16demonstrações financeiras 2009

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Demonstraes Financeiras 2009Relatrio da Administrao Parecer dos Auditores Independentes Declarao dos Diretores sobre as Demonstraes Financeiras Declarao dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes Manifestao do Conselho de Administrao Parecer do Conselho Fiscal Balano Patrimonial Notas Explicativas Anexos

RELATRIO DA ADMINISTRAO EXERCCIO SOCIAL FINDO EM 31/12/2009

1 MENSAGEM DA ADMINISTRAO 2 CENRIO ECONMICO 3 PLANO DE TRANSFORMAO DA ELETROBRAS - PTSE 4 PLANEJAMENTO ESTRATGICO 5 GESTO CORPORATIVA 6 GOVERNANA CORPORATIVA 7 NOSSOS NEGCIOS 7.1 Gerao, transmisso e distribuio 7.2 Participaes Acionrias 7.3 Estrutura Societria por Segmento de Negcios 7.4 Atividades Internacionais 8 INVESTIMENTOS 8.1 Recursos Ordinrios 9 PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO (PAC) 10 O MERCADO DE ENERGIA DO SISTEMA ELETROBRAS 10.1 Expanso da Gerao 10.2 Expanso da Transmisso 10.3 Leilo de Linhas de Transmisso 10.4 Interligaes Fronteirias 10.5 Comercializao de Energia Eltrica 11 DESEMPENHO ECONMICO E FINANCEIRO 11.1 Lucro Lquido das Controladas 11.2 EBITDA 11.3 Estrutura de Capital e Endividamento Consolidado 11.4 Resultado Primrio 12 AUDITORES INDEPENDENTES 13 CAPTAO DE RECURSOS 14 VALOR ADICIONADO 15 EMPRSTIMO COMPULSRIO 16 MERCADO DE CAPITAIS 16.1 Base acionria 16.2 Anlise das Aes da Eletrobras 16.3 Valor de Mercado 16.4 Rating 16.5 Relacionamento com Acionistas e Investidores 16.6 Remunerao aos Acionistas 16.7 Programa de ADRs - Bolsa de Nova Iorque 16.8 Latibex - Bolsa de Valores de Madrid 17 CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELTRICA - CEPEL 18 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLGICO E INDUSTRIAL PDTI 18.1 Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) 18.2 Logstica de Suprimento 18.3 Normas e Qualidade 19 GESTO DE FUNDOS SETORIAIS 19.1 Reserva Global de Reverso RGR 19.2 Conta de Desenvolvimento Energtico CDE 19.3 Conta de Consumo de Combustvel CCC 20 PROGRAMAS SETORIAIS DE GOVERNO 20.1 Programa Nacional de Iluminao Pblica Eficiente Reluz 20.2 Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica - Procel

20.3 Programa de Incentivo s Fontes Alternativas de Energia - PROINFA 20.4 Programa Nacional de Universalizao do Acesso e Uso da Energia 21 DIMENSO SOCIAL 21.1 Recursos Humanos 21.2 Sade, Bem-estar e Segurana do Trabalho 21.3 Treinamento e Desenvolvimento 21.4 Relaes Trabalhistas e Sindicais 21.5 Aes Administrativas 21.6 Responsabilidade Social 21.7 Cultura e Sociedade 21.8 Ouvidoria 21.9 Prmios e Reconhecimento 22 MEIO AMBIENTE 23 EMPRESAS DE DISTRIBUIO 23.1 Reviso Tarifria 23.2 Comercializao de Energia Eltrica 23.3 Fornecimento por Classe de Consumo 23.4 Controle de Perdas 23.5 DEC /FEC 23.6 Inadimplncia 23.7 Atendimento aos Clientes 24 BALANO SOCIAL Eltrica Luz Para Todos

1 MENSAGEM DA ADMINISTRAO A concretizao de uma nova Eletrobras O ano de 2009 trouxe a consolidao de grandes conquistas para o Sistema Eletrobras, frutos da transformao que vem sendo promovida desde 2008. Questes que h muitos anos prejudicavam o nosso conjunto de empresas foram definitivamente solucionadas. Alm disso, a melhoria na governana corporativa mostrou resultados significativos, reconhecidos por importantes agentes do mercado que recomendaram a compra de aes da Eletrobras. Esse prestgio refletiu-se tambm no desempenho dos papis da Companhia na Bolsa de Valores de So Paulo (Bovespa) que, em 31 de dezembro de 2009, as ordinrias atingiram uma valorizao de 40,36% e as preferenciais, de 31,18%. Nos ltimos dois anos, as aes da Eletrobras obtiveram uma valorizao de 45% (ordinrias) e 31,8% (preferenciais). Mas no s os investidores reconheceram a Eletrobras em 2009: fomos listados no ndice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, pelo terceiro ano consecutivo; recebemos os prmios da revista poca Negcios e do jornal DCI como empresa de maior prestgio no setor de energia; e passamos a integrar o E8 - grupo das 13 maiores empresas do setor eltrico em pases do G8. Esse desempenho foi fruto de muito trabalho, especialmente na ampliao dos investimentos em projetos de gerao e transmisso de energia. Nos leiles de linhas de transmisso realizados pela Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel), as empresas do Sistema marcaram forte presena. No primeiro deles, em maio, o Sistema Eletrobras arrematou 92% do total de linhas em disputa. No segundo, em novembro, levou seis dos oito lotes de 11 linhas de transmisso ofertados. No campo da gerao de energia, alm do franco progresso nas obras de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira, os avanos nas negociaes para a concesso da licena prvia do projeto da hidreltrica de Belo Monte e a realizao de audincias pblicas com grande participao da populao local marcaram um ano de realizaes concretas e mudanas de paradigma. Na distribuio, continuamos no caminho da gesto centralizada, profissional e cada vez mais eficiente das empresas. Esse esforo vem assegurando a viabilizao de financiamento pelo Banco Mundial para investimento na reestruturao e modernizao dessas empresas, alm da melhoria na qualidade do fornecimento de energia para milhes de pessoas. Ainda no final do ano, outra grande vitria tambm foi conquistada pela Eletrobras, com a sano da Lei 12.111, que define as condies do servio de energia nos Sistemas Isolados e traz excelentes perspectivas para a recuperao da sade financeira das empresas do Sistema Eletrobras envolvidas nessas operaes. Com tantos resultados positivos, a perspectiva das melhores: a construo de uma nova Eletrobras, destinada a se tornar lder global no mercado de energia limpa. Em 2010, a Companhia se prepara para importantes projetos, como: a finalizao dos estudos sobre o Complexo de Tapajs, que ser construdo seguindo o conceito de usina-plataforma; avanos na construo de Angra 3; e progresso na internacionalizao de seus negcios. Tudo isso, claro, fruto de uma transformao promovida no s por seus lderes, mas por todos aqueles que formam e constroem o Sistema Eletrobras.

2 CENRIO ECONMICO O Panorama Internacional A crise de liquidez, em praticamente todo o mundo, que restringiu o crescimento da maior parte das economias em 2008, prosseguiu em 2009, embora ensaiando pequenas retomadas em algumas economias desenvolvidas. As maiores recuperaes, no entanto, ocorreram nos pases emergentes como a China e a ndia, por exemplo, que apresentaram elevadas taxas de crescimento no ano passado. O PIB chins cresceu 8,9% no terceiro trimestre de 2009 em comparao com o mesmo trimestre de 2008. Nos nove primeiros meses do ano, a economia do pas expandiu-se a uma taxa de 7,7%, somando 21,78 trilhes de Yuan ou US$ 3,18 trilhes, segundo o Departamento Nacional de Estatsticas da China. As polticas adotadas pelo governo chins para combater a crise financeira global produziram resultados significativos, fato essencial para gerar os empregos necessrios para absorver o excedente de mo-de-obra daquele pas. A China prev que milhes de trabalhadores continuem se deslocando em busca de melhores condies de trabalho. Nos EUA, a poltica de apoio aos bancos levada a cabo pelo Presidente Obama parece ter freado ou adiado uma crise de confiana mais generalizada. Ainda assim, o PIB dos EUA em 2009 deve apresentar decrscimo de 2,4%, com a taxa de desemprego passando de 7,7% em janeiro para 10,0% em novembro. A evoluo do PIB da Alemanha, em 2009, dever ficar em -5,0% e na Frana em -2,3%, aproximadamente. Enquanto o PIB do Japo ensaiou pequena recuperao no terceiro trimestre do ano passado, com alta entre 2,2% e 2,6% em relao ao ano anterior, o da Itlia caiu 4,6% no mesmo perodo. Segundo a agncia de estatsticas da Unio Europia, a Eurostat, os preos ao consumidor nos 16 pases que utilizam o Euro, subiram 1% em janeiro de 2010 em comparao a janeiro de 2009. J a taxa de desemprego apresentou resultado mais negativo, em torno de 10% em dezembro, contra 9,9% em novembro, a maior desde agosto de 1998. Economia Brasileira A economia brasileira encerrou o ano de 2009 com o IPCA em 4,31%, abaixo da meta de inflao e com um nvel de crescimento econmico prximo de zero, basicamente influenciado pelo desempenho desfavorvel do setor industrial. Por sua vez, a taxa Selic permanece estvel desde julho de 2009, no patamar de 8,75%a.a. A TJLP ficou em 6,25%a.a. no primeiro semestre de 2009 e em 6,0%a.a. no segundo semestre. A poltica de iseno de IPI para automveis e para a linha branca de eletrodomsticos, combinada com uma poltica fiscal mais ativa em termos de manuteno de gastos pblicos, alm do aumento real do salrio mnimo e do reforo nos programas sociais como o Bolsa Famlia e o Luz para Todos serviram como anteparo contra os efeitos recessivos da crise financeira internacional.

A balana comercial brasileira apresentou supervit comercial (saldo das exportaes menos as importaes) de cerca de US$ 24,615 bilhes ao final do ano de 2009, resultado 1,4% inferior ao registrado no ano anterior, que foi US$ 24,956 bilhes. As exportaes somaram US$ 152,252 bilhes, enquanto que as importaes totalizaram US$ 127,637 bilhes. A taxa de cmbio apresentou certa volatilidade, refletindo a intensa movimentao de capitais ao longo do ano. O dlar iniciou o ano cotado a R$ 2,33 ; em 1 de julho sua cotao passou a ser R$ 1,93 e encerrou o ano em R$ 1,74, apresentando ao final do ano uma apreciao aproximada de 25,3%. Amrica Latina A crise internacional foi sentida, embora de forma diferenciada, por todas as economias latino-americanas. As estimativas recentemente elaboradas pela Cepal para o PIB conjunto da Amrica Latina indicam queda de 1,8% em 2009 frente ao PIB de 2008. Destaques negativos para o Mxico -6,7%; Paraguai 3,5%; Honduras -3,0%; El Salvador -2,5% e Venezuela -2,3%. Pelo lado positivo, as seguintes estimativas: Bolvia +3,5%; Panam e Repblica Dominicana +2,5% cada um. A Argentina deve crescer 0,7% em 2009 enquanto o Chile deve ficar semelhante ao resultado Latino-americano: -1,8%. Mercado de Energia Eltrica O consumo nacional de energia eltrica na rede totalizou 388.204 GWh em 2009, um decrscimo de 1,1% em relao a 2008. Os efeitos da crise ficaram restritos ao setor industrial com 8%. J o setor residencial e o comercial cresceram 6,2% e 6,1%, respectivamente. O setor industrial apresentou um consumo reduzido, semelhante mdia dos anos de 2006 e 2007, mas recuperou-se ao longo do ano, tendo em vista as grandes quedas no incio de 2009. Segundo dados da Agncia Nacional de Energia Eltrica, em 2009, o pas alcanou a capacidade instalada de 106.301 MW em 2180 usinas em operao, sendo a participao das hidroeltricas igual a 71% da capacidade de gerao total, seguida pelas termeltricas, ao final do ano, responsveis por 23,59% do parque gerador. O mesmo relatrio mostra ainda os empreendimentos que entraram em operao comercial ao longo do ano passado e geraram uma potncia de 3.565,11 MW. Deste montante, 610,86 MW so hidreltricas, 463,32 MW pequenas centrais hidreltricas, 266,93 MW elicas e 2.224 MW de trmicas. O consumo de energia eltrica foi substancialmente influenciado pelo comportamento distinto da economia brasileira ao longo de 2009. Enquanto os primeiros meses do ano caracterizavam-se por um ambiente de averso ao risco, queda no ritmo de produo fsica da indstria e incertezas resultantes da grave crise financeira internacional, os meses de novembro e dezembro j demonstraram os efeitos da recuperao econmica que se processou durante este intervalo. Esta acelerada reverso de expectativas est intimamente associada adoo de polticas anticclicas pelo Governo Federal, tais como: a concesso de incentivos fiscais especficos (setor automotivo, linha branca, construo civil), atuao dos bancos pblicos para expanso do crdito (Caixa Econmica, Banco do Brasil e BNDES), reduo de juros, alm dos volumosos investimentos na infra-estrutura. No que concerne ao desempenho das classes de consumo, a classe industrial foi a mais afetada pela crise (sobretudo os setores exportadores). Vale ressaltar a gradativa recuperao do ritmo de produo fsica e respectivo consumo de energia eltrica a cada trimestre do ano. As classes residenciais e comerciais tiveram uma significativa expanso em relao ao acumulado de 2008, o que pode ser atribudo a diversos fatores, tais como: maior posse e uso de eletrodomsticos; aumento do nmero de novas ligaes; abertura de novos postos comerciais (redes varejistas, atacadistas, shopping centers, setor hoteleiro), estimulados pela demanda domstica; e os efeitos do aumento da temperatura em diversas regies do pas (implicando um maior uso dos sistemas de refrigerao). O recuo do montante consumido pela indstria em 2009 (ficando entre os nveis de 2006 e 2007) foi decisivo para a queda observada no mercado total de energia em relao ao fechamento de 2008. O comparativo do consumo de energia eltrica por regio geogrfica e a evoluo do mercado de fornecimento do Brasil, nos ltimos anos, so apresentados nas tabelas abaixo. Consumo de Energia Eltrica na Rede (GWh) Classe de Consumo Regio Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Residencial 5.258 17.219 54.343 16.256 7.561 Industrial 12.339 27.459 91.570 28.185 6.079 Comercial 3.146 9.449 36.796 11.096 5.081 Outros 3.193 11.078 25.216 11.146 5.735 2009 Total 23.936 65.205 207.925 66.683 24.456 2008 Total 23.748 64.752 213.651 67.045 23.569 Variao (%) 0,79 0,70 -2,68 -0,54 3,76

