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Cont.... estado de minas - P.6 - 18.05.2011

Perigo na redeO Twitter blitzbh, já

com 20 mil seguidores, está se tornando uma ameaça à segurança pública na ca-pital mineira: ao informar em tempo real os locais das blitze policiais, tal site não só apoia a desobediência de motoristas à Lei Seca como, também, fornece ro-tas de fuga para todo tipo de criminoso. O MP de-veria intervir, identificar o criador dessa “facilidade” aos criminosos e proces-sá-lo. As blitze, que já são escassas em BH e raramen-te acontecem, estão sendo alertadas aos bandidos.

o temPo - P. 7 - 18.05.2011raquel faria

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TÂMARA TEIXEIRAAs denúncias de fraudes e desvios de ver-

bas na Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec) trouxeram preocupação para alunos e funcionários. Eles temem que as supostas irre-gularidades - que podem ter gerado, nos últimos dois anos, um rombo de R$ 10 milhões - possam manchar a imagem da instituição, que é uma das mais tradicionais do Estado.

Segundo o estudante de jornalismo e membro do Diretório Acadêmico (DA) Eduar-do Zaneti, os alunos temem que as denúncias, divulgadas com exclusividade por O TEMPO, influenciem no prestígio dos diplomas. Zaneti disse que a comunidade estudantil está acom-panhando as investigações do Ministério Pú-blico Estadual (MPE), já em andamento. Eles fizeram um dossiê que traria comprovações das irregularidades. “A imagem da faculdade e dos alunos já está prejudicada.

Os prejuízos devem ser sanados por quem deu o desfalque”, afirmou. Para o conselheiro da Fumec que esteve à frente da fundação de outu-bro passado até a última sexta-feria, Custódio Cruz, as notícias podem prejudicar as inscrições do vestibular. “Estamos em plena campanha para o exame. Essas suspeitas de irregularidades podem atrapalhar a procura de candidatos pelas faculdades”, avaliou. Apesar de o número glo-bal de alunos se manter estável, alguns cursos não conseguem completar o mínimo de alunos para abrir vagas. No último semestre, não hou-ve turma de calouros de jornalismo e de alguns cursos da área de saúde, por exemplo. “O eleva-do índice de inscrições na Faculdade de Enge-nharia e Arquitetura está mantendo a média de alunos”, disse Cruz.

A Fumec é alvo de uma briga judicial pela presidência da instituição que já dura oito meses. No último dia 13, uma nova direção foi definida pela Justiça.

Suspeita. Ontem, O TEMPO revelou que a Faculdade de Ciências Empresariais (Face) contratou a empresa de promoção de eventos Líder prestação de serviços advocatícios. A em-presa, no entanto, não pode oferecer esse tipo de trabalho, pois não tem inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nem os seus sócios são advogados. O valor de R$ 29 mil foi pago à empresa com sede em Rio Acima, na região metropolitana da capital. No local, há apenas uma casa abandonada. Ontem, a assessoria da Fumec confirmou que a empresa foi contratada para prestar serviços advocatícios.

rabelo nega irregularidadesAir Rabelo, ex-presidente da Fumec, disse

ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que as acusações são falsas e que os problemas ocorreram antes de sua gestão. Ele é suspeito das irregularidades que podem ter gerado preju-ízos de até R$ 10 milhões.

A nota diz ainda que as demissões em massa de professores visavam atender a uma determinação do Ministério da Educação. Os

processos movidos pelos demitidos são estima-dos em R$ 40 milhões. (TT)

a briga pela presidênciaRodízio. A presidência era decidida em

votação do conselho curador. Havia um acordo, e as Faculdades de Engenharia e Arquitetura (FEA), de Ciências Empresariais (Face) e de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH) se revezavam no poder.

Ruptura. Pelo acordo, a FEA assumiria a presidência em outubro de 2010, mas a Face e a FCH romperam o acordo e elegeram Custódio Cruz, da FCH.Suspensão. O Ministério Público foi acionado, rejeitou a quebra do acordo e de-terminou a suspensão da eleição marcada para dezembro. Um novo pleito foi agendado para fevereiro, mas não aconteceu.

Boicote. Desrespeitando o MPE, cinco conselheiros realizaram a eleição em dezem-bro de 2010, sem comunicar Custódio Cruz e a oposição. Mateus Ferreira (Face) foi eleito pre-sidente do conselho executivo e Tiago Fantini (FCH), do conselho de curadores.

Disputa. A Justiça cassou a liminar do MPE, no último dia 13, e Fantini e Ferreira to-maram posse.Devassa.Segundo fontes, quando a Face e a FCH indicaram Cruz, não imagina-ram que ele faria uma devassa nas contas da Fumec e descobriria as fraudes.

Fumec.Alunos temem que diplomas percam prestígio; funcionários estão em alerta por possível baixa no vestibular

Fraudes afetam credibilidadeMal-estar começou após denúncia de O TEMPO sobre suposto desvio de R$ 10 mi

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NATÁLIA OLIVEIRAO aumento da fiscalização por ra-

dares no Anel Rodoviário revela um crescimento exorbitante na quantidade de multas por excesso de velocidade. Números obtidos por O TEMPO mos-tram que de janeiro a abril deste ano, houve uma elevação de 639% na quan-tidade de flagrantes registrados pelas lombadas eletrônicas e pelos pardais.

Enquanto em janeiro, quando sete equipamentos de controle de ve-locidade estavam em atividade, foram aplicadas 1.858 multas, no mês passa-do, os flagrantes chegaram a 13.734. Atualmente, 15 equipamentos (dez lombadas eletrônicas e cinco pardais) controlam a velocidade nos 26,5 km da rodovia. De janeiro a abril, já são 33.601 multas.

“O aumento da fiscalização faz com que mais infratores sejam pegos, isso porque a fiscalização, muitas ve-zes, não desperta a consciência dos motoristas”, constata o tenente da Po-lícia Militar Rodoviária (PMRv), Ge-raldo Donizete.

No ranking dos excessos, o levan-tamento da PMRv mostra que o KM 5, na descida do bairro Betânia, é o tre-cho campeão de multas. Desde março, quando passou a autuar os motoristas, o radar registrou 5.000 flagrantes.

O local é o mesmo onde, no fim de janeiro deste ano, uma carreta desgo-vernada arrastou 15 veículos e provo-cou a morte de cinco pessoas. Dos oito novos radares instalados no Anel Ro-doviário, desde fevereiro, seis foram colocados no trecho de descida entre o KM 1, no bairro Olhos D’Água, e o KM 7, no bairro das Indústrias.

O tenente Donizete explicou que o trecho de descida é um dos mais pe-rigosos do Anel e que, apesar dos seis radares em apenas sete quilômetros, continua sendo o mais arriscado para quem passa pela rodovia. “Os moto-ristas continuam correndo nesse tre-cho e acho que as multas só vão cessar ao longo do ano. As pessoas só ficam atentas aos radares depois que a multa chega em casa”, explicou. Por dia, 120

o temPo - P. 22 - 18.05.2011Excesso.Levantamento mostra que de janeiro a abril deste ano, equipamentos fizeram 33.601 flagrantes

Com mais radares, multas no Anel crescem quase 640%Trecho no Betânia é o campeão de infrações, com 5.000 em dois meses

mil veículos passam pelo Anel Rodo-viário. Desse total, pelo menos 33 mil veículos são de carga. O limite de ve-locidade para ônibus e caminhões é de 60 km/h. Para os carros de passeio, 70 km/h.

Durante mais de dois anos, o Anel Rodoviário ficou com os radares desli-gados, entre 2007 e 2009. Nesse perío-do, o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) colocou em andamento o processo de licitação para contratar a empresa que gerenciaria os aparelhos. Os equipamentos ficaram desligados até março de 2010, quando o Dnit fez um contrato de emergência.

Em dezembro do ano passado, uma nova empresa foi licitada e os radares foram religados a partir de janeiro. Além dos novos aparelhos, alguns fo-ram trocados de lugar.

BalançoRodovias têm 93.993 flagrantes

Os radares das rodovias federais que cortam Minas Gerais registraram 93.993 multas somente nos quatro pri-meiros meses deste ano, segundo dados

do Departamento Nacional de Infraes-trutura de Transportes (Dnit).

Os números devem crescer ainda mais, já que a previsão é que 410 apare-lhos passem a multar até o meio do ano. Atualmente, as rodovias que cortam o Estado contam com 29 radares. Em ja-neiro, eram apenas 15 radares funcio-nando, e entre os meses de fevereiro e abril, mais 14 equipamentos foram ins-talados.

Com a instalação dos novos rada-res, houve um aumento de quase 39 mil multas. Em janeiro, eram pouco mais de 6.000 infrações. No mês de abril, o número cresceu para cerca de 45 mil re-gistros. (NO)

Números1 multa é aplicada pelos radares do

Anel a cada três minutos

120 mil veículos trafegam diaria-mente pela rodovia

33 mil veículos de carga passam pela rodovia diariamente, em média

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Marcelo da Fonseca

Para ter as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) e conseguir apoio até da oposição na Câmara, a receita da Prefeitura de Nova Resende é simples: definir prioridades para a cidade e acompanhar de perto o an-damento de tudo que foi planejado. O município da Região Sul de Minas, com 15 mil habitantes, foi o melhor colocado do estado e ficou com a sexta posição entre todas as cidades do país no ranking divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que calculou o Índice de Respon-sabilidade Fiscal, Social e de Gestão dos Municípios (IRFS) em todas as cidades do Brasil. Se o estudo deixou claro que os problemas ainda são muitos, os mesmos índices apontam melhoras na maioria das gestões municipais.

O levantamento avaliou as três áreas da administração municipal por meio de diferentes indicadores de 2009. No setor fiscal, por exemplo, foram considerados os números de cada prefeitura relacionados à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como o nível de endividamento e gastos com pessoal. Já a área de gestão levou em conta o cumprimento dos valores mínimos estabelecidos na lei para a educação e saúde, setores que devem receber 25% e 15%, respectiva-mente, das verbas públicas municipais. Para o campo social de cada município o estudo levou em conta as taxas de mor-talidade e índices de vacinação infantil. Oliveira Fortes, na Zona da Mata de Minas, ficou em primeiro lugar no ranking do campo social.

“Analisamos 16 situações consolidadas da realidade brasileira. Mas as estatísticas não refletem apenas os erros e acertos das administrações atuais. São processos que depen-dem de continuidade dos trabalhos benfeitos. Comparando os resultados das pesquisas em 2002 com o de 2009 perce-bemos uma melhora em quase todos os municípios, e isso é

muito positivo para o país”, diz Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.

Para o prefeito de Nova Resende, Ronei Brito (PT), os bons resultados que o município teve no relatório devem ser divididos com a equipe. “O principal é direcionar os recur-sos para as áreas que as pessoas mais precisam e acompa-nhar sempre o destino do dinheiro, para que não aconteçam desvios ou irregularidades. Assim como a maioria dos muni-cípios temos problemas com a baixa quantidade de recursos, por isso priorizamos as duas áreas que consideramos mais importante para a população, saúde e educação”, explica.

Em 2009, segundo dados do TCE-MG, a Prefeitura de Nova Resende aplicou R$ 3,4 milhões na educação, que re-presentam 27,86% do total arrecadado no município. Na saú-de foram R$ 3,5 milhões, 28,77% das verbas municipais. No ano passado os valores para saúde aumentaram para 32% e a educação, apesar de redução no percentual de investimen-tos, se manteve acima dos valores mínimos, com 25,64%.

Até mesmo os vereadores da oposição aprovam a gestão atual. “Apesar de pertencer a partido contrário, tenho grande respeito por essa administração, que está fazendo um bom trabalho. Tivemos muitas dificuldades em anos anteriores e a cidade precisava de mais seriedade dos administradores”, afirma Sebastião Pacheco (PSDB).

Diferenças Os municípios com melhores índices de res-ponsabilidade se concentram nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Alto Santo (CE) é o único da Região Nordeste que está entre os 100 mais bem avaliados. No Sul, o destaque é o Rio Grande de Sul, que teve as cinco primeiras colocações – Alecrim, Caseiros, São José do Hortêncio, Itatiba do Sul e Alpestre. Em Minas, o bom exemplo de Nova Resende continua sendo seguido por poucas prefeituras. Entre os 100 primeiros, apenas 11 são do estado, apesar de ter o maior número de cidades no país – 853.

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Só duas entre as melhoresPrefeituras de Nova Resende e Olímpio Noronha ficam entre as 10 no ranking nacional do Índice de

Responsabilidade Fiscal, Social e de Gestão. Destaque é para o Rio Grande do Sul

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CUSTO DE VIDA EM BH NÃO PARA DE SUBIR

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KARINA ALVES

O estudante universitário Amil-ton Loyola Caires, denunciado pelo Ministério Público pela morte do pro-fessor Kássio Vinícius Castro Gomes, foi considerado isento de pena e por-tador de esquizofrenia. O crime ocor-reu em dezembro do ano passado, no Centro Universitário Metodista Iza-bela Hendrix, no bairro Lourdes, re-gião Centro-Sul da capital.

O promotor Francisco Santia-go recebeu o laudo pericial ontem. Ele afirmou que vai encaminhar hoje o requerimento de transferência do estudante do presídio onde se encon-tra para um manicômio judicial.

O promotor, no entanto, descar-tou a possibilidade de o estudante de educação física conseguir a liberdade. “Pelo laudo, ele foi considerado intei-

ramente incapaz, mas liberdade ele não terá. Ele é perigoso e isso foi bem fundamentado”, afirmou.

O pedido de liberdade provisória requerido pela defesa foi indeferido no dia 10 de janeiro. Segundo o Tri-bunal de Justiça, testemunhas relata-ram que o acusado é agressivo, irrita-se facilmente e teria ameaçado outros professores. Na época, a Justiça con-siderou que, ainda que o acusado seja réu primário e tenha residência fixa e ocupação, os elementos não foram su-ficientes para garantir sua liberdade, tendo em vista seu temperamento.

Santiago se mostrou preocupado com o resultado do laudo. “O rapaz tem uma vida normal, passa no vesti-bular, entra na faculdade. Depois que mata alguém, é considerado doido. Isso me preocupa”, afirmou.

o temPo - P. 25 - 18.05.2011Segundo laudo, acusado sofre de esquizofrenia

Assassino de professor vai para manicômio

Universitário escapa de júri

O estudante Amilton Loyola Caires, de 23 anos, acusado de matar o professor Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39, em 7 de dezembro de 2010, dentro do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, no Bairro de Lourdes, na Zona Sul da capital, não vai a júri popular. O exame de sa-nidade mental diagnosticou Amilton como um agente inimputável. Isso significa que ele não é capaz de res-ponder por seus atos. A informação foi confirmada ontem à noite pelo promotor de Justiça Francisco San-tiago. Hoje, Santiago pretende pedir a transferência do réu para um mani-cômio judiciário. Durante as investi-gações, parentes de Caires afirmaram que ele apresentava quadro de trans-torno bipolar e esquizofrenia e fazia tratamento psiquiátrico.

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BRUNO TRINDADE

Um incêndio criminoso destruiu a boate Label Club, no bairro São Pedro, região Centro-Sul de Belo Horizonte, na madrugada de ontem.

O local é o mesmo onde, no último dia 10, uma ex-servidora contratada pela prefeitura da capital foi flagrada cobrando propina de R$ 30 mil para liberar um al-vará de funcionamento.

A polícia investiga se o incêndio tem relação com a denúncia de corrupção.

De acordo com a Polícia Civil, o cri-minoso teria arrombado a porta da boate e utilizado um galão de gasolina, encontra-do no local, para provocar o incêndio. O suspeito, que não havia sido identificado até ontem à noite, fugiu levando o equipa-mento do circuito interno de segurança da boate. As portas da casa noturna tinham sinais de arrombamento.

Imagens registradas pelas câmeras das lojas da região serão usadas pela polí-cia para tentar identificar o suspeito. A po-lícia não descarta a possibilidade de mais de uma pessoa ter agido no atentado.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 4h, mas, quando os milita-res chegaram ao local, tudo que existia na boate - cadeiras, mesas, freezers, sistemas de som e iluminação - tinha virado cinzas. O cenário era de destruição total.

Apesar de considerar a possibilidade de ligação entre a extorsão envolvendo a ex-funcionária da prefeitura e o incêndio de ontem, a Polícia Civil evitou dar deta-lhes das investigações. O dono da boate foi insistentemente procurado ontem, mas não foi localizado.

Presa em flagrante no último dia 10, quando recebia o cheque de R$ 30 mil, parte do dinheiro da extorsão, a ex-servi-dora Adriana Ferreira está presa no Ce-resp Centro-Sul. Ela se passou por fiscal da prefeitura e vai responder a processo por suborno e por corrupção ativa. A ex-

torsão, segundo a investigação, vinha acontecendo desde o início do ano. Um policial militar, apontado por envolvi-mento no esquema e filmado no dia do flagrante, negou participação no crime de extorsão.

O proprietário da boate também vai responder pelos crimes de corrupção ati-va e suborno, já que, segundo a polícia, deveria ter denunciado a extorsão desde o início. Ainda conforme a Polícia Civil, o empresário estaria aceitando o pagamento da propina para ter o alvará da boate, que estava embargado.

equipamentos

Prejuízo ultrapassa R$ 120 mil

Representantes de uma empresa que fornecia o sistema de som para a Label Club e que tiveram a aparelhagem toda queimada estimam prejuízo de R$ 50 mil. Eles disseram ainda que a iluminação, que também foi destruída, estava avaliada em cerca de R$ 70 mil. O prejuízo total ainda será levantado. A polícia informou que a boate tem seguro.

A advogada da Label Club, Andréa Sette Câmara, disse que a ex-funcionária da prefeitura Adriana Ferreira pediu di-nheiro por um laudo técnico. Cautelosas, a advogada e a família do proprietário da casa noturna não estabeleceram relação entre os crimes de extorsão e o incêndio. Eles disseram que preferem esperar pela conclusão do inquérito da Polícia Civil.

Andréa informou ainda que o dono da boate não estava na cidade na hora do incêndio. Voltada para o público jovem, a Label Club funcionava de quinta-feira a sábado.

Sem resposta. A reportagem de O TEMPO tentou entrar em contato ontem, por diversas vezes, com o escritório de advocacia que defende Adriana Ferreira, mas não obteve retorno. (BT)

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São Pedro.Criminoso teria arrombado a porta e usado galão de gasolina, encontrado no local

Incêndio destrói boate onde houve cobrança de propinaPolícia não descarta ligação entre crime de ontem e flagrante de corrupção

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estado de minas - P. 27 - 18.05.2011 foCo CriminosoColetivo é incendiado no ponto final do Nova Cintra, mas Polícia Militar não vê relação com primeiras ocorrências

Em 21 dias, 11º ataque a ônibus

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Giro eConÔmiCo

Consumidor: STJ suspende ações de juros Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou ontem a suspensão dos processos em anda-

mento nos Juizados Especiais em todo o país que discutem a abusividade de cobrança de taxas de juros nos contratos de empréstimo em geral. A decisão do ministro Sidnei Beneti atendeu ao pedido do Bradesco em reclamação apresentada contra acórdão da Terceira Câmara Recursal do Mato Grosso, que manteve sentença de primeiro grau reduzindo os juros cobrados no cartão de crédito de um cliente, de 8,13% para 2% ao mês. O entendimento consolidado do STJ é de “aplicar a taxa média para operações equivalentes apurada pelo Banco Central”, no caso de ações contra a cobrança de juros abusivos. O Bradesco alegou que o percentual cobrado do cliente, de 8,13% para o cartão de crédito, reflete a média do mercado. Mas o Juizado Especial do Mato Grosso não concordou e reduziu os encargos para bem menos. Os processos ficarão suspensos até o julgamento final pelo STJ.

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Ana Clara Brant

Elza faz compras no mercado enquanto Margarida mostra orgulhosa os crochês que bordou. Rogério corta o cabelo ao mesmo tempo em que Bento se encanta com a TV. O casal Nilta e Adelino viaja de avião e Sebas-tião ouve música e lava a louça. Atividades corriquei-ras da vida de qualquer ser humano se tornam grandes feitos e, principalmente, encantam essas pessoas. Todas egressas de manicômios, que, depois de passar boa par-te da vida internadas, tentam ressurgir das cinzas.

“Tudo é novo e diferente. Eles têm medo de an-dar na rua, não sabem como comprar uma blusa. Há aqueles que ficam surpreendidos com pequenas coisas, como uma porta giratória, um caixa eletrônico ou um simples abacaxi. E inacreditável você chegar ao século 21, na era da globalização, e uma pessoa nunca ter se deparado com uma fruta que está presente no nosso co-tidiano. Para você ter uma ideia do tipo de vida que eles tinham”, conta Flávia Vasques, psicóloga da coordena-ção de saúde mental de Barbacena, cidade do Campo das Vertentes que ficou famosa durante décadas como reduto da loucura.

Hoje, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data em que se comemoram os 10 anos da reforma psiquiá-trica que implementou a Lei 10216/2001 para proteger

e estabelecer os direitos de portadores de transtornos mentais, o Estado de Minas mostra as evoluções do

tratamento de portadores de sofrimento mental e o que ocorre com quem passou a vida trancafiado em uma instituição e tenta recomeçar a viver. “Quando a pessoa sai do manicômio há um preconceito. Depois que ela começa a circular pela cidade, conviver em sociedade, essa imagem inicial vai mudando. É como ressuscitar um morto” resume a coordenadora em saúde mental de Barbacena, Lúcia Helena Barbosa.

Uma das opções para quem deixou o sanatório são as residências terapêuticas, projeto do governo federal que funciona em todo o país. Em Belo Horizonte, há 23 delas atendendo 192 pessoas. Já Barbacena tem 28, com 164 pacientes. Essas casas são destinadas a pesso-as com transtorno mental que passaram por longa inter-nação psiquiátrica e ficaram impossibilitadas de retor-nar à família. “A maioria dos pacientes não tem mais parentes vivos ou a família não os quer de volta. Daí a importância dessa iniciativa”, diz a coordenadora das residências terapêuticas em Barbacena, Leandra Vilhe-na. As casas são mantidas com recursos anteriormente destinados a leitos psiquiátricos. Cada uma abriga de uma a oito pessoas e elas recebem cuidados 24 horas por dia de uma equipe multidisciplinar com enfermei-ros, psicólogos e psiquiatras.

Elza Campos Silva, de 64 anos, só se lembra de uma vida: a que passou em instituições psiquiátricas. Era bebê quando foi abandonada pela família em um hospital de Oliveira, na Região Centro-Oeste de Mi-nas. De lá, foi para Barbacena, onde passou 56 anos pulando de um sanatório a outro. “Eles falavam que eu vim do Ceará. Mas nem sei. Minha família me deixou no sanatório. Tinha choque, cela... Não gostava de lá”, repete várias vezes, com o olhar perdido. Quando, em 2003, recebeu alta, nem acreditou e hoje o que mais gosta é de comprar suas próprias coisas.

A coordenadora Leandra Vilhena lembra que che-gam a ocorrer casos de pacientes que têm receio de deixar o manicômio por não querer enfrentar um mun-do desconhecido. Mas mesmo quem prefere continuar o tratamento fora dos hospitais tem a opção de voltar atrás. “Eles não deixam de ser tratados nas residências. Tomam remédios por toda a vida. Mas não são obriga-dos a ficar. Se quiserem voltar para o sanatório, podem, ou mesmo viver com parentes. A gente se preocupa é

com o bem-estar deles”, afirma Leandra Vilhena. O piauiense Adelino Ferreira, de 64, foi um dos

que relutaram em deixar o hospital, onde “morou” por mais de cinco décadas. Mas não se arrepende da de-cisão de sair e está casado com a mineira Nilta Pires Xavier, de 51, também egressa do sanatório. Os dois se conheceram lá. “Eu não queria saber de namorar. Mas ela começou a lavar minhas roupas e nós fomos nos aproximando e acabamos casando na igreja e tudo”, conta Adelino.

O casal vive com uma renda mensal de R$ 1,7 mil, oriunda da pensão do governo e dos bicos de Adelino, e faz o que mais gosta: viajar. “Avião é bom demais. A gente vai para todos os cantos, mas o mais bonito é Aparecida”, diz Nilta, que aos 17 anos foi abandonada pela mãe no Hospital Raul Soares, em BH.

Outro que começou a viver é Bento Márcio da Sil-va, 47. Durante anos, foi andarilho. Caminhava país afora para “ficar longe da família que me perturbava”. “Cheguei a ir três vezes a pé a Porto Alegre (RS). Eu

Despertar de um longo pesadeloNo Dia da Luta Antimanicomial, ex-pacientes de hospitais psiquIátricos mostram que

é possível retomar a vida depois de décadas de maus-tratos, desprezo e preconceito

Sem direito a sentir saudade

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rePortaGem de CaPa

Onde as grades resistem

Cont... estado de minas - P. 21 e 23 - 18.05.2011

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ficava muito eufórico, começava a andar, cantar, dan-çar. Perdi a conta de quantas vezes fui internado.” Só no Hospital da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), em Barbacena, o antigo e temido Hospital Colônia, foram 25 vezes. Recebeu tratamento também em instituições de São Paulo e do Paraná. “A polícia me achava e me levava para o manicômio. Lembro que vagando pelas rodovias sempre achavava um jornal e lia as notícias do Cruzeiro. Hoje, vou ler uma notícia de mim”, brinca.

Companheiro de Bento na casa, Rogério Roma, de 47, tem uma das histórias mais intrigantes. Foi largado pela família em Nova York e parou em Barbacena. Um pouco confuso, tenta explicar o episódio e sua grande preocupação é voltar para a mãe, internada em um asilo norte-americano. “Fui visitá-la, mas meus tios me lar-garam. Fui achado de cueca na rua, sozinho, e me trans-feriram para cá. Mas eu quero morar com minha mãe. Só que é preciso R$ 1 mil para ir aos Estados Unidos”, desabafa com lágrimas nos olhos.

Enquanto Rogério tenta se habituar à nova reali-dade, Márcio Rocha, de 43, diz estar no céu. Ele ainda está na fase de transição entre a residência terapêutica

e o hospital psiquiátrico, onde tem que passar pelo me-nos um dia da semana. Mas diz que não vê a hora de voltar a viver. Márcio passa o dia fazendo o que mais gosta: escrever e rezar. E escreve sempre a mesma coisa em todas as páginas do inseparável caderno – “Márcio Rocha que está no céu; Hosana nas Alturas… Ave Ma-ria cheia de graça….” E desfila uma lista de nomes de santos, expressões e orações religiosas. “Rezo. Gosto de todos os santos. Sou o major da lei celestial e quero falar de Deus para todos”, diz vestindo um uniforme do Èxército.

No andar de baixo da mesma casa mora o mato-grossense Sebastião Margarido, de 51. “Preferi ficar aqui embaixo porque lá em cima só tem doido”, brinca ele, que passou cinco anos no Manicômio Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, acusado de assassinar duas pessoas. Com fama de namorador, ele chegou a engra-vidar uma companheira de manicômio, mas diz estar mais sossegado. “Nem sair eu saio mais. O pessoal de Barbacena não gosta muito de mim. Prefiro ficar em casa ajudando na arrumação ou namorando a Marci-lene. Acho que vamos nos casar, porque hoje eu posso viver de verdade”, diz Tião.

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