13. exercícios. · , o que corresponde a considerar x e z como variáveis livres, e y e w como...

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Prof. Isabel Matos & José Amaral ALGA A13 - 1 28-04-2009 13. Exercícios. DETERMINAR UMA BASE DE UM SUBESPAÇO. 13.1. Determinar uma base do subespaço de 4 { } 4 1 2 3 4 ( , , , ) ( ,,, ) : ( 2 0) ( 0) L xyzw x y z w x z = = + = = u u u u W Uma vez que qualquer conjunto de k vectores linearmente independentes pertencentes a W é uma base de W , sendo k a dimensão do subespaço, a solução particular encontrada depende do método utilizado na sua determinação. Dadas as restrições impostas, temos o sistemas de equações = = + 0 0 2 z x w z y x Fazendo + = + = z x w z x y 2 , o que corresponde a considerar x e z como variáveis livres, e y e w como variáveis principais, resulta que os vectores ) , , , ( w z y x = u pertencentes ao subespaço são da forma + = + = + + = = 1 1 2 0 1 0 1 1 2 0 0 2 z x z z z x x x z x z z x x w z y x u TÓPICOS Exercícios. AULA 13 • Note bem: a leitura destes apontamentos não dispensa de modo algum a leitura atenta da bibliografia principal da cadeira • Chama-se a atenção para a importância do trabalho pessoal a realizar pelo aluno resolvendo os problemas apresentados na bibliografia, sem consulta prévia das soluções propostas, análise comparativa entre as suas resposta e a respostas propostas, e posterior exposição junto do docente de todas as dúvidas associadas.

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Prof. Isabel Matos & José Amaral ALGA A13 - 1 28-04-2009

13. Exercícios.

DETERMINAR UMA BASE DE UM SUBESPAÇO.

13.1. Determinar uma base do subespaço de 4�

{ }4

1 2 3 4( , , , ) ( , , , ) : ( 2 0) ( 0)L x y z w x y z w x z= = ∈ − + = ∧ − − =u u u u �W

Uma vez que qualquer conjunto de k vectores linearmente independentes pertencentes a W é uma base de W , sendo k a dimensão do subespaço, a solução particular encontrada depende do método utilizado na sua determinação.

Dadas as restrições impostas, temos o sistemas de equações

=−−

=+−

0

02

zxw

zyx

Fazendo

+=

+=

zxw

zxy 2

, o que corresponde a considerar x e z como variáveis livres, e y e w como variáveis

principais, resulta que os vectores ),,,( wzyx=u pertencentes ao subespaço são da forma

+

=

+

=

+

+=

=

1

1

2

0

1

0

1

1

2

0

0

2zx

z

z

z

x

x

x

zx

z

zx

x

w

z

y

x

u

T Ó P I C O S

Exercícios.

AULA 13• Note bem: a leitura destes apontamentos não

dispensa de modo algum a leitura atenta da bibliografia principal da cadeira

• Chama-se a atenção para a importância do

trabalho pessoal a realizar pelo aluno resolvendo os problemas apresentados na bibliografia, sem

consulta prévia das soluções propostas, análise comparativa entre as suas resposta e a respostas

propostas, e posterior exposição junto do docente de todas as dúvidas associadas.

E X E R C Í C I O S A L G E B R A L I N E A R

Prof. José Amaral ALGA A13 - 2 28-04-2009

Ou seja, são uma combinação linear dos vectores )1,0,1,1(1=u e )1,1,2,0(

2=u .

Dado que 1

u e 2

u são linearmente independentes fica assim determinada uma base de W .

Se analisarmos formalmente o sistema

=−−

=+−

0

02

zxw

zyx

, ou seja, na forma matricial

=

−−

0

0

1101

0211

w

z

y

x

>> A=[1 -1 2 0;-1 0 -1 1];

>> B=[0 0]';

>> rref([A B])

ans =

1 0 1 -1 0

0 1 -1 -1 0

, concluímos que o sistema é possível e indeterminado, sendo x e y variáveis principais e z e w variáveis livres, as soluções do sistema são da forma

+=

−=

zwy

zwx

ou seja

+

=

+

=

+

=

=

1

0

1

1

1

0

1

1

0

0zw

z

z

z

w

w

w

w

z

zw

zw

w

z

y

x

u

são portanto uma combinação linear dos vectores )1,0,1,1(1=u e )1,0,1,1(

3−=u .

Dado que 1

u e 3

u são linearmente independentes, fica assim determinada uma outra base de W . Note-se que

23uu −= . O subespaço W tem dimensão 2 ; quaisquer 2

vectores linearmente independentes pertencentes W são uma base de W .

E X E R C Í C I O S A L G E B R A L I N E A R

Prof. José Amaral ALGA A13 - 3 28-04-2009

Figura 13.1

REPRESENTAR UM VECTOR EM BASES DIFERENTES.

13.2. Vimos num exemplo anterior que, em 2� , dadas a base canónica { }1 2

,= e eE e a

base { }1 2,= w wW , com

21123 eew += e

212eew −= , sendo conhecida a

representação de v na base W , 21

wwv += , podemos encontrar a representação de v na base E

[ ] [ ]EW vv →

, atendendo ao conceito de matriz de transição,

[ ] [ ]

[ ] [ ][ ][ ]

=

−=

=

=

1

4

1

1

12

13

21 WEE

WEWE

vww

vMv

pelo que

[ ]

21

21

4

1

4

ee

eev

+=

=

Caso fosse conhecida a representação de v na base E , 21

4 eev += , e se pretendesse encontrar a representação de v na base W

[ ] [ ]WE vv →

, deveríamos ter em atenção que

[ ] [ ]EEWW vMv1−

=

logo

[ ]

=

−=

−=

1

1

1

4

6.04.0

2.02.0

1

4

12

131

Wv

ou seja 21

wwv += .

E X E R C Í C I O S A L G E B R A L I N E A R

Prof. José Amaral ALGA A13 - 4 28-04-2009

Figura 13.2

13.3. Em 2� , consideremos a base canónica { }1 2

,= e eE , a base { }1 2,= u uU , com

2112eeu +−= e

2122 eeu −= , e o vector

214 eev += . Consideremos o problema de,

sendo conhecida a representação de v na base E , encontrar a representação de v na base U

[ ] [ ]UE vv →

Sendo conhecida a matriz de transição da base U para a base E

[ ] [ ][ ]

−=

=

12

21

21 EEEU uuM

, e dado que

1−= EUEU MM

temos

[ ] [ ]

=

=

−==

3

2

1

4

3132

3231

1

4

12

211

1

EEUUvMv

, ou seja, 21

32 uuv += .

13.4. Em 2� , consideremos a base { }1 2

,= u uU , com 211

2eeu +−= e 212

2 eeu −= , a

base { }1 2,= w wW , com

21123 eew += e

212eew −= , e

21wwv += . Pretendemos

encontrar a representação de v na base U

[ ] [ ]UW vv →

Com os dados do problema, é fácil determinar as matrizes de transição das base W e U para a base canónica

−=

−=

12

21

12

13

EU

EW

M

M

Pelo que, considerando a representação intermédia de v na base canónica

[ ] [ ] [ ]UEW vvv →→

, sendo

[ ] [ ]WEWE vMv =

e

[ ] [ ] [ ]EEUEUEU vMvMv

1−==

E X E R C Í C I O S A L G E B R A L I N E A R

Prof. José Amaral ALGA A13 - 5 28-04-2009

resulta

[ ] [ ]

=

−=

=

3

2

1

1

12

13

12

211

1

WEWEUU vMMv

, ou seja, 21

32 uuv += .