Mercado do Fornecimento de Energia Eltrica - Brasil 2005-2009 (GWh) Classe Residencial Industrial Comercial Outras 2005 82.650 149.040 52.939 49.936 2006 85.784 157.423 55.224 51.796 2007 89.885 175.701 58.647 54.129 2008 94.660 179.977 62.156 55.971 2009 100.637 165.632 65.568 56.368 Variao (%) 6,3 -8,0 5,5 0,7

Total

334.565

350.227

378.362

392.764

388.205

-1,2

3 PLANO DE TRANSFORMAO DO SISTEMA ELETROBRAS PTSE O Plano de Transformao do Sistema Eletrobras foi organizado em quatro vetores de atuao. Teve seu incio em 2008 e, ao final de 2009, contava com 57 projetos e 142 produtos a serem entregues. O monitoramento dos projetos indica um ndice de realizao das atividades da ordem 75%, considerado satisfatrio se comparado com a estimativa de progresso planejada.

Realizao dos Projetos x Previsto por vetor de atu ao100% 85% 76% 73% 83% 90% 64% 55%

Governana Corporativa

Reorientao Distribuio

Reform ulao Institucional

Modelo Gesto

O projeto de Implementao das Melhores Prticas de Governana Corporativa, durante o ano de 2009, obteve significativo avano. Foram estabelecidos os critrios normativos para a atuao dos Conselheiros e elaborados os Manuais de Orientao dos Conselheiros de Administrao e Fiscal Representantes da Eletrobras, reconhecendo a necessidade de um bom desempenho dos conselheiros na misso de proteger e valorizar o retorno do investimento, supervisionando o relacionamento entre os executivos e as demais partes interessadas. A Elaborao do Plano de Gesto Integrada de Pessoas para todas as empresas do Sistema Eletrobras teve grandes avanos durante o ano. Ele formado por planos unificados relacionados Carreira e Remunerao, Avaliao de Desempenho, Desenvolvimento e Capacitao de Pessoas, Administrao de Pessoas e de Benefcios Assistenciais. No ltimo trimestre, foi iniciado o projeto de gesto do clima organizacional que pretende medir e executar aes para atingir metas de satisfao dos colaboradores de todo o Sistema Eletrobras (SE). O Plano Unificado de Carreira e Remunerao, o primeiro integrado para os colaboradores do SE, foi aprovado em todas as instncias e recebeu o parecer favorvel do Ministrio de Minas e Energia, aguardando agora a aprovao do Departamento de Coordenao e Governana das Empresas Estatais (Dest) e do Ministrio de Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG). J o Sistema de Gesto de Desempenho est sendo implantado na Eletrobras, com a definio das metas das reas e individuais, e dever ser replicado para as demais empresas do Sistema em 2010. O Plano de Desenvolvimento e Capacitao do SE foi desenvolvido e a Universidade Corporativa do Sistema Eletrobras foi totalmente reestruturada para apoiar as competncias necessrias de acordo com as estratgias corporativas definidas no Plano Estratgico do Sistema Eletrobras. Tambm foram aprovadas trs polticas integradas do Sistema Eletrobras, que vo orientar as aes das empresas: a Poltica Integrada de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovao, a Poltica de Logstica de Suprimento e a Poltica de Comunicao Integrada. A aprovao dessas polticas teve como consequncia a execuo de planos de ao para adequao de processos, tais como a primeira aquisio conjunta por todas as empresas geradoras do Sistema que gerou economia de escala, com o mesmo grau de sucesso que a aquisio realizada para as empresas distribuidoras da Eletrobras. Para o ano de 2010, novas aquisies sero efetuadas aumentando ainda mais o grau de economia e refinando o processo de planejamento integrado dessa atividade. No que diz respeito ao fortalecimento da imagem corporativa, foi iniciado o projeto de Gesto de Marcas do Sistema, cuja estratgia integra-se ao posicionamento dos negcios da Eletrobras e estratgia de comunicao corporativa. No 1. Semestre de 2010, dever ser implementada uma nova marca que integre todo o SE, bem como novos processos para gerenciamento da marca como um importante ativo empresarial. No que se refere internacionalizao, houve tambm considervel progresso. Foram definidas as estratgias de operao, a estrutura de operao da rea responsvel pelo assunto, e, ainda, foi indicado um portflio de projetos a serem estudados / implementados no exterior. No que diz respeito s legislaes, ocorreu a aprovao do PLV-03 (projeto de converso em Lei da Medida Provisria n. 450/09), que flexibiliza as regras de licitao para a Eletrobras. O projeto prev que a empresa no precisar mais seguir estritamente as regras da Lei 8.666, que regula as contrataes do setor pblico no pas. Assim, to logo ocorra a

regulamentao do PLV, a aquisio de bens e a contratao de servios poder ser feita por licitao simplificada, com regras que sero definidas por decreto presidencial especfico. Outro avano foi a sano, pelo presidente da Repblica, da lei 12.111/09, que desonera as empresas do Sistema, em especial a Eletronorte, com os custos excessivos do combustvel usado na operao dos sistemas isolados. O objetivo da lei melhorar o equilbrio econmico-financeiro das empresas com a mudana no clculo da Conta de Consumo de Combustveis (CCC), que passa a permitir a cobertura de todos os custos do servio de fornecimento de energia aos sistemas isolados, alm de possibilitar que a quantidade correspondente de energia eltrica seja valorada pelo custo mdio comercializado no Sistema Interligado. Outra iniciativa de grande importncia para os negcios do Sistema est sendo a Implementao da Poltica de Gesto Integrada de Riscos, que trata da implantao do Modelo de Gesto Integrada de Riscos e dos Controles Internos requeridos pela lei Sarbanes-Oxley (SOX). Nesse sentido a Eletrobras criou, em 2009, o Departamento de Gesto de Riscos e Conformidades de Controles, e todas as empresas de gerao e transmisso do Sistema, com exceo de Itaipu, cujas avaliaes esto em andamento, criaram estruturas semelhantes. O trabalho nas distribuidoras se iniciar no segundo semestre de 2010. Paralelamente, esto sendo contratados servios de consultoria para mapeamento dos riscos corporativos para todas as empresas do Sistema e workshops de nivelamento da metodologia. Alm disso, j esto em fase final os testes de verificao da adequao dos Controles Internos requeridos pela lei SOX e que foram implementados nos principais processos das empresas do Sistema Eletrobras. Essas iniciativas so bem consideradas pelo mercado, fortalecendo ainda mais a imagem da Eletrobras frente aos investidores e contribuem para a consolidao da presena da companhia nos preges da bolsa de Nova Iorque, onde, desde outubro de 2008, so negociados ADRs de nvel II. No segmento dos negcios de distribuio de energia eltrica, a execuo do Plano de Melhoria de Desempenho, elaborado em 2008, vem implementando aes que visam o equilbrio econmico-financeiro das empresas da Eletrobras que atuam nesse mercado. Alm disso, esto sendo realizados estudos para readequao dos processos de gesto para adoo na holding e nas prprias empresas. A adequao do modelo de gesto empresarial, incluindo avaliao do atual modelo societrio do Sistema Eletrobras, est em desenvolvimento para os negcios de Gerao, Transmisso e Distribuio de energia eltrica. Os estudos pretendem indicar quais as alternativas de modelos de gesto mais favorveis operao dos negcios da Companhia, com maiores nveis de rentabilidade e competitividade. 4 PLANEJAMENTO ESTRATGICO Em fevereiro de 2009, a diretoria da Eletrobras apresentou ao seu Conselho de Administrao (CAE) e aos presidentes das empresas do Sistema Eletrobras, o Programa de Aes Estratgicas do Sistema Eletrobras (PAE) para o perodo de 20092012. Aprovado pelo CAE em maro de 2009, o PAE 2009-2012 tem por objetivo agilizar a aprovao e a execuo de aes vitais para a Transformao do Sistema Eletrobras e prev investimentos e inverses financeiras da ordem de R$ 8,7 bilhes em 2009, sendo R$ 7,0 bilhes destinados gerao e transmisso e cerca de R$ 1 bilho para as empresas de distribuio do Norte e Nordeste. O PAE 2009-2012 trabalha com uma estrutura composta por Objetivos Estratgicos, Fatores Crticos de Sucesso e Metas e est em perfeita sintonia com o Planejamento Estratgico do Sistema Eletrobras, ora em desenvolvimento. Alm dos investimentos citados, ele tambm contempla aes no mbito da Governana Corporativa, da Gesto Corporativa, da Internacionalizao, da Gesto de Pessoas e da Imagem da Empresa. A Assessoria de Planejamento Estratgico e Desempenho Empresarial da Eletrobras a responsvel pelo desdobramento das metas a serem alcanadas pelo PAE 2009-2012 nas empresas do Sistema Eletrobras. Este trabalho realizado atravs de um conjunto de indicadores de desempenho concebidos para aferir o alcance destas metas segundo a realidade de cada empresa do Sistema. Os trabalhos de elaborao do Plano Estratgico do Sistema Eletrobras foram iniciados atravs de anlises e discusses internas, reconhecendo-se a expertise sobre o tema j existente no conjunto das empresas do Sistema, capturando e aprofundando as orientaes estratgicas existentes e as oportunidades que se configuravam naquele momento (incio de 2009). Foi constitudo um Grupo de Trabalho com representantes de todas as empresas do Sistema nas reas de Planejamento e Gesto. Neste contexto, partiu-se para a capacitao e alinhamento dos participantes em Prospectiva e Estratgia. Durante o ms de dezembro de 2009, finalizou-se o Plano Estratgico do Sistema Eletrobras (SE), onde se destacam os cenrios do ambiente de atuao do Sistema, o Cenrio de Referncia escolhido, o Posicionamento Estratgico definido para o SE, destacando-se: a Misso, a Viso, os Valores, os Benefcios para o Pblico-Alvo, os Objetivos Estratgicos Finalsticos, os Objetivos Estratgicos de Gesto e Competncias e, por ltimo, a rvore Estratgica do Sistema Eletrobras. A prxima etapa, prevista para janeiro de 2010, a submisso deste Plano apreciao do Conselho de Administrao da Eletrobras, visando a sua aprovao e a continuidade dos trabalhos, isto , a elaborao dos Planos de Negcios, do Oramento Consolidado, do Plano de Investimento de Longo Prazo, alm do desenvolvimento de um Sistema de Monitoramento (Metas e Indicadores de Desempenho). 5 GESTO CORPORATIVA A partir de abril de 2009, o gerenciamento do portflio de projetos do PTSE passou a ser feito com o auxlio do relatrio Painel de Situao dos Projetos do Plano de Transformao. Atualizado e emitido de forma bimensal, com o trabalho de gerentes de projeto e facilitadores, esse relatrio permite aos gestores a visualizao grfica da evoluo do conjunto de projetos do plano,

possibilitando assim, as anlises necessrias que suportam o processo decisrio de gesto da transformao, em seus diferentes nveis. A partir de julho de 2009, a Diretoria Executiva da Eletrobras passou a contar com a disponibilizao mensal do Relatrio de Informaes Gerenciais (RIG), um novo instrumento de gesto corporativa da holding. Esse relatrio agrega temas e informaes mais abrangentes no mbito do mercado, dos negcios, dos servios ao Governo e da gesto corporativa. Foi lanado, a partir de julho de 2009, o Resumo Executivo para uso do Conselho de Administrao da Eletrobras (CAE). Esse documento, entregue todos os meses aos Conselheiros de Administrao durante suas reunies, apresenta de forma sintetizada um conjunto de informaes sobre temas de relevncia e interesse dos membros do CAE. Em setembro de 2009, durante a reunio do Conselho Superior do Sistema Eletrobras (Consise), na hidreltrica de Tucuru, o Comit de Sustentabilidade do Sistema Eletrobras apresentou a proposta de um pacto de gesto envolvendo compromissos de implementao e melhorias de uma srie de boas prticas de gesto voltadas para a Sustentabilidade Empresarial, at maro de 2010. Desta forma, foi estabelecido pelo Consise o Pacto de Tucuru. Na busca de atender uma das metas do Pacto de Tucuru, foi iniciado o processo para a elaborao do Cdigo de tica e Conduta Empresarial nico do Sistema Eletrobras. O novo cdigo ir substituir os atuais cdigos de tica e cdigos de conduta das empresas e tornar-se- a principal referncia para o Sistema, contendo uma declarao de valores ticos e compromissos de conduta para todas as empresas do Sistema. O processo de elaborao desse documento est sob a coordenao da Comisso de tica da holding. A consolidao do Cdigo nico, alm de conferir unidade tica s decises corporativas, tem por finalidade eliminar as lacunas levantados para o atendimento aos requisitos dos ndices de sustentabilidade contidos no ISE Bovespa e do DJSI da Bolsa de Nova York. No final de 2009, foi estabelecido o Contrato de Metas de Desempenho Empresarial (CMDE) entre a Eletrobras e suas empresas controladas. Esse instrumento de gesto surgiu no mbito das novas regras de Governana Corporativa do Sistema Eletrobras, como requisito da implantao de um conjunto de aes de melhoria da estrutura de capital das empresas. O CMDE visa estabelecer resultados e metas de gesto entre a Eletrobras e cada uma de suas empresas. O processo de gesto do CMDE conta com um conjunto de atividades e procedimentos envolvendo a holding e suas companhias, de modo a permitir a adequada coordenao e avaliao de suas atividades. Assim, com a ajuda de um grupo de indicadores econmicofinanceiros, tcnico-operacionais e socioambientais, busca-se a melhoria da eficincia financeira, operacional e estratgica das empresas. Buscando o aperfeioamento da gesto corporativa, a Eletrobras conta com diversos comits para tratar de assuntos especficos, entre eles, podem-se destacar: Comit de Investimentos do Sistema Eletrobras (Cise) - tem como objetivo a elaborao de pareceres sobre as oportunidades e prioridades de investimentos das empresas do Sistema Eletrobras, relacionadas a concesses ou autorizaes de servio pblico de energia eltrica. Comit de Integrao Corporativa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnolgico (Cicop) - coordena e incentiva a pesquisa, o desenvolvimento e a inovao tecnolgica (P&D+I) no Sistema Eletrobras, otimizando a aplicao dos recursos. O Cicop busca o aperfeioamento dos processos e a sinergia de aes na gesto de P&D+I do Sistema Eletrobras. Entre as suas principais atribuies esto definio de estratgias de atuao na rea, o estmulo ao desenvolvimento da cultura de inovao, o incentivo obteno de patentes e a proteo da propriedade intelectual. Comit de Tecnologia da Informao, Telecomunicao e Automao do Sistema Eletrobras (Cotise) - tem como principais atribuies a formulao da Poltica Integrada de Tecnologia da Informao, Telecomunicao e Automao do Sistema Eletrobras, a coordenao do estabelecimento dos processos, controles, modelos, padres e ferramentas requeridos para a implementao dessa poltica, alm da superviso para que ela seja cumprida. Comit Estratgico de Logstica de Suprimento (Celse) - responsvel pela gesto da Poltica de Logstica de Suprimento do Sistema Eletrobras. Promove o aumento da eficincia e da competitividade das empresas do Sistema, fortalece o poder de compra e reduz os custos de aquisio e administrao de bens e servios. Suas atribuies visam ao planejamento global do suprimento, com adequao s melhores prticas; promoo de negociao entre empresas para equilbrio de oferta e demanda de bens e servios; ao intercmbio de dados e experincias gerenciais; ao fomento capacitao e desenvolvimento tecnolgico das empresas e qualificao dos profissionais em logstica de suprimento; e ao estmulo ao engajamento dos fornecedores para aes de cidadania corporativa e responsabilidade socioambiental. 6 GOVERNANA CORPORATIVA tica, transparncia, equidade, prestao de contas e responsabilidade empresarial so os princpios que norteiam o modelo de governana corporativa adotado pela Eletrobras. Esses princpios refletem no s a preocupao com o atendimento aos requisitos de sustentabilidade necessrios para a atuao da empresa, como tambm a busca constante das melhores prticas no relacionamento com os pblicos de interesse. A implementao das melhores prticas de governana corporativa na Eletrobras representa o desafio contnuo de reforar a credibilidade junto aos acionistas e investidores, mostrando a confiabilidade dos controles internos, a transparncia da gesto e a ateno com os interesses das partes interessadas. A governana corporativa constituda por uma estrutura de gesto formalmente constituda e com atuao regular: a Assemblia Geral de Acionistas (AG), o Conselho de Administrao, o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva. O Conselho de Administrao da Eletrobras (CAE) integrado por dez membros, sendo: sete indicados pelo Ministrio de Estado de Minas e Energia - MME, um pelo Ministrio de Estado de Planejamento, Oramento e Gesto - MPOG, um pelos acionistas minoritrios e um membro eleito em votao, em separado, na Assembleia Geral, excludo o acionista controlador. Suas reunies so mensais, deliberadas por maioria de votos, podendo o estatuto fixar matrias que devem ser aprovadas por quorum qualificado. Em 2009, foram realizadas 18 reunies do Conselho de Administrao.

Compete ao CAE a fixao de diretrizes fundamentais da administrao, para fins de exame e deliberao, pela Diretoria Executiva, bem como o controle superior da Eletrobras, pela observncia das diretrizes por ele fixadas, acompanhamento da execuo dos programas aprovados e verificao dos resultados obtidos. O Conselho Fiscal compe-se de cinco membros e respectivos suplentes, eleitos pela Assembleia Geral Ordinria, sendo trs indicados pelo Acionista Majoritrio, dentre eles um indicado pelo Ministro de Estado da Fazenda, que representa o Tesouro Nacional, um pelos detentores de aes minoritrias ordinrias e outro pelos detentores de aes preferenciais. Suas reunies so mensais e, quando necessrio, so realizadas reunies conjuntas com o CAE. Em 2009, foram realizadas 12 reunies do Conselho Fiscal. Ao Conselho Fiscal, entre outros atos, compete, por qualquer de seus membros, fiscalizar as aes dos administradores da Companhia e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutrios. Atendendo s exigncias legais de funcionamento do Conselho Fiscal recomendadas pela Securities and Exchange Commission - SEC, em substituio criao de um Comit de Auditoria, o Regimento Interno do Conselho Fiscal da Eletrobras foi alterado em 23/6/2006, incorporando a funo de um conselheiro especialista financeiro, tornando-se um Conselho Fiscal Turbinado. A Diretoria Executiva composta por seis Diretorias: Presidncia, Diretoria de Administrao, Diretoria de Distribuio, Diretoria de Engenharia, Diretoria Financeira e de Relaes com Investidores e Diretoria de Tecnologia. Suas reunies so semanais, onde discutida a conduo dos negcios da Eletrobras e do Sistema, com base nas orientaes estratgicas do Conselho de Administrao. Com o propsito de estabelecer as prticas de divulgao e uso de informaes relevantes, assim como a poltica de negociao de valores mobilirios de emisso da Eletrobras, conforme Instruo da Comisso de Valores Mobilirios (CVM) n. 358, de 3/1/2002, a Companhia divulga em seu website o Manual de Divulgao e Uso de Informaes Relevantes e a Poltica de Negociao de Valores Mobilirios de Emisso da Centrais Eltricas Brasileiras S.A. Eletrobras. Fundamentada nas diretrizes do Plano de Transformao do Sistema Eletrobras que tem como uma de suas aes a Implementao das Melhores Prticas de Governana Corporativa, foi alterada a estrutura de Assessoria para Departamento de Governana Corporativa, subordinado Superintendncia da Coordenao Geral da Presidncia. A nova estrutura d suporte implementao das melhores prticas de governana corporativa, criando um conjunto eficiente de mecanismos, incentivos e monitoramento, tendo atuado em aes que resultaram na aprovao de alteraes no Estatuto Social da Eletrobras e suas controladas, bem como, no Regimento Interno do Conselho de Administrao da empresa. Ainda fundamentado nas diretrizes do Plano de Transformao do Sistema Eletrobras, o projeto Implementao das Melhores Prticas de Governana Corporativa estabeleceu Critrios Normativos para Atuao dos Conselheiros e elaborou os Manuais de Orientao dos Conselheiros de Administrao e Fiscal Representantes da Eletrobras, reconhecendo a necessidade de um bom desempenho dos conselheiros na misso de proteger e valorizar o retorno do investimento, supervisionando o relacionamento entre os executivos e as demais partes interessadas. No mbito do Conselho de Administrao, existe o Comit de Sustentabilidade que tem como principais atribuies o acompanhamento das aes de sustentabilidade do Sistema Eletrobras; a anlise, implementao, acompanhamento e avaliao dos resultados de ferramentas de gesto sustentvel, reconhecidas internacionalmente; a produo dos relatrios de sustentabilidade e o atendimento imediato aos requisitos do Pacto Global. 7 NOSSOS NEGCIOS: 7.1 Gerao, transmisso e distribuio. Gerao:

Sistema Eletrobras: Situao em 31/12/2009 CGTEE Chesf Eletronorte Eletronuclear Furnas TOTAL Hidrulica* MW --10.268 8.689 --8.673 27.630 Usinas --14 4 --10 28 Trmica MW 490 347 563 --980 2.380 Usinas 3 1 7 --2 13 MW ------2.007 --2.007 Nuclear Usinas ------2 --2 Total* MW 490 10.615 9.252 2.007 9.653 32.017 Usinas 3 15 11 2 12 43

*No considera 50% de Itaipu (7.000 MW) Capacidade Instalada - Situao em 31/12/2009 (MW) Empresas Sistema Eletrobras Itaipu (50%) Outras* UHE 27.630 7.000 43.730 UTE 2.380 --21.723 UTN 2.007 ----(EOL+SOL) ----602 602 Total 32.017 7.000 66.055 105.072 % 30 7 63 100

Brasil 78.360 24.103 2.007 * Capacidade instalada at 31/12/2009, subtrada a participao do Sistema Eletrobras. Transmisso:

Sistema Eletrobras - Linhas de Transmisso com tenso acima de 230 Kv Empresas Chesf Eletronorte Furnas Eletrosul Amazonas Energia TOTAL Situao em 31/12/2009 Extenso (Km)* 18.130 9.216 16.979 8.459 365 53.148

* Extenso das linhas considerando as parcerias. Distribuio: Fornecimento de Energia Eltrica das Distribuidoras - GWh 2008 Brasil Ceal Cepisa Ceron Eletroacre Amazonas Energia/Interior Boa Vista Energia Total 392.764 2.246 1.831 1.743 581 4.353 403 11.157 2009 388.204 2.285 1.897 1.907 623 4.274 440 11.426 Crescimento (%) 1,2 1,7 3,6 9,4 7,2 -1,8 9,2 2,4 Participao (%) 100 0,6 0,5 0,5 0,2 1,1 0,1 2,9

7.2 Participaes Acionrias As participaes acionrias da Eletrobras esto presentes nos segmentos de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica da seguinte forma: 11 empresas controladas e 31 empresas coligadas com participao minoritria, incluindo Sociedades de Propsito Especfico (SPE). Alm disso, a Eletrobras participa com 50% do capital de Itaipu Binacional e 81,61% da Eletropar, alm de ser mantenedora do Centro de Pesquisa de Energia Eltrica - Cepel. Alm das participaes acionrias, a Eletrobras possui ttulos da dvida pblica decorrentes do processo de privatizao do Setor Eltrico Brasileiro na dcada de 90, sendo o mais representativo o CFT-E1 (Certificados Financeiros do Tesouro) que registra valor de mercado de R$ 204,9 milhes. O valor de mercado da participao acionria da Eletrobras nas companhias cujas aes so negociadas em Bolsa de Valores foi superior a R$ 6,8 bilhes, e sua variao apresentou aderncia principalmente com o ndice de Energia Eltrica (IEE). Em relao a dezembro de 2008, houve uma valorizao da carteira de 24,51%, enquanto o Ibovespa, no mesmo perodo, teve uma valorizao de 82,66%. Esta maior valorizao do Ibovespa deve-se ao fato dele ter cado muito mais do que a carteira da Eletrobras no incio da crise de meados de 2008. Consequentemente, a recuperao percentual foi maior. A carteira Eletrobras, por ter seus papis concentrados em empresas com receita fixa ou regulada, apresenta menor volatilidade em relao ao mercado, caracterizando-se assim, como uma carteira conservadora. Participaes em 2009

PAULISTA LAJEADO 40,07% CEB LAJEADO 40,07% LAJEADO ENERGIA 40,07% CELTINS 0,00003% AES TIET 7,94% CELGPAR 0,07% CELPE 1,56% CELPA 34,24%

CTEEP 35,33% CESP 2,05% CEB 3,29% CGEEP 0,47% CEA 0,03% EATE 27,28% CEEE - D 32,59% CELESC 10,75%

CELB 0,48% CDSA 0,13% COELCE 7,06% ETEP 19,43% GUASCOR 4,41% ENERGISA 2,98% CEEE - GT 32,59% TANGAR 25,47%

CEMAR 33,57% COPEL 0,56% EEB 0,11% EMAE 39,02% CEMAT 40,92% CER 0,005% INAMBARI 29,40%

Em 2009, a remunerao dessas participaes, na forma de dividendos, alcanou mais de R$ 1,5 bilho, significando uma das maiores fontes de recursos ordinrios da Companhia, sendo que a maior parte da contribuio foi das empresas controladas. Dividendos/JCP Recebidos - R$ milhes Empresas Controladas Coligadas* Coligadas Parcerias 2005 463 95 0,1 31 2006 686 189 45 38 2007 378 464 46 169 2008 502 426 63 227 2009 999 410 75 131

*Coligadas com aes comercializadas na BOVESPA 7.3 Estrutura Societria por Segmento de Negcios (1) Boa Vista Energia: subsidiria integral Eletronorte

Gerao e TransmissoCGTEE 99,94%

Distribuio

Pesquisa e Tecnologia

Participaes

CEAL 75,16%

(2) Cepel

Eletropar 81,61%

Eletronorte 99,03%

CEPISA 98,56%

Eletronuclear 99,81%

CERON 99,96%

Eletrosul 99,71% Eletroacre 93,29%

Furnas 99,54%

Itaipu 50%

Amazonas Energia 100%

CHESF 99,45%

(1) Boa Vista Energia 100%

(2) Cepel: Centro de Pesquisa de Energia Eltrica 7.4 Atividades Internacionais Estratgia de Atuao Com a promulgao da Lei 11.651, de 8/4/2008, que autorizou a atuao no exterior da Eletrobras, foram elaborados estudos e pesquisas e, como resultado, foi consolidada a estratgia a ser adotada pelo Sistema Eletrobras em seu processo de internacionalizao com as seguintes diretrizes principais: A Eletrobras ter como alvo da sua expanso internacional prioritariamente os negcios onde j desenvolveu mais destacada competncia: gerao hidreltrica e transmisso;

Os investimentos sero desenvolvidos atravs de uma combinao de novos projetos e aquisies/participaes como forma de reduzir os riscos; O mercado prioritrio ser o das Amricas - do Sul, Central e do Norte -, mas sem deixar de examinar, caso a caso, outras possibilidades atrativas que venham a ser identificadas nos demais mercados. Processo Operacional: Tendo a estratgia definida, segmentou-se a avaliao dos projetos prospectados em trs etapas sequenciais: Anlise Preliminar: Avaliao inicial do projeto, levando em conta a estratgia definida e anlise institucional (estabilidade poltica, modelo regulatrio, situao econmica, possibilidade de financiamento, etc.) do pas onde o projeto esta situado; Pr-viabilidade: Avaliao geral do projeto nos aspectos tcnicos, jurdicos, regulatrios, de mercado e financeiro. Em mdia, a concepo dos estudos de pr-viabilidade representa um pequeno investimento e prazos envolvidos; Viabilidade: Estudos detalhados de Engenharia (hidrologia, topografia, geologia, estudos energticos, infra-estrutura eltrica e mecnica, logstica, etc.) e de Impacto Ambiental e Financeiro, culminando com a realizao da Estruturao do Negcio por meio do seu Business Plan, que contm mitigao de riscos, fontes de financiamento, rentabilidade do projeto, etc. Situao dos empreendimentos internacionais em curso: Empreendimentos que foram identificados no ano de 2009 e se encontram em avaliao.

8 INVESTIMENTOS As empresas do SE realizaram investimentos de R$ 5,2 bilhes, em 2009. A realizao de 75% em relao ao previsto anual de R$ 6,9 bilhes representou um acrscimo de 33,8% em relao a 2008. O percentual de realizao em 2009 contempla os segmentos de gerao 80%, transmisso 79,5% e distribuio 56,4%. Quando comparado a 2008, notam-se as seguintes variaes: 29,8% para gerao, 47,5% para transmisso e 34,9% para distribuio. Destaque, em 2009, para os projetos de: Gerao: Eletronuclear - Substituio de Grupo de Geradores de Vapor da Usina de Angra I; Furnas - Implantao da UHE Simplcio e UHE Batalha; CGTEE - Implantao da usina de Candiota III-RS fase C; Transmisso: Eletrosul - Ampliao do Sistema de Transmisso de Energia Eltrica na Regio Sul e Mato Grosso do Sul; Chesf - Reforos e Melhorias no Sistema de Transmisso de Energia Eltrica na Regio Nordeste; Eletronorte - Reforos e Melhorias no Sistema de Transmisso de Energia Eltrica na Regio Norte e Distribuio: Ceal e Eletroacre - Programa Luz para Todos.

Natureza dos Investimentos - R$ milhes

2009

2008

% 29,8 47,5 34,9 40,0 -35,7 4,4

Gerao Transmisso Distribuio Qualidade Ambiental Pesquisa Infra-estrutura

2.621 1.755 518 42 18 237

2.019 1.190 384 30 28 227

Total

5.191

3.878

33,8

8.1 Recursos Ordinrios Os recursos ordinrios, na forma de emprstimos e financiamentos aplicados em 2009 nas empresas controladas e distribuidoras, totalizaram R$ 7,7 bilhes, conforme a seguir: Liberaes Econmica Emprstimos/Financiamentos: Distribuidoras: Ceal Cepisa Ceron Amazonas Energia Eletroacre Controladas CGTEE Chesf Eletronorte Eletronuclear Eletrosul Furnas Itaipu TOTAL 9 PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO (PAC) Os investimentos do Sistema Eletrobras includos no Programa de Acelerao do Crescimento (PAC), de iniciativa do Governo Federal, realizaram, em 2009, R$ 3.007 milhes equivalentes a 82,9% da dotao oramentria para o ano. Quando comparado ao realizado em 2008, observa-se um crescimento de 21,8%. Do montante aprovado (R$ 3.629 milhes) para o PAC, 24% foi destinado regio Sul, 39% regio Sudeste, 20% regio Nordeste e 17% regio Norte. J o percentual de realizao oramentria relativo previso anual, por regio, foi de: 95,1% na regio Sul, 94,6% na regio Norte, 83,2% na regio Sudeste e 57,6% na regio Nordeste. Do total realizado no ano, 72% deve-se aos projetos de Gerao, 20% de Transmisso e 8% de Distribuio. As empresas que se destacaram, apresentando uma realizao acima da mdia (82,9%) do Sistema, foram: Eletronorte (106%), Eletrosul (99,4%), CGTEE (90,9%) e Furnas (88,4%). Por outro lado, as empresas Eletronuclear (45,9%), Cepisa (46,7%), Ceron (34,5%) e Boa Vista (17,4%) tiveram realizao aqum da previso anual. Investimentos do PAC - R$ milhes 2009 Previsto TOTAL Investimentos em Gerao: 1 - Em implantao: Operao Prevista 1 Unid. Furnas e Outros Eletrosul e Outros Furnas e Outros Eletrosul e Copel Eletrosul Santo Antnio Jirau Foz do Chapec Mau Passo So Joo RO RO RS/SC PR RS 3.150 3.300 855 370 77 mai/12 jan/13 ago/10 abr/11 ago/10 Ult. Unid. nov/15 out/16 fev/11 ago/11 nov/10 3.629 Realizado 3.007 Previsto 3.534 2008 Realizado 2.469 283 198 397 1.478 18 2.374 55 2.724 4.023 --140 274 --7.216 --82 --532 15 629 84 8 27 --195 153 20 487 283 280 397 2.010 33 3.003 139 2.732 4.050 --335 427 20 7.703 R$ milhes Financeira R$ milhes R$ milhes

Aplicaes

Total

Empreendedor

UHE

UF

MW

Furnas e Outros Furnas e Outros Furnas Eletronorte, Chesf e Outros Eletrosul Furnas Furnas e Outros Empreendedor Eletrosul Empreendedor Eletronuclear Empreendedor CGTEE

Baguar Retiro Baixo Simplcio Dardanelos So Domingos Batalha Serra do Faco PCH Barra do Rio Chapu UTN Angra 3 UTE Candiota 3

MG MG RJ MT MS GO GO UF SC UF RJ UF RS

140 82 334 261 48 52 213 MW 15 MW 1.350 MW 350

set/09 jan/10 dez/10 fev/10 nov/11 mai/11 out/10 Operao Prevista 1 Unid. ago/10 Operao Prevista mai/15 Operao Prevista jun/10

mar/10 fev/10 abr/11 ago/10 jan/12 jun/11 dez/10

Ult. Unid. set/10

2 - Em estudos de inventrio: Empreendedor Eletronorte, Engevix, OAS 3 Em estudos de viabilidade: UHE Bacia do Rio Itacainas UF PA MW 200

Empreendedor Eletrobras Eletronorte e CCCC Eletronorte, Queiroz Galvo e Furnas Eletronorte e CCCC Eletronorte, EDF, Eletrobras e CCCC Chesf, Queiroz Galvo, CNEC e Energimp Chesf, Queiroz Galvo, CNEC e Energimp Empreendedor Chesf, Queiroz Galvo, CNEC e Energimp Chesf, Queiroz Galvo, CNEC e Energimp Chesf, Desenvix/Engevix e Odebrecht Chesf, Desenvix/Engevix e Odebrecht Eletronorte, Furnas, Alupar e Dreen Brasil Furnas, PCE, Energtica-Tech e Rialma Furnas, ELN, Enercamp, PCE, Ener-Tech, Alston e A.Gutierrez Investimentos em Linhas de Transmisso e Subestaes: 1 Linhas de Transmisso Concludas: LINHAS DE TRANSMISSO Empreendimento Joinville - Curitiba C2 - Secc. Blumenau - Joinville Norte Milagres - Coremas II - C2 Campos Novos - Nova Santa Rita Tenso (kV) Uruu

AHE Belo Monte Marab Tabajara Serra Quebrada So L. do Tapajs Castelhano Estreito AHE

UF PA PA RO MA/TO PA PI/MA PI/MA UF PI/MA PI/MA PE/BA PE/BA MT GO MT

MW 11.233 2.160 350 1.328 6.133 64 56 MW 134 113 320 276 76 80 380

Ribeiro Gonalves Pedra Branca Riacho Seco Toricoejo Mirador gua Limpa

Empresa/Parceria 230 Eletrosul 230 Eletrosul 230 Chesf 525 Eletrosul

Extenso (KM) 1 12 120 273

Juba - Jauru e SE associada (CD) Brasnorte - Nova Mutum e SE Associada (CD) *Eletronorte 45% 2 Linhas de Transmisso em Execuo: Empreendimento So Luis II - So Luis III Presidente Mdice - Santa Cruz I Maca - Campos Ribeiro Gonalves - Balsas Picos Tau Paraso Au Jardim Penedo Ibicoara Brumado Funil Itapebi Furnas - Pimenta * Furnas participao de 49% Tenso (kV)

230 Brasnorte S.A.* 230 Brasnorte S.A.*

129 273

Empreendedor 230 Eletronorte 230 Eletrosul 345 Furnas 230 Eletronorte 230 Chesf 230 Chesf 230 Chesf 230 Chesf 230 Chesf 230 Centroeste*

Extenso (km) 36 238 92 95 183 135 110 95 198 63

Op.Prevista mai/10 jan/10 fev/10 jul/10 set/10 mar/10 dez/10 mai/10 dez/10 jan/10

10 O MERCADO DE ENERGIA DO SISTEMA ELETROBRAS 10.1 Expanso da Gerao A potncia instalada nacional atingiu, em 31/12/2009, a marca de 106.301 MW, enquanto o Sistema Eletrobras (SE) alcanou o montante de 40.245 MW instalados, representando 37,9% de participao percentual no Brasil. O SE deter at 2015 a concesso/autorizao para a construo de novos empreendimentos, obtida via autorizaes/licitaes/leiles, de 2.264 MW, com participao direta, e de 8.362 MW, em parceria com agentes privados atravs de Sociedades de Propsito Especfico (SPEs). Nas tabelas abaixo, so apresentadas, respectivamente, as usinas planejadas, com concesso/autorizao, que possuem investimentos diretos (100%) do SE e em parceria com empresas privadas, atravs de SPEs. USINAS PREVISTAS PARA ENTRAR EM OPERAO EMPRESA Passo So Joo Barra do Rio Chapu Eletrosul Itarar Joo Borges Pinheiro So Domingos Furnas Simplcio Batalha UTE CGTEE Presidente Mdici (Candiota III) UTN Eletronuclear Angra III MW 1.350 MW 350 UHE MW 77 15 9 19 10 48 334 53 Op. Comercial sem previso ago/10 sem previso sem previso sem previso nov/11 dez/10 mai/11 Op. Comercial nov/10 Op. Comercial mai/15 Classificao Leilo 2005 Autorizao Autorizao Autorizao Autorizao Concesso Leilo 2005 Leilo 2005 Classificao Concesso Classificao Concesso

PRINCIPAIS PARTICIPAES EM SPEs EMPRESA Chesf/Eletronorte Chesf/Eletrosul Eletrosul Furnas UHE Dardanelos Jirau Mau Peixe Angical Participao (%) 24,5 20 49 40 MW 261 3.300 361 452 Op. Comercial fev/10 jan/13 abr/11 Em operao Classificao Leilo 2006 Leilo 2008 Leilo 2006 ---

Baguari Retiro Baixo Foz do Chapec Serra do Faco Santo Antnio

15 49 40 49 39

140 82 855 213 3.150

set/09* mar/10 ago/10 out/10 mai/12

Leilo 2005 Leilo 2005 Concesso Concesso Leilo 2007

*Em 2009 entraram em operao comercial 2 unidades de um total de 4. 10.2 Expanso da Transmisso As empresas do Sistema Eletrobras participaram das atividades de planejamento da expanso da transmisso do PDE 2009/2018, atravs dos Grupos de Estudos de Transmisso Regionais (GET) de apoio EPE, responsveis pelo planejamento da transmisso em carter regional. Alm disso, houve a participao do Sistema em estudos de interligaes regionais e de integrao de usinas. Neste ciclo do PDE, destaca-se o estudo de integrao do complexo hidreltrico de Belo Monte, que conta com a efetiva participao das empresas do Sistema Eletrobras na concepo de alternativas de transmisso que permitam escoar a energia de Belo Monte nas regies Norte, Nordeste e Sudeste. No ano de 2009, tambm foi iniciada a elaborao do Projeto Bsico do sistema de transmisso que interliga as usinas do Rio Madeira, Santo Antnio e Jirau ao Sistema Interligado Nacional, com aproximadamente 2.500Km de extenso. SUBESTAES (>230 kV) Empreendimento SE Joinville Norte (*) SE Nova Mutum SE Coxip - 4 Banco Trafo SE Sinop SE Ariquemes - Substituio Trafo SE Nobres SE Porto Velho I SE Campinas SE Braslia Geral SE Pici SE Ic SE Angelim SE Jardim SE Piripiri SE Tacaimb SE Pau Ferro Tenso (kV) 230 Eletrosul 230/69/13,8 Eletronorte 230/138/13,8 Eletronorte 230/138 Eletronorte 230/69 Eletronorte 230/138/13,8 Eletronorte 230 Eletronorte 345/138 Furnas 230/34,5 Furnas 230/69 Chesf 230/69 Chesf 230/69 Chesf 230/69 Chesf 230/69 Chesf 230/69 Chesf 230/69 Chesf Empresa Potncia (MVA) 300 30 100 100 60 200 100 150 60 100 100 100 100 50 100 100

LINHAS DE TRANSMISSO Empreendimento LT L. C. Barreto - M. Moraes Secc. LT C. Grande II - Natal II Secc. LT Caxias - Caxias V LT Camaari - Jacaracanga - Recap. (CD) 10.3 Leilo de Linhas de Transmisso Durante o ano de 2009, as empresas do Sistema Eletrobras (SE) participaram de dois leiles de transmisso, promovidos pela Aneel, atraindo investidores nacionais e internacionais. O sucesso obtido pelo SE nos leiles demonstra a fora e a competncia das empresas, arrematando 13 dos 20 lotes leiloados, compreendendo um total de 2.939km de Linhas de Transmisso, representando cerca de 83,11% do total ofertado (3.536km). A operacionalizao desses empreendimentos propiciar ao SE uma receita anual de cerca de R$ 224 milhes. Tenso (kV) 345 Furnas Empresa Extenso (KM) 5 3 25 23,5

230 Chesf 230 Eletrosul 230 Chesf

Apresentam-se, a seguir, as informaes detalhadas dos leiles:

Leilo 001-2009 Realizado em 8/5/2009, tendo as empresas do Sistema Eletrobras arrematado sete dos doze lotes leiloados. O Consrcio Porto Velho - Jauru, composto pela Eletronorte em parceria com empreendedores privados, arrematou o Lote C - LT 230 kV Samuel - Porto Velho C3 com 42 km , LT 230 kV Ariquemes Samuel C3 com 154 km , LT 230 kV Ji Paran - Ariquemes C3 com 165 km , LT 230 kV Pimenta Bueno Ji Paran C3 com 119 km, LT 230 kV Vilhena Pimenta Bueno C3 com 161 km, LT 230 kV Jauru Vilhena C3 com 346 km, com uma Receita Anual Permitida RAP de R$ 42,7 milhes. A participao da Eletronorte no Consrcio vencedor foi de 49%; O Consrcio Porto Velho Rio Branco, composto pela Eletronorte em parceria com empreendedores privados, arrematou o Lote D LT 230 kV Porto Velho Abun C2 com 188 km e LT 230 kV Abun Rio Branco com 299 km, com uma Receita Anual Permitida RAP de 24,4 milhes. A participao da Eletronorte no Consrcio vencedor foi de 49%; O Consrcio Jauru - Cuiab, composto pela Eletronorte em parceria com empreendedores privados, arrematou o Lote E LT 500 kV Jauru Cuiab com 348 km, SE Jauru em 500/230 kV 750 MVA, com uma Receita Anual Permitida RAP de 27,5 milhes; A Chesf, individualmente, arrematou o Lote F LT 230 kV Pau Ferro Santa Rita II com 97 km, LT 230 kV Paulo Afonso III Zebu com 6 km, SE Santa Rita II em 230/69 kV com 300 MVA, SE Zebu em 230/69 kV com 200 MVA, SE Natal III em 230/69 kV com 300 MVA, com uma Receita Anual Permitida RAP de 15,9 milhes; O Consrcio Transenergia, composto por Furnas, em parceria com empreendedores privados, arrematou o Lote G SE Itatiba em 500/138 kV com 800 MVA, com uma Receita Anual Permitida RAP de 8,2 milhes. A participao de Furnas no Consrcio vencedor foi de 49%; O Consrcio Transenergia, composto por Furnas, em parceria com empreendedores privados, arrematou o Lote K LT 230 kV Serra da Mesa Niquelndia com 100 km, LT 230 kV Niquelndia Barro Alto com 88 km, com uma Receita Anual Permitida RAP de 7,6 milhes. A participao de Furnas no Consrcio vencedor foi de 49%; A Chesf, individualmente, arrematou o Lote L LT 230 kV Eunaplis Teixeira de Freitas II C2 com 152 km, com uma Receita Anual Permitida RAP de 4,9 milhes. Leilo 005-2009 Realizado em 27/11/2009 tendo as empresas do Sistema Eletrobras arrematado seis dos oito lotes leiloados. O Consrcio Gois Transmisso, composto por Furnas, em parceria com empreendedores privados, arrematou o Lote A LT 500 kV Rio Verde Norte Trindade com 193 km, LT 230 kV Trindade Xavantes com 37 km, LT Trindade Carajs com 29 km, SE Trindade em 500/230 kV com 400 MVA, com uma Receita Anual Permitida RAP de 33,7 milhes. A participao de Furnas no Consrcio vencedor foi de 49%; O Consrcio Nordeste, composto pela Chesf, em parceria com empreendedores privados, arrematou o Lote C LT 230 kV So Luis II So Luis III com 36 km, SE Aquiraz II com 230/69 kV com 450 MVA, SE Pecm II em 500/230 kV com 3600 MVA. com uma Receita Anual Permitida RAP de 20,5 milhes. A participao da Chesf no Consrcio vencedor foi de 49%; Furnas, individualmente, arrematou o Lote E LT 230 kV Mascarenhas Linhares com 99 km, SE Linhares em 230/138 kV com 150 MVA, com uma Receita Anual Permitida RAP de 5,3 milhes. A Chesf, individualmente, arrematou o Lote F SE Camaari IV em 500/230 kV com 2400 MVA, com uma Receita Anual Permitida RAP de 6,9 milhes. O Consrcio MGE Transmisso, composto por Furnas, em parceria com empreendedores privados, arrematou o Lote G LT 500 kV Mesquita Viana II com 240 km, LT 345 kV Viana II Viana com 10 km, SE Viana II em 500/345 kV com 900 MVA, com uma Receita Anual Permitida RAP de 23 milhes. A participao de Furnas no Consrcio vencedor foi de 49%; A Eletronorte, individualmente, arrematou o lote H LT 230 kV Jorge Teixeira Lechuga com 30 km, com uma Receita Anual Permitida RAP de 3,4 milhes. 10.4 Interligaes Fronteirias O Sistema Eletrobras opera quatro interligaes com pases vizinhos: Interligao com o Paraguai composta de quatro linhas de transmisso que interligam a usina hidreltrica binacional de Itaipu subestao margem Direita no Paraguai e subestao Foz do Iguau no Brasil. Interligao com o Uruguai formada pela estao conversora de frequncia de Rivera ( Uruguai), com capacidade de 70 MW, e uma linha de transmisso em 230 KV que interliga a conversora subestao de Livramento, no Brasil. Interligao com Argentina feita atravs da estao conversora de frequncia de Uruguaiana, situada no Brasil, com capacidade de 50 MW, e a linha de Paso de los Libres, na Argentina. Interligao com a Venezuela feita por meio de uma linha de transmisso em 230 KV, com capacidade de 200 MW, que interliga a cidade de Boa Vista, no estado de Roraima, cidade de Santa Elena, na Venezuela.

10.5 Comercializao de Energia Eltrica Empresas MWh CGTEE Eletronorte Chesf Furnas *Eletronuclear 2.127.335 53.130.5667 50.692.555 42.212.472 12.851.578 2008 R$ milhes 195 4.623 4.423 2.645 1.570 13.456 MWh 2.136.371 53.620.173 55.150.430 43.316.368 11.876.917 166.100.259 2009 R$ milhes 212 3.416 3.710 2.858 1.677 11.873

Total 161.014.507 * Toda energia produzida pela Eletronuclear adquirida por Furnas. UHE ITAIPU

A Lei 10.438, de 26/4/02, determinou que a Eletrobras fosse o Agente Comercial de Energia de Itaipu. Nessa condio, a empresa, no ano de 2009, repassou para as concessionrias das regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste, 67.438.224 MWh de energia vinculada potncia contratada, o que correspondeu a um faturamento de aproximadamente US$ 3.5 bilhes. A energia suprida acima daquela vinculada potncia contratada e adquirida pela Eletrobras foi de 12.688.593 MWh, correspondente a um faturamento junto Cmara de Comercializao de Energia Eltrica de R$ 326 milhes at o ms de novembro. 11 - DESEMPENHO ECONMICO E FINANCEIRO O lucro foi de R$ 170 milhes , o que equivale a R$ 0,15 por ao. No mesmo perodo do exerccio de 2008 a empresa registrou R$ 6.136 milhes, equivalente a R$ 5,42 por ao. O reconhecimento dos resultados das empresas investidas pela Eletrobras impactou positivamente o resultado em R$ 2.728 milhes pela equivalncia patrimonial, influenciado pela reverso de provises para reduo ao valor recupervel de ativos (impairment), no montante de R$ 673milhes decorrente da renovao da concesso da UHE Samuel e UTE Candiota e pelos efeitos da Lei 12.111/2009, que permitiu o reconhecimento de R$ 311 milhes de direitos de ressarcimento da CCC-Isol. A receita financeira liquida, fundamentalmente decorrentes dos financiamentos e emprstimos concedidos, gerou um ganho de R$ 3.075 milhes, representando, um aumento de 23% no nvel das receitas dessa natureza, Esse aumento decorre do fato da Eletrobras ter aumentado o volume de liberaes de emprstimos e financiamentos. A desvalorizao do Real em relao ao Dlar Norte-Americano e o fato de a Eletrobras deter relevante parcela de seus recebveis (lquidos de obrigaes) R$ 23.615 milhes ( US$ 13,563 milhes ), indexados principalmente moeda norteamericana criaram um cenrio de perda para a Companhia no perodo findo em 31 de dezembro de 2009. Nos 12 meses de 2009 a Eletrobras registrou perda cambial de R$ 4.618 milhes, contra um ganho de R$ 4.297 milhes no exerccio de 2008. No tocante s variaes monetrias decorrentes dos nveis internos de preos, no exerccio de 2009 a Companhia verificou um ganho de R$ 175 milhes, enquanto que em 2008, foi apurado um ganho de R$ 998 milhes. 11.1 - Lucro Lquido das Controladas

Empresas CGTEE Chesf Eletronorte Eletronuclear Eletrosul Furnas Itaipu Eletropar

2009/R$ milhes -21 764 304 55 205 -129 670 11

2008/R$ milhes -292 1.437 -2.425 -282 268 455 836 11

11.2 EBITDA CONSOLIDADO

R$ mi lhes

8 2 .0 8

7 3 .7 9

2005

2006

2007

5 9 .2 5

2008

8 9 .1 8

2009

11.3 - Estrutura de Capital e Endividamento Consolidado

Fin an ciam e n to / Em pr s tim o - R$ m ilh e s2 5 .0 0 0 2 0 .0 0 0 1 5 .0 0 0 1 0 .0 0 0 5 .0 0 0 0 2005 2006 2007 a p ag ar 2008 a r eceb er 2009

Endividamento - R$ milhes160.000 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 2005 2006 2007 Out ros passivos 2008 Pat rimnio Lquido 2009

Financiament o e emprst imo a pagar

Fluxo do Financiamento R$ milhes 2011 Endividamento 1.351 2012 1.271 2013 1.179 2014 1.068 2015 987 Aps 2015 19.322

7 4 .0 6

Financiamentos e Emprstimos Concedidos: Controladas e Itaipu: CGTEE Chesf Eletronorte Eletronuclear Eletrosul Furnas Itaipu 11.4 Resultado Primrio A Eletrobras, ao calcular a meta do Resultado Primrio para 2009, considerou as receitas advindas do recebimento do servio da dvida de Itaipu Binacional. A partir deste exerccio, a receita de Itaipu, no montante de R$ 1.695 milho, passou a ser expurgada da composio da meta. O Resultado Primrio referente a 2009 explicado, em parte, pelos pagamentos dos dividendos da Eletrobras no ms de maio, R$ 1.744 milho, e, em parte, pelo expurgo acima citado. Saldo em 31/12/2009 (R$ milhes) 782 254 3.439 3.313 670 1.336 12.970 Saldo em 31/12/2008 (R$ milhes) 574 2.988 7.343 2.836 514 1.092 18.356

Perodo 2009 2008 2007 2006 2005 12 AUDITORES INDEPENDENTES Companhias CGTEE Chesf Eletronorte Eletronuclear Eletropar Eletrosul Furnas Itaipu 13 CAPTAO DE RECURSOS

Resultado Dficit Supervit Supervit Supervit Supervit

R$ milhes -1.007 2.572 2.783 2.137 2.865

Auditor Independente PricewaterhouseCoopers PricewaterhouseCoopers PricewaterhouseCoopers PricewaterhouseCoopers PricewaterhouseCoopers PricewaterhouseCoopers PricewaterhouseCoopers BDO Trevisan

O ano de 2009 registrou uma grande procura por papis de emissores investment grade, como o caso da Eletrobras. Neste sentido, vrias empresas brasileiras aproveitaram as janelas para companhias brasileiras e realizaram emisses de notas no mercado internacional. Neste sentido, a Eletrobras concluiu em 30/7/2009 a operao de lanamento de bnus no mercado internacional, no valor de US$ 1 bilho. Como aspecto positivo da operao, destacamos o retorno da Eletrobras ao mercado de dvida internacional, do qual a Companhia esteve ausente desde 2005, quando emitiu bnus de US$ 300 milhes. Os ttulos foram emitidos com prazo de 10 anos, com vencimento em 30/7/2019, com resgate total na data do vencimento e com cupom de juros semestrais taxa de 6,875% a.a., possibilitando um yield de 7% a.a para os investidores que compraram os referidos bnus na data do lanamento. O preo de emisso foi de 99,112% do valor de face. A operao de lanamento destes ttulos, estruturada pelo banco Credit Suisse Securities (USA) LLC, foi bem recebida no mercado internacional, tendo sido apresentadas ordens de compra num montante superior a US$ 2 bilhes. Aps a realizao de um road-show na Europa e nos EUA, a participao geogrfica teve a seguinte distribuio: 58% das ofertas foram originadas dos Estados Unidos, 26% da Europa, 8% da sia, 7% da Amrica Latina e 1% do Oriente Mdio. Os recursos obtidos nesta operao tiveram o objetivo de compor o fundo de financiamento s controladas, visando assegurar o cumprimento do programa de investimentos do Sistema Eletrobras.

Adicionalmente, de modo a efetivar outras contrataes, foram realizadas negociaes com organismos multi-laterais, destacando-se as seguintes: Banco Mundial negociao para a contratao de um emprstimo de US$ 500 milhes, com o aval da Unio, para ser repassado s Empresas de Distribuio: Ceal, Cepisa, Eletroacre, Ceron, Boa Vista Energia e Amazonas Energia; KfW esto sendo conduzidas negociaes com o banco alemo KfW para a obteno de um financiamento, no valor de 37,2 milhes Eletrobras, constitudos por dois tranches: (i) de 13,3 miles e (ii) 23,9 milhes. O objetivo do referido financiamento o de viabilizar o Programa de Construo de Pequenas Centrais Hidreltricas/ Eletrobras, cuja execuo est sob a responsabilidade da Eletrosul; AFD negociao para obteno de emprstimo junto Agence Franaise de Dveloppement (AFD) no valor de 100 milhes, ou o equivalente em dlares, com prazo de 15 anos, sendo 5 anos de carncia. O emprstimo se destina a financiar projetos das subsidirias do Sistema Eletrobras na rea de energias renovveis, tais como: pequenas centrais hidreltricas (PCH`s), usinas elicas e de biomassa. As empresas do Sistema Eletrobras obtiveram sucesso em vrios leiles da Aneel, realizados em 2009 e, por conseguinte, sero responsveis pela execuo de projetos nas reas de gerao e transmisso, individualmente ou em parcerias nas sociedades de propsito especfico SPEs das quais fazem parte. Assim sendo, de modo a compor a estrutura de financiamento para referidos projetos, foram negociadas pelas empresas subsidirias operaes de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDES, nos quais a Eletrobras concedeu garantia corporativa. Foram aprovadas as concesses de garantias da Eletrobras nos contratos celebrados entre o BNDES e as empresas subsidirias, a saber: - UHE Jirau, com a participao de Chesf e Eletrosul; UHE Mau e UHE Passo de So Joo (Eletrosul) e UHE Santo Antnio (Furnas). A Eletrobras concedeu garantia nas duas operaes realizadas pela Eletrosul, para aquisio das transmissoras SC Energia e RS Energia, nos contratos de financiamento com o BNDES. Adicionalmente, foi ainda registrada a substituio da Eletronorte pela Eletrobras nos direitos e obrigaes assumidas pela Manaus Energia S.A. (atualmente denominada Amazonas Energia), em todos os instrumentos contratuais tendo a Eletronorte como garantidora. 14 VALOR ADICIONADO CONSOLIDADO Distribuio do Valor Adicionado % 2008 - Reclassificao Terceiros Acionistas Pessoal Governo -2,14 43,79 27,40 30,96 2009 61,65 1,93 34,19 2,24

Valor Adi ci onado - R$ mi lhes

12.279

12.033

2005

2006

2007

10.825

2008

14.043

2009

15 EMPRSTIMO COMPULSRIO O Emprstimo Compulsrio, institudo com a finalidade de expanso e melhoria do Setor Eltrico Brasileiro, foi cobrado e recolhido dos consumidores industriais com consumo mensal igual ou superior a 2.000 kWh, atravs das faturas de energia eltrica emitidas pelas empresas distribuidoras de energia eltrica. O montante anual dessas contribuies, a partir de 1977, passou a constituir crdito escritural, nominal e intransfervel, sempre em 1 de janeiro do ano seguinte, identificado pelo Cdigo de Identificao do Contribuinte do Emprstimo Compulsrio (CICE). Dando continuidade poltica de atendimento aos acionistas oriundos da capitalizao dos crditos do emprstimo compulsrio, no exerccio de 2009, a Eletrobras implantou no sistema escritural do Banco Bradesco S.A., o montante de 5.949.004 aes preferenciais da classe B e enviou s empresas concessionrias distribuidoras de energia eltrica, para repasse aos consumidores industriais, o montante de R$ 8,1 milhes, referente aos juros da correo dos crditos do emprstimo compulsrio.

13.789

16 MERCADO DE CAPITAIS 16.1 Base acionria

Aes Ordi nri as6,96% 0,11% 14,81%

5,04%

21,08%

52,00%

Aes Preferenci ai s8,22% 3,85% 2,57%

47,81%

37,54%

Participao Total n o Capital Social18,50% 4,03% 0,09% 0,77% 0,52% 41,56% 13,10%

21,43% Un i o FND FGI Min orit rios Residen t es BNDESPAR FGHAB FGO Min orit rios N o Residen t es

16.2 Anlise das Aes da Eletrobras Ao longo do ano de 2009, as aes ordinrias apresentaram uma valorizao de 40,36%. A cotao mais alta foi verificada no dia 11 de dezembro, no valor de R$ 40,64, enquanto que a mais baixa, R$ 23,25, foi registrada em 25 de fevereiro. As aes preferenciais, por sua vez, valorizaram-se 31,18%. No dia 11 de dezembro, tiveram o maior valor de negociao no ano, R$ 35,40. J em 3 de novembro apresentaram seu valor mnimo, R$ 22,01. Essa valorizao dos ativos elevou o valor de mercado da empresa em 39%, passando dos R$ 28.929 milhes no final de 2008 para R$ 40.247 milhes, em 2009. O volume negociado ao longo do ano totalizou 245.001.100 aes preferenciais e 271.243.300 aes ordinrias, apresentando um ndice de presena de 100%.

I BOVES PA, I EE, ELET 3 e ELET 6 em 2009180 N m r n ic eo d e 160 140 120 100 80J an - Dez 2009

IBOVE PA S

IE E

E T3 LE

E T6 LE

16.3 Valor de Mercado (R$ milhes)

28.494

2005

21.640

2006

2007

26.809

2008

28.929

2009

16.4 Rating A classificao de risco dos papis da dvida da Eletrobras est relacionada diretamente com a classificao de risco obtida pelo pas por ser a Unio o seu acionista majoritrio. O rating soberano, na escala global, encerrou 2009 com nvel BBB+ para negcios em moeda nacional e BBB- para moeda estrangeira. Os bnus da Eletrobras, com vencimento para 2015 e 2019, encerraram o ano com rating BBB- para negcios em moeda estrangeira, segundo a agncia de classificao de risco Standard & Poors. O maior valor do Yield To Maturity do Bnus, com vencimento para 2015, ocorreu em 02 de janeiro, 7,56%, enquanto o menor, 4,45%, foi verificado em 22 de dezembro. J o maior valor de Yield To Maturity do Bnus, com vencimento para 2019, registrado no mercado secundrio, ocorreu em 03 de agosto, 6,50%, enquanto o menor, 5,55%, foi verificado em 22 de dezembro. 16.5 Relacionamento com Acionistas e Investidores Em conformidade com sua poltica de prestao de informaes ao mercado e das regras do Nvel 1 de Governana Corporativa da BM&FBOVESPA, a empresa realiza, semestralmente, reunies nas APIMECs regionais do pas: RJ, SP, MG, DF, Sul e Nordeste. Inclusive, recebeu certificados de assiduidade em todas as praas citadas. Ademais, a rea de Relaes com Investidores, anualmente, tem realizado reunies na Europa e nos Estados Unidos (Roadshows), com o objetivo de apresentar a Companhia aos investidores estrangeiros, considerando que a Eletrobras possui aes listadas nas Bolsas de Nova Iorque (NYSE) e de Madrid (atravs do programa LATIBEX). 16.6 Remunerao aos Acionistas

Remunerao aos Aci oni stas R$ M i lhes1.715

703 442 459

742

2005

2006

2007

2008 Di vi dendos

J uros Sobre Capi t al Prpri o (J CP)

16.7 Programa de ADRs - Bolsa de Nova Iorque (NYSE) No ano de 2009, os ADRs de aes ordinrias da Eletrobras (EBR) registraram uma cotao mxima de US$ 22,48 no dia 10 de dezembro. O valor mnimo registrado foi de US$ 9,21 no dia 24 de fevereiro. Essa ao encerrou o ano cotada a US$ 21,09, obtendo uma valorizao de 88,47% em relao a dezembro de 2008, quando fechou cotada a US$ 11,19.

40.2472009

Os ADRs de aes preferenciais da Eletrobras (EBR.B) apresentaram o valor mais alto no dia 10 de dezembro, fechando a US$ 19,72. O valor mnimo registrado dessas aes ocorreu no dia 3 de maro, quando a cotao atingiu US$ 8,75. Essa ao encerrou o ano cotada a US$ 18,60, com uma valorizao de 75,64% em relao ao fechamento de dezembro de 2008, quando fechou cotada a US$ 10,59. Comemorando um ano de negociao das aes da Companhia na Bolsa de Valores de Nova Iorque, o presidente da Eletrobras e o Diretor Financeiro e de Relaes com Investidores participaram da cerimnia de abertura do prego da referida bolsa - openning bell - seguido de um encontro com analistas e investidores do mercado de capitais americano. O grfico abaixo apresenta as variaes percentuais do dlar, EBR e EBR.B no ano de 2009:

100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 20,0 40,0 jan fev mar abr mai junEBR

julEBR.B

ago

set

out

nov

dez

DLAR

16.8 Latibex Bolsa de Valores de Madrid As aes ordinrias do programa Latibex (XELTO) obtiveram, no ano de 2009, uma valorizao de 84,23%, visto que em dezembro deste ano fechou a 14,72 e em dezembro de 2008 fechou a 7,99. A cotao mais alta foi registrada no dia 11 de dezembro, 15,76, e a mais baixa no dia 6 de maro, 7,46. Com relao ao quarto trimestre de 2009, verificou-se uma valorizao de 41% nas aes ordinrias. As aes preferenciais do programa Latibex (XELT) encerraram o ano de 2009 cotadas em 12,76. Em dezembro de 2008, esse ativo fechou em 7,49, o que reflete uma valorizao de 70,36%. Durante este perodo, a cotao mais alta foi registrada no dia 21 de dezembro, quando chegou a 13,99. J a mais baixa foi observada no dia 2 de janeiro, 7,23. Com relao ao quarto trimestre de 2009, verificou-se uma valorizao de 36,18% nas aes preferenciais. O grfico abaixo apresenta as variaes percentuais do Euro, Xelto e Xeltb em 2009:

100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 20,0 40,0 jan fev mar abrEURO

mai

jun

julXELTB

ago

set

out

nov

dez

XELTO

17 CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELTRICA CEPEL O Centro de Pesquisas de Energia Eltrica Cepel o executor central de programas e projetos de P&D+I para o Sistema Eletrobras (SE). Foi criado em 1974, fruto de uma viso estratgica da Eletrobras, tendo como principal objetivo a formao de uma infra-estrutura de pesquisa para o desenvolvimento da tecnologia avanada em equipamentos e sistemas eltricos no pas. Os beneficirios da atuao do Centro transcendem o Sistema. Entre eles esto: o MME e entidades setoriais como a EPE, o ONS, a CCEE e a Aneel, alm de concessionrias e fabricantes. O Cepel possui um acervo de metodologias e programas computacionais em constante aperfeioamento e desenvolvimento, que so aplicados no planejamento da expanso da gerao e transmisso, considerando aspectos de meio ambiente e

insero de fontes alternativas, na operao de sistemas hidrotrmicos interligados e na operao da rede bsica, inclusive em tempo real, sendo largamente utilizados em todo o setor eltrico. Desenvolve tambm estudos e pesquisas que geram: tecnologias para a transmisso, permitindo, por exemplo, aumento da capacidade, reduo das faixas de passagem e melhores traados para a instalao de linhas; monitoramento e diagnstico de equipamentos, visando otimizao de investimentos e segurana na operao; conservao e uso eficiente de energia; e metalurgia e materiais. Alm disso, d apoio tecnolgico a importantes programas e projetos governamentais, como Luz para Todos, Proinfa, Procel e Reluz, colaborando tambm na elaborao dos Planos de Expanso de Energia. O Cepel possui um complexo de 30 laboratrios, utilizados para apoio conduo de projetos de pesquisa e desenvolvimento, e onde tambm so realizados ensaios, anlises periciais e de conformidade para certificao. Vrios destes laboratrios so pioneiros no Brasil, e outros sem similares na Amrica do Sul. O Cepel, em 2009, desenvolveu 102 projetos corporativos de P&D para as empresas do SE, sendo: Planejamento da Expanso da Gerao e da Transmisso (4); Meio Ambiente (5); Hidrologia Estocstica e Recursos Hdricos (4); Planejamento da Operao Energtica (5); Planejamento, Operao e Anlise de Redes (8); Tecnologias Scada/Ems Sage (6); Automao Local e Anlise de Perturbaes (2); Tecnologias de Transmisso (11); Metalurgia e Materiais (6); Monitoramento e Diagnstico de Equipamentos e Instalaes (15); Conservao e Uso Eficiente de Energia (16); Energias Renovveis e Gerao Distribuda (5); Medidas Eltricas e Combate a Perdas (4); Tcnicas e Metodologias Computacionais (3); Anlise Financeira de Projetos e Tarifas (1); Confiabilidade (2); Qualidade de Energia (2); Transitrios Eletromagnticos (1). Na garantia do financiamento dos projetos de pesquisa do Centro, a Eletrobras, a Chesf, a Eletronorte, a Eletrosul e Furnas disponibilizaram, atravs de contribuio anual, recursos para o oramento do exerccio 2009 na ordem de R$ 120 milhes, dos quais R$ 18 milhes foram investimentos realizados em laboratrios. 18 - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLGICO E INDUSTRIAL PDTI 18.1 Pesquisa & Desenvolvimento (P&D): Foi investido ao longo de 2009 o montante de R$ 5,7 milhes em projetos de P&D, verba essa que contemplou a continuidade de projetos oriundos da Rede Brasil de Tecnologia iniciados em 2007. A verba mencionada foi alocada para os seguintes projetos: (i) aproveitamento elico na Paraba, (ii) produo de biodiesel e diesel vegetal para gerao de eletricidade, (iii) continuidade aos projetos da Rede Brasil de Tecnologia para desenvolvimento de produtos demandados pelas empresas componentes do Sistema Eletrobras, (iv) implantao do Instituto de Energia Eltrica da Universidade Federal do Maranho UFMA, o qual abriga em suas instalaes os setores de Energias Renovveis, Eficincia Energtica & Gerao Distribuda, Qualidade de Energia Eltrica e Instrumentao, e (iv) QUALIEQUIP - Qualidade e Eficincia dos Transformadores de Distribuio. Ainda em 2009, foi feito o lanamento oficial da etiqueta para garantir ndice mnimo de eficincia para transformadores de distribuio no frum da ABINEEtec, com presena de fabricantes e concessionrias de energia eltrica. 18.2 Logstica de Suprimento No contexto da Logstica de Suprimento, a Eletrobras tem atuado na definio de uma poltica de Logstica de Suprimento para todo o Sistema Eletrobras. Alguns resultados j foram obtidos em 2009 com o desdobramento desta poltica, entre eles destacam-se: (i) a criao de um Comit Estratgico de Logstica de Suprimento responsvel por traar as premissas, objetivos e realizar o planejamento integrado de suprimento, (ii) o lanamento do manual de armazenagem que estabelece normas e orientaes relacionadas terminologia, embalagem, segurana, transporte e outros elementos que devem ser levados em considerao antes, durante e depois da aquisio de materiais pelas empresas, (iii) a implantao do Sistema de Editais objetivando a centralizao de publicao dos editais de todas as empresas do Sistema Eletrobras, (iv) elaborao da Instruo Operacional para elaborao de Registros de Preos, (v) Regulamento para Procedimento Licitatrio Simplificado da Eletrobras e (vi) uniformizao das matrizes de classificao de material do Sistema Eletrobras. 18.3 Normas e Qualidade As principais atividades na rea de normas e qualidade em 2009 foram as seguintes: No mbito do Comit Estratgico de Logstica de Suprimento do Sistema Eletrobras CELSE, a criao de um grupo de trabalho constitudo por 3 subgrupos visando, com base no projeto NBR 19000 o seguinte: (i) adoo de critrios da qualidade baseados nas normas da famlia NBR ISO 9000 para fornecimento de produtos e avaliao de desempenho tcnico de fornecedores, (ii) a padronizao das metodologias de inspeo das empresas do Sistema Eletrobras e (iii) a implantao da norma ISO 9001 na cadeia de suprimentos das empresas do Sistema Eletrobras. A manuteno da Certificao NBR ISO 9001 pela Diviso de Normas e Qualidade aps auditoria feita pela certificadora BRTV. 19 GESTO DE FUNDOS SETORIAIS 19.1 Reserva Global de Reverso RGR Na condio de gestora dos recursos oriundos da RGR, conforme legislao em vigor, a Eletrobras aplicou, no exerccio financeiro de 2009, o montante de R$ 893 milhes. A movimentao referente aos ingressos e s aplicaes desses recursos, ocorrida durante o ano de 2009, est apresentada no quadro a seguir: Ingressos e aplicaes em 2009: Movimentao Ingressos: Arrecadao de quotas Outros Em R$ milhes 2.899 1.610 1.289

Aplicaes: Financiamentos Outras Regio Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste TOTAL Linhas de crdito Programa Luz Para Todos Reluz/Conservao Gerao Transmisso Distribuio Revitalizao de Parques Trmicos Outros TOTAL Liberaes R$ milhes 309 28 162 357 36 0 1 893 % Financiamento Liberado - R$ milhes 114 262 87 170 260 893 %

1.774 893 881

12,8 29,3 9,7 19 29,2 100

34,6 3,1 18,1 40 4 0 0,1 100

19.2 Conta de Desenvolvimento Energtico CDE A CDE, criada pela Lei 10.438, 26/4/2002, com o objetivo de promover o desenvolvimento energtico dos Estados e a competitividade da energia produzida a partir de fontes elica, pequenas centrais hidreltricas, biomassa, gs natural e carvo mineral nacional, nas reas atendidas pelos sistemas interligados e promover a universalizao do servio de energia eltrica em todo o territrio nacional, movimentar recursos provenientes de: (i) pagamentos anuais realizados a ttulo de Uso de Bem Pblico - UBP; (ii) - pagamentos de multas aplicadas pela Aneel; e (iii) - pagamentos de quotas anuais por parte de todos os agentes que comercializem energia eltrica com o consumidor final. Para compensar as concessionrias de energia eltrica pela reduo de receitas oriundas do atendimento aos consumidores da Subclasse Residencial Baixa Renda, foi criada a subveno econmica, a princpio com recursos da Reserva Global de Reverso (RGR), e depois, em 2004, da Conta de Desenvolvimento Energtico (CDE). Em 2009 foi liberado, a ttulo dessa fonte de recursos, R$ 3.012 milhes, sendo R$ 1.991 milho para Baixa Renda, atendendo a diversas concessionrias de distribuio de energia eltrica e R$ 1.021 milho para o Programa Luz para Todos, conforme movimentao apresentada a seguir: Ingressos e Aplicaes em 2009: Movimentao Ingressos: CDE+UBP+Multas Aneel: Arrecadao de quotas Outros Aplicaes: Subveno Luz Para Todos Subveno Baixa Renda Outras 19.3 Conta de Consumo de Combustvel CCC - Sistemas Isolados Os Sistemas Isolados localizam-se dispersos, principalmente nos estados da Regio Norte do pas, bem como no estado do Mato Grosso e em Fernando de Noronha. Esto presentes tanto nas capitais Manaus, Macap e Boa Vista como no interior dos referidos estados e so responsveis pelo atendimento a uma rea de 45% do territrio e a cerca de 3% do mercado de energia nacional. A Eletrobras, por meio de suas empresas de distribuio, bem como por meio de sua subsidiria Eletronorte, realiza o atendimento a diversos Sistemas Isolados localizados na Regio Norte. No incio de 2009 operavam ao todo 250 Sistemas Isolados, dos quais 116 atendidos por empresas do Sistema Eletrobras. No decorrer do ano, 16 novos sistemas entraram em operao e 8 foram interligados, totalizando, ao final de 2009, 258 Sistemas Isolados no pas. Em R$ milhes 3.892 2.917 975 3.766 1.021 1.991 754

Dois fatos importantes merecem destaque no mbito dos Sistemas Isolados: A interligao do sistema Porto Velho Rio Branco ao Sistema Interligado Nacional SIN; A promulgao da Lei 12.111, de 9/12/2009, que dispe sobre os servios de energia eltrica nos Sistemas Isolados. A interligao dos estados de Rondnia e Acre ao SIN trar melhorias na qualidade do suprimento de energia eltrica, maior confiabilidade ao sistema, bem como a diminuio da emisso de poluentes na atmosfera, por substituio na gerao trmica. As mudanas determinadas pela Lei 12.111/2009 sero essenciais para a recuperao do equilbrio econmico-financeiro das empresas de distribuio que atuam nos Sistemas Isolados, dentre elas diversas empresas do Sistema Eletrobras. Alm disso, cabe destaque tambm a implantao da rede de distribuio de gs natural para atendimento s usinas termoeltricas em Manaus, onde, a Eletrobras, por meio de um convnio firmado com a Cigs (empresa distribuidora de gs), Eletronorte e Amazonas Energia, promove a mudana da matriz energtica com a utilizao do gs natural em substituio aos combustveis derivados de petrleo. Ainda no mbito dos Sistemas Isolados, merece destaque a participao da Eletrobras na comitiva composta por tcnicos do Ministrio de Minas e Energia MME, da Agncia Nacional de Energia Eltrica Aneel e do Centro de Pesquisas de Energia Eltrica Cepel para visita ao Instituto de Planificacin y Promocin de Soluciones Energticas para las Zonas Non Interconectadas IPSE, em Bogot Colmbia. O evento ocorreu em setembro de 2009 e teve como objetivo conhecer o modelo colombiano de Sistemas Isolados, com foco no aspecto de monitoramento de dados de energia eltrica e consumo de combustvel destes Sistemas, com intuito de agregar melhorias para o Sistema Isolado Brasileiro. Para 2009 o Plano Anual de Combustveis previu despesas da ordem de R$ 4,2 bilhes, sendo R$ 3,7 bilhes para cobertura com combustveis, R$ 95 milhes para os empreendimentos sub-rogados Conta e, ainda, R$ 395 milhes para recomposio de saldo do ano anterior. A gerao indica pelo GTON para ser atendida em 2009 foi da ordem de 8.725.332 MWh, com o consumo de 761 mil toneladas de leo Combustvel, 181 mil toneladas de leo PGE, 832 milhes de litros de leo Diesel e 531 milhes de leo OCTE. 20 PROGRAMAS SETORIAIS DE GOVERNO 20.1 Programa Nacional de Iluminao Pblica Eficiente (Reluz): O Procel Reluz consiste, basicamente, na implementao de projetos de eficincia energtica nos sistemas de iluminao pblica atravs da substituio de lmpadas incandescentes, mistas e a vapor de mercrio, por lmpadas a vapor, a sdio e a alta presso, mais eficientes. H aproximadamente 14,7 milhes de pontos de iluminao pblica instalados no pas, segundo o ltimo levantamento cadastral realizado pelo Procel Reluz, juntos s distribuidoras de energia eltrica. O Procel Reluz j beneficiou 10 municpios em 2009, tornando eficientes mais de 65 mil pontos, o que resultou em uma economia de energia de 16,87 mil MWh/ano e uma reduo na demanda de 3,8 mil kW. Alm disso, instalou outros 528 novos pontos eficientes. Os investimentos totalizaram em 2009, R$ 30,3 milhes, cabendo Eletrobras o financiamento de R$ 22,7 milhes. No ano de 2009, foi implementado o primeiro projeto de eficincia energtica em sistemas de sinalizao semafrica, com a substituio das lmpadas incandescentes por sistemas de iluminao externa de estado slido (LED). Nesse caso, houve uma reduo de 90% da potncia total instalada. Destaca-se, ainda, a celebrao de convnio com a Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF e com a Fundao de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Pesquisa e Extenso FADEPE para implantao de um sistema piloto de iluminao externa de estado slido (LED), contemplando, ainda, a anlise de componentes, a reproduo em laboratrio de determinados itens do sistema e a anlise de desempenho eltrico e luminotcnico da instalao ao longo de um perodo de avaliao. Desde o incio do Programa, j foram implementados mais de 2,25 milhes de pontos, com investimento total da ordem de R$ 470 milhes. A energia total j economizada de 797 mil MWh/ano, com uma reduo 183,5 mil kW no horrio de ponta do sistema eltrico. A seguir, demonstramos, por regio, a utilizao dos recursos investidos no Programa Reluz, no ano de 2009. Regio Recursos R$ milho C.Oeste 19,8 Norte 2,8 Nordeste 1,04 Sul 0,67 Sudeste 6 TOTAL 30,3

A tabela a seguir mostra, por regio, os resultados efetivos alcanados com o Programa RELUZ, no ano de 2009. Regio C.Oeste Norte Nordeste Sul Sudeste Nmero de pontos *Quantidade de pontos referente implementao de projeto de expanso da iluminao pblica eficiente. Regio Reduo demanda/kW C.Oeste 2.987 Norte 76 Nordeste 41 Sul 198 39.486 4.788 1.909 2.519 17.341

TOTAL 66.043

Sudeste 524

TOTAL 3.827

20.2 Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica PROCEL: Em 2009, com investimentos de aproximadamente R$ 6.546 mil, excluindo recursos da Reserva Global de Reverso (RGR) j mencionados no Programa Procel Reluz, o Procel desenvolveu projetos que contriburam para uma economia de energia estimada, preliminarmente, em 4,6 mil GWh. Este resultado equivalente ao consumo anual de energia eltrica de

aproximadamente 2,6 milhes de residncias, representando um investimento postergado no setor eltrico de R$ 3,29 bilhes. Estes recursos so passveis de serem alocados em outros projetos como, por exemplo, a rea social ou de infra-estrutura. Institudo em 1993, o Selo Procel de Economia de Energia destina-se a destacar, anualmente, para o consumidor os eletrodomsticos e equipamentos mais eficientes em suas categorias. A concesso do selo fruto do trabalho conjunto da Eletrobras/Procel com o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro. Entre as aes desenvolvidas no mbito do Selo Procel em 2009, destaca-se sua concesso 3.054 modelos de 160 empresas diferentes, distribudos em 28 categorias de equipamentos e eletrodomsticos. O ano de 2009 foi tambm o primeiro ano de concesso do Selo Procel para televisores de Plasma e LCD no modo espera, refrigeradores de uma porta frost free, condicionadores de ar split tipo piso-teto e mquinas de lavar roupa tipo lava e seca. O Procel atua em todo Brasil atravs de programas setoriais nas reas de prdios pblicos, saneamento ambiental, gesto energtica municipal, indstria e edificaes. As principais realizaes destes programas setoriais em 2009 foram: (i) 08 Planos de Gesto Municipal dentro do projeto Alto Uruguai, revelando um potencial de economia mdio de 25,1% sobre o total do consumo das prefeituras. Isso representa quase 1.100 MWh/ano ou o consumo de mais de 600 famlias durante um ano; (ii) aumento da eficincia do Hospital Universitrio da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC que contriburam para reduzir em 568,73 MWh o consumo de energia eltrica e a revitalizao e ampliao do Laboratrio de Eficincia Energtica LEENER da UFJF; (iii) lanamento das primeiras etiquetas brasileiras para Edifcios Comerciais, de Servios e Pblicos com a publicao do Regulamento Tcnico da Qualidade do Nvel de Eficincia Energtica e do Regulamento de Avaliao da Conformidade; (iv) economia de energia eltrica de 2.584.198 kWh no setor industrial, resultante dos trabalhos com a Federao das Indstrias do Estado do Cear FIEC e Federao das Indstrias do Estado de Pernambuco FIEPE e (v) publicao dos casos de sucesso, resultantes da Chamada Pblica de Projetos que gerou uma reduo da demanda de ponta em 314 kW e uma economia de energia de 4,5 GWh/ano, representando cerca de 0,04% do valor consumido por prestadores de servios de gua e esgotamento sanitrio em todo o Pas no ano de 2009.

Procel - Energia Econom izada - GWh/ ano5000 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

20.3 Programa de Incentivo s Fontes Alternativas de Energia Eltrica - PROINFA O Proinfa atendeu seu objetivo de aumentar a participao da energia eltrica produzida por empreendimentos com base nas fontes Elica, Pequena Central Hidreltrica (PCH) e Biomassa, no Sistema Interligado Nacional (SIN). A realizao do programa contribuiu para a diversificao da matriz energtica do pas por meio do aproveitamento de fontes energticas locais, alm de ter contribudo para a gerao de cerca de 150.000 empregos diretos e indiretos em todo o pas, proporcionando grandes demandas industriais e internalizao de tecnologia de ponta. Com a concluso de todos os empreendimentos, o programa trar ainda benefcios na reduo da emisso de gases de efeito estufa em torno de 2,8 milhes de toneladas de CO2 equivalente/ano. Na condio de agente comercial de energia e gestor dos contratos no mbito do Proinfa, em 2009, destacou-se a entrada em operao comercial de 23 empreendimentos, sendo: 15 Elicas (263,18 MW), 8 PCHs (188,60 MW), acrescentando 451,78 MW de potncia ao Sistema Eltrico Nacional. Esses novos empreendimentos, acrescidos aos empreendimentos j em operao, representaram, at 31/12/09, o montante de 92 usinas implantadas no mbito do Proinfa e acrescentaram ao pas 2.032,46 MW de capacidade instalada. Empreendimentos que entraram em operao em 2009 Empreendimentos PCH Elica Biomassa TOTAL 8 15 --23 Potncia (MW) 189 263 --452

Fontes

Fontes PCH Elica Biomassa TOTAL

Total de Empreendimentos em operao at 31/12/2009 Empreendimentos 47 26 19 92 Potncia (MW) 955 573 504 2.032

O sucesso do Leilo Aneel 003/2009 que teve como objetivo a contratao de Energia de Reserva, especfico para a contratao de energia eltrica proveniente de fonte elica, uma demonstrao clara que teve o Proinfa na consolidao da aplicao dessa tecnologia elica na diversificao da matriz energtic