17.06.15
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Jornal do CommercioTRANSCRIPT
-
Aos leitores
UDIO
Garanhuns
Best of E3
q esportes
Cantora Ana Carolina abre
edio deste ano do Festival
de Inverno, que ocorre de 16
a 25 de julho. k caderno C 5
q caderno C
QUARTA-FEIRA
RenatoMota
Timbu ficou no 1x1 com o
Paysandu, na Arena, e foi a
17 pontos. Time no corre
risco de sair do G-4 da Srie
B. k cidades/esportes 5.......
q esportes
Concurso para Ministrio do
Planejamento e Escola
Nacional de Administrao
com 556 vagas. k economia 2
Especial do JC na web
pelos 60 anos da pea o Auto
da Compadecida registra
homenagens. Ator Matheus
Nachtergaele participou. k 6
Donos da calada
TEXTO VDEO
Se baterem a Colmbia, s
21h, pelo Grupo C da Copa
Amrica, Neymar e
companhia se garantem nas
quartas.k cidades/esportes 7
Cidades e Esportes esto
em um nico caderno.
Noticirio internacional e
nacional est em Economia
#ArianoeEu
AlexandreGondim/JCImagem
Jri dos 3 acusados damorte de Paulo Ricardo Gomes atingido
por um vaso sanitrio atirado da arquibancada doArruda foi
adiado para 2 de setembro. O sofrimento dame da vtima, Joelma
Valdevino (D), no tem fim. No tribunal, ontem, ela recebeu apoio
deHozineide Xavier, umame tambm assombrada pela violncia
no futebol pernambucano. k cidades/esportes 8 ........
Acordo entre presidente da
Cmara e PSDB favorece votao
para queda da maioridade penal
em casos especficos. k pgina 5
e economia 2 (jc negcios)
Balano de 2014 ser julgado
hoje. Relator do processo vai
votar pela rejeio, mas os
ministros esto divididos.
k pginas 4 (pinga-fogo) e 5
Dia decisivo para aposentadoria
DiegoNigro/JCImagem
k follow
Stars Wars: Battlefront (EA)
o grande vencedor da maior
feira de jogos eletrnicos do
mundo. k economia 4
Nutico empata e
segue vice-lder
RodrigoBuendia/AFP
Brasil joga no Chile
pela classificao
exemplardoassinante
O transporte pblico da RMR cenrio demais uma tragdia. Em
8 demaio, a universitria CamilaMirelemorreu ao cair de um
nibus. Agora, a vtima foi o universitrio Harlynton dos Santos,
que se chocou comuma grade tentando acessar um coletivo em
movimento na noite de segunda e faleceu namanh de ontem. A
polcia civil investiga os dois casos. k cidades 1, 2 e 4 (jc nas ruas)......
Extras no jc.com.br e no
jconline.com.br/digital
IMAGEM
Reduo da
maioridade
encaminhada
Hoje, a presidente Dilma vai decidir sobre a alterao da regra para se aposentar. H pelomenos trs possibilidades namesa. k economia 1
Empregos
Divulgao
k voz do leitor
Petrcio Guimares mostra
que pedestre sofre na R. Rego
Melo, nos Coelhos. k pgina 7
Contas
deDilma
dividemTCU
k Recife, 17 de junho de 2015 www.jconline.com.br -ano 97 - nmero 168 - R$ 2,00
-
Noticirio nacionalAgncia Estado (AE), Agncia Globo(AG), FolhapressNoticirio internacionalAgncia France Presse (AFP)Central de atendimento ao leitorGrande Recife: 3413.6100Interior e outros Estados:0800-081-5100Horrios6h30 s 18h30 - 2 a 6 feira6h30 s 11h30 - Sbados, domingose feriadose-mail: [email protected]
EndereoRua da Fundio, 257 - Santo AmaroRecife - PE CEP: 50.040.100Pabx: 3413.6110
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Diretor de RedaoLaurindo FerreiraDiretora-Adjuntade RedaoMaria Luza BorgesDiretora de Mercado LeitorVernica Barros
DiretoraAdministrativo-FinanceiraLuciane SallasDiretora ComercialRoseane GonalvesDiretor IndustrialSatyro Gil
DIRETORIA OPERACIONAL
DIRETORIA
Integrantes da FrenteNacional de Prefeitosencontram-se, hoje, com ospresidentes da Cmara dosDeputados e do SenadoFederal para debater opacto federativo e odesenvolvimento regional.
O s metrovirios dePernambuco reuni-ram-se em assem-bleia no incio da noite de on-tem e decidiram, por unani-midade, decretar estado degreve. Em campanha sala-rial, o grupo repudiou a pro-posta de reajuste feita pelaCompanhia Brasileira deTrens Urbanos (CBTU), de5%. A categoria pede 10% deaumento.Temos conscincia da cri-
se pela qual o Pas est pas-sando, mas acreditamos que10% um pedido totalmenterazovel. Caso a CBTU acateesse percentual, cobriremosa inflao acumulada no lti-mo ano, que ficou em tornodos 8%, e teremos um ganhoreal de 2%, explicou LeviArruda, diretor de Comuni-cao do Sindicato dos Me-trovirios de Pernambuco(Sindmetro-PE).Emestado de greve, ressal-
ta Levi, os trabalhadoresexercem suas funes nor-malmente e nenhum servio interrompido. O estado de
greve nadamais do que umalerta que os trabalhadoresdo empresa para evitaruma paralisao. Uma grevepropriamente dita s serrealizada se houver rompi-mento da negociao com aCBTU, o que ainda no ocor-reu, disse.A prxima rodada de nego-
ciaes da categoria ocorre-r entre os dias 30 de junhoe 3 de julho, em Braslia. Ogrupo, que ainda no agen-dou nenhuma outra assem-bleia, deve se reunir nova-mente aps esse encontro pa-ra definir os rumos do movi-mento.Ns, da diretoria do Sind-
metro-PE, vamos empreen-der esforos junto CBTU eaos rgos que tm gesto so-bre a empresa para encon-trar uma sada negociada pa-ra o encontro de Braslia.At l, a populao pode fi-car tranquila porque ometrvai funcionar normalmente,concluiu Arruda.
kAjudando a negociar
Choro e vela
kNegcios gelados
Erotismo
MERCADONACIONALEngenho de Mdia Recife(81) 3126.8181So Paulo (11) 3854.9030Braslia (61) 3328.5683Rio de Janeiro (21) 2213.0904www.engenhodemidia.com.br
VENDA AVULSA
PE..........Outros Estados
Dias teis ..........R$ 2,00 ....R$ 5,00Domingos R$ 3,00 R$ 6,00ExemplaresAtrasados R$ 6,00 R$ 6,00
Os exemplares do Jornal do Commercio de venda avulsa no socomercializados diretamente ao pblico.Neste caso, a venda feita por bancas de terceiros devidamenteautorizados pelas prefeituras, agentes autnomos e representantescomerciais credenciados (pessoas jurdicas), que adquirem o jornalpara revenda ao pblico. As assinaturas, com entrega domiciliar, sovendidas por representantes autnomos, empresas prestadoras deservio e funcionrios da Editora Jornal do Commercio.
Como num filme trgico, um fato absurdo que ocorreu hexatos 39 dias se repetiu ontem no Recife. O primeiro foicom uma jovem. O de agora, com um rapaz. O nibuscoletivo arrancou e esses usurios caram na rua com o carroem movimento. Morreram. No se pode dizer que essacoincidncia, num espao de tempo to curto, foi apenasuma fatalidade. Andar de nibus no Grande Recife passou aser uma aventura de altssimo risco. to perigoso quantoestar exposto violncia das ruas. Os usurios sabem que osatrasos dos nibus passaram a ser o normal e que oscoletivos esto sempre superlotados. A falta de preparo e oestresse dos motoristas tambm so recorrentes. Asocorrncias, portanto, so resultado da omisso do poderpblico que d concesso s empresas de nibus e no exigeboa qualidade na prestao do servio. E sobretudonegligncia das empresas de transporte coletivo, eficientessomente na hora de exigir aumento das tarifas.
Conservao damemria
IMPOSTOSCarga tributria (de produtos eservios aos consumidores)aproximada: 3,65%
Editores de Arte e Infografia:Bruno Falcone Stamford [email protected] Martins [email protected] Tenrio [email protected] conosco: (81) 3413.6482
O lder da Oposiona Assembleia
Legislativa, deputadoSilvio Costa Filho(PTB), sugere acriao de uma
comisso compostapor deputados
estaduais, servidorese sindicatos, paradialogar sobre a
pauta dereivindicaes das
mais diversascategorias do Estado,especialmente sobreo calendrio 2015 denegociao salarial.
O reprter ClaufeRodrigues, da GloboNews, vem ao Recifeamanh para entrevistaros poetas Raimundo deMoraes e Flvia Gomessobre literatura erticafeita em Pernambuco.
O Clube CarnavalescoMisto Lenhadoresprossegue com a Quartada Gafieira. O incio dafesta s 18 horas, nasede, rua Moambique,160, Mustardinha. Damasno pagam.
capa dois
ASSINATURASGrande Recife .................Interior s/classificados
Diria anual R$ 782,00 .........................................R$ 750,00
Diria semestral R$ 391,00 ..........................................R$ 375,00
Fins de semana anual R$ 260,00 .........................................R$ 249,00
Editor-assistente de abertura:Diana Moura [email protected] de fechamento:Rafael Carvalheira [email protected] conosco: (81) 3413.6408
kExpediente
BernardoSo
ares/A
cervoJC
Imag
em
A comisso mista queavalia a MP 671/2015, querefinancia dvidas de clubes,adiou a votao do relatriopela terceira vez. Seriaontem, mas o relator vai sereunir com representantesdos clubes hoje de manh.
Tiag
oCalazans/AcervoJC
Imag
em
PresidenteJoo Carlos Paes Mendona
Vice-PresidenteJaime de Queiroz Lima Filho
DiretorEduardo Amorim de Lemos
Tragdia cotidiana
MPdo Futebol
Enquanto a Zecas foi incorporada a outra rede desorvetes, a pernambucana FriSabor, que tem capacidadede produzir 5 milhes de litros de sorvetes e picols noano, inaugura mais uma loja, no bairro da Madalena. Comessa j so 25 unidades da sorveteria, e at o fim do anoh expectativas de chegar a 30. Esto previstas lojas emPorto de Galinhas e mais uma em Petrolina.
reprter jc
A Fundaj promover, entre 29 de junho e 1 de julho, ocurso Montagem Hermtica e Acondicionamento de Obrasde Arte. Quem assina o workshop o professor paulista RaulCarvalho Junior que foi responsvel pela restaurao deobras de Francisco Brennand e das imagens de Alejadinho.Inscries at dia 26 pelo email [email protected].
COMIT DE CONTEDO DO SJCCIvanildo Sampaio (Coordenador)
Eduardo LemosBeatriz IvoLcia Pontes
por e-mail: [email protected]/[email protected]
jornal do commercio
METROREC Transporte pblico vai seguir funcionando normalmente no Grande Recife
Metrovirios emestado de greve
k rpidas
S O PAULO RobertoCarlos foi eleito a Per-sonalidade do Ano pelaAcademia Latina da Gravaoe receber o prmio em even-to anterior festa do GrammyLatino, informou a organiza-o ontem.Falar do Brasil falar de
Roberto Carlos. Seu imensotalento, paixo e dedicao sua arte fizeram dele um dosmaiores cantores e composito-res da msica latina. comgrande orgulho que homena-geamos esse tesouro musicale estamos ansiosos por cele-brar sua carreira e seu ines-quecvel legado, disse Ga-briel Abaroa, presidente daAcademia.
A homenagem ser em 18de novembro no Hotel Man-dalay Bay, em Las Vegas, nosEstados Unidos, e contarcom a presena de artistas derenome que vo interpretarsucessos do rei. Parte do lu-cro do evento vai para a Fun-dao Cultural Latin Gram-my.
POLMICANo Brasil, Roberto Carlos
esteve envolvido em polmicarecentemente, quando impe-trou ao tentando impedir apublicao de uma biografiasua no autorizada. O Supre-mo Tribunal Federal (STF)deu ganho de causa ao autorda obra.
Fale conosco:
(81)3413.6174www.jc.com.br
Bailo
CAMPANHA SALARIAL Em negociao, categoria cobra reajuste salarial de 10% eressalta que s haver paralisao se as conversas com a CBTU forem rompidas
Oministro da Defesa, JaquesWagner, comunicou ontem aopresidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que aVenezuela autorizou o sobrevoo e o pouso de uma comitiva desenadores brasileiros em um avio da Fora Area Brasileira (FAB),amanh. Tambm participaram da reunio os senadores tucanosAcio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), que esto organizando aviagem. Segundo os senadores tucanos, a viagem ser um gesto desolidariedade aos oposicionistas ao governo de NicolsMaduro queesto presos no pas vizinho. Eles no vo poder visitas os presos.
FelipeRibeiro/A
cervoJC
Imag
em
Em sua primeira entrevista aps ser acusada por seus pais dementir sobre a cor de sua pele, a ativista Rachel Dolezal, 37 anos,afirmou que se v como negra. Dolezal, que branca e nasceuloira e com olhos azuis, disse ter comeado a se identificar comonegra aos cinco anos, quando se desenhava usando a cor marrom.O caso ganhou destaque depois que os pais revelaram que Dolezalmentia. Ela renunciou ao cargo de presidente do escritrio daAssociao Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, uma dasmais importantes entidades do movimento negro nos EUA.
kwww.jconline.com.br
04h08 - 2.4m10h30 - 0.2m16h36 - 2.3m22h45 - 0.3m
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FernandodaHora/JCIm
agem
Venezuela autoriza pouso de avioda FAB com comitiva de senadores
HOMENAGEM Cantor foi escolhido para Personalidade do Ano
Grammy sada Rei Roberto
Nos Estados Unidos, ativista brancaafirma se ver como negra
2 jornal do commercio Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira
-
Da redao com Agncia Estado
O
governador Paulo C-
mara (PSB) esteve on-
tem em Braslia para
uma reunio com o ministro
da Fazenda, Joaquim Levy, e
pediu uma reviso do Plano
de Ajuste Fiscal (PAF). Por
conta do atual cenrio econ-
mico, o socialista solicitou que
o auxiliar da presidente Dilma
Rousseff (PT) reveja a meta
de supervit primrio de Per-
nambuco dentro do PAF.
De acordo com Paulo, com
os ndices atuais, imposs-
vel alcanar a meta fiscal. O
ndice perseguido por Pernam-
buco, segundo o governador,
de R$ 225 milhes. Este ano,
as receitas esto crescendo
muito abaixo de qualquer pre-
viso feita em 2014. imposs-
vel cumprir a meta, disse, ao
sair do encontro com Joa-
quim Levy.
O secretrio estadual da Fa-
zenda, Mrcio Stefanni, que
acompanhou o governador na
audincia com Joaquim Levy,
ficou com amisso de enviar a
proposta pernambucana at a
prxima semana para ominis-
trio. O governo federal de-
ve, at meados de julho, ter
uma viso geral do que est
acontecendo em todos os Esta-
dos para ver o que possvel
fazer de acordo com a realida-
de, destacou Paulo Cmara.
Na avaliao do governa-
dor, o ministro se mostrou
disposio para rever os nme-
ros e adequar a meta dentro
da atual realidade econmica
estadual. No entanto, a solici-
tao de Paulo Cmara pode
esbarrar em um obstculo, j
que o ministrio da Fazenda
sabe que se abrir umpreceden-
te para Pernambuco ter que
atender a outros Estados inte-
ressados no mesmo benefcio.
Dessa forma, o governo fede-
ral pode receber uma contri-
buio menor para cumprir a
suameta de R$ 66,3 bilhes se
supervit a meta de econo-
mia dos governos estaduais pa-
ra 2015 de R$ 10 bilhes.
Paulo Cmara argumentou
que a falta de crescimento de
receita est impactando o re-
sultado primrio e explicou
que o PAF de Pernambuco
contemplava crescimento de
arrecadao com o ICMS de
8%. Mas, segundo ele, a reali-
dade que nos primeiros cin-
co meses deste ano a expan-
so foi de apenas 3,8%.
No incio deste ms, quan-
do o governo estadual divul-
gou o relatrio fiscal do qua-
drimestre em uma audincia
pblica na Assembleia Legisla-
tiva, verificou-se que a receita
estadual foi 1,7% menor entre
janeiro e abril em relao ao
mesmo perodo do ano passa-
do. Estamos analisando pon-
to a ponto porque quando a re-
ceita cai fica mais difcil cum-
prir a meta, ressaltou Paulo
aps a audincia com Levy.
Outro assunto tratado na
reunio foi a autorizao para
o Estado contratar novas ope-
raes de crdito, isto , para
que possa ir em busca de fi-
nanciamentos e assim realizar
investimentos em infraestrutu-
ra. No entanto, o ministro no
deu sinalizao quanto a no-
vas operaes. No primeiro
quadrimestre de 2014, os re-
cursos obtidos via operaes
de crdito somaram R$ 506
milhes. Este ano, no mesmo
perodo, o total foi R$ 37,6 mi-
lhes, 92% amenos.
poltica
Hub e China na
pauta emBraslia
impossvel
cumprirmeta
fiscal, diz Paulo
Arrecadao
ficou abaixo da
expectativa,
justificou Paulo
Financiamento vlido para o modelo Etios X Hatch 1.3 Flex 90 cv, ano/modelo 2015/2015
vista por R$ 40.390,00, entrada R$ 24.600,00 + 36 parcelas de R$ 487,56, total a prazo
R$ 17.552,34, IOF R$ 508,70, taxa de servio de R$ 950,00, CET a.a - 6,31%. Pintura metlica no inclusa. Etios X Sedan 1.5. Flex 96 cv ano/modelo 2015/2015 vista R$
44.710,00 Entrada R$ 26.900,00 + 36 parcelas de R$ 546,04, total a prazo R$ 19.657,59, IOF R$ 569,71, taxa de servio de R$ 950,00, CET a.a - 5,81%. Pintura metlica
no inclusa. Cadastro sujeito anlise e aprovao de crdito do Banco Toyota. Promoo vlida at 24/06/2015 ou enquanto durar o estoque, (10 unidades Etios Hatch, 8
unidades de Etios Sedan). Imagens meramente ilustrativas. Reservamo-nos o direito de corrigir qualquer erro grco e/ou digitao. AToyota oferece trs anos de garantia
de fbrica para toda a linha sem limite de quilometragem para uso particular, e trs anos ou 100.000 km (prevalecendo o que ocorrer primeiro) para uso comercial. Consulte
o livrete de garantia, o manual do proprietrio ou o site www.toyota.com.br para obter mais informaes. Itens e verses podero no estar disponveis nomercado brasileiro
no momento da compra.
Cinto de segurana salva vidas.
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Editores:
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Almda audincia comomi-
nistro da Fazenda, Joaquim
Levy, Paulo Cmara (PSB) te-
vemais dois compromissos on-
tem em Braslia. Ele se reuniu
com o ministro da Secretaria
de Aviao Civil, Eliseu Padi-
lha, e se encontrou com o em-
baixador da China no Brasil,
Li Jinzhang.
O encontro com o ministro
da Secretaria de Aviao Civil
ocorreu no gabinete do sena-
dor Fernando Bezerra Coelho
(PSB). L, os pernambucanos
trataram com Eliseu Padilha
sobre o hub (centro de voos na-
cionais e internacionais) que
Latam (grupo que rene a bra-
sileira TAM e a chilena LAN)
vai instalar no Nordeste.
Essa foi a segunda reunio
do governador com Eliseu Pa-
dilha para tratar do empreen-
dimento, que est em disputa
por Pernambuco, Cear e Rio
Grande do Norte. O governo
estadual tem articulado uma
srie de aes para reforar o
interesse no hub e na ltima
segunda-feira, promoveu uma
reunio suprapartidria com a
bancada federal no Palcio do
Campo das Princesas.
Alm do encontro com Eli-
seu Padilha, o governador pro-
grama uma srie de reunies
com foco no hub. Na prxima
semana, ele espera se encon-
trar com a presidente da
TAM, Claudia Sender, e com o
presidente da Infraero, Gusta-
vo do Vale.
CHINA
Na Embaixada da China, o
governador apresentou ao em-
baixador Li Jinzhang, diploma-
tas e empresrios os poten-
ciais de investimento no Esta-
do, especialmente nas rea de
infraestrutura, energia reno-
vvel e Porto de Suape. Paulo
Cmara retomou um dilogo
iniciado h trs anos pelo en-
to governador Eduardo Cam-
pos, que convidou Jinzhang
para uma visita ao Estado.
Pernambuco tem se destaca-
do como um bom parceiro pa-
ra os investidores, disse Pau-
lo.
REUNIO Stefanni, Paulo e Joaquim Levy: relato da situao fiscal do Estado para sensibilizar
GOVERNO O recado foi dado ontem pelo governador ao ministro
Joaquim Levy. Meta do supervit estadual de R$ 225 milhes
k
Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira jornal do commercio
3
-
kGeraldo Julio desconversa
kLuciana, nica deputada federal
kNa verso eletrnica da coluna
O Tribunal de Contas da Unio (TCU) marcou para hoje o
julgamento das contas da presidente Dilma Roussef (PT) de
2014. Existe uma grande expectativa quanto votao, porque
pela primeira vez na histria o TCU pode rejeitar as contas de
um presidente. Em levantamento preliminar sobre o possvel
voto dos ministros, revelou-se que a me do ex-governador
Eduardo Campos, Ana Arraes, ministra do tribunal, uma das
duas dvidas no julgamento que pode rejeitar ou aprovar as
contas da presidente Dilma.
A expectativa consequncia das pedaladas fiscais, que
foram reconhecidas pelo TCU em outro julgamento, em que o
ministro Jos Mcio Monteiro, outro pernambucano, teve (e
ainda tem) papel fundamental. No caso relatado por Mcio, o
tribunal concluiu: a primeira gesto Dilma praticou pedaladas, o
atraso sistemtico no repasse de dinheiro do Tesouro para os
bancos pblicos, por exemplo Caixa Econmica, que adiantou
o pagamento do Bolsa Famlia e engoliu o prejuzo at receber
do Tesouro o dinheiro do benefcio social. A operao, para o
TCU, foi utilizada diversas vezes em proporo bilionria, na
verdade uma srie de emprstimos de bancos pblicos, o que a
Lei de Responsabilidade Fiscal probe. Segundo o prprio TCU,
foram sacados mais de R$ 40 bilhes para engordar as contas
federais, maquiando a sade financeira da gesto Dilma.
Assim, esse primeiro caso, que j configurou as peladas, est
na fase de responsabilizao, para definir quem ser punido
entre 17 autoridades, como o ex-ministro da Fazenda Guido
Mantega e o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
O julgamento hoje vai decidir se a pedaladas devem ou no
implicar na rejeio das contas: a contagem preliminar deu 3 a
3, contando entre os apoios o voto de Mcio, e uma das duas
indefinies o voto de Ana Arraes. O presidente do TCU,
Aroldo Cedraz, s vota se der empate de 4 a 4.
Se vier a deciso indita, o caso vai para o Congresso. E a
fica srio, porque a questo ser inteiramente poltica.
Como vota Ana Arraes?
Ao dar entrevista na Rdio Jornal ontem, o prefeito Geraldo
Julio (PSB) voltou a desconversar quando abordado sobre as
eleies 2016, mesmo provocado sobre a movimentao de
aliados socialistas, a exemplo do PSDB e PDT. o ritual de
quem est na cadeira: como nico candidato claramente no
tabuleiro, tudo o que ele no quer dar munio para crticas.
O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) entrou na
Justia com uma ao popular em que pede a anulao do
contrato da PPP da Arena Pernambuco. Entre os pontos
levantados est o inexplicvel compromisso do governo
de trocar o corao do contrato, que previa no estdio 60
jogos por ano de Nutico, Santa Cruz e Sport, por uma
garantia em dinheiro, mudana na origem dos prejuzos
milionrios, questionados pelo TCE. No jc.com.br
Plano de Educao
mote de disputas
Ayrton Maciel
C
om uma emenda que
retira do texto original
encaminhado pelo Po-
der Executivo todas as refern-
cias a gnero, o plenrio da As-
sembleia Legislativa vota, hoje,
o projeto de lei que institui o
Plano Estadual de Educao
(PEE) 2015-2025, um progra-
ma de diretrizes emetas educa-
cionais para os prximos dez
anos. A emenda de plenrio a
segunda tentativa da bancada
evanglica, com apoio de ou-
tros deputados, de modificar o
Plano Estadual que est ali-
nhado ao Plano Nacional de
Educao nos pontos que fa-
lam sobre diversidade e forma-
o dos profissionais de educa-
o para abordar orientao se-
xual com jovens e adolescentes.
Apresentada pelo deputado
Pastor Cleiton Collins (PP), a
emenda uma tentativa de re-
verter a derrota da bancada
evanglica na Comisso de
Constituio, Legislao Justi-
a (CCLJ) da Alepe, na manh
de ontem, ao ser rejeitada por
cinco votos a quatro uma
emenda supressiva das ques-
tes de gnero no PEE decenal.
Foi necessrio o voto de miner-
va da presidente da CCLJ, Ra-
quel Lyra (PSB), para desempa-
tar. Em seguida, a comisso
aprovou o PEE original com as
referncias a gnero e orienta-
o sexual. A surpresa foi o l-
der da oposio, Slvio Costa Fi-
lho (PTB), que votou a favor da
emenda. No era inconstitucio-
nal. Quanto ao mrito, tem que
se discutir no plenrio, como to-
do projeto. A, eu votarei contra
a emenda, justificou-se.
tarde, deputados evangli-
cos protestaram contra amanu-
teno do texto original e anun-
ciaram vo tentar alter-lo na
sesso plenria de hoje. O prin-
cipal repdio meta 16.14 do
PEE que fala em ampliar e ga-
rantir polticas e projetos de for-
mao inicial e continuada dos
profissionais de educao sobre
gnero, diversidade e orienta-
o sexual para a promoo da
sade e dos direitos sociais e re-
produtivos de jovens e adoles-
centes e preveno de doen-
as. A bancada entende que ca-
be famlia, e no escola, a
abordagem sobre sexo aos fi-
lhos.
Tido como um moderado do
bloco evanglico, presbtero
Adalto Santos (PSB) radicali-
zou na tribuna, ameaando vo-
tar contra todo o Plano de Edu-
cao, mesmo sendo da base do
governo. Voc bota uma crian-
a na creche e o professor vai fa-
lar de orientao sexual? Que-
rem oficializar a pedofilia. No
artigo 2, que trata de formao
para o trabalho e a cidadania,
tem uma casca de banana. Isso
oficializar a prostituio, con-
denou, exaltado, Adalto.
A emenda foi rejeitada na
CCLJ por ser inconstitucional,
por ferir a liberdade e a indivi-
dualidade. O artigo 5 daConsti-
tuio Federal diz que todos
so iguais perante a lei, justifi-
cou o voto contra o relator, To-
ny Gel (PMDB). A questo de
gnero foi retirada do PlanoNa-
cional de Educao. O governo
federal que orientou a inclu-
so nos plano estaduais, criti-
cou Cleiton Collins. Nossa luta
para tirar a ideologia do gne-
ro do PEE, que abre brecha
muito grande para outras inter-
pretaes, destacou o evangli-
co Andr Ferreira (PMDB).
NaCmara, a polmica a pressa
Mariana Mesquita
OPlanoMunicipal de Educa-
o tambm foi alvo de discus-
so na Cmara Municipal do
Recife, na tarde de ontem. O
projeto de lei, sob o nmero
10/2015, foi enviado Casa pe-
lo prefeito Geraldo Julio (PSB)
na tarde da ltima segunda, 15,
faltando poucomais de uma se-
mana para que se expire o pra-
zo de sano e envio ao gover-
no federal, marcado para o pr-
ximo dia 24.
O prefeito pediu regime de
urgncia na apreciao domate-
rial, irritando alguns vereado-
res. O plano chegou em nossas
mos com atraso, numa sema-
na aindamais reduzida por con-
ta do feriado do So Joo. ab-
surdo pedir dispensa de prazo
(regimental) quando o que est
se discutindo o panorama dos
prximos dez anos para a Edu-
cao do municpio. Isso mos-
tra que o tema no est sendo
considerado como prioridade,
disse o presidente da Comisso
de Educao da Cmara, Andr
Rgis (PSDB).
Para a vereadora Isabella de
Roldo (PDT), que participou
como ouvinte da Conferncia
Municipal de Educao (Comu-
de), realizada no incio do ms,
a prefeitura deixou o processo
correr deriva. Mesmo com
o plano finalizado, a atual ges-
to no apresentou umdiagns-
tico preciso sobre a atual situa-
o do setor. Como se pode ela-
borar um planejamento de
aes sem saber onde se est pi-
sando? Quantas crianas esto
fora da escola? Qual a real ne-
cessidade em construir novas
escolas e em quais bairros? No
h nmeros nos quais se ba-
sear, criticou. Ela ocupou a ple-
nria para exortar os colegas a
no abrir mo do prazo regi-
mental estipulado para que ha-
ja anlise e eventual produo
de emendas. Quem perdeu o
prazo foi a prefeitura, que teve
um ano para cumprir as exign-
cias doMEC, destacou.
De acordo com o diretor do
departamento legislativo da C-
mara, Paulo Rogrio Nascimen-
to, os projetos de lei tm que
obrigatoriamente passar pelas
comisses especializadas (no
caso do PL 10/2015, as de Edu-
cao e de Legislao e Justi-
a), que realizam audincias p-
blicas. Geralmente, o prazo pa-
ra as comisses analisarem os
projetos de lei e haver a apre-
sentao de emendas de no
mnimo dez dias.
Porm, no ilegal, e nem se-
quer incomum, haver o pedido
de dispensa do prazo regula-
mentar. Se o lder do governo
pedir a antecipao do prazo
de recebimento de emendas e
3/5 dos demais lderes concor-
darem, o prazo final do dia 24
poder ser cumprido, avaliou
Rogrio. Resta agora Cmara
a tarefa de decidir se mantm a
votao no tempo regular, dei-
xando o Recife sem plano de
Educao e em desobedincia
ao determinado pela lei federal,
ou se aprova sem discutir um
projeto de lei de tanta importn-
cia para o futuro da cidade.
pinga-fogo
Giovanni Sandes
twitter:@pingafogojc
telefone: (81) 3413.6531
A propsito da cota
para mulheres na
Cmara Federal, ideia
rejeitada ontem por
falta de votos, elas so
50% do eleitorado no
Brasil, mas s ocupam
10% das cadeiras da
Casa. Aqui no Estado,
das 25 vagas, temos
apenas uma deputada
federal, Luciana
Santos (PCdoB). E ela
ontem defendeu a
cota em discurso no
plenrio da Cmara.
Na Assembleia elas
so 10% 5 de 49
parlamentares.
www.jconline.com.br
RobertoSoares/Alepe
LEGISLATIVO Na Alepe, Plano Estadual de Educao vai votao com a oposio da
bancada evanglica que tenta retirar do projeto qualquer referncia questo de gnero
ClemilsonCampos/AcervoJCImagem
Depois da falta,... ...o protelamento
Edilson vai Justia contra a Arena
EdmarMelo/JCImagem
poltica
ADALTO Querem oficializar a pedofilia, disse o deputado
ISABELLA Crtica gesto pela demora no envio do projeto
Semana passada o ministro
da Fazenda, Joaquim Levy,
ficou em falta com o
governador Paulo Cmara
(PSB) por cancelar a reunio
para acompanhar a votao
do ajuste fiscal. Na reunio
de ontem, a falta foi outra.
A preocupao de Paulo
com o demorado rito de
emprstimos no setor
pblico, de 6 meses a 2
anos at o dinheiro chegar.
Levy proibiu os Estados de
tomarem crdito. E s quer
falar do tema em julho.
4
jornal do commercio Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira
-
Contas deDilma por um fio
AlexFerreira/CmaradosDeputados
Folhapress
B
RASLIA Aps
atropelar a tentativa
de acerto entre os ri-
vais PT e PSDB sobre o te-
ma, o presidente da Cma-
ra, EduardoCunha (PMDB-
RJ), fechou ontem acordo
com os tucanos para apro-
var a reduo da maiorida-
de penal no Brasil de 18 pa-
ra 16 anos. Com o apoio de
pelo menos outros seis par-
tidos, a adeso proposta
foi selada oficialmente e de-
ver ser aprovada hoje na
comisso especial da Casa.
Na prxima semana, o as-
sunto ser levado para o ple-
nrio da Cmara. Se aprova-
do, segue para o Senado.
Mais cedo, o ministro Jo-
s Eduardo Cardozo (Justi-
a) declarara em audincia
na Comisso de Direitos
Humanos da Cmara ser fa-
vorvel, com ajustes, ao pro-
jeto do senador tucano Jos
Serra (SP), que amplia o
tempo de internao do jo-
vens infratores de trs para
dez anos.
O senador petista Jos Pi-
mentel (CE), relator da pro-
posta no Senado, apresen-
tou parecer na mesma li-
nha, com algumasmodifica-
es em relao ao texto de
Serra. Entre elas, a amplia-
o do prazo mximo de
internao para oito anos, e
no dez.
A iniciativa do Palcio do
Planalto de encampar esse
projeto tinha o objetivo de
barrar a aprovao da redu-
o da maioridade. Boa
parte da violncia coman-
dada de dentro dos pres-
dios. Vamos colocar adoles-
centes dentro dos presdios
para serem capturados por
essas organizaes crimino-
sas?, questionou Jos
Eduardo Cardozo.
Ele acrescentou que as ca-
deias brasileiras so como
uma verdadeira escola de
crimes. Em 2012, Cardozo
classificou o sistema prisio-
nal brasileiro como medie-
val e disse que preferiamor-
rer a cumprir pena em uma
priso do pas.
O texto acertado entre
Cunha e os tucanos prev a
reduo da maioridade pa-
ra os casos de crime hedion-
do (como estupro e latroc-
nio), leso corporal grave e
roubo qualificado.
Segundo estudo divulga-
do pelo Instituto de Pesqui-
sa Econmica Aplicada
(Ipea) ontem, apenas 12,7%
das infraes cometidas
por menores de idade em
2013 so consideradas gra-
ves.
Pressionado por Cunha, o
PSDB aceitou retirar do pro-
jeto que serviu de base para
o acordo, do senador Aloy-
sio Nunes Ferreira (PSDB-
SP), o ponto que daria ao
Ministrio Pblico o poder,
na anlise caso a caso, de
no aplicar a reduo da
maioridade.
Folhapress
B
RASLIA Diante de
investigados pelo Su-
premo Tribunal Fede-
ral naOperao Lava Jato, o ad-
vogado Luiz Edson Fachin, 58,
assumiu ontem o cargo de mi-
nistro da corte. Ele ocupa a va-
ga aberta aps a sada de Joa-
quim Barbosa, h cerca de um
ano. Com a nomeao, o STF es-
t completo, com 11 ministros.
Em cerca de 15 minutos, sem
discursos, Fachin foi empossa-
do em uma sesso acompanha-
da pelos presidentes do Senado
e da Cmara, Renan Calheiros
(PMDB-AL) e Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), pelo procurador-
geral da Repblica, Rodrigo Ja-
not, por ministros do STF e de
Estado e pelo vice-presidente
da Repblica, Michel Temer.
A presidente Dilma Rousseff,
que indicou Fachin, no foi ao
evento. Quando o ministro foi
sabatinado no Senado, Renan
atuou nos bastidores para der-
rubar a indicao, sem sucesso
Fachin foi aprovado por 52
dos 81 senadores.
O peemedebista sentou-se ao
lado de Janot, que pediu a aber-
tura de inqurito contra autori-
dades sob suspeita na Lava Ja-
to. A atuao do procuradormo-
tivou retaliaes de Cunha e Re-
nan, que ameaam barrar sua
reconduo ao cargo, em setem-
bro.
O clima entre Janot e Renan
ontem, entretanto, foi cordial.
O procurador chegou a falar ao
p do ouvido do peemedebista
durante a cerimnia, ao que o
senador sorriu e assentiu com a
cabea.
Outros investigados na Lava
Jato tambm estiveram na pos-
se do novo ministro: os senado-
res Gleisi Hoffmann (PT-PR),
Valdir Raupp (PMDB-RO), Be-
nedito de Lira (PP-AL) e Fer-
nando Bezerra (PSB-PE), alm
do governador do Rio, Luiz Fer-
nando Pezo (PMDB).
Como os parlamentares tm
foro privilegiado, so investiga-
dos pelo STF. No caso de
Pezo, quem investiga o Supe-
rior Tribunal de Justia.
Ao chegarem posse, Temer
e o ministro Jos Eduardo Car-
dozo (Justia) foram vaiados
na entrada principal do edifcio
por servidores do Judicirio. A
categoria reivindica a aprova-
o noCongresso de reajuste sa-
larial entre 53% e 78,5% o go-
verno resiste por temer impac-
to nas contas pblicas, mas o
Supremo a favor do reajuste.
Um grupo de manifestantes
contra Dilma promoveu buzi-
nao, atrapalhando a sesso.
CarlosHumberto/STF
Planalto certo da
punio aMantega
NARDES No farei como se faz todos os anos aqui no TCU. No aprovarei com ressalvas
ElzaFiuza/AgnciaBrasil
PT tenta reverter convocao
www.jconline.com.br
Reduo da maioridade avana
SOLENIDADE Com Fachin, STF volta a ter seus 11 ministros
TCU Relator das contas da presidente de 2014, o ministro Augusto Nardes indica que recomendar a rejeio. O julgamento ser hoje
Agncia Estado
B
RASLIA O ministro
do Tribunal de Contas
daUnio (TCU)Augus-
to Nardes, relator do processo
que avalia as contas da presiden-
te Dilma Rousseff de 2014, afir-
mou ontem que no votar pela
aprovao do balano apresenta-
do pelo governo. A corte se re-
ne hoje para o julgamento, mas
seus noveministros esto racha-
dos sobre qual posio tomar.
Num encontro a portas fecha-
das, na noite de ontem, eles dis-
cutiam a possibilidade de adiar
a sesso para que a presidente
Dilma, nas prximas semanas,
seja ouvida sobre as irregulari-
dades apontadas nos relatrios
sobre a situao contbil, finan-
ceira, patrimonial e orament-
ria da Unio.
A reportagem apurou que o
tema foi discutido entre os mi-
nistros, porque a corte de con-
tas foi avisada por sua prpria
rea tcnica sobre a eventual ne-
cessidade de ter que abrir espa-
o para o contraditrio do go-
verno. O alerta feito pelos tcni-
cos remete a uma deciso toma-
da pelo SupremoTribunal Fede-
ral, que no passado j deu pare-
cer favorvel ao ento governa-
dor de Pernambuco, Miguel Ar-
raes, aps a emisso de umpare-
cer prvio do Tribunal de Con-
tas do Estado que rejeitava suas
contas.
O relatrio tcnico dos audito-
res do tribunal, revelado no s-
bado, aponta distores de R$
281 bilhes no Balano Geral da
Unio de 2014 entregue pelo go-
verno ao TCU em abril. Entre
essas distores estoR$ 37,1 bi-
lhes referentes s chamadas
pedaladas fiscais, que so atra-
sos propositais no repasse de re-
cursos pblicos para bancos e
autarquias. Esse dinheiro dei-
xou de ser registrado pelo gover-
no no balano e so citados pe-
los auditores como passivos
ocultos nas contas federais.
Pouco antes de se encontrar
com os demais ministros do tri-
bunal para uma reunio prepa-
ratria ao julgamento, ontem,
Nardes afirmou que no seguir
a posio tradicional da corte,
de aprovar as contas do gover-
no, fazendo apenas ressalvas
por conta das distores.
No farei como se faz todos os
anos aqui no TCU. No aprova-
rei com ressalvas, declarou.
Mais cedo, em conversas reser-
vadas com autoridades da corte,
Nardes explicou que sua posi-
o ser por considerar as con-
tas irregulares.
O Palcio do Planalto escalou
trs ministros para tentar evitar
que uma deciso adversa no
TCU abra uma crise no Con-
gresso e suscite discusses so-
bre o impeachment. Percorre-
ram os gabinetes do ministros
do TCU os titulares da Casa Ci-
vil, Aloizio Mercadante, do Pla-
nejamento, Nelson Barbosa, e
da Advocacia-Geral da Unio
(AGU), Lus Incio Adams.
Parlamentares de oposio es-
tiveram comAugustoNardes. O
presidente do PSDB, Acio Ne-
ves, disse que o Congresso ir
analisar o relatrio sobre as con-
tas independentemente do re-
sultado do julgamento. Os parla-
mentares tm o poder de man-
ter a recomendao do TCU ou
modific-la.
Folhapress e Agncia Estado
B
RASLIA Aps terem
levado bronca do ex-
presidente Lula por te-
remdeixado aprovar a convoca-
o do chefe de seu instituto, pe-
tistas compareceram em peso
CPI da Petrobras ontem e arti-
cularam um contra-ataque que
inclui um recurso para tentar
derrubar a ida do presidente do
Instituto Lula, Paulo Okamotto,
comisso. A bancada estuda
solicitar ao plenrio da Cmara
que reavalie a convocao. O re-
querimento relativo ao brao-di-
reito de Lula foi aprovado em
bloco, junto com outros 139, na
sesso da ltima quinta (11). Na
avaliao de petistas, porm, os
requerimentos deveriam ter si-
do votados separadamente.
OPT tambmestuda protoco-
lar pedido de convocao de al-
gum integrante do Instituto Fer-
nando Henrique Cardoso, sob o
argumento de que o ex-presi-
dente tucano tambm recebeu
doaes da Camargo Corra, in-
vestigada na Operao Lava Ja-
to, que apura um esquema de
corrupo na Petrobras.
A estratgia do PT foi comu-
nicada ao Planalto. Integrantes
do governo afirmaram que petis-
tas querem constranger o presi-
dente da CPI, deputado Hugo
Motta (PMDB-PB), a apreciar o
requerimento relativo ao Insti-
tuto FHC. Peemedebistas, entre-
tanto, j admitem nos bastido-
res que a ofensiva contra o tuca-
no deve ser barrada, o que deve
gerar novo foco de desgaste en-
tre PMDB e PT.
CORRA
O filho do ex-deputado Pe-
dro Corra (PP-PE), preso no
Mensalo e na Operao Lava
Jato, disse Justia que rece-
beu R$ 35 mil do doleiro Alber-
to Youssef. Em documento de
defesa acusao de lavagem
de dinheiro, feita pelo Minist-
rio Pblico Federal, Fbio
Corra confirmou que foi ao es-
critrio de Youssef, persona-
gem central da Lava Jato. Se-
gundo ele, os R$ 35 mil se refe-
riam a uma dvida entre seu
pai e o ex-deputado Jos Jane-
ne (morto em 2010), pela ven-
da de animais, e assumida pelo
doleiro.
Na denncia Justia, o
MPF afirmou que Fbio ale-
gou que no se recordava de ter
comparecido ao escritrio de Al-
berto Youssef em So Paulo. A
Procuradoria aponta que, entre
14 demaio de 2004 e 17 demar-
o de 2014, Pedro Corra rece-
beu propina pormeio de emiss-
rios, no escritrio do doleiro,
entre eles, Fbio Corra, Mr-
cia Danzi (suamulher) em valo-
res que giravam em torno de R$
50mil e R$ 200mil. A portaria
de entrada do escritrio de
Youssef registrou que Fbio foi
ao local em pelo menos 33 oca-
sies.
poltica
CUNHA Fechou acordo com os tucanos para votar projeto
Luiz Fachin toma
posse no Supremo
Agncia Estado
BRASLIA O governo j re-
cebeu indicaes de que o ex-mi-
nistro da Fazenda, GuidoMante-
ga, e o ex-secretrio do Tesouro
Nacional, Arno Augustin, deve-
ro ser responsabilizados pelo
TCUno julgamento das pedala-
das fiscais atrasos nos paga-
mentos para melhorar o resulta-
do das contas pblicas.
