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Jornal do Commercio

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  • Aos leitores

    UDIO

    Garanhuns

    Best of E3

    q esportes

    Cantora Ana Carolina abre

    edio deste ano do Festival

    de Inverno, que ocorre de 16

    a 25 de julho. k caderno C 5

    q caderno C

    QUARTA-FEIRA

    RenatoMota

    Timbu ficou no 1x1 com o

    Paysandu, na Arena, e foi a

    17 pontos. Time no corre

    risco de sair do G-4 da Srie

    B. k cidades/esportes 5.......

    q esportes

    Concurso para Ministrio do

    Planejamento e Escola

    Nacional de Administrao

    com 556 vagas. k economia 2

    Especial do JC na web

    pelos 60 anos da pea o Auto

    da Compadecida registra

    homenagens. Ator Matheus

    Nachtergaele participou. k 6

    Donos da calada

    TEXTO VDEO

    Se baterem a Colmbia, s

    21h, pelo Grupo C da Copa

    Amrica, Neymar e

    companhia se garantem nas

    quartas.k cidades/esportes 7

    Cidades e Esportes esto

    em um nico caderno.

    Noticirio internacional e

    nacional est em Economia

    #ArianoeEu

    AlexandreGondim/JCImagem

    Jri dos 3 acusados damorte de Paulo Ricardo Gomes atingido

    por um vaso sanitrio atirado da arquibancada doArruda foi

    adiado para 2 de setembro. O sofrimento dame da vtima, Joelma

    Valdevino (D), no tem fim. No tribunal, ontem, ela recebeu apoio

    deHozineide Xavier, umame tambm assombrada pela violncia

    no futebol pernambucano. k cidades/esportes 8 ........

    Acordo entre presidente da

    Cmara e PSDB favorece votao

    para queda da maioridade penal

    em casos especficos. k pgina 5

    e economia 2 (jc negcios)

    Balano de 2014 ser julgado

    hoje. Relator do processo vai

    votar pela rejeio, mas os

    ministros esto divididos.

    k pginas 4 (pinga-fogo) e 5

    Dia decisivo para aposentadoria

    DiegoNigro/JCImagem

    k follow

    Stars Wars: Battlefront (EA)

    o grande vencedor da maior

    feira de jogos eletrnicos do

    mundo. k economia 4

    Nutico empata e

    segue vice-lder

    RodrigoBuendia/AFP

    Brasil joga no Chile

    pela classificao

    exemplardoassinante

    O transporte pblico da RMR cenrio demais uma tragdia. Em

    8 demaio, a universitria CamilaMirelemorreu ao cair de um

    nibus. Agora, a vtima foi o universitrio Harlynton dos Santos,

    que se chocou comuma grade tentando acessar um coletivo em

    movimento na noite de segunda e faleceu namanh de ontem. A

    polcia civil investiga os dois casos. k cidades 1, 2 e 4 (jc nas ruas)......

    Extras no jc.com.br e no

    jconline.com.br/digital

    IMAGEM

    Reduo da

    maioridade

    encaminhada

    Hoje, a presidente Dilma vai decidir sobre a alterao da regra para se aposentar. H pelomenos trs possibilidades namesa. k economia 1

    Empregos

    Divulgao

    k voz do leitor

    Petrcio Guimares mostra

    que pedestre sofre na R. Rego

    Melo, nos Coelhos. k pgina 7

    Contas

    deDilma

    dividemTCU

    k Recife, 17 de junho de 2015 www.jconline.com.br -ano 97 - nmero 168 - R$ 2,00

  • Noticirio nacionalAgncia Estado (AE), Agncia Globo(AG), FolhapressNoticirio internacionalAgncia France Presse (AFP)Central de atendimento ao leitorGrande Recife: 3413.6100Interior e outros Estados:0800-081-5100Horrios6h30 s 18h30 - 2 a 6 feira6h30 s 11h30 - Sbados, domingose feriadose-mail: [email protected]

    EndereoRua da Fundio, 257 - Santo AmaroRecife - PE CEP: 50.040.100Pabx: 3413.6110

    Redao: 3413.6174 Fax: 3413.6430

    Diretor de RedaoLaurindo FerreiraDiretora-Adjuntade RedaoMaria Luza BorgesDiretora de Mercado LeitorVernica Barros

    DiretoraAdministrativo-FinanceiraLuciane SallasDiretora ComercialRoseane GonalvesDiretor IndustrialSatyro Gil

    DIRETORIA OPERACIONAL

    DIRETORIA

    Integrantes da FrenteNacional de Prefeitosencontram-se, hoje, com ospresidentes da Cmara dosDeputados e do SenadoFederal para debater opacto federativo e odesenvolvimento regional.

    O s metrovirios dePernambuco reuni-ram-se em assem-bleia no incio da noite de on-tem e decidiram, por unani-midade, decretar estado degreve. Em campanha sala-rial, o grupo repudiou a pro-posta de reajuste feita pelaCompanhia Brasileira deTrens Urbanos (CBTU), de5%. A categoria pede 10% deaumento.Temos conscincia da cri-

    se pela qual o Pas est pas-sando, mas acreditamos que10% um pedido totalmenterazovel. Caso a CBTU acateesse percentual, cobriremosa inflao acumulada no lti-mo ano, que ficou em tornodos 8%, e teremos um ganhoreal de 2%, explicou LeviArruda, diretor de Comuni-cao do Sindicato dos Me-trovirios de Pernambuco(Sindmetro-PE).Emestado de greve, ressal-

    ta Levi, os trabalhadoresexercem suas funes nor-malmente e nenhum servio interrompido. O estado de

    greve nadamais do que umalerta que os trabalhadoresdo empresa para evitaruma paralisao. Uma grevepropriamente dita s serrealizada se houver rompi-mento da negociao com aCBTU, o que ainda no ocor-reu, disse.A prxima rodada de nego-

    ciaes da categoria ocorre-r entre os dias 30 de junhoe 3 de julho, em Braslia. Ogrupo, que ainda no agen-dou nenhuma outra assem-bleia, deve se reunir nova-mente aps esse encontro pa-ra definir os rumos do movi-mento.Ns, da diretoria do Sind-

    metro-PE, vamos empreen-der esforos junto CBTU eaos rgos que tm gesto so-bre a empresa para encon-trar uma sada negociada pa-ra o encontro de Braslia.At l, a populao pode fi-car tranquila porque ometrvai funcionar normalmente,concluiu Arruda.

    kAjudando a negociar

    Choro e vela

    kNegcios gelados

    Erotismo

    MERCADONACIONALEngenho de Mdia Recife(81) 3126.8181So Paulo (11) 3854.9030Braslia (61) 3328.5683Rio de Janeiro (21) 2213.0904www.engenhodemidia.com.br

    VENDA AVULSA

    PE..........Outros Estados

    Dias teis ..........R$ 2,00 ....R$ 5,00Domingos R$ 3,00 R$ 6,00ExemplaresAtrasados R$ 6,00 R$ 6,00

    Os exemplares do Jornal do Commercio de venda avulsa no socomercializados diretamente ao pblico.Neste caso, a venda feita por bancas de terceiros devidamenteautorizados pelas prefeituras, agentes autnomos e representantescomerciais credenciados (pessoas jurdicas), que adquirem o jornalpara revenda ao pblico. As assinaturas, com entrega domiciliar, sovendidas por representantes autnomos, empresas prestadoras deservio e funcionrios da Editora Jornal do Commercio.

    Como num filme trgico, um fato absurdo que ocorreu hexatos 39 dias se repetiu ontem no Recife. O primeiro foicom uma jovem. O de agora, com um rapaz. O nibuscoletivo arrancou e esses usurios caram na rua com o carroem movimento. Morreram. No se pode dizer que essacoincidncia, num espao de tempo to curto, foi apenasuma fatalidade. Andar de nibus no Grande Recife passou aser uma aventura de altssimo risco. to perigoso quantoestar exposto violncia das ruas. Os usurios sabem que osatrasos dos nibus passaram a ser o normal e que oscoletivos esto sempre superlotados. A falta de preparo e oestresse dos motoristas tambm so recorrentes. Asocorrncias, portanto, so resultado da omisso do poderpblico que d concesso s empresas de nibus e no exigeboa qualidade na prestao do servio. E sobretudonegligncia das empresas de transporte coletivo, eficientessomente na hora de exigir aumento das tarifas.

    Conservao damemria

    IMPOSTOSCarga tributria (de produtos eservios aos consumidores)aproximada: 3,65%

    Editores de Arte e Infografia:Bruno Falcone Stamford [email protected] Martins [email protected] Tenrio [email protected] conosco: (81) 3413.6482

    O lder da Oposiona Assembleia

    Legislativa, deputadoSilvio Costa Filho(PTB), sugere acriao de uma

    comisso compostapor deputados

    estaduais, servidorese sindicatos, paradialogar sobre a

    pauta dereivindicaes das

    mais diversascategorias do Estado,especialmente sobreo calendrio 2015 denegociao salarial.

    O reprter ClaufeRodrigues, da GloboNews, vem ao Recifeamanh para entrevistaros poetas Raimundo deMoraes e Flvia Gomessobre literatura erticafeita em Pernambuco.

    O Clube CarnavalescoMisto Lenhadoresprossegue com a Quartada Gafieira. O incio dafesta s 18 horas, nasede, rua Moambique,160, Mustardinha. Damasno pagam.

    capa dois

    ASSINATURASGrande Recife .................Interior s/classificados

    Diria anual R$ 782,00 .........................................R$ 750,00

    Diria semestral R$ 391,00 ..........................................R$ 375,00

    Fins de semana anual R$ 260,00 .........................................R$ 249,00

    Editor-assistente de abertura:Diana Moura [email protected] de fechamento:Rafael Carvalheira [email protected] conosco: (81) 3413.6408

    kExpediente

    BernardoSo

    ares/A

    cervoJC

    Imag

    em

    A comisso mista queavalia a MP 671/2015, querefinancia dvidas de clubes,adiou a votao do relatriopela terceira vez. Seriaontem, mas o relator vai sereunir com representantesdos clubes hoje de manh.

    Tiag

    oCalazans/AcervoJC

    Imag

    em

    PresidenteJoo Carlos Paes Mendona

    Vice-PresidenteJaime de Queiroz Lima Filho

    DiretorEduardo Amorim de Lemos

    Tragdia cotidiana

    MPdo Futebol

    Enquanto a Zecas foi incorporada a outra rede desorvetes, a pernambucana FriSabor, que tem capacidadede produzir 5 milhes de litros de sorvetes e picols noano, inaugura mais uma loja, no bairro da Madalena. Comessa j so 25 unidades da sorveteria, e at o fim do anoh expectativas de chegar a 30. Esto previstas lojas emPorto de Galinhas e mais uma em Petrolina.

    reprter jc

    A Fundaj promover, entre 29 de junho e 1 de julho, ocurso Montagem Hermtica e Acondicionamento de Obrasde Arte. Quem assina o workshop o professor paulista RaulCarvalho Junior que foi responsvel pela restaurao deobras de Francisco Brennand e das imagens de Alejadinho.Inscries at dia 26 pelo email [email protected].

    COMIT DE CONTEDO DO SJCCIvanildo Sampaio (Coordenador)

    Eduardo LemosBeatriz IvoLcia Pontes

    por e-mail: [email protected]/[email protected]

    jornal do commercio

    METROREC Transporte pblico vai seguir funcionando normalmente no Grande Recife

    Metrovirios emestado de greve

    k rpidas

    S O PAULO RobertoCarlos foi eleito a Per-sonalidade do Ano pelaAcademia Latina da Gravaoe receber o prmio em even-to anterior festa do GrammyLatino, informou a organiza-o ontem.Falar do Brasil falar de

    Roberto Carlos. Seu imensotalento, paixo e dedicao sua arte fizeram dele um dosmaiores cantores e composito-res da msica latina. comgrande orgulho que homena-geamos esse tesouro musicale estamos ansiosos por cele-brar sua carreira e seu ines-quecvel legado, disse Ga-briel Abaroa, presidente daAcademia.

    A homenagem ser em 18de novembro no Hotel Man-dalay Bay, em Las Vegas, nosEstados Unidos, e contarcom a presena de artistas derenome que vo interpretarsucessos do rei. Parte do lu-cro do evento vai para a Fun-dao Cultural Latin Gram-my.

    POLMICANo Brasil, Roberto Carlos

    esteve envolvido em polmicarecentemente, quando impe-trou ao tentando impedir apublicao de uma biografiasua no autorizada. O Supre-mo Tribunal Federal (STF)deu ganho de causa ao autorda obra.

    Fale conosco:

    (81)3413.6174www.jc.com.br

    Bailo

    CAMPANHA SALARIAL Em negociao, categoria cobra reajuste salarial de 10% eressalta que s haver paralisao se as conversas com a CBTU forem rompidas

    Oministro da Defesa, JaquesWagner, comunicou ontem aopresidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que aVenezuela autorizou o sobrevoo e o pouso de uma comitiva desenadores brasileiros em um avio da Fora Area Brasileira (FAB),amanh. Tambm participaram da reunio os senadores tucanosAcio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), que esto organizando aviagem. Segundo os senadores tucanos, a viagem ser um gesto desolidariedade aos oposicionistas ao governo de NicolsMaduro queesto presos no pas vizinho. Eles no vo poder visitas os presos.

    FelipeRibeiro/A

    cervoJC

    Imag

    em

    Em sua primeira entrevista aps ser acusada por seus pais dementir sobre a cor de sua pele, a ativista Rachel Dolezal, 37 anos,afirmou que se v como negra. Dolezal, que branca e nasceuloira e com olhos azuis, disse ter comeado a se identificar comonegra aos cinco anos, quando se desenhava usando a cor marrom.O caso ganhou destaque depois que os pais revelaram que Dolezalmentia. Ela renunciou ao cargo de presidente do escritrio daAssociao Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, uma dasmais importantes entidades do movimento negro nos EUA.

    kwww.jconline.com.br

    04h08 - 2.4m10h30 - 0.2m16h36 - 2.3m22h45 - 0.3m

    04h51 - 2.4m11h11 - 0.2m17h15 - 2.2m23h24 - 0.4m

    FernandodaHora/JCIm

    agem

    Venezuela autoriza pouso de avioda FAB com comitiva de senadores

    HOMENAGEM Cantor foi escolhido para Personalidade do Ano

    Grammy sada Rei Roberto

    Nos Estados Unidos, ativista brancaafirma se ver como negra

    2 jornal do commercio Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira

  • Da redao com Agncia Estado

    O

    governador Paulo C-

    mara (PSB) esteve on-

    tem em Braslia para

    uma reunio com o ministro

    da Fazenda, Joaquim Levy, e

    pediu uma reviso do Plano

    de Ajuste Fiscal (PAF). Por

    conta do atual cenrio econ-

    mico, o socialista solicitou que

    o auxiliar da presidente Dilma

    Rousseff (PT) reveja a meta

    de supervit primrio de Per-

    nambuco dentro do PAF.

    De acordo com Paulo, com

    os ndices atuais, imposs-

    vel alcanar a meta fiscal. O

    ndice perseguido por Pernam-

    buco, segundo o governador,

    de R$ 225 milhes. Este ano,

    as receitas esto crescendo

    muito abaixo de qualquer pre-

    viso feita em 2014. imposs-

    vel cumprir a meta, disse, ao

    sair do encontro com Joa-

    quim Levy.

    O secretrio estadual da Fa-

    zenda, Mrcio Stefanni, que

    acompanhou o governador na

    audincia com Joaquim Levy,

    ficou com amisso de enviar a

    proposta pernambucana at a

    prxima semana para ominis-

    trio. O governo federal de-

    ve, at meados de julho, ter

    uma viso geral do que est

    acontecendo em todos os Esta-

    dos para ver o que possvel

    fazer de acordo com a realida-

    de, destacou Paulo Cmara.

    Na avaliao do governa-

    dor, o ministro se mostrou

    disposio para rever os nme-

    ros e adequar a meta dentro

    da atual realidade econmica

    estadual. No entanto, a solici-

    tao de Paulo Cmara pode

    esbarrar em um obstculo, j

    que o ministrio da Fazenda

    sabe que se abrir umpreceden-

    te para Pernambuco ter que

    atender a outros Estados inte-

    ressados no mesmo benefcio.

    Dessa forma, o governo fede-

    ral pode receber uma contri-

    buio menor para cumprir a

    suameta de R$ 66,3 bilhes se

    supervit a meta de econo-

    mia dos governos estaduais pa-

    ra 2015 de R$ 10 bilhes.

    Paulo Cmara argumentou

    que a falta de crescimento de

    receita est impactando o re-

    sultado primrio e explicou

    que o PAF de Pernambuco

    contemplava crescimento de

    arrecadao com o ICMS de

    8%. Mas, segundo ele, a reali-

    dade que nos primeiros cin-

    co meses deste ano a expan-

    so foi de apenas 3,8%.

    No incio deste ms, quan-

    do o governo estadual divul-

    gou o relatrio fiscal do qua-

    drimestre em uma audincia

    pblica na Assembleia Legisla-

    tiva, verificou-se que a receita

    estadual foi 1,7% menor entre

    janeiro e abril em relao ao

    mesmo perodo do ano passa-

    do. Estamos analisando pon-

    to a ponto porque quando a re-

    ceita cai fica mais difcil cum-

    prir a meta, ressaltou Paulo

    aps a audincia com Levy.

    Outro assunto tratado na

    reunio foi a autorizao para

    o Estado contratar novas ope-

    raes de crdito, isto , para

    que possa ir em busca de fi-

    nanciamentos e assim realizar

    investimentos em infraestrutu-

    ra. No entanto, o ministro no

    deu sinalizao quanto a no-

    vas operaes. No primeiro

    quadrimestre de 2014, os re-

    cursos obtidos via operaes

    de crdito somaram R$ 506

    milhes. Este ano, no mesmo

    perodo, o total foi R$ 37,6 mi-

    lhes, 92% amenos.

    poltica

    Hub e China na

    pauta emBraslia

    impossvel

    cumprirmeta

    fiscal, diz Paulo

    Arrecadao

    ficou abaixo da

    expectativa,

    justificou Paulo

    Financiamento vlido para o modelo Etios X Hatch 1.3 Flex 90 cv, ano/modelo 2015/2015

    vista por R$ 40.390,00, entrada R$ 24.600,00 + 36 parcelas de R$ 487,56, total a prazo

    R$ 17.552,34, IOF R$ 508,70, taxa de servio de R$ 950,00, CET a.a - 6,31%. Pintura metlica no inclusa. Etios X Sedan 1.5. Flex 96 cv ano/modelo 2015/2015 vista R$

    44.710,00 Entrada R$ 26.900,00 + 36 parcelas de R$ 546,04, total a prazo R$ 19.657,59, IOF R$ 569,71, taxa de servio de R$ 950,00, CET a.a - 5,81%. Pintura metlica

    no inclusa. Cadastro sujeito anlise e aprovao de crdito do Banco Toyota. Promoo vlida at 24/06/2015 ou enquanto durar o estoque, (10 unidades Etios Hatch, 8

    unidades de Etios Sedan). Imagens meramente ilustrativas. Reservamo-nos o direito de corrigir qualquer erro grco e/ou digitao. AToyota oferece trs anos de garantia

    de fbrica para toda a linha sem limite de quilometragem para uso particular, e trs anos ou 100.000 km (prevalecendo o que ocorrer primeiro) para uso comercial. Consulte

    o livrete de garantia, o manual do proprietrio ou o site www.toyota.com.br para obter mais informaes. Itens e verses podero no estar disponveis nomercado brasileiro

    no momento da compra.

    Cinto de segurana salva vidas.

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    Editores:

    Bianca Negromonte [email protected]

    GilvanOliveira [email protected]

    Fale conosco: (81) 3413-6182

    Twitter:@jc_politica

    EnnioBenning/SEI

    www.jconline.com.br

    Almda audincia comomi-

    nistro da Fazenda, Joaquim

    Levy, Paulo Cmara (PSB) te-

    vemais dois compromissos on-

    tem em Braslia. Ele se reuniu

    com o ministro da Secretaria

    de Aviao Civil, Eliseu Padi-

    lha, e se encontrou com o em-

    baixador da China no Brasil,

    Li Jinzhang.

    O encontro com o ministro

    da Secretaria de Aviao Civil

    ocorreu no gabinete do sena-

    dor Fernando Bezerra Coelho

    (PSB). L, os pernambucanos

    trataram com Eliseu Padilha

    sobre o hub (centro de voos na-

    cionais e internacionais) que

    Latam (grupo que rene a bra-

    sileira TAM e a chilena LAN)

    vai instalar no Nordeste.

    Essa foi a segunda reunio

    do governador com Eliseu Pa-

    dilha para tratar do empreen-

    dimento, que est em disputa

    por Pernambuco, Cear e Rio

    Grande do Norte. O governo

    estadual tem articulado uma

    srie de aes para reforar o

    interesse no hub e na ltima

    segunda-feira, promoveu uma

    reunio suprapartidria com a

    bancada federal no Palcio do

    Campo das Princesas.

    Alm do encontro com Eli-

    seu Padilha, o governador pro-

    grama uma srie de reunies

    com foco no hub. Na prxima

    semana, ele espera se encon-

    trar com a presidente da

    TAM, Claudia Sender, e com o

    presidente da Infraero, Gusta-

    vo do Vale.

    CHINA

    Na Embaixada da China, o

    governador apresentou ao em-

    baixador Li Jinzhang, diploma-

    tas e empresrios os poten-

    ciais de investimento no Esta-

    do, especialmente nas rea de

    infraestrutura, energia reno-

    vvel e Porto de Suape. Paulo

    Cmara retomou um dilogo

    iniciado h trs anos pelo en-

    to governador Eduardo Cam-

    pos, que convidou Jinzhang

    para uma visita ao Estado.

    Pernambuco tem se destaca-

    do como um bom parceiro pa-

    ra os investidores, disse Pau-

    lo.

    REUNIO Stefanni, Paulo e Joaquim Levy: relato da situao fiscal do Estado para sensibilizar

    GOVERNO O recado foi dado ontem pelo governador ao ministro

    Joaquim Levy. Meta do supervit estadual de R$ 225 milhes

    k

    Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira jornal do commercio

    3

  • kGeraldo Julio desconversa

    kLuciana, nica deputada federal

    kNa verso eletrnica da coluna

    O Tribunal de Contas da Unio (TCU) marcou para hoje o

    julgamento das contas da presidente Dilma Roussef (PT) de

    2014. Existe uma grande expectativa quanto votao, porque

    pela primeira vez na histria o TCU pode rejeitar as contas de

    um presidente. Em levantamento preliminar sobre o possvel

    voto dos ministros, revelou-se que a me do ex-governador

    Eduardo Campos, Ana Arraes, ministra do tribunal, uma das

    duas dvidas no julgamento que pode rejeitar ou aprovar as

    contas da presidente Dilma.

    A expectativa consequncia das pedaladas fiscais, que

    foram reconhecidas pelo TCU em outro julgamento, em que o

    ministro Jos Mcio Monteiro, outro pernambucano, teve (e

    ainda tem) papel fundamental. No caso relatado por Mcio, o

    tribunal concluiu: a primeira gesto Dilma praticou pedaladas, o

    atraso sistemtico no repasse de dinheiro do Tesouro para os

    bancos pblicos, por exemplo Caixa Econmica, que adiantou

    o pagamento do Bolsa Famlia e engoliu o prejuzo at receber

    do Tesouro o dinheiro do benefcio social. A operao, para o

    TCU, foi utilizada diversas vezes em proporo bilionria, na

    verdade uma srie de emprstimos de bancos pblicos, o que a

    Lei de Responsabilidade Fiscal probe. Segundo o prprio TCU,

    foram sacados mais de R$ 40 bilhes para engordar as contas

    federais, maquiando a sade financeira da gesto Dilma.

    Assim, esse primeiro caso, que j configurou as peladas, est

    na fase de responsabilizao, para definir quem ser punido

    entre 17 autoridades, como o ex-ministro da Fazenda Guido

    Mantega e o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

    O julgamento hoje vai decidir se a pedaladas devem ou no

    implicar na rejeio das contas: a contagem preliminar deu 3 a

    3, contando entre os apoios o voto de Mcio, e uma das duas

    indefinies o voto de Ana Arraes. O presidente do TCU,

    Aroldo Cedraz, s vota se der empate de 4 a 4.

    Se vier a deciso indita, o caso vai para o Congresso. E a

    fica srio, porque a questo ser inteiramente poltica.

    Como vota Ana Arraes?

    Ao dar entrevista na Rdio Jornal ontem, o prefeito Geraldo

    Julio (PSB) voltou a desconversar quando abordado sobre as

    eleies 2016, mesmo provocado sobre a movimentao de

    aliados socialistas, a exemplo do PSDB e PDT. o ritual de

    quem est na cadeira: como nico candidato claramente no

    tabuleiro, tudo o que ele no quer dar munio para crticas.

    O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) entrou na

    Justia com uma ao popular em que pede a anulao do

    contrato da PPP da Arena Pernambuco. Entre os pontos

    levantados est o inexplicvel compromisso do governo

    de trocar o corao do contrato, que previa no estdio 60

    jogos por ano de Nutico, Santa Cruz e Sport, por uma

    garantia em dinheiro, mudana na origem dos prejuzos

    milionrios, questionados pelo TCE. No jc.com.br

    Plano de Educao

    mote de disputas

    Ayrton Maciel

    [email protected]

    C

    om uma emenda que

    retira do texto original

    encaminhado pelo Po-

    der Executivo todas as refern-

    cias a gnero, o plenrio da As-

    sembleia Legislativa vota, hoje,

    o projeto de lei que institui o

    Plano Estadual de Educao

    (PEE) 2015-2025, um progra-

    ma de diretrizes emetas educa-

    cionais para os prximos dez

    anos. A emenda de plenrio a

    segunda tentativa da bancada

    evanglica, com apoio de ou-

    tros deputados, de modificar o

    Plano Estadual que est ali-

    nhado ao Plano Nacional de

    Educao nos pontos que fa-

    lam sobre diversidade e forma-

    o dos profissionais de educa-

    o para abordar orientao se-

    xual com jovens e adolescentes.

    Apresentada pelo deputado

    Pastor Cleiton Collins (PP), a

    emenda uma tentativa de re-

    verter a derrota da bancada

    evanglica na Comisso de

    Constituio, Legislao Justi-

    a (CCLJ) da Alepe, na manh

    de ontem, ao ser rejeitada por

    cinco votos a quatro uma

    emenda supressiva das ques-

    tes de gnero no PEE decenal.

    Foi necessrio o voto de miner-

    va da presidente da CCLJ, Ra-

    quel Lyra (PSB), para desempa-

    tar. Em seguida, a comisso

    aprovou o PEE original com as

    referncias a gnero e orienta-

    o sexual. A surpresa foi o l-

    der da oposio, Slvio Costa Fi-

    lho (PTB), que votou a favor da

    emenda. No era inconstitucio-

    nal. Quanto ao mrito, tem que

    se discutir no plenrio, como to-

    do projeto. A, eu votarei contra

    a emenda, justificou-se.

    tarde, deputados evangli-

    cos protestaram contra amanu-

    teno do texto original e anun-

    ciaram vo tentar alter-lo na

    sesso plenria de hoje. O prin-

    cipal repdio meta 16.14 do

    PEE que fala em ampliar e ga-

    rantir polticas e projetos de for-

    mao inicial e continuada dos

    profissionais de educao sobre

    gnero, diversidade e orienta-

    o sexual para a promoo da

    sade e dos direitos sociais e re-

    produtivos de jovens e adoles-

    centes e preveno de doen-

    as. A bancada entende que ca-

    be famlia, e no escola, a

    abordagem sobre sexo aos fi-

    lhos.

    Tido como um moderado do

    bloco evanglico, presbtero

    Adalto Santos (PSB) radicali-

    zou na tribuna, ameaando vo-

    tar contra todo o Plano de Edu-

    cao, mesmo sendo da base do

    governo. Voc bota uma crian-

    a na creche e o professor vai fa-

    lar de orientao sexual? Que-

    rem oficializar a pedofilia. No

    artigo 2, que trata de formao

    para o trabalho e a cidadania,

    tem uma casca de banana. Isso

    oficializar a prostituio, con-

    denou, exaltado, Adalto.

    A emenda foi rejeitada na

    CCLJ por ser inconstitucional,

    por ferir a liberdade e a indivi-

    dualidade. O artigo 5 daConsti-

    tuio Federal diz que todos

    so iguais perante a lei, justifi-

    cou o voto contra o relator, To-

    ny Gel (PMDB). A questo de

    gnero foi retirada do PlanoNa-

    cional de Educao. O governo

    federal que orientou a inclu-

    so nos plano estaduais, criti-

    cou Cleiton Collins. Nossa luta

    para tirar a ideologia do gne-

    ro do PEE, que abre brecha

    muito grande para outras inter-

    pretaes, destacou o evangli-

    co Andr Ferreira (PMDB).

    NaCmara, a polmica a pressa

    Mariana Mesquita

    [email protected]

    OPlanoMunicipal de Educa-

    o tambm foi alvo de discus-

    so na Cmara Municipal do

    Recife, na tarde de ontem. O

    projeto de lei, sob o nmero

    10/2015, foi enviado Casa pe-

    lo prefeito Geraldo Julio (PSB)

    na tarde da ltima segunda, 15,

    faltando poucomais de uma se-

    mana para que se expire o pra-

    zo de sano e envio ao gover-

    no federal, marcado para o pr-

    ximo dia 24.

    O prefeito pediu regime de

    urgncia na apreciao domate-

    rial, irritando alguns vereado-

    res. O plano chegou em nossas

    mos com atraso, numa sema-

    na aindamais reduzida por con-

    ta do feriado do So Joo. ab-

    surdo pedir dispensa de prazo

    (regimental) quando o que est

    se discutindo o panorama dos

    prximos dez anos para a Edu-

    cao do municpio. Isso mos-

    tra que o tema no est sendo

    considerado como prioridade,

    disse o presidente da Comisso

    de Educao da Cmara, Andr

    Rgis (PSDB).

    Para a vereadora Isabella de

    Roldo (PDT), que participou

    como ouvinte da Conferncia

    Municipal de Educao (Comu-

    de), realizada no incio do ms,

    a prefeitura deixou o processo

    correr deriva. Mesmo com

    o plano finalizado, a atual ges-

    to no apresentou umdiagns-

    tico preciso sobre a atual situa-

    o do setor. Como se pode ela-

    borar um planejamento de

    aes sem saber onde se est pi-

    sando? Quantas crianas esto

    fora da escola? Qual a real ne-

    cessidade em construir novas

    escolas e em quais bairros? No

    h nmeros nos quais se ba-

    sear, criticou. Ela ocupou a ple-

    nria para exortar os colegas a

    no abrir mo do prazo regi-

    mental estipulado para que ha-

    ja anlise e eventual produo

    de emendas. Quem perdeu o

    prazo foi a prefeitura, que teve

    um ano para cumprir as exign-

    cias doMEC, destacou.

    De acordo com o diretor do

    departamento legislativo da C-

    mara, Paulo Rogrio Nascimen-

    to, os projetos de lei tm que

    obrigatoriamente passar pelas

    comisses especializadas (no

    caso do PL 10/2015, as de Edu-

    cao e de Legislao e Justi-

    a), que realizam audincias p-

    blicas. Geralmente, o prazo pa-

    ra as comisses analisarem os

    projetos de lei e haver a apre-

    sentao de emendas de no

    mnimo dez dias.

    Porm, no ilegal, e nem se-

    quer incomum, haver o pedido

    de dispensa do prazo regula-

    mentar. Se o lder do governo

    pedir a antecipao do prazo

    de recebimento de emendas e

    3/5 dos demais lderes concor-

    darem, o prazo final do dia 24

    poder ser cumprido, avaliou

    Rogrio. Resta agora Cmara

    a tarefa de decidir se mantm a

    votao no tempo regular, dei-

    xando o Recife sem plano de

    Educao e em desobedincia

    ao determinado pela lei federal,

    ou se aprova sem discutir um

    projeto de lei de tanta importn-

    cia para o futuro da cidade.

    pinga-fogo

    Giovanni Sandes

    [email protected]

    twitter:@pingafogojc

    telefone: (81) 3413.6531

    A propsito da cota

    para mulheres na

    Cmara Federal, ideia

    rejeitada ontem por

    falta de votos, elas so

    50% do eleitorado no

    Brasil, mas s ocupam

    10% das cadeiras da

    Casa. Aqui no Estado,

    das 25 vagas, temos

    apenas uma deputada

    federal, Luciana

    Santos (PCdoB). E ela

    ontem defendeu a

    cota em discurso no

    plenrio da Cmara.

    Na Assembleia elas

    so 10% 5 de 49

    parlamentares.

    www.jconline.com.br

    RobertoSoares/Alepe

    LEGISLATIVO Na Alepe, Plano Estadual de Educao vai votao com a oposio da

    bancada evanglica que tenta retirar do projeto qualquer referncia questo de gnero

    ClemilsonCampos/AcervoJCImagem

    Depois da falta,... ...o protelamento

    Edilson vai Justia contra a Arena

    EdmarMelo/JCImagem

    poltica

    ADALTO Querem oficializar a pedofilia, disse o deputado

    ISABELLA Crtica gesto pela demora no envio do projeto

    Semana passada o ministro

    da Fazenda, Joaquim Levy,

    ficou em falta com o

    governador Paulo Cmara

    (PSB) por cancelar a reunio

    para acompanhar a votao

    do ajuste fiscal. Na reunio

    de ontem, a falta foi outra.

    A preocupao de Paulo

    com o demorado rito de

    emprstimos no setor

    pblico, de 6 meses a 2

    anos at o dinheiro chegar.

    Levy proibiu os Estados de

    tomarem crdito. E s quer

    falar do tema em julho.

    4

    jornal do commercio Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira

  • Contas deDilma por um fio

    AlexFerreira/CmaradosDeputados

    Folhapress

    B

    RASLIA Aps

    atropelar a tentativa

    de acerto entre os ri-

    vais PT e PSDB sobre o te-

    ma, o presidente da Cma-

    ra, EduardoCunha (PMDB-

    RJ), fechou ontem acordo

    com os tucanos para apro-

    var a reduo da maiorida-

    de penal no Brasil de 18 pa-

    ra 16 anos. Com o apoio de

    pelo menos outros seis par-

    tidos, a adeso proposta

    foi selada oficialmente e de-

    ver ser aprovada hoje na

    comisso especial da Casa.

    Na prxima semana, o as-

    sunto ser levado para o ple-

    nrio da Cmara. Se aprova-

    do, segue para o Senado.

    Mais cedo, o ministro Jo-

    s Eduardo Cardozo (Justi-

    a) declarara em audincia

    na Comisso de Direitos

    Humanos da Cmara ser fa-

    vorvel, com ajustes, ao pro-

    jeto do senador tucano Jos

    Serra (SP), que amplia o

    tempo de internao do jo-

    vens infratores de trs para

    dez anos.

    O senador petista Jos Pi-

    mentel (CE), relator da pro-

    posta no Senado, apresen-

    tou parecer na mesma li-

    nha, com algumasmodifica-

    es em relao ao texto de

    Serra. Entre elas, a amplia-

    o do prazo mximo de

    internao para oito anos, e

    no dez.

    A iniciativa do Palcio do

    Planalto de encampar esse

    projeto tinha o objetivo de

    barrar a aprovao da redu-

    o da maioridade. Boa

    parte da violncia coman-

    dada de dentro dos pres-

    dios. Vamos colocar adoles-

    centes dentro dos presdios

    para serem capturados por

    essas organizaes crimino-

    sas?, questionou Jos

    Eduardo Cardozo.

    Ele acrescentou que as ca-

    deias brasileiras so como

    uma verdadeira escola de

    crimes. Em 2012, Cardozo

    classificou o sistema prisio-

    nal brasileiro como medie-

    val e disse que preferiamor-

    rer a cumprir pena em uma

    priso do pas.

    O texto acertado entre

    Cunha e os tucanos prev a

    reduo da maioridade pa-

    ra os casos de crime hedion-

    do (como estupro e latroc-

    nio), leso corporal grave e

    roubo qualificado.

    Segundo estudo divulga-

    do pelo Instituto de Pesqui-

    sa Econmica Aplicada

    (Ipea) ontem, apenas 12,7%

    das infraes cometidas

    por menores de idade em

    2013 so consideradas gra-

    ves.

    Pressionado por Cunha, o

    PSDB aceitou retirar do pro-

    jeto que serviu de base para

    o acordo, do senador Aloy-

    sio Nunes Ferreira (PSDB-

    SP), o ponto que daria ao

    Ministrio Pblico o poder,

    na anlise caso a caso, de

    no aplicar a reduo da

    maioridade.

    Folhapress

    B

    RASLIA Diante de

    investigados pelo Su-

    premo Tribunal Fede-

    ral naOperao Lava Jato, o ad-

    vogado Luiz Edson Fachin, 58,

    assumiu ontem o cargo de mi-

    nistro da corte. Ele ocupa a va-

    ga aberta aps a sada de Joa-

    quim Barbosa, h cerca de um

    ano. Com a nomeao, o STF es-

    t completo, com 11 ministros.

    Em cerca de 15 minutos, sem

    discursos, Fachin foi empossa-

    do em uma sesso acompanha-

    da pelos presidentes do Senado

    e da Cmara, Renan Calheiros

    (PMDB-AL) e Eduardo Cunha

    (PMDB-RJ), pelo procurador-

    geral da Repblica, Rodrigo Ja-

    not, por ministros do STF e de

    Estado e pelo vice-presidente

    da Repblica, Michel Temer.

    A presidente Dilma Rousseff,

    que indicou Fachin, no foi ao

    evento. Quando o ministro foi

    sabatinado no Senado, Renan

    atuou nos bastidores para der-

    rubar a indicao, sem sucesso

    Fachin foi aprovado por 52

    dos 81 senadores.

    O peemedebista sentou-se ao

    lado de Janot, que pediu a aber-

    tura de inqurito contra autori-

    dades sob suspeita na Lava Ja-

    to. A atuao do procuradormo-

    tivou retaliaes de Cunha e Re-

    nan, que ameaam barrar sua

    reconduo ao cargo, em setem-

    bro.

    O clima entre Janot e Renan

    ontem, entretanto, foi cordial.

    O procurador chegou a falar ao

    p do ouvido do peemedebista

    durante a cerimnia, ao que o

    senador sorriu e assentiu com a

    cabea.

    Outros investigados na Lava

    Jato tambm estiveram na pos-

    se do novo ministro: os senado-

    res Gleisi Hoffmann (PT-PR),

    Valdir Raupp (PMDB-RO), Be-

    nedito de Lira (PP-AL) e Fer-

    nando Bezerra (PSB-PE), alm

    do governador do Rio, Luiz Fer-

    nando Pezo (PMDB).

    Como os parlamentares tm

    foro privilegiado, so investiga-

    dos pelo STF. No caso de

    Pezo, quem investiga o Supe-

    rior Tribunal de Justia.

    Ao chegarem posse, Temer

    e o ministro Jos Eduardo Car-

    dozo (Justia) foram vaiados

    na entrada principal do edifcio

    por servidores do Judicirio. A

    categoria reivindica a aprova-

    o noCongresso de reajuste sa-

    larial entre 53% e 78,5% o go-

    verno resiste por temer impac-

    to nas contas pblicas, mas o

    Supremo a favor do reajuste.

    Um grupo de manifestantes

    contra Dilma promoveu buzi-

    nao, atrapalhando a sesso.

    CarlosHumberto/STF

    Planalto certo da

    punio aMantega

    NARDES No farei como se faz todos os anos aqui no TCU. No aprovarei com ressalvas

    ElzaFiuza/AgnciaBrasil

    PT tenta reverter convocao

    www.jconline.com.br

    Reduo da maioridade avana

    SOLENIDADE Com Fachin, STF volta a ter seus 11 ministros

    TCU Relator das contas da presidente de 2014, o ministro Augusto Nardes indica que recomendar a rejeio. O julgamento ser hoje

    Agncia Estado

    B

    RASLIA O ministro

    do Tribunal de Contas

    daUnio (TCU)Augus-

    to Nardes, relator do processo

    que avalia as contas da presiden-

    te Dilma Rousseff de 2014, afir-

    mou ontem que no votar pela

    aprovao do balano apresenta-

    do pelo governo. A corte se re-

    ne hoje para o julgamento, mas

    seus noveministros esto racha-

    dos sobre qual posio tomar.

    Num encontro a portas fecha-

    das, na noite de ontem, eles dis-

    cutiam a possibilidade de adiar

    a sesso para que a presidente

    Dilma, nas prximas semanas,

    seja ouvida sobre as irregulari-

    dades apontadas nos relatrios

    sobre a situao contbil, finan-

    ceira, patrimonial e orament-

    ria da Unio.

    A reportagem apurou que o

    tema foi discutido entre os mi-

    nistros, porque a corte de con-

    tas foi avisada por sua prpria

    rea tcnica sobre a eventual ne-

    cessidade de ter que abrir espa-

    o para o contraditrio do go-

    verno. O alerta feito pelos tcni-

    cos remete a uma deciso toma-

    da pelo SupremoTribunal Fede-

    ral, que no passado j deu pare-

    cer favorvel ao ento governa-

    dor de Pernambuco, Miguel Ar-

    raes, aps a emisso de umpare-

    cer prvio do Tribunal de Con-

    tas do Estado que rejeitava suas

    contas.

    O relatrio tcnico dos audito-

    res do tribunal, revelado no s-

    bado, aponta distores de R$

    281 bilhes no Balano Geral da

    Unio de 2014 entregue pelo go-

    verno ao TCU em abril. Entre

    essas distores estoR$ 37,1 bi-

    lhes referentes s chamadas

    pedaladas fiscais, que so atra-

    sos propositais no repasse de re-

    cursos pblicos para bancos e

    autarquias. Esse dinheiro dei-

    xou de ser registrado pelo gover-

    no no balano e so citados pe-

    los auditores como passivos

    ocultos nas contas federais.

    Pouco antes de se encontrar

    com os demais ministros do tri-

    bunal para uma reunio prepa-

    ratria ao julgamento, ontem,

    Nardes afirmou que no seguir

    a posio tradicional da corte,

    de aprovar as contas do gover-

    no, fazendo apenas ressalvas

    por conta das distores.

    No farei como se faz todos os

    anos aqui no TCU. No aprova-

    rei com ressalvas, declarou.

    Mais cedo, em conversas reser-

    vadas com autoridades da corte,

    Nardes explicou que sua posi-

    o ser por considerar as con-

    tas irregulares.

    O Palcio do Planalto escalou

    trs ministros para tentar evitar

    que uma deciso adversa no

    TCU abra uma crise no Con-

    gresso e suscite discusses so-

    bre o impeachment. Percorre-

    ram os gabinetes do ministros

    do TCU os titulares da Casa Ci-

    vil, Aloizio Mercadante, do Pla-

    nejamento, Nelson Barbosa, e

    da Advocacia-Geral da Unio

    (AGU), Lus Incio Adams.

    Parlamentares de oposio es-

    tiveram comAugustoNardes. O

    presidente do PSDB, Acio Ne-

    ves, disse que o Congresso ir

    analisar o relatrio sobre as con-

    tas independentemente do re-

    sultado do julgamento. Os parla-

    mentares tm o poder de man-

    ter a recomendao do TCU ou

    modific-la.

    Folhapress e Agncia Estado

    B

    RASLIA Aps terem

    levado bronca do ex-

    presidente Lula por te-

    remdeixado aprovar a convoca-

    o do chefe de seu instituto, pe-

    tistas compareceram em peso

    CPI da Petrobras ontem e arti-

    cularam um contra-ataque que

    inclui um recurso para tentar

    derrubar a ida do presidente do

    Instituto Lula, Paulo Okamotto,

    comisso. A bancada estuda

    solicitar ao plenrio da Cmara

    que reavalie a convocao. O re-

    querimento relativo ao brao-di-

    reito de Lula foi aprovado em

    bloco, junto com outros 139, na

    sesso da ltima quinta (11). Na

    avaliao de petistas, porm, os

    requerimentos deveriam ter si-

    do votados separadamente.

    OPT tambmestuda protoco-

    lar pedido de convocao de al-

    gum integrante do Instituto Fer-

    nando Henrique Cardoso, sob o

    argumento de que o ex-presi-

    dente tucano tambm recebeu

    doaes da Camargo Corra, in-

    vestigada na Operao Lava Ja-

    to, que apura um esquema de

    corrupo na Petrobras.

    A estratgia do PT foi comu-

    nicada ao Planalto. Integrantes

    do governo afirmaram que petis-

    tas querem constranger o presi-

    dente da CPI, deputado Hugo

    Motta (PMDB-PB), a apreciar o

    requerimento relativo ao Insti-

    tuto FHC. Peemedebistas, entre-

    tanto, j admitem nos bastido-

    res que a ofensiva contra o tuca-

    no deve ser barrada, o que deve

    gerar novo foco de desgaste en-

    tre PMDB e PT.

    CORRA

    O filho do ex-deputado Pe-

    dro Corra (PP-PE), preso no

    Mensalo e na Operao Lava

    Jato, disse Justia que rece-

    beu R$ 35 mil do doleiro Alber-

    to Youssef. Em documento de

    defesa acusao de lavagem

    de dinheiro, feita pelo Minist-

    rio Pblico Federal, Fbio

    Corra confirmou que foi ao es-

    critrio de Youssef, persona-

    gem central da Lava Jato. Se-

    gundo ele, os R$ 35 mil se refe-

    riam a uma dvida entre seu

    pai e o ex-deputado Jos Jane-

    ne (morto em 2010), pela ven-

    da de animais, e assumida pelo

    doleiro.

    Na denncia Justia, o

    MPF afirmou que Fbio ale-

    gou que no se recordava de ter

    comparecido ao escritrio de Al-

    berto Youssef em So Paulo. A

    Procuradoria aponta que, entre

    14 demaio de 2004 e 17 demar-

    o de 2014, Pedro Corra rece-

    beu propina pormeio de emiss-

    rios, no escritrio do doleiro,

    entre eles, Fbio Corra, Mr-

    cia Danzi (suamulher) em valo-

    res que giravam em torno de R$

    50mil e R$ 200mil. A portaria

    de entrada do escritrio de

    Youssef registrou que Fbio foi

    ao local em pelo menos 33 oca-

    sies.

    poltica

    CUNHA Fechou acordo com os tucanos para votar projeto

    Luiz Fachin toma

    posse no Supremo

    Agncia Estado

    BRASLIA O governo j re-

    cebeu indicaes de que o ex-mi-

    nistro da Fazenda, GuidoMante-

    ga, e o ex-secretrio do Tesouro

    Nacional, Arno Augustin, deve-

    ro ser responsabilizados pelo

    TCUno julgamento das pedala-

    das fiscais atrasos nos paga-

    mentos para melhorar o resulta-

    do das contas pblicas.

    A punio aos dois integran-

    tes da equipe econmica dada

    como certa em vrios gabinetes

    da Esplanada dos Ministrios e

    no Palcio do Planalto depois

    que aumentou o risco de rejei-

    o das contas da presidente em

    2014, em julgamento marcado

    para hoje.

    Os julgamentos so separa-

    dos, mas o uso das pedaladas fis-

    cais est no centro do debate

    das contas da presidente pelo

    TCU. Aps a discusso tcnica,

    o processo das pedaladas do

    TCU, segundo fontes, teria en-

    trado na esfera poltica, com a

    necessidade de punir os princi-

    pais responsveis.

    A avaliao, segundo fontes,

    de que ter de haver punio de-

    pois que o plenrio doTCU con-

    siderou, em deciso de 15 de

    abril, que o governo cometeu cri-

    me de responsabilidade fiscal ao

    utilizar recursos de bancos p-

    blicos para inflar artificialmente

    seus resultados e melhorar as

    contas da Unio. Para o TCU, as

    operaes contrariam a Lei de

    Responsabilidade Fiscal (LRF).

    O julgamento ainda no tem

    data marcada, mas o relator do

    processo, ministro Jos Mcio

    Monteiro, recebeu as ltimas de-

    fesas da lista de 17 autoridades

    do governo que tiveramde expli-

    car as operaes.

    A AGU coordenou as defesas

    apresentadas ao TCU. A expec-

    tativa de que as outras autori-

    dades citadas no processo, co-

    moosministros Alexandre Tom-

    bini (Banco Central) e Nelson

    Barbosa (Planejamento), no se-

    jam consideradas culpadas.

    Barbosa foi um dos ministros

    escalados para convencer inte-

    grantes do TCU a no votarem

    pela rejeio das contas da presi-

    dente Dilma Rousseff.

    Alm de Tombini e Barbosa,

    o TCU ouviu explicaes do

    atual presidente da Petrobras e

    ex-presidente do Banco do Bra-

    sil, Aldemir Bendine; do minis-

    tro do Trabalho, Manoel Dias;

    do ex-presidente da Caixa Jorge

    Hereda, e do presidente do BN-

    DES, Luciano Coutinho. A re-

    portagem procurou, sem suces-

    so, o ex-ministro Guido Mante-

    ga e o ex-secretrio ArnoAugus-

    tin.

    Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira jornal do commercio

    5

  • Viso em cor

    Todas as vezes que

    Josete passava

    frente daminha

    casameus olhos

    faiscavam

    Ftima Quintas

    [email protected]

    C

    onheci Josete quando ela ti-

    nha 22 anos. Eu, 17, uma pe-

    quena diferena, que crescia,

    todavia, em face da poca, ou seja, mea-

    dos da dcada de 60 do sculo passa-

    do. Alta, loura, cabelos cacheados, pos-

    sua uma beleza estonteante. Tempera-

    mento firme no hesitava diante das

    circunstncias, fazia o que gostava e

    desprezava comentrios alheios. Na-

    morava vontade, expunha sem restri-

    es um comportamento extrovertido;

    riso franco, frases certeiras, uma inde-

    pendncia bem dosada, pois no ultra-

    passava os limites. Respeitava sabia-

    mente o tamanho de seu passo. Tela

    em cores berrantes. Tal retrato era nar-

    rado por seus pais em raras reunies

    sociais da vizinhana.

    Todas as vezes que Josete passava

    frente da minha casa, na Rua Neto de

    Mendona, 242, meus olhos faisca-

    vam. Elegante, porte herldico, cabea

    erguida, desfilava ignorando os sussur-

    ros que porventura eclodissem ao em-

    balo da ventania. Ela pouco ou nada se

    arreliava. Caminho traado.

    Morava perto do Country Clube, na

    Avenida Rosa e Silva, portanto, um tan-

    to distante da nossa residncia; regozi-

    java-lhe deambular ao final da tarde,

    quando o sol declinava. Uma andeja

    que se alimentava do prprio charme,

    espalhando-o pela vizinhana. Todos a

    conheciam na sedutora travessia. Ad-

    miravam-na ou odiavam-na. Afinal,

    destoava do modelo padro das jovens

    daquela dcada. Por vrias vezes ten-

    tei aproximar-me; recuava, entretanto.

    A timidez sempre me perseguiu, por

    longos meses aplaudi e mesmo invejei

    a sua ousadia. Perguntava-me: por que

    no desbastar a fronteira e tentar falar-

    lhe? Conversar apenas. Senti-la na inti-

    midade. Confesso que retive vrias ve-

    zes o mpeto de abord-la, de cascavi-

    lhar a sua mente, de alcanar a alma.

    Qual o qu!? Sempre estive de tocaia

    no mundo, talvez meus passos tenham

    sido to lentos que me percebo em

    atraso na vida. H um alto muro a blo-

    quear-me, nunca tive foras para atra-

    vess-lo. O arquivo do tempo me mos-

    tra tantas interrupes, que neste mo-

    mento, me aflige inventari-las. A vida

    no permite retrocessos. Ento...

    Entre Josete e eu existia um inco-

    mensurvel abismo: uma, fantastica-

    mente visvel; a outra, absolutamente

    invisvel. Se os holofotes recaam na

    mulher plena de energia, extraindo do

    cotidiano o sumo que lhe cabia, em

    mim, as luzes pouco alumiavam. No

    prevaleciam intermezzos; sim, um hia-

    to com slidas muralhas. No caderno

    de apontamentos, escrevi pginas e p-

    ginas de um premeditado dilogo. Che-

    guei a treinar as frases; decorei-as

    em vo.

    At que um dia Josete no apareceu,

    foram semanas de espera... o vazio de

    mim se apoderava, alguma coisa que

    parecia perdida, sobretudo pela ausn-

    cia de palavras. Ah! As palavras! Fa-

    zem parte do pensamento e rogam por

    serem verbalizadas ou escritas. Aprisio-

    nadas no consciente ou inconsciente,

    reclamam pelo grito de desabafo.

    E era quarta-feira e era dia de sol e

    era ms de novembro e era quase cre-

    psculo e era Josete que surgia de re-

    pente e era ela e era a certeza de um

    prximo encontro. Abri o porto num

    ato inopinado. Entranhava-se-me uma

    coragem desconhecida. Mas ela falou

    de imediato, interrompendomeu brus-

    co gesto: Aprendi a gostar de voc pe-

    lo seu silncio, a discrio me encanta-

    va, a meiguice me extasiava, sempre a

    reverenciei na sua introspeco. So-

    mos diferentes na aparncia; o tempo

    me ensinou a escalar a montanha com

    exagero, tenho pressa de tocar no sol,

    corro demais e no chego em lugar al-

    gum... Necessito que o mundo me en-

    xergue. Careo de aplausos. Sonho

    pouco, a realidade torceu os desejos.

    No sei o que a vida. Existo toa. Pre-

    ciso descobrir-me. Todas as vezes que

    passo por aqui adoro v-la, atrs do

    porto, com a beleza preservada pelo

    pudor... Vou morar no Rio Grande do

    Sul em casa de umprimo, viajarei sba-

    do. No fale, continue em silncio, pre-

    firo guardar a imagem de um quadro

    impressionista.

    H quantos anos o rosto de Josete

    existe nomeu imaginrio? Talvez nun-

    ca dele se desprenda, sobretudo por-

    que o mistrio se mantm intocado.

    k Ftima Quintas presidente da

    Academia Pernambucana de Letras

    O fgaro

    Liberdade prvia

    opinio JC

    q Chargek ronaldo

    q editorial

    A

    deciso do Supremo Tribunal

    Federal (STF) pelo direito de

    publicao de biografias sem a

    autorizao dos biografados ou de seus

    herdeiros deve ser celebrada como o re-

    conhecimento mximo s prerrogati-

    vas da liberdade de expresso no Pas.

    No por acaso, foi ampla a repercusso

    namdia e nomeio poltico. Trata-se de

    uma importante conquista, na interpre-

    tao constitucional sobre o uso bsico

    da informao, interpretao que alcan-

    a toda a sociedade a partir do fortaleci-

    mento da prpria democracia.

    O STF examinou a questo pelo vis

    do confronto entre liberdade e privaci-

    dade. Sempre controverso, o debate a

    respeito do assunto costuma ser polmi-

    co, e poderia ser interminvel. Por isso,

    os pressupostos levantados pelos juzes

    tiveramvalor didtico, apontando o fun-

    damento que deve embasar a discusso,

    destacando princpios a serem tomados

    como imprescindveis ao exerccio da

    expresso livre de qualquer atividade

    intelectual e artstica, salvaguardando o

    direito de manifestao do pensamento

    a qualquer indivduo, conforme inscrito

    e garantido na Constituio.

    A procedncia da Ao Direta de In-

    constitucionalidade (Adin) nmero

    4815, em deciso unnime dos novema-

    gistrados votantes, afirmou ser inexi-

    gvel a autorizao prvia para a publi-

    cao de biografias. A Adin foi movida

    pela Associao Nacional de Editores

    de Livros, mas a deciso abrange a pro-

    duo de obras literrias ou audiovi-

    suais, liberando, portanto, alm dos li-

    vros, os filmes, novelas e seriados com

    teor biogrfico da possibilidade de cen-

    sura prvia pelo personagem biografa-

    do ou seus familiares.

    Aministra Crmen Lcia foi a relato-

    ra, e teve tempo suficiente para se de-

    bruar sobre a matria: a audincia p-

    blica com a participao de 17 exposito-

    res acerca do assunto aconteceu h qua-

    se um ano e meio, em novembro de

    2013. De acordo com o voto da minis-

    tra, a Constituio probe toda e qual-

    quer censura de natureza poltica, ideo-

    lgica e artstica. Assim, os artigos 20 e

    21 do Cdigo Civil que vale menos do

    que a Constituio questionados pela

    Adin, no podem impedir o direito de

    criao e expresso de obras literrias.

    A imposio de restries ao exerccio

    de liberdades no permitida ao Cdi-

    go Civil, ressaltou Crmen Lcia, que

    ainda afirmou que no calando-se a

    palavra e amordaando a histria que

    se cumpre a Constituio.

    O entendimento do STF ratifica a no-

    o de que, sendo a liberdade prvia, ao

    invs da censura, qualquer informao

    equivocada ou ofensiva externada, con-

    siderada abuso do direito expresso,

    deve ser objeto de reparao, direito de

    resposta ou responsabilizao penal, co-

    mo pontuou em seu voto o ministro

    Lus Roberto Barroso. Na prtica, a de-

    ciso do Supremo configura mais um

    passo importante na consolidao do

    processo democrtico nacional, como

    assinalou o ministro Celso de Mello, o

    decano da Corte. O peso da censura,

    ningum o suporta, disse ele, na expla-

    nao da deciso que deixou mais leve

    todo o Pas.

    Corrupo

    Diretor de Redao:

    Laurindo Ferreira [email protected]

    Diretora-Adjunta de Redao:

    Maria Luiza Borges [email protected]

    kOs textos assinados publicados emOpinio e Voz do Leitor no refletem necessariamente a posio do Jornal do Commercio. O JC se reserva o direito de editar e de adaptar os textos linguagem jornalstica.

    Regina De Biase

    [email protected]

    Q

    uando foi anunciada que a re-

    forma roltica, finalmente se-

    ria debatida e votada pelos

    parlamentares, acredito que

    eu e todos os brasileiros, que ainda

    acreditam em um Brasil melhor, respi-

    raram aliviados. Mesmo sendo pessi-

    mista, procurei mudar minha maneira

    de pensar e acreditar que tudo iria me-

    lhorar. A presidente Dilma Roussef,

    em seu discurso de posse, foi super en-

    ftica, isto quando disse que a priorida-

    de nmero um do seu segundo gover-

    no seria o combate corrupo e, para

    isso acontecer, seria feita uma grande

    reforma poltica. O dia anunciado che-

    gou.

    Esperana no corao e, finalmente,

    incio das votaes por temas. Cada

    aprovao era comemorada pelos depu-

    tados como uma vitria pessoal e no

    do povo brasileiro, o qual eles foram

    eleitos para representar. Nada saiu co-

    mo espervamos. Mais uma decepo.

    Tiveram a grande chance de modificar

    vrios temas, como fim das coligaes,

    fim do voto obrigatrio, etc.. Tiveram,

    ainda, a grande chance de atender ao

    grito das ruas, mas preferiram fechar

    os ouvidos e votar dentro de suas con-

    venincias. Ainda havia uma esperan-

    a, o fim da doao empresarial de cam-

    panha aos candidatos e aos partidos po-

    lticos. No dia 26/5/2015 foi votado o

    fim da doao privada de campanha

    aos partidos e candidatos, bingo, vit-

    ria em favor do combate a corrupo,

    porm, em face da absurda e inconstitu-

    cional manobra arquitetada pelo presi-

    dente, deputado Eduardo Cunha, foi

    feito uma nova votao sobre o mesmo

    tema e o resultado foi o seguinte: 141

    parlamentares votaram No, contr-

    rios, portanto, permanncia de doa-

    es a partidos e candidatos, tudo no

    sentido de dificultar o pagamento de

    propinas e aumento da corrupo, e

    330 deputados votaram Sim, favorveis

    permanncia da doao das empresas

    aos partidos polticos e, doao direta-

    mente ao candidato, s se for pessoa f-

    sica, mesmo que esse dinheiro de pes-

    soa fsica saia da mesma empresa. Des-

    ta forma, nadamudou, apenas amanei-

    ra de transferir as doaes para o candi-

    dato e para os partidos. Mesmo saben-

    do que a permanncia das doaes de

    empresas tem contribudo para o au-

    mento da corrupo, por intermdio

    do sobrepreo em todas as obras pbli-

    cas, das concorrncias fraudulentas e

    direcionadas s empresas que pagam

    propina, criao de empresas fantasma

    e empresas de consultorias para paga-

    mentos de propinas atravs dessas em-

    presas, sem que os servios tenham si-

    do realizados, os parlamentares vota-

    ram e aprovaram medidas que, certa-

    mente, vo assegurar a continuidade

    da corrupo. Na verdade, a transfern-

    cia de recursos, chamada pelos parla-

    mentares de doaes voluntrias aos

    partidos polticos e candidatos, dita

    por eles tratar-se de pura e simples

    ideologia partidria, inaceitvel. Res-

    ta, por fim, a sensao de tristeza, mis-

    turada com decepo e frustao, pois,

    atravs desse posicionamento dos par-

    lamentares, poderemos dizer: institu-

    cionalizaram a corrupo, e o pior,

    com a ajuda da oposio.

    k Regina De Biase arquiteta

    Arthur Carvalho

    Q

    uem me levou, pela primeira

    vez, pra cortar cabelo com

    ele foi OdilonMaroja. Naque-

    le tempo, Machado era o bar-

    beiro da moda dos jogadores de fute-

    bol. A gente chegava no salo Diacu,

    defronte do So Domingos, estavam l:

    Jorge de Castro, Gago, Zingoni, Eloi,

    Aldemar, Lanzoninho e outros.

    Ns, integrantes do juvenil do Sport,

    bicampeo pernambucano (54-55), a-

    mos na onda dos profissionais. Com o

    tempo cada um seguiu seu caminho:

    Manga foi pro Botafogo, Almir, pro

    Vasco, Elcyr, pro Palmeiras, Hernani,

    pro Treze de Campina Grande, Mai-

    nha, pro Santa Cruz e Nei Pavo, Ziza,

    Marcelino, Geca, Nilson, Lo e Fernan-

    dinho deixaram a redonda.

    Machado era baixo, magro e plido:

    o tipo clssico do amarelinho. Bigode a

    Errol Flyn, sempre bem penteado, ca-

    beleira CornelWilde, os olhos midos,

    irnicos e inquietos. Conhecia quando

    o fregus estava bem-humorado ou de

    saco cheio. Se o camarada sentasse, pe-

    gasse O Cruzeiro (naquela poca s da-

    va O Cruzeiro) e se enterrasse nele,

    no abria o bico. Essa a maior virtu-

    de que um barbeiro pode ter. Nada de

    forar papo. Caso nossa amizade gos-

    tasse de muita conversa, Machado en-

    grenava um pl firme: tinha muito o

    que contar. medida em que ia falan-

    do (baixo), aparava um fio de cabelo

    aqui, outro ali, com um cuidado e uma

    mincia que impressionavam e satisfa-

    ziam quem estava na cadeira, e impa-

    cientavam os que esperavam. Mas isso

    no o preocupava. Se o governador

    aguardava a vez, problema dele.

    No havia possibilidade de o sujeito

    experimentar o corte de Machado,

    sem ficar fregus. Cultivava a higiene

    como nenhum outro colega de profis-

    so. Com os frequentadores mais anti-

    gos, gostava de fazer a seguinte graci-

    nha, ao tirar-lhes a barba, parando

    com a lmina em cima do pescoo:

    - Repita agora o que disse de

    mim ao meu cunhado! V, repita!

    - Acaba com isso, Machado!

    - Acaba nada. No homem no?

    - Deixa disso, rapaz!

    - Vai, valente, no garante as calas

    no?

    Durante cinco anos, baixei no Dia-

    cu por causa dele. Quando o salo da

    Quatro e Quatrocentos, da Rua Nova,

    comprou seu passe, levou consigo toda

    Federao Pernambucana de Futebol.

    A Quatro e Quatrocentos desabou,

    morreu gente, ele escapou (provavel-

    mente dentro de uma gaveta) e foi ba-

    ter no Suez.

    k Arthur Carvalho da Academia

    Pernambucana de Letras

    www.jconline.com.br

    k

    6

    jornal do commercio Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira

  • grande o descaso daadministrao municipal coma Rua Crceres, em Piedade.A via consta como calada naPrefeitura de Jaboato dosGuararapes. Mas a situaoest ficando mais difcil acada dia. Para sair docondomnio onde moro necessrio pisar na gua, poisos buracos e a lama saumentam.

    k Sandra [email protected]

    So frequentes os assaltos nosbairros do Sancho, Tot e JardimSo Paulo, na Zona Oeste doRecife. Ningum tomaprovidncias. E a polcia noaparece na rea. s vezes, vemos aviatura da Patrulha do Bairrocirculando, mas os policiais noabordam ningum.

    k Iranildo Gomes por telefone

    kFrase

    Ateno, Prefeitura do Recife e Compesa, venham consertaros buracos que deixaram na Rua Rio Paje, em frente ao n 150,Ibura de Baixo. A buraqueira atrapalha o trnsito, os pedestrese o comrcio da rea.

    kWellington Silva via comuniQ

    k Irregularidade

    kResposta ao leitor

    kFrase

    kBuraqueira

    Envie suas cartas para a Ruada Fundio, 257, Santo Amaro

    Vivemos numa sociedade doente emque as pessoas no somais capazes deviverem em paz . A violncia tem seconstitudo um dos maiores motivos deaflio dos brasileiros. Est presentenas ruas, nas escolas, nos lares, emtodos os lugares e classes sociais. Ocriminoso no teme a justia, a polcia.O crime fruto da impunidade.

    k Agostinho Holanda por e-mail

    k

    kExiste um buraco na

    calada da Rua PaulinoGomes de Souza, n 50, nobairro das Graas,prejudicando os pedestres.A Emlurb j foi avisada eprometeu enviar tcnicosem cinco dias. J passaram30 dias e nada dos serviosserem realizados. Ser queo rgo s vai resolver

    trabalhar quando algumcair no buraco? A rua prxima aos colgiosDamas e So Lus e alunoscorrem riscos diariamente.No possvel quenenhuma autoridade veja oproblema.

    k Genilzon [email protected]

    kDescaso

    Na Rua RegoMelo, nos Coelhos, algum se apossou da calada. Ao pedestre, resta andar pelarua e correr o risco de atropelamento.

    k Petrcio Guimares [email protected]

    pelo comuniQ

    voz do leitor

    Sua opinio muito importante.Fale conosco:

    (81)3413.6178www.jconline.com

    A classe mdia, espoliadapela m gesto do governo doPT, vem a ser agredida agoracom o aumento de impostosdas drogas importadas emanipuladas localmente.Como se no bastasse adesvalorizao do real frenteao dlar. Acreditamos queessa medida deva serestringir somente aosprodutos elitizados, comobebidas, perfumaria, mveis,cigarros e seus derivados,entre outros.

    k Jos Mussolini Gabrielepor e-mail

    Moradores do Poo daPanela agradecem prefeiturae aos rgos que permitem aabertura de estabelecimentoscomerciais sem que o bairrocomporte. Os acessos dessarea histrica do Recife sototalmente travados com ofluxo de veculos eestacionamento irregular.

    k Luiz Peregrino por e-mail

    A CTTU informa ao leitorClvis Emdio que temrealizado um trabalho intensopara a melhoria da sinalizaoviria do Recife, tendoinstalado, somente do anopassado para c, 6 mil placas desinalizao horizontal e 2 milfaixas de pedestres. Diante dasolicitao, vai providenciar oenvio de equipe tcnica s ruasda Ilha do Leite.

    k Assessoria de imprensa

    ACTTU informa, emateno leitora Ana PaulaSilva, que realizamonitoramento e fiscalizaoconstantes na rea central doRecife, inclusive com aoperao Estacione Legal, quevisa coibir o estacionamentoirregular. A Companhiainforma ainda que vaiintensificar a ao na Rua daUnio.

    kAssessoria de imprensa

    Em ateno leitoraMaria Crlia Duarte, sobrenota publicada nesta seodo JC, no ltimo dia 12, aEmpresa deManuteno eLimpeza Urbana do Recife(Emlurb) informa querecolheu as sobras de podaque estavam na RuaManoel de Carvalho,localizada no bairro dosAflitos.

    k Assessoria de imprensa

    Em ateno ao leitor JosNascimento, a Secretaria deEsportes do Recife esclareceque a reforma do Geraldoest em andamento e deverser concluda no primeirosemestre de 2016. O projetoinclui intervenes no ginsio,na rea externa e no parqueaqutico e o espao passar aser uma moderna arena paraeventos esportivos e shows.

    kAssessoria de imprensa

    Entre emcontato

    pela internetMande seu e-mail e suas fotospara [email protected]

    pelo telefone por carta

    Moro na Estrada doArraial, bairro daTamarineira. Perto doSupermercado Extrabom hum esgoto escorrendo pelarua h quase umms. Duastubulaes saem de dentro dosupermercado. E a caladafica tomada pela gua suja, oque provoca mau cheiro narea. Ao lado, h um colgio ecrianas, para chegar ao local,precisam andar pela avenidaporque no h condies depassar pela calada.

    kMaria de Ftima da Silvapor telefone

    O prefeito de Olinda,Renildo Calheiros, declarouque a cidade no era paraamadores. Est correto. Olindaest precisando de um bomadministrador, que conserte osmilhares de buracos das viasde trfego, como os que estodanificando as suspenses doscarros na Av. Pedro lvaresCabral, em Jardim Atlntico. preciso tambm fechar oscurrais ao ar livre. Animaisficam pastando livrementepelo bairro Rio Doce.

    k Cludio de Melo Silva pore-mail

    Pedestres prejudicados

    Como difcil para oGrande Recife Consrcioresolver os problemas dapopulao. Para comprovar,basta ver como funcionam osterminais integrados, comoos nibus andamsuperlotados, os abusos quepraticam as empresas,desrespeitando os intervalos.As reclamaes dos usuriosnem sempre so levadas asrio. Em Ouro Preto, ondemoro, no existe transportepblico que v para Beberibe,nem para Paulista e toda reaNorte. Para o tal Consrcio,

    parece que o bairro se limitas margens da PE-15. Quemquiser se dirigir aos lugarescitados tem que caminhar de15 a 20 minutos at chegar rodovia. Para corrigir a faltade nibus para Rio Doce viaBultrins deviam autorizar acirculao dos nibus dalinha Paulista/Rio Doce. Essaprovidncia depende da boavontade do rgo, que pareceno estar nada preocupadoem resolver o problema.

    k Joo Alves Farias pore-mail

    Buracos e lama emrua de Piedade

    Crateras no Ibura de Baixo

    Ilha do Leite

    Calada invadida nos Coelhos

    O comercio de pssarossilvestres continuaacontecendo nas feiras livresde algumas cidadespernambucanas. As aves soretiradas ainda filhotes doseu habitat natural paraserem comercializadas deforma ilegal e, por isso, umaenorme quantidade morredurante o transporte e oconfinamento. As pessoasque compram tambm soresponsveis pela destruioda fauna brasileira e podemresponder criminalmente poresse ato desumano.

    k Fernando Melo por e-mail

    A CTTU informa, emateno ao leitor Olavo Santos,que o bairro do Barro fiscalizado por meio de rondasdirias realizadas por agentesde trnsito. O rgo vemrealizando um trabalhocontnuo para reduzir a prticade estacionamento irregular nacidade. Foram registradas maisde 50 mil multas, nos primeiroscinco meses do ano. A CTTU secompromete ainda aintensificar as rondas na Rua

    Capito Ponciano. Em atenoao leitor Giovani Ferreira,informa que j enviou equipetcnica para verificar a situaoe analisar as demandas da Av.Santos Dumont. A Companhiainforma ainda que o projetopara a melhoria da circulaoviria no local est em fase deconcluso e que asmodificaes devem serexecutadas ainda este ano.

    k Assessoria de imprensa

    Fiscalizao Galhos recolhidos Geraldo

    Editores de fotografia:Arnaldo Carvalho [email protected] Porto [email protected] Regis [email protected] conosco: (81) 3413.6433

    WellingtonSilva/VozdoLeitor

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    Sand

    raRochana/VozdoLeitor

    PetrcioGuimares/VozdoLeitor

    k

    Esgoto aberto

    Administrao

    Falta de ateno como usurio de nibus

    Altos impostos

    Bairro travado

    Aves silvestres

    Rondas realizadas diariamente

    Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira jornal do commercio 7

  • kFrase

    kCardozo deveria sair

    A deciso da Venezuela, de recusar autorizao para o

    pouso de um avio da Fora Area Brasileira (FAB) em

    Caracas, com senadores brasileiros a bordo, foi

    comunicada antes a autoridades do governo Dilma. Como

    so todos farinha do mesmo saco bolivarianista, ficou

    acertado que o governo do Brasil manteria silncio

    cmplice, sem se queixar da grave agresso ao Legislativo

    brasileiro. Cumpriu-se o trato.

    O presidente da Cmara venezuelana, Nicols Cabello,

    veio ao Brasil tentar proibir a visita dos senadores. Mas

    aqui no a Venezuela. Recebido por Lula e Dilma, o

    deputado Nicols Cabello (n 2 do regime venezuelano)

    investigado nos EUA por ligaes ao narcotrfico.

    Caricatura de autoridade venezuelana, um Defensor do

    Povo tambm esteve no Brasil h um ms, tentando

    impedir a viagem dos senadores. O medo do Planalto fez

    os ministros Jaques Wagner (Defesa) e Mauro Vieira

    (Relaes Exteriores) calarem a boca diante da Venezuela.

    Quem no gosta de polcia, bandido

    Vitor Valim (PMDB-CE) aos crticos do uso

    de farda pelo deputado Capito Augusto

    (PR-SP)

    Oministro da Justia, Jos Eduardo Cardozo (foto),

    alegou que no se pode colocar adolescentes em prises

    por serem hoje escolas do crime. Ao confessar o prprio

    fracasso, Cardozo (que chefia o Departamento

    Penitencirio Nacional), tem o dever de pedir o bon. At

    porque seu argumento escorrega na desonestidade

    intelectual: ningum defende bandidos de menor e maior

    idade recolhidos a uma mesma instituio.

    Acertada com o Planalto

    Cabeceira

    Cota feminina no

    passa pela Cmara

    NEVES Tomou por base decises anteriores do CNJ e do STF

    Ulysses Gadlha

    [email protected]

    O

    presidente do Tribu-

    nal de Justia de Per-

    nambuco (TJPE), de-

    sembargador Frederico Neves,

    negou pedido de efeito retroati-

    vo ao pagamento de auxlio-

    moradia aos juzes do Estado.

    A Associao dos Magistrados

    do Estado de Pernambuco

    (Amepe), responsvel pelo pe-

    dido, declarou que s tomar al-

    guma medida aps o setor jur-

    dico da entidade analisar a deci-

    so, que foi publicada no Di-

    rio Oficial ontem.

    O presidente Frederico Ne-

    ves utilizou o texto de uma de-

    ciso monocrtica do ministro

    Luiz Fux, do Supremo Tribu-

    nal Federal (STF), alm de

    uma resoluo doConselhoNa-

    cional de Justia (CNJ) para

    embasar sua deciso.

    O artigo 5 da Resoluo n

    199/2014 do CNJ diz que as

    despesas para o implemento da

    ajuda de custo para moradia

    correro por conta do oramen-

    to de cada Tribunal ou Conse-

    lho, gerando a presente Resolu-

    o efeitos financeiros a partir

    de 15 de setembro de 2014. O

    certo que este Tribunal no

    pode, neste momento, empres-

    tar deciso liminar efeitos

    que lhe foram expressamente

    negados pelo relator, conclui

    Frederico Neves.

    O TJPE paga R$ 4,8 mil de

    auxlio-moradia a cada magis-

    trado. Segundo Portal da Trans-

    parncia, em dezembro de

    2014, o TJPE desembolsou R$

    2 milhes em indenizaes de

    ajuda de custo, transporte e au-

    xlio-moradia. Retroagindo em

    cinco anos, o valor seria de R$

    120milhes. Se a base de clcu-

    lo fosse novembro de 2014,

    quando o TJPE pagou R$ 4mi-

    lhes nessa rubrica, o retroati-

    vo custaria R$ 240milhes.

    Em maio deste ano, em caso

    semelhante, o CNJ decidiu que

    o auxlio concedido pelo Tribu-

    nal de Justia do Cear (TJCE)

    deveria ser pago a contar da da-

    ta do requerimento do benef-

    cio, e no retroativo.

    BobbyFabisak/JCImagem

    EdmarMelo/JCImagem

    COUTINHO Nota do PSB municipal nega a definio de nomes

    cludiohumberto

    Paulo Veras

    [email protected]

    A

    pesar de ter consegui-

    do 293 votos favor-

    veis, a emenda para

    criar uma cota de 15% para a

    representao de mulheres no

    Legislativo no atingiu os 308

    votos necessrios e foi rejeita-

    da dentro do projeto da Refor-

    ma Poltica. Houve 101 votos

    contrrios e 53 abstenes. A

    cota feminina foi um dos pon-

    tos discutidos ontem pela C-

    mara dos Deputados nessa pri-

    meira rodada de discusso da

    reforma. nica deputada fede-

    ral de Pernambuco, Luciana

    Santos (PCdoB) classificou a

    rejeio como lamentvel, j

    que as mulheres so maioria

    da populao, e lembrou que

    ainda existe a possibilidade do

    Senado retomar o tema. A

    maioria da bancada pernam-

    bucana votou a favor da cota.

    Nas votaes de ontem, os

    deputados aprovaram, por

    433 votos a 7, a emenda que

    define a perda demandato pa-

    ra parlamentares que muda-

    rem de partido, que reduz de

    1,5 milho para 500 mil o n-

    mero de assinaturas necess-

    rias para apresentar projetos

    de iniciativa popular, que de-

    termina que a urna imprima

    uma cpia do voto a ser confe-

    rida pelo eleitor e estipula em

    dois anos e meio o mandato

    para presidente da Cmara e

    do Senado.

    O plenrio da Cmara tam-

    bm rejeitou, por 227 votos a

    157, a criao de federaes

    partidrias no Pas, que permi-

    tiria que os partidos atuassem

    como uma nica agremiao

    durante uma legislatura. Por

    357 votos a 60, os deputados

    derrubaram a proposta para

    que deputados e vereadores

    perdessem omandato ao assu-

    mir cargos como ministros ou

    secretrios.

    A maioria da bancada per-

    nambucana votou a favor da fi-

    delidade partidria e ficou

    contra as federaes. (Veja

    um resumo da votao na ar-

    te).

    Membros da bancada esta-

    dual acreditam que o texto

    que compe a reforma ainda

    pode passar pormudanas an-

    tes de ir ao Senado, j que ele

    ser submetido a uma segun-

    da rodada de votao, que de-

    ve ocorrer no incio de julho.

    Para os deputados Silvio Cos-

    ta (PSC), vice-lder do gover-

    no na Cmara, e Tadeu Alen-

    car (PSB), que integrou a co-

    misso que discutiu a refor-

    ma, alguns parlamentares po-

    dem questionar a permisso

    empresas privadas doarem a

    partidos, j que ela foi aprova-

    da um dia depois de o plen-

    rio rejeitar a proposta que pes-

    soas jurdicas pudessem fazer

    doaes para candidatos, o

    que levou 60 deputados a en-

    trarem com um mandado de

    segurana contra o presidente

    da Cmara, Eduardo Cunha

    (PMDB-RJ), no STF.

    Eles tambm apostam que o

    Senado far modificaes na

    reforma, alterando a emenda

    que reduz omandato dos sena-

    dores para cinco anos. J o de-

    putado Bruno Arajo (PSDB),

    lder da Minoria na Casa, no

    acredita que a Cmara faa no-

    vas alteraes. O segundo tur-

    no muito mais uma seguran-

    a legislativa do que uma mu-

    dana em relao ao que foi

    decidido anteriormente, ex-

    plicou.

    www.jconline.com.br

    Cludio Humberto, Teresa

    Barros e Ana Paula Leito

    [email protected]

    twitter:@colunaCH

    MarceloCamargo/AgnciaBrasil

    Na mostra Ministro

    Marco Aurlio 25 Anos no

    STF, a ser inagurada hoje,

    livros de cabeceira como

    Pequeno Tratado das

    Grandes Virtudes, de

    Andre Comte-Sponville, e

    Conversa Consigo

    Mesmo, de Marco Aurlio.

    Fantasmas

    TJPE nega auxlio

    retroativo a juzes

    Disputa interna no

    PSB em Jaboato

    Da Redao

    A

    posse da nova Execu-

    tiva do PSB em Jaboa-

    to dos Guararapes,

    na ltima segunda (15), exps

    uma disputa interna no parti-

    do sobre quem ser o escolhi-

    do como candidato a prefeito

    em 2016. O discurso do depu-

    tado federal Joo Fernando

    Coutinho (PSB), colocando-se

    como opo para assumir a

    misso, gerou uma manifesta-

    o assertiva do vice-prefeito

    Heraldo Selva (PSB), presiden-

    te municipal da legenda e pre-

    tenso pr-candidato ao posto.

    Por nota, emitida ontem, ele

    tratou de desautorizar qual-

    quer insinuao de candidatu-

    ra para o prximo ano. O

    PSB do Jaboato respeita to-

    das as pr-candidaturas aven-

    tadas, mas acredita que qual-

    quer tentativa de antecipar

    um debate que, naturalmente,

    deve ser tratado no ano que

    vem, se configuraria em um

    desrespeito aos jaboatonen-

    ses, criticou Selva.

    No evento, Joo Fernando

    Coutinho se mostrou disposto

    a ir disputa eleitoral. Numa

    posio delicada, visto que

    compartilha o comando da ci-

    dade com o prefeito Elias Go-

    mes, que do PSDB, Heraldo

    Selva se apressou em desfazer

    a investida do correligionrio.

    No h deciso tomada (so-

    bre 2016). Qualquer informa-

    o alm disso especulao,

    resumiu. Os bastidores do

    conta, ainda, de que o nome

    de Joo Fernando Coutinho

    no agrada o prefeito tucano.

    As articulaes para as elei-

    es municipais em Jaboato

    passam tambm pelo Cabo de

    Santo Agostinho. Elias Gomes

    quer fazer seu filho, o deputa-

    do federal Betinho Gomes

    (PSDB), prefeito do Cabo com

    o apoio do PSB. Para isso, o go-

    vernador Paulo Cmara (PSB)

    ter que enfrentar a disputa

    declarada dentro da Frente Po-

    pular. O outro aliado, o deputa-

    do estadual Lula Cabral

    (PSB), tambmquer ser candi-

    dato Prefeitura do Cabo.

    poltica

    Pelas 16h30 de ontem, a

    rotina se repetiu: uma

    mulher estacionou na

    portaria do Anexo 2 do

    Senado, desceu, bateu o

    ponto e saiu. No minuto

    seguinte, outro carro, outra

    fantasma, e mais outra,

    mais outra...

    Separados

    Pases civilizados punem

    crimes cometidos por

    menores, que cumprem

    pena em instituies para

    adolescentes at

    alcanarem a maioridade.

    Aqueles que no querem

    alterar a lei da maioridade

    penal advogam, na prtica,

    que permaneam impunes

    os crimes cometidos por

    di menor. Sob o ponto de

    vista penal, menores tm

    imunidade comparvel

    apenas a parlamentares,

    que s podem ser presos

    em flagrante.

    Sob presso

    O vice Michel Temer

    ouviu cobras e lagartos em

    reunio de lderes

    governistas ontem.

    Temendo o desgaste,

    deputados pediram para

    que no seja vetado o fim

    do fator previdencirio.

    Temer repetiu o ministro

    Joaquim Levy (Fazenda):

    Dilma ainda no se

    decidiu.

    Sujeira

    A Vigilncia Sanitria do

    DF interditou ontem o

    restaurante do Senado, por

    falta de higiene. O

    restaurante tem dois dias

    para ser dedetizado.

    Defeito

    O presidente da Cmara,

    Eduardo Cunha, passou a

    reunir os lderes s 9h das

    quintas, para no

    atrapalhar o retorno deles

    aos Estados, mas

    atrasavam tanto que

    remarcou para as 14h.

    Se isolando

    O PCdoB, fiel escudeiro

    do Planalto na Cmara,

    mandou o recado ao

    governo: no tem como

    apoiar veto ao fim do fator

    previdencirio. Eventual

    veto de Dilma pode ser

    derrubado.

    Vaias

    Sobrou tambm para o

    governador do DF, Rodrigo

    Rollemberg (PSB), a vaia

    de servidores do Judicirio

    para os polticos que

    chegavam posse de Luiz

    Fachin no STF.

    Burocratizaram

    O governo do DF

    resolveu dificultar a

    realizao de festas juninas

    nas parquias locais. A

    agncia de fiscalizao

    Agefis exige at uma

    procurao da Mitra. J

    para raves regadas a

    drogas e bebidas

    CONGRESSO Dentro do projeto da Reforma Poltica, a emenda que previa 15% das

    vagas no Legislativo para as mulheres no obteve a votao mnima e acabou rejeitada

    8

    Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira

  • cidades

    cidades

    A tragdia se repete

    Felipe Vieira, Cinthya Leite e

    Margarette Andrea

    E

    xatos 39 dias separam duas tragdias

    ocorridas no sistema metropolitano de

    transporte pblico. No dia 8 de maio, a

    estudante de biomedicina da Universidade Fe-

    deral de Pernambuco (UPFE) Camila Mirele

    Pires, 18 anos, morreu ao cair de um nibus em

    movimento, na BR-101, no bairro da Cidade

    Universitria, ZonaOeste do Recife. Ontem pe-

    la manh, o estudante de cincias biolgicas da

    Universidade Federal Rural de Pernambuco

    (UFRPE) Harlynton Lima dos Santos, 20, fale-

    ceu, vtima de politraumatismos provocados

    pela queda de um coletivo. Na noite da segun-

    da-feira, Harlynton foi arremessado contra a

    grade de proteo do Terminal Integrado do

    Cais de Santa Rita, Centro do Recife, aps ten-

    tar pegar um coletivo da linha Imip-Tancredo

    Neves.

    Passava das 23h e ele tentava voltar para ca-

    sa, no Ibura, Zona Sul, quando se agarrou por-

    ta do coletivo, que saa do terminal. O motoris-

    ta continuou andando segundo testemunhas,

    em alta velocidade e o rapaz foi jogado con-

    tra as grades, sendo arrastado por cinco me-

    tros. A Polcia Militar foi atrs do motorista e o

    encontroumenos de uma hora depois, na gara-

    gem da empresa Vera Cruz, em Prazeres, Ja-

    boato dosGuararapes. Ele e o cobrador presta-

    ram depoimento na Central de Plantes, em

    Campo Grande, Zona Norte, e foram liberados

    ainda na noite de segunda.

    Dois finais trgicos para um enredo que se

    desenrola todos os dias nas ruas e nos termi-

    nais da Regio Metropolitana: a superlotao

    dos coletivos, aliada a grandes intervalos de es-

    pera e casos de imprudncia, seja de motoris-

    tas na conduo ou de passageiros dentro e fo-

    ra dos veculos. Um caldeiro em ebulio,

    com milhares de vtimas em potencial. De se-

    melhante nos dois casos, a necessidade de dois

    jovens de voltar para casa, sob pena de esperar

    muito pelo prximo nibus, em lugares ermos

    e sem segurana.

    H seis anos vendendo bebidas ao lado do

    terminal, o comerciante Jos Bezerra Silva co-

    chilava na barraca quando ouviu gritos de so-

    corro. Saiu rua e viu Harlynton gemendo de

    dor. Ele foi deixado no cho. Foi covardia do

    motorista, afirma.

    O gesto desesperado de Harlynton em se

    agarrar porta do coletivo que j saa pode ser

    explicado pela hora e pela insegurana no Ter-

    minal do Cais de Santa Rita, principalmente

    noite. A gente aqui est por conta das baratas.

    No existe segurana e at durante o dia os la-

    dres assaltam, sempre com facas. Quando

    anoitece, a que complica mesmo, reclama a

    comerciante Lindete Arajo, que trabalha nu-

    ma barraca de comidas e bebidas a poucos me-

    tros da grade contra a qual o jovem se chocou

    ao cair do coletivo.

    Harlynton foi levado ao Hospital Portugus,

    no bairro de Paissandu, rea central da cidade,

    onde passou por cirurgias para conter sangra-

    mentos e reparar as mltiplas fraturas que so-

    freu. Por volta de 10h50 de ontem, faleceu. Seu

    corpo s ser liberado pelo Instituto deMedici-

    na Legal (IML) hoje, devendo ser velado numa

    igreja evanglica frequentada pela famlia no

    bairro do Ibura. O sepultamento deve ocorrer

    tarde, no Cemitrio de Santo Amaro, rea

    central do Recife.

    No ponto em que Harlynton caiu, existe

    uma cmera de segurana que poderia decisi-

    va nas investigaes. Mas segundo a Secretaria

    de Defesa Social, no momento do acidente o

    equipamento estava focalizando o outro lado

    da rua. O perigo est em toda parte no Termi-

    nal do Cais de Santa Rita. Os nibus entram

    em alta velocidade e os pedestres precisam ter

    muito cuidado para evitar atropelamentos.

    Em nota, a empresa Vera Cruz alegou que,

    na sada do terminal, o motorista seguindo to-

    dos os procedimentos de segurana, fechou as

    portas para reiniciar sua viagem, fazendo seu

    trajeto normalmente at o seu ponto final (TI

    TancredoNeves), e dali recolhendo o veculo

    garagem e s ento ele e o cobrador foram sur-

    preendidos pela chegada da polcia informan-

    do do acidente. E que, no trajeto, GPS e

    tacgrafo indicam que a velocidade mxima

    de pico registrada, no ultrapassou 65 km, in-

    clusive aps o ocorrido at a chegada na gara-

    gem. Na cpia dos relatrios desses equipa-

    mentos anexada nota consta que o coletivo

    saiu do Cais de Santa Rita s 23h18 a uma velo-

    cidade de 34,4 quilmetros e um minuto de-

    pois, s 23h19, estava a 61,3 quilmetros. A em-

    presa afirma que o motorista seu funcionrio

    h mais de 15 anos, tendo vrios cursos de

    capacitao, como direo preventiva e dire-

    o defensiva. Por fim, se solidariza com a fam-

    lia e refora que contribuir com a percia e in-

    vestigao.

    INQURITOS

    O inqurito relativo morte de CamilaMire-

    le ainda no foi concludo e o titular da Delega-

    cia de Represso a Delitos de Trnsito, New-

    son Motta, ter pela frente a investigao da

    morte deHarlynton Santos. Segundo ele, os de-

    poimentos do motorista e do cobrador da Vera

    Cruz dados delegada Patrcia Domingos,

    que chefiava o planto na noite da segunda-fei-

    ra ainda sero repassados para que ele possa

    iniciar as diligncias. Com relao ao caso de

    Camila, Motta afirmou que aguarda o resulta-

    do da percia do Instituto de Criminalstica, a

    ser realizada no veculo da linha Barro-Maca-

    xeira de onde a estudante caiu.

    k Continua na pgina 2

    k Prefeitura cria

    regras para instalao

    de parklets no Recife k 3

    Editores:

    Andr Malagueta Galvo [email protected]

    Betnia Santana [email protected]

    Fale conosco: (81) 3413.6187

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    k Festa junina

    leva alegria

    paramilhares

    de idosos k 4

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    CASO HARLYNTON Pouco mais de umms aps a morte de Camila, outro jovem cai do nibus e morre na volta para casa

    Reproduo/Facebook

    Fotos:BobbyFabisak/JCImagem

    A gente estava no Cais de Santa Rita esperando o nibus,

    que deu uma arrancada para sair. O jovem correu,

    segurou a porta e ficou batendo, mas o motorista no

    abriu a porta e nem parou o nibus, que subiu no

    meio-fio e bateu na grade verde de proteo. Foi isso que

    mais machucou o jovem, que reclamavamuito de dor,

    conta o barman Jos Antnio Alves, 28 anos

    A gente deu a mo para o nibus parar, mas omotorista

    queimou a parada. O rapaz se jogou e agarrou na porta.

    Alguns metros depois, o rapaz soltou-se e bateu na grade. O

    motorista, mesmo vendo tudo isso, no parou. Foi cruel e

    doloroso o que aconteceu. Tenho comrcio na cidade h 15

    anos e percebo que comum osmotoristas queimarem

    parada no fim da noite, denuncia Romero Oliveira, 44 anos

    k

    EdmarMelo/JCImagem

    incluik esportes

    qO relato de testemunhas

    MORTE Acidente aconteceu no Cais de

    Santa Rita, na segunda noite, e o IML s

    deve liberar o corpo de Harlynton (acima)

    hoje pela manh. Pai do