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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
NOME DO ALUNO
MANUAL MODELO PARA MONOGRAFIAS DE CONTÁBEIS
CAXIAS DO SUL
2017
NOME DO ALUNO
MANUAL MODELO PARA MONOGRAFIAS DE CONTÁBEIS
Monografia apresentada como requisito para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul
Orientador TCC I: Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador)Orientador TCC II: Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador)
CAXIAS DO SUL
2017
NOME DO ALUNO
MANUAL MODELO PARA MONOGRAFIAS DE CONTÁBEIS
Monografia apresentada como requisito para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul
Orientador TCC I: Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador)Orientador TCC II: Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador)
Aprovado (a) em ____/_____/_____
Banca Examinadora:
Presidente
--------------------------------------------------Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador do TCC II)Universidade de Caxias do Sul - UCS
Examinadores:
----------------------------------------------------------------------Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do professor examinador/banqueiro)Universidade de Caxias do Sul - UCS
----------------------------------------------------------------------Prof. (Titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do professor examinador/banqueiro)Universidade de Caxias do Sul - UCS
Dedico a todos vocês, sempre estiveram ao meu lado, que me incentivando, em especial a (pessoas a que se deseja fazer a dedicatória) que muito contribuiu para que este trabalho atingisse seus objetivos.1
1 A inclusão ou não da dedicatória é de escolha do aluno (não é obrigatória a sua existência). Se o aluno optar pela inclusão, então cabe a ele também escolher o conteúdo, sendo que, o texto apresentado é apenas um exemplo que pode servir como base para o texto final.
AGRADECIMENTOS
Quero expressar meus agradecimentos a todas as pessoas que, de uma forma ou de
outra, colaboraram para que este trabalho fosse realizado. Em especial ao meu orientador,
Prof. (informar a titulação - Esp. Ms. ou Dr. – e nome do orientador), pela sua competência e
orientação durante todo o desenvolvimento desta monografia. Agradeço de forma toda
especial, (pode-se citar instituições, familiares ou pessoas que contribuíram de alguma forma
durante a pesquisa, informando o motivo do agradecimento: ex: pelo amor, compreensão e
apoio dedicados, que foram fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho ou por
acreditarem ou por acreditarem em minhas escolhas, apoiando-me e esforçando-se junto a
mim, para que eu suprisse todas elas)2.
2 O texto aqui apresentado é um mero exemplo, cabendo ao aluno definir a quem cabe os agradecimentos. No entanto, deve-se evitar um número de agradecimentos muito extenso, devendo-se colocar sempre os agradecimentos por ordem hierárquica de importância, sendo padrão, o orientador ser o primeiro a receber os agradecimentos.
“Toda vitória é alcançada com luta e sofrimento; porém a luta passa, o sofrimento é apenas temporário, mas a vitória que se consegue permanece.”
James Allen3
3 A inclusão ou não de pensamento/epígrafe é de escolha do aluno (não é obrigatória a sua existência). Se o aluno optar pela inclusão, então cabe a ele também escolher o conteúdo, sendo que, o texto apresentado é apenas um exemplo.
RESUMO
O conhecimento das normas e procedimentos para elaboração de trabalhos científicos é essencial para a produção da monografia. A monografia, por ser um trabalho de pesquisa científico deve, além de abordar um assunto que contribuía para o conhecimento científico, ser elaborado seguindo as normas técnicas. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão que estabelece essas normas. No entanto, a maioria dos órgãos responsáveis pelas pesquisas elabora o seu manual próprio, tomando como base as normas da ABNT e adequando-as aos seus objetivos. Essa pesquisa busca responder a seguinte pergunta: O que o aluno deve saber e seguir para reduzir suas dificuldades na elaboração de sua monografia? Para responder essa questão elaborou-se uma pesquisa bibliográfica e documental das normas técnicas existentes, de manuais adotados por várias instituições (inclusive o da Universidade de Caxias do Sul) e livros que tratam do tema pesquisado. Também se buscou identificar os pontos de maior dificuldade dos alunos na elaboração da monografia. O estudo apresenta as normas técnicas entendidas como básicas para a elaboração da monografia e aborda a sequência a ser seguida e o conteúdo necessário de cada elemento. O estudo está escrito seguindo as normas de uma monografia, podendo assim, sendo assim, ele poder ser utilizado como modelo, tanto na formatação como na forma de elaboração do conteúdo de seus elementos. Concluiu-se que existem muitas normas que regem a elaboração de trabalhos científicos, sendo que, em muitos casos apresentam regras conflitantes, tornando-se indispensável o estabelecimento de um guia para reduzir as dificuldades do pesquisador. Certamente, esse estudo contribui em muito na redução dessa dificuldade, tanto por parte do aluno pesquisador como do professor orientador.
Palavras-chave: Normas técnicas. Monografia. ABNT. Trabalhos científicos. Formatação. Delimitação do tema. Contabilidade4.
4 Observar que apenas a primeira letra de cada palavra-chave - que pode ser uma expressão - deve ser escrita em maiúscula, sendo que, ao final de cada palavra chave deve ser colocado um ponto final.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ponto de equilíbrio e lei dos rendimentos decrescentes 106
LISTAS DE QUADROS
Quadro 1 - Vantagens e desvantagens dos sistemas de avaliação de estoques.......................106
Quadro 2 - Símbolos para designação de unidade de medidas...............................................112
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Produção e venda da empresa Beta (em unidades) 1999-2002.............................109
Tabela 2 – Produção e venda da empresa Alfa (em unidades) 2002-2005.............................110
LISTA DE ABREVIATURAS
ca antes de Cristo
Dr. doutor
Esp. especialista
Ms. mestre
n. número
nº. número
p. página
prof. professor
v. volume
vol. Volume
LISTA DE SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR – Norma Brasileira de Regulamentação
PPGC – Programa de Pós-Graduação em Computação
SUESC – Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura
UCS – