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LEIA NO EDITORIAL Extensionistas e a diversificação da cultura do tabaco LEIA NESTA EDIÇÃO Trigo: colheita alcança os 90% da área. Soja: condições de clima permitem avanço no plantio, chegando a 48% da área. N.º 1.528 14 de novembro de 2018 NOVEMBRO AZUL Aqui você encontra: Editorial Notas Agrícolas Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Extensionistas e a diversificação da cultura do tabaco Com o objetivo de buscar alternativas para promover a diversificação das propriedades rurais e reduzir a dependência das famílias produtoras de tabaco, tornado mais sustentáveis essas Unidades Familiares de Produção Agrária no Rio Grande do Sul, 61 extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar participaram na semana passada (de 05 a 09/11), em Porto Alegre, de uma capacitação realizada por instrutores da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O projeto de Diversificação da Cultura do Tabaco visa apoiar as atividades alternativas e economicamente viáveis para além do cultivo do tabaco, incentivando os agricultores a desenvolver outras atividades e culturas que gerem renda. A capacitação aconteceu na sede da Fundação de Economia e Estatística do RS e reuniu técnicos e extensionistas de diversas regiões do Estado. São instrutores os engenheiros agrônomos Alexandre da Silva Santos e Marcelo Alves e o administrador Moacir Kretzman. Importante ressaltar que a partir desse Termo de Cooperação entre Emater/RS-Ascar e Anater, com duração prevista de três anos, os extensionistas gaúchos vão oferecer alternativas de produção para o agricultor e, para o produtor de tabaco, tornar a gestão das propriedades mais eficientes, diminuindo os impactos ambientais e aumentando a renda e a qualidade de vida das famílias produtoras. A ideia é conciliar a produção de tabaco com outras culturas, reduzindo a dependência e tornando mais rentáveis essas propriedades. Em termos gerais, o projeto de Diversificação da Cultura do Tabaco está sendo realizado em 72 municípios produtores de tabaco de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul e abrangerá, nesses próximos três anos, 13.558 Unidades Familiares de Produção Agrária, sendo 7.000 agricultores familiares atendidos via Chamada Pública e 6.558 atendidos por Instrumentos Específicos de Parceria, via Termos de Cooperação, com as entidades governamentais (as Emateres). Os extensionistas rurais de todas as empresas que integram o projeto estão se qualificando para levar ao campo a proposta da Anater chamada de Nova Ater, que possui um viés no desenvolvimento comunitário sustentável, visando gerar conhecimento dentro da própria comunidade, ampliando a abrangência e a qualificando a assistência ofertada aos agricultores. Durante este primeiro módulo da capacitação foram abordados temas como Sustentabilidade, Gênero, juventude e etnias, Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), Políticas Produtivas, Formas de diversificação, Casos exitosos de diversificação, Sistemas agrários e agroecologia e Orientações para uma Pedagogia de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que envolve Trabalhando em rede e Abordagem às famílias, entre outros. Esse projeto representa a Emater/RS-Ascar se capacitando e qualificando ainda mais o nosso trabalho no campo, oferecendo, também através de termos de cooperação com a Anater, capacitações em Gestão e na Produção de Leite. Dessa forma, fortalecemos nossa atuação, mas principalmente garantimos uma produção mais sustentável e eficiente, melhorando as condições de vida do agricultor e incentivando a permanência dos jovens no meio rural gaúcho. Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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LEIA NO EDITORIAL

Extensionistas e a diversif icação da cultura do tabaco LEIA NESTA EDIÇÃO

Trigo: colheita alcança os 90% da área. Soja: condições de clima permitem avanço no plantio, chegando a 48% da área.

N.º 1.528

14 de novembro de 2018

NOVEMBRO AZUL

Aqui você encontra:

Editorial

Notas Agrícolas

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Extensionistas e a diversificação da cultura do tabaco Com o objetivo de buscar alternativas para promover a diversificação das propriedades rurais e reduzir a dependência das famílias produtoras de tabaco, tornado mais sustentáveis essas Unidades Familiares de Produção Agrária no Rio Grande do Sul, 61 extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar participaram na semana passada (de 05 a 09/11), em Porto Alegre, de uma capacitação realizada por instrutores da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O projeto de Diversificação da Cultura do Tabaco visa apoiar as atividades alternativas e economicamente viáveis para além do cultivo do tabaco, incentivando os agricultores a desenvolver outras atividades e culturas que gerem renda. A capacitação aconteceu na sede da Fundação de Economia e Estatística do RS e reuniu técnicos e extensionistas de diversas regiões do Estado. São instrutores os engenheiros agrônomos Alexandre da Silva Santos e Marcelo Alves e o administrador Moacir Kretzman. Importante ressaltar que a partir desse Termo de Cooperação entre Emater/RS-Ascar e Anater, com duração prevista de três anos, os extensionistas gaúchos vão oferecer alternativas de produção para o agricultor e, para o produtor de tabaco, tornar a gestão das propriedades mais eficientes, diminuindo os impactos ambientais e aumentando a renda e a qualidade de vida das famílias produtoras. A ideia é conciliar a produção de tabaco com outras culturas, reduzindo a dependência e tornando mais rentáveis essas propriedades. Em termos gerais, o projeto de Diversificação da Cultura do Tabaco está sendo realizado em 72 municípios produtores de tabaco de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul e abrangerá, nesses próximos três anos, 13.558 Unidades Familiares de Produção Agrária, sendo 7.000 agricultores familiares atendidos via Chamada Pública e 6.558 atendidos por Instrumentos Específicos de Parceria, via Termos de Cooperação, com as entidades governamentais (as Emateres). Os extensionistas rurais de todas as empresas que integram o projeto estão se qualificando para levar ao campo a proposta da Anater chamada de Nova Ater, que possui um viés no desenvolvimento comunitário sustentável, visando gerar conhecimento dentro da própria comunidade, ampliando a abrangência e a qualificando a assistência ofertada aos agricultores. Durante este primeiro módulo da capacitação foram abordados temas como Sustentabilidade, Gênero, juventude e etnias, Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), Políticas Produtivas, Formas de diversificação, Casos exitosos de diversificação, Sistemas agrários e agroecologia e Orientações para uma Pedagogia de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que envolve Trabalhando em rede e Abordagem às famílias, entre outros. Esse projeto representa a Emater/RS-Ascar se capacitando e qualificando ainda mais o nosso trabalho no campo, oferecendo, também através de termos de cooperação com a Anater, capacitações em Gestão e na Produção de Leite. Dessa forma, fortalecemos nossa atuação, mas principalmente garantimos uma produção mais sustentável e eficiente, melhorando as condições de vida do agricultor e incentivando a permanência dos jovens no meio rural gaúcho.

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

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NOTAS AGRÍCOLAS

Programa Segunda Água avança com 716 novos microaçudes na Zona Sul e no Vale do

Rio Pardo O ato ocorreu em Pelotas e reuniu representantes da SDR, da Emater e das empresas contratadas. Uma nova fase na execução do Programa Segunda Água vai permitir a construção de 716 microaçudes na Zona Sul e no Vale do Rio Pardo. A Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) entregou na semana passada as ordens de serviço para as empresas contratadas, e o início das obras se dará a partir desta semana, quando as empresas colocarão o maquinário a campo para os trabalhos. O ato ocorreu em Pelotas e reuniu representantes da SDR, da Emater e das empresas contratadas. O Programa Segunda Água é fruto de convênio firmado entre SDR e Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) com o objetivo de garantir acesso à água para produção no meio rural às famílias em situação de vulnerabilidade social. Dos 716 microaçudes, 515 serão construídos na Zona Sul, nos municípios de Amaral Ferrador, Canguçu, Cerrito, Herval, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Santana da Boa Vista, São José do Norte e São Lourenço do Sul. Já na região do Vale do Rio Pardo, serão 201 obras, nos municípios de Encruzilhada do Sul, Boqueirão do Leão, Candelária, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Sinimbu, Vale do Sol, Venâncio Aires, Ibarama, Passa Sete, Segredo e Tunas. “Este final de 2018 e o ano de 2019 serão de trabalho intenso nesses municípios”, afirma o secretário da SDR, Tarcisio Minetto. Conforme o agrônomo da SDR responsável pela execução do convênio, Jonas Wesz, já foram acertados os detalhes da execução dos serviços entre Estado, empresa contratada e Emater. “Teremos um ganho em agilidade e qualidade dos microaçudes construídos e já em 2019 estaremos alcançando a melhoria na parte produtiva e na qualidade de vida das famílias de agricultores familiares beneficiado”, afirmou. O programa Segunda Água visa promover a segurança alimentar e hídrica por meio da construção de microaçudes, cisternas e instalação de sistemas simplificados de irrigação. No Rio Grande do Sul, serão beneficiadas 2,7 mil famílias com investimentos de R$ 26,2 milhões e utilizados para a elaboração dos projetos, construção dos microaçudes, cisternas, aquisição e instalação dos kits de irrigação, assistência técnica e capacitação das famílias.

Nas regiões Centro Sul, Alto da Serra do Botucaraí, Noroeste Colonial, Celeiro, Médio Alto Uruguai, Rio da Várzea e Norte, as atividades do programa estão em uma fase avançada, com 904 microaçudes concluídos e mais de 500 sistemas de irrigação instalados. Essas famílias são acompanhas e recebem assistência técnica e capacitação através do convênio. Fonte: SDR-RS (publicado em 12/11/2018)

Irã e Egito demonstram interesse em exportação de gado em pé do RS

Investidores do Irã e Egito se reuniram nesta terça-feira (6), na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, em Porto Alegre, com representantes das empresas exportadoras de carne do Rio Grande do Sul, com o objetivo de iniciar tratativas para a exportação do gado criado no estado. Os dois países já importam gado brasileiro, mas oriundos do Centro-Oeste e Norte do Brasil, que privilegiam cruzamentos zebuínos, com aptidão para a produção de leite. O empresário Mauro Pilz destacou as diferenças entre as raças criadas no Rio Grande do Sul, de origem europeia, que, por serem raças de corte, consomem menos recursos por quilo de carne, comparadas a outras. O empresário egípcio Magdy Zaky, que também comanda uma das maiores operações de produção de silagem do Egito, pontuou que o plano inicial é comprar gado gaúcho nos quatro meses em que o comércio com os estados do Norte fica inviabilizado, por causa do clima. A preocupação central dos investidores era se os animais criados no Sul se adaptariam facilmente ao clima de seus países de origem. “O Rio Grande do Sul apresenta grandes variações climáticas e, por isso, nosso gado está totalmente adaptado a baixas e altas temperaturas”, destacou Pilz. Além disso, o diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria, Antônio Carlos Ferreira Neto, ressaltou que o controle sanitário e a certificação garantem a qualidade dos animais que serão exportados. A reunião foi concluída com visita técnica a uma fazenda produtora de Hereford em Eldorado do Sul. Participaram da reunião o diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria, Antônio Carlos Ferreira Neto, e os empresários Mauro Pilz (Brasil), Davi Khoury (Brasil), Nasser Zayan (Irã) e Magdy Zaky (Egito). Fonte: SEAPI-RS (publicado em 06/11/2018)

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CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 08 A 14/11/2018 A última semana foi marcada pelo calor e chuva forte no RS. Entre a quinta (08) e a segunda-feira (12), o ingresso de ar seco manteve o tempo firme, com registro de chuvas isoladas apenas no Extremo Sul e no Nordeste Gaúcho. As temperaturas permaneceram amenas durante a noite e com valores elevados no período diurno, com máximas superiores a 30°C em todas as regiões. Na terça (13) e quarta-feira (14), a propagação de uma frente fria provocou chuva e trovoadas, com registro de chuvas fortes, principalmente na faixa Oeste e na Metade Sul. Os valores de chuva registrados oscilaram entre 20 e 35 mm na maioria das regiões. Na Campanha e na Fronteira Oeste, os totais superaram 50 mm em grande parte dos municípios e alcançaram 70 mm em algumas localidades. Os volumes mais significativos na rede de estações INMET/Seapi foram observados em São Gabriel (47 mm), São Vicente do Sul (49 mm), Santiago (55 mm), Santana do Livramento (67 mm), Alegrete e São Borja (68 mm). A temperatura mínima foi registrada em São José dos Ausentes (6,9°C) no dia 09/11 e a máxima do período ocorreu em Eldorado do Sul (36,1°C) no dia 11/11.

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 15 A 21/11/2018 Os próximos sete dias terão um padrão típico de primavera, com momentos de chuva forte no RS. Na quinta (15) e na sexta-feira (16) haverá predomínio do ar seco, com temperaturas amenas

no período noturno e valores mais elevados durante o dia. No sábado (17) e domingo (18), a propagação de uma nova frente fria provocará chuva e trovoadas, com risco de temporais isolados em todas as regiões. A partir da segunda-feira (19), o ingresso de uma nova massa de ar seco manterá o tempo firme, com temperaturas amenas em todo Estado, e mínimas próximas de 10°C na Campanha, Planalto e Serra do Nordeste. Os valores de chuva esperados deverão variar entre 30 e 50 mm na Zona Sul e na fronteira com o Uruguai. Nas demais regiões, os volumes oscilarão entre 65 e 80 mm na maioria dos municípios. Nas Missões, Médio e Alto Vale do Uruguai, os totais acumulados deverão alcançar 100 mm e poderão ser superiores a 130 mm em algumas localidades. Fonte: Secretaria de Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação –SEAPI.

GRÃOS Culturas de Inverno Trigo - A colheita andou em ritmo forte nessa semana, atingindo até o momento 90% da área do Estado. À medida que a colheita avançou, as produtividades e a qualidade do produto foram reduzindo. Há grande variabilidade de produtividade entre as lavouras. Poucas delas apresentaram peso do hectolitro superior a 78. Após as chuvas, a qualidade do produto ficou mais comprometida, com peso do hectolitro entre 71 e 76. Boas quantidades de trigo colhido foram comercializadas na forma de “triguilho”, sendo destinadas à fabricação de ração animal.

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A produtividade média está abaixo das últimas estimativas, variando entre 2,2 t/ha a 2,9 t/ha, dependendo da região.

Fases da cultura no

RS

Trigo

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em

15/11

Em

08/11

Em

15/11

Em

15/11

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Veget 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 4% 0% 3%

Maduro e por colher 10% 26% 8% 19%

Colhido 90% 70% 92% 78%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

Os triticultores estão retirando o produto das lavouras e depositando em cooperativas e cerealistas aguardando a maior oferta de preços para negociar a safra. A colheita segue em ritmo intenso, devendo ser concluída até o dia 25 desse mês. A comercialização esteve lenta na semana, mantendo a tendência de queda; caiu mais 0,18% em relação à anterior. O valor médio da saca de 60 quilos ficou em R$ 37,91.

Canola - Cultura com colheita concluída no RS. No Planalto Médio houve redução da produtividade inicialmente esperada, mas com algumas lavouras apresentando rendimento acima de 25 sacas. No Centro-Norte e Noroeste, as produtividades foram melhores, com lavouras colhendo até 30 sacas por hectare. Preços praticados entre R$ 70,60 e R$ 73,75/sc. de 60 quilos.

Cevada - Colheita praticamente concluída no Estado, restando apenas cerca de 10% da área, basicamente nas regiões Celeiro e Alto Jacuí. A produtividade apontada, em parte das áreas já colhidas, está na média de 2.500 kg/ha, frustrando a expectativa dos produtores que esperavam colher acima de 3 t/ha. Além da redução de rendimento, a qualidade também não atingiu o padrão desejado para a malteação, sendo grande parte classificada como forrageira. Preço referencial para cevada cervejeira de R$ 40,00/saca de 60 quilos; para a forrageira, R$ 23,00/sc. Aveia branca – Com exceção de lavouras implantadas no Noroeste, no geral a cultura apresentou menores rendimentos e qualidade, em decorrência do acamamento de plantas durante o ciclo e da umidade excessiva nas lavouras. Produtividade atual entre 1,8 e 1,9 t/ha. A baixa qualidade dos grãos determinou que a produção destinada ao processamento industrial para consumo humano fosse reduzida. Alguns agricultores não vão colher o restante da aveia e deixarão para cobertura do solo. Culturas de Verão Milho - Nesta semana, a área semeada no Estado chegou a 81% da projetada inicialmente (738 mil ha), estando 66% em desenvolvimento vegetativo, 9% em floração e 4% em enchimento de grão. Em boa parte dos municípios produtores, especialmente no Noroeste, já foi implantada a primeira safra. O padrão das lavouras é muito bom, boa área folhar, bom aspecto fitossanitário e alta densidade populacional de plantas; lavouras com excelente desenvolvimento até o momento, demonstrando ótimo potencial produtivo.

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Na semana Semanapassada

Mês anterior Ano anterior Média geral Médianovembro

37,91 37,98

41,15

33,37

38,1836,23

R$

Trigo - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60 kg

Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal

Ano Anterior e Médias (2013-2017): Corrigidas IGP-DI

-0,18

-7,87

13,61

-0,71

4,64

-10

-5

0

5

10

15

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média novembro

%

Variação percentual em relação à...

Preço Médio Trigo Semana de 15 de novembro = R$ 37,91 (60 kg)

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Fases da cultura no

RS

Milho

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em 15/11

Em 08/11

Em 15/11

Em 15/11

Plantio 81% 76% 91% 81%

Germinação/Des. Veget 66% 64% 68% 61%

Floração 9% 10% 15% 11%

Enchimento de grãos 4% - 7% 4%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

Algumas áreas no Alto Jacuí e Noroeste Colonial apresentam fitotoxicidade de herbicidas utilizados na dessecação das lavouras destinadas ao cultivo da soja. Nas áreas mais avançadas de lavouras para silagem de planta inteira, já está sendo realizado o corte das bordaduras. Esse cereal também manteve queda de preço na semana, reduzindo mais 0,60%, com valor médio chegando a R$ 34,79/sc. de 60 quilos. Soja – O plantio da lavoura de soja no Estado se intensificou fortemente neste período, atingindo cerca de 48% de área estimada (5,9 milhões de hectares), beneficiado pelas condições meteorológicas da semana. Já são observadas

lavouras do cedo com formação de bom estande de plantas.

Fases da cultura no

RS

Soja

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em

15/11

Em

08/11

Em

15/11

Em

15/11

Plantio 48% 19% 37% 33%

Germinação/Des. Veget. 40% 15% 34% 30%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

Também há indícios de que houve problemas de germinação das sementes, sendo necessário o replantio da soja, em uma percentagem muito pequena da área semeada, como consequência da grande intensidade de chuvas do final de outubro sobre as áreas recém-plantadas, prejudicas em razão da crosta de terra formada pelo acúmulo de água e também pela erosão laminar e tombamento de plântulas (damping off). A comercialização está ocorrendo de forma lenta no Estado, devido aos preços deprimidos de demanda que não estão estimulando os negócios. Está mantida assim a tendência de queda iniciada no final de setembro; nessa semana o valor médio da saca de 60 quilos no Estado caiu mais 1,35%, baixando para R$ 75,45. A queda ocorrida até essa semana é de 8,64%, desde o último aumento registrado em 20 de setembro passado. As vendas antecipadas da safra nova 2018-2019 na região do Planalto Médio correspondem a cerca de 17% da produção estimada. No Médio Alto Uruguai, boa parte da produção é negociada com venda assegurada por meio de contratos futuros, e os valores dos primeiros contratos estão próximos de R$ 80,00/sc.

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Arroz - Cultura nas fases de semeadura, germinação/emergência e desenvolvimento vegetativo. Com as condições meteorológicas ocorridas nesses últimos dias, houve aceleração do plantio, elevando o percentual para o Estado para cerca de 90% da área de intenção de plantio. Fases da cultura no RS

Arroz

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em

15/11

Em

08/11

Em

15/11

Em

15/11

Plantio 90% 82% 70% 78%

Germinação/Des. Veget 87% 78% 67% 74%

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média safras 2014-2018

Na Zona Sul, em Rio Grande já foram semeados 91% da intenção de plantio; em Jaguarão, 89%; em Pelotas, 90% e Santa Vitória do Palmar está 100% semeados. Na Fronteira Oeste, em Uruguaiana, os orizicultores já encerraram o plantio dos 82 mil hectares estimados inicialmente. No Litoral Norte, nas Costeiras Lagunares e no Centro-Sul, a atividade de plantio já ultrapassa os 82% da área. Favorecida pelas condições climáticas – e uma vez que permaneça a situação climática, a conclusão geral do plantio das lavouras do Estado se dará a partir da próxima semana, se estendendo até o final de novembro, em alguns casos. Produtores estão tranquilos em relação às condições de água para a cultura, pois as barragens apresentam volumes elevados, que devem garantir a irrigação para todo o ciclo da cultura. A comercialização da saca de arroz em casca de 50 kg no Estado, na semana, foi de R$ 42,14 para o preço médio, caindo 0,59% sobre a última semana. De acordo com informações colhidas junto às indústrias de Pelotas, o arroz em casca foi negociado durante a semana a R$ 42,50/sc. de 50

quilos. O preço informado é para pagamento à vista, posto na indústria pelo produtor. O produto é do tipo um, com rendimento entre 57% e 59% de grãos inteiros. Feijão 1ª Safra - As lavouras de feijão se encontram em sua maioria em estágios de desenvolvimento vegetativo e de floração, apresentando ótimo stand a campo. Realiza-se neste momento a aplicação de fungicidas e inseticidas para controle das principais doenças e pragas. O clima é favorável ao desenvolvimento da cultura.

Fases da cultura no

RS

Feijão 1ª safra

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em

15/11

Em

08/11

Em

15/11

Em

15/11

Plantio 82% 72% 83% 79%

Germinação/Des. Veget. 50% 60% 52% 48%

Floração 23% 10% 23% 22%

Enchimento de grãos 5% 0% 6% 5%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

Os negócios melhoraram, com aumento de 1,12% no preço médio da saca de 60 quilos em relação à semana passada, elevando o valor do feijão preto no Estado para R$ 140,48.

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Painço - A cultura da primeira safra está implantada nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste; encontra-se em emissão de panículas na floração, enchimento de grãos, e as primeiras lavouras, em maturação. Há áreas de 200 hectares em Porto Mauá, 200 em Horizontina, 1.200 hectares em Tucunduva, dois mil hectares em Novo Machado, Tuparendi e em Três de Maio. Ocorreu redução na área plantada, devido ao preço menor em relação ao ano passado. O preço do saco de 60 quilos é de R$ 60,00. Foram realizadas três aplicações de inseticidas para controle de ataques severos de lagartas em muitos locais Nas lavouras em fase de maturação, há expectativa de boa produtividade.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a semana foi de condições climáticas favoráveis à horticultura, com alta incidência de radiação solar, tempo seco e

temperatura elevadas. As altas temperaturas, principalmente no final de semana, elevaram a evapotranspiração, havendo necessidade de atenção especial na irrigação das culturas (manejo da irrigação). Nesses períodos de altas temperaturas e tempo seco, associado a ventos, os cultivos a campo e em ambientes parcialmente protegidos elevaram o consumo de água. Culturas da cebola e alho em fase de colheita. Batata-doce e aipim em fase de desenvolvimento nos cultivos mais precoces e finalização de plantios, principalmente na região da Serra do Botucaraí. Há boa oferta de produtos ao mercado. Semana de clima favorável ao desenvolvimento das plantas, com aumento da necessidade de irrigação nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial. Diminuição do cultivo de folhosas a campo e ampliação de estufas para atender a necessidade de alface e rúcula. Boa sanidade das folhosas, beneficiadas pelo clima seco. Nos horários de calor mais intenso, as plantas apresentaram leve murcha nas folhas. Brássicas continuam com bom desenvolvimento e diminuição da incidência de bacteriose. Aumento da incidência de pulgões. Cultura do tomate com ótimo desenvolvimento e boa sanidade. Culturas de verão como pepino, abóboras, batata-doce e vagens apresentam melhora no crescimento. Aipim/mandioca com crescimento mais acentuado durante a semana, e apresentam baixo número de falhas. Produtores iniciam a limpeza das áreas. Entre as frutíferas, cultura da videira apresenta sintomas de incidência de míldio nas bagas e folhas; bom crescimento de ramos e potencial produtivo abaixo do esperado. Pomares de pêssegos em colheita avançada, com melhora no sabor e coloração de frutos. Início da incidência de podridão parda nos frutos. Culturas do melão e melancia melhoram o desenvolvimento com o aumento da temperatura, mas ainda está atrasado em relação ao ano anterior. Olericultura Tomate - Primeiras frutas colhidas nos tomateirais da região da Serra com bastante atraso em relação à média de outros anos. Essas primeiras plantações foram bastante impactadas pelas condições climáticas adversas do final do inverno e início da primavera. Friagens constantes, excessiva umidade do solo e pouca insolação retardaram a formação da muda nos viveiros e o

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desenvolvimento no campo. Os últimos dias, com alta insolação, baixa umidade do solo e ar e temperaturas em elevação constituíram-se num panorama ideal para o desenvolvimento das plantas e a manutenção de sua sanidade. Os preços atuais vêm entusiasmando os tomaticultores, tendo como média para o longa vida categoria 1 R$ 100,00/cx. de 22 quilos. Cebola – Inicia a colheita das cultivares mais precoces na região Sul do Estado. Em Tavares estão colhidos 10% do total da área cultivada, com rendimentos de até 35 toneladas por hectare; negócios acontecem a R$ 0,90/kg. A cultura se encontra com 22% de produto maduro, 70% na fase de bulbificação e 8% já colhido. Lavoura com bom desenvolvimento até o momento. Alguns produtores relatam ocorrência de pendoamento; em Tavares, o percentual da área cultivada com este pendoamento é de 10%. Áreas em Rio Grande e São José do Norte apresentam este mesmo problema. Cebolicultores seguem com as pulverizações de fungicidas. A área transplantada manteve-se próxima à da safra passada, com leve recuo, ficando em 2.831 hectares. Batata-doce - Não há projeção de ampliação de área na região Centro-Sul, e sim risco de redução pela possível falta de mudas. No momento as principais fases são de preparo do solo e plantio; estima-se que já tenha sido implantado em torno de 80% da área tradicional, com bom desenvolvimento vegetativo. A semana ensolarada favoreceu o plantio. Essa safra de 2018-2019 será dividida em duas etapas: o plantio normal, entre setembro a novembro, ocorrendo atualmente; e o do tarde, entre janeiro e fevereiro. Fruticultura Citros - Com o final da safra de citros no Vale do Caí, ainda são comercializadas bergamotas e laranjas estocadas nas câmaras frias dos citricultores e comerciantes de cítricos. Em relação à laranja Valência destinada à indústria de sucos, no município de Brochier a colheita está se encerrando; há poucos produtores colhendo o restante de sua produção. O preço pago pela laranja de suco é de R$ 500,00/t, posto diretamente na indústria. Em Maratá, a colheita da Valência está praticamente encerrada; poucos produtores ainda têm frutas para colher. Os agricultores que encerraram a colheita já fazem

aplicações de fungicidas principalmente contra a pinta-preta, sendo que as condições climáticas favorecem as aplicações. No município de Tupandi, um dos que mais produzem laranjas no Vale do Caí, segundo o Sindicato de Trabalhadores Rurais, que recolhe laranjas e encaminha para a indústria, foram comercializadas 189 cargas de laranja Valência até o momento (venda conjunta parceria produtor, sindicato e prefeitura) no valor de R$ 12,00 e R$ 12,50 para os produtores que possuem rampa para carregamento. A preparação para a próxima safra está se desenrolando em boas condições. A floração foi abundante, dentro da normalidade. Em Montenegro, município com a maior área de cultivo de citros do Rio Grande do Sul, as frutas estão em formação e apresentam boa qualidade. A expectativa dos produtores é alta em relação à próxima safra. Há alguma preocupação com o raleio, pois tudo indica que haverá bastante carga para ralear, e os citricultores têm receio sobre o preço a ser pago pela bergamota verde, com a qual é feito o óleo essencial. Em relação à lima ácida Tahiti, o limãozinho verde, muito utilizado na caipirinha e na culinária, que tem floração e produção durante todo o ano, a colheita está ocorrendo normalmente. Em Bom Princípio, a safra deste ano não foi das melhores (em quantidade) e a floração de agosto a setembro pouco vingou. Houve ocorrência de podridões e queda de frutos por causa de frio e chuvaradas. Agora está havendo outra floração, o que resultará em um vazio na colheita de uns cinco meses. O preço reduziu, ficando em média a R$ 70,00/cx. de 25 quilos, devido à entrada da fruta do estado de São Paulo. Em Harmonia, o Tahiti está com pouca carga e o valor praticado é de R$ 80,00/cx. Em São José do Hortêncio, as plantas estão bem carregadas, com frutas de tamanho uniforme, sem relatos de problemas. O preço da caixa varia em torno de R$ 70,00 a R$ 80,00. Em São José do Sul, o preço recebido pelos citricultores é R$ 75,00/cx., mas as plantas estão pouco carregadas. Em São Sebastião do Caí, devido ao calor, se observa grande quantidade de flores e frutas em formação. De um modo geral, os citricultores estão fazendo boas adubações nos pomares de Tahiti para garantir permanente desenvolvimento vegetativo e emissão de flores. Permanece a compra de limão Tahiti de outros estados para suprir o mercado interno. O preço médio recebido pelos citricultores está em R$ 60,00/cx.

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Pêssego – Na Serra gaúcha, as condições climáticas da semana apresentaram dias ensolarados, noites com temperaturas amenas, tardes com médio-altas e sem precipitações; foram bastante favoráveis para o desenvolvimento e a manutenção da sanidade dos pessegueirais. Esse quadro também favoreceu a intensificação da qualidade das frutas, deixando-as intensamente coloridas e com sabor avantajado. Principais pragas da cultura, a mosca-das-frutas e a grafolita (mariposa oriental) ainda não se manifestaram nos pomares. Estão sob constante monitoramento, pois, com o aumento normal das temperaturas, é natural a tendência de infestação. Variedades superprecoces, como a PS 2, em final de colheita, estando agora a Kampai no seu auge. Outras práticas culturais são realizadas, como a adubação de cobertura, tratamentos fitossanitários e poda verde. O preço médio na propriedade para frutas categoria 1 é de R$ 3,00/kg. No Vale do Rio Pardo e também no Alto da Serra do Botucaraí, os pomares das variedades precoces como Marli e Premier se encontram em fase de colheita. A frutificação dessa espécie foi inferior à do ano passado, de maneira geral. As condições da semana de tempo seco são desfavoráveis ao surgimento da podridão parda, fungo muito comum nos ramos e principalmente frutos. O manejo dessa doença é realizado no inverno com calda sulfocálcica e complementado na primavera com uso de fungicidas.

Melão Gaúcho – O município de Nova Santa Rita tradicionalmente cultiva em torno de 60 hectares, já implantados para esta safra. A colheita deverá iniciar na segunda quinzena de novembro, prolongando-se até janeiro; espera-se produtividade média de 20 toneladas por hectare e bons preços, acima de R$ 2,30/kg.

Ameixa – No município de Passa Sete, as variedades mais precoces de ameixeira Golf Blazer estão em desenvolvimento de frutos, prevendo-se a maturação para o final de novembro. A poda verde também é uma prática realizada neste período do ano. O manejo da mosca das frutas nessa cultura exige bastante atenção por parte do produtor nessa época.

Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, no período entre 06 e 13/11/2018 tivemos 19 produtos estáveis em preços, nove em alta e sete em baixa.

Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Não ocorreram destaques em baixa, e um produto se destacou em alta. Espinafre – de R$ 1,00 para R$ 1,25/molho (+25,00%). Com a elevação primaveril do número de horas de insolação e também das temperaturas, o espinafre está sofrendo o período natural de pendoamento. O volume ofertado foi menor e as cotações tendem ao crescimento. O abastecimento do mercado nesta oportunidade totalizou cerca de 1.219 dúzias de molhos. Este volume é menor se comparado com a média por dia forte ocorrida nos últimos três anos para novembro, de 1.380 dúzias de molhos. Com este nível menor de oferta, a formação dos preços de atacado desta olerícola foi alterada, e o preço estabelecido nesta terça-feira foi de R$ 1,25/molho, muito próximo da média ocorrida no último triênio para novembro, de R$ 1,22/molho.

Produtos em alta

06/11/18 (R$)

13/11/18 (R$)

Aumento (%)

Abacate (kg) 3,00 3,25 + 8,33

Laranja suco (kg)

1,00 1,50 + 15,00

Maçã Fuji (kg) 2,50 2,78 + 11,20

Alface (pé) 0,50 0,58 + 16,00

Couve-flor (cabeça)

2,50 2,92 + 16,80

Espinafre (molho)

1,00 1,25 + 25,00

Batata (kg) 1,50 1,80 + 20,00

Cebola nacional (kg)

1,50 1,75 + 16,67

Ovo branco (dúzia)

2,00 2,33 + 16,50

Produtos em baixa

06/11/18 (R$)

13/11/18 (R$)

Redução (%)

Limão Tahiti (kg)

4,00 3,50 - 12,50

Manga (kg) 2,50 2,25 - 10,00

Pêssego nacional (kg)

3,50 3,00 14,29

Brócolis (unidade)

2,08 2,00 - 3,85

Moranga Cabotiá (kg)

1,50 1,25 - 16,67

Vagem (kg) 6,00 5,00 - 16,67

Cenoura (kg) 1,75 1,50 - 14,29 Fonte: Ceasa/RS.

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No Planalto Médio os preços se mantiveram estáveis em relação à semana passada.

Produto Preço

Abóbora Cabotiá (kg) 2,00

Aipim (kg/descascada) 3,00

Alface americana (pé) 1,00

Alface lisa e/ou crespa (pé) 1,00

Alface produzida estufa (pé) 1,00

Almeirão (pé) 1,00

Beterraba (molho) 2,00

Brócolis (molho) 2,00

Cenoura (kg) 2,00

Chicória (pé) 1,50

Couve-flor (cabeça) 3,00

Couve-folha (molho) 1,50

Rabanete (molho) 1,00

Repolho roxo (cabeça) 2,00

Repolho verde (cabeça) 2,00

Rúcula (pé) 1,50

Tempero verde (molho) 1,50

Tomate (kg) 3,50

OUTRAS CULTURAS Cana-de-açúcar - As áreas de cana-de-açúcar para a indústria estão com colheita encerrada na região das Missões. Em função do clima favorável para a cultura, as áreas de rebrote estão com um ótimo desenvolvimento. Produtores efetuam a adubação das áreas de rebrote e fazem o corte para agroindústrias de melado e açúcar mascavo que continuam funcionando. A cooperativa regional encerrou a industrialização da cana, em função do fechamento da safra. No Litoral Norte e Vale do Paranhana, o melado está sendo comercializado a R$ 2,90/kg; o açúcar mascavo, a R$ 5,00/kg na propriedade e a R$ 6,00 na feira do produtor. As lavouras de cana apresentam um bom desenvolvimento vegetativo, sendo comercializada a R$ 150,00/t. A cachaça é comercializada de R$ 4,00 a R$ 5,00/L na propriedade; em feiras municipais, entre R$ 5,00 a R$ 10,00/L.

CRIAÇÕES Pastagem - O campo nativo está em pleno desenvolvimento, favorecido pelas condições climáticas das últimas semanas. Em áreas bem manejadas, com pressão de pastejo adequada, há boa oferta de pastagem, e os bovinos e ovinos

ganham peso. As pastagens de trevos e cornichão ainda apresentam boa produção, melhorando a oferta de forragem para os rebanhos. Ocorre até o final de novembro a colheita das lavouras de aveia e azevém - que estão na fase reprodutiva - para produção de sementes. Nas áreas com integração lavoura-pecuária ocorre a dessecação das pastagens para implantação principalmente da cultura de soja. Intensificam-se a implantação das forrageiras de verão e a adubação em cobertura para acelerar a produção de massa verde. Bovinocultura de corte - A fase é de nascimento de terneiros, período de maior cuidado com as matrizes; a atenção dos produtores volta-se principalmente às novilhas, pois estas ainda não estão com o tamanho adulto e isso pode propiciar partos distócitos. É importante que as vacas que estão parindo não percam peso, pois caso ocorra, isso poderá comprometer a repetição de cria. Os rebanhos ainda aproveitam alguns locais onde foram cultivadas as pastagens de inverno e o campo nativo em rebrote, com disponibilidade forrageira aumentando. Também nesta época são necessárias a atenção com os touros, que devem estar em bom estado corporal, e a realização de exames andrológico e de vacinas reprodutivas, para que os animais estejam prontos para a temporada reprodutiva que se inicia. Algumas propriedades estão realizando o trabalho de inseminação de novilhas e Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em vacas com cria. Em alguns municípios o aumento da temperatura intensificou a infestação de carrapatos, que continua preocupando os produtores de algumas regiões em função da intensidade com que vem ocorrendo. Alguns produtos para controle não estão dando o resultado esperado, e há relatos dos produtores sobre a grande resistência de alguns carrapaticidas. Verificam-se trabalhos nas propriedades para controle do carrapato e prossegue também o combate da verminose; começa a infestação de mosca-do-chifre. Ocorre vacinação da brucelose nas terneiras entre três e oito meses. Continua a segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa nos rebanhos para animais com idade entre 0-24 meses. Produtores relatam casos de tristeza parasitária; começam a aparecer as miíases (bicheiras). O estado nutricional do rebanho vem melhorando bem. Mercado Na região de Bagé, o mercado da carne bovina continua desaquecido. A oferta dos animais

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oriundos das áreas de soja permanece elevada. Paralisou a compra de terneiros inteiros para exportação, causando diminuição de preços dessa categoria animal, que apresenta dificuldade de ser comercialização no mercado interno. A boa notícia da região é que o Frigorífico Marfrig de Bagé retornou os abates nesta semana. Na região de Passo Fundo, com o avanço do plantio das culturas de verão, as atividades desenvolvidas com bovinos de corte restringem-se a poucos municípios com sistemas confinados de engorda e terminação, reduzindo significativamente a oferta de animais prontos terminados, abrindo mercado para o abate de animais que não têm a devida aptidão para produção de carne (como animais de raças produtoras de leite) ou do abate de animais oriundos de outras regiões do Estado. Os preços pagos na semana para o boi gordo foram de R$ 4,80/kg vivo; vaca descarte, de R$ 3,60 a 3,80/kg vivo; novilho para engorda, entre R$ 4,80 e R$ 5,00/kg vivo. Na região de Pelotas, houve pequena melhora para comercializar animais de abate. Nesta última semana houve o último embarque deste ano de terneiros inteiros no porto de Rio Grande. Há outros confinamentos com animais para futuros embarques. Continuam sendo realizadas nos diversos municípios as expofeiras agrícolas e também os remates de primavera, balizando os preços das diversas categorias animais. Em remate realizado na Frinape em Erechim, os preços do boi gordo ficaram entre R$ 4,74 e R$ 5,37/kg vivo; vaca de R$ 3,50 a R$ 3,80/kg vivo; novilhos para reposição de R$ 5,00 a R$ 5,20/kg vivo. Também aconteceu no último fim de semana o 18º Remate de Touros e Ventres de Herval, com os seguintes preços médios: Angus R$ 6.588,00/cab., Braford R$ 7.816,67/cab., Brangus R$ 6.500,00/cab., Montana R$ 6.000,00/cab. e Pool Hereford R$ 3.177,27/cab. Bovinocultura de leite - Nas regiões da bacia leiteira do Estado, o clima vem favorecendo o desenvolvimento das pastagens e o pastoreio. As pastagens perenes de verão, principalmente tífton e jiggs, estão com excepcional desenvolvimento vegetativo. A regularidade das chuvas e a elevada temperatura média estão promovendo ótimos índices de produtividade e ofertando boa qualidade de forragem. As forrageiras anuais de verão (principalmente milheto e capim sudão) estão sendo semeadas. Em lugares, onde o plantio ocorreu mais cedo, já estão quase em ponto de pastejo. A semana – sem chuvas, com temperaturas elevadas e alta incidência de

radiação solar, propiciou boas condições para o crescimento e desenvolvimento das pastagens em geral. A chuva prevista será muito bem-vinda para as pastagens. As áreas de milho para silagem semeadas em agosto estão entrando na fase reprodutiva, momento de maior necessidade hídrica. Algumas áreas apresentaram problemas de germinação devido ao excesso de chuvas e ficaram com a população de plantas comprometida. As áreas semeadas mais tarde tiveram melhor germinação e estão com estandes mais uniformes. Em algumas regiões, produtores estão tendo que replantar as lavouras pelo excesso de chuvas do final de setembro e início de outubro, que causaram uma má germinação das sementes. As lavouras de trigo para silagem (cultivar TBIO Energia I) já foram colhidas e apresentaram produtividade média de 20 a 25 t/ha. Os produtores ficaram satisfeitos com a produtividade e deverão aumentar a área de cultivo para o próximo inverno. Período de intensificação do fornecimento de forragem conservada e ração aos animais, devido ao final do ciclo das culturas de inverno e início do aproveitamento das culturas de verão. Ocorre uma modalidade nova de comercialização da lavoura de milho em pé, mediante contrato de compra prévia, baseado no preço do milho grão na semana da colheita da silagem. Esta modalidade está ocorrendo entre os produtores de milho e os condomínios de bovinocultura de leite, no Vale do Taquari. Os dias já apresentam horas de muito calor, provocando desconforto térmico, o que tem prejudicado o consumo alimentar dos animais, que necessitam de sombra nos potreiros com pastagens. O clima seco melhorou as condições de manejo dos animais pela diminuição do barro. Mercado O preço do litro do leite está estabilizado, relacionado ao aumento da produção. As empresas compradoras do produto sinalizam queda média de em torno de cinco centavos neste mês, prevendo nova queda para o próximo pagamento, o que deixa os produtores preocupados devido ao aumento dos custos de produção. Conforme relatório de preços semanais recebidos pelos produtores, realizado pelo Núcleo de Informações e Análises (GPL/Emater/RS-Ascar), coletados no período de 12 a 16/11/2018 o preço do leite variou de R$ 0,96 a R$ 1,44/L, de

