uma mistura de rede social e microblogging que surgiu no mundo a 26 de Março de 2006 e que veio revo-lucionar a Web 2.0. Hoje em-prega 400 pessoas e está ava-liado em cerca de 2,3 milhões de dólares (o que equivale a cer-ca de 1,62 milhões de euros). A ideia original era a publica-ção de mensagens com um máximo de 140 caracteres – desafiante! – que seriam exi-bidas no perfil do utilizador e ainda partilhadas com outros usuários.

Hoje são publicadas cerca de 140 milhões de mensagens por dia.Rapidamente o Twitter ga-nhou uma enorme visibilidade mundial, nomeadamente por constituir uma alternativa aos meios de comunicação, tão in-formal quanto rápida. Por todo o mundo, ninguém ficou indiferente ao “Pássaro Azul”.Famosos e anónimos possuem já a sua página onde vão parti-lhando pensamentos, notícias, links e muito mais, mas sem-pre limitados aos 140 caracte-res. Em 2009 chegou-se a pensar em nomear o Twitter para No-bel da Paz, precisamente por ter facilitado a ponte entre ra-ças, religiões e ideologias. Ainda este ano, o Twitter foi um dos meios utilizados para espalhar a palavra e criar as grandes revoluções a que assis-

cinco anos do famoso pássaro azul

“brutal thing come to those who wait”jogadores mais hardcore, como para os casuais. A maior aposta foi sem dúvida o modo online, do qual ainda não se sabem muitos pormenores mas que é possível já dizer que existirá uma ligação entre o Facebook e o Twitter com o jogo, espe-rando os produtores reacender um pouco o plano social dos longínquos arcades. A nível de personagens, Mortal Kombat não possui números astronó-micos, mas os seus 26 perso-nagens jogáveis são mais que suficientes. Para os fãs mais hardcore: todas estas perso-

nagens apareceram nos três primeiros títulos da saga. Gra-ficamente MK não deslumbra, mas, assim como o número de personagens, o motor 2.5 D do jogo chega e sobra para o que se espera de um jogo de luta. Mortal Kombat é um dos jogos

Mortal Kombat tal Kombat, como o próprio nome indica, é uma espécie de regresso às origens, já que nenhum “apelido” foi dado ao jogo. A cronologia da história do jogo pode ser um pouco confusa, pois inicialmente os eventos surgem na sequência de Mortal Kombat: Armage-ddon (2006), sendo que de-pois regressa ao tempo dos já saudosos três primeiros títulos da saga, lançados nos anos de 1992, 1993 e 1995, respectiva-mente. O objectivo dos produ-tores foi tornar Mortal Kombat um jogo acessível tanto para os

bruno fernandes

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As crianças já podem progra-mar no computador: foi lança-do, na passada segunda-feira, em Lisboa, o portal “EduScra-tch”, um site que irá potenciar a distribuição do “Scratch” em ambiente escolar. O “Scratch” é um software de programação para crianças a partir dos seis anos, permitindo que estas criem histórias e músicas e partilhem conteúdos de forma fácil e intuitiva na web. Embo-ra seja mais vocacionado para crianças, o “Scratch” pode ser utilizado por todos, sem limi-te de idade. Desenvolvido pelo MIT (Inst. de Tecnologia de Massachusetts), foi adaptado à

língua portuguesa pelo SAPO, pela PT e pelo Media Lab do MIT.Com este portal, Portugal tor-na-se o primeiro país a ter um site local dedicado a distribuir esta plataforma. José Vítor Pedroso, coordena-dor da Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas/Plano Tecnológico da Educação, em entrevista ao SAPOtek, refere que o software “transforma sobretudo os alunos, mas tam-bém os professores, em consu-midores de informação”. O pro-grama, segundo o responsável, é interdisciplinar, promovendo o trabalho cooperativo entre os professores e alunos e está dis-ponível em http://eduscratch.dgidc.min-edu.pt/

programar desde pequeno

timos, que juntaram milhares de manifestantes para derru-bar regimes ditatoriais, desig-nadamente, no Norte de África e no Médio Oriente. Biz Stone, outro dos fundado-res, resumindo estes 5 anos de existência, afirmou à BBC que acredita que criaram “uma marca forte”, mas sublinha que a empresa precisa “de fazer uma segunda parte que é criar um negócio forte em cima de todo o trabalho”.A seu ver, o twitter está “ape-nas a começar”.

de luta mais divertidos de jo-gar, sozinho ou acompanhado, nem que seja exclusivamente pela sua vertente de “Fatali-ties”.

Site Oficial: http://www.the-mortalkombat.com/

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PUB

O regresso da saga MK

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LIFTOFF AAUM

>06 de ABRIL ‘11Início Curso “Técnicas de Apresentação em Público” Guimarães

> 12 de ABRIL ‘11Workshop “ Empreende-dorismo e Marketing

www.liftoff.aaum.pt

Liftoff promove:

- Curso “Técnicas de Apresentação em Público” – 14 horas – Gui-marães- Dia 6, 13, 27 de Abril e 4 de Maio, das 14h00 às 17h30- Lotação para 17 participantes;

- Curso “Inteligência Emocional” – 14 horas – Braga- Dia 12,15,26 e 28 de Abril, das 19h00 às 22h30- Lotação para 15 participantes;Preço: 65€ Sócios (AAUM,AAEUM,AFUM) / 85€ não sócios

Mais informações e inscrição em www.liftoff.aaum.pt

Liftoff apoia:

“Conferência DesenvolvimentoVocacional” VII Edição

Irá ter lugar na Universidade do Minho no dia 9 de Abril de 2011, a VII edição da Conferência Desenvolvimento Vocacional, este ano novamente no formato presencial e dedicada ao tema da Car-reira, Criatividade e Empreendedorismo.

O objectivo principal : proporcionar aos investigadores, estu-dantes e técnicos de Psicologia e Ciências Sociais afins, a partilha e discussão de conhecimento e experiências que permitam clari-ficar perspectivas emergentes e dados da investigação sobre os conceitos de Carreira, Criatividade e Empreendedorismo. A Conferência Vocacional 2011, organizada conjuntamente por docentes e investigadores da Escola de Psicologia, do Instituto da Educação e da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, com o apoio da APDC -Associação Portuguesa de De-senvolvimento da Carreira e do IOP - Instituto Orientação Pro-

> 12 de ABRIL ‘11Início Curso “Inteligência Emocional” Braga

>21 MARÇO ‘11Entrepreneurship Day@AAUMinho

fissional, pretende responder a este desafio e fomentar a reflexão interdisciplinar sobre as problemáticas da carreira, criatividade e empreendedoris-mo, bem como investigação empírica e boas práticas neste âmbito.

A Conferência Vocacional2011 conta com a presença de três conferencistas:

- José Tomás da Silva, profes-sor da Faculdade de Psicolo-gia e Ciências da Educação, da Universidade de Coimbra, investigador no âmbito da Car-reira;- Maria de Fátima Morais, do-

cente do Instituto de Educação da Universidade do Minho, in-vestigadora no âmbito da Cria-tividade;- Elisabete Sampaio de Sá, do-cente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, investigadora no âm-bito do Empreendedorismo.

A Conferência conta ainda com um conjunto de oito co-municações orais sobre as diferentes temáticas, proferi-das por professores de diversas universidades do país e outros técnicos convidados para o efeito, e uma sessão alargada de comunicações em Poster, propostas pelos autores.

A Conferência Vocacional2011 decorre ao longo de um único dia e sem sessões simultâneas, para responder a ensejos ex-pressos por diversos partici-pantes, na avaliação final da edição anterior deste evento, a Vocacional2010.

Mais informações em: www.vocacional2011.com

Mais informações disponíveis também através do email:[email protected]

Ou visita-nos no Liftoff , local-izado nas Pirâmides, no cam-pus de Gualtar, em Braga.

TECNOLOGIA E INOVAÇãOtwittadasana clarisse

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100 mil assinam petição contra aplicação anti-gay para iPhoneA Apple tem sido alvo de crí-ticas, pois aprovou uma apli-cação que permite o acesso a conteúdos de uma organização americana que defende a “liber-tação” da homossexualidade através da religião.Com esta aplicação gratuita, os utilizadores podem aceder a no-tícias e outras informações da Exodus International.A petição assinada por 100 mil pessoas, tem em vista a remo-ção da aplicação, acusando a

Exodus de ser uma organização fanática e critica a empresa por ter aceite a aplicação, uma vez que é muito criteriosa nas apli-cações que aceita na sua loja.Até agora, a Apple ainda não te-ceu qualquer comentário.

Facebook compra empresa es-pecializada em aplicações para telemóveisA agência Reuters avançou com a informação de que o Facebook vai comprar a empresa britâni-ca, Snaptu, cuja especialização se destina a aplicações para te-lemóveis.O valor da aquisição, de cerca de 70 milhões de dólares, não foi ainda confirmado pelo Face-

book, mas o negócio já foi con-firmado pela Snaptu, através de uma mensagem publicada no site da empresa.A Snaptu foi criada em 2007 e é especializada no desenvol-vimento de aplicações para telemóveis não tão avançados como os smartphones, e já desenvolveu, no início do ano, uma aplicação no Facebook para este tipo de dispositivos.

Google acusa China de bloquear GmailA Google está a acusar o Go-verno Chinês de controlar a uti-lização ao seu serviço de email, com vista a reprimir quaisquer tentativas de organização de

protestos no país, convocadas na internet desde janeiro.A rede afirma que não há qual-quer problema técnico com o email, tratando-se portanto, de um bloqueio governamental criado para dar a entender que, de facto, se trata de um proble-ma com o servidor do Gmail.Isto resulta na sequência da instabilidade política que se fez sentir no médio oriente, onde a Google se transformou no meio privilegiado de comunicação en-tre os revoltosos. Facebook Places chega a Portu-gal O Facebook Places já se encon-tra disponível em Portugal, cuja

designação é Facebook Locais. Esta aplicação móvel usufrui das ferramentas de geolocaliza-ção, permitindo aos utilizado-res o “check-in” nos locais que visitam, identificar amigos nos mesmos e fazer ou ler comen-tários.Estas visitas podem dar direito a descontos a utilizadores e ami-gos, podendo a aplicação ser usada para encontrar ofertas, assim como para promoção das empresas em questão.Este acontecimento deu-se du-rante o fim-de-semana passado, com a rede social a alargar o serviço a todos os países onde ainda não estava, tendo passa-do despercebido à imprensa.

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CULTURA

sÉrgio Xavier

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Para os habituais ouvintes da Universitária, Joan as Police Woman é já uma velha conhe-cida.Desde o seu debute, com o dis-co ‘Real Life’, corrria o ano de 2006, que a sensibilidade e a delicadeza de Joan Wasser são presenças assíduas nas ondas da RUM.Desde então, a norte-america-na editou ‘To Survive’ (2008), um disco negro e carregado de tristeza melancólica.

Tragédias colectivas e pessoais estiveram na base de um gran-de disco, mas trata-se de uma beleza que dá trabalho encon-trar.A música de Joan Wasser tem essa capacidade, carrega algo de feérico, de mágico e, por ve-zes, o acesso a esse maravilha-mento precisa de entrega.O mesmo se aplica ao novo dis-co, ‘The Deep Field’.Não é música que nos cativa à primeira audição, mas é algo que possui algo de encantató-rio. Ou seja, a essência da mú-sica de Joan mantém-se, sim-plesmente agora mais alegre, mais positiva, mais luminosa.

CD RUM

Essa tendência é evidente nos arranjos, onde há claramen-te um apelo da música negra, particularmente da soul.De resto, não é nada que nos surpreenda, desde o inicio da sua carreira, Joan Wasser ape-lidava o que fazia de American Soul Music.Para além de nomes do punk, a sua galeria de influências inclui nomes como Al Green, Nina Simone and Isaac Hayes.‘I want you to fall in love with me’, canta Joan Wasser a abrir o disco.Com música deste calibre, há muito que estamos conquista-dos.

JosÉ reis

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Na internet, após uma primei-ra audição do single “The Door Was White”, que foi o avanço para o primeiro trabalho, “Bir-th of a Robot”, alguém colocou o seguinte comentário: “isto faz-me lembrar ‘the xx’ e nao sei porquê...”. O comentário, de resto, já foi motivo de conversa entre os elementos do grupo e alguns amigos e a explica-ção, conta-nos André Simão, um dos elementos dos frescos Dear Telephone, pode ser dada pela “coincidências de existi-rem duas vozes em uníssono [André Simão e Graciela Coe-lho], mas é mais cosmético e superficial. De resto, na minha opinião, não há muitas seme-

lhanças”. André Simão é, jun-tamente com Graciela Coelho, Pedro Oliveira e Paulo Araújo, um dos elementos da novidade mais nova de todas as novida-des da recente PAD, estrutura de edição lançada há cerca de um mês e que junta no mesmo catálogo os peixe:avião, Old Je-rusalem e Smix Smox Smux, entre outros. Novidade mais desconhecida de todo o alinha-mento, já que apenas agora, em Março de 2011, soubemos alguma coisa das andanças musicais deles. Uma boa no-vidade a coroar o início da Pri-mavera, colamos nós o rótulo.

Lee e Nancy

Os Dear Telephone juntam músicos de diferentes prove-

niências musicais (o ambiente dos La La Ressonance, a pop dos peixe:avião, o rock despre-ocupado dos The Astonishing Urbana Fall...). Mas neste pro-jecto, reitera André Simão (La La Ressonance e ex-The Asto-nishing Urbana Fall), “há um entendimento e uma coerência dos sons mais representativa” que noutros projectos. Algo que o EP de estreia, o já citado “Birth of a Robot”, não parece desmentir. “No fundo, o tra-balho é abrangente. Tentamos fazer uma abordagem simples dos nossos instrumentos. E o ep acaba por ter essas caracte-rísticas, sem grandes arranjos, com instrumentação muito simples e a voz da Graciela, que dá uma toada pop ao nosso som”, reconhece o músico.

Tímida harmonia

Graciela Coelho que, de res-to, é um dos elementos mais atractivos deste projecto, uma voz que “não é vulgar e ocupa bem o lugar de front girl” da

banda, revela Pedro Oliveira. A provar isso está o tema “Close my eyes”, o mais conseguido do trabalho, onde as duas vo-zes se envolvem numa cadên-cia apaixonada a cada segundo que passa – e aqui ganha corpo a comparação feita a Lee Haz-lewood e Nancy Sinatra, que os músicos não desdenham quando a ouvem. Ou quando ouvem “Hardly the Kind of Stuff to Inspire Social Chro-niclers”, onde a bateria parece ser o diapasão de uma relação de amor ódio entre as vozes.

Para Graciela Coelho esta foi a primeira experiência musical à séria. “Conhecia os projec-tos anteriores e trabalhar com eles foi uma conquista”, reve-la, timidamente, a vocalista, que acumula ainda a função de ordenar os teclados no ca-minho certo. “Não conhecia o Simão enquanto vocalista, mas conseguimos uma har-monia surpreendente”, revela Graciela, uma Nancy Sinatra à portuguesa que procura o Lee Hazlewood em cada faixa do novo trabalho.

Crescemos com a imagem iconográfica do telefone. Vermelho, como nos filmes americanos. A que sempre ouvimos atender com um “hello, dear...”. Os Dear Telephone são um dos novos grupos da música nacional que editaram recentemente o ep de estreia pela PAD. Melodias suaves e vozes cristalinas em discurso directo.

DEAR TELEPHONE“hello! dear... telephone!”, diz nancy sinatra a lee hazlewood

joan as police woman – the deep field

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Dear Telephone... Uma boa novidade a coroar o início da Primavera

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aluno da uminho, o único português na Orquestra do Youtube, já brilha em palcos internacinais

AGENDA CULTURALRUM BOX

filipa sousa

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Pedro Silva é um jovem de vinte anos, natural de Santa Maria da Feira, que frequenta o 3º ano do curso de Música na Universidade do Minho. Anteriormente já tinha sido escolhido para integrar a The Worlds Orchestra 2010/2011 e agora foi escolhido para fazer parte da Orquestra Sinfónica do Youtube. Os 104 elementos desta or-questra mundial, quatro dos quais são trompetistas, foram eleitos após sucessivas audi-ções feitas através da Internet. De entre todos os músicos constituintes, apenas Pedro Silva tem nacionalidade portu-guesa.

A estudar em regime pós-labo-ral, o jovem trompetista con-sidera que isso lhe traz vanta-gens, pois tal como afirmou ao

jornal Público, fica com “todo o dia para estudar e crescer musicalmente”.Desde cedo Pedro desenvolveu

TOP RUM - 12 / 201125 MARÇO

1 B FACHADAQuestões de moral

2 ANNA CALVISuzanne & I

3 Pj HARVEYThe words that maketh murder

4 PORTUGALS, THELes aventures des boniface

5 STROKES, THEUnder cover of darkness

6 RADIOHEAD - Lotus flower

7 TV ON THE RADIO - Will do

8 jOAN AS POLICE WOMAN The magic

9 ANGUS & jULIA STONEBig jet plane

10 ARCADE FIRE - The suburbs

11 MÁRCIACabra-cega

12 BUNNYRANCHNo crime scene

13 LUÍSA SOBRALNot there yet

14 LINDA MARTINIMulher-a-dias

15 BLACK KEYS, THE Everlasting light

16 KINGS OF LEON Radioactive

17 PEIXE AVIÃOUm acordo qualquer

18 AEROPLANE - We can´t fly

19 MAZGANI - Beggar’s hands

20 BALLA - Montra

POST-IT28 Março > 1 Abril

CACIQUE’97 - Chapa 97TAHITI 80 - Darlin’ (Adam & Eve Song)THE RAVEONETTES - War In Heaven

Premiados com Cd’s Fnac:

Daniela CardosoLetícia FerreiraNuno Rebelo

BRAGA

TEATRO28 a 30 de MarçoCMB – Pelouro da Cultura – III Mostra de Teatro EscolarTheatro Circo

DANÇA1 de AbrilDon Quixote – Royal Czech BalletTheatro Circo

MÚSICA2 de abrilEssências do Oriente – Acto

o seu gosto pela música, tendo iniciado os estudos com ape-nas onze anos, na Tuna Musi-cal de Fiães. Para além disso, o

estudante da academia minho-ta passou ainda pela Academia de Música de Santa Maria da Feira e pelo Conservatório de Música de Fornos.Pedro Silva tem participado em várias masterclasses, sob a alçada de John Aigi Hurn, Steve Mason e Spanish Brass luur Metals. É membro ainda da Banda e Orquestra Sinfóni-ca de Santa Maria da Feira e do quinteto de metais Feira Brass.Participou em alguns estágios da Orquestra de Câmara do Minho, da Banda Sinfónica da Covilhã, entre outras.Importa salientar que este jovem dotado fez já diversas digressões a nível internacio-nal, nomeadamente em países como Espanha, Brasil e Ale-manha.

5 – machina mundi – flauta e percussãoTheatro Circo

GUIMARÃES

MÚSICA2 de AbrilMariza – Fado TradicionalPavilhão Multiusos

FAMALICÃO

TEATRO1 de AbrilPatrulha – Workshop “Brincar

à música”Casa das Artes

MÚSICA2 de AbrilAmarelo Manga – Música BrasileirCasa das Artes

BARCELOS

MÚSICA1 de AbrilSubscuta - Guta Naki Auditório da Biblioteca Municipal de Barcelos

LEITURA EM DIA28/3 - O Homem do Buick Azul de António Garcia Barreto, Ed. Oficina do Livro. 1933, Lisboa, Salazar, Portugal e o início da ditadura-uma boa estória.

29/3 - Contra a Literatice e Afins de joão Gonçalves, Ed. Guerra e Paz. A eterna questão: quem escreve, de verdade, literatura e os supostos arrivistas.É um divertimento “danado” e acutilante.

30/3 - O Pequeno Amigo de Donna Tartt, Ed. Pub.Dom Quixote. Um grande romance no Sul profundo dos EUA;

31/3 - Últimas Entrevistas de

Roberto Bolaño, Ed. Quetzal.Para perceber o escritor da moda e do momento.

1/4 - Compulsão de Val McDermid, Ed. Gótica. Um grande policial e de leitura viciante.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier

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O português, aluno da UM, continua a brilhar na

orquestra do YouTube

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scbraga/aaum regressa às vitórias

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DESPORTOeduardo rodrigues

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Após dois empates consecu-tivos, algo que não estava nos planos, a formação do SCBra-ga/AAUM regressou às vitó-rias. No passado sábado os bracarenses não tiveram gran-des dificuldades para triunfar, por 4-0, frente à equipa do Junqueira, uma das últimas classificadas desta II divisão nacional.No geral, a primeira metade não reservou grandes emo-ções. O adversário demonstrou muitas fragilidades e limitou-se a defender. Coube aos mi-nhotos encontrar soluções para infiltrar a cerrada barreira de-fensiva dos visitantes.

