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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO DIRETORIA DE ORIENTAO TCNICA CRCULO DE LEITURA E ESCRITA

GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAES DIDTICAS PARA O PROFESSOR DO 3o ANO - Ciclo I

LER E ESCREVER PRIORIDADE NA ESCOLA MUNICIPAL

PREFEITURA DA CIDADE DE SO PAULO Gilberto Kassab Prefeito SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO Alexandre Alves Schneider Secretrio Clia Regina Guidon Faltico Secretria-adjunta DIRETORIA DE ORIENTAO TCNICA Regina Clia Lico Suzuki ELABORAO E IMPLANTAO DO PROGRAMA LER E ESCREVER - PRIORIDADE NA ESCOLA MUNICIPAL Iara Glria Areias Prado CONCEPO E ELABORAO DESTE VOLUME Angela Maria da Silva Figueredo Armando Traldi Jnior Aparecida Eliane de Moraes Carlos Ricardo Bifi Dermeval Santos Cerqueira Ivani da Cunha Borges Berton Jayme do Carmo Macedo Leme Leika Watabe Mrcia Maioli Margareth Aparecida Ballesteros Buzinaro Marly Barbosa Slvia Moretti Rosa Ferrari Regina Clia dos Santos Cmara Rogrio Ferreira da Fonseca Rogrio Marques Ribeiro Rosanea Maria Mazzini Correa Suzete de Souza Borelli Tnia Nardi de Pdua CONSULTORIA PEDAGGICA Shirley de Oliveira Garcia Jurado Clia Maria Carolino Pires EDITORAO Fatima Consales ILUSTRAES Didiu Rio Branco | Robson Minghini | Andr Moreira CTP, EDITORAO, IMPRESSO E ACABAMENTO

Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) So Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educao. Diretoria de Orientao Tcnica. Guia de planejamento e orientaes didticas para o professor do 3o ano do Ciclo 1 / Secretaria Municipal de Educao. So Paulo : SME / DOT, 2008. 416 p. : il. 1.Educao 2..Alfabetizao 3.Matemtica I. Programa Ler e Escrever Prioridade na Escola Municipal CDD xxx Cdigo da Memria Tcnica: CO.DOTG/

Secretaria Municipal de Educao So Paulo, fevereiro de 2008

DaDos pessoais

NOME _____________________________________________________ ___________________________________________________________ ENDEREO RESIDENCIAL______________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ TELEFONE _____________________ E-MAIL ______________________ ESCOLA ____________________________________________________ ___________________________________________________________ ENDEREO DA ESCOLA _______________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ TELEFONE _____________________ E-MAIL ______________________ TIPO DE SANGUE ______________ FATOR Rh ____________________ ALRGICO A ________________________________________________ EM CASO DE ACIDENTE, AVISAR _______________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

Caro Professor,

Voc est recebendo este Guia de Planejamento e Orientaes Didticas, elaborado pela Diretoria de Orientao Tcnica DOT, atendendo reorganizao do Programa Ler e Escrever: Prioridade na Escola Municipal, que a partir de 2008 composto dos seguintes projetos: - Toda Fora ao 1 ano TOF - Ler e Escrever no 2 ano - Ler e Escrever no 3 ano - Projeto Intensivo no ciclo I 3 ano PIC - Ler e Escrever no 4 ano - Projeto Intensivo no Ciclo I 4 ano PIC - Ler e Escrever em todas as reas do Ciclo II - Projeto Compreenso e Produo da Linguagem Escrita por Alunos Surdos Este guia foi organizado, cuidadosamente, com o intuito de oferecer suporte ao trabalho realizado em sala aula e contm uma diversidade de propostas didticas e orientaes, que, com certeza, contribuiro para o seu planejamento e para o planejamento de sua escola. importante lembrar que, isoladamente, este guia no garante a eficcia da ao docente e, bem por isso, fundamental que os horrios coletivos sejam espaos de estudo, debates e reflexes coletivas. Nesse sentido, a SME continuar investindo na formao dos coordenadores pedaggicos e professores, na aquisio de materiais de apoio livros e peridicos e no fortalecimento dos horrios coletivos. Desejo que este material contribua para a organizao de um trabalho de qualidade e para o alcance das metas e expectativas propostas nos documentos produzidos por SME. Alexandre Alves SchneiderSecretrio Municipal Educao

introduoComo voc sabe, durante o ano de 2007, propusemos a participao de todas as escolas da rede municipal na discusso sobre quais deveriam ser as expectativas de aprendizagem para os alunos de cada um dos anos dos ciclos do ensino fundamental. O resultado deste trabalho est sendo publicado e deve chegar s unidades escolares tambm em 2008. Este material que voc est recebendo traz em seus encaminhamentos alguns dos contedos previstos para o 3 ano do ciclo I e pretende auxili-lo no planejamento de situaes didticas que possam favorecer um ensino eficaz e uma aprendizagem efetiva de todos os seus alunos. Conforme proposto pelo programa Ler e Escrever, a grande prioridade em nossa rede de ensino a aprendizagem da leitura e da escrita. Por esse motivo, todo o investimento que se tem feito relaciona-se formao de leitores e escritores competentes. Neste sentido, as propostas que encontrar neste material consideram tanto a aprendizagem de aspectos discursivos da linguagem e padres de escrita como o desenvolvimento da competncia leitora em suas diversas dimenses. As opes de organizao do tempo didtico, conforme tem sido possvel observar em outras publicaes do programa, so pelo trabalho com projetos e seqncias didticas e pela proposta de atividades permanentes de leitura/ escuta, produo oral / escrita de textos e anlise e reflexo sobre a linguagem e a lngua. Neste guia, o primeiro projeto se organiza em torno de fbulas, por ser um dos gneros da esfera literria previstos para o ano do ciclo e, ao realiz-lo, os alunos tero oportunidade de se dedicar a diferentes situaes de leitura, anlise e reflexo sobre a linguagem e produo oral e escrita de textos deste gnero. O segundo projeto aborda o tema meios de comunicao e envolve a leitura de textos de divulgao cientfica gnero da esfera escolar cujas atividades propostas permitiro que os alunos coloquem em prtica, diferentes comportamentos voltados capacidade de ler para estudar, bem como a capacidade de comunicar

oralmente os contedos aprendidos sobre o tema, no decorrer do projeto, por meio de leituras e discusses com sua turma. A seqncia didtica de produo escrita de cartas de leitor, gnero tambm previsto para o ano do ciclo, coloca em jogo a capacidade de seus alunos escreverem cartas s redaes das revistas Recreio e Cincia Hoje das Crianas e, ainda, a outros leitores destas revistas. Esta seqncia, por sua vez, est relacionada proposta, tambm constante deste guia, de atividades permanentes de leitura destas mesmas revistas: uma, semanalmente RECREIO e outra, quinzenalmente CINCIA HOJE DAS CRIANAS. Estas atividades incluem propostas de leitura de artigos de divulgao cientfica e de cartas que jovens leitores destas publicaes costumam enviar s suas redaes; assim como uma detalhada explorao deste rico portador de textos, a REVISTA. Desta forma, seus alunos podero vivenciar prticas sociais bastante apropriadas para sua faixa etria ler revistas destinadas a um pblico infanto-juvenil e escrever cartas com destinatrios reais. Sugerimos, tambm, uma seqncia didtica que envolve a produo de resumos e esquemas, abordando a temtica produo e destino do lixo. Nesta seqncia, sero trabalhados procedimentos de leitura para estudo, com a finalidade de elaborar resumos e esquemas que possam servir para o preparo de folhetos que orientaro uma campanha de conscientizao sobre a produo e destino de lixo no Brasil e no mundo. Como voc poder perceber, procuramos contemplar neste guia, as diferentes modalidades organizativas atividades permanentes, projetos didticos e seqncias didticas de atividades , adequando-as s necessidades dos alunos. Mais adiante, voc encontrar algumas orientaes para ajud-lo na organizao de sua rotina de trabalho com a Lngua Portuguesa. Na segunda parte deste guia, voc ter as orientaes para o trabalho com a Matemtica, uma vez que os contedos desta rea, juntamente com os de outras, deve ter como objetivo a busca de uma formao integral, voltada para a CIDADANIA. Desta forma, o ensino da Matemtica, alm do carter prtico e utilitrio o de atender s necessidades cotidianas , e do carter educativo escolar de atender s necessidades de estudo de outras reas

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que utilizam os conhecimentos matemticos como ferramentas tambm assume o carter investigativo e especulativo, com elaborao de conjecturas, de argumentaes, de generalizaes permitindo constituir valores estticos e o carter ldico e recreativo. Nesse sentido, as atividades de Matemtica esto organizadas de maneira a abordar os cinco blocos de contedo: Nmeros, Operaes, Espao e Forma, Grandezas e Medidas e Tratamento de Informao. Como voc poder observar, so atividades que serviro de parmetro para atender s necessidades de aprendizagem dos seus alunos, portanto, podem servir como modelo para voc criar outras, que visem os mesmos objetivos. Esperamos que, de fato, esse material seja til em sua difcil tarefa de conduzir o processo de aprendizagem do grupo de alunos e de cada um deles individualmente. Bom trabalho e sucesso nesta empreitada! Equipe responsvel pela concepo e elaborao do material

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SumrioExpectativas de aprendizagem para o 3o ano do ciclo I.............. 18Lngua Portuguesa ...................................................................... 18 Matemtica ................................................................................ 22

Avaliao da aprendizagem ..................................................... 24Lngua Portuguesa ...................................................................... 24 Orientaes gerais para favorecer avanos dos alunos ............... 24 Matemtica ................................................................................ 25

Orientaes didticas gerais para o desenvolvimento de atividades de leitura e produo de textos ............................... 32- A leitura diria de textos literrios .................................................... 32 - Critrios para escolha de livros para a leitura do professor ................ 32 - Projetos didticos: Confabulando com fbulas e Meios de Comunicao ................................................................................... 33 - Atividades de leitura das revistas Recreio e Cincia Hoje das Crianas .................................................................................. 34 - Seqncia didtica de escrita de cartas de leitor .............................. 34 - Situaes que a rotina de Lngua Portuguesa deve contemplar ... 34

Orientaes didticas gerais para o desenvolvimento das atividades de Matemtica ...................................................... 36Situaes que a rotina de Matemtica deve contemplar ............... 37

Atividades de Lngua Portuguesa ............................................. 41Confabulando com fbulas projeto didtico ................................ 42 Confabulando atravs dos tempos consideraes sobre o gnero ....42- Orientaes gerais sobre o uso do material ...................................... 46 - O que se espera que os alunos aprendam no projeto ........................ 46 - Produto final sugerido ..................................................................... 47 - Organizao geral do projeto confabulando com fbulas.................. 47

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- Etapa 1 - Apresentao do projeto ............................................. 48Atividade 1 Apresentao do projeto................................................ 49

- Etapa 2 Leitura e anlise dos recursos lingsticos e discursivos das fbulas ................................................................................ 50Atividade 2A Finalidades e contedos .............................................. 50 Atividade 2B - Moral das fbulas sentidos e finalidades .................... 54 Atividade 2C - Comparao de duas fbulas: em verso e em prosa ...... 61 Atividade 2D - Leitura compartilhada de uma fbula ........................... 66 Atividade 2E - Outras fbulas ............................................................. 70 Atividade 2F - Anlise dos recursos expressivos na produo das fbulas ..................................................................................... 75

- Etapa 3 Reescrita e reviso coletivas Textos orais e escritos .. 80Atividade 3A - Ensaiando a produo oral .......................................... 81 Atividade 3B - Produo oral com destino escrito ................................ 83

- Etapa 4 Reescrita e reviso em duplas .................................... 86Atividade 4A - Escolha e reescrita da fbula ........................................ 86 Atividade 4B - Anlise lingstica de uma fbula ................................. 88 Atividade 4C - Reviso coletiva do texto da dupla ............................... 89 Atividade 4D - Reviso do texto da dupla ........................................... 89

- Etapa 5 Finalizao e avaliao ............................................... 90Atividade 5A - Preparao do texto para o livro .................................... 91 Atividade 5B - Preparao do livro de fbulas ..................................... 92 Atividade 5C - Preparao da leitura para os eventos de lanamento e divulgao ........................................................................................ 93 Atividade 5D - Avaliao do processo e auto-avaliao ........................ 93

Projeto didtico - Meios de Comunicao .................................... 95- Os meios de comunicao e a educao .......................................... 96 - Orientaes gerais sobre o uso do material ...................................... 97 - O que se espera que os alunos aprendam no projeto Meios de Comunicao ................................................................................... 98 - Organizao geral do projeto ............................................................ 98

Etapa 1 Apresentao do projeto ............................................. 100Atividade - 1A Levantamento de conhecimentos prvios dos alunos ..... 100

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Atividade - 1B Relatos sobre contato dirio com os meios de comunicao .................................................................................. 101

Etapa 2 - Ler para estudar: vivenciando alguns procedimentos .... 102Atividade - 2A - leitura compartilhada................................................ 102

Etapa 3 Escolha seu meio de comunicao e mos obra........ 108Atividade - A - escolha de um dos meios de comunicao para pesquisar ....................................................................................... 108 Atividade - 3B - exposio oral dos estudos realizados ...................... 109 Atividade - 3C - estudos sobre os meios de comunicao ................. 112

Etapa 4 Lendo para aprender mais sobre... .............................. 116Atividade - 4A - seleo de materiais e produo de anotaes .......... 116 Atividade - 4B - leitura de textos e produo de anotaes................. 118 Atividade - 4C - leitura de novas informaes e produo de esquemas ...................................................................................... 119

Etapa 5 Ampliar os conhecimentos sobre esquema e sua relao com as situaes de exposio oral ........................................... 120Atividade - 5A - estudo das caractersticas do esquema .................... 121 Atividade - 5B - estudo de algumas caractersticas do seminrio ....... 122 Atividade - 5C - organizao da apresentao .................................. 124

Etapa 6 Apresentao e avaliao ........................................... 127Atividade - 6A - ensaio da apresentao ........................................... 128 Atividade - 6B - Apresentao do seminrio e avaliao ..................... 128

Seqncia didtica: Produo e destino do lixo ........................... 131- Orientaes gerais sobre o uso do material .................................... 131 - Por que uma seqncia que envolve a leitura de textos jornalsticos e de divulgao, alm de produo de resumos ou esquemas? ......... 133 - E por que uma seqncia didtica sobre Produo e Destino do Lixo? ............................................................................. 133 - O que se espera que os alunos aprendam nesta seqncia didtica 133 - Organizao geral da seqncia didtica ........................................ 134

Etapa 1: Apresentao da seqncia didtica ............................. 135Atividade 1A - Apresentao do tema .............................................. 136

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Atividade 1B - Levantamento de perguntas de interesse do grupo e discusso sobre fontes ................................................................... 138 Atividade 1C - Definio dos grupos e subtemas para pesquisa ........ 140

Etapa 2: Aprendendo procedimentos e estratgias de leitura para estudar .................................................................................... 144Atividade 2A - Seleo de palavras-chave para a busca de informaes .................................................................................. 145 Atividade 2B - Leitura compartilhada 1 Grifando informaes do texto ......................................................................................... 151 Atividade 2C - leitura compartilhada 2 Sintetizando informaes ..... 154

Etapa 3 - Retomada das perguntas, seleo de textos e produo de resumos estudos em grupos .............................................. 159Atividade 3A - seleo e sntese das informaes produo do resumo .......................................................................................... 160

Etapa 4 Apresentao dos grupos e avaliao .......................... 161Atividade 4A - Troca das leituras feitas e discusso final................... 161 Atividade 4B - Avaliao do processo e auto-avaliao ....................... 163

Seqncia didtica de produo de cartas de leitor ..................... 165- Orientaes gerais sobre o uso do material ................................... 165 - Por que uma seqncia didtica que envolve produo de cartas de leitor? ............................................................................................ 165 - O que se espera que os alunos aprendam neste projeto.................. 165 - Organizao geral da seqncia didtica cartas de leitor: impressa ou via e-mail ................................................................................... 168

Etapa 1 Apresentao da seqncia didtica ........................... 169- Atividade 1 Troca de opinies sobre reportagens lidas .................. 170

Etapa 2 Leitura de cartas de leitor e anlise do contexto de produo .................................................................................. 175- Atividade 2A - Anlise de cartas de leitor ....................................... 175 - Atividade 2B Explorao da revista Recreio e outros peridicos infantis .......................................................................... 178 - Atividade 2C Explorao de revistas infantis e anlise da seo destinada as cartas de leitor ........................................................... 179

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Etapa 3 Anlise dos recursos lingstico-discursivos das cartas de leitor ........................................................................................ 181- Atividade 3A - Anlise de cartas de leitor ........................................ 181 - Atividade 3B Leitura de reportagens relacionadas a cartas de leitores...................................................................................... 184 - Atividade 3C De olho nas cartas.................................................. 190 - Atividade 3D De olho nas cartas ................................................. 191 - Atividade 3E De olho nas cartas .................................................. 191

Etapa 4 Leitura e produo de cartas de leitor ......................... 193- Atividade 4A - Leitura de reportagens, seleo de uma para comentar e escrever uma carta de leitor .......................................... 193 - Atividade 4B Revisando a carta produzida .................................... 194

Etapa 5 ................................................................................... 196- Atividade 5A - Leitura de reportagens e seleo de uma para escrever uma carta de leitor em duplas ......................................................... 196 - Atividade 5B Revisando a carta produzida .................................... 197

Atividade de anlise e reflexo sobre a lngua ....................... 198Seqncia didtica de ortografia ................................................ 198 - Orientaes gerais para o encaminhamento de atividade de leitura e escrita que envolvem a reflexo sobre a ortografia ...................... 199- Avaliao inicial ditado ............................................................... 200 - Atividade 1 Reconhecendo os usos do R ...................................... 203 - Atividade 2 Ditado interativo ....................................................... 209 - Atividade 3 Observando o uso do U nos finais dos verbos ............. 212 - Atividade 4 Comparando as palavras que terminam com L e com U ...................................................................................... 215 - Atividade 5 Formas de representar o som nasal na escrita .......... 220 - Atividade 6 Refletindo sobre o uso do O e AM finais ................... 221 - Atividade 7 EZA/ESA entre substantivos e adjetivos ................... 224 - Atividade 8 Grafia de alguns adjetivos ptrios S/ESA .................. 229 - Atividade 9 Escrita de alguns adjetivos derivados de substantivos OSO e OSA..................................................................................... 233 - Atividade 10 Jogo dos sete erros................................................. 236

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- Atividade 11 Releitura com focalizao - 1 ................................... 240 - Atividade 12 Releitura com focalizao - 2 ................................... 242 - Atividade 13 Elaborao de cartazes No posso mais errar ........ 244 - Atividade 14 Escrita de poemas... ............................................... 245

Atividades de pontuao- Atividade 1 Fragmentao do texto em frases e pargrafos ........... 249 - Atividade 2 Discusso sobre pontuao ....................................... 252

Atividades de MatemticaNmeros naturais e racionais .................................................... 254Atividade 1: Os nmeros fazem parte da nossa vida ......................... 254 Atividade 2: Comparando quantidades ............................................. 256 Atividade 3: Nmeros e curiosidades ............................................... 259 Atividade 4: Descobrindo as regularidades dos nmeros ................... 262 Atividade 5: Registrando nmeros na calculadora ............................. 263 Atividade 6: Compondo nmeros e organizando seqncias .............. 266 Atividade 7: Ampliando o campo numrico ........................................ 268 Atividade 8: Comparando quantidades ............................................. 269 Atividade 9: Comparando altura e peso ............................................ 271 Atividade 10: Descobrindo nmeros na calculadora........................... 272 Atividade 11: Outras descobertas na calculadora .............................. 274 Atividade 12: Observando nmeros em uma receita .......................... 276 Atividade 13: Usando fraes em diferentes situaes...................... 279 Atividade 14: Dividindo o chocolate .................................................. 281 Atividade 15: Leitura e escrita dos nmeros racionais ....................... 284 Atividade 16: Comparando as fraes .............................................. 286

Clculos e operaes nos campos aditivos e multiplicativos ........ 288 Resoluo de problemas no campo aditivo ................................. 289Atividade 17: Os nmeros da gincana .............................................. 290 Atividade 18: Analisar os dados para resolver problemas .................. 293 Atividade 19: Fazendo estimativas e arredondamentos...................... 295 Atividade 20: Fazendo clculo mental exato e aproximado ................. 298 Atividade 21: Diferentes registros de clculo .................................... 301 Atividade 22: Anlise dos resultados ............................................... 303

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Atividade 23: Brincando com as operaes ...................................... 307 Atividade 24: Adivinhar nmeros com a calculadora .......................... 308

Resoluo de problemas no campo multiplicativo ........................ 309Atividade 25: Cada um com seu jeito de resolver .............................. 312 Atividade 26: Formulao de problemas ........................................... 315 Atividade 27: Compreendendo a multiplicao .................................. 318 Atividade 28: Construindo a tbua de Pitgoras ................................ 322 Atividade 29: Descobrindo regularidades na multiplicao ................. 324 Atividade 30: Fazendo descobertas .................................................. 326 Atividade 31: Bingo da multiplicao ................................................ 328 Atividade 32: Dividindo o prmio ...................................................... 330 Atividade 33: Analisando registros ................................................... 332 Atividade 34: Decompondo para encontrar o resultado ...................... 335

Tratamento de informao ......................................................... 338Atividade 35: Leitura e organizao de dados ................................... 338 Atividade 36: Organizao de dados de pesquisa .............................. 340 Atividade 37: Interpretao de dados em uma tabela ........................ 342 Atividade 38: Interpretao de dados em um grfico ......................... 343 Atividade 39: Produzindo texto a partir de dados coletados ............... 345

Espao e forma ........................................................................ 347 Seqncia de atividades Localizao e deslocamentoAtividade 40: Como chegar escola? Representando caminho ....... 348 Atividade 41: O mapa na malha quadriculada ................................... 349 Atividade 42: Qual o caminho? ..................................................... 352 Atividade 43: Chegando pinacoteca............................................... 353 Atividade 44: Revendo o meu mapa ................................................. 357

Seqncia de atividades - FormasAtividade 45: Montando figuras geomtricas..................................... 358 Atividade 46: Observando as formas geomtricas ao nosso redor Conhecendo seus nomes ................................................................ 361 Atividade 47: Diferenciando as formas geomtricas .......................... 364 Atividade 48: Anlise dos slidos geomtricos.................................. 366 Atividade 49: Observando outras caractersticas dos slidos ............. 368

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Atividade 50: Montando um dado .................................................... 371 Atividade 51: Qual a face?............................................................ 373

Grandezas e medidas ................................................................ 375Atividade 52: As medidas no cotidiano ............................................. 375 Atividade 53: Comprimentos, tamanhos e distncias......................... 378 Atividade 54: Comparando as medidas de comprimento .................... 380 Atividade 55: Correndo nas ruas de So Paulo So Silvestre........... 381 Atividade 56: Medindo massas ........................................................ 385 Atividade 57: Para medir grandes e pequenas massas ...................... 389 Atividade 58: Medindo capacidades ................................................. 390 Atividade 59: Usando xcara, copo, colher como medidas. Quanto vale? .................................................................................. 392 Atividade 60: Mais problemas sobre medidas de capacidade............. 394 Atividade 61: Ta quente...T frio .................................................... 395 Atividade 62: Sobre o tempo ........................................................... 399 Atividade 63: O tempo passa, o tempo voa... .................................... 400 Atividade 64: Lendo as horas .......................................................... 403 Atividade 65: Sistema monetrio brasileiro ....................................... 404 Atividade 66: Medindo em volta permetro ..................................... 408 Atividade 67: Medindo mais permetros............................................ 410 Atividade 68: Utilizando malhas quadriculas para construir figuras ..... 412

Referncias Bibliogrficas .......................................................... 414

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expectativas de aprendizagem para o 3o ano do ciclo iDesde 2005, a Diretoria de Orientao Tcnica DOT / SME vem assumindo a importncia de estabelecer expectativas e metas de aprendizagem para os alunos, em cada um dos anos dos ciclos, a fim de orientar o planejamento didtico dos professores e, principalmente, nortear o currculo do ensino fundamental. As atividades que voc encontrar neste material esto organizadas de acordo com as expectativas de aprendizagem previstas para o 3o ano do ciclo I, em sua nova verso e publicao, constituindo-se em mais uma ferramenta para o trabalho do professor, no sentido de favorecer a aprendizagem efetiva de seus alunos. Como se trata de um norteador, com algumas orientaes didticas, este guia apresenta apenas alguns dos diversos gneros propostos no documento integral Orientaes Curriculares e Proposies de Expectativas de Aprendizagem para o Ensino Fundamental I: Primeiro ao Quinto Ano, publicado por DOT-SME. A seguir, relacionamos por esfera de circulao, algumas expectativas de aprendizagem que podero ser alcanadas por meio das atividades propostas nos projetos, seqncias e atividades permanentes constantes deste material.

Lngua portuguesaAs expectativas de aprendizagem para o ensino da Lngua Portuguesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental orientam-se em torno dos usos da linguagem oral fala e escuta; da linguagem escrita leitura e produo escrita de textos; e, ainda, em torno da anlise e reflexo sobre a lngua e a linguagem, em que se abordam, prioritariamente, os aspectos envolvidos na linguagem que se usa para escrever; e os envolvidos no uso de padres da escrita.

AO FINAL DO 3O ANO DO CICLO I ESPERA-SE QUE OS ALUNOS SEJAM CAPAZES DE: NA LEITURA Esferas jornalsticas e cotidiana carta de leitorPropostas relacionadas neste material Seqncia de Cartas de Leitor; Atividade permanente Leitura de revistas RECREIO e CINCIA HOJE DAS CRIANAS. n Relacionar a carta situao comunicativa e aos suportes em que circulam originalmente, observando as relaes entre a carta e outras matrias jornalsticas. n Estabelecer conexes entre os textos e os conhecimentos prvios, vivncias, crenas e valores.

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n Explicitar o assunto dos textos. n Inferir os sentidos dos textos, por meio da anlise de palavras ou expresses que constituem os textos e de outras informaes do contexto de produo e circulao do texto (interlocutores, finalidades...). n Recuperar informaes explcitas.

Esferas jornalstica e escolar reportagens e textos de divulgao cientfica expositivosProposta relacionada neste material Projetos Meios de Comunicao e Produo e Destino do lixo Ler para Estudar; Atividades permanentes: Roda de Jornal, Leitura das revistas RECREIO e CINCIA HOJE DAS CRIANAS. n Relacionar os textos s situaes comunicativas e ao suportes em que circulam originalmente. n Estabelecer conexes entre os textos e os conhecimentos prvios, vivncias, crenas e valores. n Explicitar o assunto dos textos. n Inferir os sentidos dos textos, por meio da anlise de palavras ou expresses que constituem os textos, e de outras informaes do contexto de produo e circulao do texto (interlocutores, finalidades...). n Correlacionar causa e efeito, problema e soluo, fato e opinio.

Esfera Literria / Verso e Prosa FBULASProposta relacionada neste material: Projeto Confabulando com Fbulas n Relacionar as fbulas s situaes comunicativas e ao suporte em que circulam originalmente. n Estabelecer conexes entre o texto e os conhecimentos prvios, vivncias, crenas e valores. n Estabelecer a relao entre o ttulo e o corpo do texto ou entre as imagens (fotos, ilustraes) e o corpo do texto. n Inferir os sentidos dos textos para a leitura, por meio da anlise de palavras ou expresses que constituem os textos e de outras informaes do contexto de produo e circulao do texto (interlocutores, finalidades...). n Recuperar informaes explcitas. n Estabelecer relao entre a moral e o tema da fbula.

PRODUO ESCRITA DE TEXTOS Esfera jornalstica carta de leitorPropostas relacionadas neste material Seqncia de Cartas de Leitor; Atividade permanente Leitura de revistas RECREIO e CINCIA HOJE DAS CRIANAS Seo cartas

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n Produzir carta ou e-mail, levando em conta o gnero e seu contexto de produo e circulao. n Revisar e editar o texto considerando as caractersticas do gnero e da situao de produo..

Esferas escolar e cotidiana textos divulgao cientfica- expositivosProposta relacionada neste material Projetos Meios de Comunicao e Produo e Destino do Lixo Ler para Estudar; Atividades permanentes: Roda de Jornal, Leitura das revistas RECREIO e CINCIA HOJE DAS CRIANAS. n Produzir resumos a partir de textos lidos n Produzir textos expositivos com a finalidade de conscientizar sobre a Produo e o Destino do Lixo folhetos; n Revisar os textos produzidos durante o processo de produo escrita e ao final dele.

Esfera Literria / Verso e Prosa Fbulan Proposta relacionada neste material: Projeto Confabulando Fbulas n Reescrever fbulas levando em conta as caractersticas do gnero e seu contexto de produo. n Revisar e editar o texto considerando as caractersticas do gnero e da situao de produo.

ESCUTA / PRODUO ORAL Esferas jornalstica e cotidiana carta de leitorPropostas relacionadas neste material Seqncia de Cartas de Leitor; Atividade permanente Leitura de revistas RECREIO e CINCIA HOJE DAS CRIANAS. n Participar de situaes de intercmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexes com os conhecimentos prvios, vivncias, crenas e valores. n Emitir opinio sobre as reportagens e cartas lidas.

Esferas escolar e jornalstica de divulgao cientfica / expositivosProposta relacionada neste material Projetos Meios de Comunicao e Produo e Destino do Lixo Ler para Estudar; Atividades permanentes: Roda de Jornal, Leitura das revistas RECREIO e CINCIA HOJE DAS CRIANAS. n Participar de situaes de intercmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexes com os conhecimentos prvios, vivncias, crenas e valores. n Expor o resultado da pesquisa realizada sobre meios de comunicao, a partir de apoio escrito e/ou com uso de recursos audiovisuais.

Esfera Literria / Prosa FbulaProposta relacionada neste material: Projeto Confabulando com Fbulas

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n Ouvir com ateno as fbulas lidas ou contadas, estabelecendo conexes com os conhecimentos prvios, vivncias, crenas e valores. n Recontar fbulas, apropriando-se das caractersticas do texto-fonte. n Realizar leitura dramtica de fbula.

ANLISE E REFLEXO SOBRE A LNGUA E LINGUAGEM Esferas jornalstica e cotidiana carta de leitorPropostas relacionadas neste material Seqncia de Cartas de Leitor; Atividade permanente Leitura de revistas RECREIO e CINCIA HOJE DAS CRIANAS. n Identificar, com auxlio do professor, possveis elementos da organizao interna da carta de leitor: destinatrio, corpo do texto, despedida. n Reconhecer e utilizar a linguagem adequada finalidade e ao interlocutor

Esferas escolar e jornalstica textos de divulgao cientfica / expositivosPropostas relacionadas neste material Atividades permanentes: Roda de Jornal, Leitura de revistas RECREIO e CINCIA HOJE DAS CRIANAS. n Analisar as caractersticas lingsticas e discursivas que contribuem para a construo dos sentidos dos textos que sero lidos e produzidos no projeto Meios de Comunicao e na Seqncia Didtica Produo e Destino do Lixo.

Esfera Literria / Prosa FbulaProposta relacionada neste material: Projeto Confabulando com Fbulas n Identificar as caractersticas dos diferentes estilos de escrita, das diferentes formas de organizao do texto e do contedo prprios das fbulas. n Identificar recursos usados na apresentao das personagens e das aes do enredo.

PADRES DE ESCRITAn Pontuar corretamente final de frases, usando inicial maiscula. n Segmentar corretamente a palavra na passagem de uma linha para outra. n Pontuar corretamente final de frases, usando inicial maiscula. n Segmentar o texto em frases e pargrafos em funo das restries impostas pelos gneros. n Pontuar corretamente os elementos de uma enumerao. n Pontuar corretamente passagens de discurso direto em funo das restries impostas pelos gneros. n Reduzir os erros relacionados transcrio da fala.

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n Representar marcas da nasalidade de forma convencional. n Respeitar regularidades contextuais. n Respeitar as regularidades morfolgicas n Escrever corretamente palavras de uso freqente n Acentuar palavras de uso comum n Aplicar regra geral de concordncia verbal n Formatar graficamente o texto.

MatemticaNMEROSn Reconhecer e utilizar nmeros naturais no contexto dirio. n Compreender e utilizar as regras do sistema de numerao decimal, para leitura, escrita, comparao e ordenao de nmeros naturais de qualquer ordem de grandeza. n Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir de qualquer nmero natural dado. n Resolver situaes-problema em que necessrio fazer estimativas ou arredondamentos de nmeros naturais (clculos aproximados). n Reconhecer e utilizar nmeros racionais no contexto dirio. n Explorar diferentes significados das fraes em situaes-problema (parte-todo e quociente). n e escrever nmeros racionais, de uso freqente no cotidiano, representados na Ler forma decimal ou na forma fracionria. n Comparar e ordenar nmeros racionais de uso freqente, na representao decimal. n Observar as regras do sistema de numerao decimal para compreenso, leitura e representao dos nmeros racionais na forma decimal.

OPERAESn Analisar, interpretar, formular e resolver situaes-problema, compreendendo diferentes significados das operaes com nmeros naturais. n Determinar o resultado da multiplicao de nmeros de 0 a 9 por 6, 7, 8 e 9, em situaes-problema e identificar regularidades que permitam sua memorizao. n Identificar e utilizar regularidades para multiplicar ou dividir um nmero por 10, por 100 e por 1000. n Construir fatos bsicos da diviso a partir de situaes-problema, para constituio de um repertrio a ser utilizado no clculo. n Utilizar a decomposio das escritas numricas e a propriedade distributiva da multiplicao em relao adio, para a realizao de clculos que envolvem a multiplicao e a diviso.

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n Calcular o resultado de operaes de nmeros naturais por meio de estratgias pessoais e pelo uso de tcnicas operatrias convencionais. n Utilizar estratgias de verificao e controle de resultados pelo uso do clculo mental e da calculadora.

TRATAMENTO DA INFORMAOn e interpretar dados apresentados de forma organizada em tabelas e grficos. Ler n Resolver problemas com dados apresentados de maneira organizada por meio de tabelas simples e grficos de colunas. n Descrever, por escrito, situaes apresentadas por meio de tabelas e grficos. n Interpretar dados apresentados por meio de tabelas simples e de dupla entrada. n Descrever, por escrito, situaes apresentadas por meio de tabelas e grficos.

ESPAO E FORMAn Identificar a posio de uma pessoa ou objeto num desenho apresentado em malha quadriculada. n Identificar a movimentao de uma pessoa ou objeto num desenho apresentado em malha quadriculada n Reconhecer semelhanas e diferenas entre esferas, cilindros e cones e entre cubos, paraleleppedos, prismas de base triangular e pirmides. n Reconhecer planificaes (moldes) de figuras tridimensionais, como cubo, paraleleppedo, pirmide, cone e cilindro. n Identificar tringulos, quadrados, retngulos, pentgonos e crculos, nas faces planas de uma figura tridimensional.

GRANDEZAS E MEDIDASn Reconhecer unidades usuais de medida como metro, centmetro, quilmetro, grama, miligrama, quilograma, litro, mililitro. n Resolver situaes problema que envolvam o significado de unidades de medida de comprimento como metro, centmetro e quilmetro. n Resolver situaes problema que envolvam o significado de unidades de medida de massa como o grama, o miligrama e o quilograma. n Resolver situaes problema que envolvam o significado de unidades de medida de capacidade como litro e mililitro. n Utilizar, em situaes problema, unidades usuais de temperatura. n Utilizar medidas de tempo em realizao de converses simples, entre dias e semanas, horas e dias, semanas e meses. n Utilizar o sistema monetrio brasileiro em situaes-problema. n Resolver situaes problema que envolvam o estabelecimento de relaes entre

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algumas unidades de medida, como: metro e quilmetro, metro e centmetro, grama e quilograma, grama e miligrama, litro e mililitro. n Compreender o permetro como a medida do contorno de uma figura plana. n Calcular permetro de figuras desenhadas em malhas quadriculadas

avaliao de aprendizagemLngua portuguesaEnsinar e avaliar As pautas de observao podem se tornar importantes aliadas do professor para acompanhar o desenvolvimento das aprendizagens de seus alunos. A idia , periodicamente, diagnosticar os saberes dos alunos quanto aos contedos propostos para o 3o ano e, por meio destas pautas, replanejar seu trabalho e suas intervenes. Mas o que uma pauta de observao? A pauta de observao consiste na organizao e registro sistemtico de informaes sobre os conhecimentos dos alunos, tanto inicial (antes do desenvolvimento de um projeto ou seqncia), quanto processual (durante o processo de ensino e aprendizagem) e final momento em que o professor pode avaliar o alcance dos objetivos de ensino atingidos com o trabalho realizado. Neste guia foram propostas pautas para a observao dos conhecimentos sobre os gneros estudados e sobre os padres de escrita que podem ser encontradas no interior dos projetos e seqncias.

oRieNTaes GeRais paRa FaVoReCeR aVaNos Dos aLUNosO trecho a seguir foi adaptado do guia Toda Fora ao 1o Ano, Volume 3. As orientaes apresentadas so teis para organizar seu trabalho, considerando a importncia de um apoio direto aos alunos que necessitam de uma ateno e interveno mais prxima. 1. De posse das pautas de observao (padres de escrita, conhecimento sobre os gneros) e da comparao dos resultados, identifique as necessidades gerais do grupo e dos alunos que precisam de mais ajuda. Esse procedimento essencial. verdade que no dia-a-dia voc obtm muitas informaes acerca do que cada aluno j sabe. As pautas de observao servem justamente para registrar sistematicamente essas impresses e, ao mesmo tempo, garantir um melhor acompanhamento do processo. Sempre h alunos que no chamam tanto a ateno e no costumam pedir ajuda (so tmidos ou preferem no se manifestar). Mostram, ao longo do ano, avanos menos significativos do que seria esperado, indicando que necessitam de um acompanha-

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mento prximo isso no seria percebido sem a realizao de avaliaes peridicas e sistemticas. 2. De posse das pautas de observao, organize duplas de modo que os dois parceiros possam colaborar um com o outro, considerando os objetivos de cada uma das atividades. sempre importante lembrar que a funo das duplas no garantir que todos faam as atividades corretamente, mas favorecer a mobilizao dos conhecimentos de cada um, para que possam avanar. Lembre-se, tambm, que uma boa dupla (o chamado agrupamento produtivo) aquela em que os integrantes trocam informaes; um colabora de fato com o outro, e ambos aprendem. Preste muita ateno s interaes que ocorrem nas duplas e promova mudanas de acordo com o trabalho a ser desenvolvido. 3. Aps ter orientado os alunos a realizar determinada atividade, caminhe entre eles e observe seus trabalhos, especialmente daqueles que tm mais dificuldades. importante circular pela classe,, enquanto os alunos trabalham, por diversos motivos: avaliar se compreenderam a proposta, observar como esto interagindo, garantir que as informaes circulem e que todos expressem o que sabem e no sabem. Quando necessrio, procure questionar e intervir, evitando criar a idia de que qualquer resposta vlida. Observe tambm se o grau de dificuldade envolvido na proposta no est muito alm do que podem alguns alunos, se no est excessivamente difcil para eles. Cada atividade prope desafios destinados a favorecer a reflexo dos alunos. Muitas vezes voc dever fazer ajustes: questionar alguns para que reflitam um pouco mais, oferecer pistas para ajudar os inseguros.

MatemticaToda avaliao faz parte do processo de ensino e aprendizagem e, portanto, no se deve levar em conta apenas uma nica produo. preciso avaliar pelo menos um pequeno conjunto de atividades para se tomar decises a respeito do conhecimento que o aluno construiu em relao Matemtica. Neste guia so propostos alguns critrios para voc acompanhar o avano dos alunos em relao s expectativas de aprendizagem, fornecendo-lhe informaes importantes, que permitiro planejar melhor as aes didticas que compem sua rotina de trabalho. Para que isso acontea, ser preciso refletir e analisar o desenvolvimento escolar de cada aluno, observando se ele: n Empenha-se na realizao das atividades propostas; n Explicita suas dvidas; n Interage, estabelecendo postura de escuta atenta para entender e questionar as escolhas dos colegas; n Formula argumentos, expondo-os a fim de que sejam validados ou refutados pelos colegas;

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n Esfora-se para melhorar a cada dia, conscientizando-se dos seus prprios progressos e, ainda, revendo o que no conseguiu aprender. Os instrumentos de avaliao utilizados precisam ser elaborados de forma bastante criteriosa, que de fato lhe ajude a observar quais conhecimentos foram ou no apropriados pelos alunos, como organizam a linguagem matemtica para se comunicar e como resolvem os problemas apresentados. Todos esses elementos devem subsidi-lo na identificao dos objetivos que foram atingidos e de quais necessitam ser organizados em outras aes didticas para que os alunos continuem aprendendo. Ao longo do ano, os alunos devero desenvolver habilidades referentes resoluo de problemas e clculo. Para isso necessrio trabalhar diferentes atividades relacionadas aos contedos: nmeros e operaes no campo aditivo e multiplicativo, grandezas e medidas, tratamento de informao e espao e forma. Para decidir qual a melhor situao didtica a ser apresentada, deve-se planejar intervenes no sentido de buscar que todos os alunos avancem em relao compreenso do sistema de numerao e na capacidade de resolver problemas propostos. preciso realizar uma avaliao peridica as sondagens para verificar: n que sabem a respeito da escrita dos nmeros; O n Quais estruturas aditivas e multiplicativas costumam utilizar para resolver problemas; n Quais recursos utilizam para fazer os clculos. Nesse sentido, so propostas as seguintes sondagens: - Nmeros - maro e setembro; - Resoluo de problemas do campo aditivo - maio e outubro; - Resoluo de problemas do campo multiplicativo maio e outubro.

sondagem sobre a escrita de nmerosPara essa sondagem, sugerimos que seja feito um ditado de nmeros, individualmente.

encaminhamento:n Entregue meia folha de sulfite e pea que escrevam o nome e a data; n Faa o ditado de nmeros de diferentes grandezas e de modo que no apaream na ordem crescente ou decrescente. n Sugerimos os seguintes nmeros:

Ms de maro: 5.000 90 509 980 59 4.026 6.740 3.715; Ms de setembro: 903 37 4.008 800 49 10.000 8.004 - 2.485.n Recolha o ditado dos alunos e analise a escrita. Em seguida, registre suas observaes na Pauta de observao de Nmeros no 1 na pgina 29. Faa o registro

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a cada sondagem realizada. Compare as informaes registradas, observando o percurso do avano do conhecimento numrico de cada um dos alunos, pois isso ajudar voc a reorganizar as aes didticas de interveno para que os alunos ampliem cada vez mais o conhecimento sobre os nmeros.

sondagem dos campos aditivo e multiplicativo e suas representaesPara realizar a sondagem sobre o conhecimento dos alunos a respeito das estruturas aditivas e multiplicativas e perceber quais fatores interferem em seu desempenho quanto natureza e representao, recomendamos que os alunos realizem a resoluo de problemas individualmente.

encaminhamento:n Apresente aos alunos a atividade de resoluo de problemas e ressalte a importncia do registro das solues que encontrarem para cada uma das situaes apresentadas; n Cada aluno deve resolver o problema e registrar a soluo na folha entregue por voc; n Recolha as produes e faa uma anlise do desempenho dos alunos, utilizando como base as pautas de observao para o campo aditivo (pgina 30) e multiplicativo (pgina 31). Faa esse registro a cada sondagem realizada; n Compare as informaes dessas pautas e de outros instrumentos dirios de observao, assim ser possvel voc avaliar os progressos de seus alunos e buscar outras propostas didticas. n Sugerimos os seguintes problemas do campo aditivo para o:

Ms de maio1. Mrio tinha 36 carrinhos na sua coleo, ganhou alguns no seu aniversrio e ficou com 51. Quantos carrinhos ele ganhou? 2. Em uma excurso foram 46 alunos. Desses, 28 eram meninos, quantas eram as meninas? 3. Durante uma partida de videogame, Marcelo olhou para o visor e percebeu que tinha certa quantidade de pontos. No decorrer do jogo ele ganhou 76 pontos e logo depois perdeu 35. No final do jogo ele estava com 234 pontos. Com quantos pontos ele estava quando olhou no visor? 4. No final de uma partida de bafo Jos e Srgio conferiram suas figurinhas. Jos tem 83 e Srgio, 115. Quantas figurinhas Jos tem que ganhar para ficar com a mesma quantidade que Srgio?

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Ms de outubro1. Mrcia faz coleo de pedras. Tem algumas pedras e ganhou 23, ficando com 91. Quantas pedras ela possua? 2. Felipe est montando um lbum de figurinhas, que cabem 246 figurinhas. Ele j colou 117. Quantas figurinhas ele precisa para completar o lbum? 3. Joo iniciou uma partida com 135 pontos. No final da 2a partida ganhou 16 pontos. Aps a 3a partida ficou com 109 pontos. O que aconteceu na 3 a partida? 4. Gilberto e Fbio conferiram sua coleo de gibis. Gilberto tem 103 e Fbio 15 gibis a menos que Gilberto. Quantos gibis tem Fbio? Sugerimos os seguintes problemas do campo multiplicativo para o:

Ms de maio1. Marina possui em seu guarda-roupa 3 saias e 5 blusas. De quantas maneiras diferentes ela pode se vestir? 2. Preciso colocar em um auditrio 84 cadeiras, dispostas em 7 fileiras. Em quantas colunas poderei organizar essas cadeiras? 3. Marta vai comprar 4 pacotes de bala. Cada pacote custa 9 reais. Quanto ir pagar pelos 4 pacotes? 4. Felipe tem 35 reais e Joo Pedro tem o triplo desta quantia. Quantos reais tm Joo Pedro?

Ms de outubro1. Em uma lanchonete h 6 tipos de suco e 8 tipos de lanches. De quantas maneiras pode-se combinar suco e lanche sem que haja repetio? 2. Em uma caixa cabem 56 docinhos. Sabendo que nela pode-se colocar 8 docinhos em cada fileira, quantas fileiras so necessrias para completar a caixa? 3. Sabendo-se que 4 mas custam RS 2,50, quanto Jlia pagar por 16 mas? 4. Lia tem 36 reais e seu primo Marcelo tm a metade dessa quantia, quantos reais tem Marcelo?

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pauta de observao i

esCRiTa De NMeRos - Data ____/____/____ eMeF _________________________________________________________ professor(a) ____________________________________ Turma: _____Escreve nmeros Menores que 100 de 100 a 1000 maiores que 1000 Observaes

Nome do aluno

Guia de Planejamento e Orientaes Didticas para o Professor do 3O ano Ciclo ILegendas: usando algaris1 mos sem relao com o nmero que foi ditado. fazendo uso de 2 coringas apoiando-se na 3 fala 4 convencionalmente

TOTAL

A realizao da sondagem far sentido apenas no contexto da leitura e discusso dos seguintes referenciais tericos:

Parra, Ceclia- Didtica da Matemtica: reflexes psicopedaggicas-Captulo 5- Porto Alegre: Artmed, 2006

Brizuela, Brbara M. Desenvolvimento matemtico na criana: explorando notaes - Captulo 2 - Porto Alegre, Artmed, 2006

Sem esta base terica, esta sondagem pode ser pouco til ou mesmo de difcil operacionalizao.

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301 - TRANSFORMAO 1 transf. idia resultado idia resultado 2 transf. idia resultado idia resultado idia 2 - COMPOSIO 3 - TRANSFORMAO COMPOSTA 4 - COMPARAO resultado OBSERVAES

pauta de observao ii

ResoLUo De pRoBLeMas Do CaMpo aDiTiVo Data ___/___/___

eMeF: ______________________________________________________

Turma: _____ professor(a): _________________________ ano do Ciclo i ______

PROBLEMAS

NOME DOS ALUNOS

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Legendas: A Acerto NR No realizou

pauta de observao iii

ResoLUo De pRoBLeMas Do CaMpo MULTipLiCaTiVo Data ___/___/___

eMeF: ______________________________________________________

Turma: _____ professor(a): _________________________ ano do Ciclo i ______1 COMBINATRIA IDIA RESULTADO IDIA RESULTADO IDIA RESULTADO IDIA 2 CONFIGURAO RETANGULAR 3 PROPORCIONALIDADE 4 COMPARAO RESULTADO OBSERVAES

PROBLEMAS

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NOME DOS ALUNOS

Legendas: A Acerto NR No realizou

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orientaes didticas gerais para o desenvolvimento de atividades de leitura e produo de textosNeste bloco, fornecemos as orientaes didticas para o trabalho de leitura e escrita, sugerindo atividades que voc poder colocar em prtica ao longo do ano.

a leitura diria de textos literriosDesde o volume 1, do Guia de Planejamento do Professor Alfabetizador do Guia Toda fora ao 1o ano (TOF), recomendamos que a leitura de textos literrios fosse feita diariamente pelo professor. Neste volume, sugerimos a leitura de textos literrios trs vezes por semana e a leitura da revista Recreio duas vezes. A leitura feita pelo professor continua sendo uma atividade fundamental para os alunos, pois, embora j sejam leitores, ler textos mais complexos ou longos ainda se lhes apresenta como um grande desafio. A leitura diria, portanto, dever ser de textos que necessitam de uma mediao do professor para que os alunos possam desfrut-los plenamente. Essa atividade no apenas os coloca em contato com textos que eles no conseguiriam ler sozinhos, como tambm, cria as condies adequadas para que, a mdio prazo, eles o faam. Estudos sobre leitura demonstram, surpreendentemente, que, ao lermos, utilizamos muito mais os conhecimentos que esto fora do texto (sobre a linguagem literria, o gnero, sua estrutura, o portador e mesmo sobre o contedo) do que aqueles que esto no papel (as palavras ou as letras). Ou seja, ao ler para os alunos, o professor pode oferecer a eles, a experincia com estes aspectos externos que so fundamentais para a construo de suas competncias como leitores. Para formar leitores um dos principais desafios da escola importante que as experincias dos alunos com os livros e com a leitura sejam bem planejadas sempre e, para isso, a escolha dos livros decisiva.

Critrios para escolha de livros para a leitura do professorn textos que eles no leriam sozinhos. Histrias curtas, com pouco texto e muiLeia

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tas ilustraes que podem servir leitura individual do aluno geralmente no so adequadas a esta situao; n Escolha textos cuja histria voc aprecie. Se a histria no for interessante para voc provvel que tambm no seja para os alunos. n qualidade literria do texto importante. Isso significa: uma trama bem estruturada A (divertida, inesperada, cheia de suspense, imprevisvel); personagens interessantes e a linguagem bem elaborada, diferente da linguagem que se fala no cotidiano. n Evite escolher histrias com finalidades estritamente atitudinais moralistas, a no ser que o foco do trabalho seja textos desta natureza, como o caso das fbulas, neste guia. Opte por textos com diversidade temtica e de autoria representativa da esfera literria nacional e internacional. n Leia um livro em captulos ou divida uma histria mais longa em partes. Essa estratgia pode ser bastante adequada para as turmas de 3 ano. Isso implica interromper a leitura em momentos que criem expectativa, pedir que os alunos faam antecipaes e deix-los sempre com gostinho de quero mais. Ouvir a leitura e poder coment-la j uma atividade completa, na qual os alunos aprendem muito. No necessrio complement-la solicitando que faam desenhos da parte que mais gostaram, dramatizaes, dobraduras, etc. Alm de no serem aes comuns s pessoas, ao lerem textos literrios, no contribuem para que os alunos aprendam mais sobre o texto nem para que se tornem melhores leitores.

projetos didticosNeste material, voc encontrar dois projetos. O primeiro envolve a leitura e escrita de um gnero literrio, as fbulas. O segundo aborda um tema associado s Cincias Sociais, Os Meios de Comunicao. interessante que ambos sejam realizados durante o ano. Cabe a voc definir qual deles ser proposto no primeiro semestre e qual ficar para o segundo. importante ler cada um deles, antes, e tomar esta deciso. No projeto Confabulando com Fbulas, a partir de situaes de leitura e escrita, os alunos aprofundaro seus conhecimentos sobre este tipo de narrativa literria. Eles iro reescrever fbulas por meio de produes orais com destino escrito e tambm escrever verses modificadas (produo de novas morais, substituio das personagens, alterao dos finais das fbulas, etc.). Durante a leitura e produo de textos, por meio das atividades propostas, os alunos aprendero mais sobre a linguagem utilizada nesse gnero textual e ampliaro seu repertrio para a produo de seus prprios textos. No Projeto Meios de Comunicao, eles aprendero sobre diferentes veculos de comunicao de massa (imprensa, rdio, televiso e internet) e vivenciaro comportamentos leitores relacionados s prticas de estudo. Diferente do projeto de fbulas em que lem textos associados fruio, neste caso a leitura estar a servio da aprendizagem do tema e do procedimento de ler para estudar.

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atividades de leitura das revistas Recreio e Cincia Hoje das CrianasNeste material so propostas atividades de leitura das revistas Recreio (semanalmente) e Cincia Hoje das Crianas (quinzenalmente). Nestas atividades as crianas tero a oportunidade de, inicialmente, a partir de sua leitura e, posteriormente, por conta prpria, aprenderem muito sobre os assuntos veiculados nestas revistas. Temas interessantes que podem aguar a curiosidade das crianas favorecem situaes de debates, pesquisas, leituras de novos textos, elaborao de perguntas pelos alunos para serem encaminhadas aos editores das revistas, etc. Tambm sugerimos algumas atividades de compreenso leitora sobre matrias publicadas nas revistas Recreio e Cincia Hoje das Crianas. Nas atividades, alm de os alunos precisarem colocar em jogo estratgias para compreender o que lem, tambm podero apreciar os textos, compartilhar informaes, discutir pontos de vista, aprender mais sobre um determinado assunto, etc.

seqncia didtica de escrita de cartas de leitorA seqncia didtica de escrita de cartas de leitor uma proposta que tem por finalidade ajudar os alunos no aprendizado da escrita deste tipo de carta. Por isso fundamental que, em todos os momentos da leitura da revista, voc finalize a atividade com a leitura dessa seo, na qual so publicadas as cartas dos leitores. A leitura freqente dessas cartas e as atividades sugeridas, para desenvolver junto aos alunos, so fundamentais para que aprendam a produzir suas prprias cartas. A seqncia termina com a escrita de uma carta de leitor, que ser enviada redao de uma das revistas exploradas.

siTUaes QUe a RoTiNa DeVe CoNTeMpLaRn Projeto Didtico: CONFABULANDO COM FBULAS trs vezes por semana num dos semestres. (sugerimos o 1 semestre) n Projeto Didtico: Meios de Comunicao duas vezes por semana num dos semestres. (sugerimos o 2 semestre) n Seqncia Didtica de Atividades: Anlise e Reflexo sobre a Lngua: ortografia pelo menos uma vez por semana durante todo o ano. n Seqncia Didtica de Atividades: Produo e Destino do Lixo - produo de resumos e esquemas para folhetos atividades de leitura e produo escrita duas vezes por semana num dos semestres. (sugerimos o 1 semestre) n Seqncia Didtica de Atividades: Escrita de Carta de Leitor atividades de leitura e produo escrita duas vezes por semana num dos semestres. (sugerimos o 2 semestre)

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n ATIVIDADES PERMANENTES: J Para gostar de ler Leitura de livros literrios diariamente pelo professor; trs vezes por semana, pelo aluno. J Roda de Jornal semanalmente. J Leitura de revistas duas vezes por semana. J Anlise e reflexo sobre a Lngua, padres de escrita trs vezes por semana (sistematizao dos aspectos relativos lngua abordados nos projetos e seqncias didticas propostas).

Quadro da rotina

2a feira

3a feira

4a feira

5a feira

6a feira

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orientaes didticas gerais para o desenvolvimento das atividades de matemticaDois argumentos ressaltam a importncia do ensino da Matemtica no Ciclo I: a sua natureza quanto ao carter utilitrio, isto , ajuda a resolver problemas enfrentados no dia-a-dia; e a contribuio, para a formao bsica geral dos estudantes. J Do primeiro argumento que o ensino dos contedos dessa rea ajuda a resolver problemas de seu cotidiano est implcito o fato de saber usar o conhecimento matemtico como instrumento de leitura, interpretao e melhoraria das relaes do mundo no qual se vive, desempenhando, portanto, um papel fundamental na formao de cidados. J Do segundo argumento a formao bsica dos estudantes destacam-se as idias de que a Matemtica estimula o desenvolvimento de capacidades formativas de raciocnio, de formulao de conjecturas, de observao de regularidades, entre outros. Desse modo, o trabalho didtico que ser desenvolvido nas atividades propostas neste volume tem o propsito de contribuir para que os alunos: n Desenvolvam o esprito investigativo, o gosto pelo desafio de enfrentar problemas, a determinao pela busca de resultados. n Desenvolvam o prazer no ato de conhecer, de criar, a autoconfiana para conjecturar, levantar hipteses, valid-las, confront-las com as dos colegas. n Coloquem em jogo os conhecimentos que j tem, buscando caminhos, sem medo de errar. n Planejem e decidam o que fazer, reconhecendo que o que se sabe no suficiente. n Modifiquem, flexibilizem o que se sabe, permitindo mudar de opinio no confronto com diferentes idias. n Escutem para entender e questionar as suas escolhas. n Considerem os caminhos e as respostas dos colegas e professor sem deixar de question-los e confront-los com os seus. n Formulem argumentos que possam ser validados ou refutados. n Comparem suas produes escritas com as dos colegas. n Modifiquem ou ampliem suas concluses, comunicando de diferentes formas os resultados obtidos Porm, preciso ressaltar que no o bastante que o aluno realize cada uma das atividades aqui propostas. Para atender aos propsitos acima explicitados, preciso

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que voc, professor, proporcione tambm a abertura de debates, momentos nos quais os alunos sejam estimulados a explicar seus procedimentos de realizao da tarefa, confrontando com os de seus colegas, justificando a aceitao ou a refutao dos diferentes pontos de vista, bem como justificando suas prprias opinies. O seu papel nesse processo, portanto, fundamental, pois ser aquele que estimular a participao de todos os alunos, acolher as diferentes opinies, colocando, principalmente, boas questes para que os alunos possam ir revendo as concluses sempre provisrias. Enfim, preciso propiciar a participao dos alunos para a constituio da sala de aula como um espao favorvel aprendizagem, de investigao, onde eles sejam convidados a participar de situaes desafiadoras em que possam colocar em jogo todo o conhecimento que tm para continuar aprendendo. Tambm preciso sempre ficar atento aos alunos que parecem no avanar, pois esses so os que mais precisam da sua interveno e, inclusive, da colaborao dos demais colegas de classe, mas para isso preciso criar um clima de respeito e solidariedade entre eles. O ltimo aspecto a ser considerado, mas no o menos importante, trata-se de entender que por trs das respostas que primeira vista paream improvveis h sempre uma idia construda por esse aluno. Investigar essa idia faz-se fundamental para que possa entend-la e, assim, formular boas intervenes, visando aproximao sucessiva dos conhecimentos por esses alunos. As atividades propostas esto organizadas de modo a favorecer que os alunos avancem cada vez mais na sua aprendizagem, no que se refere aos conhecimentos matemticos. A inteno, aos se propor essas situaes didticas, que o aluno estabelea relaes com os conhecimentos acumulados, colocando-os em jogo para resolver novos problemas, necessitando, dessa forma, reorganizar seus conhecimentos em um novo patamar. Tudo isso s ser possvel se os alunos tiverem oportunidade de discutir com colegas e argumentar sobre os caminhos escolhidos na soluo dos problemas, notando que nem sempre o conhecimento que dispem suficiente para resolv-los.

siTUaes QUe RoTiNa De MaTeMTiCa DeVe CoNTeMpLaRNa Matemtica, a rotina proposta deve contemplar atividades referentes aos blocos de contedos: nmeros, operaes, grandezas e medidas, espao e forma e tratamento da informao. Significa dizer que a rotina deve prever situaes de: n Produo e interpretao de nmeros naturais e decimais que aparecem em situaes de uso; n Clculos nos campos aditivo e multiplicativo, atividades em que os alunos tenham oportunidades de utilizar o clculo mental, a estimativa, e ainda o clculo atravs de algoritmos convencionais; n Reflexo sobre a utilizao de diferentes unidades de medidas;

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n Localizao e deslocamento no espao e das exploraes das formas (geometria); n Produo e interpretao de tabelas e grficos. A organizao deste material possibilita que voc planeje sua rotina de trabalho a partir do conhecimento e das necessidades de sua turma. importante analisar: n Quais aspectos merecem mais ateno e quais no so to relevantes; n necessidade de aprofundamento dos contedos em funo da compreenso dos A alunos, levando em conta que o mesmo tema pode ser abordado em diferentes momentos da aprendizagem. O planejamento da rotina deve ter como referncia as demandas de aprendizagem mapeadas atravs das sondagens propostas, registro de observaes do desempenho dos alunos, e poder ser reorganizada ao longo do ano dependendo dos avanos e dificuldades dos alunos. No entanto, sugere-se que inicialmente as atividades de interpretao e produo de nmeros sejam realizadas duas vezes na semana. Alm do trabalho com nmeros naturais, nesse volume est presente o trabalho com nmeros racionais na forma fracionria e decimal. Dessa forma, alm de continuar propondo atividades de reflexo sobre os nmeros naturais, preciso organizar situaes em que os alunos observem o uso cotidiano dos racionais e comecem a refletir sobre a sua organizao e regularidade. Nesse sentido, os alunos utilizaro o conhecimento que j possuem sobre os nmeros para avanarem na ampliao do campo numrico. Para isso propomos o recurso da utilizao da calculadora como mais um instrumento para propor problemas e para anlise das produes escritas numricas. J as atividades de clculo podem ser organizadas duas ou trs vezes na semana. interessante que no incio do ano se privilegie as situaes de resoluo de problemas no campo aditivo e, medida que as crianas avancem na compreenso dessas idias, incluir as atividades do campo multiplicativo. Elas devem ser realizadas para que os alunos continuem ampliando a compreenso dos significados das operaes envolvidas (aditivas e multiplicativas). Para isso, as situaes sero organizadas de modo que eles possam fazer conjecturas sobre as diferentes maneiras de se obter um resultado, usando clculo mental, estimativa, algoritmos convencionais e no-convencionais, analisaro as suas estratgias e a dos colegas, compartilhando, portanto, diferentes idias e procedimentos. O trabalho com grandezas e medidas deve ser realizado uma vez por semana. So propostas neste material, situaes-problema do cotidiano para que os alunos compreendam como se d a sucesso do tempo - como se organiza e se utiliza os instrumentos sociais de medida de tempo (calendrio, relgio), e em que situaes se usa as diferentes medidas (massa, comprimento, capacidade e temperatura), relacionando-os com os respectivos instrumentos de medio. Propomos tambm o estudo da geometria espao e forma, uma vez na semana, podendo ser alternado com o trabalho de grandezas e medidas. O trabalho com espao e forma visa propor experincias de localizao e deslocamento de pessoas e objetos no espao, alm de situaes em que os alunos tero a oportunidade de observar diferentes corpos geomtricos e refletir sobre suas propriedades.

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Por ltimo, sugerimos, neste material, atividades especficas sobre o tratamento de informao, uma vez por semana, com a finalidade de fazer os alunos construrem procedimentos para coletar, organizar, interpretar e comunicar dados, utilizando tabelas e grficos. Esse contedo, no entanto, estar presente de uma maneira transversal em diferentes situaes problemas referentes aos demais contedos da rea de matemtica.

sugesto para a organizao da rotina semanal

Clculo e operaes no campo aditivo ou Clculo e operaes no campo aditivo ou Nmeros naturais

4a feira

Matemtica

Nmeros naturais multiplicativo multiplicativo

5a feira

3a feira

2a feira

Matemtica

Matemtica

Matemtica

grandezas e medidas

Espao e forma ou

6a feira

Matemtica

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atividades de Lngua portuguesa

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Confabulando com fbulas projeto didticoNa histria da humanidade as diferentes organizaes da sociedade sempre se constituram a partir de uma determinada viso de mundo, que estabeleceram e continuam estabelecendo padres de conduta, normas ou regras de bem viver em sociedade, orientadas por diferentes valores morais e ticos. Em outras palavras, em qualquer tempo da histria do homem possvel observar o que determinada sociedade preza como uma conduta correta ou no, que estabelece limites entre o certo e o errado, o adequado e o inadequado, o desejvel e o indesejvel no carter humano. A literatura, como parte da nossa cultura, uma importante fonte para a observao de muitos valores sociais e a fbula, como uma das mais primrias formas de literatura, pode se tornar um rico material de estudo desses valores. Entretanto, para alm da caracterstica moralizante que tradicionalmente enfatizada na fbula, esta tambm deve ser percebida em seu valor esttico; nos recursos expressivos com os quais e sobre os quais se produzem os sentidos de cada histria. Um estudo da fbula no tempo, procurando entender a sua evoluo histrica contribui para o ensino da lngua porque favorece o trabalho com: n linguagem oral: por meio de leituras expressivas e de discusses sobre o conteA do das fbulas (validade da moral atualmente etc.); n leitura: por meio das discusses sobre os valores morais, suscitadas pelo conteA do temtico do gnero, que possibilitam a explorao de capacidades de leitura mais complexas com questes que exigem anlise lingstica e apreciaes ticas e polticas sobre os textos em questo, como produtos de um tempo e de uma sociedade (anlise lingstico-discursiva); n escrita: articulada com as atividades de leitura que abordam as caractersticas A constitutivas da fbula, possvel contar com uma base de orientao para a produo de textos pelo aluno, ou seja, com as discusses feitas sobre como o fabulista constri o seu texto, que recursos usa, quais as finalidades do texto etc, o aluno pode construir uma referncia sobre o que necessrio, sobre o que preciso garantir em seu texto para produzir uma fbula.

Confabulando atravs dos tempos consideraes sobre o gneroNeste trabalho, optamos por abordar a fbula, enfatizando algumas questes de produo, que possibilitam um olhar renovado sobre o gnero, muito mais como um objeto esttico que pode ser apreciado pelo aluno, do que como um texto didtico-moralizante. Isto quer dizer que a fbula ser estudada por meio da observao de seus recursos expressivos, analisando como so construdos os efeitos de sentido e como eles podem ser percebidos por ns. Atualmente, podemos encontrar a fbula definida como uma narrativa concisa, escrita em prosa ou em verso, que predominantemente apresenta animais como personagens,

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podendo tambm ter outros seres, objetos inanimados ou homens em seu enredo, marcada pela presena implcita ou explcita de uma moral, um ensinamento ou uma crtica. Na histria da fbula, no ocidente, Esopo (sculo VI a.C) teria sido o maior divulgador do estilo panfleto poltico, instrumento de publicidade das normas sociais (do certo e do errado, do adequado e do inadequado na vida em sociedade). Um olhar mais esttico sobre o gnero comeou com a inovao introduzida por Fedro e radicalizada por La Fontaine que resgataram as fbulas de Esopo recriando-as em versos. Esta modificao exigiu a incorporao de elementos da potica aproximando a fbula da arte literria. Caio Jlio Fedro ou Gaius Julius Phaedrus: escritor latino que viveu de 15 a.C a 50. Recolheu, reescreveu e adaptou as fbulas atribudas a Esopo versificao latina. Jean de La Fontaine: viveu no sculo 17 (1621-1695). Resgatou as fbulas do grego Esopo (sculo VI a. C.) e do romano Fedro (sculo I d. C.). Considerado um dos mais importantes escritores da Frana conhecido por modernizar as fbulas o frescor da poesia, imprimindo-lhes ritmo e ironia. Este novo caminho da fbula provocou mudanas em sua forma composicional (de narrativa em prosa para narrativa em verso) alterou, necessariamente, o modo de dizer (o estilo os recursos expressivos utilizados) que, por sua vez, tambm provocou alteraes em seu contedo temtico (o que se pode dizer em uma fbula). Para os defensores da finalidade essencialmente didtica da fbula, esta modificao teria alterado a sua alma, descaracterizando o seu contedo em detrimento da forma. Ou seja, inovar na forma, teria provocado um deslocamento da ateno, da valorizao do contedo (didtico, moralizante) para a valorizao dos procedimentos artsticos na apresentao deste contedo: passou-se a investir mais na descrio das personagens e da prpria situao (uso de palavras que qualificam e, portanto, apresentam apreciaes de valor); a moral passou a ser entendida como parte constitutiva da fbula, tornando-se mais um recurso expressivo na produo do sentido desejado (humor, crtica, ironia...). A valorizao dos procedimentos artsticos acrescentou um valor esttico ao contedo didtico e revestiu a fbula de uma dupla finalidade: divulgar um ensinamento moral ou uma crtica e ser apreciada como um objeto esttico. Atualmente, podemos perceber o uso de recursos expressivos da poesia nas novas verses das fbulas em prosa de Esopo e nas tradues ou adaptaes das fbulas de La Fontaine (de versos para prosa). Passam a constituir estas novas verses recursos como: rima (mesmo em prosa); A uso de comparaes e metforas na descrio das personagens; O

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uso de paradoxos, antteses ou inverses de valores na construo da ironia O ou do humor, geralmente presente na construo de uma nova verso da moral que prope novos valores, considerando o contexto scio-histrico atual. Exemplos deste tipo podero ser observados especialmente nas fbulas mais contemporneas, como em A causa da Chuva, fbula de Millr Fernandes que pode ser conferida na atividade 2B. Em funo destas inovaes os tericos da fbula costumam dividir a sua histria em dois momentos histricos: antes e depois de La Fontaine. Neste trabalho, considerando o pblico a que se destina, o objetivo favorecer a prtica da leitura de fbulas, focando a ateno para as suas diferentes formas de apresentao e os diferentes sentidos construdos nas diferentes verses com as quais tero contato. Deste modo, as atividades aqui apresentadas focaro o carter esttico do gnero, priorizando a observao e anlise dos recursos lingsticos na construo do discurso da fbula. A seguir, apresentamos um quadro que visa sintetizar e sistematizar algumas caractersticas recorrentes deste gnero comentadas ao longo desta introduo , que marcam o seu contedo temtico (o que possvel ser dito em uma fbula), a sua forma composicional (como se organiza o texto) e o seu estilo (quais os recursos da lngua usados para se dizer). Cabe destacar que a separao destes elementos constitutivos do gnero tem finalidade didtica e, como j foi observado e ser confirmado pelas informaes no quadro, no possvel isol-los completamente visto que estes elementos interagem, dialogam entre em si e confluem para a construo do que chamamos de fbula.

CONTEDO TEMTICO

A fbula apresenta um contedo didtico-moralista que veicula valores ticos, polticos, religiosos ou sociais. Este contedo pode vir organizado de modo a enfocar o discurso moralista mais comum nas fbulas em prosa, clssicas ou pode assumir um valor mais esttico, com uma linguagem mais metafrica e a presena de descries mais apreciativas que investem na constituio mais potica das personagens e da ao narrativa. Neste caso, o desfecho , em geral, surpreendente, humorstico ou impactante.

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FORMA COMPOSICIONAL

Em prosa ou verso, as fbulas se organizam como uma narrativa concisa: h uma ao que se desenvolve por meio do estabelecimento de um conflito, em geral, de natureza competitiva ou exemplar. A ao da fbula, em geral, episdica, constitui-se como um episdio do cotidiano da vida das personagens. Da o tempo e o espao no serem, em geral, situados, a no ser que contribuam para o desenvolvimento da ao. A moral, nas fbulas mais clssicas, entendida como a sua essncia, aparece como o objetivo verdadeiro e final da fbula. Por esta razo, em geral, aparece explcita, evidente, no final do texto. J nas fbulas em versos, houve uma transgresso deste princpio: a moral passou a constituir-se como parte do procedimento artstico na construo da fbula, podendo no aparecer explicitada, aparecer incorporada na fala das personagens ou, ainda, como introduo da narrativa. A voz que fala ou canta (3 pessoa): tanto nas verses mais clssicas das fbulas em prosa de Esopo, quanto em verses mais atuais e em versos, a voz que conta ou canta assume, normalmente, a voz da sociedade. Da a narrao em 3 pessoa, que distancia, impessoaliza o narrador. Nas verses mais modernas (versos de La Fontaine ou prosas mais atuais) esta voz assume um carter mais individual e contestador de valores sociais ou comportamentos humanos: dialogam e contrapem-se voz autoritria e monoltica das fbulas clssicas. Ao assumir esta voz mais individual, com certa freqncia se coloca pessoalmente na fbula, fazendo o uso da 1 pessoa: ... que eu no estou falando seno a verdade. A escolha das personagens da fbula tem relao direta com o seu potencial de colaborao para o desenvolvimento da ao narrativa. Ou seja, os animais ou outros seres so escolhidos em funo de alguma caracterstica especfica (gil, lento, ligeiro, pesado, leve, belo, feio...), de algum trao, um certo carter da sua ao (manso, feroz, traioeiro, forte, frgil, desprotegido, perigoso, inofensivo...) que contribua para o estabelecimento de um conflito a partir do qual se desenvolva a histria. Cabe ressaltar que a preferncia pelo uso de animais e outros seres animados ou inanimados como personagens trazem um colorido narrativa porque ilustram, personificam caracteres, de modo que podem ser facilmente substitudos por seres humanos.

ESTILO

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Orientaes gerais sobre o uso do material 1. As atividades propostas so apenas uma referncia sobre o tipo de atividade que voc poder desenvolver no projeto, tendo em vista os objetivos propostos. Deve ficar ao seu critrio substituir os textos apresentados, reduzir ou complementar o trabalho sugerido nas etapas. Entretanto, chamamos a ateno para as discusses orais propostas: no as transformem em exerccios escritos de perguntas e respostas. preciso garantir um equilbrio entre atividades de registro escrito e discusses orais para diversificar as situaes didticas. 2. Ao longo das atividades so sugeridas fbulas acompanhadas de um quadro com Comentrios sobre a fbula com informaes sobre o texto, sempre que avaliamos necessrio. Certamente, as informaes que aparecem nos quadros deste tipo, ao longo deste material, so para seu conhecimento. Voc dever avaliar como elas podem contribuir para o seu papel de mediador durante as conversas sobre os textos, com os alunos. 3. Ateno! importante que os alunos registrem os momentos em que fazem atividades do projeto. Assim, sugerimos que sempre que fizer os registros coletivos na lousa ou solicitar registros individuais ou em grupo, voc coloque o ttulo do projeto e a data a cada atividade. Este registro objetiva o contato com a prtica de anotaes e snteses de discusses realizadas pelo grupo e no deve ser extenso, nem se constituir como foco do trabalho. 4. Sempre retome o cartaz que ser apresentado aos alunos com as etapas previstas para o projeto, de modo que possam conferir, ao longo do desenvolvimento do trabalho, o seu cumprimento ou no e as necessidades de mudanas no cronograma. 5. Sugerimos que antes de iniciar o projeto voc faa a leitura de toda a proposta para compreend-la melhor e para previamente refletir sobre possveis adaptaes necessrias ao contexto da sua sala de aula. Especial ateno merece a leitura da ltima atividade da Etapa 5 (Atividade 5D que orienta sobre o processo de avaliao. As questes l apresentadas, sugeridas tanto para os alunos quanto para voc podem ser objeto de reflexo durante todo o trabalho. Neste sentido, seria recomendvel que, quando possvel, durante o processo voc fizesse anotaes pessoais sobre o desenvolvimento das atividades junto aos alunos, para que outras adaptaes necessrias sejam feitas ao longo do trabalho.

o que se espera que os alunos aprendam:n Reconhecer as fbulas como um produto da cultura humana que influencia e influenciada pelos valores sociais, polticos, ticos e religiosos de um determinado tempo, na histria de uma determinada sociedade; n Fazer uso na leitura e na produo de fbulas dos recursos lingsticos- discursivos prprios do gnero; n Fazer uso de estratgias e capacidades de leitura para construir sentidos sobre as fbulas lidas. Isto envolve: J Fazer inferncias sobre informaes das fbulas considerando o contexto em que foram produzidas

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J Fazer apreciaes ticas e polticas sobre o contedo moralizante das fbulas J Comparar diferentes fbulas observando e relacionando os diferentes sentidos produzidos pelo uso dos recursos da linguagem; n Fazer uso de procedimentos de produo de texto na recriao oral ou escrita das fbulas. Isto envolve: J Apropriar-se de procedimentos da escrita, tais como o planejamento, a escrita e a reviso da fbula, tendo em vista critrios previamente discutidos; J Colocar em dilogo diferentes verses de fbulas para recri-las ou criar outras, a partir da anlise dos argumentos ou da moral previamente apresentados; n Fazer uso dos recursos lingsticos e estilsticos prprios da fbula, explorados durante a leitura e tambm durante a reviso coletiva de produes, para a produo de outras fbulas.

Produto final sugeridoO objetivo final do projeto a produo de um livro de fbulas mais contemporneas que dialoguem com as fbulas modernas e clssicas. Este livro ter como destino a biblioteca da escola. Para a sua divulgao, sugerimos que, alm do evento de lanamento com pais, professores e colegas, sejam planejadas leituras de fbulas em outras salas, durante e ao final do projeto (ver detalhamento desta proposta na etapa de finalizao do projeto).

oRGaNiZao GeRaL Do pRoJeTo CoNFaBULaNDo CoM FBULas...ETAPAS 1. Apresentao do projeto 2. Leitura e anlise dos recursos lingsticos e discursivos da fbula ATIVIDADES E MATERIAIS Atividade 1: apresentao do projeto Material: texto que ser lido pelo professor e cartaz previamente preparado com as etapas previstas para o projeto. Atividade 2A: fbula finalidades e contedo Material: cpia das fbulas para leitura Atividade 2B: moral das fbulas sentidos e finalidades Material: folha da atividade 2B. Atividade 2C: comparao de duas fbulas: em verso e em prosa Material: cpia das fbulas para leitura e caderno para registro Atividade 2D: leitura compartilhada de uma fbula Material: cpia da atividade 2D e caderno para registro. Atividade 2E: outras fbulas Material: folhas da atividade 2E Atividade 2F: anlise dos recursos expressivos na produo das fbulas Material: folhas com os textos e caderno do aluno para anotaes.

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3. Reescrita e reviso coletivas

Atividade 3A: ensaiando a produo oral Material: folha da atividade 3A e caderno do aluno. Atividade 3B: produo oral com destino escrito Material: lousa, quadro ou papel pardo para o professor registrar o texto e tabela de critrios para a reviso e avaliao da fbula.

4. Reescrita e reviso em duplas

Atividade 4A: escolha e reescrita da fbula Material: caderno dos alunos e tabela com critrios de avaliao e reviso (da atividade 3B) Atividade 4B: anlise de texto bem escrito Material: fbula selecionada pelo professor Atividade 4C: reviso coletiva do texto da dupla Material: texto a ser revisado, copiado na lousa ou em papel craft e tabela de critrios de reviso e avaliao. Atividade 4D: reviso do texto da dupla Material: caderno com textos produzidos pelas duplas e tabela de critrios de reviso e avaliao, apresentada na atividade 3B.

5. Finalizao e avaliao

Atividade 5A: preparao do texto para o livro Material: texto produzido pelas duplas, papel sulfite ou outro que considerar adequado, material de arte: tinta, lpis de cor etc. Atividade 5B: preparao do livro de fbulas Material: folha de sulfite e papel carto para preparao da capa. Atividade 5C: preparao da leitura para os eventos de lanamento e divulgao Material: a fbula produzida pela dupla Atividade 5D: avaliao do processo e auto-avaliao Material: cartaz com as etapas do projeto (apresentado na atividade 1