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1 SOCIEDADES PERSONIFICADAS DIREITO SOCIETÁRIO Aula 11 Prof.ª Dahyana Siman Carvalho da Costa

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SOCIEDADES PERSONIFICADAS

DIREITO SOCIETÁRIO

Aula 11

Prof.ª Dahyana Siman Carvalho da Costa

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Sociedades

Natureza da Sociedade Espécie Societária Objeto Características

  Em Nome Coletivo   - Atividade econômica organizada e

  Comandita Simples   profissional com fins lucrativos

Empresária Limitada Produção ou - Aplicação de capital e mão-de-obra

  Anônima Circulação de próprios ou alheios

  Comandita por Ações Bens ou de Serviços - Atos constitutivos registráveis na

      na Junta Comercial

      - Atividade econômica

     Atividades intelectuais, com fins lucrativos

  Simples  artísticas, científicas, etc. - Ato constitutivo registrável no Cartórios

Não     De registro Civil de Pessoa Jurídicas

Empresária      - Atividade econômica de natureza

   Cooperativa  Produção de bens ou não empresária e sem fins lucrativos

    prestação de serviços  - Ato constitutivo registrável

      na Junta Comercial

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Sociedades empresárias

Quanto as sociedades empresárias personificadas, elas podem ser classificadas por diversos critérios:

1) Quanto a responsabilidade dos sócios

2) Quanto ao regime de constituição e dissolução

3) Quanto às condições para a alienação da participação societária

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Sociedades empresárias

Classificação quanto a responsabilidade dos sócios Em razão da autonomia patrimonial, em regra, os sócios não

respondem pelas obrigações da empresa, e quando respondem é subsidiariamente (art. 1024), tem como pressuposto a liquidação do patrimônio social

Quando a lei fala que os sócios são responsabilizados solidariamente, refere-se a relação entre eles, ou seja, se um sócio descumpre uma obrigação esta pode ser exigida dos demais

Se o patrimônio social não for suficiente para o integral pagamento dos credores da sociedade, o saldo poderá ser reclamado dos sócios, em algumas sociedades, de forma ilimitada, em outras somente de forma limitada e o saldo será perda que deverá o credor suportar, e ainda, em outras sociedades, alguns dos sócios têm responsabilidade ilimitada e outros não

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Sociedades empresárias

Os sócios em regra não respondem pelas dívidas da sociedade. Se a sociedade é solvente o patrimônio de seus sócios não é atingido

Assim, quando diz-se que o sócio tem responsabilidade subsidiária é porque apenas terá seu bens privativos atingidos quando exaurido o patrimônio da sociedade

Ao ingressar numa sociedade, o sócio deve subscrever o capital, de acordo com sua participação, ou seja, se compromete a entregar à sociedade, a vista ou a prazo, bens correspondentes à suas quotas ou ações, se não o faz é considerado, sócio remisso

A integralização do Capital Social ocorre quando os sócios entregam o dinheiro ou os bens à sociedade, conforme a subscrição

OBS – Não mais existe a figura da Sociedade de Capital e Industria, onde um ou mais sócios contribuíam apenas com seu trabalho

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Sociedades empresárias

Quanto à responsabilidade dos sócios após a integralização, as sociedade podem se classificar da seguinte forma:

1) Responsabilidade ilimitada: todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais, sendo apenas a Sociedade em nome coletivo (N/C)Lembrando que há o Benefício de OrdemOs sócios da sociedade em comum também respondem ilimitadamente, mas este não é considerado um tipo societário

1) Responsabilidade mista: uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra parte tem responsabilidade limitada, Sociedade em comandita simples (C/S), e a Sociedade em comandita por ações (C/A)

2) Responsabilidade limitada: todos os sócios respondem de forma limitada pelas obrigações sociais, Sociedade limitada (Ltda) e Sociedade anônima (S/A)

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Sociedades empresárias

A regra de determinação do limite da responsabilidade dos sócios varia de acordo com o tipo de sociedade:

Na sociedade limitada e na sociedade em comandita simples (comanditários) respondem até o limite do capital social não integralizado, como um todo, fala-se então em solidariedades entre os sócios

Na sociedade em comandita por ações (acionista não-diretor) e na sociedade anônima, respondem apenas até o limite do valor não-integralizado do capital social que subscreveu

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Sociedades empresárias

Classificação quanto ao regime de constituição e dissolução Algumas sociedades tem a sua constituição e dissolução

disciplinadas pelo CC e outras pela Lei 6404/76 (Lei das SA):1) Sociedades contratuais: ato constitutivo é o contrato social, a

participação societária é chamada de “quota” ou “cota” (para sua dissolução não basta a vontade majoritária dos sócios e há algumas causas específicas como a morte ou exclusão de sócio), Sociedade em nome coletivo (N/C); em comandita simples (C/S) e limitada (Ltda)Regidas pelo Código Civil

2) Sociedades institucionais: ato regulamentar é o estatuto social, a participação societária é chamada de “ação” (podem se dissolver por vontade da maioria dos sócios e há causas dissolutórias exclusivas como a intervenção e liquidação extrajudicial), Sociedade anônima (S/A) e em comandita por ações (C/A)Regidas pela Lei 6404/76

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Sociedades empresárias Classificação quanto as condições de alienação da

participação societária Há sociedades em que os atributos individuais do sócio

(competência, honestidade, etc.) interferem na realização do objeto social e há sociedades em que as características subjetivas dos sócios não interfere no desenvolvimento do objeto social da sociedade

Quando as particularidades individuais dos sócios podem comprometer o desenvolvimento da sociedade, é necessário garantias acerca do perfil de quem pretenda fazer parte do quadro associativo, assim a alienação da participação societária por um dos sócios, a terceiro estranho a sociedade, depende da anuência dos demais que podem exercer o direito de veto (restrições à entrada de novos sócios)

Se o perfil do eventual sócio não repercutirá no sucesso do empreendimento a alienação da participação societária independe da anuência dos demais sócios, assim a circulação da participação societária é livre

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Sociedades empresárias O adquirente de “cota” ou “ação” torna-se sócio da sociedade e

passa a exercer os direitos que esta lhe confere, mas a alienação da participação societária, divide as sociedades nas seguintes categorias:

1) Sociedade de pessoas: os sócios têm direito de vetar o ingresso de estranhos no quadro societárioOBS: as cotas sociais são impenhoráveis por dívidas particulares e pode dissolver-se parcialmente por morte de sócio

As sociedades contratuais em regra são de pessoas. A Sociedade em Nome Coletivo e em Comandita Simples são de pessoas e a Sociedade limitada é híbrida, dependendo do disposto no Contrato Social

2) Sociedade de capital: princípio da livre circulação da participação societária

As sociedades institucionais (SA e Comandita por Ações) são sempre de capital, já as contratuais podem ser de pessoas ou de capital

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Sociedades empresárias Contudo, quanto as sociedades contratuais resta esclarecer:1) Sociedade em Nome Coletivo possui perfil personalíssimo quanto

a cessão das cotas sociais que depende da anuência dos demais sócios (impenhoráveis) mas quanto a morte de sócio o contrato social pode dispor de forma diferente, assegurando o ingresso aos sucessores, art. 1028, I, CC

2) Sociedade em Comandita Simples, a cessão das cotas também depende da anuência dos sócios, mas em caso de morte de sócio, se comanditado é pessoal e se comanditário é de capital, podendo ainda o contrato social prever de forma diversa, autorizando neste caso a liquidação das cotas, art. 1050 CC

3) Sociedade Limitada, o contrato social é que disporá sobre a existência e extensão do direito de veto ao ingresso de novos sócio, assim como as conseqüências do falecimento de sócio, atribuindo-lhe natureza personalíssima ou capitalística. Se o contrato for omisso, a cessão de cotas a terceiros pode ser obstada por sócios com mais de ¼ do capital social. Assim é de pessoas a menos que o contrato lhe confira natureza capitalista, art. 1057 CC