>> u1=[-1 2]';

>> u2=[2 -1]';

>> w1=[3 2]';

>> w2=[1 -1]';

>> Mwe=[w1 w2];

>> Mue=[u1 u2];

>> vw=[1 1]';

>> vu=inv(Mue)*Mwe*vw

vu =

2.0000

3.0000

** INDEPENDÊNCIA LINEAR EM ESPAÇOS DE FUNÇÕES.

13.5. Verificar se 2( ) 3p x x= pertence ao subespaço de 2

P gerado por 2( ) 1 2q x x x= − + e 2( ) 2 2r x x x= − + .

Trata-se de verificar se o vector ( )p x pertence ao espaço gerado pelos vectores ( )q x e ( )r x , ou seja, verificar se existem escalares

1k e

2k tais que

1 2( ) ( ) ( )p x k q x k r x= + .

Temos então

1 2

2 2 2

1 2

2 2

1 1 1 2 2 2

2

1 2 1 2 1 2

( ) ( ) ( )

3 (1 2 ) (2 2 )

2 2 2

( 2 ) ( 2 ) (2 )

p x k q x k r x

x k x x k x x

k k x k x k k x k x

k k k k x k k x

= +

= − + + − +

= − + + − +

= + + − − + +

, o que implica

1 2

1 2

1 2

0 2

0 2

3 2

k k

k k

k k

= +

= − − = +

, ou seja, na forma matricial

1

2

1 2 0

1 2 0

2 1 3

k

k

− − =

O sistema é possível e determinado

E X E R C Í C I O S A L G E B R A L I N E A R

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1 2 0 1 0 2

1 2 0 0 1 1

2 1 3 0 0 0

− − −

~

, sendo, portanto, 1

2k = e 2

1k = − . Ou seja, ( ) 2 ( ) 1 ( )p x q x r x= − .

13.6. Verificar se os vectores 1 , x

e , e 2xe são linearmente independentes.

Recorrendo ao Wronskiano dos vectores, temos

2

2 3 3 3

2

1

det 0 2 4 2 2

0 4

x x

x x x x x

x x

e e

e e e e e

e e

= − =

Dado que o determinante não é nulo para todo o x , os vectores são linearmente independentes.

** MUDANÇA DE BASE EM ESPAÇOS DE FUNÇÕES.

13.7. Escrever o vector 21 2x x+ − na base { }2 2

1 , ,1x x x x= + + +P .

Temos

2 2 2

1 2 3

2 2 2

1 1 2 2 3 3

2 2

1 3 1 2 2 3

(1 ) ( ) (1 ) 1 2

1 2

( ) ( ) ( ) 1 2

k x k x x k x x x

k k x k x k x k k x x x

k k k k x k k x x x

+ + + + + = + −

+ + + + + = + −

+ + + + + = + −

, o que implica

1 3

1 2

2 3

1

2

1

k k

k k

k k

+ =

+ =

+ = −

, ou seja, na forma matricial,

1

2

3

1 0 1 1

1 1 0 2

0 1 1 1

k

k

k

= −

e, dado que

1 0 1 1 1 0 0 2

1 1 0 2 0 1 0 0

0 1 1 1 0 0 1 1

− −

~

temos

2 2 21 2 2(1 ) 0( ) 1(1 )x x x x x x+ − = + + + − +

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13.8. À semelhança de n

� podemos analisar o problema anterior recorrendo ao conceito de matriz de mudança de base.

Considerando a base canónica de 2

P , { }21, ,x x=B , podemos escrever o vector

2( ) 1 2p x x x= + − na forma (1,2, 1)− B , isto é, explicitando apenas as coordenadas do vector na base canónica. Por outro lado, dado que conhecemos as coordenadas dos

vectores da base { }2 21 , ,1x x x x= + + +P na base canónica,

{ }(1,1,0) ,(0,1,1) ,(1,0,1)= B B BP , a escrita da matriz de mudança da base P para a

base B , MPB, é imediata, dado ser a matriz cujas colunas correspondem às

coordenadas dos vectores i

p na base B

[ ] [ ] [ ]1 2 3

1 0 1

1 1 0

0 1 1

M p p p =

=

PB B B B

Resulta então

[ ] [ ]

[ ]1

1

( ) ( )

( )

1 0 1 1

1 1 0 2

0 1 1 1

1 1 1 11

1 1 1 22

1 1 1 1

2

0

1

p x M p x

M p x−

=

=

= −

− = − − −

= −

BPP B

PB B

, tal como tínhamos calculado no exemplo anterior.

MISCELÂNEA.

13.9. Para cada um dos conjuntos seguintes, averigue se são subespaços dos espaços vectoriais reais indicados.

a) { }2 2( , ) : 2 3x y x y= ∈ − = ⊂� �A

b) { }4 4( , , , ) : 2 0 2 2 0x y z w x y z x z w= ∈ − − = ∧ + − = ⊂� �B

a) A não é um subespaço de 2� . Basta verificar que (0,0) não pertence ao conjunto,

dado que não verifica a condição, 2 0 0 0 3× − = ≠ .

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O conjunto de pontos 2( , ) : 2 3x y x y∈ − =� constitui uma recta que não passa na origem. Qualquer recta que não passe na origem não constitui um subespaço vectorial de 2

� .

b) Dadas as restrições impostas, temos o sistemas de equações

2 0

2 2 0

x y z

x z w

− − =

+ − =

Fazendo

2

1 2

y x z

w x z

= −

= +

, o que corresponde a considerar x e z como variáveis livres, e y e w como variáveis

principais, resulta que os vectores ),,,( wzyx=u pertencentes ao, eventual, subespaço são da forma

0 1 0

2 2 1 2

0 0 1

1 2 1 2 1 1 2

x x x

y x z x zx z

z z z

w x z x z

− − − = = = + = +

+

u

Ou seja, constituem o subespaço resultante da combinação linear dos vectores de 4� ,

)1,0,1,1(1=u e

2(0, 2,1,1 2)= −u . B é um subespaço de 4

� de dimensão 2, constituindo

1u e

2u uma sua base.

13.10. Considere o subespaço de 4� definido por

{ }4( , , , ) : 0x y z w x y z w= ∈ − − − =�W

e o conjunto [ ] [ ] [ ]{ }1 0 1 1 , 1 0 2 0 , 1 0 0 1T T T

= − −B de vectores de 4� , e

seja ainda ( )L= BG o subespaço gerado por B .

a) Determine uma base e a dimensão de W .

b) Construa uma base de 4� que contenha a base de W que indicou em a).

c) Diga, justificando, se os vectores [ ]2 0 3 1T

= −u e [ ]1 1 1 0T

=v

pertencem a W e, em caso afirmativo, determine as suas coordenadas em relação à base de W que indicou na alínea anterior.

d) Porque razão não pode ser B uma base de 4� .

e) Justifique se é B linearmente independente.

f) Indique uma base e a dimensão de G e caracterize os vectores de G por meio de uma condição nas suas coordenadas.

g) Determine o subespaço = ∩H G W , indicando uma base e a dimensão de H .

h) Será ∪G W um subespaço de 4� ? Justifique a resposta.

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a) Uma vez que qualquer conjunto de k vectores linearmente independentes pertencentes a W é uma base de W , sendo k a dimensão do subespaço, a solução particular encontrada depende do método utilizado na sua determinação.

Dado que apenas é imposta uma restrição podemos escolher quaisquer das 3 variáveis para variáveis livres. Por exemplo, fazendo:

0x y z w

x y z w

− − − =

= + +

, ou seja, escolhendo x como variável principal, resulta que os vectores ),,,( wzyx=u pertencentes ao subespaço são da forma

1 1 1

0 0 1 0 0

0 0 0 1 0

0 0 0 0 1

x y z w y z w

y y yy z w

z z z

w w w

+ + = = = + + = + +

u

Ou seja, são uma combinação linear dos vectores 1

(1,1,0,0)=u , 2

(1,0,1,0)=u e

3(1,0, 0,1)=u . Dado que

1u ,

2u e

3u são linearmente independentes,

1 1 0 0 1 1 0 0

1 0 1 0 0 1 1 0

1 0 0 1 0 0 0 1

~

, fica assim determinada uma base de W que é portanto um subespaço de 4� de

dimensão 3.

b) Basta juntar a 1

u , 2

u e 3

u um vector da base canónica de 4� que seja

linearmente independente destes 3. Por exemplo, 4

(0,0,1,0)=u , é, como se pode ver por observação da matriz escalonada acima, que não tem pivot na 3a coluna, linearmente independente de

1u ,

2u e

3u , constituindo assim os 4 vectores uma base

de 4� .

c) Se os vectores [ ]2 0 3 1T

= −u e [ ]1 1 1 0T

=v pertencem a W podem

ser escritos como combinação linear de uma sua base. Sendo a base constituída pelos vectores

1(1,1,0,0)=u ,

2(1,0,1,0)=u e

3(1,0, 0,1)=u , temos

1 2 3

2 1 1 1

0 1 0 0

3 0 1 0

1 0 0 1

1 1 1

1 0 0

0 1 0

0 0 1

x y z

x y z

x

y

z

= + +

= + + −

=

u u u u

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Escalonando a matriz completa do sistema, temos:

1 1 1 2 1 0 0 0

1 0 0 0 0 1 0 3

0 1 0 3 0 0 1 1

0 0 1 1 0 0 0 0

�~ ~

O sistema é possível e determinado tendo como solução 0x = , 3y = e 1z = − .

Portanto [ ]2 0 3 1T

= −u pertencem a W , 1 2 3 2 3

0 3 1 3= + − = −u u u u u u , ou

seja, [ ]0 3 1T

= −uU.

Procedendo de modo semelhante, temos para [ ]1 1 1 0T

=v

1 2 3

1 1 1 1

1 1 0 0

1 0 1 0

0 0 0 1

x y z

x

y

z

= + +

=

v u u u

Escalonando a matriz completa do sistema, temos:

1 1 1 1 1 0 0 0

1 0 0 1 0 1 0 0

0 1 0 1 0 0 1 0

0 0 1 0 0 0 0 1

�~ ~

O sistema é impossível, pelo que ∉v W .

d) B não pode ser uma base de 4� dado que toda a base de 4

� é constituída por 4 vectores e B é constituído apenas por 3 vectores.

e) Dispondo os vectores de B sobre as linhas de uma matriz e procedendo ao seu escalonamento, temos:

1 0 1 1 1 0 1 1

1 0 2 0 0 0 1 2

1 0 0 1 0 0 0 5

− − =

A �~ ~

, pelo que B é linear independente.

f) Sendo os 3 vectores de B linearmente independentes constituem uma base do espaço G por eles gerado que tem, portanto, dimensão 3. Podemos assim escolher

para base de G os vectores [ ]1 1 0 1 1= − −u , [ ]2 1 0 2 0T

=u e

[ ]3 1 0 0 1T

=u .

Para caracterizar mais facilmente os vectores de G por meio de uma condição nas suas coordenadas, podemos continuar o escalonamento da matriz A

E X E R C Í C I O S A L G E B R A L I N E A R

Prof. José Amaral ALGA A13 - 11 28-04-2009

1 0 1 1 1 0 0 0

1 0 2 0 0 0 1 0

1 0 0 1 0 0 0 1

− =

A �~ ~

Assim, os vectores ( , , , )x y z w= ∈u G são tais que

1

1 2 3

2

3

1 0 0

00 0 0 0

0 1 0

0 0 1

kx x

yk k k

kz z

kw w

= = + + = =

u

Ficando assim determinada a condição:

{ }4( , , , ) : 0x y z w y= ∈ =�G

Nota: O método de resolução acima é equivalente ao utilizado na aula 12. Teríamos:

1 1 1 1 1 1

0 0 0 0 3 1

1 2 0 0 0 5 2 3

1 0 1 0 0 0

x x

y x z

z x z w

w y

+ − − + −

�~ ~

Para que o sistema seja possível, ou seja, qualquer vector de G seja uma combinação linear de

321,, uuu , deverá ser 0y = , a mesma condição obtida acima.

g) O subespaço = ∩H G W , tendo que verificar simultaneamente as condições a que cada um dos dois subespaço obedece é

{ }4( , , , ) : 0 0x y z w x y z w y= ∈ − − + = ∧ =�H

Temos então que todos os vectores ),,,( wzyx=u pertencentes ao subespaço são da forma

1 1

0 0 0 0 0 0

0 1 0

0 0 1

x y z w z w z w

yz w

z z z z

w w w w

+ + + = = = = + = +

u

Ou seja, são uma combinação linear dos vectores 1

(1, 0,1,0)=u e 2

(1,0, 0,1)=u . Dado que

1u ,

2u e

3u são linearmente independentes, fica assim determinada uma

base de H que é portanto um subespaço de 4� de dimensão 2.

h) ∪G W só seria um subespaço de 4� se ⊂G W ou ⊃G W , o que, como

podemos concluir dos resultados obtidos na alínea g), não se verifica. Assim sendo, o espaço resultante da reunião não é fechado relativamente à adição vectorial, como podemos comprovar facilmente. Por exemplo,

1(3,1,1,1)= ∈u W , dado que

x y z w= + + , 2

(1,0,2,2)= ∈u G , dado que 0y = , e portanto 1 2, ∈ ∪u u G W ,

mas 1 2

(4,1,3,3)+ = ∉ ∪u u G W , dado que não verifica nenhuma das condições.

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13.11. Seja W um espaço vectorial real e { }1 2 3, ,= u u uB uma base de W . Diga,

justificando, se cada uma dos conjuntos seguintes gera W .

a) { }1 2 3 2 3 1 32 3 , ,= + − − −u u u u u u uC

b) { }1 2 1 2 3 1 2 32 3 , 2 ,= − − + + −u u u u u u u uD

a) W é um espaço de dimensão 3. C , constituído por 3 vectores,

1 1 2 32 3= + −c u u u ,

2 2 3= −c u u e

3 1 3= −c u u , poderá gerar W , se os 3 vectores

forem linearmente independentes, e, se assim for, por serem em número igual à dimensão do espaço,

1c ,

2c e

3c para além de gerar W constituem uma sua base.

Temos:

[ ]

[ ]

[ ]

1 1 2 3

2 2 3

3 1 3

2 3 1 2 3

0 1 1

1 0 1

T

T

T

= + − = −

= − = −

= − = −

c u u u

c u u

c u u

B

B

B

Para verificar se os vectores são linearmente independentes basta dispo-los sobre as linhas de uma matiz e escaloná-la

1 2 3 1 2 3 1 2 3

0 1 1 0 1 1 0 1 1

1 0 1 0 2 2 0 0 0

− − − = − − − − −

A ~ ~

Os vectores 1c ,

2c e

3c não são linearmente independentes,

3 1 22= −c c c , logo não

geram W .

b) Procedendo de modo semelhante a a), temos

[ ]

[ ]

[ ]

1 1 2

2 1 2 3

3 1 2 3

2 3 2 3 0

2 1 2 1

1 1 1

T

T

T

= − = −

= − + = −

= + − = −

c u u

c u u u

c u u u

B

B

B

2 3 0 1 2 1 1 2 1 1 2 1

1 2 1 2 3 0 0 1 2 0 1 2

1 1 1 1 1 1 0 3 2 0 0 4

− − − − = − − − − − − −

A ~ ~ ~

Neste caso os vectores 1c ,

2c e

3c são linearmente independentes, logo geram W

constituindo uma sua base.

O enunciado dá-nos os vectores c escritos na base B . Constituindo C uma base de W é imediato escrever a matriz de mudança de base da base C para a base B :

[ ] [ ]

[ ] [ ]

2 1 1

3 2 1

0 1 1

M=

= − − −

v v

v v

C BB C

B C

Por exemplo, o vector 1c escrito na base C é

[ ]1 1 3 31 03 0 1 0 0

T= + + =c c c c

C

, resultando na base B

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[ ] [ ]

2 2 1 1 1

3 3 2 1 0

0 0 1 1 0

M=

− = − − −

v vC BB C

B C

, ou seja, 1 1 2

2 3= −c u u .

13.12. Sejam 1

u , 2

u , 3

u e 4

u vectores de um espaço vectorial real W tais que

1 1 2 1 2 3 4 1 2 32 3 ( , , )L≠ ∧ − = ∧ − − − = ∧ ∉u o u u o u u u o u u u u

Indique, justificando, uma base e a dimensão do subespaço 1 2 3 4

( , , , )L= ⊂u u u uG W gerado pelos quatro vectores.

O vector 2

u é linearmente dependente do vector 1

u :

2 1

1

2=u u

, tal como o vector 3

u :

3 1 2 1 1 1

3 53

2 2= − − = − − = −u u u u u u

Todos eles geram o mesmo espaço, um espaço de dimensão 1. Dado que

4 1 2 3( , , )L∉u u u u , logo é linearmente independente de

1u , então

1 2 3 4 1 4( , , , ) ( , )L L= =u u u u u uG , ou seja,

1u e

4u constituem uma base de G que é

um espaço de dimensão 2.

13.13. Considere o subespaço de 3� definido por

{ }3( , , ) : 2 0x y z x y z= ∈ − + + =�W

e o conjunto [ ] [ ]{ }2 0 4 , 1 0 2T T

= − −B de vectores de 3� , e seja ainda

( )L= BG o subespaço gerado por B .

a) Determine uma base e a dimensão de W .

b) Diga, justificando, se os vectores [ ]3 2 4T

=u e [ ]1 1 4T

= −v

pertencem a W e, em caso afirmativo, determine as suas coordenadas em relação à base de W que indicou na alínea anterior.

c) Construa uma base de 3� que contenha a base de W que indicou em a).

d) Indique uma base e a dimensão de G e caracterize os vectores de G por meio de uma condição nas suas coordenadas.

e) Será ∪G W um subespaço de 3� ? Justifique a resposta.

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a) Uma vez que qualquer conjunto de k vectores linearmente independentes pertencentes a W é uma base de W , sendo k a dimensão do subespaço, a solução particular encontrada depende do método utilizado na sua determinação.

Dado que apenas é imposta uma restrição podemos escolher quaisquer das 3 variáveis para variáveis livres. Por exemplo, fazendo:

2 0

2

x y z

y x z

− + + =

= −

, ou seja, escolhendo y como variável principal, resulta que os vectores ( , , )x y z=u pertencentes ao subespaço são da forma

0 1 0

2 2 2 1

0 0 1

x x x

y x z x z x z

z z z

= = − = + − = + −

u

Ou seja, são uma combinação linear dos vectores 1

(1,2,0)=u , 2

(0, 1,1)= −u . Dado que

1u e

2u são linearmente independentes,

1 2 0

0 1 1

, fica assim determinada uma base de W que é portanto um subespaço de 3� de

dimensão 2.

b) Se os vectores [ ]3 2 4T

=u e [ ]1 1 4T

= −v pertencem a W podem ser

escritos como combinação linear de uma sua base. Sendo a base constituída pelos vectores

1(1,2,0)=u ,

2(1, 1,1)= −u , temos

1 2

3 1 0

2 2 1

4 0 1

1 0

2 1

0 1

x y

x y

x

y

= +

= + −

= −

u u u

Escalonando a matriz completa do sistema, temos:

1 0 3 1 0 3

2 1 2 0 1 4

0 1 4 0 0 0

�~ ~

O sistema é possível e determinado tendo como solução 3x = e 4y = . Portanto

[ ]3 2 4T

=u pertence a W , 1 2

3 4= +u u u , ou seja, [ ]3 4T

=uU

.

Procedendo de modo semelhante, temos para [ ]1 1 4T

= −v

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1 2

1 1 0

1 2 1

4 0 1

x y

x

y

= +

− = −

v u u

Escalonando a matriz completa do sistema, temos:

1 0 1 1 0 1

2 1 1 0 1 3

0 1 4 0 0 1

− − − −

�~ ~

O sistema é impossível, pelo que ∉v W .

c) Basta juntar a 1

u e 2

u um vector da base canónica de 3� que seja linearmente

independente destes 2. Por exemplo, 3

(0, 0,1)=u , é, como se pode ver por observação da matriz

1 2 0

0 1 1

acima, que não tem pivot na 3a coluna, linearmente independente de 1

u e 2

u ,

constituindo assim os 3 vectores uma base de 3� .

d) Dispondo os vectores de B sobre as linhas de uma matriz e procedendo ao seu escalonamento, temos:

2 0 4 1 0 2

1 0 2 0 0 0

= − −

A �~ ~

, pelo que B não é linear independente. O vector 4

(1,0,2)=u constitui uma base do espaço G por eles gerado que tem, portanto, dimensão 1.

Vamos agora caracterizar os vectores de G por meio de uma condição nas suas coordenadas. Temos que os vectores ( , , )x y z= ∈u G são tais que

1

0 0 0

2 2 2

x k x

y k

z k x

= = = =

u

Ficando assim determinadas as condições:

{ }3( , , ) : 0 2x y z y z x= ∈ = ∧ =�G

h) ∪G W só será um subespaço de 3� se ⊂G W ou ⊃G W . Sendo

{ }3( , , ) : 2 0x y z x y z= ∈ − + + =�W

{ }3( , , ) : 0 2x y z y z x= ∈ = ∧ =�G

temos que, para 0y = , a condição 2 0x y z− + + = resulta em 2 0 2x z z x− + = ⇔ = , ou seja, ⊂G W . Assim sendo, ∪G W é um subespaço de 3

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13.14. Em 3� , considere as bases { }

321,, uuu=U , com

1 1=u e ,

2 2 3= +u e e e

3 1 2= +u e e e { }

321,, www=W , com

1 1 22= − +w e e ,

2 2 3= −w e e e

3 1 32 2= −w e e .

Sendo 1 2 3

4 4= − + −v w w w determine a representação de v na base U .

Pretendemos encontrar a representação de v na base U

[ ] [ ]UW vv →

Com os dados do problema, é fácil determinar as matrizes de transição das bases W e U para a base canónica. Sendo

1 1 22= − +w e e ,

2 2 3= −w e e e

3 1 32 2= −w e e

temos

1 0 2

2 1 0

0 1 2

M

− = − −

W E

Sendo 1 1=u e ,

2 2 3= +u e e e

3 1 2= +u e e temos

1 0 1

0 1 1

0 1 0

M

=

U E

Pelo que, considerando a representação intermédia de v na base canónica

[ ] [ ] [ ]UEW vvv →→

, sendo

[ ] [ ]WEWE vMv =

e

[ ] [ ] [ ]EEUEUEU vMvMv

1−==

resulta

[ ] [ ]1v M M v

= U E W EU W

, ou ainda, multiplicando à esquerda por M U E ,

[ ] [ ]

[ ]

1 0 1 1 0 2 4 2

0 1 1 2 1 0 4 4

0 1 0 0 1 2 1 2

M v M v

v

=

− − = = − − − − −

U E W EU W

U

Escalonando a matriz completa do sistema, resulta

1 0 1 2 1 0 0 4

0 1 1 4 0 1 0 2

0 1 0 2 0 0 1 2

− − − −

�~ ~

Pelo que

[ ] [ ] 1 2 34 2 2 4 2 2

Tv = − − = − −u u u

U U