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Ano II Número 161 Data 13.04.2012

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AnoII

Número161

Data13.04.2012

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ESTADO DE MINAS - p. 15 - 13.04.2012gIrO EcONNôMIcO

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O Ministério Público de Minas Ge-rais (MPMG), por meio do Procon-MG, divulgou o relatório final da fiscalização de postos de combustíveis realizada em março, em diversas regiões do estado. A ação fiscal, para combater a adulteração de combustíveis automotivos, foi realiza-da em parceria com a Receita Estadual, Agência Nacional do Petróleo (ANP), Ministérios Públicos de São Paulo e do Rio Grande do Sul, Polícias Rodoviárias Federal e Estadual e Polícia Militar de Minas Gerais

Foram fiscalizados 233 fornecedo-res, em 40 comarcas e 57 municípios do Estado de Minas. Houve 16 autuações (6,9 %). Foram apreendidos 34.605 com-bustíveis impróprios ao uso e consumo e apreendidos 29.871 litros de etanol desa-cobertado de nota fiscal.

Segundo o relatório assinado pelo promotor de Justiça do Procon-MG, Amauri Artimos da Matta, “Os produtos impróprios ao uso e consumo estão sujei-tos à perda e doação à Polícia Militar de Minas, ao invés da restituição, sem pre-juízo da multa, para que o infrator não seja beneficiado com a sua própria torpe-za. (CDC, arts. 7º e 56; Lei nº 9.847/99, art. 11, I; Lei Estadual nº 15.300/04, art. 11).”

O relatório esclarece ainda que “Os produtos desacobertados de nota fiscal estão sujeitos à perda e doação à Polícia

Militar de Minas, ao invés da restituição, sem prejuízo do pagamento do imposto e multa devidos, para que o infrator não seja beneficiado com a sua própria torpe-za, interpretando-se extensivamente a lei estadual acima citada, que prevê a perda e doação dos produtos impróprios ao uso e consumo.

O documento informa também que “O artigo 11 da Lei Estadual nº 1.500/04 deve ser aplicado às infrações cometidas no Estado de Minas Gerais, mesmo que o órgão fiscalizador seja federal”.

Operação - A operação fiscal integra-da foi uma realização do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas Promotor de Justiça Francisco José Lins do Rego Santos (GNCOC), com o obje-tivo de defender os diversos interesses envolvidos na questão. Ou seja, defender um produto de boa qualidade para o con-sumidor, um ambiente de concorrência leal do mercado e garantir o abasteci-mento regular dos produtos destinados à população, zelando pela boa arrecadação dos impostos e pela manutenção da or-dem pública.

Durante a ação fiscal integrada, fis-cais do Procon-MG e químicos da ANP fizeram análises de qualidade no trans-porte de combustíveis automotivos e sol-ventes nas diversas rodovias do Estado, adotando as medidas para prevenir e re-primir infrações.

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Mais de 30 mil litros de combustíveis impróprios para o consumo são apreendidos durante fiscalização de postos em Minas

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Por Solano de CamargoA explosão do consumo no Brasil

levou a um amplo leque de conflitos jurí-dicos que, na verdade, sempre existiram, porém em escala quase microscópica quando comparados aos números atuais. O advento dos Juizados Especiais Cíveis (JECs), e o fortalecimento progressivo dos órgãos de proteção ao consumidor (como os Procons, as delegacias especializadas e a atuação do Ministério Público), levaram à multiplicação das ações envolvendo re-lações de consumo.

O “contencioso de massa” é um con-ceito americano (mass litigation), surgido nos anos 80, naquilo que viria a ser conhe-cido como a “era dos ilícitos de massa”. Centenas de milhares de pessoas ajuiza-ram demandas nos EUA contra as mais diversas empresas, hotéis, companhias áreas etc., buscando ser indenizadas por danos ou doenças decorrentes de catás-trofes, produtos farmacêuticos, aparelhos médicos ou substâncias tóxicas.

Muito embora apenas hoje em dia se dê maior atenção ao problema, o Brasil convive com o contencioso de massa há várias décadas. O fenômeno existente no Brasil, sociologicamente falando, podia ser considerado um contencioso de nicho, ou seja, de funcionários públicos, de tra-balhadores (através dos sindicados), ou do poder público cobrando tributos atra-sados.

Porém, a partir da década de 90, a combinação de Juizados Especiais Cíveis (JECs), Procons e Ministério Públicos, além do Código de Defesa do Consumi-dor e o aumento do poder de compra da população, levou a uma nova modalidade de contencioso de massa: o contencioso de consumo.

Como um novo nicho de contencio-so, o de massa de consumo é muito mais “barulhento” na mídia do que os demais, muito embora a desproporção com as ou-tras modalidades de contencioso seja as-tronômica.

O consumidor ingressa com ação na Justiça antes de falar com a empresa

Várias são as características do contencioso de consumo no Brasil: em

primeiro lugar, o fato de os JECs serem gratuitos e o valor de alçada ser de até 40 salários mínimos, permite que a integrali-dade dos bens mais desejados pela nova classe média (celular, laptop, TVs de tela plana, geladeira, máquina de lavar, cartão de crédito, empréstimo pessoal, telefonia, TV por assinatura etc.) possam ser discu-tidos nessa instância.

Em segundo lugar, segundo a esta-tística da Dantas, Lee, Brock & Camargo Advogados, somente no setor de eletro-eletrônicos, cerca de 25% das reclama-ções não passaram pelo callcenter das empresas. Isto é, o consumidor preferiu ingressar com a reclamação diretamente nos órgãos de proteção ao consumidor ou no Poder Judiciário, sem antes tentar re-solver o problema com as empresas. Isto mostra que o consumidor vê o judiciário e os Procons como integrantes necessários da cadeia de consumo.

Em terceiro lugar, os desafios logís-ticos impostos à cadeia de suplementos de peças e acessórios no Brasil, por conta das deficiências de infraestrutura (como estra-das e portos) fazem com que os postos autorizados não consigam ser municiados com as peças necessárias ao reparo, ou fa-zem com que o produto reparado não seja entregue ao consumidor antes dos 30 dias previstos no artigo 18 do Código de Defe-sa do Consumidor.

Por conta disso, muitos escritórios de advocacia no Brasil tiveram que se estru-turar para atender essa crescente deman-da, em escala exponencial.

Grande parte da inovação na advoca-cia, a partir de então, veio das empresas, ao invés de nascerem nos escritórios ex-ternos. A contribuição dos departamentos jurídicos - antes, burocráticos e de atribui-ção diminuta -, passou a ser responsável por parcela expressiva do orçamento e do plano estratégico das empresas, numa es-cala até então inédita.

Basicamente, temos verificado, em diversas partes do mundo, acaloradas dis-cussões sobre o contencioso de massa, e as diversas tentativas de solução. Infeliz-mente, nenhuma das iniciativas já postas em prática pareceu ser melhor do que a

própria moléstia em si.Não acreditamos numa fórmula úni-

ca que sirva como um pijama em todo e qualquer contencioso de massa. A cultura organizacional, as modalidades de contra-to, o tipo de relacionamento com os clien-tes, o escopo dos contratos são o mote principal.

No contencioso de massa, embo-ra as atividades pareçam repetitivas, há atualmente uma enorme confluência de ideias e estratégicas, dignas de grandes campanhas de guerra. Para tanto, é neces-sário que o escritório esteja a par de tais possibilidades, podendo se antecipar aos anseios do cliente, antes que tal anseio se transforme em frustração.

Nesse sentido, não é possível ao só-cio-administrador, o advogado brilhante que conduziu sua banca ao novo milênio, se agarrar às velhas fórmulas administra-tivas que, sim, nós sabemos, sempre deu certo. O nosso maior mal é a “administra-ção intuitiva”, ou o sempre presente jar-gão “isso sempre funcionou assim”.

Como construir o melhor organogra-ma, desconstruindo os fluxos atuais em prol de uma nova metodologia, com foco na área financeira e na área de qualidade, buscando compor o escopo do escritório com os anseios dos clientes, são os verda-deiros desafios da gestão do contencioso de massa.

Para tanto, a profissionalização total e extrema nos parece ser a única saída, restando ao advogado liderar esse proces-so. Com isso, terá ele como voltar suas energias em tempo integral para aquilo que ele precisa fazer, foi treinado para fazer, e nasceu para fazer: a advocacia, a mais bela das profissões.

Solano de Camargo é advogado, especialista em direito de empresas pela USP, professor no curso de Administra-ção de Contencioso na GVLaw - FGV/SP, sócio do escritório Dantas, Lee, Brock & Camargo Advogados, corresponsável pelas áreas do Contencioso Cível, Di-reito Eletrônico e Direito do Consumi-dor. Membro do Comitê de Finanças do CEAE.

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Administração eficiente e consumo