A punio aos dois integran-
tes da equipe econmica dada
como certa em vrios gabinetes
da Esplanada dos Ministrios e
no Palcio do Planalto depois
que aumentou o risco de rejei-
o das contas da presidente em
2014, em julgamento marcado
para hoje.
Os julgamentos so separa-
dos, mas o uso das pedaladas fis-
cais est no centro do debate
das contas da presidente pelo
TCU. Aps a discusso tcnica,
o processo das pedaladas do
TCU, segundo fontes, teria en-
trado na esfera poltica, com a
necessidade de punir os princi-
pais responsveis.
A avaliao, segundo fontes,
de que ter de haver punio de-
pois que o plenrio doTCU con-
siderou, em deciso de 15 de
abril, que o governo cometeu cri-
me de responsabilidade fiscal ao
utilizar recursos de bancos p-
blicos para inflar artificialmente
seus resultados e melhorar as
contas da Unio. Para o TCU, as
operaes contrariam a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
O julgamento ainda no tem
data marcada, mas o relator do
processo, ministro Jos Mcio
Monteiro, recebeu as ltimas de-
fesas da lista de 17 autoridades
do governo que tiveramde expli-
car as operaes.
A AGU coordenou as defesas
apresentadas ao TCU. A expec-
tativa de que as outras autori-
dades citadas no processo, co-
moosministros Alexandre Tom-
bini (Banco Central) e Nelson
Barbosa (Planejamento), no se-
jam consideradas culpadas.
Barbosa foi um dos ministros
escalados para convencer inte-
grantes do TCU a no votarem
pela rejeio das contas da presi-
dente Dilma Rousseff.
Alm de Tombini e Barbosa,
o TCU ouviu explicaes do
atual presidente da Petrobras e
ex-presidente do Banco do Bra-
sil, Aldemir Bendine; do minis-
tro do Trabalho, Manoel Dias;
do ex-presidente da Caixa Jorge
Hereda, e do presidente do BN-
DES, Luciano Coutinho. A re-
portagem procurou, sem suces-
so, o ex-ministro Guido Mante-
ga e o ex-secretrio ArnoAugus-
tin.
Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira jornal do commercio
5
-
Viso em cor
Todas as vezes que
Josete passava
frente daminha
casameus olhos
faiscavam
Ftima Quintas
C
onheci Josete quando ela ti-
nha 22 anos. Eu, 17, uma pe-
quena diferena, que crescia,
todavia, em face da poca, ou seja, mea-
dos da dcada de 60 do sculo passa-
do. Alta, loura, cabelos cacheados, pos-
sua uma beleza estonteante. Tempera-
mento firme no hesitava diante das
circunstncias, fazia o que gostava e
desprezava comentrios alheios. Na-
morava vontade, expunha sem restri-
es um comportamento extrovertido;
riso franco, frases certeiras, uma inde-
pendncia bem dosada, pois no ultra-
passava os limites. Respeitava sabia-
mente o tamanho de seu passo. Tela
em cores berrantes. Tal retrato era nar-
rado por seus pais em raras reunies
sociais da vizinhana.
Todas as vezes que Josete passava
frente da minha casa, na Rua Neto de
Mendona, 242, meus olhos faisca-
vam. Elegante, porte herldico, cabea
erguida, desfilava ignorando os sussur-
ros que porventura eclodissem ao em-
balo da ventania. Ela pouco ou nada se
arreliava. Caminho traado.
Morava perto do Country Clube, na
Avenida Rosa e Silva, portanto, um tan-
to distante da nossa residncia; regozi-
java-lhe deambular ao final da tarde,
quando o sol declinava. Uma andeja
que se alimentava do prprio charme,
espalhando-o pela vizinhana. Todos a
conheciam na sedutora travessia. Ad-
miravam-na ou odiavam-na. Afinal,
destoava do modelo padro das jovens
daquela dcada. Por vrias vezes ten-
tei aproximar-me; recuava, entretanto.
A timidez sempre me perseguiu, por
longos meses aplaudi e mesmo invejei
a sua ousadia. Perguntava-me: por que
no desbastar a fronteira e tentar falar-
lhe? Conversar apenas. Senti-la na inti-
midade. Confesso que retive vrias ve-
zes o mpeto de abord-la, de cascavi-
lhar a sua mente, de alcanar a alma.
Qual o qu!? Sempre estive de tocaia
no mundo, talvez meus passos tenham
sido to lentos que me percebo em
atraso na vida. H um alto muro a blo-
quear-me, nunca tive foras para atra-
vess-lo. O arquivo do tempo me mos-
tra tantas interrupes, que neste mo-
mento, me aflige inventari-las. A vida
no permite retrocessos. Ento...
Entre Josete e eu existia um inco-
mensurvel abismo: uma, fantastica-
mente visvel; a outra, absolutamente
invisvel. Se os holofotes recaam na
mulher plena de energia, extraindo do
cotidiano o sumo que lhe cabia, em
mim, as luzes pouco alumiavam. No
prevaleciam intermezzos; sim, um hia-
to com slidas muralhas. No caderno
de apontamentos, escrevi pginas e p-
ginas de um premeditado dilogo. Che-
guei a treinar as frases; decorei-as
em vo.
At que um dia Josete no apareceu,
foram semanas de espera... o vazio de
mim se apoderava, alguma coisa que
parecia perdida, sobretudo pela ausn-
cia de palavras. Ah! As palavras! Fa-
zem parte do pensamento e rogam por
serem verbalizadas ou escritas. Aprisio-
nadas no consciente ou inconsciente,
reclamam pelo grito de desabafo.
E era quarta-feira e era dia de sol e
era ms de novembro e era quase cre-
psculo e era Josete que surgia de re-
pente e era ela e era a certeza de um
prximo encontro. Abri o porto num
ato inopinado. Entranhava-se-me uma
coragem desconhecida. Mas ela falou
de imediato, interrompendomeu brus-
co gesto: Aprendi a gostar de voc pe-
lo seu silncio, a discrio me encanta-
va, a meiguice me extasiava, sempre a
reverenciei na sua introspeco. So-
mos diferentes na aparncia; o tempo
me ensinou a escalar a montanha com
exagero, tenho pressa de tocar no sol,
corro demais e no chego em lugar al-
gum... Necessito que o mundo me en-
xergue. Careo de aplausos. Sonho
pouco, a realidade torceu os desejos.
No sei o que a vida. Existo toa. Pre-
ciso descobrir-me. Todas as vezes que
passo por aqui adoro v-la, atrs do
porto, com a beleza preservada pelo
pudor... Vou morar no Rio Grande do
Sul em casa de umprimo, viajarei sba-
do. No fale, continue em silncio, pre-
firo guardar a imagem de um quadro
impressionista.
H quantos anos o rosto de Josete
existe nomeu imaginrio? Talvez nun-
ca dele se desprenda, sobretudo por-
que o mistrio se mantm intocado.
k Ftima Quintas presidente da
Academia Pernambucana de Letras
O fgaro
Liberdade prvia
opinio JC
q Chargek ronaldo
q editorial
A
deciso do Supremo Tribunal
Federal (STF) pelo direito de
publicao de biografias sem a
autorizao dos biografados ou de seus
herdeiros deve ser celebrada como o re-
conhecimento mximo s prerrogati-
vas da liberdade de expresso no Pas.
No por acaso, foi ampla a repercusso
namdia e nomeio poltico. Trata-se de
uma importante conquista, na interpre-
tao constitucional sobre o uso bsico
da informao, interpretao que alcan-
a toda a sociedade a partir do fortaleci-
mento da prpria democracia.
O STF examinou a questo pelo vis
do confronto entre liberdade e privaci-
dade. Sempre controverso, o debate a
respeito do assunto costuma ser polmi-
co, e poderia ser interminvel. Por isso,
os pressupostos levantados pelos juzes
tiveramvalor didtico, apontando o fun-
damento que deve embasar a discusso,
destacando princpios a serem tomados
como imprescindveis ao exerccio da
expresso livre de qualquer atividade
intelectual e artstica, salvaguardando o
direito de manifestao do pensamento
a qualquer indivduo, conforme inscrito
e garantido na Constituio.
A procedncia da Ao Direta de In-
constitucionalidade (Adin) nmero
4815, em deciso unnime dos novema-
gistrados votantes, afirmou ser inexi-
gvel a autorizao prvia para a publi-
cao de biografias. A Adin foi movida
pela Associao Nacional de Editores
de Livros, mas a deciso abrange a pro-
duo de obras literrias ou audiovi-
suais, liberando, portanto, alm dos li-
vros, os filmes, novelas e seriados com
teor biogrfico da possibilidade de cen-
sura prvia pelo personagem biografa-
do ou seus familiares.
Aministra Crmen Lcia foi a relato-
ra, e teve tempo suficiente para se de-
bruar sobre a matria: a audincia p-
blica com a participao de 17 exposito-
res acerca do assunto aconteceu h qua-
se um ano e meio, em novembro de
2013. De acordo com o voto da minis-
tra, a Constituio probe toda e qual-
quer censura de natureza poltica, ideo-
lgica e artstica. Assim, os artigos 20 e
21 do Cdigo Civil que vale menos do
que a Constituio questionados pela
Adin, no podem impedir o direito de
criao e expresso de obras literrias.
A imposio de restries ao exerccio
de liberdades no permitida ao Cdi-
go Civil, ressaltou Crmen Lcia, que
ainda afirmou que no calando-se a
palavra e amordaando a histria que
se cumpre a Constituio.
O entendimento do STF ratifica a no-
o de que, sendo a liberdade prvia, ao
invs da censura, qualquer informao
equivocada ou ofensiva externada, con-
siderada abuso do direito expresso,
deve ser objeto de reparao, direito de
resposta ou responsabilizao penal, co-
mo pontuou em seu voto o ministro
Lus Roberto Barroso. Na prtica, a de-
ciso do Supremo configura mais um
passo importante na consolidao do
processo democrtico nacional, como
assinalou o ministro Celso de Mello, o
decano da Corte. O peso da censura,
ningum o suporta, disse ele, na expla-
nao da deciso que deixou mais leve
todo o Pas.
Corrupo
Diretor de Redao:
Laurindo Ferreira [email protected]
Diretora-Adjunta de Redao:
Maria Luiza Borges [email protected]
kOs textos assinados publicados emOpinio e Voz do Leitor no refletem necessariamente a posio do Jornal do Commercio. O JC se reserva o direito de editar e de adaptar os textos linguagem jornalstica.
Regina De Biase
Q
uando foi anunciada que a re-
forma roltica, finalmente se-
ria debatida e votada pelos
parlamentares, acredito que
eu e todos os brasileiros, que ainda
acreditam em um Brasil melhor, respi-
raram aliviados. Mesmo sendo pessi-
mista, procurei mudar minha maneira
de pensar e acreditar que tudo iria me-
lhorar. A presidente Dilma Roussef,
em seu discurso de posse, foi super en-
ftica, isto quando disse que a priorida-
de nmero um do seu segundo gover-
no seria o combate corrupo e, para
isso acontecer, seria feita uma grande
reforma poltica. O dia anunciado che-
gou.
Esperana no corao e, finalmente,
incio das votaes por temas. Cada
aprovao era comemorada pelos depu-
tados como uma vitria pessoal e no
do povo brasileiro, o qual eles foram
eleitos para representar. Nada saiu co-
mo espervamos. Mais uma decepo.
Tiveram a grande chance de modificar
vrios temas, como fim das coligaes,
fim do voto obrigatrio, etc.. Tiveram,
ainda, a grande chance de atender ao
grito das ruas, mas preferiram fechar
os ouvidos e votar dentro de suas con-
venincias. Ainda havia uma esperan-
a, o fim da doao empresarial de cam-
panha aos candidatos e aos partidos po-
lticos. No dia 26/5/2015 foi votado o
fim da doao privada de campanha
aos partidos e candidatos, bingo, vit-
ria em favor do combate a corrupo,
porm, em face da absurda e inconstitu-
cional manobra arquitetada pelo presi-
dente, deputado Eduardo Cunha, foi
feito uma nova votao sobre o mesmo
tema e o resultado foi o seguinte: 141
parlamentares votaram No, contr-
rios, portanto, permanncia de doa-
es a partidos e candidatos, tudo no
sentido de dificultar o pagamento de
propinas e aumento da corrupo, e
330 deputados votaram Sim, favorveis
permanncia da doao das empresas
aos partidos polticos e, doao direta-
mente ao candidato, s se for pessoa f-
sica, mesmo que esse dinheiro de pes-
soa fsica saia da mesma empresa. Des-
ta forma, nadamudou, apenas amanei-
ra de transferir as doaes para o candi-
dato e para os partidos. Mesmo saben-
do que a permanncia das doaes de
empresas tem contribudo para o au-
mento da corrupo, por intermdio
do sobrepreo em todas as obras pbli-
cas, das concorrncias fraudulentas e
direcionadas s empresas que pagam
propina, criao de empresas fantasma
e empresas de consultorias para paga-
mentos de propinas atravs dessas em-
presas, sem que os servios tenham si-
do realizados, os parlamentares vota-
ram e aprovaram medidas que, certa-
mente, vo assegurar a continuidade
da corrupo. Na verdade, a transfern-
cia de recursos, chamada pelos parla-
mentares de doaes voluntrias aos
partidos polticos e candidatos, dita
por eles tratar-se de pura e simples
ideologia partidria, inaceitvel. Res-
ta, por fim, a sensao de tristeza, mis-
turada com decepo e frustao, pois,
atravs desse posicionamento dos par-
lamentares, poderemos dizer: institu-
cionalizaram a corrupo, e o pior,
com a ajuda da oposio.
k Regina De Biase arquiteta
Arthur Carvalho
Q
uem me levou, pela primeira
vez, pra cortar cabelo com
ele foi OdilonMaroja. Naque-
le tempo, Machado era o bar-
beiro da moda dos jogadores de fute-
bol. A gente chegava no salo Diacu,
defronte do So Domingos, estavam l:
Jorge de Castro, Gago, Zingoni, Eloi,
Aldemar, Lanzoninho e outros.
Ns, integrantes do juvenil do Sport,
bicampeo pernambucano (54-55), a-
mos na onda dos profissionais. Com o
tempo cada um seguiu seu caminho:
Manga foi pro Botafogo, Almir, pro
Vasco, Elcyr, pro Palmeiras, Hernani,
pro Treze de Campina Grande, Mai-
nha, pro Santa Cruz e Nei Pavo, Ziza,
Marcelino, Geca, Nilson, Lo e Fernan-
dinho deixaram a redonda.
Machado era baixo, magro e plido:
o tipo clssico do amarelinho. Bigode a
Errol Flyn, sempre bem penteado, ca-
beleira CornelWilde, os olhos midos,
irnicos e inquietos. Conhecia quando
o fregus estava bem-humorado ou de
saco cheio. Se o camarada sentasse, pe-
gasse O Cruzeiro (naquela poca s da-
va O Cruzeiro) e se enterrasse nele,
no abria o bico. Essa a maior virtu-
de que um barbeiro pode ter. Nada de
forar papo. Caso nossa amizade gos-
tasse de muita conversa, Machado en-
grenava um pl firme: tinha muito o
que contar. medida em que ia falan-
do (baixo), aparava um fio de cabelo
aqui, outro ali, com um cuidado e uma
mincia que impressionavam e satisfa-
ziam quem estava na cadeira, e impa-
cientavam os que esperavam. Mas isso
no o preocupava. Se o governador
aguardava a vez, problema dele.
No havia possibilidade de o sujeito
experimentar o corte de Machado,
sem ficar fregus. Cultivava a higiene
como nenhum outro colega de profis-
so. Com os frequentadores mais anti-
gos, gostava de fazer a seguinte graci-
nha, ao tirar-lhes a barba, parando
com a lmina em cima do pescoo:
- Repita agora o que disse de
mim ao meu cunhado! V, repita!
- Acaba com isso, Machado!
- Acaba nada. No homem no?
- Deixa disso, rapaz!
- Vai, valente, no garante as calas
no?
Durante cinco anos, baixei no Dia-
cu por causa dele. Quando o salo da
Quatro e Quatrocentos, da Rua Nova,
comprou seu passe, levou consigo toda
Federao Pernambucana de Futebol.
A Quatro e Quatrocentos desabou,
morreu gente, ele escapou (provavel-
mente dentro de uma gaveta) e foi ba-
ter no Suez.
k Arthur Carvalho da Academia
Pernambucana de Letras
www.jconline.com.br
k
6
jornal do commercio Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira
-
grande o descaso daadministrao municipal coma Rua Crceres, em Piedade.A via consta como calada naPrefeitura de Jaboato dosGuararapes. Mas a situaoest ficando mais difcil acada dia. Para sair docondomnio onde moro necessrio pisar na gua, poisos buracos e a lama saumentam.
k Sandra [email protected]
So frequentes os assaltos nosbairros do Sancho, Tot e JardimSo Paulo, na Zona Oeste doRecife. Ningum tomaprovidncias. E a polcia noaparece na rea. s vezes, vemos aviatura da Patrulha do Bairrocirculando, mas os policiais noabordam ningum.
k Iranildo Gomes por telefone
kFrase
Ateno, Prefeitura do Recife e Compesa, venham consertaros buracos que deixaram na Rua Rio Paje, em frente ao n 150,Ibura de Baixo. A buraqueira atrapalha o trnsito, os pedestrese o comrcio da rea.
kWellington Silva via comuniQ
k Irregularidade
kResposta ao leitor
kFrase
kBuraqueira
Envie suas cartas para a Ruada Fundio, 257, Santo Amaro
Vivemos numa sociedade doente emque as pessoas no somais capazes deviverem em paz . A violncia tem seconstitudo um dos maiores motivos deaflio dos brasileiros. Est presentenas ruas, nas escolas, nos lares, emtodos os lugares e classes sociais. Ocriminoso no teme a justia, a polcia.O crime fruto da impunidade.
k Agostinho Holanda por e-mail
k
kExiste um buraco na
calada da Rua PaulinoGomes de Souza, n 50, nobairro das Graas,prejudicando os pedestres.A Emlurb j foi avisada eprometeu enviar tcnicosem cinco dias. J passaram30 dias e nada dos serviosserem realizados. Ser queo rgo s vai resolver
trabalhar quando algumcair no buraco? A rua prxima aos colgiosDamas e So Lus e alunoscorrem riscos diariamente.No possvel quenenhuma autoridade veja oproblema.
k Genilzon [email protected]
kDescaso
Na Rua RegoMelo, nos Coelhos, algum se apossou da calada. Ao pedestre, resta andar pelarua e correr o risco de atropelamento.
k Petrcio Guimares [email protected]
pelo comuniQ
voz do leitor
Sua opinio muito importante.Fale conosco:
(81)3413.6178www.jconline.com
A classe mdia, espoliadapela m gesto do governo doPT, vem a ser agredida agoracom o aumento de impostosdas drogas importadas emanipuladas localmente.Como se no bastasse adesvalorizao do real frenteao dlar. Acreditamos queessa medida deva serestringir somente aosprodutos elitizados, comobebidas, perfumaria, mveis,cigarros e seus derivados,entre outros.
k Jos Mussolini Gabrielepor e-mail
Moradores do Poo daPanela agradecem prefeiturae aos rgos que permitem aabertura de estabelecimentoscomerciais sem que o bairrocomporte. Os acessos dessarea histrica do Recife sototalmente travados com ofluxo de veculos eestacionamento irregular.
k Luiz Peregrino por e-mail
A CTTU informa ao leitorClvis Emdio que temrealizado um trabalho intensopara a melhoria da sinalizaoviria do Recife, tendoinstalado, somente do anopassado para c, 6 mil placas desinalizao horizontal e 2 milfaixas de pedestres. Diante dasolicitao, vai providenciar oenvio de equipe tcnica s ruasda Ilha do Leite.
k Assessoria de imprensa
ACTTU informa, emateno leitora Ana PaulaSilva, que realizamonitoramento e fiscalizaoconstantes na rea central doRecife, inclusive com aoperao Estacione Legal, quevisa coibir o estacionamentoirregular. A Companhiainforma ainda que vaiintensificar a ao na Rua daUnio.
kAssessoria de imprensa
Em ateno leitoraMaria Crlia Duarte, sobrenota publicada nesta seodo JC, no ltimo dia 12, aEmpresa deManuteno eLimpeza Urbana do Recife(Emlurb) informa querecolheu as sobras de podaque estavam na RuaManoel de Carvalho,localizada no bairro dosAflitos.
k Assessoria de imprensa
Em ateno ao leitor JosNascimento, a Secretaria deEsportes do Recife esclareceque a reforma do Geraldoest em andamento e deverser concluda no primeirosemestre de 2016. O projetoinclui intervenes no ginsio,na rea externa e no parqueaqutico e o espao passar aser uma moderna arena paraeventos esportivos e shows.
kAssessoria de imprensa
Entre emcontato
pela internetMande seu e-mail e suas fotospara [email protected]
pelo telefone por carta
Moro na Estrada doArraial, bairro daTamarineira. Perto doSupermercado Extrabom hum esgoto escorrendo pelarua h quase umms. Duastubulaes saem de dentro dosupermercado. E a caladafica tomada pela gua suja, oque provoca mau cheiro narea. Ao lado, h um colgio ecrianas, para chegar ao local,precisam andar pela avenidaporque no h condies depassar pela calada.
kMaria de Ftima da Silvapor telefone
O prefeito de Olinda,Renildo Calheiros, declarouque a cidade no era paraamadores. Est correto. Olindaest precisando de um bomadministrador, que conserte osmilhares de buracos das viasde trfego, como os que estodanificando as suspenses doscarros na Av. Pedro lvaresCabral, em Jardim Atlntico. preciso tambm fechar oscurrais ao ar livre. Animaisficam pastando livrementepelo bairro Rio Doce.
k Cludio de Melo Silva pore-mail
Pedestres prejudicados
Como difcil para oGrande Recife Consrcioresolver os problemas dapopulao. Para comprovar,basta ver como funcionam osterminais integrados, comoos nibus andamsuperlotados, os abusos quepraticam as empresas,desrespeitando os intervalos.As reclamaes dos usuriosnem sempre so levadas asrio. Em Ouro Preto, ondemoro, no existe transportepblico que v para Beberibe,nem para Paulista e toda reaNorte. Para o tal Consrcio,
parece que o bairro se limitas margens da PE-15. Quemquiser se dirigir aos lugarescitados tem que caminhar de15 a 20 minutos at chegar rodovia. Para corrigir a faltade nibus para Rio Doce viaBultrins deviam autorizar acirculao dos nibus dalinha Paulista/Rio Doce. Essaprovidncia depende da boavontade do rgo, que pareceno estar nada preocupadoem resolver o problema.
k Joo Alves Farias pore-mail
Buracos e lama emrua de Piedade
Crateras no Ibura de Baixo
Ilha do Leite
Calada invadida nos Coelhos
O comercio de pssarossilvestres continuaacontecendo nas feiras livresde algumas cidadespernambucanas. As aves soretiradas ainda filhotes doseu habitat natural paraserem comercializadas deforma ilegal e, por isso, umaenorme quantidade morredurante o transporte e oconfinamento. As pessoasque compram tambm soresponsveis pela destruioda fauna brasileira e podemresponder criminalmente poresse ato desumano.
k Fernando Melo por e-mail
A CTTU informa, emateno ao leitor Olavo Santos,que o bairro do Barro fiscalizado por meio de rondasdirias realizadas por agentesde trnsito. O rgo vemrealizando um trabalhocontnuo para reduzir a prticade estacionamento irregular nacidade. Foram registradas maisde 50 mil multas, nos primeiroscinco meses do ano. A CTTU secompromete ainda aintensificar as rondas na Rua
Capito Ponciano. Em atenoao leitor Giovani Ferreira,informa que j enviou equipetcnica para verificar a situaoe analisar as demandas da Av.Santos Dumont. A Companhiainforma ainda que o projetopara a melhoria da circulaoviria no local est em fase deconcluso e que asmodificaes devem serexecutadas ainda este ano.
k Assessoria de imprensa
Fiscalizao Galhos recolhidos Geraldo
Editores de fotografia:Arnaldo Carvalho [email protected] Porto [email protected] Regis [email protected] conosco: (81) 3413.6433
WellingtonSilva/VozdoLeitor
Ligue para a Redao do jc:(81) 3413.6178
Faa o download e acompanhe pelocomuniqapp.com.br
Sand
raRochana/VozdoLeitor
PetrcioGuimares/VozdoLeitor
k
Esgoto aberto
Administrao
Falta de ateno como usurio de nibus
Altos impostos
Bairro travado
Aves silvestres
Rondas realizadas diariamente
Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira jornal do commercio 7
-
kFrase
kCardozo deveria sair
A deciso da Venezuela, de recusar autorizao para o
pouso de um avio da Fora Area Brasileira (FAB) em
Caracas, com senadores brasileiros a bordo, foi
comunicada antes a autoridades do governo Dilma. Como
so todos farinha do mesmo saco bolivarianista, ficou
acertado que o governo do Brasil manteria silncio
cmplice, sem se queixar da grave agresso ao Legislativo
brasileiro. Cumpriu-se o trato.
O presidente da Cmara venezuelana, Nicols Cabello,
veio ao Brasil tentar proibir a visita dos senadores. Mas
aqui no a Venezuela. Recebido por Lula e Dilma, o
deputado Nicols Cabello (n 2 do regime venezuelano)
investigado nos EUA por ligaes ao narcotrfico.
Caricatura de autoridade venezuelana, um Defensor do
Povo tambm esteve no Brasil h um ms, tentando
impedir a viagem dos senadores. O medo do Planalto fez
os ministros Jaques Wagner (Defesa) e Mauro Vieira
(Relaes Exteriores) calarem a boca diante da Venezuela.
Quem no gosta de polcia, bandido
Vitor Valim (PMDB-CE) aos crticos do uso
de farda pelo deputado Capito Augusto
(PR-SP)
Oministro da Justia, Jos Eduardo Cardozo (foto),
alegou que no se pode colocar adolescentes em prises
por serem hoje escolas do crime. Ao confessar o prprio
fracasso, Cardozo (que chefia o Departamento
Penitencirio Nacional), tem o dever de pedir o bon. At
porque seu argumento escorrega na desonestidade
intelectual: ningum defende bandidos de menor e maior
idade recolhidos a uma mesma instituio.
Acertada com o Planalto
Cabeceira
Cota feminina no
passa pela Cmara
NEVES Tomou por base decises anteriores do CNJ e do STF
Ulysses Gadlha
O
presidente do Tribu-
nal de Justia de Per-
nambuco (TJPE), de-
sembargador Frederico Neves,
negou pedido de efeito retroati-
vo ao pagamento de auxlio-
moradia aos juzes do Estado.
A Associao dos Magistrados
do Estado de Pernambuco
(Amepe), responsvel pelo pe-
dido, declarou que s tomar al-
guma medida aps o setor jur-
dico da entidade analisar a deci-
so, que foi publicada no Di-
rio Oficial ontem.
O presidente Frederico Ne-
ves utilizou o texto de uma de-
ciso monocrtica do ministro
Luiz Fux, do Supremo Tribu-
nal Federal (STF), alm de
uma resoluo doConselhoNa-
cional de Justia (CNJ) para
embasar sua deciso.
O artigo 5 da Resoluo n
199/2014 do CNJ diz que as
despesas para o implemento da
ajuda de custo para moradia
correro por conta do oramen-
to de cada Tribunal ou Conse-
lho, gerando a presente Resolu-
o efeitos financeiros a partir
de 15 de setembro de 2014. O
certo que este Tribunal no
pode, neste momento, empres-
tar deciso liminar efeitos
que lhe foram expressamente
negados pelo relator, conclui
Frederico Neves.
O TJPE paga R$ 4,8 mil de
auxlio-moradia a cada magis-
trado. Segundo Portal da Trans-
parncia, em dezembro de
2014, o TJPE desembolsou R$
2 milhes em indenizaes de
ajuda de custo, transporte e au-
xlio-moradia. Retroagindo em
cinco anos, o valor seria de R$
120milhes. Se a base de clcu-
lo fosse novembro de 2014,
quando o TJPE pagou R$ 4mi-
lhes nessa rubrica, o retroati-
vo custaria R$ 240milhes.
Em maio deste ano, em caso
semelhante, o CNJ decidiu que
o auxlio concedido pelo Tribu-
nal de Justia do Cear (TJCE)
deveria ser pago a contar da da-
ta do requerimento do benef-
cio, e no retroativo.
BobbyFabisak/JCImagem
EdmarMelo/JCImagem
COUTINHO Nota do PSB municipal nega a definio de nomes
cludiohumberto
Paulo Veras
A
pesar de ter consegui-
do 293 votos favor-
veis, a emenda para
criar uma cota de 15% para a
representao de mulheres no
Legislativo no atingiu os 308
votos necessrios e foi rejeita-
da dentro do projeto da Refor-
ma Poltica. Houve 101 votos
contrrios e 53 abstenes. A
cota feminina foi um dos pon-
tos discutidos ontem pela C-
mara dos Deputados nessa pri-
meira rodada de discusso da
reforma. nica deputada fede-
ral de Pernambuco, Luciana
Santos (PCdoB) classificou a
rejeio como lamentvel, j
que as mulheres so maioria
da populao, e lembrou que
ainda existe a possibilidade do
Senado retomar o tema. A
maioria da bancada pernam-
bucana votou a favor da cota.
Nas votaes de ontem, os
deputados aprovaram, por
433 votos a 7, a emenda que
define a perda demandato pa-
ra parlamentares que muda-
rem de partido, que reduz de
1,5 milho para 500 mil o n-
mero de assinaturas necess-
rias para apresentar projetos
de iniciativa popular, que de-
termina que a urna imprima
uma cpia do voto a ser confe-
rida pelo eleitor e estipula em
dois anos e meio o mandato
para presidente da Cmara e
do Senado.
O plenrio da Cmara tam-
bm rejeitou, por 227 votos a
157, a criao de federaes
partidrias no Pas, que permi-
tiria que os partidos atuassem
como uma nica agremiao
durante uma legislatura. Por
357 votos a 60, os deputados
derrubaram a proposta para
que deputados e vereadores
perdessem omandato ao assu-
mir cargos como ministros ou
secretrios.
A maioria da bancada per-
nambucana votou a favor da fi-
delidade partidria e ficou
contra as federaes. (Veja
um resumo da votao na ar-
te).
Membros da bancada esta-
dual acreditam que o texto
que compe a reforma ainda
pode passar pormudanas an-
tes de ir ao Senado, j que ele
ser submetido a uma segun-
da rodada de votao, que de-
ve ocorrer no incio de julho.
Para os deputados Silvio Cos-
ta (PSC), vice-lder do gover-
no na Cmara, e Tadeu Alen-
car (PSB), que integrou a co-
misso que discutiu a refor-
ma, alguns parlamentares po-
dem questionar a permisso
empresas privadas doarem a
partidos, j que ela foi aprova-
da um dia depois de o plen-
rio rejeitar a proposta que pes-
soas jurdicas pudessem fazer
doaes para candidatos, o
que levou 60 deputados a en-
trarem com um mandado de
segurana contra o presidente
da Cmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), no STF.
Eles tambm apostam que o
Senado far modificaes na
reforma, alterando a emenda
que reduz omandato dos sena-
dores para cinco anos. J o de-
putado Bruno Arajo (PSDB),
lder da Minoria na Casa, no
acredita que a Cmara faa no-
vas alteraes. O segundo tur-
no muito mais uma seguran-
a legislativa do que uma mu-
dana em relao ao que foi
decidido anteriormente, ex-
plicou.
www.jconline.com.br
Cludio Humberto, Teresa
Barros e Ana Paula Leito
twitter:@colunaCH
MarceloCamargo/AgnciaBrasil
Na mostra Ministro
Marco Aurlio 25 Anos no
STF, a ser inagurada hoje,
livros de cabeceira como
Pequeno Tratado das
Grandes Virtudes, de
Andre Comte-Sponville, e
Conversa Consigo
Mesmo, de Marco Aurlio.
Fantasmas
TJPE nega auxlio
retroativo a juzes
Disputa interna no
PSB em Jaboato
Da Redao
A
posse da nova Execu-
tiva do PSB em Jaboa-
to dos Guararapes,
na ltima segunda (15), exps
uma disputa interna no parti-
do sobre quem ser o escolhi-
do como candidato a prefeito
em 2016. O discurso do depu-
tado federal Joo Fernando
Coutinho (PSB), colocando-se
como opo para assumir a
misso, gerou uma manifesta-
o assertiva do vice-prefeito
Heraldo Selva (PSB), presiden-
te municipal da legenda e pre-
tenso pr-candidato ao posto.
