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Ano II Número 199 Data 15.06.2012

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AnoII

Número199

Data15.06.2012

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conamp - valor econômico - 15.6.12

Construtoras vencem ação sobre jurosPor Bárbara Pombo | De São Paulo

Ricardo Villas Bôas Cueva: "Não se pode por decreto, lei ou decisão judicial abolir uma realidade econômica"

Depois de quase 15 anos de discussão judicial, as cons-trutoras e incorporadoras foram liberadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para cobrar dos clientes juros em parcelas de imóveis comprados na planta. Apesar de bem recebida no mercado, a decisão pode demorar a ter efeitos práticos. Isso porque diversas construtoras firmaram Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com o Ministério Públi-co (MP) para suspender a cobrança.

Para a diretora jurídica da Brookfield Incorporações, Denise Goulart, o precedente é importante para que os TACs sejam revistos. Há acordos, por exemplo, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Rio Grando do Norte. "Só não podemos virar a chave e voltar a cobrar", afirma a advogada, acrescentando que a grande dúvida agora é saber se os acordos com o MP ainda impe-dem as construtoras de exigir o que se chama no jargão do mercado de "juros no pé".

Por seis votos a três, os ministros da 2ª Seção - respon-sável por uniformizar entendimentos em direito do consu-midor - decidiram que a cobrança de juros compensatórios até a entrega das chaves é legal. O julgamento, iniciado em maio, começou com votos favoráveis aos consumidores. O relator do caso, ministro Sidnei Benetti, considerou o paga-mento abusivo e oneroso ao cliente.

Mas acompanhando o voto do ministro Antônio Carlos Ferreira, a seção entendeu que impedir a cobrança seria uma maneira errada de proteger o comprador. De acordo com o ministro, os juros compensatórios - de 1% ao mês, em mé-dia - estariam embutidos no preço do imóvel, sem previsão expressa no contrato de compra e venda. "Não se pode por decreto, lei ou decisão judicial abolir uma realidade econô-mica", afirmou o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva duran-te o julgamento.

Segundo construtoras, os juros passaram a ser incluídos nos preços desde que a prática começou a ser combatida pelo Ministério Público. "O repasse é uma realidade. Tinha que haver reajuste de alguma forma", diz Denise Goulart. Para o presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradores do Grande ABC, Milton Bigucci, a medida

é uma questão de sobrevivência. "Os clientes alegam que pagam a construção por inteiro, o que não é verdade. Eles financiam, até a entrega das chaves, 25% do valor da obra", diz.

No caso analisado pelo STJ, uma cliente da Queiroz Galvão questionava o pagamento de 1% de juros ao mês so-bre as parcelas de um imóvel comprado em Recife. Ela pedia restituição de R$ 80 mil. Nas instâncias inferiores, a Justiça determinou a revisão do contrato e a devolução em dobro dos valores pagos. Agora, o advogado da consumidora, do escritório Leidson Farias Advocacia, afirma que tentará le-var a questão para o Supremo Tribunal Federal (STF). "Não será fácil, mas não podemos perder a esperança", afirma.

A maioria dos ministros do STJ concordou com o argu-mento da Queiroz Galvão, apesar da alegação da consumi-dora de que os custos da construção já seriam reajustados pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Além disso, entenderam que impedir a cobrança iria contra a livre concorrência e as leis de mercado, deixando o consumidor que paga o bem à vista em desvantagem em relação ao que paga a prazo. "Se o consumidor optou por não pagar à vista, podendo valer-se da possibilidade, há cláusula que justifique a previsão contratual do juros", diz a ministra Isabel Gallotti.

Para o advogado da Queiroz Galvão, André Silveira, do escritório Sergio Bermudes, ao seguir a jurisprudência predominante do STJ, a 2ª Seção estaria estimulando a li-vre concorrência entre as incorporadoras. "O que beneficia o consumidor", afirma. Na Corte, já havia pelo menos três decisões sobre o assunto - duas favoráveis às construtoras e uma aos consumidores.

Na opinião do advogado Malhim Chalhub, do escritório PMKA advogados, as empresas ainda tem outro argumento a seu favor. Uma lei da década de 1960, editada para estimu-lar a construção civil (Lei nº 4.864), autorizaria a cobrança. Entretanto, a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça vedou a cobrança com a edição de uma portaria em 2001.

Para o advogado Marcelo Tapai, a decisão prejudica o consumidor. "Acaba premiando o atraso da construtora", diz ele, lembrando que os juros são cobrados até a entrega das chaves.

Procurada pelo Valor, a Queiroz Galvão não deu retorno até o fechamento desta edição.

estado de minas - edição eletrônica - frases do dia - 15.6.12

"Estamos aumentando gradualmente o nível de consumo, o que é salutar"

Guido Mantega, ministro da Fazenda, ao comentar dados do IBGE sobre o aumento de 0,8% nas vendas do comércio em abril em relação a março, acrescentando que isso vem ocorrendo de forma sustentável, já que a inadimplência está caindo.

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o globo - edição eletrônica - economia - 15.6.12

Taxa de R$ 7 será paga pelas companhias aéreas, que repassarão novo custo

Aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília cobrarão tarifa por usuário

Geralda DocaPaulo Justus

Leiloados em fevereiro, os terminais deveriam ter sido repassados à iniciativa privada em 20 de março Marcos Al-ves / Agência O Globo

BRASÍLIA e SÃO PAULO — Com a assinatura dos contratos de concessão de Guarulhos, Brasília e Viracopos, na quinta-feira, pelos novos concessionários, as conexões nesses aeroportos para outros destinos passarão a ser cobra-das. Custarão R$ 7 por usuário e serão pagas diretamente pelas companhias aéreas, que pretendem repassar o custo adicional às passagens. A tarifa foi a alternativa encontrada pelo governo durante o processo de privatização para tornar Brasília (importante centro de distribuição de rotas) atraente para o setor privado.

— Os concessionários já podem cobrar a tarifa de cone-xão, porque ela consta nos contratos — explicou o presiden-te da Agência Nacional de Aviação Civil, (Anac), Marcelo Guaranys, lembrando que uma norma em consulta pública no órgão vai ampliar a cobrança para todos os aeroportos do país.

Apesar disso, o governo continua afirmando que a con-cessão do setor não acarretará aumento de custos para os usuários.

Numa cerimônia simples, sem a presença da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, confirmou que as regras para a concessão de novos aeroportos poderão mudar, de acordo com as características de cada terminal. A nova rodada deve ser feita de modo que só permita a entrada no páreo de em-presas de maior porte.

— Aperfeiçoamentos podem haver caso hajam novas concessões — disse o ministro, acrescentando, porém que não existe decisão sobre isto.

O atraso de quase dois meses para a assinatura dos con-tratos pode elevar os custos de construção ou mesmo atra-sar a entrega das obras, segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO. Leiloados em fevereiro, os terminais deveriam ter sido repassados à iniciativa privada em 20 de março.

Com a proximidade da Copa de 2014, os operadores ae-roportuários podem se ver forçados a pagar um prêmio para a entrega antecipada ou tentados a tomar atalhos nas obras, afirmou a agência de classificação de risco Fitch Ratings, no

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relatório “Alta altitude para aeroportos e companhias aéreas brasileiras”. “Há uma margem limitada de erro para atrasos nas construções”, afirma a Fitch.

Para o consultor aeroportuário e engenheiro de infra-estrutura Mozart Alemão, o prazo para entrega das obras deve sofrer atraso. Mas ele não espera aumento no custo das obras:

— As empresas que venceram já tinham a garantia de que assumiriam as concessões, por isso já estavam traba-lhando com os projetos desde fevereiro.

Infraero: “Empresários vão ter que fazer”O engenheiro aeronáutico e professor da Escola Politéc-

nica da USP Jorge Leal Medeiros espera pequenos atrasos. Mas ressalta que a execução das obras dependerá do aumen-to da demanda de passageiros:

— Não temos que nos preocupar com os eventos espor-tivos, e sim com o crescimento da demanda interna. Durante a Copa do Mundo essa utilização vai dar um soluço, uma

pequena subida, que deve durar um mês. As empresas estão agindo, não devem atrasar significativamente.

O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, destacou que a assinatura dos contratos de concessão, embora repre-sente quebra do monopólio da estatal, mostra que as parce-rias público-privadas são uma boa alternativa para aumentar a capacidade dos aeroportos.

— A sociedade verá que essa mudança será importante para o país — disse Vale, dirigindo-se aos empresários. — Vocês agora vão ter que arregaçar as mangas e fazer.

Os concessionários terão que investir R$ 4,2 bilhões em obras para preparar os aeroportos para a Copa, em 2014. Representantes dos consórcios vencedores (Invepar, Triun-fo e Inframérica) afirmaram que o atraso na assinatura dos contratos não comprometerá o andamento das obras. Estas devem começar ainda durante a transição, de seis meses, para que a Infraero repasse ao sócio privado a operação dos aeroportos.

continuação - o globo - edição eletrônica - economia - 15.6.12

o tempo - edição eletrônica - fórum - 15.6.12

IndependênciaSandra

Sobre a matéria "Brechas abertas no contrato" (Espor-tes, 14.6), se o estádio não está em condições de receber os torcedores, por que foi liberado? Fala-se muito, mas nenhu-ma atitude é tomada. Fechem esse estádio, e aí, com certeza, os responsáveis vão agilizar as mudanças que devem ser fei-tas. Ficar falando em multas não vai adiantar nada, pois elas não serão cobradas.

S. SilvaEu só queria entender duas coisas: se o Estado tem uma

autarquia, a Ademg, que tem como atribuição específica ad-ministrar os estádios, por que deu uma concessão para ad-ministrarem o Independência? Se não precisa da Ademg, ela vai ser extinta?