1 ventilação mecânica no paciente com tce dr. sérgio cruz crefito: 90635-f

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1 Ventilação Mecânica no Paciente com TCE Dr. Sérgio Cruz CREFITO: 90635-F

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Page 1: 1 Ventilação Mecânica no Paciente com TCE Dr. Sérgio Cruz CREFITO: 90635-F

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Ventilação Mecânica no Paciente com TCE

Dr. Sérgio Cruz

CREFITO: 90635-F

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Ventilação Mecânica no Paciente com TCE

Dr. Sérgio Cruz

O TCE tem sua etiologia na agressão ou no processo de aceleração ou desaceleração de alta energia do cérebro dentro da caixa craniana, gerando injúria anatômica ou comprometimento funcional.

50% dos casos de TCE levam à hipóxia encefálica.

Aumenta a morbidade e mortalidade.

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Ventilação Mecânica no Paciente com TCE

Dr. Sérgio Cruz

2 os mecanismo de agravamento da lesão.

Lesão primária – ocorre no momento do impacto;

Lesão secundária – resulta do processo patológico consequentes às alterações clínicas iniciais ao trauma, como a HIC e a isquemia cerebral.

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Classificação segundo a gravidade:

• TCE Grave: inclui pcts com SCG ≤ 8

• TCE Moderado: inclui pcts com SCG entre 9 e 12

• TCE Leve: inclui pcts com SCG entre 13 e 15.

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Postura de DECORTICAÇÃO

Postura de DESCEREBRAÇÃO

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O diâmetro pupillar é mantido pel sistema nervoso autônomo.

O componente simpático tem função PUPILODILATADORA (midríase);

E o componente parassimpático tem a função PUPILOCONSTRICTORA (miose).

Anormalidade na reatividade pupilar indicam LESÃO ou COMPRESSÃO de troco encefálico.

Pacientes que com pupilas dilatadas (MIDRÍASE) e fixas em associação com ECG 3, apresentam taxa de mortalidade de 100%.

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ALTERAÇÃO NO RITMO RESPIRATÓRIO

Cheyne-Stokes

Ritmo respiratório patológico caracterizado por um aumento da ventilação e FR gradativamente, em seguida diminuem também gradativamente até a apneia.

Encontrado em pcts com ICC e nas alterações neurológicas que acometem o tronco encefálico (TCE).

Ocorre devido ao baixo débito cardíaco e por estimulação da PaCO2 no centro respiratório.

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Ritmo respiratório patológico caracterizado por uma inspiração prolongada, promovendo uma hiperventilação persistente.

Ocorre devido lesões da ponte.

Achado clínico encontrado no pacientes com TCE, hipoxemia cerebral grave e redução acentuada de fluxo sanguíneo cerebral (FSC).

Ventilação Apnêustica

ALTERAÇÃO NO RITMO RESPIRATÓRIO

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Ritmo respiratório patológico caracterizado por uma arritmia ventilatória que apresenta períodos de apneia.

Traduz um caráter de mau prognóstico ao paciente.

Ocorre devido a lesão bulbar e podem ser encontrados nos casos de hipertensão craniana, meningite, neoplasias encefálicas, hematomas extradurais e no estado comatoso.

Biot ou Respiração Atáxica

ALTERAÇÃO NO RITMO RESPIRATÓRIO

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Ritmo respiratório patológico caracterizado por uma ventilação irregular com amplitudes altas de curta duração e com períodos de apneia subsequentes.

Achado clínico se assemelha à respiração de “ peixe fora d` água ”. Traduz um caráter de mau prognóstico ao paciente

Ocorre devido há lesões isquemicas do bulbo.

Gasping

ALTERAÇÃO NO RITMO RESPIRATÓRIO

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PRESSÃO INTRACRANIANA

A PIC é a pressão exercida sobre a dura-máter.

PIC = Pcerebral + Psangue + Pliquor

PIC = 6 a 10 mmHg

A monitorização da PIC está indicada em pcts comatosos com ECG < 8 e com achados clínicos na TC de crânio.

Regulação da PIC, ocorre por 2 fatores:

Aumento ou redução da perfusão;

Variação da PCO2.

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Oxigênação

Equilíbrio Ácido-básico

Monitorizãção do Paciente

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HIPERCAPNIA provoca uma vasodilatação encefálica, aumentando fluxo sanguíneo encefálico o que aumenta a PIC.

A PCO2 pode afetar a Pressão de Perfusão Cerebral (PPC) e simultaneamente o fluxo sanguíneo encefálico (FSC);

estudos relatam que para cada aumento de 1 mmHg de PCO2 resulta em 2 a 4% de aumento no FSC.

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HIPOCAPNIA leva a uma redução da perfusão tecidual e da oxigenação.

A HIPOCAPNIA provoca uma vasoconstrição encefálica, menor será o aporte sanguíneo encefálico e, desta forma, menor será a PIC.

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Ventilação Mecânica no Paciente com TCE

Objetivo da VM no TCE:

• Controle da Ventilação;

• Controle da Oxigenação arterial.

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Ventilação Mecânica Precoce

Estudos verificam que inubação pré-hospitalar reduz a mortalidade dos pcts com TCE;

Indica - se VM precoce para pcts com Glasgow inferior ou igual a 8 pontos;

Situação pré-hospitalar o pct deve ser ventilado com FiO2 de 100%.

Uma modalidade que possibilite o controle da ventilação, afim de menter uma PCO2 em torno de 30 a 35 mmHg

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V. Assegura uma ventilação adequada;

Possibilita um controle da PCO2;

Possibilita a ventilação de pcts sedados ou curarizados;

Modalidade essencialmente controlada.

D. Tempo L. Fluxo ou pressão C. Volume ou pressão

Estratégia Ventilatória nos Pacintes com TCE

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Estratégia Ventilatória nos Pacintes com TCE

FiO2 = 100 %

Pausa inspiratória = 0,6 a 1,2 s

Sensibilidade = -1 ou -2 cmH2O Volume Corrente = peso x 8 ml/Kg FR = 12 ipm

Fluxo = 60 L/min PEEP = 5 cmH2O

Obs... Valores recomendados para início do suporte ventilatório fase hospitalar.

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Monitorização e Controle da Oxigenação

FiO2 corresponde à porcentagem de oxigênio que será ofertada a cada ciclo ventilatório.

FiO2 = 21% (0,21)

FiO2 em VM de 21 a 100 % (0,21 a 1,0)

Após admissão deve priorizar FiO2 menor que 60%, afim de manter uma PaO2

satisfatória e uma SaO2 > que 92%.

FiO2 ideal = PaO2 ideal x FiO2 atual / PaO2 da gasometria

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Monitorização e Controle da Oxigenação

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HIPERVENTILAÇÃOESTRATÉGIA PARA VENTILAR PCTS COM TCE

Pode ser obtida por meio do aumento do VC e da FR

VC ideal = peso ideal x 5 a 10 mL/Kg

VC ideal = peso ideal x 8 mL/Kg

VC ideal = 60 x 8 mL/Kg

VC ideal = 480 mL

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HIPERVENTILAÇÃOESTRATÉGIA PARA VENTILAR PCTS COM TCE

VOLUME MINUTO

Corresponde ao produto do (VC em litros) x FR

Valores aceitáveis em VM: 6 a 9 L/min

500 ml x 12 ipm 500 ml x 18 ipm

0,5 x 12 = 6 L/min 0,5 x 18 = 9 L/min

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HIPERVENTILAÇÃOESTRATÉGIA PARA VENTILAR PCTS COM TCE

Aumento da PCO2:

Provoca uma vasodilatação encefálica, aumentando fluxo sanguíneo encefálico o que aumenta a PIC.

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Redução da PCO2:

Provoca uma vasoconstrição encefálica, menor será o aporte sanguíneo encefálico e, desta forma, menor será a PIC.

pode levar a uma redução da perfusão tecidual e da oxigenação.

HIPERVENTILAÇÃOESTRATÉGIA PARA VENTILAR PCTS COM TCE

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Interpretação Clínica daGasometria Arterial

Descubra o Passo a Passo doEquilíbrio Ácido-básico