17 sfmc 2009

24
XV Congresso Médico Cidade de Campos Cidade de Campos e XXV Congresso Supem em 2010 Dia da Saudade: cobertura completa da homenagem aos médicos que entraram para a “Galeria da Saudade” Doutor visite o nosso site: www.sfmc.com.br e dê a sua opinião Dia do Médico: na programação, missa e culto ecumênico, além de confraternização

Upload: neusinha-siqueira

Post on 01-Dec-2015

107 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: 17 SFMC 2009

XV Congresso Médico Cidade de Campos

Cidade de Campos e XXV Congresso

Supem em 2010

Dia da Saudade:cobertura completa da

homenagem aos médicos que entraram para a “Galeria da Saudade”

Doutorvisite o nosso site:www.sfmc.com.bre dê a sua opinião

Dia do Médico:na programação,

missa e culto ecumênico, além de confraternização

Page 2: 17 SFMC 2009

2 Sociedadeem Revista

A sua

Page 3: 17 SFMC 2009

Mensagem da presidente

3 Sociedade em RevistaA su

a

A revista da SFMC está novamente em nossas mãos, com casos clínicos e artigos médicos. Temos feito reuniões de pediatria com excelentes discussões clínicas, coordena-das pela Dra. Sylvia Regina de Souza Moraes. Compare-çam, pois juntos seremos melhor.

Estamos, também, elaborando o XV Congresso Médico Cidade de Campos e XXV Congresso da SUPEM que será realizado de 19 a 22 de Maio de 2010. Anote na sua agen-da!

Mais uma vez, convocamos todos a participar da família da Sociedade. Você que tem um colega médico que ainda não faz parte da SFMC, convide-o para estar conosco.

Participamos, juntamente com Dr. Charbel, chefe da Epidemiologia de nossa cidade, de várias reuniões e fóruns sobre o vírus Influenza A H1N1. Nossos sócios foram cha-mados para discutir sobre o tema, por especialidade, tendo sido um sucesso com presença maciça de nossos médicos e profissionais da área de saúde.

Ainda neste número você verá detalhes da visita do se-cretário de Saúde do Estado, Dr. Sergio Côrtes, a nossa ci-dade. Ah! E também a cobertura da Noite da Saudade onde homenageamos os colegas falecidos neste último ano.

Boa leitura.Ângela Vieira

Page 4: 17 SFMC 2009

Associação Fluminensede Medicina e Cirurgia

DIRETORIA: 2008-2011

Presidente - Angela Regina Rodrigues VieiraVice-Presidente – Almir Abdala Salomão Filho 1ª Secretaria – Sylvia Regina de Souza Moraes 2º Secretario – Renato Azevedo Sardinha1º Tesoureiro – Ronaldo Pinto Pessanha 2º Tesoureiro – Israel de Barros Ribas

COMISSÕES PERMANENTES

Sindicância e Fiscalização:- Carlos Roberto Pereira Dutra- João Tadeu Damian Souto- Marcio Sidney Pessanha de Souza

Defesa Profissional e União de Classe:- Constantino Campos Fernandes- Luiz Carlos Sell- Marcio Barreto Moreira

Promoção Científica:- Andreya Moreira de Souza Soares Machado - Felix Elias Barros Chalita- Valdebrando Mendonça Lemos

Divulgação:- Ionilda Gonçalves do Rosário V. de Carvalho- Ralph Dias Pessanha - Walter Siqueira

Informática:- Ecil Alves Batista Junior- Cláudio Luis dos Santos Teixeira- Telmo Garcia Teixeira Júnior

DELEGADOS A SOMERJ

EFETIVOS:- Francisco Almeida Conte- Frederico Paes Barbosa- Wilson Paes

SUPLENTES:- Elias Antonio Yunes Neto- Marco Aurélio França de Alvarenga- Marcus Romeu Perrout

DEPARTAMENTOS:

Social:- Adriana Trotta Cure Salomão- Ana Maria Portal Pellegrini - Maria Aparecida Damian Ribeiro- Paulo Roberto Siqueira Lima

Esportivo:- Décio Dias Araújo- Guilherme Alcy Salles Ferreira- José Cláudio da Silva Manhães- Sérgio de Queiroz Vieira

Publicações:- Cíntia Carvalho Ribeiro Gonçalves- Luis Felipe Rabello e Silva- Luiz José de Souza- Simone Pinheiro Fagundes

Cultural:- Humberto Paes Fernandes- João Peralva Bousquet- Ricardo Venâncio Juliboni- Welligton Paes

Expediente:A sua Sociedade em Revista

Nº17 - de setembro /out e nov de 2009Uma publicação da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgiae-mail: [email protected] e Produção: Neusa Martini Siqueira- DRT-1167/90Marketing e Propaganda: Thais Maria Rodrigues AlmeidaProgramação Visual e Arte Final: Luiz Carlos LopesTextos da jornalista Alicinéia GamaRevisão: Ângela Vieira e Alicinéia GamaCirculação: Trimestral

Tiragem: 2.000 exemplaresDistribuição: Dirigida e gratuitaImpressão: GrafbandColaboradores: Ângela Vieira, Wal-ter Siqueira, Genecy Ribeiro, Dr. Nélio Artiles,Valesca Mansur Kuba, Dr. Luiz José de Souza

Cobertura fotográfica: Dib Hauaji, Alicinéia Gama e arquivos

A Revista “A Sua Sociedade em Revista” não se responsabiliza por opiniões ou conceitos emitidos em artigos publicados.

Índice

4 Sociedadeem Revista

A sua

Pág 3 - Mensagem da Presidente da SFMC - Ângela VieiraPág 5 - Perfil – Dr. Nélio ArtilesPág 6 -Saiba mais sobre o site da SFMCPág 7 - Notas e Agenda Científica da SFMCPág 9 - Secretário Estadual de Saúde, Sergio Côrtes, visita Campos ePalestra sobre Influenza A H1N1Pág 10 - “Obesidade Infantil: uma epidemia mundial”, artigo da endocrinolo-gista Valesca Mansur KubaPágs 12 e 13 - Cobertura fotográfica da Noite da SaudadePág 14 - Fundação da Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emer-gência/Regional-RJ.Pág 16 - Dose Jurídicas - com o advogado Genecy RibeiroPág 17 - Homenagem pelo Dia do MédicoPág 18 e 19 - Caso Clínico “Dengue com complicações” – Dr. Luiz José de SouzaPág 20 - Painel do XV Congresso Médico Cidade de Campos - 2010Pág 21 - Aniversariantes dos meses: setembro, outubro e novembroPág 22 - “O dom além da medicina”

Nossa Capa: Uma colméia de informações

Márcia Reis de Siqueira Saldanha

Pisicologa CRP-05 73.102

Pisicologia OrganizacionalConsultoria em Recursos

HumanosTrainer em Programação

Neurolinguistica

Rua Lacerda Sobrinho, 349 - Centro - Campos - RJ

Tel.: (22) 3211-7945

www.psytrainings.com.br

Page 5: 17 SFMC 2009

5 Sociedade em RevistaA su

a

PERFILNesta edição, a ‘Sua Sociedade em Revista’ entrevista o médico

campista Nélio Artiles Freitas, diretor da Faculdade de Medicina de Campos — onde se formou em 1984. Nélio fez residência em Clínica Médica, no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro e mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias na UFRJ. Liceísta com muito orgulho, foi o primeiro médico da família, aliás, um dom que já manifestava desde a infância (em vez de bola de futebol e carrinhos como presentes, ele gostava de ganhar brin-quedos relacionados a um atendimento médico). Nélio, que é irmão do também médico Ney Artiles Freitas, agora vê seus três filhos prestes a seguir a mesma profissão.

Como e de que forma o senhor descobriu a vocação para a medicina?Desde muito criança me lembro que tinha uma “invocação”

com a medicina. Ficava encantado com o consultório do meu pe-diatra Dr. Walter Terra, desde a recepção até durante o seu atendi-mento. Passei a cobrar anualmente como presente de aniversário ou natalino, brinquedos relacionados a um atendimento médico: estetoscópios, injeções, lanternas, etc. Meus pais e irmãos se fa-ziam passar como meus pacientes repetidamente. O tempo passou, e de invocação passou a determinação.

Mas em nenhum momento o senhor ficou dividido entre a medi-cina e outra área?

Em nenhum momento pensei em outra profissão. Estava total-mente determinado. Ser um cuidador me encantava. Estudei muito no Liceu durante todo o científico e principalmente no terceiro ano pela manhã; e a noite, cursinho pré-vestibular. Consegui passar para medicina na UFRJ, mas algo me atraía para a FMC. Passei em segundo lugar na Cesgranrio. Queria Medicina na FMC.

Como descreveria a sua relação com a FMC? O senhor já está lá há bastante tempo, não é?

Entrei em 1979, como estudante; logo estou há 30 anos na FMC, pois ao me formar em 1984 mantive minha ligação porque continuei dando aulas de Fisiologia e Farmacologia até 1989 quan-do entrei para a Disciplina de Doenças Infecciosas. Minha relação é de puro amor, envolvimento e comprometimento. A FMC faz parte de mim. Não sei descrever muito bem o bom orgulho e a grande honra de atualmente ser diretor desta querida casa.

Mudando um pouco de assunto... A música é um hobby em sua vida?Meu pai era músico, um cantor que antes de casar encantava

as noites de Campos nos convívios e bailes. Meu irmão mais velho, que partiu cedo demais, de quem tenho grande saudade, aprendeu a tocar violão para que papai pudesse cantar e cantar. Ele não tinha muita paciência e sobrou para mim. Era uma delícia na verdade! Após a partida dos meus queridos pais, busquei novas experiên-cias para amenizar a falta. Entraram a flauta transversa e a gaita. Minha irmã, uma grande musicista, e eu, um simples amador que toco só para minha alma.

E o Nélio Artiles em família? Como aproveita o tempo com a es-posa e os filhos?

Sou bem simples. Amo minha casa e minha família. Sinto-me pleno e muito feliz. Minha esposa me complementa e juntos somos um só. Nossos filhos nos acrescentam e nos fazem muito felizes. Minha casa é o meu templo e o meu altar onde está meu Deus, a quem sempre pergunto por que tanta felicidade na minha vida e agradeço em seguida. Minhas duas filhas cursam a “minha” FMC e, no momento, são minhas alunas. E meu filho querido quer mui-to entrar. Aproveito o meu tempo contemplando toda esta graça recebida.

Qual é o seu maior sonho? É talvez nunca ter que acordar da realidade em que vivo. Mas

posso galgar mais talvez, como um dia ver na vida de meus fi-

lhos esta mesma felicidade que tenho hoje. Sonho também com um mundo melhor para as pessoas que tanto sofrem neste planeta com tantas agressões causadas por nós mesmos, homens ambicio-sos, vingativos, insensatos e insensíveis. E principalmente deixar de ver uma criança nas ruas com fome, que será certamente o pai da violência futura.

Que análise o senhor faz da Saúde Publica no nosso país atualmente?O Brasil avançou bem na constituição e aprovação do SUS. Ape-

sar de ainda estar longe de atingir o pleno de seu conceito, a filo-sofia já representa algo positivo na Saúde Pública brasileira. Mas o maior problema de Saúde Pública de nosso país é a cegueira, a surdez e as paralisias de nossos governantes, que infelizmente nos contagia e nos faz uma sociedade hipócrita e muito doente, com interesses pessoais bem acima dos coletivos.

Gostaria de deixar uma mensagem aos colegas médicos, leitores de nossa revista?

“No mundo existe mais fome de amor e apreciação do que de pão”, disse Madre Tereza de Calcutá, e nós muitas vezes não per-cebemos isto. Na FMC, iniciamos este ano a disciplina Habilidades Médicas e a filosofia é: “A educação se divide em duas partes: Edu-cação das habilidades e Educação das sensibilidades. Sem a educa-ção das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem senti-do”, diz Rubem Alves. Precisamos ter a sensibilidade de enxergar em nossos pacientes, em nossos funcionários, em nossos amigos e em nossas famílias suas carências de “amor e apreciação”. É disto que eles estão precisando agora. Com isto, o nosso trabalho, a nos-sa vida, a nossa casa e tudo mais ficarão muito melhor.

Nélio Artiles no escritório de sua casa. Abaixo: a esposaRosana, com os filhos: Paula, Júnior e Renata

Page 6: 17 SFMC 2009

6 Sociedadeem Revista

A sua

www.sfmc.com.brVocê já visitou o site da Sociedade Fluminense

de Medicina e Cirurgia? Não? Então não perca tem-po. No endereço www.sfmc.com.br, os internautas têm acesso à história da tradicional entidade mé-dica, incluindo o nome de todos os presidentes ao longo dos anos. Há também um link para mantê-lo informado dos eventos médicos programados.

Além disso, vai poder conhecer a SFMC, que conta com uma excelente estrutura para a realiza-ção de conferências, jornadas e encontros científi-cos. Trata-se do Auditório Lenício de Almeida Cor-deiro — reinaugurado em 19 de junho de 2008, com capacidade para 130 lugares e que conta com moderno sistema de som e iluminação.

Destaque ainda para a Galeria da Saudade – onde estão registradas uma pequena biografia e fotos de todos os sócios falecidos.

Vale a pena uma visita!

Page 7: 17 SFMC 2009

Notas

q A Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) apoiou o I Fórum de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro e o 1º Encontro das Ligas de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro. O evento foi realizado no Teatro Municipal Trianon, em Campos, entre os dias 27 e 29 de agosto.

q O Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Campos promoveu, de 17 a 20 de agosto, trei-namentos específicos por especialidades para médicos e enfermeiros da rede municipal. O encontro foi realizado no auditório da SFMC, com o objetivo de capacitá-los sobre a Nova Gripe.

q A SFMC vem prestar solidariedade à família de Dr. Marianto Cunha Filho, pelo falecimento de sua esposa, Cândida Freitas Cunha, ocorrido no dia 11 de agosto. E também aos médicos Ralph Alencar e Cícero Bittar pela passagem de seus progenitores.

A tradicional Reunião da Somerj, que acontece todo mês em uma entidade médica do Estado, foi realizada em Campos no dia 09 de maio, no auditório da SFMC, con-tando com a presença de representantes do Cremerj e a AMB.

A noite de 08 de maio foi marcada pelo Espaço Cultural Cremerj, evento que reuniu grande número de médicos, no Parthenon, em Campos. O encontro foi animado pelo som da banda TB-6, que relembrou canções que marca-ram época.

Agenda CientíficaSEGUNDA-FEIRA

QUINTA-FEIRA

7 Sociedadeem Revista

A sua

Santa Casa – 07h30 – Reunião da CardiologiaHospital Álvaro Alvim – 10h30 – Reunião de Clínica MédicaHospital Pró Clínicas – 18h30 – Sessão Clínico RadiológicaProntocardio – 19h – Reunião de Ecocardiograma (2ª do mês)

Beneficência Portuguesa – 17h – Reunião de Clínica CirúrgicaSFMC – 19h30 – Reunião de Pneumologia – (2ª do mês)SFMC – 20h – Reunião de Neurologia, Radiologia e Neurocirur-gia (última do mês)

TERÇA-FEIRA

QUARTA-FEIRA Clínica Pró Rim – 18h30 – Clube de Revista Clínica MédicaProntocardio – Quarta Cor (2ª do mês)Faculdade de Medicina – 11h – Sessão Clínica - Edino Jurado (última do mês) Álvaro Alvim – 07h30 às 09h00 - Reunião da Residência Médica em Cirurgia Geral

Hospital Álvaro Alvim – 19h – Reunião Cirurgia Cardíaca e He-modinâmicaFMC – 19h – Reunião Clínica Cirúrgica – sala 09

SEXTA-FEIRA

Hospital Álvaro Alvim – 11h – Reunião do Centro de Estudos do Serviço de Ginecologia e Mastologia do HAA

Auditório da SFMC - 19h - Sessão Clínica Soperj

ÚLTIMA QUARTA/QUINTA DO MÊS

Page 8: 17 SFMC 2009

8 Sociedadeem Revista

A sua

“Venha Fazer Parte da Família da SFMC”Fundada em 24 de janeiro de 1921,

a Sociedade Fluminense de Medicina vem contribuindo para o estudo, debate, desenvolvimento, progresso, publicação e premiação de trabalhos da Medicina e das Clínicas correlatas, assim como para a solução dos problemas médico-sociais e do ensino médico. Atualmente, a SFMC conta com 557 médicos associados e convida você a fazer parte desta história!

Estamos iniciando a campanha “Ve-nha Fazer Parte da Família da SFMC”; seja sócio e desfrute dos momentos cien-tíficos e de lazer que programamos. No nosso dia a dia de trabalho, dificilmente temos tempo para encontrar o nosso co-lega para um bate papo ou mesmo uma discussão de casos clínicos. Aqui na so-ciedade você tem esta oportunidade! Já temos várias reuniões agendadas e tam-bém estamos programando cursos para o segundo semestre.

Participe conosco! Estamos querendo você perto de nós!

Como se associar?Basta entrar em contato com Célia ou Lana, de

segunda a sexta-feira, no horário das 9h às 17h, pelo telefone 27331227 ou pelo e-mail [email protected], que Jobel levará até você a ficha de inscrição para ser preenchida. A mensalidade é debitada em conta

corrente.

Veja as vantagens de ser sócio: 1) Você pode ter seu plano de saúde Unimed, por adesão, através do plano da socie-

dade, o que fica mais barato.2) Você tem informações, via e-mail, de todos os eventos científicos e sociais em que

a sociedade participa.3) Você tem acesso aos colegas pelo e-mail e também poderá enviar, através das

nossas secretárias, comunicado sobre reuniões e encontros realizados na sua especia-lidade.

4) A sociedade tem participado juntamente com o sindicato e o Cremerj de reuniões sobre problemas médicos em nossa cidade.

5) Para reuniões locais específicas de sua especialidade temos o auditório a sua dis-posição; caso haja participação de laboratório ou qualquer outro patrocinador, ele deverá ser alugado.

Page 9: 17 SFMC 2009

9 Sociedadeem Revista

A sua

ASCOM/ROBERTO JÓIA

Palestra sobre Influenza A H1N1Com o objetivo de orientar melhor os profissionais de saúde, a Sociedade Fluminense de Medi-

cina e Cirurgia, em parceria com o Setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Campos e a Faculdade de Medicina de Campos, promoveu no dia 12 de agosto, a palestra “Vírus Influenza A H1N1 em adultos, na pediatria e na gestante”, com o professor Celso Ferreira Ramos Filho (foto ao lado), presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, vice-presidente da Asso-ciação Médica Brasileira e Professor de Infectologia da UFRJ.

— No momento em que todo o Estado se mobiliza para melhor atender a população em nossa cidade não poderia ser diferente. A palestra foi bastante enriquecedora, tivemos vários questio-namentos de colegas; foram esclarecidas muitas questões — comentou a presidente da SFMC, Angela Vieira.

O sucesso do evento foi tão grande que precisou ser trans-ferido de local, de última hora; passando do auditório Lení-cio de Almeida Cordeiro para o anfiteatro Jair Araújo Jr., na Faculdade de Medicina de Campos.

O secretário Estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, esteve em Campos no dia sete de agosto com o objetivo de repassar as estratégias e ações de combate à gripe suína aos profissio-nais de saúde do município. A reunião aconteceu no auditó-rio da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, com a presença do secretário de Saúde de Campos, Paulo Hirano, o vice-prefeito, Doutor Chicão, diretores de hospitais e médicos do município, além do prefeito de São Fidélis, Luís Fernando Fratani.

Na ocasião, Côrtes destacou que Campos tem acompa-nhado as mudanças que ocorrem no protocolo do Ministério da Saúde, sendo, inclusive, o primeiro município a liberar o Tamiflu para as gestantes — que, segundo ele, precisam de atenção redobrada, pois a evolução da doença é muito rápida. Outro ponto observado foi a liberação das gestantes do traba-lho, inclusive, na iniciativa privada.

— No âmbito do município e do estado, temos a gestão do funcionalismo, o que nos permitiu liberar servidoras grávidas do trabalho de atendimento ao público — disse o secretário estadual.

Secretário de Saúde do Estado em Campos

Page 10: 17 SFMC 2009

Sociedade em RevistaA su

a

DRA. VALESCA MANSUR KUBA:

- Endocrinologista do IEDE e do Centro de Referência para Trata-

mento da Criança e do Adoles-cente, em Campos (CRTCA).- Doutoranda em Pediatria da

Universidade São Paulo (USP).

Obesidade Infantil:

uma epidemia mundialNas últimas décadas, o avanço tecnológico modificou sensivel-

mente o estilo de vida da sociedade em todo o mundo. Se de um lado possibilitou a globalização da informação, do outro, fa-voreceu o sedentarismo e a modificação dos hábitos alimentares, através da introdução de ‘fast foods’ e de alimentos ricos em gor-duras trans, colesterol e carbohidratos. Tais mudanças começaram a acontecer precocemente, na infância, causando um aumento as-sustador na prevalência da obesidade, tornando-se um problema de saúde pública de proporções epidêmicas.

Nos Estados Unidos, comparando-se os inquéritos nacionais de 1985 e 1990, observou-se um aumento da obesidade em crianças de 6 a 11 anos, de 67% nos meninos e de 42% nas meninas. No Brasil, observou-se um fenômeno de transição nutricional nas últi-mas décadas: se antes a preocupação era voltada para a desnutri-ção, atualmente, é para o excesso de peso. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avaliou a evolução do perfil antro-pométrico-nutricional da população e detectou uma queda apreci-ável na prevalência dos desnutridos e um aumento expressivo no excesso de peso.

As taxas de sobrepeso aumentam 0,5% ao ano, e a prevalência de sobrepeso/obesidade mudou de 4,15 para 13,9% em 10 anos, nas regiões Sudeste e Nordeste. A obesidade é uma doença in-flamatória subclinica, que predispõe a diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia aterogênica, hipertensão arterial e aumento da mor-bimortalidade pela doença aterosclerótica coronariana. O tecido adiposo, outrora conhecido apenas como um depósito de gordura, vem sendo reconhecido como um verdadeiro órgão endócrino com-plexo, capaz de produzir diversas citoquinas inflamatórias, fatores de crescimento e trombóticos.

Entre eles destacam-se a interleucina-6 (IL-6), fator de necro-se tumoral alfa (TNF-∂), fator inibidor da ativação do plasmino-gênio (PAI-I), resultando em resistência insulínica, inflamação e disfunção endoteliais. A formação da placa aterosclerótica se inicia na infância, estando diretamente relacionada com a ingestão de gorduras saturadas, sedentarismo e aumento do índice de massa corporal (IMC).

Atualmente, obesidade, inclusive, é considerada um fator de risco para a DAC e se recomenda a avaliação do perfil lipídico des-ses indivíduos, independentemente da história familiar de DAC precoce.

Em 2000, o Centers for Disease Control and Prevemtion revi-sou as curvas de desenvolvimento do ‘National Health and Exa-

minwtion Survey’ (NHANES), contendo dados coletados entre 1963 e 1994, além de criar as curvas de IMC e estabelecer

como ponto de corte para sobrepeso, o percentil 85. No entanto, passados 15 anos, o perfil metabólico da população mudou, e o momento epidemiológico atual

deve estar voltado para o risco de excesso de peso

e as suas comorbidades, ao invés de focar a desnutrição. Assim em 2007, a Organização Mundial de Saúde realizou um estudo com populações de vários países desenvolvidos e em desenvolvi-mento, tendo alinhado as curvas do CDC para pontos de cortes menores do IMC, aumentando a sensibilidade do diagnóstico de excesso de peso, de 2 a 19 anos. Com isso, novos referenciais de curvas de desenvolvimento vêm sendo propostas, para que se possa diagnosticar a obesidade precocemente, reduzindo o risco cardiometabólico na criança e no adolescente.

Page 11: 17 SFMC 2009

11 Sociedadeem Revista

A sua

FRATURAS NO IDOSO E A MEDICINA NUCLEAR

CINTILOGRAFIA ÓSSEA – DIAGNÓSTICO PRECOCE

Analisando a população mundial e a expectativa de vida crescente, a propor-ção de idosos acima de 60 anos, dobrará até 2050. Espera-se, também, um au-mento do número de casos de fraturas, principalmente proximal de fêmur, cos-telas, coluna vertebral e quadril.

Os idosos apresentam risco maior de fraturas que podem ocorrer na vigência de um trauma mínimo ou mesmo na sua ausência, como no ato de tossir, espirrar, em virar na cama, devido a fragilidade óssea ocasionada pela osteoporose.

Porém nem toda fratura no idoso é causada pela osteoporose, a Cintilogra-fia Ossea desempenha dois importantes papéis nesta questão: diagnosticar o mais precoce possível, fraturas ocultas nos idosos, e, afastar outras causas como metástases.

O estudo radiológico simples pode ser “normal”; não evidenciando alterações ósseas nos 7 primeiros dias do evento, já, a cintilografia óssea com tecnécio (99mTc-MDP) é positiva de imediato, uma vez que é um exame funcional de alta sensibilidade, pelo fato de a distri-buição do radioisótopo depender da ati-vidade metabólica e do fluxo sanguíneo do osso que vão se mostrar alteradas na fratura “oculta.”

