10º encontro nacional de conservaÇÃo rodoviÁria

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10º ENCONTRO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA JOINVILLE/SC – BRASIL – 4 a 7 outubro de 2005 Local: Centreventos Cau Hansen A FISCALIZAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS: TAMBÉM RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS RODOVIÁRIOS Valmir Antunes da Silva 1 ; Reginaldo Porath 2 ; Newton Marcelino 3 ; Miguel Ângelo da Silva Mello 4 ; Victor Hugo Froner Bicca 5 & Saulo de Noronha Nascimento 6 . ___________________________________________________________________________ 1 Engenheiro Civil, Especialista em Meio Ambiente, Consultor da APPE- Assessoria Para Projetos Especiais; e-mail: [email protected] 2 Engenheiro Civil, Doutor em Engenharia, Consultor da APPE – Assessoria Para Projetos Especiais; e-mail: [email protected] ou [email protected] 3 Biólogo, Coordenador de Inspeção Ambiental, Consultor da APPE – Assessoria Para Projetos Especiais , e-mail: [email protected] 4 Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia, Diretor de Engenharia –DEINFRA, e-mail: [email protected] 5 Geólogo, Especialista em Meio Ambiente, Gerente de Meio Ambiente – DEINFRA; [email protected] 6 Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia Ambiental, Engenheiro da Gerência de Meio Ambiente – DEINFRA; e-mail: [email protected]

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10º ENCONTRO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA JOINVILLE/SC – BRASIL – 4 a 7 outubro de 2005

Local: Centreventos Cau Hansen

A FISCALIZAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS

PERIGOSOS: TAMBÉM RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS

RODOVIÁRIOS Valmir Antunes da Silva1; Reginaldo Porath2; Newton Marcelino3; Miguel Ângelo da Silva Mello4; Victor Hugo Froner Bicca5 & Saulo de Noronha Nascimento6. ___________________________________________________________________________ 1Engenheiro Civil, Especialista em Meio Ambiente, Consultor da APPE- Assessoria Para Projetos Especiais; e-mail: [email protected] 2Engenheiro Civil, Doutor em Engenharia, Consultor da APPE – Assessoria Para Projetos Especiais; e-mail: [email protected] ou [email protected] 3Biólogo, Coordenador de Inspeção Ambiental, Consultor da APPE – Assessoria Para Projetos Especiais , e-mail: [email protected] 4Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia, Diretor de Engenharia –DEINFRA, e-mail: [email protected] 5Geólogo, Especialista em Meio Ambiente, Gerente de Meio Ambiente – DEINFRA; [email protected] 6Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia Ambiental, Engenheiro da Gerência de Meio Ambiente – DEINFRA; e-mail: [email protected]

RESUMO Ao apresentar os resultados da análise da legislação pertinente ao transporte de produtos perigosos, este trabalho realça a responsabilidade dos órgãos rodoviários, órgãos que detém o poder de polícia de trânsito, na fiscalização desse transporte, respeitados os limites da esfera de sua área jurisdicional. Especificamente, explicita que a esses órgãos cabem atribuições bem definidas que dizem respeito à fiscalização e ao controle do transporte de produtos perigosos, dentre as quais destacam-se o exame da documentação de porte obrigatório, a adequação dos rótulos de risco e painéis de segurança e a verificação das condições de operação e de manutenção do veículo. Se identificado uma irregularidade durante uma ação de fiscalização do transporte de produtos perigosos, por exemplo, deverá o agente da autoridade de trânsito, através da Polícia Rodoviária, Federal ou dos respectivos estados, reter o veículo, podendo removê-lo para local seguro para corrigir a irregularidade, efetuar o transbordo do produto para outro veículo, eliminar a periculosidade da carga ou destruir a carga sob a orientação do fabricante ou importador. Este trabalho apresenta, adicionalmente, recomendações específicas para a elaboração de programas de gestão para o setor rodoviário, mostrando a necessidade de se desenvolver sistemas de gerência para o transporte de produtos perigosos, que tenha por base um banco de dados, único, completo e consistente e, se possível, integrados para análise estratégica regional e nacional. Esse modelo gestão mostra ainda a adoção de procedimentos sistematizados, fazendo uso de formulário específico, a exemplo do empregado por outros órgãos rodoviários, destinado a coleta de dados durante as pesquisas de campo, as operações de fiscalização e o registro de acidentes. PALAVRAS-CHAVE: Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos; Fiscalização de Produtos Perigosos; Poder de Polícia de Tráfego, Produtos Perigosos. ABSTRACT This paper, besides presenting results derived from an analysis of pertinent legislation concerning transport of dangerous product, enhances the responsibility of road agencies, once they have the power of direct supervision of this kind of activity, obeyed the limits of its jurisdictional competence. Specifically, clarify the keynote performed by road agencies in this matter, its well defined attributions regarding supervision and control of dangerous products transporting, among them, check in of compulsory documents, risk labels and security panel’s adequacy, as well as, operational conditions control, and the standard of vehicle maintenance. If for instance, during a supervision action addressed to control dangerous products transporting a fault is confirmed, should transit authority, through competent police support: (i) retain the vehicle, (ii) be able to move it to a safe place in order the irregularities are eliminated, (iii) transfer dangerous product to another and appropriate vehicle, (iv) eliminate load dangerously, or, (v) simply destroy the product under the orientation of manufacturer or importer agent if suitable. Additionally, this paper presents specific recommendations addressed to the elaboration of road sector management programs, giving emphasis to the need of developing dangerous product transporting management system, adequately supported to a database, unique, complete and consistent, and, if possible, integrated to an strategic analysis based on regional and national levels. Besides, this management model shows the importance of adopting systemized procedures, making use of specific forms as practiced by another road agencies in the country, which purpose is data collecting during field search, supervision operations and tasks like accidents recording. KEY WORDS: Supervision of dangerous products transporting, supervision of dangerous products, power of transit police, dangerous products.

INTRODUÇÃO Os riscos ambientais advindos do transporte de produtos perigosos podem variar de acordo com o tipo, quantidade e freqüência do produto perigoso transportado, com as condições da rodovia trafegada e a vulnerabilidade do seu entorno. As conseqüências de acidentes com o transporte de produtos perigosos nem sempre são mensuráveis. Normalmente ocorrem em áreas habitadas, recursos hídricos, por vezes mananciais, vegetação nativa, áreas de plantio e outras áreas protegidas. Todos esses aspectos aliados às condições climáticas, condições dos veículos ou do condutor e a imprevisibilidade de falhas humanas, podem levar a situações de alto risco potencial para ocorrência de acidentes com produtos perigosos, provocando seqüelas a pessoas e animais e alterações ambientais significativas. Nesse sentido, o presente trabalho procura despertar a atenção dos órgãos rodoviários para que observem as suas responsabilidades previstas na legislação como autoridade de tráfego e o poder de polícia que detém, responsáveis, portanto, dentre outros aspectos, pela operação segura e a sua efetiva fiscalização, no presente caso relacionada a acidentes com o transporte rodoviário de produtos perigosos e que discutem as conseqüências desses sobre o meio ambiente. Em que pese o conhecimento e a preocupação dos órgãos rodoviários sobre as questões relacionadas ao transporte de produtos perigosos esses nem sempre atentaram para aplicar as ações relativas às suas responsabilidades estabelecidas pela legislação, no que diz respeito ao regulamento do transporte rodoviário de produtos perigosos, especificamente quanto à fiscalização desse transporte. Obviamente que não se pode generalizar a esse respeito. Até porque historicamente alguns Departamentos de Estradas de Rodagem, como é o caso do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT e do Departamento Estadual de Infraestrutura – DEINFRA, exerceram ou exercem determinadas atividades que até certo ponto podem ser consideradas de fiscalização, muito embora não se tenha conhecimento dessa atividade relacionada ao transporte de produtos perigosos como rotina própria, a não ser de suas participações em campanhas conjuntas com órgãos diversos, sob a coordenação da Defesa Civil, envolvendo também as Polícias Rodoviárias federal e estaduais. Os órgãos rodoviários estaduais, federal e municipais, fazem parte do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, que têm por finalidade o exercício das atividades de fiscalização, objeto deste trabalho. Recentemente o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes promoveu nomeações de Agentes de Trânsito, como prevê o Código de Trânsito Brasileiro e outros instrumentos legais, para atuar na fiscalização, inclusive, se devidamente preparados, na fiscalização do transporte de produtos perigosos. Nesse sentido o DNIT tem promovido cursos de capacitação de Agentes de Trânsito. A bibliografia pesquisada apontou que outros órgãos rodoviários também têm capacitado profissionais para a fiscalização do trânsito, como por exemplo o então Departamento de Estradas de Rodagem – DER/SC, hoje DEINFRA, treinando-os para o controle de peso de veículos, o que poderia, no caso do Estado de Santa Catarina, ser perfeitamente estendido para o campo da fiscalização do transporte de produtos perigosos, envolvendo também a Polícia Rodoviária Estadual. Os fundamentos legais quanto a legislação estadual abordados neste trabalho são baseados na do Estado de Santa Catarina, procurando no entanto despertar a atenção de todos os órgãos rodoviários dos demais Estados e da União. A revisão bibliográfica para a elaboração deste trabalho permitiu identificar o considerável número de instrumentos legais que tratam da fiscalização do transporte de produtos perigosos de forma direta ou que podem ser empregados indiretamente. Além dos instrumentos legais, percebe-se também o grande número de órgãos que atuam nessa área, cada um, evidentemente, com a responsabilidade que lhe compete, normalmente atuando em conjunto. O transporte de produtos perigosos no Brasil tem por base as recomendações da Organização das Nações Unidas – ONU, que estabelece diretrizes para o setor e que deve ser atendida pelos países membros. Pode-se dizer que a base para a elaboração das normas para o transporte de produtos perigosos no Brasil, é o Orange Book (Recommendations on the Transport of Dangerous Goods), editado desde 1.956 e revisado a cada dois anos pela ONU, http://www.unece.org/trans/danger/publi/unrec/rev13/13files_sp.html. Em 1992 o Brasil sediou um dos mais importantes eventos promovidos pela ONU, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, quando na oportunidade, além de outros documentos, produziu a Agenda 21 e a Declaração do Rio de Janeiro, elencando princípios a serem seguidos pelos países, dos quais destacamos os Princípios 13, 14, 15 e 16, que tratam da poluição e respectivas responsabilidades do Estado, conforme pesquisa no site da FATMA – Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina. A Agenda 21 norteou um novo paradigma de desenvolvimento sustentável. O capítulo 19 da Agenda 21 trata, dentre outros, da implantação de programas de redução de riscos, dando origem à uma ampla divulgação, discussão e criação de importantes instrumentos de gestão

