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FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE DE ITAJAÍ - FAMAI Rua XV de Novembro, 378, Centro CEP: 88.304-420 – Itajaí – SC Fone/Fax: 0 XX 47 3348-8031 CNPJ: 03.842.931/0001-25 www.famai.itajai.sc.org.br IN 103 Elaboração e Apresentação de Projetos Hidrossanitários Esta Instrução Normativa dispõe sobre os procedimentos, padrões e critérios a serem adotados para a elaboração e apresentação dos Projetos Hidrossanitários analisados pela Fundação de Meio Ambiente de Itajaí – FAMAI. Os projetos hidrossanitários deverão ser apresentados à Fundação do Meio Ambiente de Itajaí – FAMAI, para análise e aprovação, sendo parte integrante dos processos de Licenciamento Ambiental das atividades constantes nas Resoluções CONSEMA e COMDEMA em vigência. Os projetos deverão ser detalhados, de forma a facilitar a leitura/análise e sua execução na obra; A Anotação de Responsabilidade Técnica – ART deverá ser preenchida pelo Responsável Técnico e assinada por ambas as partes (contratado e contratante), devendo seu conteúdo estar rigorosamente de acordo com as instruções que determinam o manual da entidade de classe ao qual pertencem; As instalações de Esgoto e de Drenagem Pluvial deverão ser projetadas de forma que sejam compatíveis com o projeto arquitetônico e demais projetos complementares; Os projetos deverão ser apresentados conforme orientações abaixo: 1

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FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE DE ITAJAÍ - FAMAI

Rua XV de Novembro, 378, CentroCEP: 88.304-420 – Itajaí – SC

Fone/Fax: 0 XX 47 3348-8031 CNPJ: 03.842.931/0001-25www.famai.itajai.sc.org.br

IN 103

Elaboração e Apresentação de Projetos Hidrossanitários

Esta Instrução Normativa dispõe sobre os procedimentos, padrões e critérios a serem

adotados para a elaboração e apresentação dos Projetos Hidrossanitários analisados pela

Fundação de Meio Ambiente de Itajaí – FAMAI.

Os projetos hidrossanitários deverão ser apresentados à Fundação do Meio Ambiente de

Itajaí – FAMAI, para análise e aprovação, sendo parte integrante dos processos de Licenciamento

Ambiental das atividades constantes nas Resoluções CONSEMA e COMDEMA em vigência.

Os projetos deverão ser detalhados, de forma a facilitar a leitura/análise e sua execução na

obra;

A Anotação de Responsabilidade Técnica – ART deverá ser preenchida pelo Responsável

Técnico e assinada por ambas as partes (contratado e contratante), devendo seu conteúdo estar

rigorosamente de acordo com as instruções que determinam o manual da entidade de classe ao

qual pertencem;

As instalações de Esgoto e de Drenagem Pluvial deverão ser projetadas de forma que

sejam compatíveis com o projeto arquitetônico e demais projetos complementares;

Os projetos deverão ser apresentados conforme orientações abaixo:

1. O número de contribuintes adotado para o dimensionamento das unidades de tratamento de

efluentes e da lixeira deverá atender as especificações a seguir, salvo em casos liberados pela

equipe técnica da FAMAI:

a) Empreendimentos Residenciais: 02 (duas) pessoas por dormitório;

b) Edificações Comerciais e Industriais: 01 (uma) pessoa a cada 10 (dez) metros quadrados;

c) Hospitais e Hotéis e similares: igual ao número total de leitos;

d) Escolas e similares: 01 (uma) pessoa a cada 2 (dois) metros quadrados de sala de aula;

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e) Restaurantes e similares: igual ao número de cadeiras, previstas no projeto arquitetônico,

multiplicado pelo número de refeições diárias;

f) Clínicas médicas e similares: igual ao número estimado de funcionários (contribuição

comercial) mais o número estimado de pacientes (contribuição de locais de curta

permanência).

2. Os projetos de sistemas de tratamento de efluente sanitário que não forem fundamentados

nas Normas Técnica Brasileira deverão apresentar Memorial Descritivo de Funcionamento e

Cálculo, assim como apresentar a metodologia utilizada para dimensionamento.

3. A localização da lixeira deverá facilitar o acesso à coleta pública municipal e sua porta não

poderá obstruir o passeio público, quando aberta. As águas pluviais provenientes da cobertura em

nenhuma hipótese poderão ser lançadas nas divisas laterais ou frontal do lote.

a) As lixeiras deverão conter divisória para separação de resíduo reciclável e não reciclável;

b) Para o dimensionamento da lixeira, considerar o número de dias de acúmulo (n) igual a 02

(dois) dias, exceto nos casos autorizados pela FAMAI.

4. No selo de todas as pranchas devem constar: o nome completo do proprietário e assinatura,

carimbo do responsável técnico e assinatura, endereço completo da obra/empreendimento e a área

total da edificação, em acordo com o projeto arquitetônico.

5. No município de Itajaí são oferecidos os seguintes diâmetros internos de anéis de concreto

pré-fabricados, para sistemas com geometria cilíndrica: 1,10 m; 1,20 m; 1,50 m; 2,00 m e 2,80 m;

6. Os efluentes provenientes dos ralos das sacadas das edificações devem ser encaminhados

ao sistema de tratamento de efluentes sanitários utilizado no empreendimento.

7. Nas praias (Cabeçudas, Geremias, Atalaia, Praia Brava), em locais à montante do ponto de

captação de água do SEMASA e em casos de lançamento de efluente diretamente em cursos de

água deverá ser adotada no empreendimento uma Estação de Tratamento de Efluente – ETE,

incluindo tratamento preliminar, tratamento primário, tratamento secundário e desinfecção. O

sistema de tratamento de efluente adotado deverá atingir os padrões de lançamento, conforme

legislação vigente.

8. As caixas de gordura, adotadas para o esgoto sanitário gorduroso proveniente de pias de

copas e cozinhas, deverão ser fechadas com tampa hermética e removível, dotadas de fecho

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hídrico, bem como, deverão conter chicana antes da saída do efluente, com intuito de garantir a

retenção da gordura. O cálculo do volume adotado (volume de retenção) da Caixa de Gordura deve

considerar apenas a área de retenção (antes da chicana) e a altura útil da mesma.

9. Inserir nas pranchas notas informando o período de manutenção/limpeza das Caixas de

Gordura, de cada uma das Unidades de Tratamento adotada e demais sistemas utilizados e

observações pertinentes ao projeto.

10. Para os projetos que prevêem a implantação de Tanque Séptico, os dispositivos de entrada e

saída do mesmo devem ser compostos por chicana.

11. Indicar em prancha: “Os sistemas deverão estar totalmente abertos e secos para fins de

vistoria” e ainda: “Não colocar a brita no Filtro Anaeróbio antes da vistoria”.

12. Quando adotados sistemas de infiltração, um profissional habilitado deverá apresentar

Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, referente ao teste de percolação e a sondagem do

nível do aquífero freático no terreno. O afastamento mínimo entre o fundo do sistema e a altura

máxima do aquífero deverá ser igual ou superior a 1,50 m.

13. A tubulação da água pluvial na rede pública coletora deverá ser totalmente separada da

tubulação de águas servidas, prevendo-se a futura implantação da rede pública de coleta de esgoto

sanitário doméstico.

14. Ao serem adotadas caixas com tampa com grelha, estas deverão ser construídas de modo a

assegurar rápido escoamento e evitar formação de sedimentos e ambientes propícios à proliferação

de vetores.

15. As edificações que possuírem altura igual ou superior a 10,00 metros deverão implantar uma

cisterna no pavimento térreo do empreendimento, indicando em projeto a localização da mesma,

chegada da rede de água oriundo da concessionária ou de outra proveniência e registro/hidrômetro.

16. Para novos empreendimentos com cobertura igual ou superior a 500,00 m², deverá ser

adotado o Projeto de Reaproveitamento de Água Pluvial, conforme Lei Estadual nº 14675/2009, art.

218 e Lei Municipal nº 4799, de 18 de maio de 2007.

a) Conforme a Lei Municipal Nº 3.445/99, os postos de combustíveis com lavação de

automóveis deverão realizar coleta dos telhados das águas pluviais para reaproveitamento de

usos não potáveis;

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b) O projeto deve atender a ABNT NBR 15527/2007 e ABNT NBR 10844/89.

17. Para fins de análise dos Projetos Hidrossanitários, deverão obrigatoriamente, ser

apresentados os seguintes documentos:

a) 01 (hum) jogo do projeto arquitetônico aprovado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e,

para análise prévia, 01 (hum) jogo do projeto hidrossanitário, contemplando os itens dispostos

no item 17;

b) ART do profissional habilitado, com os códigos para rede hidrossanitária, tratamento de

efluente sanitário ou estação de tratamento de efluentes, drenagem pluvial, rede de

drenagem, caixa de gordura, caixa de inspeção, caixa de areia, cisterna, caixa coletora, poço

de visita, conforme manual da entidade de classe ao qual pertence;

c) Em caso de substituição de Projeto Residencial, Industrial ou Comercial, anexar a ART

atualizada, se houver substituição do profissional ou alteração no dimensionamento.

Apresentar uma cópia do projeto aprovado anteriormente;

d) Em caso de ampliação de empreendimento Comercial, Industrial ou Residencial,

apresentar cópia do Projeto Hidrossanitário aprovado anteriormente.

18. Para fins de aprovação dos projetos hidrossanitários, serão exigidos os seguintes itens:

a) Planta de Situação e Locação do imóvel em escala 1/75, salvo em casos liberados pela

equipe técnica da FAMAI, representando todas as caixas (inspeção, passagem, gordura,

coletora, de areia, entre outras) e todas as tubulações externas de esgoto e de drenagem

pluvial. Locação dos sistemas de tratamento dos efluentes informando os recuos dos mesmos

entre si, aos limites do terreno e à edificação. Indicar origem dos efluentes provenientes da

edificação;

b) 03 (três) cópias, do Esquema Sanitário e Pluvial contendo:

b.1) Planta baixa do pavimento térreo, em escala mínima de 1/50, salvo os casos liberados

pela equipe técnica da FAMAI, apresentando todas as prumadas da edificação, ndicando sua

origem (exemplos: vem dos banheiros dos aptos 101 a 901, vem das pias das cozinhas dos

pavimentos superiores, etc);

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b.2) Rede de abastecimento de água oriundo da concessionária ou de outra proveniência,

registro/hidrômetro e sua chegada à edificação (cisterna) e à torneira próxima a lixeira,

quando houver;

b.3) Planta baixa, cortes e localização da lixeira, em escala mínima de 1/50, que deverá ser

coberta e revestida de material liso, lavável e impermeável, com ralo conectado ao sistema de

tratamento de efluentes e torneira para limpeza, na área frontal da edificação. Fórmula para

dimensionamento da Lixeira: V = Px0,0115xn, onde ‘V’ é o volume útil da lixeira em m³, ‘P’ é o

número de contribuintes e ‘n’ o número de dias de acúmulo.

b.4) Inserir nota sobre o termo de compromisso referente às Instalações Sanitárias e Pluviais

conforme modelo: “Declaro ciência de que os despejos residuários (águas servidas) oriundos

de cozinhas, lavanderias, banheiros e demais instalações sanitárias da edificação, deverão

ser encaminhados às unidades de tratamento de efluentes definidas em projeto. Já os

aparelhos e/ou equipamentos que recebam águas pluviais, piscinas e semelhantes e

tubulações extravasoras e de limpeza de reservatórios de água, terão seus despejos

conduzidos para caixas de captação pluvial (opcional), caixas de areia herméticas e

posteriormente a rede de drenagem pluvial, podendo também serem dispostos ao solo”;

b.5) Inserir nota referente à destinação das Águas Pluviais das coberturas, conforme modelo:

“Os telhados, coberturas o lajes impermeabilizadas, localizados ou direcionados para as

divisas do terreno, serão providos de coletores/condutores pluviais adequados, que permitam

perfeito escoamento das águas pluviais, sem que estas atinjam ou causem prejuízo as

propriedades ou edificações adjacentes”;

b.6) Inserir citação referente ao Decreto nº 8.229/2007: ”Conforme Decreto Municipal nº 8229

de 18 de Maio de 2007, fica dispensada a apresentação dos projetos referentes às

instalações prediais internas de água, esgoto e pluvial para fins de análise e aprovação.”

OBS: No Item “b” do Decreto nº 8.229/2007, onde se lê esquema externo esc. 1/50, leia-se

esquema externo esc. 1/75;

b.7) Quadro de legendas, somente com a simbologia utilizada.

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c) 03 (três) cópias das pranchas de detalhamento das unidades de tratamento adotadas no

projeto (NBR 8.160/99, NBR 7.229/93, NBR 13.969/97 e/ou de acordo com instruções

fornecidas pelo fabricante do sistema apresentado e/ou bibliografia), contendo:

c.1) Dimensionamento (memorial de cálculos), planta baixa e cortes das unidades de

tratamento adotadas ou da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) em escala mínima de

1/20, salvo em casos liberados pela equipe técnica da FAMAI;

c.2) Dimensionamento (memorial de cálculos), planta baixa e cortes das Caixas de Gordura

(quando couber), em escala mínima de 1/20, salvo em casos liberados pela equipe técnica da

FAMAI, (NBR 8.160/99 e/ou de acordo com instruções fornecidas pelo fabricante);

c.3) Planta baixa e cortes das Caixas de Areia, em escala mínima de 1/20, salvo em casos

liberados pela equipe técnica da FAMAI, que devem ter tampa hermética e ser instaladas ao

final da tubulação de drenagem, antes do lançamento dos efluentes pluviais na rede pública;

c.4) Dimensionamento (memorial de cálculos), planta baixa e cortes das Caixas Separadoras

de Água e Óleo (quando couber), em escala mínima de 1/20, salvo em casos liberados pela

equipe técnica da FAMAI;

c.5) Dimensionamento (memorial de cálculos), planta baixa e cortes das Caixas de

Decantação (quando couber), em escala mínima de 1/20, salvo em casos liberados pela

equipe técnica da FAMAI;

c.6) Planta baixa e cortes das caixas de inspeção, de passagem, de captação pluvial e

demais caixas adotadas no projeto hidrossanitário do empreendimento, em escala mínima de

1/20, salvo em casos liberados pela equipe técnica da FAMAI;

d) 03 (três) cópias das pranchas do projeto hidrossanitário a ser utilizado no canteiro de

obras, durante a instalação da obra, contendo:

d.1) Planta de Locação do canteiro de obras em escala 1/75, salvo em casos liberados pela

equipe técnica da FAMAI, representando todas as caixas (inspeção, passagem, gordura,

coletora, de areia, entre outras) e todas as tubulações externas de esgoto e de drenagem

pluvial. Locação dos sistemas de tratamento dos efluentes e das baias de armazenamento de

resíduos da construção civil da edificação;

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d.2) Dimensionamento (memorial de cálculo), planta baixa e cortes da Caixa de Gordura

(quando couber), em escala mínima de 1/20, salvo em casos liberados pela equipe técnica da

FAMAI, (NBR 8.160/99 e/ou de acordo com instruções fornecidas pelo fabricante);

d.3) Planta baixa e cortes da Caixa de Areia, em escala mínima de 1/20, salvo em casos

liberados pela equipe técnica da FAMAI, que devem ser instaladas ao final da tubulação de

drenagem, antes do lançamento dos efluentes pluviais na rede pública;

d.4) Planta baixa e cortes da caixa de inspeção, de passagem, de captação pluvial e demais

caixas adotadas no projeto hidrossanitário do empreendimento, em escala mínima de 1/20,

salvo em casos liberados pela equipe técnica da FAMAI;

d.5) Dimensionamento (memorial de cálculo), planta baixa e cortes das unidades de

tratamento adotadas, em escala mínima de 1/20, salvo em casos liberados pela equipe

técnica da FAMAI;

d.6) Quadro de legendas, somente com a simbologia utilizada.

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