A vantagem chegou aos 12 minutos, na sequência de um livre estudado que André Ma-chado concluiu com perfeição. Dois minutos mais tarde, o mesmo jogador bisou no en-contro e deu maior tranquili-dade ao SCBraga/AAUM. Até ao intervalo as oportunidades continuaram a surgir, mas o resultado não sofreu mais alte-rações.Era de se esperar que, na se-gunda parte, o Junqueira crias-se mais dificuldades, no entan-to, isto não ocorreu. O conjunto do Minho geriu a vantagem e dispôs de mais ocasiões para dilatar o marcador. Zé Rui marcou o terceiro golo, aos 29 minutos, e Fabrício o quarto, no minuto 34’.Com esta vitória, o SCBraga/AAUM alcançou os 45 pontos

e consolidou a liderança isola-da da competição. No segundo lugar mantém-se a Académica de Coimbra, com 42 pontos e no terceiro posto encontra-se o

Chaves Futsal, com 40 pontos conquistados. Na próxima ronda, os braca-renses deslocam-se ao pavilhão do FC Foz, actual 8º classifica-

do. Faltam 7 jornadas para o findar do campeonato e os ob-jectivos traçados pelos minho-tos tornam-se cada vez mais viáveis.

carlos rebelo

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FutsalDecorreu nos dias 15 e 16 de Março o quarto e último tor-neio de apuramento (TA) de futsal masculino.A equipa da Associação Aca-démica da Universidade do Minho (AAUM) não começou de melhor forma o torneio ao empatar no primeiro jogo re-alizado por 3-3 frente à equipa da Associação Académica Uni-versidade de Aveiro (AAUAv). Sendo assim, o apuramento directo para os CNU’s iria ser

decidido no segundo o último jogo, que opunha os minhotos frente à Associação Académi-ca de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD). Os atletas do Minho não deixaram fugir esta oportunidade e venceram por 6-3, qualificando-se direc-tamente para os CNU’s. De re-alçar que o apuramento foi con-seguido ao longo dos quatro TA’s onde a AAUM conseguiu o segundo lugar na classifica-ção geral com 17 pontos.

AndebolBraga foi palco do II TA na modalidade de andebol mascu-

lino e feminino que decorreu, nos dias 17 e 18 de Março, no campus de Gualtar da Univer-sidade do Minho e no pavilhão Flávio Sá Leite.No masculino, a AAUM conse-guiu repetir o primeiro lugar no I TA ao vencer na final a AAUAv por 15 – 13.Os minhotos começaram o torneio no grupo A vencendo a Universidade da Beira Interior (UBI) por 18 – 6, seguindo-se o IPLeiria, com o resultado favo-rável a AAUM por 27 - 6.No terceiro e último jogo do grupo os minhotos derrota-ram a Associação Académica

de Coimbra (AAC) por 19-7, ficando em primeiro lugar do grupo.Na semi-final a AAUMinho encontrou o segundo qualifica-do do grupo B, o IPViseu, con-seguindo mais uma expressiva vitória, desta feita por 19-8. Na outra semi-final a AAUAv ven-ceu por 12-10 a AACoimbra. Encontrando-se pela segunda vez no torneio, a AAUM voltou a vencer a AAUAv e assume-se como favorita a vencer o CNU da modalidade. De realçar que esta equipa da AAUM não per-de qualquer jogo nacional des-de Abril de 2008.

No feminino a AAUM teve uma entrada em grande no II TA, vencendo as vencedoras do I TA, o IPLeiria por um golo (15-14), num jogo muito dispu-tado e com emoção até ao fim da partida. As minhotas não conseguiram repetir a vitória do primeiro jogo e perderam os dois jogos seguintes contra o Instituto Politécnico do Porto (IPP) por 13-15, e contra a AAC por 11-20, não conseguindo a passagem às meias-finais e, dessa forma, perdendo a pos-sibilidade de se apurarem para os CNU’s da modalidade, em Coimbra.

futsal e andebol masculino confirmam presença nos campeonatos nacionais universitários

Bracarenses vencem e cimentam a liderança

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