A Cintilografia Óssea não apresenta efeitos colaterais ou alergias, é um exame de baixo custo econômico e de fácil execução,sendo realizado em três fases: – fase imediata do fluxo sanguíneo óssea (ou fase vascular)

- fase de equilíbrio ou de partes moles (5 minutos após injeção do radiofármaco)- fase de fixação óssea (3 horas após a injeção endovenosa do radiofármaco).Esta “inimiga oculta” deve ser prontamente diagnosticada para melhor prognóstico e resolução.Assim, a Medicina Nuclear através dos exames de cintilografia óssea com fluxo, oferece um teste precoce

para diagnostico de fratura nos idosos com suspeita, ou com dor óssea.

DRA CINTIA CARVALHO RIBEIRO GONÇALVES- CRM 52-61202-9MÉDICA NUCLEAR

Page 12: 17 SFMC 2009

12 Sociedade em RevistaA su

a

Page 13: 17 SFMC 2009

13 Sociedadeem Revista

A sua

Page 14: 17 SFMC 2009

Drª Martha Verônica C. BarbosaCRM 52.64488-9

Fga. Renata BoynardFonoaudiólogaCRFa 1339 T6R

14 Sociedadeem Revista

A sua

As urgências e emergências médicas representam uma área atualmente desprotegida. Com o objetivo de integrar profissio-nais, promover a atualização técnica e a defesa daqueles que tra-balham nos pronto-socorros e salas de emergência foi implantada em Campos a Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência (Abramurgem).

A nova entidade foi fundada oficialmente no dia 27 de agosto, no Centro de estudos do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. Tendo como presidente o médico campista Luiz José de Souza, a Abramurgem está funcionado junto com a Sociedade Brasileira de Clínica Médica/Regional-RJ (que fica ao lado da Faculdade de Medicina de Campos).

A Regional terá como meta, ainda, a promoção da educação permanente por meio de cursos de aperfeiçoamento, treinamento e educação continuada para os profissionais que lidam com as urgências e emergências médicas no Estado. “Isso certamente irá reverter como benefício para aqueles que representam nosso principal foco: os pacientes”, conclui Luiz José.

A Abramurgem já agendou para o mês de dezembro, de 3 a

Grupo de sócios fundadores

Da esquerda para a direita: Abdon Hissa(Diretor Científico), Luiz Jose de Souza(Presidente), Marcelo London(1º Secretário).............................

5, em Búzios-RJ, o I Congres-so de Medicina de Urgência e Emergência do Rio de Janeiro, que acontecerá paralelamente à X Jornada de Clínica Médica do Estado do Rio de Janeiro.

Associação de Medicina de Urgência e Emergência é fundada em Campos

Diretoria eleitaPresidente: Dr. Luiz José de Souza (Campos-RJ)1º Vice-Presidente: Dr. José Galvão Alves (Santa Casa do Rio de Janeiro)2º Vice-Presidente: Dr. José Rodolpho Rocco (UFRJ)1º Secretário: Dr. Marcelo London (Rede D’Or)2º Secretário: Dr. Marcelo Assad (Pro-Cardíaco)1º Tesoureiro: Dr. Hugo Simon (UNIMED-Campos)2º Tesoureiro: Drª. Andrea London (Pro-Cardíaco)Diretor Científico: Dr. Abdon Hissa (Clínico de Referência no Rio de Janeiro)Coordenador da Comissão Ética e Defesa Profissional: Dr. Fábio Miranda (Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro)

José Galvão Alves (1º Vice-Presidente) e Luiz Jose de

Souza (Presidente)

Page 15: 17 SFMC 2009

15 Sociedadeem Revista

A sua

Page 16: 17 SFMC 2009

16 Sociedade em RevistaA su

a

GENECY RIBEIRO - Advogado

Doses Jurídicas

• A Justiça especializada do trabalho entende que é inválido o acordo entre patrão e empregado para estabelecer verba de in-salubridade ou de periculosidade, sem passar pelo crivo de perícia médica, quando a responsabilidade de pagar for subsidiária, e tra-tar-se de serviço terceirizado pelo poder publico.

• O TST concedeu direito a um empregado que exerceu a fun-ção de radiologista, horas extraordinárias a partir da 4ª hora diária e da vigésima quarta semanal, com arrimo na Lei 7.394/85 que regula o exercício da profissão de técnico em radiologia.

• A empregada doméstica tem direito a receber em dobro os valores referentes às suas férias não gozadas nos períodos legais concessivos. Este entendimento dissipa qualquer dúvida, vez que alguns tribunais regionais determinavam o pagamento desta van-tagem somente para os trabalhadores urbanos, com exceção dos domésticos.

• Para que o empregado possa ser reintegrado no emprego, é necessária a prova da existência de doença profissional, a ser cons-tituída por pericia médica idônea, considerando o direito à estabili-

dade pelo período de doze meses, após a reintegração ao trabalho.• As alíquotas reduzidas de 8% e 12%, como base de cálculo

para o recolhimento do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas na forma da Lei 9.249/95, contemplam, apenas os hospitais. Existem dúvidas na jurisprudên-cia ao interpretar o que sejam atividades hospitalares. A melhor interpretação entende como hospitalares, os serviços vinculados as atividades desenvolvidas pelos mesmos, excluindo destes serviços as simples consultas médicas, atividades que não se identifica com a natureza hospitalar, mas própria de consultórios. São atividades hospitalares derivadas, as empresas que realizam prestação de serviços médicos tanto ambulatoriais, como clínicas, cirúrgicas, e de diagnósticos, empregando maquinários e utensílios específicos.

• Não é a necessidade do medicamento a ser utilizado pelo pa-ciente, que o Poder Público é obrigado a fornecer a quem dele pre-cisar. Para tanto, requer-se a exibição de requisição firmada por médico da rede oficial (SUS), adequação na prescrição, cujo me-dicamento deverá estar incorporado nas listas dos programas ofi-ciais. A questão tem implicações muito mais amplas e complexas do que se pode imaginar. A proliferação de ordens judiciais para a obtenção de medicamentos não constantes das listas oficiais com-promete o planejamento do Governo nas questões orçamentárias, considerando que quase sempre os pedidos referem-se a medica-mentos caríssimos, e às vezes nem existentes no país.

• O Desembargador Siro Darlan, do TJRJ, comentando sobre o judiciário, hoje, 11/09/09. “O Judiciário ainda é o seguimento da República onde a vontade popular é menos influente. Seus compo-nentes são escolhidos por via de concurso público, o qual prestigia o conhecimento em detrimento da liderança popular”. Continua ele: “Com as características de imparcialidade que deve ser o pilar garantidor de um bom julgamento, não acredito que a escolha por via da disputada político partidária faria do judiciário melhor do que é. Basta olhar para os Tribunais Superiores onde vigora o cri-tério político na escolha de seus membros para ver que esse não é o melhor caminho da democracia”.

Page 17: 17 SFMC 2009

17 Sociedadeem Revista

A sua

Number One

Estarei encaminhando este anúncio na segunda

Senhor, tu és o grande médico. Ajoelho-me diante de ti,Já que tudo que é bom vem de ti, eu te peço:Habilidade para as minhas mãos, lucidez para o meu espíri-to e compreensão para meu coração. Afasta do meu coração a cobiça e a mesquinhez.Dá-me a correção nas atitudes e forças para poder aliviar ao menos uma par-te da carga de so-frimento, dos meus semelhantes,Dá-me a gra-ça de com-preender o privilégio que tu me concedes.Dá-me a graça de confiar em ti com a fé simples de uma criança.

Amém.

Oração do MédicoSe

r Méd

ico

Ser Médico... É aliviar sofrimentos penetrar fundo nos tor-mentos da humanidade.

Ser Médico... É dar de si profundamente, sentir a dor do do-ente compreender a sua sorte, é se doar por inteiro, é romper o nevoeiro que separa vida e morte.

Ser Médico... É uma vida a dar vidas, a mão que cura feridas, a palavra que conforta, o olhar compadecido, ele é sempre o ami-go, que ao bater lhe abre a porta.

Ser Médico... É infundir confiança, ao velho, ao jovem, à criança, é ser de Deus o instrumento, dando alívio à dor alheia, é tecer fibra a fibra uma teia seguindo o seu juramento.

Ser Médico...É ter na mão a leveza, agir com delicadeza, é ver em cada criatura: o pai, a mãe, o filho, o parente, para que seu trabalho apresente o dom verdadeiro da cura.

Ser Médico... É empreender com carinho, é conhecer e traçar seu caminho sem jamais pensar no tédio, comprimidos não re-solvem, nem diplomas se devolvem...

É uma paixão sem remédio!!!(Murita da Cruz Rios Sampaio)

As comemorações pelo Dia do Médico, são um reconhecimen-to a estes trabalhadores da saúde, que obtêm sua recompen-sa, quando vêem uma vida ser salva. São anônimos sem rosto, que muitas vezes encontramos nas madrugadas, amarrotados, cansados, sem um salário digno e que cuidam de você, curam suas feridas, tratam da sua alma. Mas quem são estes seres ab-negados que estão a postos, oferecendo uma mão amiga e tra-balhando com dedicação e responsabilidade? Estão espalhados pelo mundo, e, como disse Epicteto: Deus escolhe seus servos ao nascerem, ou talvez antes mesmo do nascimento”. Temos que ressaltar aqui o trabalho e a vocação destes anjos sem asas...No dia 18 de outubro, o nosso abraço apertado a

esses heróis de todos os dias!

Médicos de plantão:“Queres ser médico, meu filho? Esta é a

aspiração de uma alma generosa, de um espírito

ávido de ciência. Tens pensado

bem no que há de ser a tua vida?”

Esculápio

Page 18: 17 SFMC 2009

18 Sociedade em RevistaA su

a

05/01/2003- Identificação: KCS, sexo feminino, 21 anos, natural e

residente em Campos dos Goytacazes-RJ.

- Q.P.: febre alta, mialgia e cefaléia.- H.D.A.: Paciente iniciou quadro clínico com febre alta, mialgia,

artralgia, cefaléia, dor retro-orbitária, diarréia e náuseas. - Ex. Físico: sem alterações.

- EXAMES LABORATORIAIS NA ADMISSÃO: - 5.100 LEUCÓCITOS- 0 BAST/ 4.233 SEGMENTADOS - 714 LINF. / 102 MONOCITOS / 51 EOS.-188.000 PLAQUETAS -Ht 41.2% / Hb. 14.1g/dL

A paciente foi internada, obtendo melhora clínica e alta hospitalar no dia seguinte.

09/01/2003 – 4º dia de doençaPaciente retornou ao hospital com febre alta, exantemas,

prurido e história de epistaxe (3 episódios).

EXAMES LABORATORIAIS:• 4.210 LEUCÓCITOS 0 BASTÕES/ 3.296 SEGM. / 736 LINF.66 MONOCITOS/ 104 EOSIN./ 7 BAS• 28.000 PLAQUETAS•TGO: 1448 TGP: 587•Uréia: 53 Creatinina: 5mg/dL• Ht: 39.7 % / Hb: 13.6 g/dL

•Isolamento Viral: Sorotipo 3

10/01/2003 – 5º dia de doençaPaciente admitida no CTI com sudorese, taquicardia,

hipotensão arterial (PA= 90mmHg x 60mmHg), desidratação e anemia. Também apresentava:

- Paralisia dos membros inferiores.• Insuficiência Renal Aguda (Uréia: 53 mg/dL e Creatinina: 5

mg/dL, Na+ 138, K+3.3)• Hepatite (TGO: 1448 U/L, TGP:587 U/L, Fosfatase Alcalina:

236 U/L e y GT: 262 U/L)• Plaquetopenia: 37.000• Hemoconcentração: 48.8%• Sorologia para Dengue: IgG não reagente e IgM reagente.

Isolado o DEN- 3

12/01/2003 – 2º dia de CTI e 7º de doença. - Paciente evoluiu com dificuldade de mobilizaçãode membros

inferiores, dor abdominal e posteriormente sangramento do trato digestivo e insuficiência respiratória aguda (SDRA).

- Evoluiu para intubação (TOT) acoplada à ventilação mecânica. Iniciada diálise peritoneal.

Caso Clínico

Luiz José de Souza

17/01/2003 – 7º dia de CTI e 12º de doença. - Foram suspensos os sedativos . Detectados: tetraparesia,

paralisia facial à direita, hemorragia pontina e posteriormente coma.

- Assim permaneceu até o dia 23/01/2003, quando apresen-tou melhora progressiva do quadro clínico, recebendo alta do CTI 20 dias depois.

RX ADMISSÃO SARA

Ressonância Magnética

- Realizada na véspera da alta hospitalar

Dengue com complicações

Page 19: 17 SFMC 2009

19 Sociedadeem Revista

A sua

Comentário: essa paciente iniciou quadro clínico de febre alta (39ºC), cefaléia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia, diarréia aquosa e náuseas. Após 24 horas procurou assistência médica, sendo realizado hemograma completo e radiografia do tórax que foram normais, sendo prescrito medicação sin-tomática (paracetamol). No quarto dia de doença a paciente retornou ao hospital com piora clínica, apresentando febre, mialgia, epistaxe, hematêmese, exantema morbiliforme cen-trífugo pruriginoso e dificuldade para mobilizar os membros inferiores.

No 6º dia de doença evoluiu com agitação psicomotora, hi-potensão arterial e insuficiência respiratória aguda. Foi enca-minhada ao CTI sendo sedada, entubada e acoplada a prótese respiratória. Apresentou hipóxia, relação PaO2/FiO2 de 71 e a radiografia de tórax mostrou infiltrado alveolar bilateral com-patível com acute respiratory distress syndrome. Apresentou choque refratário a infusão de volume sendo necessária amina vasopressora, hepatite aguda e insuficência renal aguda ne-cessitando hemodiálise.

No 12 º dia de doença foi suspensa sedação e após 24 horas a paciente apresentava abertura ocular espontânea, paralisia facial periférica direita e tetraparesia flácida. Foi realizada tomografia computadorizada de crânio e ressonância nuclear magnética que revelaram hematoma pontino). Evoluiu com

melhora das funções respiratória, cardiovascular, renal e he-pática recebendo alta em 30 dias após admissão.

Após 6 meses de acompanhamento ambulatorial a paciente apresentou-se lúcida, orientada, deambulando com dificuldade.

O diagnóstico de dengue foi confirmado através da sorolo-gia (ELISA) e Isolamento viral (amostra colhida no 5º dia de doença) em cultura de células C6/36 e detecção do RNA viral por RT-PCR , sendo identificado o sorotipo 3 do vírus da den-gue. As sorologias para hepatite A (anti-HAV IgM), hepatite B (HBsAg e anti-HBc) e PCR para hepatite C foram negativos. A soroaglutinação para leptospirose foi negativa.

Esta paciente apresentou um quadro clínico atípico com evolução para hemorragia cerebral (Encefalopatia), hemorra-gia digestiva , choque circulatório, hepatite por dengue, in-suficiência Renal Aguda, SARA e um quadro de instabilidade hemodinamica. Devido apresentar sangramento contínuo e trombocitopenia abaixo de 30.000, no tratamento foi efetua-do concentrado de plaquetas e imunoglobulina que contribuiu para melhora da estabilidade hemodinamica.

Diagnóstico:Dengue com complicações (Encéfalopatia + Sara + Insufi-

ciência Renal Aguda).

Page 20: 17 SFMC 2009

20 Sociedadeem Revista

A sua

Page 21: 17 SFMC 2009

Feliz aniversárioAniversariantes do mês de Setembro

DIA 01 – l Carlos Eduardo Paes Teixeira

Dia 02 – l José Abílio Sarmet Moreira Smiderle

Dia 03 – l Ricardo Madeira Coelho de Azevedo

Dia 05 – l Flávio Mussa Tavares

l Heloisa de Queiroz Mello

l Jose Antonio Bousquet

l Marco Aurélio França de Alvarenga

Dia 06 – l Dante Pinto Lucas

l Luis Alberto Mussa Tavares

Dia 07 – l Sergio Pedra Ferreira

Dia 08 – l Alvaro Luis Ribeiro Arantes

Dia 09 – l Claudio Eduardo Carvalho dos Santos

Dia 10 – l Judson Vieira de Melo

l Luiz Elpídio Martins Manhães

l Marcio França

Dia 11 – l Elisa Maria Waked Peixoto

Dia 12 – l Alberto Costa de Vasconcelos Cruz

l Honor Lemos Sobral

l José Marcos Rangel Elias

Dia 13 – l Nabia Maria Moreira Salomao

Dia 16 – l Fernando Cesar Gomes Marins

l Guilherme Alcy Salles Ferreira

Dia 19 – l Sandro Bichara Mendonça

Dia 20 – l Derly da Cruz Vieira Saraiva

Dia 21 – l Márcia Gomes Barcelos

Dia 22 – l Carlos José Vieira Barbosa

l Odilon Azevedo da Silva

l Roberta Cesário Vieira Carneiro

lValerio Chierice Pereira

Dia 23 – l André Vieira Bousquet

l Neusa Nogueira de Souza

l Ralph Dias Pessanha

Dia 24 – l Hélia Dutra Bastos

lVanda Terezinha vasconcelos

Dia 25 – l Márcio Sidney Pessanha de Souza

Dia 26 – l Elizabeth Barreto Ferreira de Araújo

l Enilton Monteiro Machado

l José Carlos Klen

l Maria das Graças Silveira Costa

Dia 27 – l Marilene Campos Montebello Lemos

Dia 28 – lTatiana Silveira Velasco

Dia 29 – l Luiz Carlos Osti Magalhães

l Luiz Mauricio Tavares Crespo

Aniversariantes do mês de Outubro

Dia 01 – l Amaury Osvaldo Mesquita l Rosangela de Abreu Neves Bello de Campos l Sergio Lontra CostaDia 02 – l Benedito Pereira Martins lVitor Mota CarneiroDia 03 – l Maria Auxiliadora Peixoto PeçanhaDia 04 – l Michel AbudDia 05 – l Antonio Salim Khouri l Paulo Roberto Romano RibeiroDia 06 – l Clicia Marcia Crespo Araujo l Eduar Chicralla Assad l Roberto Dias Duarte lTelmo Garcia Teixeira Junior lValeria Cristina Moreira CardosoDia 07 – l Haroldo Monteiro RibeiroDia 08 – l Patricia Galvão Almeida de Oliveira l Paulo André ChavesDia 09 – lValdebrando Mendonça LemosDia 10 – l Erick Guimarães Magrani l Lara Vianna de Barros LemosDia 11 – l Benedito Sergio Ferreira Chami l Consuelo Chicralla Martins l Maria Claudia Moura de AlmeidaDia 12 – l Marcelo PeçanhaDia 13 – lVictor Hugo Aquino de AzevedoDia 14 – l Luiz Carlos Mendonça da Silva l Norma Tognon Pedra Ferreira lTania Salgado MonteiroDia 15 – l Gustavo Messinger l Ricardo Venancio Juliboni lWalter SiqueiraDia 16 – l Candida Medeiros Ribeiro BarcelosDia 17 – l Lucia Helena de Azevedo Jacyntho l Roberto Lobo EscocardDia 20 – l Evaldo Luiz Otal Baptista l Maria Angelica Alves Gomes da Silva l Rogerio Mansur Bustamente SáDia 21 – l Maria das Graças Sepulveda Cam-pos e Campos l Oldemar Jose Tinoco Barbosa Leite lTania Mara de Souza GomesDia 22 – l Frederico da Silva Cesário l Jamil da Silva Soares l José Felício Rubim Laterça l Renata RestayDia 23 – l Claudio G. SobrosaDia 25 – l Daniel Santos de Miranda l Elisabete Bastos l Jayme Francisco de Godoy Bello de Campos l Lucio Magno Vianna Lopes l Luiz Fernando Ferreira SampaioDia 27 – l Margareth Resende VieiraDia 28 – l Marli Schimeli Lins e Silva MartinsDia 29 – l Almir Quitete de Lima Filho l Rosangela de Brito Perez Fernan-desDia 30 – l Giovane Adib Hissa l Keller Souza MoraesDia 31 – l Geraldo Arthur Gusmão Rodrigues l Maria Auxiliadora Machado Horvat

Aniversariantes do mês de Novembro

Dia 01 – lVera Lúcia Marques da Silva Oliveira

Dia 03 – l Carlos Hamilton Oliveira da Conceição

Dia 04 – l Arnaldo França Viana

l Claudio Manoel Terra Petrucci

l Erik Schunck Vasconcelos

l Rogerio Souto de Azevedo

Dia 05 – l Jefferson Mancini de Azevedo

Dia 06 – l Jose Eraldo da Silva

l Roberto Carvalho Alves

Dia 08 – l Carmen Lúcia de Sá da Silva

l Claudio Arantes da Silva Botelho

l Eduardo de Jesus Gomes Arueira

Dia 09 – l Aldo Franklin Ferreira Reis

l Ronaldo Pinto Pessanha

Dia 10 – lThiers Robinson Barcelos de Azevedo

Dia 11 – l Graziele Petrucci Espinosa

l José Carlos Stoduto de Carvalho

l Moacyr Serodio Garcia Paes

Dia 12 – l Eduardo Leandro Gomes de Carvalho

l Eliane Leis do Espirito Santo

l Karine Kiepper Gomes

Dia 13 – l Alexandre Pires Gomes

l Carlos Alexandre Blochtein

Dia 14 – l Fernando de Carvalho Vasconcellos

l Mauricio Moussallem

Dia 16 – l Lilia Teresa Terra Defanti

l Marcio Ribeiro de Andrade

l Rosa Lyana Gomes de Souza Oliveira

Dia 20 – l Denisley Henrique de Jesus

Dia 21 – l Jose Elias da Costa

Dia 25 – l Nazareth Machado Felix

l Oswaldo Ferraz Filho

Dia 27 – l Cristiane Chaves Nascentes Machado

l Luis Pierre Augusto da Cruz Fioravanti

Dia 28 – l Jair Araújo Júnior

21 Sociedadeem Revista

A sua

Page 22: 17 SFMC 2009

22 Sociedadeem Revista

A sua

Música

Desenho

O dom além da medicina

Poesia

Literatura

Ele não é nenhum cantor profissional, mas é sempre muito admirado e aplaudido pelos colegas médicos quando resolve dar uma canja nas rodas de amigos. O otorrinolaringologista Marco Aurélio França de Alvarenga tem na música, um dos seus hob-bies e é fã do jazz e da Bossa Nova. Modesto, faz logo questão de dizer que só sabe cantar de cor duas músicas italianas. “Na verdade, eu canto muito pouco; só em cir-cunstancias especiais mesmo; em eventos informais, de im-provisação. Geralmente em momentos de descontração, numa roda de amigos, sai uma música ou outra, mas que eu saiba a letra inteira mesmo são só essas duas”, brinca o otorri-nolaringologis-ta.

Para o pediatra Luis Alberto Mussa Tavares, a literatura sem-pre teve um sentido especial. Autor de sete livros (sendo o último, ‘Uma Declaração Universal de Direitos para o Bebê Prematuro’) ele começou a tomar gosto pelas letras ao ouvir seu pai declamar poemas de Chico Xavier. “Foi a partir daí que eu passei a me

encantar pela poesia”, lembra. Atualmente, ele está trabalhando como co-organizador do li-

vro ‘Amamentação - Bases Científicas’, com o professor Marcus Renato de Carvalho

(UFRJ). “Estou em preparo de duas outras obras: ‘Como ajudar a mãe prematura do

bebê prematuro a amamentar’ e ‘A mãe prematura’,

além de um outro volume de poe-sias ainda iné-

dito: ‘Sonetos c o m p l e t a -mente sem maldade e

outros poe-mas’”.

Desde criança, a pediatra Angela Maria Sarmet Moreira en-cantava a todos pelo seu dom de declamar poesias. Não demorou muito para ela também passar a escrever, até que a partir de 1964 passou a se dedicar com mais afinco à poesia. “Mas não escrevo com regularidade não. Só quando a inspiração vem. E falo sobre

coisas que sinto, que vivo. É a poesia do cotidiano”, res-salta a poeta, que já tem dois livros publicados: “Eu só sei falar de amor” e “Rumando ao in-finito”. “A poesia é parte da minha vida; não saberia viver sem ela”, diz a médica, que faz parte do grupo Boa Noite Amor e é fã da obra do poeta fidelense Antonio Roberto Fernan-des, da campista Heloisa Crespo e dos famosos Vini-cius de Moraes e Chico Buarque de Holanda.

Quem trabalha com o ortopedista Antônio Carlos de Miranda Pereira certamente já viu que nas horas de folga, papel e caneta não ficam parados na mesa. “Às vezes es-tou de plantão, à noite, e quando não tenho o que fazer eu esboço alguns rabiscos”, conta o médico, que costuma fa-zer caricaturas de políticos que vê nos jornais e de jogador de futebol. Ele também gosta de desenhar animais (urso, tubarão e cachorro são os seus preferidos), pessoas prati-cando esporte e situações do cotidiano, como a epidemia de gripe suína, mas com um toque de humor. “Já fiz a neurose do povo usando máscara, fiz também um porco querendo tossir em cima de uma grávida”, lembra o ortopedista que desenha para distrair e desenvolver a habilidade manual, já que também é cirurgião.

Page 23: 17 SFMC 2009
Page 24: 17 SFMC 2009