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ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DO LICEU DA HORTA BOLETIM N. O 30 e 31 – JANEIRO / JUNHO 2015 Completámos 18 anos! Uma maioridade simbólica. Num percurso de errâncias desejadas. À procura de sentidos. Primeiro, na «cultura da saudade» (boletim n.º 1, 1998 *). Naturalmente especial no seu alcance. Confortável nas abordagens. Mas, aprofundando a nostalgia. No sentimento contraditório «de nada ainda ter sido concluído e tudo já não ser possível». Viémos, então, para mais próximo do presente (boletim n.º 16, 2007 *). Sem abrandar a procura do valor do passado (não do que passou mas do que permanece quando algo muda). Imaginámos a desagregação do futuro. Quando é desvalorizado o passado. Depois, conse- guimos tomar consciência do dever de memória. Cultivando heranças. Interpretando-as como «dívidas». Com a obrigação de as devol- ver à História. Contextualizadas. Na escolha e registo dos traços. Na preservação das essências. Respeitando as dimensões do tempo. Fazendo com que a(s) memória(s) atravesse(m) os tempos dos legados. E suba(m) ao «direito de cidade» como património. Nestes 18 anos juntaram-se muitas memórias. Emergentes dessa «cultura da saudade». Em projectos singulares. Evocativos de circunstâncias. Ou biográficos. E vimos reconhecidos patrimónios, materiais e imateriais, com a mesma «matriz genética». * em www.aaalh.pt 18 ANOS A JUNTAR MEMÓRIAS Existiam dois rituais de passagem. À entrada, o cortejo até ao chafariz do Largo da República, onde tinha lugar o «baptismo» de cada caloiro(a). À saída, a «foto de família», no emblemático pedestal de grandes pedras de basalto do busto do Infante D. Henrique, no Largo do Infante. A imagem refere-se ao ano de 1949- 50. A gravata não foi «posta» para a fotografia. Fazia parte do «dress code» dos alunos do Liceu. 1.º plano: M. Inácio, J. Azevedo; 2.º plano: H. Goulart, A. Gonçalves, J. D. Silveira, G. Pacheco, F. Ferreira, A. Azevedo, Brito e Melo, J. Ricardo, M. Valentim; 3.º plano: A. Campos, Martins, F. Bicudo, V. Macedo, W. Branco, A. Pinto; 4.º plano: J. M. Novais, A. Terra, L. P. Rosa, A. Viana, J. Macedo. DA SAUDADE AO PATRIMÓNIO

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Page 1: 15 0 2 O H N U ASSOCIAÇÃO J O R I E N A J …aaalh.pt/Boletins/Boletim30_31.pdf · Equipa do Liceu, pioneira do hóquei em patins no Faial. Na imagem, 1.º plano Filomeno Bicudo,

ASSOCIAÇÃODOS ANTIGOS ALUNOSDO LICEU DA HORTA

BOLETIM

N.O30e31

–JANEIRO/JUNHO2015

Completámos 18 anos! Uma maioridade simbólica. Num percurso de errâncias desejadas. À procura de sentidos. Primeiro,na «cultura da saudade» (boletim n.º 1, 1998 *). Naturalmente especial no seu alcance. Confortável nas abordagens. Mas,aprofundando a nostalgia. No sentimento contraditório «de nada ainda ter sido concluído e tudo já não ser possível». Viémos,

então, para mais próximo do presente (boletim n.º 16, 2007 *). Sem abrandar a procura do valor do passado (não do que passou masdo que permanece quando algo muda). Imaginámos a desagregação do futuro. Quando é desvalorizado o passado. Depois, conse-guimos tomar consciência do dever de memória. Cultivando heranças. Interpretando-as como «dívidas». Com a obrigação de as devol-ver à História. Contextualizadas. Na escolha e registo dos traços. Na preservação das essências. Respeitando as dimensões do tempo.Fazendo com que a(s) memória(s) atravesse(m) os tempos dos legados. E suba(m) ao «direito de cidade» como património. Nestes18 anos juntaram-se muitas memórias. Emergentes dessa «cultura da saudade». Em projectos singulares. Evocativos de circunstâncias.Ou biográficos. E vimos reconhecidos patrimónios, materiais e imateriais, com a mesma «matriz genética». * em www.aaalh.pt

18 ANOS A JUNTAR MEMÓRIAS

Existiam dois rituais de passagem. À entrada, o cortejo até ao chafariz do Largo da República, onde tinha lugar o «baptismo» de cada caloiro(a).À saída, a «foto de família», no emblemático pedestal de grandes pedras de basalto do busto do Infante D. Henrique, no Largo do Infante.

A imagem refere-se ao ano de 1949- 50. A gravata não foi «posta» para a fotografia. Fazia parte do «dress code» dos alunos do Liceu.

1.º plano:M. Inácio, J. Azevedo; 2.º plano:H. Goulart, A. Gonçalves, J. D. Silveira, G. Pacheco, F. Ferreira, A. Azevedo, Brito e Melo, J. Ricardo, M. Valentim;3.º plano: A. Campos, Martins, F. Bicudo, V. Macedo, W. Branco, A. Pinto; 4.º plano: J. M. Novais, A. Terra, L. P. Rosa, A. Viana, J. Macedo.

DA SAUDADE AO PATRIMÓNIO

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COOPERAÇÃO SÉNIOR FAIAL-PICOO acordo de cooperação entre as Universidades Séniores doFaial e da Madalena teve este ano evolução assinalável, fazendojus à «intimidade histórica que liga

a Horta e a Madalena e em geral as popula-ções do Faial e do Pico».

