1421 cpfl jaguariuna e santa cruz - sinergiaspcut.com.br · cpfl nº 1421 07/12/2017 sindicato dos...
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CPFL
nº 142107/12/2017
www.sinergiaspcut.org.br
Sindicato dos Energéticos do Estado de SP
Agrupamento para quem?
Em meados da década de 1980, para vender vantagens de um shampoo de combate a caspa, o locutor arrematava: “Parece remédio, mas não é”.
O tempo passa, as pessoas mudam e conceitos antigos ficam modernos. Na CPFL Santa Cruz e na CPFL Jaguariú-na, a direção da empresa tenta emplacar uma proposta de unificação dos ACTs que parece vantajosa aos trabalhadores. Mas não é.
Pior: ao contrário do comercial, que não pode transmitir ilusão sob pena de ser punido pelo consumidor, a empresa quer emplacar medidas no novo Acordo Coletivo que, na prática, só trarão mais prejuízo e atraso aos trabalhadores tan-to da Santa Cruz como da Jaguariúna. No fundo no fundo, a intenção é fingir ganhos aos trabalhadores no varejo e faturar (e muito!) no atacado.
As perdasCom a proposta da empresa, os tra-
balhadores terão muitos prejuízos: reti-rada do reembolso de refeição fora da localidade; perda no potencial de ganho da PLR e café da manhã fornecidos aos trabalhadores da CPFL Jaguariúna; adi-cional de hora extra acima de duas ho-ras de segunda a sexta-feira na CPFL Santa Cruz; mudança no plano de saúde também da Santa Cruz.
Detalhe: a proposta de conceder um reajuste de 28% no item Alimentação não reflete as compensações neces-sárias ao conjunto de trabalhadores e, muito menos, o lucro que a empresa vai obter com o agrupamento.
Retirar esses direitos dos trabalha-dores só visa atender aos daqueles que buscam lucrar mais e mais em cima dos
Dirigentes do Grupo CPFL tentam vender aos trabalhadores um Acordo Coletivo que parece vantajoso. Só nas aparências
trabalhadores e com discurso ilusório.Ou seja, esta unificação dos só aten-
de aos interesses do grupo CPFL em re-lação ao agrupamento. Por que?
Simples: ao colocar todas as empre-sas na mesma estrutura, o Grupo ganha na diminuição de pagamento de impos-tos, na otimização da estrutura e recebe um motivo a mais para demitir.
Diante disso, o Sinergia CUT recusou a proposta encaminhada pela empresa. Não por revanchismo ou picuinha, mas porque detectou a intenção de prejudicar os trabalhadores.
Nossas premissasEm assembleias realizadas nos locais
trabalho, os trabalhadores autorizaram o Sindicato a negociar o agrupamento me-
diante as seguintes premissas:● Não retirar benefícios dos atuais
acordos● Manutenção das melhores práticas● Inserção da Cláusula de Política de
Emprego aos trabalhadores no caso de concretização do agrupamento
● ACT por dois anos● Mudança da data-base para junho● Plano de carreira do eletricista● Erradicação do assédio● Equiparação do piso salarial com as
distribuidoras do Grupo.Porque o Sinergia CUT não vive de
aparência ou discurso truncado, mas sim, de propostas claras, resistência e de muita ousadia para proteger os traba-lhadores. Sempre.
EXPEDIENTE
Publicação de responsabilidade do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Campinas e do Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo. Sede: Rua Doutor Quirino, 1511 - Centro - Campinas,SP CEP: 13015-082. Fones: Campinas Sede (19) 3739-4600
Diretor de Comunicação: Paulo RobinRedação: Débora Piloni (MTb 25172), Elias Aredes Jr. (MTb 26850), Lilian Parise (MTb 13522) e Nice Bulhões (MTb/MS 74)
Ilustração: Ubiratan Dantas E-mail: [email protected]
CPFL faz uma verdadeira
A atual direção das CPFLs Santa Cruz e Jaguariúna tem a incumbência de realizar o processo de agrupamento junto à Aneel e de unificação dos Acordos Coletivos. Tra-balho difícil e complexo.
Desde o começo, o Si-nergia CUT demonstrou sua predileção em unificar a da-ta-base para junho e com preservação dos direitos e conquistas dos companhei-ros da CPFL Santa Cruz e da Jaguariúna.
Sem avisar aos Sindicatos que participam da negocia-ção, a empresa atravessou o samba e começou a comu-nicar os trabalhadores que, se todos os sindicatos não aceitassem a unificação dos Acordos Coletivos de Traba-lho (ACTs) como está sendo proposto, a solução seria rasgar todo o processo de negociação e iniciar conver-sas apenas para resolver o ACT da Santa Cruz que tem data-base em novembro, em reunião marcada para 4 de dezembro, e com a ma-nutenção da data-base da CPFL Jaguariúna para abril de 2018.
Uma intenção reafirmada em carta direcionada ao Sin-dicato (veja trecho no qua-dro ao lado). Absurdo total. Especialmente porque, em nenhum momento, o Siner-gia CUT concordou com tal comportamento e acredita que deve-se trilhar a nego-ciação na mesa para chegar a unificação dos ACTs sem
Empresa desconsidera compromissos assumidos e prejudica em cheio os trabalhadores. Com isso, arranca um sorriso de satisfação dos acionistas
prejuízo aos trabalhadores. A pior das maldades
A situação que já estava ruim piorou ainda mais quan-do, na reunião do dia 04 pas-sado, a CPFL simplesmente “rasgou” sua própria carta afirmando que implantaria, já na folha de dezembro, a sua proposta que teria sido aceita por duas entidades sindicais.
Com isso, a empresa des-respeitou as premissas dos trabalhadores, os sindicatos e todo o processo negocial realizado até então.
Sempre na defesa da categoria, o Sinergia CUT insistiu na reabertura de negociação e também solicitou que a empresa considerasse a contraproposta apresentada. Intransigentemente, a CPFL não atendeu o Sindicato e deu por encerrada essa reunião.
Proposta de ACT: desrespeito sem limiteNo mesmo dia 04, os re-
presentantes da empresa ini-ciaram a negociação exclu-siva do ACT da Santa Cruz apresentando uma proposta insatisfatória e informando ser esta sua proposta final: reajuste de salários e bene-fícios de 2,7% e substituição de dois indicadores da PLR cujas as metas seriam apre-sentadas até o final do pri-meiro bimestre de 2018.
O Sinergia CUT rebateu, afirmando que a pauta dos trabalhadores não havia sido
considerada e pediu nova re-união, sendo outra vez igno-rado. Mais uma demonstra-ção de profundo desrespeito da empresa para com os tra-balhadores.
A confusão está criada (que fique claro:
pela CPFL)Com o agrupamento a
partir de 01 de janeiro de 2018, já autorizado pela Aneel, os trabalhadores das cinco empresas envolvidas - CPFLs Santa Cruz, Jaguari, Leste Paulista, Sul Paulista e Mococa - viverão sob uma verdadeira confusão:
► Cinco empresas e ape-nas um CNPJ
► 03 datas-base distintas (abril, setembro e novembro)
► 09 Acordos Coletivos
com cláusulas e benefícios diferenciados.
E agora?Tendo em vista que a
CPFL apresentou sua pro-posta final de ACT, o Sinergia CUT realizará assembleias deliberativas exclusivas para o Acordo Coletivo/data-base da Santa Cruz. Fará também assembleias informativas nas localidades da CPFL Jaguariúna para esclarecer aos trabalhadores sobre a impossibilidade de acordo de unificação.
A certeza é uma só: a uni-ficação dos ACTs do jeito que foi proposta pela empre-sa só traz prejuízos à cate-goria.
Fique ligado e participe das assembleias!
BADERNA
O (DES)COMPROMISSO DA CPFLLeia abaixo trecho da carta da CPFL que ela própria
“rasgou” em mesa de negociação: