12879300025603
TRANSCRIPT
1
1
NORMA MB 3336 (1990)
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
MECÂNICA DOS SOLOS EXPERIMENTAL
OBJETIVO
Prescreve o método de determinação das propriedades de adensamento do solo, caracterizadas pela velocidade e magnitude das deformações, quando o solo é lateralmente confinado e axialmente carregado e drenado.
2
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
NORMA MB 3336/1990
IMPORTÂNCIA PARA A ENGENHARIA
Previsão de recalques: - quanto recalcará?
- em quanto tempo?
2
3
CÉLULA EDOMÉTRICA OU DE ADENSAMENTO
4
ADENSAMENTO UNIDIMENSIONALSITUAÇÃO EM CAMPO
Coletar amostras
(Shelby)
3
5
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS EM GRÁFICO
Escala natural Escala logarítmica
(mais comum)
6
APARELHAGEM
Sistema de aplicação de carga (prensa de adensamento);Célula de adensamento;• Anel de adensamento• Pedras porosas;
Talhador;Balança;Extensômetro (relógio comparador);CronômetroTermômetro;Equipamentos diversos, incluindo paquímetro, buretagraduada, espátulas, facas, serras de fio metálico e régua metálica biselada.
4
7
ENSAIO DE ADENSAMENTO: Execução do Ensaio
AMOSTRAS• Indeformadas;
Coletadas na forma de blocos;Coletadas em tubos amostradores de paredes finas (tubos Shelby).
PREPARAÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA• Cuidados com perda de umidade das amostras• ∆w ≤ 0,2% (sala com umidade relativa elevada)
EXECUÇÃO DO ENSAIO• T ≤ ±4ºC (não haja incidência direta dos raios solares)
8
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
DETERMINAÇÕES PRELIMINARESMassa (com resolução de 0,1g);Diâmetro interno do anel (com resolução de 0,01mm);Altura do anel (com resolução de 0,01mm);Massa específica dos grãos do solo (MB-28).
TEOR DE UMIDADE INICIALDeterminado de acordo com norma MB-27
MASSA ESPECÍFICA APARENTE ÚMIDA INICIAL
Mt=corpo-de-prova+anel (resolução de 0,1g)M=Mt-Manel
γhi =M/V
5
9
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
PEDRAS POROSAS
As pedras porosas devem ser preparadas antes da montagem, para evitar mudanças no teor de umidade do corpo-de-prova;
Devem ser previamente fervidas e mantidas imersas em água destilada até o instante de entrar em contato com o corpo-de-prova.
PAPEL FILTRO
Os papéis-filtro devem ser preparados antes da montagem, para evitar mudanças no teor de umidade do corpo-de-prova;
10
PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DO ENSAIO
Colocação da célula de adensamento no sistema de aplicação das cargas;
Instalação do extensômetro;
Aplicação de uma tensão de assentamento de 5kPa para solos resistentes ou 2kPa para solos moles;
Zeragem do extensômetro após 5 min;
Aplicação do primeiro estágio de carga (tensão): completar a tensão para 10kPa;
6
11
PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DO ENSAIO
Inundar a célula de adensamento logo após a aplicação da tensão de 10kPa. Eventual tendência à expansão do corpo-de-prova deve ser evitada, através do aumento gradativo de tensão, limitado à tensão vertical do campo;
Fazer leituras no extensômetro da altura ou variação da altura do corpo-de-prova, com resolução de 0,01mm, imediatamente antes do carregamento (correspondente ao tempo zero);
A seguir, ler o extensômetro nos intervalos de tempo de 1/8min, 1/4min, 1/2min, 1min, 2min, 4min, 8min, 15min, 30min, 1h, 2h, 4h, 8h e 24h;
Extensômetro
12
PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DO ENSAIO
Terminado um estágio de carga, passar para outros estágios: 20kPa, 40kPa, 80kPa, 160kPa, 320kPa, etc;
A duração de cada estágio de tensão deve ser aproximadamente a mesma ao longo de todo o ensaio;
Completadas as leituras correspondentes ao máximo carregamento empregado, efetuar o descarregamento do corpo-de-prova em estágios, fazendo-se as leituras necessárias, de forma análoga aos estágios de carregamento;
O descarregamento deve ocorrer em, no mínimo, três estágios.
7
13
PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DO ENSAIO
Após ter-se atingido no descarregamento a tensão de 10kPa e verificada a estabilização da altura do corpo-de-prova, descarregar totalmente o corpo-de-prova e imediatamente retirar da célula de adensamento o anel com o corpo-de-prova;
Proceder ao enxugamento das superfícies expostas do corpo-de-prova com papel absorvente, determinar a sua massa com resolução de 0,1g;
Tomar porções do material para determinar o teor de umidade final, de acordo com a MB-27.
14
DETERMINAÇÃO DE DADOS AUXILIARES
MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA INICIAL
i
hisi h+
=100
.100 γγ
Sendo:
γsi = massa específica aparente seca inicial, em g/cm3;
γhi = massa específica aparente úmida inicial, em g/cm3;
hi = teor de umidade inicial, em %.
M = massa do corpo de prova
V = volume do corpo de prova
VM
hi =γonde
8
15
DETERMINAÇÃO DE DADOS AUXILIARES
ÍNDICE DE VAZIOS INICIAL , eo
1−=si
oe γδ
Sendo:
eo = índice de vazios inicial;
δ = massa específica dos grãos, em g/cm3;
γsi = massa específica aparente seca inicial, em g/cm3.
16
DETERMINAÇÃO DE DADOS AUXILIARES
GRAU DE SATURAÇÃO INICIAL
wo
ii e
hSγδ
..
=
Sendo:
Si = grau de saturação inicial, em %;
hi = teor de umidade inicial, em %.
δ = massa específica dos grãos, em g/cm3;
eo = índice de vazios inicial;
γw = massa específica da água, em g/cm3 (considerar igual a 1,00g/cm3).
9
17
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
ALTURA DOS SÓLIDOS DO CORPO DE PROVA
o
is e
HH+
=1
Sendo:
Hs = altura dos sólidos, em cm;
Hi = altura inicial do corpo-de-prova, em cm;
eo = índice de vazios inicial.
18
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE VAZIOS COM A TENSÃO VERTICAL EFETIVA
SwweS δδ .e .. o =⇒=
Se o solo estiver saturado: δ.e o w=⇒
1..1e −=−=−=
−==
AHAH
VV
VV
VV
VVV
VV
sss
s
ss
s
s
v
o
o
s
eHpara
HH
+=⇒
−=⇒
1H e
1e
so
w = teor de umidade do solo
10
19
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
ÍNDICE DE VAZIOS FINAL DE CADA ESTÁGIO
1−=s
f HHe
Onde:
ef = índice de vazios no final do estágio de tensão;
H = altura do corpo-de-prova ao final do estágio, em cm;
Hs = altura dos sólidos, em cm.
20
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
GRAU DE SATURAÇÃO FINAL DO CORPO-DE-PROVA
wf
ff e
hS
γδ
..
=
Sendo:
Sf = grau de saturação final, em %;
hf = teor de umidade final, em %;
δ = massa específica dos grãos, em g/cm3;
ef = índice de vazios final do último estágio de descarregamento;
γw = massa específica da água, em g/cm3 (considerar igual a 1,00g/cm3).
11
21
Ocorrência do recalque com o tempo,
O que poderá ocorrer por vários anos?
tempo
reca
lque
O que é adensamento?
22
Em solos granulares…
A drenagem é instantânea, não é adensamento.
time
sett
lem
ent
12
23
Durante o adensamento…
Devido à sobrecarga q aplicado na superfície, NT,
GL
saturated clay
q kPa
A
As tensões e poro-pressões são aumentadas em A.
∆σ
∆u
∆σ’
..e, elas variamcom o tempo.
24
∆σ permanece cte. (=q) durante adensamento.
GL
saturated clay
q kPa
A
∆σ
∆u
∆σ’
∆u diminui (devido à drenagem)
∆σ
∆u
∆σ’
q
transferindo a carga da água para o solo.enquanto ∆σ’ aumenta,
Durante o adensamento…
13
25
DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS IMPORTANTES O
ADENSAMENTO
Cv: Coeficiente de adensamento vertical – Método de Casagrande
Cv: Coeficiente de adensamento vertical – Método de Taylor
σ´a: Tensão de pré-adensamento – Método de Casagrande
σ´a: Tensão de pré-adensamento – Método de Pacheco Silva
26
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE
ADENSAMENTO VERTICAL
Cv: Coeficiente de adensamento vertical – Método de Casagrande
14
27
Gráfico e – log σv’
log σv’
e
Carregamento
σv’ aumenta &
e diminui
descarregamento
σv’ diminui &
e aumenta (expansão)
FORMA DO GRÁFICO – RESULTADO TÍPICO
28
Índices de Compressão e recompressão
log σv’
e
1
Cc
Cc ~ índice de compressibilidade
Cr ~ índice de recompressão
1Cr
1Cr
15
29
Linha Virgem de Adensamento
log σv’
void
rat
io
Curva (reta) virgem
σa’σvo’
eo
eo, σvo’
original state
Overconsolidation ratio (OCR)
log σv’
void
rat
io
Curva virgem
σa’σvo’
eo
estadooriginal
Field
σvo’''
vo
aOCRσσ
=
(Razão de pré-adensamento)
16
31
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
FORMA DO GRÁFICO – RESULTADO TÍPICO
32
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
Coeficiente de adensamento vertical, Cv. Método de Casagrande.
Curva do ensaio:
Cada estágio
altura do CP x tempo
17
33
AMPLIANDO O GRÁFICO
U = 50% ⇒ T50 = 0,197
50
250
250
50..tHTc
HtcT d
vd
v =⇒=
¼ minuto
34
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE
ADENSAMENTO VERTICAL
Cv: Coeficiente de adensamento vertical – Método de Taylor
18
35
SOLO-ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
1,15 X
Coeficiente de adensamento vertical, Cv. Método de Taylor.
36
U = 90% ⇒ T90 = 0,848
90
290
290
90..tHTc
HtcT d
vd
v =⇒=
19
37
DETERMINAÇÃO DA TENSÃO DE PRÉ-ADENSAMENTO
σ´a: Tensão de pré-adensamento – Método de Casagrande
σ´a: Tensão de pré-adensamento – Método de Pacheco Silva
38
CURVA TÍPICA: e x tensão vertical efetiva
Tensão vertical (kPa)
(e)
(Carregamento)
(Descarregamento)
20
39
MÉTODO DE CASAGRANDE
σa’
40
DETERMINAÇÃO DA TENSÃO DE PRÉ-ADENSAMENTO
σ´a: Tensão de pré-adensamento – Método de Pacheco Silva
21
41
MÉTODO DE PACHECO SILVA
σa’
42
AMOSTRAGEM PARA O ENSAIO
Tubos de parede fina tipo Shelby – para argilas moles e médias
Amostras Indeformadas
22
Coleta de amostras de argila mole
Amostras indeformadasamostradores de parede fina(e.g. shelby tube)
Argila
mole
Furo Consolidation, triaxial tests in labConsolidation, triaxial tests in lab
44SIVA
Qualdade da amostra
Para ensaios triaxiais e de adensamento
sampling tube
soil (%) 100..
....2
22
×−
=DI
DIDOAR
area ratioarea ratio
AR<10%AR<10%
Boa qualidade: requisitos
Mais grossa a parede = maior perturbação
Muito cuidado no transporte e manuseio.
23
45
AMOSTRAGEM PARA O ENSAIO
Bloco – Solos não-saturados (Argilas expansivas, solos colapsíveis)
Amostras Indeformadas
Blocos de 25cm ou 30 cm de lado
46
QUALIDADE DA AMOSTRA(Perturbada ou de boa qualidade???)
Resultado com amostra de boa qualidade
eσ'VF
Vmσ'
CC
CS
1 10 100 1000 10000
Tensão Vertical (kPa)
0.6
1.1
1.6
2.1
2.6
Índi
ce d
e V
azio
s (e)
V0σ' VFσ'
e0e
Amostra de Boa Qualidade
σ'V0
0
'0' 1 e
eeVO
VO +
−= σ
σε
24
47
QUALIDADE DA AMOSTRA(Perturbada ou de boa qualidade???)
Resultado com amostra de má qualidade
48
FIM!