Actividades já realizadas: no FAIAL –Tertúlia do Dia da Mulher (12/3/2015);workshop sobre Estimulação Cognitiva (16/3– Tânia Rosa – USMAD); Visita guiada àcidade da Horta (22/4 – Carlos Garcia); ter-túlia no lançamento do livro «Cantigas daChamarrita do Pico» (14/5 – Manuel Serpa,tocadores do Pico e bailadores do Faial). NoPICO – workshop «Yoga, Um Encontro con-sigo mesmo» (24/4 – Sara Porto; FernandaTrancoso); Teatro com a peça «Memórias»,na Criação Velha (oficina de teatro daUniSénior).

Esta cooperação vai certamente promover uma aproximação paraalém do plano institucional.

A convergência de memórias augura uma participação essencial dosséniores do Faial e do Pico na construção de uma História de DuasIlhas.

A SINGULARIDADEA imagem de marca da UniSénior está

ligada ao facto de ter nascido a partir daprópria Sociedade. Talvez por isso, preza aautonomia das linhas de orientação e dacondução da gestão. Asseguradas pelos pró-prios séniores que a frequentam. Diremosque constituem um verdadeiro programade envelhecimento activo!

Os resultados da aplicação deste figu-rino «auto-didacta» têm sido curiosos. Nãose esperaria tanta energia. Tanto entu-siasmo. E uma competência para além daexperimentada durante a «outra» vidaactiva.

A AAALH orgulha-se de ter ajudado acriar este projecto pioneiro.

OS NÚMEROS (a)– Ano de funcionamento . . . . . . . . 7.º

– Participantes . . . . . . . . . . . . . . . 149

– Média das idades . . . . . . . . . . . 67,6

• Com mais de 80 . . . . . . .10 %

• De 70 a 80 . . . . . . . . . . .21 %

• De 60 a 70 . . . . . . . . . . .52 %

• Abaixo de 60 . . . . . . . . . .17 %

– Áreas de estudo . . . . . . . . . . . . . . 25

– Professores/Formadores . . . . . . . . 23

– Locais de funcionamento . . . . . . . 10

(a) Dados organizados por Isabel Naia

O MAIOR PROBLEMAA falta de instalações próprias reduz a

eficácia dos quotidianos. Prejudica a facili-dade dos acessos. Impede a convivênciainformal («terapia» da solidão).

Neste ano, mais uma vez, foram feitasdiligências para resolver este problema. Ospoderes públicos ainda não conseguiram «darconta» dele. Apesar das promessas. Trata-sedo rés-do-chão do edíficio onde esteve aEscola Básica. E com acordos de utilizaçãoprovisória conjunta. O «negócio» seria bompara ambas as partes. Instalações como con-trapartida de um projecto de reconhecidaexpressão social (numérica e de benefícios).Em que os encargos têm sido suportadospelos próprios séniores ...há 7 anos. E comuma solução prometida e fácil!

UNIVERSIDADE SÉNIOR DA ILHA DO FAIALANO 2014/2015

PROJECÇÃO NA SOCIEDADEAo longo do seu percurso, tem sido notória a participação daUniSénior na vida da sociedade faialense. Abrindo as suas pró-prias actividades e colaborando com

diferentes entidades. As áreas artísticas têmsuscitado maiores aproximações.

Este ano, pela TERTÚLIA SÉNIORpassaram personalidades e temas de interesseassinalável. FRANCISCAWEELER apresen-tou a «Ciência na Vida» (16/10/2014); AVE-LINO MENEZES percorreu a obra «En-velhecer e Conviver» de Teresa Medeiros,C. Ribeiro, Berta Miúdo e A. Fialho; CAR-LOS SILVEIRA mostrou a sua pesquisa paraa obra «Navegação a vapor entre o Conti-nente e os Açores (1.os tempos)»; FERNANDOMENEZES analisou «OsDireitos da Mulher no pós 25 de Abril» e CARLA MOURÃO a «Arte deser Mulher»; CARLOS LOBÃO, VICTOR R. DORES, CATARINAAZEVEDO introduziram a Cátedra Arriaga, «Falando de Arriaga».MANUEL SERPA no lançamento do livro «Cantigas da Chamarrita doPico» motivou a reflexão sobre temas etnográficos.

Os convívios ganharam projecção pelo dinamismo da Comissão deAlunos (Altino Goulart, Eugénia Fontes, Hélia Melo, M. HumbertoDias da Silva).

PROFESSORESFalar de Professores e de outras pessoasque dão o seu contributo, mercê daexperiência ou do estudo e com um

«jeito» especial para transmitirem o que sabem,é evocar a garantia do objectivo principal dasUniversidades Sénior – a aprendizagem aolongo da vida. É reconhecer o grande suporteda UniSénior no voluntariado desse grupo deverdadeiros mecenas. E é, também, admirar ovalor de todos aqueles que ajudaram a cons-truir a imagem de credibilidade da UniSénior.

Por isso, assinalam-se todos os que, em2014-2015, deram a sua colaboração forma-tiva: Ana Martins (DOP); A. Gonçalves daRosa; Bruno de Castro; Carlos Faria; CarlosLobão; Diva Silva; Fernanda Trancoso;Humberta Vargas; Humberto Silva; JoãoRamos; José Amorim de Carvalho; IreneKohoutek; M. Norberto Oliveira; MargaridaMadruga; Maria do Céu Brito; M. EduardaRosa; Odete Frias; Paula Saraiva; ReginaDores; Rosa Maria Silveira; Rosário Rodrigues;Sandro Jorge; Ulrike Maschtowski.

BALANÇOO programa de encerramento é sem-pre um momento alto do ano acadé-mico. De balanço. De satisfação. Este

ano começou com a estreia no Teatro Faialenseda peça MEMÓRIAS da Oficina de Teatro.Depois, a inauguração da exposição de dezenasde trabalhos da Oficina de Pintura, assim comoda exposição do Atelier de Artes Decorativas,ambas na Sala multiusos da Biblioteca João Joséda Graça. Na sessão de encerramento interveioGraciete Amaro na avaliação do ano e do man-dato. A conferencista convidada, Paula Mourão,abordou o tema «A família nos dias de hoje».Seguiu-se a entrega dos diplomas aos Profes-sores e dos certificados aos alunos. A tomadade posse do novo Conselho de Gestão fechoua sessão, ouvindo-se ainda o tradicional con-certo pelo Orfeão da UniSénior.

O jantar-convívio no Restaurante BarãoPalace, aberto com a actuação da Tuna daUniSénior, regida pelo Maestro Amorim deCarvalho, decorreu com grande participação ealegria.

CONSELHO DE GESTÃONa conclusão da Nota de Apreço daDirecção da AAALH ao Conselhocessante pode ler-se «O Conselho de

Gestão é merecedor de um elogio particular,por ter aceite o esforço que lhe foi pedidopelos colegas para prolongar o mandato pormais um ano. Mas, também, pela qualidade doseu trabalho. Assente na coesão e na solidarie-dade. Por tudo isto, são credoras do nossoaplauso e do nosso reconhecimento: MariaGraciette de Oliveira Fortunato Amaro; MariaIsabel Simas Trancoso Naia; Maria ErmelindaSimões; Maria Isabel Goulart Predas Serpa.»

Na sequência das deliberações da Assem-bleia Magna (20/5) e das diligências delegadasem Altino Goulart como membro mais votado,foi ratificado o Conselho de Gestão para2015/2016 com a seguinte constituição: Altinoda Costa Goulart, Filomena Maria TerraSilveira, José Rodrigues da Costa, Maria CecíliaOrmonde Medeiros, Maria Goretti da SilvaLeite Borges (escolhida para Presidente doConselho) e Maria Isabel Goulart Predas Serpa.

Francisca Weeler

Manuel Serpa

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JAIME MELO – 25 ANOS DEPOISFomos convidados paraum Encontro de antigos eactuais técnicos de cabo

submarino. Estão interessados emconstituirem-se num movimento depreservação do património das esta-ções portuguesas. Sabiam do movi-mento iniciado no Faial e já tinhamnotícia do percurso e das «conquistas»do nosso Grupo. Foi em Sesimbra(9/5/2015), lugar histórico do CS.Lá «amarrou» o 1.º cabo telefónico eo 1.º cabo de fibra óptica. E mantémuma actividade relevante. Por exem-plo, por lá passa o maior cabo do mundo de 40.000 km, entre o norteda Europa e o Japão. E têm um aparelho (de quatrocentos mil euros!)que, dias antes, detectara uma avaria num cabo a 15 kms de Alexandria!

Sabíamos que à história desta estação está ligado um técnico faia-lense, da Cable and Wireless, Jaime Melo. Aproveitámos para fazer umaponte entre nós e eles. Pedi ajuda à irmã, Guiomar, colega do Liceu.Descobri aspectos de grande valor histórico. Foi uma enorme surpresaquando verificámos que muitos dos presentes conheceram Jaime Meloe trabalharam com ele. Manifestaram grande admiração pelas suas qua-lidades humanas e pela sua elevada competência técnica. Tinha sido pio-neiro nesta estação e Supervisor Técnico do Centro Operacional de

Cabos de Sesimbra. Entroupara a companhia no Faialem 1953 (realizou formaçãotécnica em Inglaterra, porvárias vezes). Transferiu-seem 1967 para a MARCONI(Sesimbra).

O encontro ganhou aindamaior sentimento quandoinformámos que estávamosreunidos exactamente quandofazia 25 anos da sua morte(aos 54 anos). Foi recordadoo expressivo louvor póstumodo Presidente daMARCONI.Destacava várias facetas da personalidade, da liderança e da competên-cia de Jaime Melo. Impressionou saber que era reconhecido internacio-nalmente como um dos melhores técnicos na detecção de avarias emcabos. E, também, que mereceu referência especial na conhecida revistada CW, ZODIAC, devido a uma inovação tecnológica da sua autoria.

Jaime Alberto Soares Melo era Antigo Aluno (1946), foi estudiosode piano e, no desporto, além do ténis, foi dos pioneiros no hóquei empatins no Faial (na equipa do Liceu e no Sporting Clube da Horta,numa equipa em que todos eram das «companhias»).

HMB

O 6.º colóquio sobre o PATRIMÓ-NIO DO CABO SUBMARINO, noFAIAL (22/8/2014), patrocinado pela

ANACOM, foi referenciado no conjunto doscolóquios com uma visão mais ampla da histó-ria da tecnologia do cabo submarino e numquadro de novos conceitos de cultura econó-mica, ambos continuando a visar a implantaçãodo museu do cabo submarino na Trinity House.

Este colóquio assinalou os 90 anos de umaimportante inovação tecnológica, introduzidapela primeira vez no cabo da Western Union,New York-Faial (1924), inovação apresentada

na conferência do Eng. J. MORAIS DE OLI-VEIRA «O cabo submarino na história da glo-balização das comunicações». Por sua vez,aquela dimensão económica foi apresentadapelo Professor AUGUSTO MATEUS em «OPatrimónio no desenvolvimento do mundo glo-bal. O valor do cabo submarino». JOHNROSS desenvolveu o «Plano Museológico paraa Trinity House», trabalho formalizado em pro-posta para o Presidente do Governo Regional,entregue ao seu representante na sessão, oSecretário Regional dos Transportes e Turismo.Teve lugar, ainda, a apresentação pelo Arq. A.MARTINS NAIA da obra sobre as Comemo-rações dos 120 anos do 1.º cabo no Faial.

GRUPO DOS AMIGOS DA HORTADOS CABOS SUBMARINOS

6.º COLÓQUIO

Eng. Morais de Oliveira apresentando no 6.º Colóquio o seuestudo sobre o Cabo Submarino através dos tempos

SITE DA ASSOCIAÇÃONo Site da Associação – www.aaalh.pt– passou a estar disponível uma abor-dagem ao historial das iniciativas e das

diligências realizadas desde 2009, quando seiniciou o processo de recuperação e reabilita-ção do Património do Cabo Submarino daIlha do Faial.

Na rubrica PROJECTOS estão reunidos,de forma sistemática (cronológica), os aspectosessenciais de cada iniciativa e, ainda, 47 links, comelementos complementares de esclarecimento(fotográficos, de divulgação, legislativos, etc.).

MEMORIALMAIS UM ANO E… NADA

Depois do recuo do Governo em2014, pelas razões alegadas na altura,não valorizando os apoios financeiros

do Grupo dos Amigos, não se conhece qual-quer evolução no Memorial da Alagoa. Apesardo compromisso público na realização destaobra, pequena face ao seu significado histórico.Apesar da Resolução da ALRAA. E apesar doGoverno já ter fixado a localização.

Continua a classificação patrimonialdos bens culturais legados pelo «tempo»dos cabos submarinos. Depois do

bairro residencial «Colónia Alemã» (em28/6/2012) e da memória tecnológica – espó-lio de equipamentos (em 14/7/2014), a TrinityHouse foi também considerada Património deInteresse Público (em 4/5/2015), conformeconstava da Resolução n.º 3/2014 da Assem-bleia Legislativa (DR de 21/1/2014). Dada asua importância histórica, o Jornal Oficialonde foi publicada esta classificação integrou aexposição dos 150 anos da UIT. De realçarainda a definição de uma zona de preservaçãodo edifício classificado. As obras de beneficia-ção já estavam previstas naquela Resolução.

TRINITY HOUSE PATRIMÓNIO CLASSIFICADO

Esta obra integra as actas das comemoraçõesque assinalaram os 120 anos do cabo submarinono Faial. São preenchidas com a narrativa dostrês momentos das comemorações – a sessão deevocação, o colóquio «História e Património doCabo Submarino» e Convívio e Homenagens.

«Realmente uma imensa alegria ver que o nossoantigo lugar de trabalho, no meu caso, ondeiniciei toda a minha vida profissional, ser reco-nhecido e destinado a perpetuar a contribuiçãode todos os que lá deram o seu esforço pessoalpara o sucesso das comunicações via cabo sub-marino no Faial e no Mundo. Um grandeabraço de parabéns e agradecimento a todos osque fizeram do “Movimento da Horta dosCabos Submarinos” esta vitoriosa realidade.»

Gustavo M. Ramos da Silveira

Antigo cabografista da Western Union. Emigroupara o Brasil em 1961. Trabalhou na ITALCABLE.Antigo Aluno (1947). Destacou-se no hóquei empatins, no Fayal Sport Club.

Equipa do Liceu, pioneira do hóquei em patins noFaial. Na imagem, 1.º plano Filomeno Bicudo, Britoe Melo, Jaime Melo, 2.º plano Alberto Campos, JorgeMenezes, acompanhados pelo Vice-Reitor, Dr. M.

Silveiro (1950, Foto Jovial)

A sociedade faialense aderiu ao 6.º colóquio, enchendo oauditório da Biblioteca João José da Graça

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A PROJECÇÃO DE UM PATRIMÓNIO

O atraso que viémos encontrar, nãoera de facto só de uns equipamentosesquecidos ou de qualquer pormenor

de «história local», ainda não compulsado ependurado. Era mais grave. Tinha a ver coma visão historiográfica. E com a dificuldadepara enfrentar a história com os argumentosde uma cultura de horizontes.

Por isso, este projecto tem evoluído comcontornos singulares. Em duas frentes. Por umlado, fazer as coisas evidentes, «fáceis», queestão aqui à mão. Que já deviam estar feitas.Tantas. Por isso, obrigavam a uma pesquisaurgente. Para saber onde estão as inércias.

Por outro lado, talvez o mais importante, arecriação da empatia do nosso lugar com os

outros no mundo. A grande questão não eraapenas recuperar por aqui os sinais do passado.Por mais orgulho que despertem. Mas, mover-nos ao encontro do sentido que os outros(ainda) nos dão. Tentando recuperar o tempoperdido. Sabendo olhar à volta, principalmentepara fora. Muito caminho foi calcorreado. Aíestão tantos ensaios à espera de serem entendi-dos... cá dentro. Tantos colóquios e tantas pes-soas que vieram estudar-nos. O acolhimento aJohn Ross com tantos resultados por onde estáa projectar o nosso património. As diligênciasde José D. Silveira conseguindo parceirosinternacionais com laços históricos connosco.A integração num grupo internacional deestudo do cabo submarino (A. Martins Naia).

O desenvolvimento da ideia de um projectotransnacional em direcção à Unesco. E os pas-sos nacionais. Tantos, com os outros do nossotempo. Tantos, com as entidades hoje impli-cadas no mesmo processo. E que têm apoiadoas nossas acções. Enfim, agora, a projecção doFaial na exposição «O cabo submarino nummar de conectividades», a lembrar os Açoresno centro da história do cabo submarino.

É cada vez mais evidente que os outros já(nos) perceberam. E também cada vez maisclaro o sentimento de dúvida.

Afinal, não era desejável que se fizessetodo este trabalho?

É a altura de tirar consequências. Para quehaja continuidade. Seja com quem for.

OS OUTROS JÁ PERCEBERAM

Não é falta de respeito. Ele gosta de sero João Inglês. Aliás, de ter sido.Quando sentiu o carinho desta «alcu-

nha». Que agora preserva no endereço electró-nico. Foram tempos que lhe devem ter deixadobonitas marcas afectivas. Não só pela Hortacosmopolita. E, então, hospitaleira. Mas, tam-bém, pelos amigos que cá fez, num tempo fan-tástico. De uma vida profissional de cidadão domundo. E cá encontrou a companheira da suavida, a Noemita Coelho. Moraram no bairro daEastern, no terceiro bungalow à esquerda. Eleresumiu bem essas marcas, sabendo que lheschamamos «saudades», no depoimento queapresentou em 2013 (pode ser recordado naobra «Foi há 120 anos», edição da AAALH).

Quando saiu a primeira vez da sua terrapara trabalhar na rede de companhias inglesasde telegrafia submarina, ainda precisou de auto-rização do pai para obter o passaporte naEmbaixada do Brasil. O início desse périplopelo mundo do cabo submarino que o levoupelos «Atlânticos» até ao médio e ao extremooriente.

Claro, estamos a falar de JOHN ROSS,aquele de que já muito ouvimos, como mem-bro do Grupo dos Amigos da Horta dos CabosSubmarinos, que tem vindo a salvar do longoabandono o valioso património tecnológico quehá mais de 40 anos «jazia» em arrecadações(hoje sabemos que é mais valioso devido ao tra-balho do John). Para preservá-lo da incúria,

promovemos as condições para que fosse classi-ficado. Agora já tem futuro.

Em 2011 o John veio ao Faial. Já trabalhá-vamos há dois anos neste movimento de reabili-tação, visando o museu do cabo submarino. Foia uma reunião. Classificou-a. «Vocês pareciamque estavam no café!». Deu ideias. E opiniões«inglesas». Isto é, aplicáveis com ingleses. Aceitouligar-nos com o museu de Porthcurno (onde par-ticipa no Grupo de eng. voluntários). E tambémaceitou ser nosso representante em Inglaterra (depapel na mão). Mas, antes disso, «entrou» paramembro do nosso Grupo dos Amigos. Algo quecolava com a cultura anglo-saxónica. Deixou umcronograma de promessas, com objectivos, fasese tarefas, de novo para ingleses!

Com a partida veio um grande interregno.Que foi resolvido com a entrada em cena doTomás Saldanha. Aproximou o que era necessá-rio ser entendido dos dois lados. Acompanhoua entrada do John na onda que vínhamos sur-fando. Primeiro, nesse decisivo colóquio de2012. Em que tanta coisa aconteceu. Um tempode viragem!

Da parte do John, a comunicação que apre-sentou no colóquio foi determinante. Impôs apergunta... e agora? Pedimos um memorando.Fomos à Presidência do Governo. Havia razãopara isso. Era preciso mudar o estado das coi-sas. A inépcia. Veio a ordem. Desta intervençãoda AAALH resultou que o Grupo dos Amigosiria tratar do processo de recuperação dos equi-

pamentos, atravésdo John Ross. Ficarána história o relató-rio de Outubro de2012. E assim acon-teceu de novo em2013 e 2014. Temsido um trabalho«de base» na funda-mentação e sistemá-tico na evolução.Como é demons-trado em cada rela-tório. Um processolongo, duro e caro (sem qualquer encargopúblico). Mas o John trouxe e fez muito mais.O peso simbólico daquele telegrama do museude Porthcurno a reatar antigas relações. A pes-quisa de fontes únicas sobre a Horta. As análi-ses historiográficas, compensando a paragem notempo, desde o Pe. Júlio da Rosa.

É para nós uma obrigação registar este per-curso. E persistir na forma como lhe vamos darfuturo. Ainda mais, depois do desafio da exposi-ção que ajudámos a organizar e está patente emLisboa. Em que, mais uma vez, o John se envol-veu, parecendo mais faialense que os faialenses.

E não esquecemos que também nos honracomo nosso Sócio Aderente, desde 2013, poraltura dos 120 anos do 1.º cabo no Faial.

To be continued

JOHN ROSS – O João Inglês (I)

Tivémos o privilégio de participar naorganização da exposição dos 150 anosda UIT, devido à aproximação à FPC

e à ANACOM (patrocínio dos colóquios).O convite formal para a presença do Faial na

área do cabo telegráfico da exposição, referia aimportância histórica da Horta, os resuldados já

obtidos no estudo e reabilitação do património ea mais valia da ligação ao museu de Porthcurno.

Aceite este desafio desejado, foi possível asse-gurar que a nossa contribuição contasse com aconvergência de esforços dos membros do Grupodos Amigos e com o trabalho de investigação econcepção dos conteúdos expositivos peloEng. John Ross, assim como da sua intervençãodirecta, vindo de Porthcurno a Lisboa, com oCurador da exposição, Eng. Morais de Oliveira.

Da Secretaria Regional da Educação e daCultura recebeu-se provas de entendimento daimportância desta iniciativa para a projecçãodo valor do património do cabo submarino etambém de apoio logístico, especialmente aautorização para que o museu da Horta garan-tisse a expedição de algumas peças. Importantefoi também a presença do Secretário Regional,Prof. Avelino de Menezes, na inauguraçãoda exposição (FPC, 18/5/2015).

O CABO SUBMARINO NUM MAR DE CONECTIVIDADES

REPORTAGEMFOTOGRÁFICA

A sessão comemorativa do DiaMundial das Telecomunicações e daSociedade da Informação, na FundaçãoPortuguesa das Comunicações, assimcomo a inauguração da exposição «O cabosubmarino num mar de conectividades»(18/5/2015) podem ser apreciadas noSite da Associação (www.aaalh.pt), narubrica Projectos, através das fotos daDelfina Porto.

Fica ainda disponível a brochuradistribuída, contendo a informação rela-tiva à organização da exposição.O Secretário Regional da Educação e Cultura, com a Presidente da

ANACOM e o Presidente da PT, quando presidia à sessão do DiaMundial das Telecomunicações, antes de inaugurar a exposiçãosobre o Cabo Submarino comemorativa dos 150 anos da UIT

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UM VELHO PROJETO – O LICEU DE FORA

Tinha pêra e bigode, grisalhos como oseu cabelo. Vestia de forma a fazeresquecer os Drs. Benarús e Tomás da

Rosa, sempre de fato e gravata estes, calças deganga e camisa por fora das calças aquele.Passeava pelo pátio a fumar e nas espirais dofumo dos além-mar ficava a sua história comohomem de teatro, a importância que tiveranessa arte no Liceu e no Faial. Dizia coisas dife-rentes. Não fora sócio da moagem nem recitavade cor a avé maria em chinês, mas era como umíman para os jovens do Liceu.

Passara pouco tempo desde o 25 de Abril.Não sabíamos o que era o TEUC. Soava-nosbem, cada uma das palavras. Teatro, Experi-mental e Universidade de Coimbra. Devia sercoisa importante. Começáramos a experimen-tar e logo no teatro, por isso, se ele experimen-tara em Coimbra, devia ser o máximo. O mes-sias por quem tínhamos rezado.

Pedimos-lhe para ir a um dos nossos ensaios.A Ângela Almeida escrevera uma peça, já estavaem andamento há semanas, queríamos a aprova-ção do mestre. Aceitou, viu e ouviu em silêncio,com os braços agarrados aos espaldares do giná-sio pequeno. E depois disse «isto é uma merda».

Mais mágoa menos ofensa, acabámos poraceitar o seu veredicto. Afinal, ele é que sabia.E nós não sabíamos nada. Rogámos pela suaajuda. O António não apenas nos arranjouuma peça ideal para principiantes, como se ofe-receu para ser o encenador. A partir desse dia,com certeza História, pois bem Geografia, masas nossas cabeças estavam nos ensaios, dentroda sala de aula. Embora, posso dizê-lo, tenha-mos ficado mais atentos às Ciências Naturais,sabendo que à noite entraríamos em palco.

Peça pronta, lá foi a estreia, no ginásiogrande. A comunidade faialense, ávida por tea-tro, encheu o espaço. A aceitação foi boa. E daínasceu a ideia de levar o espectáculo às fregue-sias. E depois ao Pico. A nossa primeira inter-nacionalização. Falávamos de solidariedade,e chegámos a levar uma pedrada no vidro late-ral da camioneta para os lados da Criação Velha.Agora orgulhosos. Além de actores e actrizes,éramos revolucionários.

Seguíamos o António para todo o lado.Falava de livros que não havia na biblioteca,nem na itinerante que o Sr. Rúben Rodrigueslevava à volta da ilha. Sentava-se no banco doLargo do Infante em frente ao Volga e fazia-nos

ver coisas para além da montanha que reluziacinco milhas perto. Depois, entrávamos todosno café, juntávamos duas mesas e ficávamos aconversar, fumando e bebendo cada um a suabica. Uma tertúlia diária.

Nunca falar a menos de três quartos da bocade cena. O gesto antes da palavra. Respirações cer-tas. Pausas onde o texto pedia. O Liceu saía dassuas margens, enchia palcos, chamava gente. Oque nascia dentro ia para fora. E o que estava foraia para dentro. Como é próprio de uma Escola.

Uma noite o coração do António nãoaguentou mais nicotina nem aguardente. Sentiu--se mal em palco e já não voltou do hospital.

Não sei onde está enterrado. Não sei o quese pode ler na lápide da sua campa. Mas gosta-ria de voltar a vê-lo, numa fotografia pendu-rada numa das paredes do Teatro Faialense.Mesmo que do coração não venham mais pan-cadas, sejam de Molière, sejam dos pés dequem subir as escadas para a galeria.

António Bulcão

O ANTÓNIO DUARTE – de camisa por fora das calças

Por iniciativa da Associação dos AntigosAlunos do Liceu de Ponta Delgada rea-lizou-se um encontro na biblioteca da

actual Escola Secundária Antero de Quental (24--25/10/2014) das Direcções das Ass. dos trêsLiceus históricos (Angra, Horta e Ponta Delgada).

Depois de uma apresentação geral das res-petivas linhas de orientação e projectos pelostrês Presidentes, respectivamente, José Laran-jeira, H. Melo Barreiros e José Andrade, reali-zaram-se duas sessões de debate, uma sobre«A importância, a actividade e a cooperação dasAAA's", moderada por João Bosco Mota Ama-ral e, outra, sobre «O contributo dos alunos deontem para a Escola de hoje», moderada porCarlos Lobão. Os textos das intervenções dosrepresentantes da Ass. do Liceu da Horta nestas

sessões, respectivamente, Valdemar Porto eDelfina Porto, podem ser consultados no Siteda Associação (www.aaalh.pt) em eventos.

O Encontro foi patrocinado pelo GovernoRegional dos Açores, tendo o Secretário da Edu-cação e Cultura, Prof. Avelino de Menezes, presi-dido à sessão de abertura onde proferiu uma inter-venção sobre a História do Ensino nos Açores.

Deste Encontro resultou uma declaraçãoconjunta, que poderá também ser consultadano Site da Associação.

DESTAQUEMARIA ZORAIDA BETTENCOURTSTATMILLER SALDANHA DE MATOSDO NASCIMENTO, Sócia Honorária danossa Associação, foi galardoada pela Assem-bleia Legislativa da Região Autónoma dosAçores, com a INSÍGNIA AUTONÓMICADE MÉRITO CÍVICO, por ocasião doDIA DA REGIÃO, atribuída em SessãoSolene Comemorativa realizada na Ilha dasFlores, em 25 de Maio de 2015.

Ana Luísa Luís, Presidente da ALRAA, cumprimenta MariaZoraida do Nascimento no momento em que lhe é imposta

a insígnia de Mérito Cívico (Santa Cruz das Flores)

ASSOCIAÇÕES DOS LICEUS HISTÓRICOS DOS AÇORES

1 – O conceito de «Liceu de fora» foi usado pelo Professor A. Sampaio da Nóvoa na introduçãoda obra LICEUDAHORTA –MEMÓRIA INSTITUCIONAL (C. Lobão, 2004), ao suge-rir um II Tomo que analisasse as circunstâncias de um Liceu insular, com estudantes de váriasilhas. Acrescentava o interesse de também serem pesquisadas situações de sociabilização juve-nil, em práticas culturais, que preenchiam a vida do tempo do Liceu para lá da vida no Liceu.

2 – Este projecto tem evoluído, mercê dos depoimentos já recebidos, mas não atingiu aindaa solidez estrutural e a dimensão de recolhas que o tema merece.

3 – Prossegue-se, procurando colaborações em dois âmbitos:– Condicionantes da frequência do Liceu, devido às «insularidades» desse tempo.– Situações sócio-culturais e cívicas vividas no tempo do Liceu.

4 – Para que se consiga levar «a carta a Garcia», apela-se à manifestação de interesse na cola-boração nesta obra da História do Tempo do Liceu. A título exemplificativo, dentro daliberdade de apresentação de cada trabalho, publica-se o texto de António Bulcão sobrea sua vivência da tertúlia que marcou algumas gerações de alunos do Liceu, com umProfessor, António Duarte, exactamente em situações de «Liceu de fora».

CASA MANUEL DE ARRIAGAAINDA INACABADA

Passados 4 anos da inauguração, aindanão foi cumprido o compromisso, repetidona altura, sobre os jardins e a quinta urbanado antigo Solar dos Arriaga. Em resposta àssucessivas diligências vindas da Sociedade.E também da ALRAA. Recorda-se o expres-sivo movimento social que impediu a cons-trução de um bairro no local. E lembram-seas ideias mostrando a moderação do que sepretende (boletim n.º 24, 2011). Sabemosque não há dinheiro. Então, que seja encon-trada outra solução. Por exemplo, a afecta-ção da Quinta ao Parque Natural do Faial.Rentabilizam-se recursos específicos. Egarante-se outro empenho. Sem este ele-mento patrimonial a memória de Arriaga nãoestará suficientemente valorizada.

O Secretário Regional da Educaçåo e Cultura falando naabertura do Encontro

Valdemar Porto na apresentação da sua comunicação em S. Miguel

2.º Painel: Delfina Porto, C. Lobão, Irene Ataíde, Berta Melo Bento

Page 6: 15 0 2 O H N U ASSOCIAÇÃO J O R I E N A J …aaalh.pt/Boletins/Boletim30_31.pdf · Equipa do Liceu, pioneira do hóquei em patins no Faial. Na imagem, 1.º plano Filomeno Bicudo,

Faial, 22/8/2014

MEMÓRIAS DAQUELE TEMPO!Foi o 6.º convívio dos que vêm acompanhando os colóquiossobre a recuperação das memórias do tempo dos cabos sub-marinos. Reuniram-se antigos cabografistas, a diáspora em

férias e muitos outros Amigos do Tempo dos Cabos. Sentiu-se na orga-nização o «toque do requinte do passado» na organização de JuditeSalema, Manuela Neves, Noemita Ross e Hildegard Grötzner.

EUA, 11/10/2014

ANTIGOS ALUNOS EM LONG ISLANDVinte seis anos a cultivar a memória do Liceu, desta vez, de novo,na Costa Leste. Tudo se passou com a mesma dinâmica – todosos anos novo local e nova comissão. Este ano foi em Fall River/

/Long Island e a organização coube a Donalda Maciel do Amaral (AntigaAluna, 1967). Durante este convívio foi homenageada a D. Ilda Frayãoque leccionou no Liceu a partir de 1961 (Inglês, Francês, Português).

TEMPOS E LUGARES DE REENCONTRO

ASSOC. DOS ANTIGOS ALUNOS DO LICEU DA HORTApode encontrar-nos em

www.aaalh.pt / [email protected]

Convívio anual do cabo submarino no Hotel Fayal, antiga messe da Western Union.À esq. Eng. Paim da ANACOM, à dir. Prof. Augusto Mateus

A festa dos «universitários séniores» no Barão Palace, como habitualmente, com muitoconvívio e animação

S. Miguel, 25/10/2014

«MATANDO» SAUDADESPorque recordar é sempre bom e porque, graças a Deus,guardamos boas recordações desse tempo, foi possívelencontrarmo-nos durante algumas horas, que nos parece-

ram minutos. Tudo passou tão depressa, como era possível, se aindahavia tanto para dizer!

Refiro o convívio realizado, na Ilha de S. Miguel, com antigosalunos do Liceu da Horta, Colégio de Santo António, e Externatos.A iniciativa partiu da AAALH. Aceitámos a ideia com muito gosto.Iniciou-se o convívio com uma sessão evocativa do tempo do Liceu.Henrique Barreiros abordou o sentido da AAALH, «Memórias ePatrimónios a preservar», Ricardo Madruga da Costa, «A insulari-dade nas memórias dos antigos alunos», Carlos Lobão, «Factos mar-cantes na História do Liceu da Horta» e Delfina Porto, um tema,muito caro a grande parte dos presentes, «Memórias da Escola doMagistério Primário da Horta». Seguiu-se o jantar. Importa realçaro convívio entre todos, recordando tantas e tantas coisas. Foramlidas mensagens de colegas naCalifórnia, no Continente e dealguns residentes em S. Miguelque não puderam participar.Estas mensagens comoveram ospresentes pela saudade com querecordavam tudo, a realidade ea dificuldade desses tempos. Depassagem em S. Miguel estive-ram também: Francisca Freitas,Fátima Bettencourt, LuizaBulcão e Rui Amaral.

Gostaria ainda de deixarum testemunho da minha par-ticipação num encontro deAALH, no Canadá. A surpresafoi grande quando vi surgir umcoro, regido pelo nosso conterrâneo e colega Luís Gomes a interpre-tar alguns números do reportório do nosso antigo orfeão, regido pelosaudoso Professor João Ramos. Talvez até fosse uma ideia interessantea copiar, quem sabe?

Seguidamente foi o adeus com o propósito de novo encontro ea vontade de continuarmos unidos. Maria Emília Santos

Lisboa, 5/2/2015

RECORDANDO AMIZADES...Mais uma vez, realizou-se o convívio dos «Amigos», na épocaprópria desta evocação, reunindo antigos colegas de várias ilhas,em particular, do Faial, do Pico e de S. Jorge. Aconteceu no

Restaurante «Jardim da Luz». Como habitualmente, por iniciativa e comorganização de Conceição Macedo.

Lisboa, 15/5/2015

18.º ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃOFoi na Casa dos Açores, local do «nascimento». Na mesa da ses-são estavam Miguel Loureiro Pres. da CAL, João Laranjeira(Liceu de Angra), Eduíno de Jesus (Liceu de Ponta Delgada) e

Aurélio Machado (Pres. Ass. Geral da AAALH). Dos conferencistas con-vidados, JOÃO MELO trouxe uma excelente análise sobre o ParqueNatural do Faial, ligando o legado da Natureza com o presente, deinvestimento na fruição contro-lada. PAULO MADRUGAapresentou um quadro de ideiaspara uma nova visão da relaçãoPatrimónio-Desenvolvimento.No convívio circularam memó-rias expressivas, em especial, dosque também lá tinham estado...há 18 anos!

Paulo Madruga e João Melo durante as respectivasintervenções na Casa dos Açores

Faial, 12/6/2015

A DESPEDIDA DE TODOS OS ANOSConvívio de encerra-mento do ano acadé-mico da UniSénior.

Repetem-se os sentimentos dealegria pelo percurso conseguidoe de esperança porque, afinal,...para o ano há mais!

Ao aperitivo houve Tuna, àsobremesa cantares e chamarritae o café despertou mais dança.

O Conselho de Gestão convivendo na despedidado ano académico

Oeiras, 20/6/2015

CONVÍVIO A ABRIR O VERÃOPela 5.ª vez voltámos a conviver nesse «cantinho do Faial» emOeiras, disfrutando da hospitalidade do Peter/Café Sport. Comboas «imitações» das nossas memórias – o mar, a marina, o gin

tónico, as lapas (patrocínio do antigo aluno, José Henrique Azevedo),mesmo o atum e, então, o bolo de chocolate! De novo, YolandaCorsépius trouxe peças do seupatrimónio. Os contemplados nosorteio foram António Ferreira eNorberto Rosa. A organização– Delfina Porto, EduardinaRocha e José Maria Duarte –melhora a cada ano que passa.

Faial, 13/12/2014

NATAL NA UNISÉNIOR

M. Emília Santos lendo as mensagens noconvívio em S. Miguel

Convívio em ambiente aprazível no «Peter», em Oeiras