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 Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF  16, 17 e 18 de abril de 2013 NOVO MODELO DE GESTÃO PATRIMONIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO: O CONTROLE DOS BENS PÚBLICOS À LUZ DAS NOVAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE (NBCASP) Mônica Maria Echeverria Martins Gisele Gomes de Sousa Viviane de Araújo Nascimento Diego Targino de Morais Rocha

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    Centro de Convenes Ulysses Guimares

    Braslia/DF16, 17 e 18 de abril de 2013

    NOVO MODELO DE GESTO PATRIMONIALDO ESTADO DE PERNAMBUCO:

    O CONTROLE DOS BENS PBLICOS LUZDAS NOVAS NORMAS BRASILEIRAS

    DE CONTABILIDADE (NBCASP)

    Mnica Maria Echeverria MartinsGisele Gomes de Sousa

    Viviane de Arajo NascimentoDiego Targino de Morais Rocha

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    Painel 46/173 Experincias inovadoras em gesto patrimonial

    NOVO MODELO DE GESTO PATRIMONIAL DO ESTADO DE

    PERNAMBUCO: O CONTROLE DOS BENS PBLICOS LUZ DASNOVAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE (NBCASP)

    Mnica Maria Echeverria MartinsGisele Gomes de Sousa

    Viviane de Arajo NascimentoDiego Targino de Morais Rocha

    RESUMO

    A Secretaria de Administrao do Estado de Pernambuco iniciou em 2012 aimplantao de um Novo Modelo de Gesto Patrimonial para todo o estado,concentrando seus esforos para a busca da convergncia contbil internacional.Esse modelo baseado em cinco dimenses: sistema, estrutura, servios,

    processos e normas. As aes do modelo consistem em aquisio de uma soluoinformatizada integrada de gesto pblica, criao de unidades setoriais depatrimnio no mbito das secretarias de estado, padronizao dos processospatrimoniais, aquisio de equipamentos de controle patrimonial e, por fim, a revisoe elaborao de normas voltadas para o controle, transparncia e eficincia dagesto. Os resultados no primeiro ano so evidenciados com a implantao de

    sistema de informaes adequado s normas contbeis, valorizao do gestor depatrimnio, capacitaes das equipes da rea patrimonial, levantamento de bens inloco e edio de manuais de inventrio.

    Palavras-chave: Gesto Pblica. Patrimnio. Eficincia.

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    INTRODUO

    A Gesto Patrimonial Pblica tem sido revisitada e transformada em

    diversos pontos em decorrncia da mudana observada na ContabilidadeGovernamental Brasileira: o patrimnio passa a ser visto como objeto de estudo da

    contabilidade enquanto cincia, onde, at pouco tempo, esse lugar era ocupado

    apenas pelo oramento. Este novo foco no patrimnio visa instituio de prticas

    que gerem informaes mais confiveis e transparentes e, ainda, a uma maior

    harmonizao com os padres internacionais. Renasce a grande reforma no campo

    da contabilidade pblica que, tal como a contabilidade privada, converge para as

    normas internacionais. Nas palavras do professor Lino Martins da Silva:

    [...] com a aprovao no dia 21 de novembro de 2008 das NormasBrasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Publico NBCASP oConselho Federal de Contabilidade d incio a uma verdadeira revoluo naContabilidade Governamental brasileira. (AZEVEDO apud SILVA, 2009,p.24).

    Nessa esteira, temos o mesmo entendimento que Feij (apudAZEVEDO,

    2009), que:

    [...] vrios paradigmas esto sendo rompidos a partir da edio dasNBCASP e do resgate da cincia contbil. O paradigma bsico que seapresenta nesse cenrio a definio de que o objeto da contabilidadeaplicada ao setor pblico o patrimnio da entidade pblica e no ooramento pblico. Com isto, o setor pblico caminha rumo 'contabilidadepatrimonial[...].

    Um dos pontos principais da reformulao da contabilidade pblica a

    mudana do enfoque apenas oramentrio para o enfoque oramentrio e

    patrimonial. Dentro desse contexto, ressalta-se a importncia de um cadastro de

    bens atualizado e confivel, que indique o valor real do patrimnio do Estado de

    Pernambuco. A atualizao dos valores dos bens ser garantida por meio dos

    procedimentos de depreciao, amortizao, exausto, bem como de reavaliao do

    valor patrimonial.

    A Secretaria de Administrao, frente s novas demandas contbeis

    internacionais, buscou promover um significativo aperfeioamento na gesto

    patrimonial do Estado, atravs da implantao de um novo modelo de gesto

    patrimonial. As principais aes do projeto envolvem: aquisio de uma soluo

    informatizada integrada de gesto pblica, criao de unidades setoriais de patrimnio

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    no mbito das secretarias de estado, padronizao dos processos patrimoniais,

    aquisio de equipamentos de controle patrimonial e, por fim, a reviso e elaborao

    de normas voltadas para o controle, transparncia e eficincia da gesto.

    As novas NBCASP incrementaram as obrigaes dos diversos rgos do

    Estado na rea de gesto patrimonial, os quais, alm das competncias

    tradicionalmente executadas, devem desenvolver novas atividades em razo dos

    procedimentos contbeis patrimoniais de depreciao, amortizao, exausto e

    reavaliao do valor patrimonial dos bens.

    Nesse sentido, a construo de um modelo de gesto dotado de viso

    sistmica, orientado para o resultado, liderana, compartilhamento de informao e

    inovao uma etapa decisiva para cumprir com eficincia as exigncias trazidas

    pela convergncia contbil internacional.

    Este trabalho encontra-se dividido em cinco partes, sendo a primeira essa

    introduo.

    Na segunda, busca-se elencar os objetivos, em linhas concisas, com a

    exposio das principais aes norteadores do Novo Modelo de Gesto Patrimonial.

    Na terceira parte, identificam-se os impactos trazidos pela mudana

    ocorrida na contabilidade pblica, bem como os avanos normativos e tecnolgicos

    ofertados pelo mercado para suprir essa nova demanda.

    Na quarta parte, apresentam-se os pilares do modelo, suas premissas,

    atores, aes e resultados obtidos. Aborda-se tambm, o papel do gestor de

    patrimnio nesse contexto de novos procedimentos contbeis patrimoniais e de

    controle. Busca-se mostrar ainda as principais iniciativas ocorridas na atual gesto

    patrimonial pblica pernambucana e, por fim, a quinta parte traz as consideraes

    finais.

    Por se tratar de tema recente e em transformao, este trabalho no

    pretende esgotar o assunto, haja vista a volatilidade de seus entendimentos prpria

    de temas complexos e pretensos universalizao.

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    1 OBJETIVOS

    Este trabalho tem como objetivo apresentar o Novo Modelo de Gesto

    Patrimonial elaborado e implantado pela Secretaria de Administrao do Estado dePernambuco, alm de relatar, no mbito da gesto patrimonial, as principais

    caractersticas do processo de convergncia da contabilidade pblica aos padres

    internacionais, evidenciar as principais mudanas promovidas na gesto patrimonial

    decorrentes das novas normas; demonstrar o papel do gestor de patrimnio no atual

    cenrio; e, por fim, elencar as principais iniciativas da gesto patrimonial para

    atendimento s NBCASP.

    2 GESTO PATRIMONIAL: IMPACTOS TRAZIDOS PELA NBCASP

    Para apresentar os impactos trazidos pela NBCASP, esta seo foi

    dividida em 3 subsees. A primeira faz uma breve anlise sobre o patrimnio do

    Estado e sua relao com a Gesto Patrimonial. A segunda apresenta as exigncias

    da NBCASP relativas Gesto Patrimonial. Por fim, destaca-se o papel do gestor

    pblico na Gesto Patrimonial.

    2.1 Breve anlise sobre a Gesto Patrimonial no setor pblico

    Silva (2004, p. 244) entende o patrimnio do Estado como objeto da

    gesto patrimonial desempenhada pelos rgos da administrao, sendo o conjunto

    de bens, valores, crditos e obrigaes de contedo econmico e avalivel em

    moeda que a Fazenda Pblica possui e utiliza na consecuo de seus objetivos.

    Analogicamente, Kohama (2008, p. 173) conceitua o patrimnio pblicocomo o conjunto de bens, direitos e obrigaes avaliveis em moeda corrente das

    entidades que compem a Administrao Pblica.

    Ambos os conceitos trazem a viso contbil do patrimnio, entretanto a

    gesto patrimonial pblica, via de regra, enfatiza a gesto dos bens (parte do

    conceito contbil) sejam eles mveis, imveis ou intangveis. Logo, o patrimnio

    pblico, para fins desta anlise, entendido como o conjunto de bens mveis,

    imveis e intangveis de propriedade estatal ou que estejam sob sua

    responsabilidade.

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    Os bens pblicos diferenciam-se dos bens privados tanto por sua

    titularidade, como por seu regime jurdico, pois aqueles se sujeitam ao direito

    pblico. O referido regime carrega uma srie de prerrogativas como, por exemplo, a

    imunidade tributria e imprescritibilidade, incluindo vrias restries ao seu uso e

    sua alienao.

    O Cdigo Civil classifica do seguinte modo os bens pblicos:

    Art. 99. So bens pblicos:

    I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas epraas;

    II - os de uso especial, tais como edifcios ou terrenos destinados a servioou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial oumunicipal, inclusive os de suas autarquias;

    III - os dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas dedireito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessasentidades

    Os bens de uso comum (praas, rodovias) e bens dominicais no faro

    parte do objeto de estudo deste artigo.

    Os bens pblicos, mediante interesse da Administrao

    Pblica, podem sofrer afetao e desafetao. Segundo Jos dos Santos Carvalho

    Filho (2008, p. 1008), afetao o fato administrativo pelo qual se atribui ao bempblico uma destinao pblica especial de interesse direto ou indireto da

    Administrao. J a desafetao, por sua vez, o inverso: fato administrativo pelo

    qual um bem pblico desativado, deixando de servir finalidade pblica anterior.

    Em relao ao controle dos bens pblicos, a Lei de Responsabilidade

    Fiscal - LRF1 vista como um marco na administrao pblica, por se preocupar

    com a gesto fiscal e patrimonial, estabelecendo normas detalhadas e imperativas

    da administrao das finanas pblicas dos Poderes da Unio, dos Estados

    Federados, do Distrito Federal e dos Municpios, abrangendo rgos e entidades da

    administrao direta e indireta, inclusive empresas controladas e estatais

    dependentes (art. 2 da LRF).

    A referida lei regula a gesto fiscal e a patrimonial dos recursos pblicos,

    cuidando, entre outros aspectos, da transparncia e da fiscalizao desses recursos,

    na busca do equilbrio e eficincia da gesto pblica.

    1 Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, que regulamenta o art. 163 da ConstituioFederal

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    Ainda assim, percebe-se na legislao patrimonial vigente certa carncia

    no que diz respeito ao detalhamento dos procedimentos bsicos patrimoniais, a

    saber: tombamento, avaliao e baixa de bens. Nesse sentido, cada ente federativo

    cuida e controla o patrimnio pblico sua maneira e sem a devida padronizao.

    A gesto patrimonial pblica sempre enfrentou desafios no tocante ao

    controle efetivo dos bens, desde a aquisio, tombamento, inventrio e, por fim, a

    baixa do acervo patrimonial. So diversas as inconformidades presentes na rotina de

    um setor de patrimnio, como a mudana do local do bem mvel, a violao (ou

    extravio) da etiqueta patrimonial, a difcil regularizao cartorria dos bens imveis,

    ou ainda, o desconhecimento tcnico necessrio ao controle do bem intangvel etc.

    Essas falhas merecem a busca de alternativas para a melhoria do efetivo controle e

    desempenho das atividades na gesto patrimonial. Todos esses procedimentos,

    alvos de auditorias tanto do controle interno como externo, carecem ainda de

    normativos de orientao tcnica, pessoal capacitado e recursos tecnolgicos

    adequados para sua operacionalizao eficiente.

    Alguns entes pblicos buscam mitigar os seus problemas patrimoniais,

    que datam da poca colonial, com a contratao de consultorias, formao de

    grupos de trabalho e terceirizao do procedimento de inventrio e avaliao debens no intuito de garantir um mnimo e razovel controle dos bens pblicos sob sua

    responsabilidade. Encontram na iniciativa privada boas prticas de gesto de bens

    alinhadas ao uso de tecnologias de controle como etiquetas de cdigo de barras.

    Tambm se identificam iniciativas de inovao de sistemas operacionais

    de gesto de bens pblicos, partindo da premissa de integrar as informaes

    contbeis, financeiras, gerenciais e de custos numa nica soluo de tecnologia da

    informao. Muito mais comum na iniciativa privada, a implementao dosprocedimentos contbeis patrimoniais de depreciao e reavaliao dos bens ocupa

    hoje lugar de destaque nos planejamentos estatais de tecnologia, onde se percebe

    uma corrida dos fornecedores de sistema em se adaptar s novas regras contbeis

    em seus sistemas patrimoniais.

    Diante desse novo cenrio, a gesto patrimonial pblica pode (e deve) ver

    na Contabilidade um aliado no desenvolvimento de um novo modelo de gesto

    voltado para a transparncia, eficincia e controle, atravs de um registro adequado

    dos bens.

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    2.2 Exigncias presentes nas NBCASP relativas Gesto Patrimonial

    O processo de convergncia contbil, termo adotado inicialmente no

    campo contbil privado no final da dcada de 1990, surgiu da necessidade da

    compatibilidade dos padres contbeis lanados pelo Internacional Accounting

    Standards Board (IASB) e Financial Accounting Standards Board (FASB), sob a

    perspectiva de um alto nvel de qualidade da informao (RIBEIRO, 2009).

    O objetivo principal do processo tentar reduzir as conseqncias

    negativas da diversidade contbil: dificuldade na consolidao das demonstraes

    contbeis, no acesso a mercados de capitais estrangeiros e falta de comparabilidade

    entre demonstraes contbeis de organizaes sediadas em pases distintos

    (CARVALHO; SALOTTI, 2010).

    Feij e Bugarim (2008) assinalam que o Conselho Federal de

    Contabilidade (CFC), rgo responsvel pela orientao, normatizao e

    fiscalizao da profisso contbil no Brasil, deflagrou o chamado processo de

    convergncia no setor pblico ao instituir, por meio da Portaria CFC n. 37/2004, o

    Grupo de Estudos voltado para a rea pblica brasileira.

    As Normas Brasileiras aplicadas ao setor pblico trazem, alm de

    conceitos j conhecidos dos gestores pblicos, novos procedimentos contbeis

    patrimoniais no praticados at ento pelos entes pblicos. Estas normas

    estabeleceram diretrizes a serem observadas no setor pblico quanto aos

    procedimentos, prticas, elaborao e divulgao das demonstraes contbeis, de

    forma a torn-las convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade

    Aplicadas ao Setor Pblico.

    A Revista Brasileira de Contabilidade defende que a elaborao das

    normas parte do princpio de que a contabilidade aplicada ao setor pblico no devese limitar s questes oramentrias e legais, pois o processo de controle do

    patrimnio pblico deve partir do estudo dos fenmenos das transaes que afetam

    e, consequentemente, deve estar referenciado em uma adequada base conceitual

    capaz de proporcionar a necessria harmonizao na interpretao dos atos

    administrativos originrios da administrao pblica.

    A partir de ento o oramento deixa de ser o nico foco contbil e o

    patrimnio pblico passa a assumir seu lugar como objeto de estudo da

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    contabilidade pblica. Essa a principal mudana, sob o ponto de vista da gesto

    patrimonial pblica, gerando novas aes, sistemticas e diretrizes para viabilizar a

    construo de um novo modelo de gesto patrimonial, voltado para o adequado

    registro dos bens, incluindo sua valorao.

    Seguem as dez primeiras NBCASP elaboradas pelo CFC em 21 de

    novembro de 2008:

    NBC T 16.1Conceituao, Objeto e Campo de Aplicao.

    NBC T 16.2Patrimnio e Sistemas Contbeis.

    NBC T 16.3 Planejamento e seus Instrumentos Sob o Enfoque

    Contbil.

    NBC T 16.4Transaes no Setor Pblico.

    NBC T 16.5Registro Contbil.

    NBC T 16.6Demonstraes Contbeis.

    NBC T 16.7Consolidao das Demonstraes Contbeis.

    NBC T 16.8Controle Interno.

    NBC T 16.9Depreciao, Amortizao e Exausto.

    NBC T 16.10 Avaliao e Mensurao de Ativos e Passivos em

    Entidades do Setor Pblico.As duas ltimas (16.9 e 16.10), sem dvida, trazem para a gesto

    patrimonial pblica a exigncia de realizao de novos procedimentos e que,

    portanto, necessitam de planejamento, coordenao e empenho por parte dos

    gestores pblicos para atingir o resultado esperado pela Secretaria do Tesouro

    Nacional. Criadas inicialmente sob o manto da facultatividade, hoje se apresentam

    como obrigatoriedade para os entes federais, estaduais e municipais.

    A NBC T 16.9 estabelece critrios e procedimentos para o registrocontbil da depreciao, da amortizao e exausto. Segundo Silva (2009, p. 135 e

    136), a maioria dos ativos imobilizados possui vida til limitada e, portanto, sua

    utilizao pelas entidades pblicas ocorrer durante um nmero finito de perodos

    contbeis futuros.

    A norma dispe ainda que no esto sujeitos ao regime de depreciao

    os bens mveis de natureza cultural, os bens de uso comum, os animais destinados

    exposio e preservao e terrenos urbanos e rurais. Quanto aos mtodos de

    apurao, podem ser adotados os seguintes:

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    Mtodo das quotas constantes ou em linha reta (o mais utilizado pelos

    entes pblicos nessa fase inicial),

    Mtodo das somas dos dgitos.

    Por fim, a NBC T 16.9 estabelece que as demonstraes contbeis

    devem divulgar, entre outros: o mtodo utilizado, a vida til econmica e a taxa

    utilizada; o valor contbil bruto e a depreciao, a amortizao e a exausto.

    Cumpre destacar que as vantagens do reconhecimento da depreciao

    podem ser percebidas na melhoria da gesto patrimonial, ao passo que consegue

    identificar quando ser necessria a reposio daquele bem, comprovar se o

    equipamento mantm a mesma capacidade ou no, aferindo aspectos qualitativos,

    bem como conhecer o impacto oramentrio e financeiro das reposies e

    manutenes, apoiando assim a tomada de deciso.

    J a NBC T 16.10 define critrios e procedimentos para a avaliao e

    mensurao de ativos e passivos que compem o patrimnio lquido. Segundo

    Ribeiro Filho (2009), no h critrios e definies claras sobre os mtodos de

    avaliao e mensurao dos ativos e dos passivos, de forma que no possvel

    fazer a adequada evidenciao da real situao do patrimnio pblico. Os critrios

    de avaliao e mensurao so apresentados da seguinte forma: disponibilidades,crditos e dvidas, estoques, investimentos permanentes, imobilizado, intangvel e

    diferido.

    A NBC T 16.11 no ser discutida nesse artigo, pois esta trata do Sistema

    de Informao de Custos Aplicados ao Setor Pblico, que tem o objetivo

    de estabelecer a conceituao, o objeto, os objetivos e as regras bsicas para

    mensurao e evidenciao dos custos no setor pblico. Esse tema, apesar de

    suma importncia para gesto pblica, encontra-se fora do escopo desse artigo.A mais recente norma expedida pela Secretaria do Tesouro Nacional -

    STN foi a Portaria n753, de 21 de dezembro de 2012, que alterou a Portaria n 437,

    de 12 de julho de 2012, e a Portaria n 828, de 14 de dezembro de 2011. Essa

    norma traz em seu art.1 3:

    Cada ente da Federao divulgar, por meio do Poder Executivo, em meioeletrnico de acesso pblico e encaminhar Secretaria do TesouroNacional e ao Tribunal de Contas ao qual esteja jurisdicionado, at o dia 31de maio de 2013, cronograma de aes a adotar para o cumprimento do

    prazo fixado no caput.

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    Este cronograma deve detalhar o plano de ao dos entes pblicos para

    que, em 2014, sejam implantadas todas as regras e procedimentos contbeis

    previstos no Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Pblico - MCASP. Os

    prazos especficos para adoo dos procedimentos contbeis patrimoniais

    permaneceram inalterados, ou seja, devero ser implementados gradualmente at

    final de 2014.

    A implementao das NBCASP tem em seu escopo a misso de

    promover uma melhoria nos controles internos para a proteo do patrimnio

    pblico, e ainda, apresentar maior transparncia aplicao de recursos da

    sociedade.

    2.3 O papel do gestor pblico

    Para Pozo (2002) e IBAP (2002) os recursos patrimoniais representam os

    elementos essenciais para uma organizao poder operar, produzir produtos e

    servios para atender as demandas de mercado (clientes) ou sociedade (em se

    tratando de instituies pblicas).

    Os procedimentos bsicos da gesto do patrimnio de acordo comSantos (1997) consistem na aquisio, recebimento, guarda, registro, distribuio e

    controle de bens patrimoniais. Destacando que, de acordo com as NBCASP, a

    valorao do patrimnio configura-se como procedimento bsico e obrigatrio da

    gesto patrimonial.

    Dessa forma, o gestor pblico de patrimnio assume grande

    responsabilidade na complexa misso de atendimento convergncia contbil:

    alm de executar suas atividades costumeiras, precisar adicionar sua rotinanovos procedimentos que exigiro maior capacidade tcnica e ferramentas

    tecnolgicas adequadas ao novo padro. Infelizmente, apesar de toda a

    modernizao trazida pela era de amplo acesso informao e a diversas

    ferramentas que auxiliam no controle dos bens, ainda so inmeros os casos de

    irregularidades, muitas vezes ocasionados pela falta de qualificao tcnica e

    capacitao dos gestores e sua equipe.

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    12

    Ainda existe mais um agravante, haja vista que habitualmente no servio

    pblico o processo de mudanas muito lento. Logo, para conseguir uma postura

    favorvel ao processo das mudanas, qualquer projeto deve, impreterivelmente, ter

    o apoio dos dirigentes mximos dos rgos, e fazer uso, sempre que possvel, de

    mecanismos de incentivos e/ou sanes aos atores do processo, ou seja, os

    gestores pblicos.

    Para a concretizao dos objetivos desse movimento de convergncia

    contbil e, em ltima anlise, de uma gesto pblica mais eficiente e transparente, o

    gestor pblico desempenhar o papel principal, coordenando as aes voltadas para

    um novo modelo de gesto patrimonial com enfoque contbil.

    3 NOVO MODELO DE GESTO PATRIMONIAL: AVANOS E DESAFIOS

    No mbito da Secretaria de Administrao do Estado de Pernambuco, a

    Gerncia de Gesto de Patrimnio - GEPAT, subordinada a Gerncia Geral de

    Patrimnio, Arquitetura e Engenharia GGPAE - Secretaria Executiva de

    Administrao SEADM, que tem como competncia coordenar o sistema de gesto

    do patrimnio e materiais.

    Dentro do exerccio de suas competncias, a Gerncia de Gesto do

    Patrimnio iniciou em 2012 a implantao do Novo Modelo de Gesto Patrimonial, o

    qual busca promover o aperfeioamento na gesto patrimonial do Estado.

    As principais aes do projeto envolvem a aquisio de um novo sistema

    de informtica para a gesto de materiais e bens permanentes, implantao das

    unidades setoriais de patrimnio e materiais, levantamento fsico de bens mveis e

    imveis, mapeamento de processos, treinamento da equipe, modernizao doprocedimento de controle de bens mveis, reviso e elaborao de normas.

    3.1 Entendendo o modelo: premissas, atores e aes.

    A Secretaria de Administrao do Estado de Pernambuco iniciou em 2012

    a implantao de um Novo Modelo de Gesto Patrimonial para todo o estado,

    baseado em cinco dimenses: sistema, estrutura, servios, processos e normas.

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    O incio do projeto, no entanto, nasceu em 2010 com a instituio do

    Grupo de Trabalho de Procedimentos ContbeisGTCON, atravs do decreto n35.

    114, de 08 de junho de 2010, e, posteriormente, ganhou fora com a formao de

    grupo de trabalho especfico de patrimnio. Este grupo contava com servidores

    pblicos das secretarias da fazenda e controladoria e da agencia estadual de

    tecnologia da informao ATI, sob a coordenao da Secretaria de Administrao

    SAD, atravs da Gerncia de Gesto do Patrimnio do EstadoGEPAT.

    O escopo do projeto para o novo modelo de gesto foi construdo a partir

    das seguintes premissas:

    Atendimento aos procedimentos, regras e prazos da STN.

    Alinhamento ao Modelo Integrado de Gesto, vigente no Estado.

    Inicialmente, o grupo listou as demandas principais para atendimento s

    novas regras contbeis levando em considerao as necessidades j presentes e

    urgentes da gesto patrimonial estadual.

    3.2 Sistema, Estrutura, Servios, Processos e Normas

    Dessa forma foram identificadas cinco grandes frentes de trabalho, o queformou a base para o modelo de gesto. Sem pretender hierarquiz-las, a atual

    gesto entende que todos os cinco pilares do modelo funcionam como

    complementares na medida em que integram sistemicamente o cenrio pretendido,

    promovendo a eficincia esperada com sua adoo.

    Sendo assim, Sistema, Estrutura, Servios Processo e Normas formam a

    diretriz norteadora do projeto. Com a finalidade de tornar mais evidente o objetivo de

    cada diretriz, detalhou-se (esquema 1) da seguinte maneira:

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    Esquema 1 - Sistema, Estrutura, Servios, Processos e Normas do Novo Modelo de

    Gesto Patrimonial do Estado de Pernambuco

    Fonte: ELABORADO PELOS AUTORES, 2013.

    3.2.1 Sistema

    A SAD, aps analisar a viabilidade de manter o sistema patrimonial da

    poca ou partir para o desenvolvimento ou aquisio de nova ferramenta, optou por

    adquirir, por meio do prego eletrnico n076/2011, soluo integrada e informatizada

    de gesto pblica, abrangendo as reas de compras, licitaes, patrimnio e

    almoxarifado, com servios tcnicos, manuteno, suporte tcnico, treinamento,

    operao assistida e disponibilizao de cdigo; prestao de servios tcnicos

    especializados de instalao e configurao de ambiente tecnolgico, customizao,

    implantao e migrao de base de dados, e integrao com os sistemas corporativos

    do Estado de Pernambuco. O termo de referncia foi elaborado com a colaborao

    dos atores envolvidos com o processo de convergncia contbil no Estado,

    Sistema: Aquisio de uma soluointegrada de gesto pblica commdulos de licitaes, compras,patrimnio e almoxarifado, aderenteaos novos procedimentos contbeispatrimoniais.

    Estrutura: Criao e formalizaodos setores de patrimnio ealmoxarifado nas secretarias deestado, com atribuies especficase exigncia de requisitos tcnicos

    Servios: Coordenao econtratao de servios delevantamento de bens mveis,

    higienizao do cadastro de bensimveis.

    Processos: Mapeamento epadronizao dos principaisprocedimentos patrimoniais.

    Manualizao. Capacitao dosgestores de patrimnio. CertificaoPatrimonial.

    Normas: Reviso e elaborao denormas gerais e especficas da reapatrimonial.

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    contribuindo para a adequao da ferramenta s regras contbeis. O mdulo de

    patrimnio possui funcionalidades especficas para o atendimento s NBCASP, como

    o clculo da depreciao dos bens mveis e imveis, amortizao dos bens

    intangveis e exausto dos bens exaurveis. Conta ainda com a funcionalidade de

    reavaliao e reduo ao valor recupervel dos bens. Embora no faa parte do

    escopo desse artigo, a soluo tecnolgica, intitulada Sistema de Gesto

    Administrativa - SGA, prev a alocao dos bens em seus respectivos centros de

    custos, seja por funo ou por unidade gestora. Por se tratar de tema ainda em estudo

    pelo Governo do Estado, no sero detalhadas maiores informaes.

    O SGA possui a prerrogativa de tratar dos bens em toda a dimenso da

    cadeia logstica, desde a requisio de compra, passando pelo processo licitatrio(todas as modalidades licitatrias, incluindo compras diretas e dispensas/

    inexigibilidades), recebimento, controle e gesto de bens e materiais at a baixa

    patrimonial, fechando o ciclo de vida do bem. Alm de permitir entradas patrimoniais

    extraoramentrias, como doaes por exemplo. Dessa forma, o SGA permite o

    controle efetivo dos bens com a sua valorao adequada s NBCASP e aos

    normativos de controle vigentes em nosso ordenamento.

    3.2.2 Estrutura

    A SAD realizou entre 2010 e 2011 diagnstico para levantar e analisar

    caractersticas da dinmica organizacional, relaes internas e da cultura patrimonial

    presente nas secretarias de estado de Pernambuco, bem como identificar o

    quantitativo de gestores por rgo.

    Com as informaes obtidas, identificaram-se as necessidades de

    treinamento dos atuais gestores de patrimnio, bem como as melhorias necessrias

    ao desenvolvimento da carreira de gestor. No processo do diagnstico foi possvel

    detectar e analisar os entraves tcnicos que impedem o alcance dos objetivos

    traados pela SAD, comprometendo inclusive o sucesso do Novo Modelo de Gesto

    Patrimonial.

    O mtodo utilizado foi a aplicao de questionrio elaborado pela GEPAT,

    no qual constam questionamentos referentes estrutura fsica, aos recursos

    humanos (prprios e terceirizados), ao levantamento de processos, aos

    treinamentos na rea e utilizao de sistema informatizado.

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    Foi constatado que no existe, na estrutura organizacional das secretarias

    do estado de PE, unidade interna com competncia exclusiva para a gesto de

    patrimnio e materiais. As unidades internas que desempenham essas atividades

    acumulam diversas funes, tais como: servios gerais, compras e transportes. Com

    isso, a gesto e o controle patrimonial uma atividade secundria, comprometendo

    a eficincia da gesto patrimonial em cada secretaria.

    O diagnstico permitiu o levantamento do quantitativo necessrio de

    servidores para integrar os setores de patrimnio das secretarias de Estado e

    equivalentes, levando em considerao as demandas, necessidades e a

    complexidade das atividades de cada uma delas, proporcionalmente. Nesse sentido,

    e para viabilizar a operacionalizao do Novo Modelo de Gesto Patrimonial,

    necessria a indicao de um gestor de patrimnio e a formalizao do setor de

    patrimnio em cada secretaria, para fins de articulao junto ao rgo central. Ou

    seja, ainda que a demanda e estrutura organizacional de uma secretaria seja

    descentralizada, faz-se necessrio represent-las em um nico setor para tornar o

    modelo eficiente (considerando a relao rgo central >> rgo setorial).

    3.2.3 Servios

    A realizao de levantamento de bens com a devida valorao outro

    pilar desse modelo que tem encontrado apoio e conhecimento nas diversas

    consultorias especializadas. Por falta de conhecimento, prtica, recursos humanos e

    tecnolgicos ou comprometimento, os gestores pblicos enfrentam com dificuldade a

    misso de realizar um levantamento completo dos bens, bem como, manter

    atualizados os seus registros. Nesse ponto, a terceirizao dos servios tem sido

    uma alternativa ainda que onerosa encontrada nesse momento inicial do processo

    de convergncia. Paralelo ao apoio consultivo de empresas terceirizadas, a SAD

    conta com equipe de analistas em gesto administrativa AGADs, servidores de

    carreira, dedicados implementao desses trabalhos, com dedicao exclusiva em

    diversas secretarias de estado. Com formao tcnica especializada, a SAD

    implementa diversos projetos na rea de gesto patrimonial elaborados pela equipe

    de AGADs, coordenados pela GEPAT e monitorados pelo prprio secretrio.

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    Atualmente o controle do acervo patrimonial pblico estadual, no caso do

    estado de Pernambuco, assim como em outros estados da federao, se revela

    extremamente precrio e inconsistente. Mesmo contando com algumas ferramentas

    de controle e gesto de bens, os rgos e entidades da administrao pblica no

    so capazes de fornecer um quantitativo estimado e confivel de bens colocados

    sob seu uso, posse e guarda. Nas organizaes pblicas, onde os recursos so

    limitados, de vital importncia que os gestores busquem formas de alcanar os

    objetivos propostos com a utilizao responsvel desses recursos.

    O alto custo da terceirizao dos servios relativos realizao de um

    inventrio em todas as unidades administrativas nos obriga a estabelecer

    prioridades e definir, nesse momento de transio da contabilidade aplicada ao setor

    pblico, os rgos mais representativos sob o aspecto contbil (valor do patrimnio)

    e administrativo (servio prestado ao estado e sociedade). Frente a esta realidade,

    a Gerncia de Gesto de Patrimnio- GEPAT coordenar a realizao de

    levantamento patrimonial nas maiores secretarias de estado de PE, quais sejam:

    Secretaria de Defesa Social e seus rgos operativos, Polcia Militar, Polcia Civil e

    Corpo de Bombeiros; Secretaria de Educao; Secretaria de Sade; Secretaria de

    Fazenda e Secretaria de Administrao.Estima-se o levantamento de 2 milhes de bens mveis e equipamentos,

    com recursos provenientes do Banco Mundial. Em paralelo, foram inventariadas em

    2012, por equipe prpria da GEPAT e dos rgos inventariados, 07 secretarias de

    estado. Cabe, ainda, ressaltar a realizao, iniciada em 2012, do saneamento de

    dados do atual sistema informatizado de bens imveis e o inventrio de 506 imveis

    prprios estaduais.

    3.2.4 Processos

    O mapeamento dos principais processos patrimoniais, bem como a

    identificao de pontos de melhoria e redesenho de processos configura-se como o

    quarto pilar do modelo. No diagnstico citado anteriormente, foi identificada a falta

    de padronizao de procedimentos bsicos de patrimnio entre as diversas

    secretarias e tambm a carncia de normativos tcnicos para orientar os gestores

    pblicos no dia-a-dia de suas atribuies. O passo-a-passo do tombamento,

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    18

    inventrio, avaliao e desfazimento de bens precisavam de urgente manualizao,

    com uma linguagem didtica e de rpido entendimento e aplicao por parte dos

    gestores. Foram elaborados pela GEPAT 04 Cadernos de Orientao relativos aos

    processos de Locao de Imveis, Cesso de Imveis, Desfazimento de bens

    Inservveis e Inventrio de Bens Mveis e Materiais. Quanto aos Procedimentos

    Operacionais Padro POP, foram desenhados os procedimentos de Locao de

    Imveis, Cesso de Imveis e Doao de Mveis.

    No ano de 2012, a GEPAT iniciou o PROGRAMA DE CAPACITAO EM

    GESTO PATRIMONIAL, com a formao da primeira turma de 22 gestores de

    patrimnio. So cursos de at 20 horas de durao voltados para o aprimoramento

    do novo modelo de gesto patrimonial, com referncia s novas demandas

    contbeis. Cursos gratuitos, disponibilizados pelo Centro de Formao de

    Servidores Pblicos Estaduais CEFOSPE, ministrados pelos integrantes da

    GEPAT. O pblico alvo dessa capacitao so os servidores estaduais que atuam

    na rea patrimonial das secretarias de estado. No curso, que durou uma semana, os

    alunos receberam apostila e cd de dados com todas as normas. Aulas tericas e

    prticas com realizao de prova ao final de cada dia. Houve 90% de aprovao na

    1 turma.Para o ano de 2013, esto previstos mais 3 cursos, estimando-se 50

    servidores capacitados ao longo do ano.

    3.2.5 Normas

    Este pilar teve duas grandes frentes: (i) identificar o leque normativo

    patrimonial pernambucano vigente e analis-lo a partir das demandas atuais,

    verificando sua pertinncia prtica e validade jurdica, estabelecendo correlaes

    com as reais necessidades da gesto pblica atual. Foi feito um levantamento de

    todas as normas que tratam, direta e indiretamente, da gesto de bens pblicos (na

    esfera estadual e federal) com o objetivo de analisar os pontos convergentes e

    divergentes, e ainda, propor adequaes aos normativos estaduais.

    A outra ao foi a (ii) comparao com normativos de outros entes

    federativos, bem como a identificao das boas prticas presentes na iniciativa

    privada, formando temas para normatizao em potencial.

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    Aps essa anlise, a GEPAT elaborou no ano de 2012 normativos

    essenciais ao processo de convergncia contbil, como a construo da minuta de

    decreto que institui a obrigatoriedade de realizar os procedimentos de reavaliao,

    reduo ao valor recupervel de ativos, depreciao, amortizao e exausto dos

    bens do Estado nos casos que especifica.

    Foi elaborada minuta relacionada ao novo padro contbil que trata de

    normas gerais de gesto de bens mveis e imveis, pois alm de prever as regras

    para avaliao de bens de acordo com as NBCASP, traz todas as diretrizes

    necessrias ao controle dos bens pblicos. Esta minuta tornou-se projeto de lei e foi

    enviada para apreciao da Assemblia Legislativa Estadual.

    Tambm foi normatizada a criao das unidades de patrimnio nas

    secretarias de estado por meio do Decreto Estadual n 38.875, de 22 de novembro

    de 2012, que institui o Subsistema de Gesto de Patrimnio e Materiais, integrante

    do Sistema de Gesto Administrativa do Poder Executivo Estadual. Este decreto traz

    as competncias atribudas ao setor de patrimnio e ao rgo central do subsistema

    de gesto partimonial, representado pela SAD.

    Aliado a criao das unidades de patrimnio, foi elaborada minuta que

    trata dos requisitos necessrios para atuar como gestor de patrimnio nassecretarias de estado, como por exemplo, formao e experincia profissional, com

    o objetivo de profissionalizar o servidor que estar a frente deste setor.

    Normas complementares foram construdas no intuito de embasar a

    gesto patrimonial estadual, como portarias e resolues, tratando de forma

    especfica e tcnica os temas existentes na seara patrimonial.

    4 METODOLOGIA

    Para a classificao da pesquisa, foi adotado como referencial o critrio

    proposto por Vergara (2005), em relao a dois aspectos: quanto aos fins e quanto

    aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa ser classificada como exploratria.

    Exploratria porque, embora a nova contabilidade governamental seja um

    tema de grande relevncia entre acadmicos e gestores, os estudos que abordem

    esse fenmeno envolvendo as novas normas contbeis especificamente sob o

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    20

    enfoque da gesto patrimonial so relativamente escassos, pois o tema patrimnio

    pblico associado a uma viso contbil, a partir das NBCASP, ainda no foi

    devidamente explorado em fruns de gesto pblica.

    Quanto ao mtodo, a pesquisa bibliogrfica e documental, visto que

    versa sobre um estudo sistematizado desenvolvido com base em normativos oficiais

    publicados.

    Sob uma abordagem qualitativa, no foi necessrio o uso de mtodos e

    tcnicas estatsticas, pois considera a subjetividade da relao que se estabelece

    entre o processo em si e seus resultados. De acordo com Maanen (1979), tem por

    objetivo traduzir e expressar o sentido dos fenmenos do mundo social ao reduzir a

    distncia entre teoria e dados, contexto e ao. Nesse sentido, Malhotra (1993)

    defende que a pesquisa com dados qualitativos a principal metodologia utilizada

    nos estudos exploratrios, uma vez que se trata de um mtodo de coleta de dados

    no-estruturado e tem como finalidade promover uma compreenso inicial do

    conjunto do problema de pesquisa.

    A pesquisa qualitativa no procura medir os eventos estudados,

    tampouco emprega instrumental estatstico na anlise dos dados, envolve to-

    somente a obteno de dados descritivos sobre os processos interativos pelocontato direto do pesquisador com a situao estudada, procurando, assim,

    compreender os fenmenos segundo a perspectiva dos sujeitos (GODOY, 1995).

    Para construo do trabalho, foi escolhido como procedimento tcnico o

    levantamento bibliogrfico de normativos, manuais, livros e revistas relacionados ao

    tema. Este tipo de anlise busca proporcionar um maior conhecimento para o

    pesquisador acerca do tema, no intuito de formular problemas mais precisos ou criar

    hipteses que possam ser pesquisadas por estudos posteriores.Aos dados obtidos no levantamento foram agregadas informaes obtidas

    em sites na internet, pertencentes a organizaes governamentais e no

    governamentais, que divulgam textos relacionados com a temtica abordada.

    Para a realizao deste trabalho tambm foi utilizada aplicao de

    questionrios, valendo-se da observao sistemtica, elaborao e anlise de

    relatrio.

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    21

    5 PRINCIPAIS RESULTADOS

    Elencaremos os resultados obtidos no ano de 2012 no quadro a seguir,

    distinguindo por dimenses do modelo.

    Quadro 01aes e resultados 2012

    DIMENSO AO RESULTADO

    SISTEMA Aquisio de sistemaContrato SAD 148/2012, prev a implantao doSGA at final de 2013.

    ESTRUTURAFormalizao dossetores de patrimnio

    Decreto Estadual n38. 875, de 22 de novembro de2012. Institui o Subsistema de Gesto de Patrimnio

    e Materiais, integrante do Sistema de GestoAdministrativa do Poder

    Executivo Estadual.

    SERVIOSExecuo de serviospatrimoniais

    Realizao de levantamento de bens em 07secretarias de estado (equipe prpria) e submissoao Banco Mundial para solicitar recursos paracontratao de servio de levantamento.Higienizao dos dados do cadastro de bens imveisconstantes no atual sistema de registro de bensimveis estaduais.

    PROCESSOS

    Padronizao deprocessos ecapacitao degestores depatrimnio.

    Elaborao de 04 Cadernos de Orientao relativosaos processos de Locao de Imveis, Cesso deImveis, Desfazimento de bens Inservveis eInventrio de Bens Mveis e Materiais.

    Procedimentos Operacionais PadroPOP: foramdesenhados os procedimentos de Locao deImveis, Cesso de Imveis e Doao de Mveis.

    Capacitao de 22 gestores de patrimnio.

    NORMAS

    Elaborao de minuta de lei que versa sobre normasgerais de patrimnio e elaborao de minuta dedecreto que institui procedimentos contbeispatrimoniais no mbito do Estado.

    Fonte: ELABORADO PELOS AUTORES, 2013.

    6 AES FUTURAS

    A SAD planeja, para o ano de 2013, desenvolver as seguintes aes,

    conforme quadro (2) a seguir:

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    Quadro 02aes 2013

    DIMENSO AO

    SISTEMA

    Finalizar implantao e integraes com o

    sistema financeiro do estadoEFISCO.

    ESTRUTURAGarantir a formalizao dos setores de patrimnioem 40% das secretarias de estado

    SERVIOSContratar empresa para realizao dolevantamento de 2 milhes de bens mveis.Levantamento de 506 bens imveis.

    PROCESSOS Capacitar 50 gestores de patrimnio.

    NORMASViabilizar a publicao das normas j minutadas.

    Elaborar normas complementares

    Fonte: ELABORADO PELOS AUTORES, 2013.

    7 CONSIDERAES FINAIS

    Os benefcios provenientes do processo da convergncia contbil

    somente sero auferidos quando, efetivamente, as normas estiverem refletidas na

    gesto patrimonial dos entes federados e, por sua vez, nas demonstraescontbeis e, para isso, dependem de sua efetiva aplicao na elaborao dos

    documentos.

    A publicao e aprovao das normas pelo Conselho Federal de

    Contabilidade e outras instituies, ainda que relevante, no cumprir por si s o

    objetivo maior de padronizao contbil esperada pela NBCASP, mas tambm do

    comprometimento dos gestores pblicos da rea, atravs do alinhamento dos

    objetivos estratgicos da organizao.

    As perspectivas associadas convergncia contbil referem-se

    utilizao da depreciao, reavaliao e implantao de uma nova sistemtica de

    gesto de bens pblicos, que visam contribuir com a busca pela eficincia no setor

    pblico brasileiro.

    A necessidade de trazer os atores pblicos para a construo de um novo

    modelo de gesto patrimonial tem se mostrado presente no Governo do Estado de

    Pernambuco, atravs da implantao do novo Modelo de Gesto Patrimonial.

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    Novas normas patrimoniais, novos sistemas de informao voltados para

    uma contabilizao dos bens, capacitao dos gestores e padronizao dos

    processos patrimoniais so os principais impactos trazidos pelo processo de

    convergncia contbil.

    Pelo exposto, pode-se concluir que as Normas Brasileiras de

    Contabilidade Aplicadas ao Setor Pblico (NBCASP) servem como instrumento

    fortalecedor da Gesto Pblica no estado de Pernambuco.

    Sugere-se que futuros trabalhos analisem: (i) os impactos econmicos

    sob o patrimnio de entidades pblicas na fase inicial da convergncia contbil; (ii) a

    gesto e controle de bens de uso comum, sob o ponto de vista contbil e

    patrimonial; e (iii) a escolha dos mtodos de depreciao relacionada tomada de

    deciso.

    "Patrimnio tudo o que criamos, valorizamos e queremos preservar:so os monumentos e obras de arte,

    e tambm as festas, msicas e danas,os folguedos e as comidas, os saberes,

    fazeres e falares.Tudo enfim que produzimos

    com as mos, as ideias e a fantasia".

    Ceclia Londres

    REFERNCIAS

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    http:///reader/full/173-novo-modelo-de-gestao-patrimonial-do-estado-de-pernambuco-o-controle-dos-bens-publicos-a-luz-das-novas-normas-brasileiras-de-cont

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    ___________________________________________________________________

    AUTORIA

    Mnica Maria Echeverria MartinsSecretaria de Administrao do EstadoSAD (PE).Endereo eletrnico: [email protected]

    Gisele Gomes de SousaSecretaria de Administrao do EstadoSAD (PE).

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Viviane de Arajo NascimentoSecretaria de Administrao do EstadoSAD (PE).

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Diego Targino de Moraes RochaSecretaria de Administrao do EstadoSAD (PE).

    Endereo eletrnico: [email protected]