Por nota, emitida ontem, ele
tratou de desautorizar qual-
quer insinuao de candidatu-
ra para o prximo ano. O
PSB do Jaboato respeita to-
das as pr-candidaturas aven-
tadas, mas acredita que qual-
quer tentativa de antecipar
um debate que, naturalmente,
deve ser tratado no ano que
vem, se configuraria em um
desrespeito aos jaboatonen-
ses, criticou Selva.
No evento, Joo Fernando
Coutinho se mostrou disposto
a ir disputa eleitoral. Numa
posio delicada, visto que
compartilha o comando da ci-
dade com o prefeito Elias Go-
mes, que do PSDB, Heraldo
Selva se apressou em desfazer
a investida do correligionrio.
No h deciso tomada (so-
bre 2016). Qualquer informa-
o alm disso especulao,
resumiu. Os bastidores do
conta, ainda, de que o nome
de Joo Fernando Coutinho
no agrada o prefeito tucano.
As articulaes para as elei-
es municipais em Jaboato
passam tambm pelo Cabo de
Santo Agostinho. Elias Gomes
quer fazer seu filho, o deputa-
do federal Betinho Gomes
(PSDB), prefeito do Cabo com
o apoio do PSB. Para isso, o go-
vernador Paulo Cmara (PSB)
ter que enfrentar a disputa
declarada dentro da Frente Po-
pular. O outro aliado, o deputa-
do estadual Lula Cabral
(PSB), tambmquer ser candi-
dato Prefeitura do Cabo.
poltica
Pelas 16h30 de ontem, a
rotina se repetiu: uma
mulher estacionou na
portaria do Anexo 2 do
Senado, desceu, bateu o
ponto e saiu. No minuto
seguinte, outro carro, outra
fantasma, e mais outra,
mais outra...
Separados
Pases civilizados punem
crimes cometidos por
menores, que cumprem
pena em instituies para
adolescentes at
alcanarem a maioridade.
Aqueles que no querem
alterar a lei da maioridade
penal advogam, na prtica,
que permaneam impunes
os crimes cometidos por
di menor. Sob o ponto de
vista penal, menores tm
imunidade comparvel
apenas a parlamentares,
que s podem ser presos
em flagrante.
Sob presso
O vice Michel Temer
ouviu cobras e lagartos em
reunio de lderes
governistas ontem.
Temendo o desgaste,
deputados pediram para
que no seja vetado o fim
do fator previdencirio.
Temer repetiu o ministro
Joaquim Levy (Fazenda):
Dilma ainda no se
decidiu.
Sujeira
A Vigilncia Sanitria do
DF interditou ontem o
restaurante do Senado, por
falta de higiene. O
restaurante tem dois dias
para ser dedetizado.
Defeito
O presidente da Cmara,
Eduardo Cunha, passou a
reunir os lderes s 9h das
quintas, para no
atrapalhar o retorno deles
aos Estados, mas
atrasavam tanto que
remarcou para as 14h.
Se isolando
O PCdoB, fiel escudeiro
do Planalto na Cmara,
mandou o recado ao
governo: no tem como
apoiar veto ao fim do fator
previdencirio. Eventual
veto de Dilma pode ser
derrubado.
Vaias
Sobrou tambm para o
governador do DF, Rodrigo
Rollemberg (PSB), a vaia
de servidores do Judicirio
para os polticos que
chegavam posse de Luiz
Fachin no STF.
Burocratizaram
O governo do DF
resolveu dificultar a
realizao de festas juninas
nas parquias locais. A
agncia de fiscalizao
Agefis exige at uma
procurao da Mitra. J
para raves regadas a
drogas e bebidas
CONGRESSO Dentro do projeto da Reforma Poltica, a emenda que previa 15% das
vagas no Legislativo para as mulheres no obteve a votao mnima e acabou rejeitada
8
Recife I 17 de junho de 2015 I quarta-feira
-
cidades
cidades
A tragdia se repete
Felipe Vieira, Cinthya Leite e
Margarette Andrea
E
xatos 39 dias separam duas tragdias
ocorridas no sistema metropolitano de
transporte pblico. No dia 8 de maio, a
estudante de biomedicina da Universidade Fe-
deral de Pernambuco (UPFE) Camila Mirele
Pires, 18 anos, morreu ao cair de um nibus em
movimento, na BR-101, no bairro da Cidade
Universitria, ZonaOeste do Recife. Ontem pe-
la manh, o estudante de cincias biolgicas da
Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE) Harlynton Lima dos Santos, 20, fale-
ceu, vtima de politraumatismos provocados
pela queda de um coletivo. Na noite da segun-
da-feira, Harlynton foi arremessado contra a
grade de proteo do Terminal Integrado do
Cais de Santa Rita, Centro do Recife, aps ten-
tar pegar um coletivo da linha Imip-Tancredo
Neves.
Passava das 23h e ele tentava voltar para ca-
sa, no Ibura, Zona Sul, quando se agarrou por-
ta do coletivo, que saa do terminal. O motoris-
ta continuou andando segundo testemunhas,
em alta velocidade e o rapaz foi jogado con-
tra as grades, sendo arrastado por cinco me-
tros. A Polcia Militar foi atrs do motorista e o
encontroumenos de uma hora depois, na gara-
gem da empresa Vera Cruz, em Prazeres, Ja-
boato dosGuararapes. Ele e o cobrador presta-
ram depoimento na Central de Plantes, em
Campo Grande, Zona Norte, e foram liberados
ainda na noite de segunda.
Dois finais trgicos para um enredo que se
desenrola todos os dias nas ruas e nos termi-
nais da Regio Metropolitana: a superlotao
dos coletivos, aliada a grandes intervalos de es-
pera e casos de imprudncia, seja de motoris-
tas na conduo ou de passageiros dentro e fo-
ra dos veculos. Um caldeiro em ebulio,
com milhares de vtimas em potencial. De se-
melhante nos dois casos, a necessidade de dois
jovens de voltar para casa, sob pena de esperar
muito pelo prximo nibus, em lugares ermos
e sem segurana.
H seis anos vendendo bebidas ao lado do
terminal, o comerciante Jos Bezerra Silva co-
chilava na barraca quando ouviu gritos de so-
corro. Saiu rua e viu Harlynton gemendo de
dor. Ele foi deixado no cho. Foi covardia do
motorista, afirma.
O gesto desesperado de Harlynton em se
agarrar porta do coletivo que j saa pode ser
explicado pela hora e pela insegurana no Ter-
minal do Cais de Santa Rita, principalmente
noite. A gente aqui est por conta das baratas.
No existe segurana e at durante o dia os la-
dres assaltam, sempre com facas. Quando
anoitece, a que complica mesmo, reclama a
comerciante Lindete Arajo, que trabalha nu-
ma barraca de comidas e bebidas a poucos me-
tros da grade contra a qual o jovem se chocou
ao cair do coletivo.
Harlynton foi levado ao Hospital Portugus,
no bairro de Paissandu, rea central da cidade,
onde passou por cirurgias para conter sangra-
mentos e reparar as mltiplas fraturas que so-
freu. Por volta de 10h50 de ontem, faleceu. Seu
corpo s ser liberado pelo Instituto deMedici-
na Legal (IML) hoje, devendo ser velado numa
igreja evanglica frequentada pela famlia no
bairro do Ibura. O sepultamento deve ocorrer
tarde, no Cemitrio de Santo Amaro, rea
central do Recife.
No ponto em que Harlynton caiu, existe
uma cmera de segurana que poderia decisi-
va nas investigaes. Mas segundo a Secretaria
de Defesa Social, no momento do acidente o
equipamento estava focalizando o outro lado
da rua. O perigo est em toda parte no Termi-
nal do Cais de Santa Rita. Os nibus entram
em alta velocidade e os pedestres precisam ter
muito cuidado para evitar atropelamentos.
Em nota, a empresa Vera Cruz alegou que,
na sada do terminal, o motorista seguindo to-
dos os procedimentos de segurana, fechou as
portas para reiniciar sua viagem, fazendo seu
trajeto normalmente at o seu ponto final (TI
TancredoNeves), e dali recolhendo o veculo
garagem e s ento ele e o cobrador foram sur-
preendidos pela chegada da polcia informan-
do do acidente. E que, no trajeto, GPS e
tacgrafo indicam que a velocidade mxima
de pico registrada, no ultrapassou 65 km, in-
clusive aps o ocorrido at a chegada na gara-
gem. Na cpia dos relatrios desses equipa-
mentos anexada nota consta que o coletivo
saiu do Cais de Santa Rita s 23h18 a uma velo-
cidade de 34,4 quilmetros e um minuto de-
pois, s 23h19, estava a 61,3 quilmetros. A em-
presa afirma que o motorista seu funcionrio
h mais de 15 anos, tendo vrios cursos de
capacitao, como direo preventiva e dire-
o defensiva. Por fim, se solidariza com a fam-
lia e refora que contribuir com a percia e in-
vestigao.
INQURITOS
O inqurito relativo morte de CamilaMire-
le ainda no foi concludo e o titular da Delega-
cia de Represso a Delitos de Trnsito, New-
son Motta, ter pela frente a investigao da
morte deHarlynton Santos. Segundo ele, os de-
poimentos do motorista e do cobrador da Vera
Cruz dados delegada Patrcia Domingos,
que chefiava o planto na noite da segunda-fei-
ra ainda sero repassados para que ele possa
iniciar as diligncias. Com relao ao caso de
Camila, Motta afirmou que aguarda o resulta-
do da percia do Instituto de Criminalstica, a
ser realizada no veculo da linha Barro-Maca-
xeira de onde a estudante caiu.
k Continua na pgina 2
k Prefeitura cria
regras para instalao
de parklets no Recife k 3
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k Festa junina
leva alegria
paramilhares
de idosos k 4
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CASO HARLYNTON Pouco mais de umms aps a morte de Camila, outro jovem cai do nibus e morre na volta para casa
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A gente estava no Cais de Santa Rita esperando o nibus,
que deu uma arrancada para sair. O jovem correu,
segurou a porta e ficou batendo, mas o motorista no
abriu a porta e nem parou o nibus, que subiu no
meio-fio e bateu na grade verde de proteo. Foi isso que
mais machucou o jovem, que reclamavamuito de dor,
conta o barman Jos Antnio Alves, 28 anos
A gente deu a mo para o nibus parar, mas omotorista
queimou a parada. O rapaz se jogou e agarrou na porta.
Alguns metros depois, o rapaz soltou-se e bateu na grade. O
motorista, mesmo vendo tudo isso, no parou. Foi cruel e
doloroso o que aconteceu. Tenho comrcio na cidade h 15
anos e percebo que comum osmotoristas queimarem
parada no fim da noite, denuncia Romero Oliveira, 44 anos
k
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incluik esportes
qO relato de testemunhas
MORTE Acidente aconteceu no Cais de
Santa Rita, na segunda noite, e o IML s
deve liberar o corpo de Harlynton (acima)
hoje pela manh. Pai do