para o setor. Dentre esses instrumentos de gestão podemos citar o Programa de Gestão do Transporte de Produtos Perigosos elaborado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, através da Gerência de Meio Ambiente do Departamento Estadual de Infra-estrutura – DEINFRA, com a participação da Empresa de Consultoria APPE Assessoria Para Projetos Especiais Ltda. Além da Agenda 21, existem outros importantes documentos e atos internacionais e constitucionais, como é o caso da Declaração de Estocolmo, que menciona a importância das políticas a serem adotadas sobre as descargas tóxicas, poluições, etc. A Lei 6938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente é norteada por objetivos bem definidos, que resumidamente contemplam a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, que as atividades advindas do transporte de produtos perigosos devem observar. A Constituição Federal de 1.988 também enfatiza sobre a competência dos Estados quanto a proteção ambiental e combate a poluição em qualquer de suas formas, que por conta disso, não há dúvidas da sua aplicação relativa ao transporte de produtos perigosos, no caso de ocorrência de acidentes, que além de outros artigos, é no artigo 225 que se apresentam as incumbências do poder público. A exemplo da Constituição Federal, a Constituição Estadual de Santa Catarina em seu artigo 9º também cita como competência dos órgãos públicos a proteção do meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, ratificado em diversos artigos, em particular no artigo 182, que trata das incumbências do Estado sobre as questões ambientais. Outro importante documento que enseja uma fiscalização rotineira das autoridades competentes, no presente caso os órgãos rodoviários, é a Lei 10.076, de 11 de janeiro de 1.999, sancionada pelo Governo do Estado de Santa Catarina, que dispõe sobre a criação de zona de perigo ambiental, locais onde exista a possibilidade de ocorrência de acidentes que possam causar dano ambiental, podendo comprometer uma população ou um ecossistema. Dessas áreas a referida Lei destaca as de cruzamento de rodovias com rios de utilização para abastecimento público, atribuindo aos setores competentes a preservação e execução de plano de ação, quando da ocorrência do perigo. Ainda relacionado a zona de perigo ambiental, o Ministério do Meio Ambiente, através da Portaria nº 393, de 02 de outubro de 2003, instituiu Grupos de Trabalho com objetivo de elaborar proposta técnica para a identificação, caracterização e mapeamento de áreas e atividades que efetiva ou potencialmente, apresentem risco de ocorrência de acidente de contaminação ambiental, decorrente de atividades que envolvam produtos perigosos, objetivando ainda a elaboração e implementação do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos, também conhecido por P2R2, em cujo trabalho teve, ou deveria ter, a participação de três representantes de órgãos e entidades não governamentais estaduais escolhidos entre eles. Assim sendo, é de se esperar que os órgãos públicos, no caso os órgãos rodoviários, executem a fiscalização do transporte de produtos perigosos atendendo uma de suas responsabilidades expressas em atuações rotineiras, de acordo a legislação.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO EXERCÍCIO DA FISCALIZAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS Muito embora o Código de Trânsito Brasileiro – CTB não discipline o transporte de produtos perigosos, esse oferece dispositivos aplicáveis ao tráfego e transporte de um modo em geral e que para o caso de produtos perigosos, respalda toda e qualquer iniciativa que comungue com políticas sustentadas na preservação da vida e do meio ambiente natural. Em seu Artigo 1º § 2º o CTB menciona o seguinte: “O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito”. Ainda sobre esse artigo, o § 5º, menciona , “Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente”. Como se vê, a primeira estrutura organizacional relativa às questões de trânsito e, por conseqüência à fiscalização do mesmo, é prevista no CTB, o Sistema Nacional de Trânsito – SNT, constituído do conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades. Pelo Artigo 7º desse Código, “Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades: .... III - os órgãos

e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;...”, do qual os órgãos rodoviários municipais, estaduais e federal fazem parte, cuja composição é mostrada no diagrama a seguir, Figura 1.

Figura 1: Composição do Sistema Nacional de Trânsito O Art. 21 do CTB menciona claramente que, dentre outros, “Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando solicitado; e XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observados para a circulação desses veículos”. A Resolução 083/98 do CONTRAN reconhece o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER (atual DNIT) como órgão executivo rodoviário da União e o Artigo 21 do CTB lhe dá essa competência, inclusive aos dos demais órgãos em todos os âmbitos, ratificando assim aquela determinação. Assim sendo, a Resolução 083/98 pode ser vista como uma espécie de “jurisprudência” pelos Departamentos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, reconhecendo-os como órgãos executivos rodoviários. É interessante mencionar a Resolução 106/99, também do CONTRAN, que dispõe sobre a integração dos órgãos e entidades executivas dos municípios ao Sistema Nacional de Trânsito, cujo órgão é quem homologa a autoridade a esses órgãos municipais para aplicar os dispositivos legais correspondentes. O Anexo III da Portaria nº 1 do DENATRAN, de 05 de fevereiro de 1998, que baixa instruções a serem adotadas quando da elaboração e do preenchimento do Auto de Infração, aponta todos os órgãos rodoviários de todos os âmbitos, incluídos no papel de fiscalização sendo, portanto, também autuadores de trânsito. A Portaria do DENATRAN nº 31, de 27 de junho de 2002, completa aquela relação, incluindo o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT na relação de órgãos autuadores de trânsito, constantes do Anexo III daquela Portaria. Ainda relacionado a Portaria 01/98 do DENATRAN, a Portaria 38/98 desse mesmo órgão, de 10 de dezembro de 1998, acrescenta ao Anexo IV daquela Portaria 01 os códigos das infrações referentes ao Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos previstas no CTB, Artigo 43, § 4, que menciona que a aplicação da penalidade de cancelamento do registro nacional dos transportadores rodoviários de competência do Ministério dos Transportes, é feita mediante proposta e justificativa da autoridade com jurisdição sobre a via, cujo instrumento deve ser observado na fiscalização do transporte de produtos perigosos. A Resolução nº 66/98, de 23 de setembro de 1998, instituiu a tabela de distribuição de competência dos órgãos executivos de trânsito, procurando atender o que institui o Código de Trânsito, onde o Estado, no caso os Departamentos Estaduais de Trânsito e os órgãos rodoviários, no caso de Santa Catarina, o DEINFRA através da Polícia Rodoviária Estadual, observam as infrações identificadas para a aplicação das medidas administrativas e penalidades cabíveis.

SNT

Órgãos Executivos Rodoviários

Órgãos Executivo de Trânsito

Órgãos Normativos

- Contran (União) - Cetran (Estado) - Contrandifi (DF)

- Denatran (União) - Detran’s (Estado) - Órgãos (Municípios)

- DNIT (União) - DER’s (Estado) - Órgãos (Municípios)

Órgãos de Policiamento

Ostensivo

Colegiado Julgamento de Recursos/multa

- Polícia Rodoviária Federal - Polícia Militar - Polícia Rodoviária Estadual

JARI’s

Como é de conhecimento do setor de transporte de produtos perigosos, um dos primeiros regulamentos veiculados no Brasil surgiu do Decreto 88.821/83, que aprovou o Regulamento para a Execução do Serviço de Transporte Rodoviário de Cargas ou Produtos Perigosos. Esse documento, a partir de inúmeros eventos, foi aprimorado, culminando com o surgimento do Decreto 96.044, de 18/05/88, que aprova o Regulamento Para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Todo o transporte de produto perigoso ou que represente risco para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, deve observar o que estabelece o Decreto 96.044, conforme mencionado em seu Artigo 1º. Prevê aquele Decreto que o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes - DNIT, a partir dos dados fornecidos pelos expedidores, deverá disponibilizar anualmente aos órgãos de meio ambiente, defesa civil e das autoridades sobre as vias, informações sobre a classe de produtos e quantidades transportadas, bem como os pontos de origens e respectivos destinos. Essas informações são de suma importância para a gestão adequada para o transporte de produtos perigosos e assim identificar ações preventivas e corretivas prioritárias para garantir e aumentar a segurança dos usuários, lindeiros, meio ambiente e do tráfego. Dependendo dos tipos de produtos e quantidades transportadas, os órgãos gestores estaduais e municipais poderão ou não determinar critérios técnicos de seleção de produtos para os quais pode solicitar informações adicionais como freqüência, formas de acondicionamento, itinerário e vias percorridas. Mais do que isso, conforme definem os seguintes artigos do Regulamento: “Art 11 as autoridades com jurisdição sobre as vias poderão determinar restrições ao seu uso, ao longo de toda a sua extensão ou parte dela, sinalizando os trechos restritos e assegurando percurso alternativo, assim como estabelecer locais e períodos com restrição para estacionamento, parada, carga e descarga”. O artigo 12 menciona a possibilidade de exigências de uso de vias restritas e a necessidade do transportador comprova-la perante a autoridade com jurisdição sobre a via. O artigo 13 trata sobre a programação de horários para o transporte de produtos perigosos em vias de grande fluxo de trânsito, cuja ação deve partir da autoridade competente. Ainda quando a responsabilidades da autoridade sobre a via, a ela cabe o planejamento e a prévia programação de itinerário para o transporte de produtos perigosos quando esses ou a rodovia em função de suas características, oferecerem elevado risco, sendo tratado como caso especial, poderá exigir o acompanhamento técnico especializado. O artigo 41 do Decreto 96.044 define que “A fiscalização para a observância deste Regulamento e de suas instruções complementares incumbe ao Ministério dos Transportes, sem prejuízo da competência das autoridades com jurisdição sobre a via por onde transite o veículo transportador.” Conforme identificou o Programa de Gestão do Transporte de Produtos Perigosos elaborado pelo DEINFRA e APPE, a fiscalização desse transporte deverá compreender, basicamente, o exame da documentação de porte obrigatório, a adequação dos rótulos de risco e painéis de segurança e verificação das condições de operação e de manutenção do veículo. Ainda com relação à fiscalização, de acordo com o Decreto Federal Nº 96.044, cabe à autoridade com jurisdição sobre a via, no caso os órgãos rodoviários, ao ter conhecimento de veículo trafegando em desacordo com o que preceitua o Regulamento do Transporte de Produtos Perigosos (Artigo 42), reter imediatamente o veículo, liberando-o somente depois de sanada a infração, podendo, se necessário, determinar (i) a remoção do veículo para local seguro para a correção da irregularidade, (ii) o transbordo dos produtos para outro veículo ou para local seguro, assim como (iii) a eliminação da periculosidade da carga ou sua destruição, sob a orientação do fabricante ou do importador do produto. Outros artigos do Código de Trânsito Brasileiro destacam itens de suma importância a serem observados pelas autoridades de trânsito, como é o caso do Artigo 109, que diz que o transporte de carga em veículos destinados ao transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN e esse, através da Resolução 26/98, de 22 de maio de 1998, disciplina esse tipo de transporte, que através do artigo 3º menciona que “Fica proibido o transporte de produtos considerados perigosos conforme legislação específica, bem como daqueles que, por sua forma ou natureza, comprometam a segurança do veículo, de seus ocupantes ou de terceiros.” A Resolução nº 38/98 do CONTRAN lembra que a identificação das entradas e saídas de postos de gasolina e bastecimento de combustíveis, oficinas, estacionamentos e/ou garagens nas rodovias, deverá estar em conformidade com as normas de acesso elaboradas pelo executivo rodoviário ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via. Outro instrumento a ser permanentemente observado pelos órgãos rodoviários é a NBR 14095, que trata de área de estacionamento para veículos rodoviários de transporte de produtos perigosos, previstos no Decreto 96.044. Ela estabelece requisitos mínimos exigíveis para essas áreas, que devem ser submetidas aos órgãos rodoviários para a sua autorização de funcionamento. Esse documento, além de outros itens, descreve claramente os requisitos técnicos que devem ser atendidos no projeto, execução e funcionamento, cuja implantação deve ser fiscalizada pelo órgão

rodoviário. Desses requisitos destacam-se as instalações mínimas, os controles de entrada e saída, áreas de circulação, pavimento, sistema de drenagem e de contenção. Conforme já mencionado sobre esse assunto, o artigo 14 do Decreto 96.044 também evidencia como devem ser essas áreas de estacionamento para descanso ou pernoite de veículos transportadores de produtos perigosos. A determinação dessas áreas também são de responsabilidade da autoridade com jurisdição sobre a via, lembrando que somente em caso de emergência o veículo poderá estacionar ou parar nos acostamentos das rodovias. Em 05 de setembro de 2000, através da Resolução nº 08/2000, o Conselho de Administração do DNER aprovou as Instruções Para Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional, cuja publicação foi veiculada pelo órgão através do Instituto de Pesquisas Rodoviárias, sob o número 7808/80. O documento tem por objetivo principal “orientar e padronizar de forma abrangente os serviços de fiscalização desse transporte que cresce rapidamente em nossas rodovias, e que, mais do que outros, exige um tratamento rigoroso e judicioso, que esperamos possa ser suprido por essas Instruções”. As referidas Instruções apresentam um roteiro com seqüência de etapas definidas, de forma a facilitar as ações fiscalizadoras. As ações de fiscalização previstas naquelas instruções são orientadas pelo Roteiro de Fiscalização do Anexo I, cujo assunto será abordado no item 3 deste trabalho, que apresenta uma proposta para consolidação das ações de fiscalização por parte do órgão rodoviário do transporte de produtos perigosos nos estados. Em 24 de janeiro de 2001 o Ministério dos Transportes, através da Portaria nº 22/01, aprova as instruções para a fiscalização do transporte de produtos perigosos no Mercosul e em 10 de maio de 2002, através da Portaria 349/02 aprova a do âmbito nacional. Dentre outros itens que devem ser fiscalizados, o agente fiscalizador deve verificar se o transporte está sendo realizado dentro do itinerário, sem utilizar trechos ou estacionamentos ou paradas restritas. O Decreto nº 1.797, de 25 de janeiro de 1.996, que dispõe sobre a execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos entre o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, a exemplo do Decreto 96.044, destaca a importância das precauções em caso de estacionamento e obrigações e responsabilidades dos agentes envolvidos na operação de transporte de produtos perigosos. O Artigo 17 desse Decreto menciona a obrigatoriedade do transportador programar o itinerário, enquanto que o artigo 18 menciona que os órgãos com jurisdição sobre a via poderão determinar restrições de circulação dessa natureza. Novamente chama atenção para a fiscalização, cuja atividade prevista no artigo 86, menciona que “a fiscalização do cumprimento deste Acordo, seus Anexos e demais normas e instruções aplicáveis ao transporte será exercida pelas autoridades competentes (o grifo é nosso) em cada Estado parte”. Outro importante instrumento é o Decreto nº 2.866, de 07 de dezembro de 1.998, que dispõe sobre a execução do Primeiro Protocolo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos, considerando que é necessário incorporar ao respectivo acordo uma tipificação de infrações para que as autoridades competentes possam cumpri-lo. Esse Decreto considerou a importância da redução ao máximo possível dos riscos associados ao transporte de produtos perigosos que, por suas características, originem riscos para a saúde das pessoas, a segurança pública e meio ambiente cobrando a adoção de medidas preventivas. Conforme comentado anteriormente, muitos são os órgãos que participam da fiscalização do transporte de produtos perigosos, cada um com a respectiva responsabilidade e finalidade, dentre eles a Defesa Civil, que em caso de acidente dessa natureza, é quem detém a coordenação das ações de atendimento a emergências, cujo assunto, para o caso de Santa Catarina, é adiante abordado. Há que se destacar a existência de legislação sobre a fabricação, comercialização, transporte e uso de determinados produtos perigosos que são controlados pelo exército, como é o caso dos explosivos, que foge completamente da alçada dos órgãos de fiscalização rodoviária, que por questão de segurança nacional, é tratado com sigilo. Tem-se ainda as substâncias radioativas que são controladas pelo Conselho Nacional de Energia Nuclear e os produtos químicos empregados na fabricação de drogas ilícitas, que são controlados pela Polícia Federal. A Lei 7.735/89, que criou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais – IBAMA, dentre as suas finalidades, consta a de fiscalizar, controlar e fomentar os recursos naturais. O Decreto 78/91, que aprova a sua estrutura, ratifica o que estabelece e lei, no caso quanto a fiscalização, atribuindo àquele órgão o poder de polícia e que também participa da fiscalização do transporte de produtos perigosos. A atividade do transporte de produtos perigosos, deve ser licenciada pelo IBAMA, conforme previsto no Artigo 4º da Resolução 237/97. Outro órgão que também participa da fiscalização do transporte de produtos perigosos, autuando em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e Estadual , diretamente ou através dos órgãos integrantes da Rede Nacional de Metrologia

Legal e dos Institutos de Metrologias dos Estados, é o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO. Essa fiscalização, obviamente, trata especificamente do atendimento das normas na fabricação das embalagens, veículos transportadores e equipamentos, consistindo, basicamente, na verificação metrológica dos mesmos. Esse órgão foi criado pela Lei 5966, de 11 de dezembro de 1973, recebeu competência através da Lei 9933, de 20 de dezembro de 1999, que em seu Art. 3o, menciona o seguinte: “O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, criado pela Lei nº 5.966, de 1973, é competente para: ........ III - exercer, com exclusividade, o poder de polícia administrativa na área de Metrologia Legal; IV - exercer o poder de polícia administrativa na área de Avaliação da Conformidade, em relação aos produtos por ele regulamentados ou por competência que lhe seja delegada; .......”. Quanto a Defesa Civil, o Decreto 5.376/2005, de 17 de fevereiro de 2005, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil, em seu artigo 12, dentre outras coisas, menciona que aos órgãos estaduais e do Distrito Federal compete dar prioridade ao apoio às ações preventivas e às relacionadas com a minimização de desastres e como esses podem exercer, na sua jurisdição, o controle e a fiscalização das atividades capazes de provocar desastres. No entanto, em que pese a Defesa Civil também exercer a fiscalização desse tipo de transporte e em nada conflitando com os órgãos rodoviários, em não tendo poder de polícia de trânsito, cabe então a esses exercerem efetivamente a fiscalização do transporte de produtos perigosos, aplicando as medidas previstas em lei, inclusive as penalidades, conforme o Decreto 96.044 e outros dispositivos legais, como os apresentados neste trabalho. A abordagem feita sobre as legislações estaduais relacionadas às questões do transporte rodoviário de produtos perigosos, é muito semelhante a legislação federal, até porque os órgãos rodoviários, a quem é dirigido este trabalho, devem, em primeira ordem, aplica-lo para então observar os instrumentos estaduais e, por fim, os municipais, quando for o caso. É importante lembrar que a legislação municipal e estadual, nessa ordem, são no mínimo mais restritivas do que a legislação federal. Da legislação estadual de Santa Catarina, destacamos o Decreto 2.894/98, que institui o Programa Estadual de Controle do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, o qual aborda objetivos que também serviram de base para o Programa de Gestão do Transporte de Produtos Perigosos elaborado pelo DEINFRA. O referido Decreto define a estrutura do Programa Estadual de Controle do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, cuja coordenação coube à Diretoria Estadual de Defesa Civil da Casa Militar, atualmente, em função da Lei Complementar 284/2005, denominado Departamento Estadual de Defesa Civil, vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão e tendo como órgãos de execução, órgãos e Secretarias de Estado, dentre elas a então Secretaria de Estado dos Transportes e Obras, atualmente em função da mesma Lei Complementar mencionada anteriormente, Secretaria de Estado da Infra-Estrutura, representada pelo Departamento Estadual de Infra-Estrutura – DEINFRA. Um dos objetivos previstos naquele Decreto é o aperfeiçoamento das condições do transporte de produtos perigosos e que se espera obter, dentre outras, através de ações de fiscalização.

A Lei Estadual 10.925/98, de 22 de setembro de 1998, que dispõe sobre o Sistema de Defesa Civil – SIEDC, regulamentada pelo Decreto 3570, de 18 de dezembro de 1998, define os objetivos do SIEDC, planejar e promover a defesa permanente contra desastres e prevenir ou minimizar danos, socorrer e assistir populações atingidas por desastres e recuperar áreas deterioradas pelos desastres. O envolvimento do DEINFRA como órgão de apoio nesses casos, sendo participantes dos Grupos Integrados de Ações Coordenadas, é propiciar apoio técnico, colaborar na formação de banco de dados e mapa-força dos recursos disponíveis, engajar-se nas ações de socorro e assistência, manter-se em regime de reunião permanente em caso de situação de emergência ou calamidade pública, promover o entrosamento entre o DEDC e os demais órgãos e executar, nas áreas de competência, as ações determinadas pelo DEDC, visando atuação conjugada e harmônica. O Decreto 3570, no seu artigo 6º, menciona que “À Diretoria Estadual de Defesa Civil (DEDC) compete: .... VII – coordenar, no que couber (o grifo é nosso), o controle do transporte rodoviário de produtos perigosos; .... . Novamente quanto a estruturas organizacionais, a Lei 10.233/2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviários e terrestres, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transportes e as Agências Nacional de Transporte Terrestre, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infra-estrutura, menciona em seu artigo 22, que constituem a esfera de atuação da ANTT, dentre outros, o transporte de cargas especiais e perigosas em rodovias e ferrovias e que harmonizará sua esfera de atuação com a de órgãos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, encarregados do gerenciamento de seus sistemas viários e das operações de transporte intermunicipal e urbano. Quanto ao DNIT, o Decreto 4749/03, de 17 de julho de 2003, aprova a sua Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas, que de acordo com o artigo 2º, tem a estrutura. de

acordo com a Figura 2, a seguir. A Resolução 06, de 10 de março de 2004, que aprova o Regimento Interno do DNIT, diz que à Gerência de Operação compete: fiscalizar, coordenar, controlar, acompanhar, administrar e executar o desenvolvimento de atividades necessárias à operação de rodovias e ferrovias. Essa Gerência é vinculada à Diretoria de Infra-Estrutura Terrestre, conforme mostra a Figura 3, detalhando a estrutura organizacional que tem a função de fiscalização. A home page do DNIT apresenta Coordenadoria Geral de Operações Rodoviárias, em vez de Gerência de Operação.

Figura 2: Organograma do DNIT

(Fonte home page do DNIT)

Figura 3: Organograma Diretoria de Infra-estrutura Terrestre do DNIT (Fonte home page do DNIT)

Na esfera municipal citamos como exemplo de estrutura organizacional a do município de São Paulo, que , de acordo com a Lei 11368/93, possui o Departamento de Operações do Sistema Viário, estrutura vinculada à Secretaria Municipal dos Transportes com atribuição de fiscalizar o transporte de produtos perigosos, cuja estrutura é apresentada conforme Figura 4 a seguir. O artigo 8º dessa Lei menciona que “Caberá ao Poder Público Municipal, através do DSV - Departamento de Operações do Sistema Viário, fiscalizar o transporte de produtos perigosos no Município de São Paulo, contemplando tanto as atribuições previstas no Decreto Federal n. 96.044 (1), de 18 de maio de 1988, bem como o preceituado nesta Lei, e em suas regulamentações complementares, em articulação com o comando de policiamento de trânsito, órgãos de meio ambiente e outros afins”.

Figura 4: Organograma da Secretaria Municipal dos Transportes de São Paulo (Fonte home page do município de São Paulo)

Quanto a estrutura organizacional do órgão rodoviário do Estado de Santa Catarina, através da Lei

Complementar nº 244/2003, de 30 de janeiro de 2003, é criado o Departamento Estadual de Infra-estrutura – DEINFRA, que em seu Artigo 4º preconiza que “São atribuições do DEINFRA, em sua esfera de atuação: .... IV – monitorar os equipamentos e empreendimentos de interesse da Defesa Civil do Estado; V – exercer jurisdição sobre todas as modalidades de transporte terrestre de competência do Estado .... ; .... XX – exercer o poder de polícia de tráfego nas rodovias do Plano Rodoviário do Estado (o destaque é nosso); ...”, essa em particular exercida pela Direção Geral, atualmente Presidência do DEINFRA, conforme Artigo 10. De acordo com aquela estrutura, o Decreto Estadual 1.678, de 15/04/04, aprovou o Regimento Interno do DEINFRA e em seu Art 3º, Inciso XX, ratifica o que estabeleceu a Lei Complementar 244/2003 no que diz respeito ao exercício do poder de polícia de tráfego nas rodovias estaduais. Mesmo não se tratando de produtos perigosos é importante citar o Artigo 29, que menciona sobre a competência da Diretoria de Projetos de Edificações e Obras Hidráulicas, dentre outros, “IX - planejar, coordenar, executar e fiscalizar as atividades .... , envolvendo estudos, pesquisas, ...., como barragens de controle de cheias, eclusas e comportas de regularização dos cursos d’água; ... XII – monitorar os equipamentos e empreendimentos de interesse da Defesa Civil do Estado; ...” . Esse Decreto define em seu Artigo 36, em particular no Inciso I, alínea c, que à Gerência de Engenharia de Tráfego, subordinada diretamente à Diretoria de Operações, compete “a fiscalização e controle de cargas dos veículos de transporte.” O Art 36, Inciso I, Alínea e, também deixa bem claro que à Gerência de Segurança Rodoviária, atualmente por força da Lei Complementar nº 284/2005, chamada de Gerência de Segurança de Trânsito, também subordinada diretamente à Diretoria de Operações, compete “I – planejar, orientar, coordenar e executar as atividades relacionadas com: ... e) o transporte de cargas perigosas; ... (o destaque é nosso) .” Essa Lei Complementar nº 284/2005, de 28 de fevereiro de 2005, que estabelece modelo de gestão para a Administração Pública Estadual, alterou a nomenclatura de determinados órgãos, sem no entanto alterar as suas atribuições, como é o caso do DEINFRA, cuja estrutura é mostrada no organograma, Figura 5 a seguir. Vale destacar ainda a importância das Superintendências Regionais de Obras e Operação de Rodovias, que, além de coordenar, orientar, executar e controlar as atividades relacionadas com a fiscalização de obras, têm a competência de representar o DEINFRA, nos limites de suas jurisdição e, portanto, devem orientar e executar a fiscalização do transporte de produtos perigosos. O Departamento Estadual de Infra-estrutura, através do Convênio 08.090/2004-0, atribuiu à Polícia Rodoviária Estadual – PRE a qualidade de Agente da Autoridade de Trânsito para a execução do policiamento e a fiscalização de trânsito

nas rodovias estaduais. A PRE exerce um importante papel dentro do Programa Estadual de Controle do Transporte de Produtos Perigosos, sendo um dos principais órgãos executores no atendimento a emergências através do controle do tráfego e na fiscalização. Por estar na linha de frente é, na maioria das vezes, o primeiro órgão a manter contato com os acidentes ocorridos na malha rodoviária estadual, tendo por isso a incumbência de dar início ao fluxo de comunicação e informações aos demais órgãos, obedecendo à efetiva cadeia hierárquica estabelecida de acordo com a natureza do desastre e de pronto como Agente da Autoridade de Trânsito em nome do DEINFRA, organizar e orientar o fluxo de veículos e pessoas na rodovia, evitando aproximações. Cabe à PRE informar imediatamente ao Departamento Estadual de Defesa Civil sobre a ocorrência de acidentes e ao mesmo tempo tomar as providências cabíveis quanto ao controle do tráfego no local. Cabe também, de acordo com as limitações operacionais e de risco, a identificação do produto perigoso envolvido, cuja informação também deverá ser repassada imediatamente ao DEDC, visando à seqüência do atendimento emergencial. Cabe ainda, de acordo com a orientação do DEINFRA, realizar, participar e colaborar com as operações especiais, tais como as campanhas de fiscalização de cargas com produtos perigosos e de obtenção de dados relativos ao setor que podem envolver todos os órgãos membros do PECTRPP. Apresenta-se a seguir o organograma do DEINFRA, Figura 5.

Figura 5: Organograma do DEINFRA (Fonte home page do DEINFRA)

Ainda quanto a legislação ambiental no Estado de Santa Catarina que direta ou indiretamente relaciona-se às questões de produtos perigosos, o Decreto Estadual nº 14250, de 05 de junho de 1981, referente a Proteção e a Melhoria da Qualidade Ambiental, em seu artigo 83º menciona que a fiscalização será exercida pelos órgãos, entidades e agentes credenciados pelo Governo do Estado, através da FATMA. Menciona ainda que a competência para o exercício da fiscalização não exclui a de outros órgãos federais, estaduais ou municipais no que se relaciona com a proteção e melhoria da qualidade ambiental, da qual, sem dúvida, o transporte de produtos perigosos faz parte, até porque a Portaria Intersetorial nº 01 da FATMA, que aprova a Listagem das Atividades Consideradas Potencialmente Causadoras de Degradação Ambiental, considera essa atividade como de grande impacto ambiental sobre o ar, água, solo e em geral. A Instrução Normativa IN – 32: Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Estado de Santa Catarina, orientação básica para o licenciamento ambiental do referido transporte disponibilizado pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA, além de relacionar os documentos necessários para a análise do respectivo pedido de licenciamento, apresenta orientações para o preenchimento do Formulário II – Informações sobre o transporte, solicitando dados sobre quais os produtos que a empresa transportará, quais as principais vias a serem utilizadas no transporte a respectiva caracterização das rotas em mapa rodoviário. Solicita informações sobre a orientação quanto a segurança, quais os responsáveis técnicos, qual o plano de controle ambiental e programa de acompanhamento. A caracterização das rotas exige que a empresa assinale no mapa os pontos de parada previstos durante o percurso, cabendo aos órgãos rodoviários a autorização desses locais, conforme prevê a legislação, comentado anteriormente, ratificando assim mais uma vez, a competência da fiscalização do transporte rodoviário de produtos perigosos por parte dos órgãos rodoviários. A realização dessa tarefa é facilitada, para o caso do DEINFRA no Estado de Santa Catarina, ao valer-se do Sistema de Gerência do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Existem ainda outros dispositivos legais não direcionados especificamente às questões do transporte de produtos perigosos voltadas às responsabilidades dos órgãos rodoviários. No entanto é importante que se destaque as leis aplicadas à todas as atividades que possam provocar impactos ambientais, como é o caso da Lei Federal 9.605/98, 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, a chamada Lei de Crimes Ambientais. Essa lei evidencia a sua aplicação à quem concorre para práticas dos crimes nela previstos, desde o diretor, administrador, membro de Conselho e órgão técnico, auditor, gerente, preposto ou mandatário de pessoa jurídica que deixar de impedir ações lesivas ao meio ambiente, quando podia agir para evita-las. Nesse sentido pode-se dizer que as conseqüências de acidentes com produtos perigosos podem ser enquadradas como crime ambiental se os órgãos rodoviários não efetuarem correções de pontos críticos das rodovias, não promoverem intervenções para proteção de áreas vulneráveis e o transporte rodoviário desses produtos não for devidamente fiscalizado. UMA PROPOSTA PARA CONSOLIDAÇÃO DAS AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS O Programa de Gestão do Transporte de Produtos Perigosos desenvolvido pelo DEINFRA e pela APPE, conforme citado anteriormente, incluiu a proposição de um arranjo funcional para o DEINFRA, nas áreas de engenharia e de operação, objetivando a integração desses diferentes setores do órgão, envolvidos com atividades de planejamento, implementação e controle da operação rodoviária, relacionados com o transporte de produtos perigosos, possibilitando assim a consolidação das ações de fiscalização nessa área. A integração visualizada neste trabalho, permite consolidar a participação do órgão na gestão do transporte de produtos perigosos, especialmente no tocante às questões de fiscalização e de monitoramento contínuo desse transporte (rotas, produtos, origens e destinos e suas alterações). Visualizada também a consolidação de um sistema de atendimento de emergências e de orientação para adoção de medidas preventivas e corretivas. A análise efetuada sobre a organização do sistema existente nos aspectos voltados ao tema, permitiu identificar ser desnecessária a criação de novas estruturas, pois cada unidade ou área do DEINFRA detém responsabilidades que entre elas inclui as relacionadas a produtos perigosos, como por exemplo: a) área de planejamento (localizada no setor com atribuições para o presente caso): efetua levantamento de dados que,

no presente caso, os relativos a contagem de tráfego, com as pesquisas de origem e destino podem perfeitamente incluir as do transporte de produtos perigosos;

b) área da engenharia: (b.1): os procedimentos de engenharia, incluindo as normas e especificações vigentes no órgão para projetos, obras e operação, têm sido enriquecidas com o passar do tempo mediante a natural incorporação de considerações práticas inovadoras que surgem e se disseminam no setor rodoviário, em particular no DEINFRA. Citam-se como exemplos a incorporação de aspectos relacionados com o meio ambiente, com a segurança viária para a elaboração de projetos de engenharia e de especificações para a execução de obras. Nessa linha se vislumbra total aplicação de elementos técnicos, especificações relacionadas a segurança no transporte de produtos perigosos, permitindo a incorporação desses às especificações e instruções de serviços existentes; (b.2): adoção de dispositivos preventivos e restritivos: primeiramente que os dispositivos sejam incorporados aos projetos de engenharia, posteriormente sejam executados durante as obras de implantação, melhoramento e restauração, bem como sejam objeto de preocupação do setor de manutenção; (b.3): gerenciamento das vulnerabilidades: os índices de risco de acidentes referentes ao transporte de produtos perigosos, são obtidos, de um lado, com a demanda na rodovia, ao que chamamos de ameaça e de outro lado com as características do trecho e do seu entorno, visto como vulnerabilidade. A atuação da ameaça sobre a vulnerabilidade, gera o risco. Assim é necessário que se faça um gerenciamento, isto é, uma atualização periódica dos fatores de vulnerabilidade (levantamentos) e por conseqüência a atualização dos respectivos índices e classes de risco potencial, visando atualizar também as programações de investimentos e respectivas intervenções; (b.4): adequação da sinalização das rodovias; e (b.5): mapeamento de classes de risco potencial de acidentes com produtos perigosos, que se constitui numa importante ferramenta para a definição de estratégias de sinalização, podendo servir para orientar uma implantação mais intensiva nos segmentos de maior risco;

c) área de operação: seguramente é nessa área do DEINFRA que se concentram a maior parte das ações que dizem respeito ao transporte de produtos perigosos. Se não bastasse ser da Diretoria de Operações o representante do órgão com assento no Programa Estadual de Controle do Transporte de Produtos Perigosos, a Gerência de Segurança de Trânsito, tem a competência de planejar, orientar, coordenar e executar, dentre outras atividades, as relacionadas com o transporte de produtos perigosos. Compete à essa Gerência coordenar a Comissão Permanente de Segurança de Trânsito, da qual integra a Gerência de Engenharia de Tráfego da mesma Diretoria de Operações. O Programa de Gestão do Transporte de Produtos Perigosos, como já mencionado, base para este trabalho, propõe que a efetiva implementação do arranjo funcional existente consista na apresentação dessa Comissão Permanente de Segurança de Trânsito ao Conselho Administrativo do DEINFRA, em atendimento a legislação, inserindo no rol de suas atribuições aquelas que dizem respeito à gestão do transporte de produtos perigosos no âmbito do órgão, envolvendo também outras Gerências, como a de Meio Ambiente e a de Projetos Rodoviários, por exemplo, observando: I – Duração indefinida Não se sugere estabelecer limites de tempo para os trabalhos a serem desenvolvidos pela Comissão Permanente. A idéia é que a Comissão Permanente, deva ser mantida em funcionamento durante o tempo que for necessário, até que os procedimentos relativos à gestão do transporte de produtos perigosos estejam satisfatoriamente implementados e disseminados no âmbito do DEINFRA. II – Atribuições A Comissão Permanente da Segurança de Trânsito deverá ter, além das usuais atribuições pertinentes à gestão da segurança de trânsito de uma forma geral, especificamente as seguintes funções relacionadas à gestão e à segurança do transporte de produtos perigosos: a) supervisionar o planejamento e o acompanhamento das ações de fiscalização do transporte de produtos

perigosos nas rodovias estaduais, a ser realizada pela Polícia Rodoviária Estadual, nos termos do Convênio 08.090/2004;

b) supervisionar o planejamento e o acompanhamento dos levantamentos e pesquisas de campo em conjunto com os membros do Programa Estadual de Controle do Transporte de Produtos Perigosos (PECTPP);

c) implementar e manter atualizado um banco de dados único, completo e consistente para o transporte de produtos perigosos no Estado, acessível a todos os interessados para consulta e com níveis de acesso diferenciados para os membros integrantes do PECTPP;

d) promover análises periódicas atualizadas da tendência de evolução dos indicadores pertinentes à segurança do transporte de produtos perigosos nas rodovias do Estado;

e) identificar causas dos acidentes, promovendo inspeções de acidentes que envolvem investigações realizadas in loco por técnicos especializados das diferentes áreas afins;

f) analisar e propor ações, intervenções e planos alternativos para aumentar a segurança do transporte rodoviário de produtos perigosos;

g) encaminhar aos decisores superiores as melhores alternativas sempre quando a decisão quanto a sua implementação o assim requerer;

h) apresentar balanços periódicos da situação atual e da tendência de evolução da segurança do transporte de produtos perigosos aos demais órgãos intervenientes e interessados;

i) recomendar políticas de intervenção visando o aperfeiçoamento da gestão do transporte de produtos perigosos;

j) promover a integração dos órgãos internos do DEINFRA aos assuntos relacionados com essa gestão; k) integrar o DEINFRA com as demais entidades envolvidas no PECTPP; l) sensibilizar as demais entidades da sociedade sobre as atividades técnicas realizadas pela Comissão; m) promover, realizar e/ou recomendar a realização de outros estudos, pesquisas e atividades relacionados com

a gestão do transporte de produtos perigosos no âmbito do DEINFRA. III – Presidência dos trabalhos

A Portaria para a efetiva implementação da Comissão Permanente da Segurança de Trânsito, deverá designar um de seus membros como presidente da Comissão, sugerindo-se que seja de início designado para tanto o Gerente da Gerência de Meio Ambiento (GEMAM), dado o envolvimento desta Gerência com a realização do presente estudo, incluído no contexto dos componentes de Desenvolvimento Institucional que integram o Programa BID-IV. Sugere-se, ainda, que a presidência da Comissão Permanente, seja rotativa, com duração anual (exceto a primeira), de forma a fazer coincidir o período de atuação na presidência com o ano civil. IV – Plano de Trabalho

A Portaria deverá estabelecer um plano de trabalho que defina as obrigações mínimas a serem observadas na condução e apresentação formal dos trabalhos da Comissão, para informação periódica às instâncias superiores do DEINFRA, sugerindo-se as seguintes tarefas obrigatórias: a) realização de reuniões ordinárias, com periodicidade trimestral ou quando necessário, com elaboração de

relatório sintético a ser remetido à Direção Geral, contendo: a relação resumida dos objetivos pretendidos pela Comissão para o período do relatório; a definição do programa de trabalho para o período, incluindo a relação das ações ou atividades a

desenvolver; a relação das ações ou atividades desenvolvidas e/ou recomendadas no período; a relação dos resultados obtidos e dos não alcançados (sucessos e insucessos); a relação dos objetivos fixados para o período seguinte;

b) elaboração de relatórios anuais sintéticos, nos mesmos moldes dos anteriores e referidos ao período anual (coincidente com o do exercício de uma presidência), resumindo os objetivos pretendidos, o programa de trabalho previsto, as atividades desenvolvidas e/ou recomendadas, os resultados atingidos ou não, e a formulação dos objetivos propostos e do programa de trabalho para o ano seguinte;

c) elaboração, a qualquer tempo, de recomendações técnicas e/ou administrativas, às Diretorias Setoriais ou à Direção Geral do DEINFRA, relacionadas com a gestão do transporte de produtos perigosos nas rodovias sob jurisdição do órgão, incluindo, quando for o caso e estiverem devidamente amadurecidos os assuntos específicos, a recomendação de elaboração de especificações, instruções de serviço e/ou outros procedimentos normativos com vistas à sua adoção e incorporação às normas e instruções do DEINFRA.

Como pode-se observar, não são poucas as atividades atribuídas para os membros da Comissão Permanente de Segurança de Trânsito, além dos responsáveis nas demais instâncias dos órgãos rodoviários, isto é, daqueles que atuam nas linhas de frente nas diversas regiões dos estados. Além disso tem-se as Polícias Rodoviárias Estaduais e as Federais, atuando como Agente da Autoridade de Trânsito. Por fim, surgem os Agentes de Trânsito, como prevê o Código de Trânsito Brasileiro e outros instrumentos legais, para atuar na fiscalização, inclusive, se devidamente preparados, na fiscalização do transporte de produtos perigosos. Para que os órgãos rodoviários e respectivos profissionais possam contribuir efetivamente para com a segurança do transporte de produtos perigosos, torna-se necessário que se implemente um modelo de gestão adequado para esse transporte, que se incluam procedimentos para as atividades de registro único e completo dos dados de coleta, assim como para o processamento e a avaliação apropriada dos dados relevantes para a gerência desse transporte, assim como aqueles procedimentos requeridos para o planejamento das pertinentes ações de fiscalização contínua nas rodovias. O modelo da gestão do transporte de produtos perigosos nos termos propostos para o DEINFRA, inclui: organização apropriada de um banco de dados que contemple informações e dados coletados durante as pesquisas

de campo e de escritório realizadas; o sistema informatizado que permite classificar os segmentos rodoviários da malha rodoviária estadual quanto ao

risco potencial para a população e o meio ambiente do entorno da via;

a identificação e proposição de intervenções prioritárias para a melhoria da infra-estrutura viária dos segmentos de alto risco potencial;

a proposição de medidas para restrições ao uso dos segmentos de alto risco potencial; a apresentação de critérios para a definição de locais para a construção de estacionamentos apropriados para

veículos de transporte de produtos perigosos que permitam o descanso ou pernoite dos condutores ou a parada técnica por motivos de emergência, falha mecânica ou acidente;

a proposição de recomendações para a implementação de acompanhamento técnico especializado do DEINFRA para ações de planejamento e programação prévia do itinerário para o transporte de produtos perigosos com a participação do expedidor, contratante do transporte, transportador, do destinatário, do fabricante ou importador dos produtos e do órgão ambiental;

sugestões para a realização de procedimentos para a coleta, armazenamento e tratamento sistemático dos dados que envolvem a gestão dos produtos perigosos;

a proposição de procedimentos rotineiros para a fiscalização e o monitoramento contínuo do transporte de produtos perigosos nas rodovias estaduais;

integração com os demais órgãos. Especificamente no que tange à gerência do transporte desses produtos, propõe-se que sejam coletados todos os dados relevantes requeridos de forma sistemática, valendo-se para tal das operações de fiscalização rotineira nas rodovias, assim como das pesquisas de campo necessárias para manter atualizados esses dados e informações, para a atualização dos dados relevantes a cada 2 anos. Os dados originados de acidentes com esse tipo de transporte também deverão fazer parte das informações para o banco de dados. Dentre os grupos de dados e informações consideradas fundamentais para a gestão desse transporte ressaltam, além dos dados do local da coleta, do transportador, dos produtos transportados, do condutor, do veículo transportador, do carregamento e das infrações aplicadas, também os dados sobre os acidentes no transporte rodoviário com produtos perigosos. As informações e os dados pertinentes a cada um dos grupos de dados e informações acima referidos, com exceção dos acidentes rodoviários que possuem tratamento e anotações específicas no Boletim de Ocorrência, estão relacionados no Modelo de Formulário para a Fiscalização e Pesquisa do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, anexado ao final deste capítulo. Para o caso dos acidentes rodoviários com produtos perigosos, também se recomenda a aplicação desse formulário, adicionalmente ao Boletim de Ocorrências em uso. As informações sobre produtos e respectivos roteiros, percursos alternativos, locais de paradas devidamente autorizadas pelo órgão, são fundamentais que também constem do banco de dados. Para que um programa de gestão do transporte de produtos perigosos, como o exemplo utilizado como base para este trabalho, se consolide, além das demais recomendações nele contidas, se faz necessário o desenvolvimento de um banco de dados único para o estado, onde, no caso de Santa Catarina, os integrantes do programa estadual de controle do transporte rodoviário de produtos perigosos possam ter acesso, obviamente que cada órgão com o acesso que lhe for de interesse. Das informações a serem alimentadas ou consultadas poderão ser envolvidas as campanhas de fiscalização rotineira desses órgãos, as pesquisas programadas e os dados de acidentes com veículos transportando produtos perigosos. Cabe ainda a recomendação para que os órgãos rodoviários que ainda não possuem um Manual de Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, o elabore com base na publicação do DNER 708/80, publicada em 2000 – Instruções para a Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional, ou adote esse documento. Apresenta-se a seguir o Modelo de Formulário para a Fiscalização e Pesquisa do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.

CONCLUSÃO A fiscalização e o monitoramento do transporte rodoviário de produtos perigosos, não são apenas exigências legais atribuídas à autoridade com jurisdição sobre as vias e que necessita ser exercida pelos respectivos órgãos, mas representam, sem dúvida, duas das principais ações para prover o transporte mais seguro desses produtos. A legislação brasileira atribui também aos órgãos rodoviários a obrigação não só de fiscalizar o transporte de produtos perigosos, mas efetuar levantamentos, vistorias, diagnósticos, estudos, produzindo informações e dados relacionados a essas atividades, de maneira que possam ser disponibilizados e utilizados por outros órgãos e pela sociedade. A bibliografia consultada permitiu identificar claramente as competências dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT. Resumidamente, ao CONTRAN cabe o estabelecimento das normas regulamentares do Código Brasileiro de Trânsito, enquanto que aos CETRANs, elaborar as normas no âmbito de seus estados; à Polícia Rodoviária Federal tem atribuições diversas, como a de patrulhar as rodovias federais e executar as operações relacionadas com a segurança pública; os órgãos executivos de trânsito dos estados e do Distrito Federal, relativo à fiscalização compete, no âmbito de suas circunscrições, vistoriar e inspecionar as condições de segurança veicular, estabelecer das diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito, em conjunto com a Polícia Militar, fiscalizar o trânsito, autuando e aplicando medidas cabíveis; aos órgãos executivos rodoviários, também relativo à fiscalização compete, no âmbito de suas circunscrições, executar a fiscalização do trânsito, autuando e aplicando as penalidades e medidas administrativas cabíveis; às Polícias Militares dos estados e do Distrito Federal incumbe a fiscalização de trânsito como agente do órgão executivo ou executivo rodoviário, em conformidade com convênios firmados; os órgãos executivos de trânsito dos municípios, também têm a competência da fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas. “A competência para o exercício do controle e fiel cumprimento do Regulamento de que trata o Decreto nº 96.044/88 e de suas instruções complementares está atribuída ao Ministério dos Transportes, sem prejuízo todavia da competência das autoridades das circunscrições por onde transitem os veículos transportadores de cargas perigosas”, como afirma o Promotor de Justiça, Dr Filippe Augusto Vieira de Andrade, em seu artigo Transporte Rodoviário de Cargas Perigosas: A Imperiosa Necessidade de Medidas Restritivas Para a Salvaguarda do Meio Ambiente. Afirma ainda nesse trabalho que “ao tomar conhecimento de tráfego rodoviário de carga perigosa em desacordo com os ditames do Regulamento do Transporte de Produtos Perigosos, cumpre a autoridade de trânsito investida de competência para a via pública utilizada, independentemente de ocorrência de dano efetivo, providenciar a imediata retenção do veículo, liberando-o tão somente após sanada a infração”. Para que a qualidade ambiental seja garantida e nessa inserida, principalmente, a qualidade de vida dos seres humanos, é preciso que o poder público, atue de maneira efetiva, conforme previsto na constituição e demais instrumentos legais, considerando as medidas preventivas e corretivas em suas respectivas áreas, das quais a fiscalização do transporte de produtos perigosos é uma das medidas preventivas que os órgãos rodoviários devem implantar, pois agindo assim, estarão pautando pela máxima salvaguarda da vida, da segurança e do meio ambiente. Obviamente que para que se possa contribuir efetivamente para a segurança desse tipo de transporte, torna-se necessário que se implemente um modelo de gestão adequado para o mesmo nos respectivos órgãos rodoviários, que inclua procedimentos para as atividades de registro único e completo dos dados de coleta, assim como para o processamento e a avaliação apropriada dos dados relevantes para a gerência desse transporte, assim como aqueles procedimentos requeridos para o planejamento das ações de fiscalização contínua nas rodovias. O modelo de gestão do transporte de produtos perigosos desenvolvido para o DEINFRA além da organização de um banco de dados e sistema informatizado e outros aspectos, propõe a implementação do arranjo funcional para exercer a responsabilidade pelo acompanhamento da execução das medidas preventivas e corretivas, fiscalização e a participação no atendimento a acidentes com produtos perigosos, assim como os procedimentos rotineiros para a fiscalização e o monitoramento contínuo do transporte de produtos perigosos nas rodovias estaduais. O arranjo funcional comentado como exemplo para este trabalho, pressupõe a adoção da atual estrutura do DEINFRA, onde a Diretoria de Operações detém responsabilidades sobre a fiscalização. Obviamente que os demais setores também deverão interagir, desde o planejamento e projeto, pois são esses setores que dão início as primeiras informações necessárias à gestão. Ainda na área de operação, cabe ao setor a manutenção e conservação, onde o gerenciamento das

vulnerabilidades deve ser permanentemente objeto de preocupação. Além disso deve se preocupar fortemente com a adequada sinalização das rodovias. Especificamente no que tange à gerência do transporte desses produtos proposta para Santa Catarina, o banco de dados poderá conter informações relevantes obtidos de forma sistemática, valendo-se das operações de fiscalização rotineira nas rodovias, das pesquisas de campo atualizadas pelo menos a cada 2 anos e das ocorrências de acidentes com produtos perigosos, fazendo uso do Modelo de Formulário para a Fiscalização e Pesquisa do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. A implantação do banco de dados permitirá, para o caso do Estado de Santa Catarina, que todos os integrantes do Programa Estadual de Controle do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos possam ter acesso, obviamente que cada um com o acesso a informações e consultas que lhe interessar, envolvendo as campanhas de fiscalização rotineiras do DEINFRA e da Defesa Civil, as pesquisas programadas e os dados de acidentes com veículos transportando produtos perigosos. Cabe ainda como sugestão para os órgãos rodoviários dos estados, a elaboração de um Manual de Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, com base na publicação no ano de 2000, DNER nº 708/80 – Instruções para a Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional. Além das campanhas realizadas sob a coordenação da Defesa Civil, cabe também aos órgãos rodoviários planejar e executar rotinas de fiscalização. Como pode-se observar, a atividade de fiscalização do transporte rodoviário de produtos perigosos é executada por diversos órgãos, cada um com as suas finalidades, atribuições e jurisdição. Para o caso do Estado de Santa Catarina, a hierarquia legalmente estabelecida para o Programa Estadual de Controle do Transporte de Produtos Perigosos, dá ao Departamento Estadual de Defesa Civil – DEDC, dentre outras, a atribuição de órgão coordenador do programa e da fiscalização do transporte de produtos perigosos, cuja preocupação maior é o atendimento ao desastre, no caso de acidente dessa natureza. No entanto os órgãos rodoviários não podem deixar de chamar para si a responsabilidade da fiscalização desse tipo de transporte. Um dos documentos legais que ratificam essas responsabilidades, além do Código de Trânsito Brasileiro, é a Resolução 083/98 do CONTRAN, que reconhece o DNIT, como órgão executivo rodoviário da União. O Artigo 21 do CTB dá essa competência a todos os órgãos rodoviários em todos os âmbitos. A Portaria nº 1 do DENATRAN, completada pela Portaria 31/2002, relaciona os órgãos rodoviários de todos os âmbitos incluídos no papel de fiscalização sendo, também autuadores de trânsito. Essa competência leva-os a preocuparem-se com o exame da documentação de porte obrigatório, com a adequação dos rótulos de risco e painéis de segurança e com a verificação das condições de operação e de manutenção dos veículos transportadores de produtos perigosos. Obviamente que o papel da fiscalização também deve ocupar-se com a fiscalização das reais condições das vias e das vulnerabilidades de seus entornos. Isto posto, não há dúvida de que aos órgãos rodoviários, também cabe a responsabilidade pela fiscalização do transporte de produtos perigosos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ABIQUIM, Departamento Técnico. “Manual para Atendimento de Emergências com Produtos Perigosos.” 4. Ed.

São Paulo- SP. 2002. 2. ABIQUIM. “Manual de Autoproteção para Manuseio e Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos PP4”. São

Paulo – SP. 1999 3. ABNT. “NBR 14095 – Área de estacionamento para veículos rodoviários de transporte de produtos perigosos”. Rio

de Janeiro – RJ. 2003. 4. CETESB. “Sistema Integrado de Gestão para Prevenção, Preparação e Resposta aos Acidentes com Produtos

Químicos – Manual de Orientação”. São Paulo – SP. 2003. 5. DEINFRA. Relatório Final do Subprograma de Gestão dos Transportes de Produtos Perigosos (Volumes I a III).

Florianópolis, julho 2005. 6. DEINFRA. Minuta do Manual de Procedimentos Ambientais Para Empreendimentos Rodoviários. Florianópolis.

2004. 7. DNER. “Instruções para a Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional”. Rio

de Janeiro – RJ. 2000.

8. DNER. “Manual de Sinalização Rodoviária para Rota de Produtos Perigosos” (em elaboração). Rio de Janeiro – RJ. 1998.

9. FATMA. “Instrução Normativa IN 32 da FATMA, que trata do licenciamento ambiental do transporte rodoviário de produtos perigosos no Estado de Santa Catarina”. Florianópolis – SC. 2004.

10. Decreto Federal nº 2.063, de 06/10/83: Dispõe sobre multas a serem aplicadas por infrações à regulamentação. 11. Decreto Federal nº 96.044, de 18/05/88: Regulamento do Transporte de Produtos Perigosos – RTPP. 12. Decreto Federal nº 1.797, de 25/01/96: Acordo de alcance parcial para a facilitação do Transporte de Produtos

Perigosos. MERCOSUL 13. Decreto Federal nº 2.866, de 07/12/98: Primeiro protocolo adicional ao acorde de alcance parcial para a faciltação

do transporte de produtos perigosos MERCOSUL 14. Decreto Federal nº3.179, de 21/09/99: Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades

lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências 15. Decreto Federal nº3.665, de 23/12/2000: Dá nova redação ao regulamento para a Fiscalização de Produtos

Controlados pelo Exército. 16. Decreto Federal nº 4.793/03, de 17 de julho de 2003, que aprova a Estrutura Regimental do DNIT. 17. Decreto Federal 5.376/2005, de 17 de fevereiro de 2005, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil. 18. Decreto Estadual (Santa Catarina) nº 14.250/81, de 05/06/81, que regulamenta dispositivos da Lei5.793, referentes

à proteção e a melhoria da qualidade ambiental. 19. Decreto Estadual (Santa Catarina) nº 2.894/98, de 20/05/98, que institui o Programa Estadual de Controle do

Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. 20. Decreto Estadual (Santa Catarina) nº 3.570/98, de 18/12/98, que regulamenta o Programa Estadual de Controle do

Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. 21. Decreto Estadual (Santa Catarina) nº 1.678/04, de 15/04/04, que aprova o Regimento Interno do DEINFRA. 22. Lei Federal 5.966, de 11/12/73, que cria o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –

INMETRO. 23. Lei Federal 7735, de 22/02/89: que cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis. 24. Lei Federal 6938/81, de 31/08/81: dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. 25. Lei Federal nº 9.503, de 23/09/97: institui o Código de Trânsito Brasileiro 26. Lei Federal nº 9.611, de 19/02/98: que trata do Transporte multimodal de cargas. 27. Lei Federal nº 9.605 12/02/98: Sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades ao meio

ambiente. 28. Lei Federal 9.933, de 20/12/99, Dispõe sobre as competências do Conmetro e do Inmetro, institui a Taxa de

Serviços Metrológicos 29. Lei Federal nº 10.357, de 27/12/01: Controle e Fiscalização sobre Produtos Químicos que possam ser direcionados

para produção e drogas ilícitas. 30. Lei Federal nº 10.233/2001, de 05/06/2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviários e

terrestres e cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transportes, a Agência Nacional de Transporte Terrestre, a Agência Nacional de Transporte Aquaviário e o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes.

31. Lei Prefeitura Municipal de São Paulo nº 11.368/93, de 17/05/93, que dispõe sobre o transporte de produtos perigosos no município de São Paulo.

32. Lei Estadual (Santa Catarina) nº 5.793/80, que 15/10/80, que dispõe sobre a proteção e melhoria da qualidade ambiental.

33. Lei Estadual (Santa Catarina) nº 10.925/98, de 22/09/98, que dispõe sobre o Sistema de Defesa Civil. 34. Lei Complementar Estadual (Santa Catarina) nº244/03, de 30/01/2003, que cria o DEINFRA. 35. Lei Complementar Estadual (Santa Catarina) nº284/05, de 28/02/2005, que estabelece o modelo de gestão para a

administração pública estadual. 36. FATMA.http://www.fatma.sc.gov.br/download/biblioteca_ambiental/Declaração%20do%20Rio%20de%20Janeiro.

doc 37. UNECE. United Nations Economic Commission for Europe.

http://www.unece.org/trans/danger/publi/unrec/rev13/13files_sp.html 38. Constituição Federal 39. Constituição Estadual de Santa Catarina 40. Lei estadual 10.076, de 11/01/99, que dispõe sobre a criação de zonas de perigo ambiental 41. Resolução nº14/98 CONTRAN, de 06/02/98: Equipamentos Obrigatórios. 42. Resolução nº12/98 CONTRAN, de 16/02/98: Pesos e Dimensões. 43. Resolução nº18/98 CONTRAN, de 17/02/98: Uso de farol baixo aceso.

44. Resolução nº 26/98, 21/05/98, disciplina o o transporte de carga em veículos destinados ao transporte de passageiros.

45. Resolução nº 36/98 CONTRAN, de 21/05/98: Sinalização de veículo em situação de emergência. 46. Resolução nº 38/98 CONTRAN, de 21/05/98: Sinalização de entrada e saída de estacionamento e garagem. 47. Portaria nº 38/98 DENATRAN, de 10/12/98: Códigos das infrações referentes ao Transporte de Produtos Perigosos 48. Resolução nº102/99 CONTRAN, de 31/08/99: Dispõe sobre a tolerância máxima de peso bruto de veículos. 49. Resolução CONAMA 237/97, de 19/12/97 50. Portaria MJ/DPF nº12744, de 25/08/03: Regulamentação da Lei nº10.357. 51. Portaria Ministério do Meio Ambiente nº 393/03, de 02/10/03, que institui Grupos de Trabalho para o Mapeamento

de Áreas de Risco de correntes de atividades que envolvam produtos perigosos. 52. Portaria ANTT nº 420, de 12/02/04, que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte de

Produtos Perigosos. 53. Resolução ANTT nº 701, de 25/08/04, que altera itens da Resolução 420/04 54. Regulamentos Técnicos – INMETRO 55. Normas da ABNT:

NBR 7501 - Transporte de Produtos Perigosos – Terminologia NBR 7503 - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Características,Dimensões e Preenchimento NBR 9735 - Conjunto de Equipamentos para Emergências no Transporte de Produtos Perigosos. NBR 10004 - Resíduos Sólidos. NBR 10271 - Conjunto de Equipamentos para Emergências no Transporte Rodoviário de Ácido Fluorídrico.

NBR 11174 - Armazenamento de Resíduos Classe II - não Inertes e Classe III - Inertes. NBR 12235 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.

NBR 12982 - Desvaporização de Tanque para Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Classe de Risco 3 - Líquidos Inflamáveis. NBR 13221 - Transporte Terrestre de Resíduos. NBR 14064 - Atendimento a Emergência no Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. NBR 14619 - Transporte Terrestre de Produtos Perigosos Incompatibilidade Química.

56. Resolução DNER nº 08/2000, de 05/09/2000: Instruções Para a Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional.

57. Resolução DNIT nº 06/2004, de 06/03/2004, que aprova o Regimento Interno do DNIT 58. Portaria Ministério dos Transportes nº 22, de 19/01/01, que aprova as Instruções para a Fiscalização dos Transporte

Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito do Mercosul. 59. Portaria Ministério dos Transportes nº 349, de 10/05/02, que aprova as Instruções para a Fiscalização dos

Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional. 60. Portaria Intersetorial nº 01 da FATMA, que aprova a Listagem das Atividades Consideradas Potencialmente

Causadoras de Degradação Ambiental. 61. Convênio 08.090/2004, que atribui à Polícia Rodoviária Estadual a qualidade de Agente de Autoridade de Trânsito.