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acordo com o volume e a qualidade do produto. O preço médio ficou em R$ 1,23/L, apresentando estabilidade em relação às últimas duas semanas. Ovinocultura - O clima ameno e seco do início da semana favoreceu o rebanho, que vinha sofrendo com as fortes chuvas e as baixas temperaturas. São realizadas atividades de castração e descola de cordeiros e monitorando o tratamento de verminoses. Início de vacinação contra clostridioses, assinalação, castração e descola dos cordeiros. Estado nutricional e sanitário melhorando, principalmente dos animais já tosquiados. É realizada suplementação alimentar de cordeiros prevendo abate no período do Natal e Ano Novo. Ovinos em período de esquila, com valor entre R$ 6,00 a 8,00/cab. Bom clima durante a semana para estas operações. Poucos produtores estão adotando a esquila australiana (Tally- hi). Mercado A baixa oferta de animais para abate tem mantido os preços do cordeiro e do borrego em patamares elevados, em decorrência da época. O preço da lã baixou um pouco no mercado, possivelmente em razão da queda do dólar. Agenda

15 de novembro - Concurso municipal de borregas em Pedro Osório e Cerrito 17 de novembro - Concurso de borregas na Expofeira de Rio Grande

Piscicultura - Continuam as reservas de alevinos e o planejamento do próximo período produtivo. Na região de Santa Rosa, ocorre o período de defeso em que a pesca comercial é proibida nos rios, em função do período de piracema em que os peixes estão subindo os rios para reprodução. Estão sendo agendados horários de atendimento junto ao INSS para que os pescadores encaminhem o seguro. Preços praticados na região metropolitana de Porto Alegre

Espécie/Produto Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Carpa cabeça grande (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa cabeça grande (vivo)

6,00 8,00

Carpa capim (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa capim (vivo) 6,00 8,00

Carpa húngara (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa húngara (vivo) 6,00 8,00

Carpa prateada (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa prateada (vivo) 6,00 8,00

Carpas em geral (eviscerada)

14,00 15,00

Carpas em geral (postas)

22,00 25,00

Tilápia (filé) 27,00 32,00

Tilápia (vivo) 5,50 6,50 Observação: na região de Erechim, filé de tilápia comercializado a R$ 25,00/kg e carpas inteiras entre R$ 8,00 e R$ 12,00/kg. Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS de Porto Alegre e Erechim

Apicultura – A semana de tempo ensolarado facilitou o trabalho das abelhas. Início de primavera com floração abundante; pomares, eucaliptos e nativas com ótima brotação e floração; grande atividade das colmeias que tiveram dificuldades durante o inverno. Os apicultores estão colocando as sobrecaixas onde as floradas estão mais adiantadas. Produtores dividem os enxames e colocam as melgueiras. Alguns registros de morte de enxames, por causas desconhecidas. Já há produção de mel em enxames mais fortes e bem manejados. Ao contrário, colmeias mal manejadas (não alimentadas no inverno e início de primavera, não substituição de favos velhos do ninho, rainha com problemas de postura) ainda estão fracas e sem produção. Está sendo iniciado o manejo de caça enxame, onde os produtores distribuem as armadilhas para recuperar enxames e aumentar o número de colmeias. Mercado

Na região de Bagé, o valor pago

tem preocupado produtores. Mesmo com a

inclusão do mel nos mercados institucionais, que

remuneram mais, o preço continua baixo.

Na região de Erechim, o mel está

sendo comercializado entre R$ 15,00 e R$

20,00/kg; pólen com embalagem de 130 gramas a

R$ 15,00.

Na região de Passo Fundo, como

ainda estamos no começo da safra de mel, com os

estoques reduzidos, os preços deram uma

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pequena reagida, com valores pagos entre R$

20,00 e R$ 30,00/kg.

Na região de Pelotas, preços sem

alteração; mel embalado varia de R$ 13,00/kg em

Piratini a R$ 25,00/kg em Rio Grande; já o mel a

granel está sendo comercializado de R$ 6,00/kg

em Jaguarão a R$ 15,00/kg em Rio Grande.

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ASSOCIAÇÃO SULINA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL – ASCAR

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013/2017

15/11/2018 08/11/2018 11/10/2018 16/11/2017 GERAL NOVEMBRO

Arroz em Casca 50 kg 42,14 42,39 44,13 40,21 45,79 45,64

Feijão 60 kg 140,48 138,92 139,72 151,27 189,96 174,51

Milho 60 kg 34,79 35,00 37,55 29,21 32,03 32,06

Soja 60 kg 75,45 76,48 80,26 71,06 76,42 77,66

Sorgo Granífero 60 kg 27,85 27,85 28,92 22,80 27,94 27,60

Trigo 60 kg 37,91 37,98 41,15 33,37 38,18 36,23

Boi para Abate kg vivo 4,76 4,74 4,67 5,20 5,39 5,18

Vaca para Abate kg vivo 4,02 4,01 3,90 4,50 4,81 4,60

Cordeiro para Abate kg vivo 6,37 6,34 6,41 6,94 5,72 5,87

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,15 3,12 3,06 3,72 4,00 4,10

Leite (valor liquido recebido) litro 1,23 1,23 1,26 1,05 1,11 1,11

12/11-16/11 05/11-09/11 08/10-12/10 13/11-17/11

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos

Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais,