11 de julho sÃo bento de nÓrcia -...

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Nossa senhora de mil nomes 11 de Julho SÃO BENTO DE NÓRCIA PÁG. 9 ARTIGO Pág. 3 Paróquia revive os dez anos da Conferência do Episcopado em Aparecida ACONTECEU Pág. 5 Audiência: é mais fácil ser santo do que delinquente Pág. 7 VATICANO ANO V • EDIÇÃO 77•JULHO 2017 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO • RIO DAS OSTRAS Dizimo– “Festa da partilha sem obrigação” Pág. 6 FESTA Dízimo é Partilha Centenário de Nascimento de Dom Clemente José Carlos Isnard, OSB Pág. 11 FESTA Dom Clemente nasceu no Rio de Janeiro em 8 de julho de 1917 e pertencia à Ordem de São Bento (monge beneditino). Recebeu a ordenação presbiteral em dezembro de 1942.

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Nossa senhora de mil nomes

11 de Julho

SÃO BENTO DE NÓRCIA

PÁG. 9

ARTIGO

Pág. 3

Paróquia revive os dez anos da Conferência do Episcopado em Aparecida

ACONTECEU

Pág. 5

Audiência: é mais fácil ser santo do que delinquente

Pág. 7

VATICANO

ANO V • EDIÇÃO 77•JULHO 2017PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO • RIO DAS OSTRAS

Dizimo– “Festa da partilha sem obrigação” Pág. 6

FESTA

Dízimo é PartilhaCentenário de Nascimento de Dom Clemente José Carlos Isnard, OSB

Pág. 11

FESTA

Dom Clemente nasceu no Rio de Janeiro em 8 de julho de 1917 e pertencia à Ordem de São Bento (monge beneditino). Recebeu a ordenação presbiteral em dezembro de 1942.

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Realização: Pastoral da ComunicaçãoImpressão: A Tribuna

Diagramação: Gilismar CorreaTiragem: 3.000 exemplaresCirculação: Rio das Ostras

Periodicidade: Mensal

Colunistas: Dom Edney Gouvêa Mattoso

Leonardo Teixeira RamosGabriel SousaEx

pediente

Paróquia Nossa Senhora da Conceição CNPJ: 28.600.559/0036-00Rodovia Amaral Peixoto, 4565 - Centro - Rio das Ostras - RJ

Tel.: (22) [email protected]

Chegamos ao segundo semestre do ano de

2017! Até aqui, vivemos um ano intenso na políti-

ca, na economia, na religião, na vida comunitária,

na liturgia...

Conquistas e dificuldades, trevas e luzes. A

nossa história é repleta de momentos altos e bai-

xos.

Felizmente, este ano ainda tem mais um se-

mestre para que possamos fazer juntos a experi-

ência de fé para continuar escrevendo nossa his-

tória com boas notícias.

Nessa experiência do Ressuscitado e do Espí-

rito que nos fortalece, caminharemos juntos neste

mês de julho. Alimentados pelo ensinamento de

nossos pastores e pelas colaborações de nossos

colunistas, seguiremos neste novo tempo. Ao fa-

zer a memória dos acontecimentos do mês pas-

sado, valorizamos nossa história, bendizendo ao

Senhor por tudo o que nos proporcionou.

O mês de julho, para alguns, representa tam-

bém uma oportunidade para parar um pouco.

Para nossas crianças e estudantes é tempo de fé-

rias.

Seja qual for o seu momento: trabalho ou des-

canso, sigamos juntos, em frente. Bendizendo a

Deus que é Bendito!

Ainda podemos dizer e realizar um feliz 2017!

Boa leitura!

Editorial POESIA NO ANO

MARIANOMARIA, MÃE DA GRAÇA

Somos teus filhos, MariaVirgem do Pai, predileta

Fala meu Deus nos profetasDe ti nascerá o Salvador

Ó,Mãe dos membros de CristoCom o teu canto me oferto

Sou do Senhor simples servoFaça-se em mim seu amor

Sacrário do Espírito SantoMedianeira do AmorAuxílio és dos cristãosA ti rendemos louvor

Somos Igreja peregrinaQue marcha pra junto de Deus

A ti, ó Mãe , me consagroÓ porta do Reino dos Céus!

Quero ofertar minha vidaInteiramente meu serComo fizeste , MariaDa Graça o alvorecer

Sacrário do Espírito SantoMedianeira do Amor

Gera em nós o teu FilhoO Verbo transformador

Pe Luiz Cláudio Azevedo de MendonçaAssessor Eclesiástico Diocesano da Pastoral da

Comunicação e FamiliarTeólogo , Membro da Academia Friburguense

de Letras

Irmãos e irmãs, às portas da celebração do Centenário de nascimento do nosso querido Dom Clemente Isnard, que foi o pai e fundador desta Diocese, quero humildemente apresentar uma canção gestada no coração e que se propõe a faz-er memória deste pastor que desbravou como um missionário a nossa diocese nos anos 60 e que por 33 anos foi um pastor zeloso, amigo e seguidor fiel do Senhor.

Em breve será disponibilizada a gravação.

Seguindo-te como pastor(Canção em memória do centenário de nasci-

mento de Dom Clemente Isnard, OSB1º bispo da Diocese de Nova Friburgo-RJ).

Letra e Música: Leonardo RamosArranjos: Celio Viana e Eduardo Rodrigues

Seguindo-te como pastorClemente viveu por amorNova diocese encontrou

Friburgo, teu bispo chegou.

- Jovem... escolhido pelo SenhorMonge... teu caminho desconcertou

E como bispo enviadoTu respondeste ao chamado.

- Foram... 33 anos de missão,Simples... um pastor, pai , amigo, irmão

Um missionário desbravadorNa vinha do Senhor.

- Hoje... recordamos tua memóriaTeu... centenário, tua históriaRendemos graças ao Criador

Por tão Clemente pastor.

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O nome de uma pes-soa tem certa im-

portância por fazer parte de sua identi-dade, é bom quan-do somos chamados pelo nosso nome, nos sentimos bem e acolhidos.

A jovem de Na-zaré, escolhida para ser mãe do Messias recebe um nome. Costumo dizer que

Nossa Senhora de mil nomes

no evangelho da anunciação ela re-cebe três nomes, a saber, um é dado pela sociedade: Ma-ria, por este ela era conhecida pelos fa-miliares e vizinhos; outro nome foi dado pelo anjo que a visi-ta: Cheia de Graça, este, foi o nome que o céu lhe deu; o ou-tro nome ela mesma se deu: Serva do Se-nhor. Além destes

muitos outros no-mes foram surgindo, dados pela Igreja e também pela devo-ção do povo.

Sobre a origem do nome de Maria não há unanimidade por parte dos teólogos e pesquisadores. Há uma possibilidade de que seja de ori-gem hebraica, outra, de que seja de ori-gem egípcia. Se for de origem hebraica, significa Senhora; se egípcia, traz como significado, Amada de Deus.

Na bíblia a Virgem Maria ganha muitos nomes. No evange-lho de Lucas, onde fala da anunciação, fica claro o nome social, o nome dado pelo céu e o que ela mesma se dá. “Um anjo foi enviado a uma jovem de Naza-ré chamada Maria”. Nesse mesmo texto está em destaque o nome que o anjo lhe dá: Cheia de gra-ça. Após a visita do anjo, Maria respon-de: Eis aqui a serva do Senhor, este, é outro nome que ela mesma se dá.

O evangelista Ma-teus cita o nome da Virgem por cinco ve-zes; Marcos, apenas

uma vez; Lucas, que é tido como o evan-gelista mariano, o que mais fala sobre Nossa Senhora, cita seu nome por doze vezes; João não a chama pelo nome social, prefere cha-ma-la de: mãe de Je-sus ou de sua mãe. Fora dos evange-lhos, o nome da Vir-gem aparece apenas uma vez, isso, no livro dos Atos dos Apóstolos quando faz referência a sua presença na comuni-dade, quando o Es-pírito Santo se mani-festa entre todos.

Não nos custa lembrar que quan-do Maria visita sua prima Isabel, esta, a chama de bendita entre as mulheres e mãe do meu senhor. Como percebe, mui-tos nomes lhe foram dados, mas todos nos faz entender que ela não era uma mu-lher qualquer, e sim, a mãe do Salvador.

Vinte séculos se passaram, e a Mãe de Deus ainda hoje continua ganhando muito nomes, já se falam em mais de mil títulos, e todos eles vão se caracte-rizando como nomes para a Virgem.

Estes títulos fa-zem alusão a vida de Maria e a sua missão. Quanto ao que tange sua missão, destaca-mos: Mãe de Deus, Mãe da Igreja, Mãe do Salvador, Nos-sa Senhora e tantos outros. Outros exal-tam suas qualida-des: Mãe Santíssima, Mãe Admirável, Mãe de Misericórdia. Ou-

tros ainda nos fazem recordar fatos de sua peregrinação terre-na, ou seja, de sua vida: Rainha Conce-bida Sem Pecados, Senhora da Visita-ção, Senhora das Do-res, da Glória… Não podemos nos esque-cer daqueles nomes que nos faz lembra-la como aquela que intercede por nós: Nossa Senhora Au-xiliadora, Nossa Se-nhora do Perpétuo Socorro, e tantos ou-tros que nos faz vol-tar ao acontecimen-to do casamento em Caná, que nos apre-senta a Virgem como a intercessora.

Os muitos nomes que ela recebeu e continua recebendo, manifestam a fé da Igreja e a criativida-de da piedade popu-lar de nossa gente. Para muitos ela con-tinua sendo invoca-da, venerada, bendi-ta com um nome que

resume todos os já citados: Mãe. E este, tenho certeza que soa como uma doce cantiga aos ouvidos da Mãe de Deus, e é com este que prefe-rimos chama-la.

Nossa Senhora de muitos nomes, rogai por nós!

Pe. Valdivino Gui-marães, CSsR

Diretor da Acade-mia Marial de Apa-recida

4 Aconteceu!!!

Capela Santo Amaro

Celebração Eucarística - Pe. Alexandre Guidio

Corpus Christ

Batismo

Missa com as Crianças - Coral Infantil

Show de Talentos - Pastoral dos Coroinhas

Celebração da Vida - Pastoral da Criança

Comunidade São João Batista - 1o. Dia

do Tríduo

Batismo

Encontro Paroquial das Pastorais

Vigília de Pentecostes

Batismo

Foto Vera Faray

5Aconteceu!!!

BatismoCapela Santo Amaro

Comunidade Nossa Senhora Aparecida

Formação: Ofício Divinodas Comunidades

Aconteceu nos dias 24 e 25 de junho, na matriz da Paróquia N. Sra. da Conceição, uma riquíssima formação sobre o OFÍCIO DIVINO DAS COMU-NIDADES. Tivemos o privilégio de ouvir a Irmã Penha Carpanedo sobre as origens e a riqueza des-sa oração feita de salmos, cânticos bíblicos, hinos, leituras bíblicas e preces de louvor e intercessão. Oração que une fé e vida cotidiana, dimensão pes-soal e comunitária, ação de graças, louvor e lamen-to, escuta e prece, vinculada às horas do dia, sobre-tudo ao amanhecer e ao entardecer. Foi realmente um tempo de aprendizado e amadurecimento da nossa fé. Graças a Deus!

Cleia Santos

Kairos do Sagrado Coração de JesusNo último domingo, aconteceu na Capela de

Santo Amaro, no bairro Nova Esperança, o Kairos do Sagrado Coração de Jesus. O evento contou com muito louvor, adoração ao Santissimo Sacra-mento e com a Santa Missa, celebrada pelo nossso pároco pe. Tonny

Por: Vitor FabianoFoto: Marcos Oliveira

Paroquia revive os dez anos da Conferência do Episcopado em Aparecida

No dia 26 de julho, mais de 90 paroquianos de di-versos movimento e pastorais participaram da memó-ria dos 10 anos da Conferência do Episcopado Latino Americano e do Caribe, que ocorreu entre os dias 13 e 31 de maio de 2007 em Aparecida, com a participação do então Papa Bento XVI.

O Padre Alexandre Albuquerque, pároco de Rio das Ostras por 10 anos hoje atua na paróquia de Nova Friburgo além de ser o coordenador diocesano de pastorais assessorou o evento. Com o objetivo de retomar o documento de Aparecida, e reviver aquele momento, partilhando com os membros da comuni-dade e levando os fiéis a refletir sobre sua importância e incentivar a continuação da missão, transmitindo a todos o conhecimento e a fé.

O Documento de Aparecida, que recoloca a Igre-ja no Concilio Vaticano II, pode ser adquirido pelos membros das pastorais para que este estudo continue em pequenos grupos.

Para os católicos que compareceram, foi também a oportunidade de reencontrar com o Padre Alexan-dre, que foi recebido com muita alegria. Pároco, muito querido por todos, principalmente por sua atuação pastoral faz questão de manter-se sempre próximo da comunidade e levar a elas as experiências pastorais.

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Agenda ParoquialJulho

01 - SábadoMês dedicado à Dimensão do Dízimo Encontro Diocesano do Apostolado da Ora-ção - ItaocaraRetiro da Juventude - Setor Nova Cidade Início do recesso da catequese paroquial02 – DomingoMissa de abertura do Governo Itinerante do Vicariato Litoral (Dom Edney) – 19h – Nos-sa. Sra. de Fátima – MacaéRetiro da Juventude - Setor Nova CidadeAlmoço Beneficente - Comunidade Santa Rita de Cássia – 12h - Matriz06 – Quinta-FeiraCCC – 19h – Comunidade São Francisco e Santa Clara 07 – Sexta-FeiraReunião do Apostolado da Oração 08 – SábadoMissa do Centenário de Nascimento de Dom Clemente Isnard, OSB – 16h - Catedral DiocesanaFesta Julina do Setor Nova Cidade – 19h30m – Com. Nossa Senhora AparecidaEncontro Vicarial de MECES - Paróquia Nossa Senhora da Glória – 14h – MacaéMódulo Básico 03 – RCC – Macaé09 – DomingoPiquenique - Pastoral dos coroinhasAlmoço Beneficente - Pastoral Litúrgica - MatrizMódulo Básico 03 – RCC - Macaé

11 – Terça-Feira Dia de São Bento – Missa - Com. Santo Amaro14 – Sexta-FeiraInício do Retiro dos Diáconos Permanentes - Duas Barras15 – SábadoFormação dos Ministros da Esperança - 14hEncontro de Casais - Pastoral Familiar16 – Domingo87º Aniversário da Proclamação de Nsa Sra Aparecida como Rainha do Brasil 10h - Com. Nsa. Sra. AparecidaEncontro de Casais - Pastoral FamiliarCongresso vicarial da RCC20 – Quinta-Feira CPP – 19h – Matriz22 – SábadoAssembleia Paroquial23 – Domingo Assembleia Paroquial26 – Quarta-FeiraDia de Sant’Ana e São Joaquim - Jantar dan-çante - Pastoral da Terceira Idade27 – Quinta-FeiraCPS (Conselho Pastoral dos Setores)29 – SábadoEncontro Diocesano do Terço dos Homens - Paróquia Nossa. Sra. da Piedade – Cordeiro30 – DomingoReunião Geral da Catequese – 8h - Com. São Francisco /Sta. Clara

02 DE JULHO - EVANGELHO - MT 16, 13-19

09 DE JULHO - EVANGELHO - MT 11, 25-30

16 DE JULHO - EVANGELHO - MT 13, 1-9

23 DE JULHO - EVANGELHO - MT 13, 24-43

30 DE JULHO - EVANGELHO - MT 13, 44-52

Por: Alessandro BarbosaTeólogo e Pós Graduando em Mariologia

DIZIMO – “FESTA DA PARTILHA SEM OBRIGAÇÃO”O que é realmente o dí-

zimo? Que diferença isso faz na minha vida? Ser dizimista pra que?

Ainda hoje, muitos de nós nos questionamos em relação ao dízimo, pois esse ainda é um assunto muito pouco trabalhado pastoralmente na maioria das nossas igrejas.

Ao longo deste pe-queno texto, vou tentar iluminar algumas ques-tões a cerca deste assun-to tão rico e importante para nós cristãos.

O dízimo é uma con-tribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada um assume a sustentação da Igreja por meio de seu compromisso de fé, pois está relacionado com a experiência de Deus. O dízimo exprime a per-tença efetiva à Igreja vivi-da em uma comunidade concreta. Manifesta a amizade que circula entre os membros da comuni-dade.

Diferencia-se do cum-primento de uma lei, por provir de uma decisão pessoal. É compromisso moral.

A principal fundamen-tação do dízimo encontra-se na Sagrada Escritura e a decisão de contribuir com o dízimo nasce de um coração agradecido por ter encontrado o Deus da vida e experimentado a beleza de sua presença amorosa no dia a dia.

Deus é o Senhor de tudo, o proprietário da terra de onde provém o alimento e a fonte de toda bênção (Lv 25,23; Sl 24,1).

Bem sabemos que as primeiras comunidades cristãs tinham uma carac-terística muito forte da ex-

periência da partilha, pois o que cada um possuía era posto a serviço dos outros. Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. (cf At. 2,44-47). Conseguiam compre-ender esse sentido e assim, a partilha se dava através da livre decisão: “a parti-lha não era imposta pelos apóstolos, mas expressão natural do amor a Cristo e aos irmãos” (CNBB Doc. 100 n. 84).

São Paulo ensina que cada fiel deve dar “como dispôs em seu coração” pois “Deus ama a quem dá com alegria” (2Cor 9,7). O cristão é chamado a contribuir pela cons-ciência que tem de ser servo de Cristo (1Cor 7,22) e por saber que ele não pertence a si mesmo (1Cor 6,19). Este percur-so bíblico leva a perceber que a consciência do dí-zimo parte do reconheci-mento a Deus e da grati-dão a ele. Assim, tanto a décima parte – prescrita no Antigo Testamento -, como a partilha dos bens – praticada pelas primei-ras comunidades cristãs -, são formas diferentes da mesma atitude que brota da fé.

O dízimo possui quatro importantes dimensões, a saber:

Dimensão religiosa: a vivência da fé e pertença a uma comunidade eclesial. Tem a ver com a relação do cristão com Deus; Di-mensão eclesial: a consci-ência de ser membro da Igreja e corresponsável, para que a comunidade disponha do necessário para a realização do culto

divino e para o desenvol-vimento de sua missão; Dimensão missionária: permite a partilha de re-cursos entre as paróquias de uma Diocese e entre dioceses, manifestando a comunhão que há entre elas (Igrejas-irmãs). Di-mensão caritativa: “é uma dimensão constitutiva da missão da Igreja e expres-são irrenunciável da sua própria essência”.

Portanto, podemos concluir que quando par-ticipamos conscientemen-te de nossa comunidade compreendemos que nossa participação não se reduz à frequência nas celebrações. Pelo batismo nos tornamos discípulos missionários de Jesus. Isso implica em darmos continuidade ao seu pro-jeto salvífico, anunciando a Boa Nova aos povos. (Mt 28,18-20). Em nossa paróquia, a realização da missão é organizada atra-vés de pastorais, isso para que possamos alinhar e adequar a Boa Nova às diferentes faixas etárias, situações socioculturais, etc. Por exemplo: para que a Palavra de Deus chegue às crianças temos a catequese e outros me-canismos que se dedicam a aprimorar e evangelizar nossos pequenos. O mes-mo ocorre com os casais, com os jovens e assim por diante.

Se você já é dizimista, parabéns! Pois você já conseguiu desenvolver uma consciência frater-na em relação a Deus e a Igreja. Mas se por outro lado, você ainda não é di-zimista, procure o plan-tão do dízimo da sua comunidade e faça parte desta grande família.

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Dom Edney Gouvêa Mattoso

Aprendei de Jesus!

Caros amigos, o cora-ção humano de Cristo, unido substancialmente ao Verbo de Deus, que é bendito com o Pai e o Es-pírito Santo pelos séculos sem fim, tornou-se para nós exemplo inigualável e refúgio seguro. Esta é a relação que devemos ter com o Senhor Jesus, ver-dadeiro Deus e verdadei-ro homem.

Há uma passagem evangélica que resume bem esta relação de dis-cipulado e confiança fiel: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou man-so e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30).

Nosso Senhor nos en-sina com estas palavras que confiar em Seu Co-ração é uma necessidade para todos, mas que tam-bém inclui tomar sobre si Seu “jugo suave e leve”. Ou seja, não é uma atitu-de passiva, mas ativa em muitas obras, pois se Ele é nosso Mestre e Modelo, também devemos imitar a Sua vida cheia de atos de amor incondicional pelo Pai Celeste e pelos homens, Seus irmãos.

Confiança e seguran-ça são valores em crise no atual cenário de nosso país. Do dia para noite um povo que, aparente-mente, não se interessava por política passou a co-nhecer o nome e o papel de cada um dos agentes

dos poderes constituí-dos e a opinar sobre suas ações e decisões. Pode-mos dizer que há muito tempo também estão em crise as atitudes de par-ticipação democrática. Entretanto, não acredito que nosso povo tenha feito um curso intensivo em política tão rápido e seja capaz de fugir de todas as manobras que grandes partidos podem fazer para tirar proveito da atual situação de inse-gurança.

A maioria das pesso-as recebe informações da mídia, que, infelizmente, não é isenta de equívocos na apreciação dos fatos. Podem aparecer vozes de comando aqui e ali apresentando-se mais ou menos sensatas sobre o caminho a ser trilhado. Nestes tempos de per-plexidade, creio profun-damente que é necessá-rio olhar para o Coração de Jesus e perceber que enquanto cada um de nós não for inflamado pela caridade divina, não assumirmos humil-demente nossa carga e não estivermos atentos às reais necessidades dos mais pobres, apoiados no cuidado providente de Deus, os governos vão se suceder, mas não haverá mudança real.

Cobremos de todos honestidade, lisura, res-ponsabilidade, respeito e trabalho. Mas não deixe-mos de carregar também este jugo, guiados pelo nosso Mestre Jesus.

Dom Edney Gouvêa Mattoso, Bispo Diocesa-no de Nova Friburgo

Audiência: é mais fácil ser santo do que delinquente

O s santos, t e s t e m u -nhas e com-p a n h e i r o s

de esperança: este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral des-ta quarta-feira (21/06), na Praça S. Pedro.

Na penúltima au-diência antes da pau-sa de verão, havia na Praça cerca de 15 mil fiéis, entre os quais grupos das dioceses de Bom Jesus do Gur-gueia (PI), Jundiaí, São Carlos e Santo An-dré.

A essa multidão, o Pontífice recordou os momentos na vida cristã em que invoca-mos a intercessão dos santos: durante o Ba-tismo, o Matrimônio e a ordenação sacerdo-tal.

O Cristianismo cul-tiva uma incurável confiança: não acredi-

ta que as forças nega-tivas e desagregadoras possam prevalecer. “A última palavra na his-tória do homem não é o ódio, não é a morte, não é a guerra”, disse o Papa. Em cada mo-mento da vida cris-tã, nos assiste a mão de Deus e também a discreta presença de todos os fiéis que nos precederam. Antes de tudo, a existência dos santos nos diz que a vida cristã não é um ideal inalcançável. E nos conforta: não es-tamos sós, a Igreja é feita de inúmeros ir-mãos, com frequência anônimos, que nos precederam e que, por ação do Espírito San-to, estão envolvidos nos acontecimentos de quem ainda vive aqui. Os esposos sabem que precisam da gra-ça de Deus e da ajuda dos santos para dizer

“para sempre”. “Não é como alguns dizem, ‘até que o amor dure’. Para sempre ou nada. Do contrário, é melhor não se casar”, disse o Papa.

No momentos difí-ceis, acrescentou Fran-cisco, é preciso ter a coragem de elevar os olhos ao céu, pensan-do nos muitos cristãos que passaram por atri-bulações. Deus jamais nos abandona: toda vez que precisarmos, virá um anjo para nos consolar. “Anjos” al-gumas vezes com um rosto e um coração hu-manos, porque os san-tos de Deus estão sem-pre aqui, escondidos no meio de nós. “Isso é difícil de entender e imaginar. Mas os san-tos estão presentes na nossa vida”, destacou Francisco, que con-cluiu:

“Que o Senhor nos

doe a esperança de sermos santos. É o grande presente que cada um de nós pode dar ao mundo. Al-guém poderá me per-guntar: mas é possível ser santo na vida de todos os dias? Ser san-to não significa rezar o tempo todo, mas fa-zer o seu dever. Rezar, trabalhar, cuidar dos filhos, mas fazer tudo com o coração aber-to a Deus. Assim nos tornaremos santos. É possível. Não é difícil. É mais fácil ser santo do que delinquente. É possível porque o Se-nhor nos ajuda.”

Que o Senhor nos dê a graça de acredi-tar tão profundamen-te Nele, a ponto de nos tornar imagem de Cristo para este mun-do. “Que o Senhor doe a vocês e a mim tam-bém a esperança de sermos santos.”

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11 DE JULHOSÃO BENTO DE NÓRCIA

Recebemos da tradição cris-tã o relato de que Bento vi-

veu entre os anos de 480 e 547. Nasceu na cida-de de Núrsia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e Santa da Igreja.

Era ainda muito jo-vem quando foi envia-do a Roma para apren-der retórica e filosofia. No entanto, decepcio-nado com a vida mun-dana e superficial da cidade eterna, retirou-se para uma vida ascé-tica e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianis-mo.

Ainda não satisfeito, isolou-se numa gruta do Monte Subiaco. As-sim viveu por três anos, na oração e na penitên-cia, estudando muito. Depois, se agregou aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disci-plina exigida por Bento era tão rígida, que estes monges indolentes ten-

taram envenená-lo. Bento abandonou

então o convento e no sopé do Monte Cassino construiu o seu primei-ro mosteiro. O símbolo e emblema que esco-lheu foram “ora e la-bora” (reza e trabalha) e a cruz e o arado pas-saram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.

Deste modo, se es-tabelecia o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio do corpo, da alma e do espírito, para manter o homem em comunhão com Deus. Ainda registrou que o monge deve ser: “não soberbo, não violento, não comilão, não dor-minhoco, não pregui-çoso, não detrator, não murmurador”.

Este monge propôs um novo modelo de ho-mem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para la-vrar a terra. Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, São Bento foi de-clarado patrono princi-

pal de toda a Europa, pelo Papa Paulo VI em 1964.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

REFLEXÃO Bento, modelo de santo, foge da tentação para levar uma vida de atenção à presença de Deus. Através de um esque-ma equilibrado de vida e oração, chegou ao ponto de se aproximar da glória de Deus. Seu lema “ora et labora” (“reza e trabalha”) não perdeu, ainda hoje, a sua importância e efi-cácia como desafio e modelo de santidade perfeita.

ORAÇÃO Glorioso São Bento, conhecido por vossa santidade e sabedoria, amparai os eremitas que hoje vi-vem à procura de uma íntima comunhão com Deus. Dai-lhes força em seus combates espi-rituais e a graça de per-severarem até o fim, no caminho da santidade. Por Cristo Nosso Se-nhor. Amém.

Fonte: http://www.a12.com

Cantinho da Comunidade de NossaSenhora de Lourdes

Batizado da Gabriela

Corpus Christi

Nossa equipe montando o tapete de sal na quarta-feira (14/06)

ANIVERSARIANTES

JUNHO 11 - ANA LÚCIA12 - DEZINHA14 - MARCUS GONÇALVES21 - FATIMA FREIRE26 - JANICE

JULHO10 - REGINA10 - MARTA ALMEIDA19 - ROSE

Segundas-feiraLegião de Maria - 15:30 hs

Terças-feiraCírculo Biblíco - 15:00 hsnas casas da área da Comunidade

Quintas-feiraTerço dos Homens - 19:00 hs

SábadoMissa - - (2º Sábado)16:00 hsCelebração da Palavra - 16:00 hs (1º, 3º e 4º Sáb)

Atividades da Capela

Rua Teresópolis - Boca da Barra(próximo as peixarias)

Aberta para visita e orações deQuarta a Sexta

a parr das 15:00 hs às 17:30 hs

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1 - Eduardo Antonio Corazza 1 - Ivone dos Santos Silva1 - Maria de Lourdes Belo Pereira2 - Pierre Jacob Bom2 - Maria Angela Mello Espíndola4 - Suelen Machado de Carvalho Menezes5 - Ana Lucia Porto Batista5 - Geane da Silva Gonçalves5 - Joelson Vinicius Horato do Carmo5 - Priscila da Silva Brandfão 5 - Rozangila Gomes da Silva 5 - Vanessa de O. Cou-tinho5 - Vera Lucia Goudart 6 - Carlos Augusto Alves Gomes6 - Damiane Soares Ferraz6 - João Victor Cruz Mateus6 - Severina Arruda Ribeiro7 - Doralice de Souza Jardim7 - Marcelo Benites7 - Nadir Antunes dos Santos7 - Nilton Bastos Mo-raes8 - Beatriz Cerqueira Klein Lopes8 - Iolanda de Castro Celestino dos Santos9 - Dorothéa Rayminda Barreto9 - Rozalva Maria Oli-veira Macedo9 - Welika Moura Silva10 - Bianca Ferreira Nunes10 - Marta Soriana 10 - Regiane Machado Melo11 - Alex Cruz Mateus11 - Angela Raquel Piccolo

11 - Maria de Fatima dos Santos Inacio11 - Rosilda de Farias Lima11 - Sandra de Oliveira Lima11 - Thais Pinho Sil-veira12 - Carlos Eduardo David Lavra12 - Heraldo Leonardo12 - João Lucio de Carvalho12 - Kim George B. Carvalho12 - Kim George Barbo-sa Carvalho 12 - Luzia de Oliveira13 - Alda Luiza Sche-neider 13 - João Henrique Shuabbe 13 - Jonathan Fernan-des Gaspar13 - Warley Legorio Antunes14 - Rozilane Mançano14 - Sonia Guimarães dos Santos15 - Manoel Henrique do Amaral16 - José do Carmo Luiz17 - Aparecida de Aguiar Monteiro Martins17 - Juliana Virginio de Morais18 - Cezar Henrique Beltrão18 - Maria Antonia da Silva18 - Maria Verônica Figueiredo Barbosa19 - Maria de Fátima Viana20 - Luís Claudio de Souza Peçanha20 - Manoel Durão Cerqueira20 - Tatiana Felipe Alzemana21 - Biana Glória San-tana21 - Martha Augusta Corrêa

22 - Olendino Nunes Ventura22 - Roberto Paschoal dos Santos22 - Sebastião Cardozo Fonseca23 - Mônica Tavares Pacheco24 - Ana Maria Rodri-gues dos Santos24 - Carmem Cesar de Souza24 - Josiene Aparecido Toledo 25 - Deleon Marciano Ferreira26 - Reginaldo Santana da Conceição27 - Adriana Lucia Marcelo da Silva27 - Aldete dos Anjos silva27 - Bruno Laimar Ramos27 - Dalva Gomes Amaral27 - Joannah Moreira de Oliveira27 - Marcio Jose Salga-do27 - Regina Lopes Machado28 - Andreia Cristina Azevedo Costa28 - Andréa Cristina Azevedo Costa28 - Francimar Muniz Araujo Siqueira28 - Jaci Pedroso de Oliveira28 - Julio César Gomes Parente29 - Eliane Dias Fiquei-redo Chagas29 - Nardelle Florencio da Silva Ferreira29 - Valdacir Freitas Monteiro30 - Fracilda Granja Cerqueira Carneiro30 - Iracieda Granja Cerqueira Carneiro30 - Leidivaldo Ra-mos Monteiro 30 - Tereza Sanglard Schuab

Aniversariantes DO MÊSEntre as coisas mais

belas e aconchegantes da Sociedade de São Vicente de Paulo está a simplicidade. Perce-be-se claramente que há entre os membros vicentinos um laço forte de amizade, bem como uma mis-são comum a todos, no desenvolvimento de suas atividades a serviço dos pobres marginalizados e des-providos de qualquer esperança de vida melhor. O ideal do vicentino é ajudar a aliviar o sofrimento desse irmão, somen-te por amor, sem es-perar recompensa ou vantagem. Nas reu-

niões semanais, onde o assunto principal é o irmão carente, não há lugar de hon-ra a ser ocupado por ninguém, todos são iguais perante a so-ciedade. Um visitan-te não vicentino, que participa destas reu-niões se encanta em ver que não há trata-mento diferenciado para qualquer pessoa, seja ela empresário, advogado, dona de casa, mecânico ou simplesmente um aposentado. Todos, sem exceção, são tra-tados simplesmente vicentino irmão.

O missionário vi-centino não pode jul-

gar um pobre pelo seu comportamento. Onde há pobreza e desajustes, onde há irmãos necessitados de pão, de roupa, de fé e dignidade há também um vicentino tentando levar o so-corro. A aproximação de um confrade e/ou consocia com o pobre é, segundo a espiri-tualidade vicentina, o contato com Cristo na pessoa do irmão carente de tudo.

No dia de Corpus Christi, nós vicenti-nos tivemos a per-missão de Deus para poder desenhar o ros-to de nosso patrono SÃO VICENTE

Cantinho dos Vicentinos

Julho

A Simplicidade Vicentina

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Por: César Moretti Pós-graduado emAdministração de Empresas

Dinheiro: solução ou problema?

Olá queridas e queridos paroquianos! Hoje trago esta reflexão, pois muitos de nós acreditamos que o dinheiro é a solução para todos os problemas. Dedicamos muitos dias e anos de nossas vidas buscando o acúmu-lo de riquezas materiais, nos esquecendo do que realmente é importante, aquilo que de-vemos trazer e manter no nosso íntimo.

Mas, existem situações difíceis de serem resolvidas, que exigem diversos recursos, inclusive financeiros. As soluções impõem sobre nós esforços como: análises, atitudes e sacrifícios.

Uma das alternativas é o aumento da ren-da, através de atividades extras. Podemos dedicar mais horas à laboração, fazendo horas extras, criando jornadas duplas e até triplas de trabalho. Temos que lembrar que isto pode desenvolver doenças, devido ao desgaste físico, mental e emocional; também pode desgastar relacionamentos de formas irreversíveis, já que a dedicação de muito tempo ao trabalho priva do convívio familiar e com entes queridos, que muitas vezes pre-cisam de nós e vice-versa.

Outra opção de se conseguir dinheiro em situações emergenciais, ou não, é o emprés-timo. Que no primeiro momento pode ser a forma menos trabalhosa, mas pode ficar mais custosa. Outro risco é quando o empréstimo tem avalista, ou é feito em nome de terceiro, através do “empréstimo do nome”, para se ter uma aprovação de crédito mais facilitada ou com taxas menos onerosas.

Muito cuidado na hora de decidir qual a melhor saída para um problema. Normal-mente, a primeira ideia não é a melhor. A solução mais fácil pode ser a mais custosa, por isso, devemos pensar bastante nas alter-nativas, nos riscos, nos possíveis responsabi-lizados e prejudicados com nossas escolhas.

Para obtermos o necessário ou desejado dinheiro, seja através do trabalho ou con-traindo dívidas, façamos sempre as três per-guntas do nosso primeiro texto da coluna “Afinal de Contas”: QUERO, POSSO, NE-CESSITO? Assim, teremos mais chances de acertar.

Abraço fraterno.Participe desta coluna enviando pergun-

tas e sugestões para: [email protected]

AFINAL DE CONTAS $$$

Centenário de Nascimento de Dom Clemente José Carlos Isnard, OSB

Dom Clemen-te nasceu no Rio de Janeiro em 8 de julho

de 1917 e pertencia à Or-dem de São Bento (mon-ge beneditino). Recebeu a ordenação presbiteral em dezembro de 1942. Em 25 de julho de 1960, foi sa-grado Bispo, como funda-dor e primeiro bispo para a Diocese de Nova Fribur-go, onde esteve até ficar emérito em 1992. A partir desta data, tornou-se vi-gário geral da Diocese de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro até o ano de 2004.

Tinha como lema epis-copal “Seguindo-te como Pastor”. Exerceu inúme-ras atividades, tendo des-tacada atuação no Concí-lio Ecumênico Vaticano II em relação à Liturgia. Foi membro do Conselho Federal de Cultura (1961), do Conselho Federal de Educação (1961-1964) e do Conselho para Exe-cução da Constituição de Liturgia Sacrosanctum Concilium (1964-1969).

Dom Clemente foi, ainda, Secretário Nacional de Liturgia (1964); Mem-bro da Comissão Epis-

copal Pastoral da CNBB; Vice-presidente da CNBB (1979-1982); presidente do Departamento de Liturgia do CELAM (1979-1982); 2º Vice-presidente do CE-LAM (1983-1987); mem-bro da Congregação para o Culto Divino; membro do 1º Sínodo dos Bispos em 1967. E participou também das Conferências do Episcopado Latino-a-mericano de Puebla (1979) e Santo Domingo (1992). E Presidente da Comissão Episcopal de Liturgia da CNBB (antiga linha 4) por mais de 20 anos.

Como fundador e pri-meiro Bispo da nossa Dio-cese de Nova Friburgo, precisou ser o missionário da primeira hora, e per-correr todos os recantos para organizar a Igreja; o que fez com a grandeza da simplicidade de quem ama por primeiro. É assim que os amantes se apai-xonam e se entregam ao amor: A Igreja!

A falta de recursos não era empecilho, pelo contrário, oportunidade para servir como trans-bordamento do amor. Estradas de chão e muitas vezes para chegar a Igreja,

somente no lombo de ca-valo... Em muitas capelas, era preciso juntar os ban-cos e lá mesmo dormir para não se tornar incô-modo na casa dos pobres!

As visitas pastorais eram verdadeiros mo-mentos de encontro do pastor com suas ovelhas tornadas irmãs e amigos de caminhada. Todos os templos visitados, Esco-las, Asilos, Cadeias e De-legacias (naquele tempo muitas delegacias de po-lícias funcionavam como cadeiras públicas), Hospi-tais e casas de famílias de pobres, enfermos e abas-tados; todos irmãos! Sem distinção! Em cada visita uma festa! Momento de Evangelizar. Em nossa re-gião, a presença de Dom Clemente era uma festa em todos os municípios! Congregações de padres e freiras eram os primeiros amigos na evangelização, pois não havia clero local suficiente. No Litoral, as Irmãs do Horto, Salesia-nas, Sacramentinas, Ser-vas do Senhor, Sant’Ana, Franciscanos, Assuncio-nistas etc. Estavam na frente das pastorais e co-munidades.

Percorrer os centros e recantos era uma tare-fa árdua e exigia sacri-fícios que o Pastor sabia dar a devida atenção para formação de lide-ranças; multiplicavam os amigos católicos e de outras denominações que só pensavam no bem comum. Também coube ao Pastor cuidar das ovelhas persegui-das pelo regime militar.

Não abria mão da defesa da dignidade humana e do exercício da cidadania; isso ele fez até o fim quando exercia o direito de vo-tar. “Política com mai-úscula é uma necessida-de imperiosa! Em 2007,

mesmo debilitado, par-ticipou com Dom Lucia-no Bergamin, bispo de Nova Iguaçu, Dom Wal-dir Calheiros, Dom To-más Balduíno e muitos outros do Encontro de Fé e Política! Foi aplau-dido de pé no ginásio, pelo seu testemunho de vida coerente!

O exemplo de pas-tor continuou mesmo depois de emérito, pois com reflexões trouxe luz com seus argu-mentos, soube tecer e percorrer caminhos de amizade que o le-varam a estar presente em muitas situações da vida até mesmo para visitar e sepultar fiéis e padres amigos.

Dom Clemente fez a sua páscoa definitiva aos 94 anos, no dia 24 de agosto, dia de São Bartolomeu, em decor-rência de uma parada respiratória, em Recife. Seu legado de pastor e amigo permanece na história e para todos! O Reconhecimento e a gratidão a Dom Cle-mente foram sintetiza-dos na nota da CNBB assinada pelo seu se-cretário geral Dom Le-onardo Ulrich Steiner: “Dom Clemente mar-cou a história da Igreja no Brasil, deixando um legado que honra a Dio-cese que pastoreou por 32 anos e o episcopado brasileiro com o qual manteve estreita comu-nhão ao longo de seus 51 anos de ministério episcopal”.Por: Diác. Enio Costa Ferreira

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Rua Flamengo, 627 Centro Rio das Ostras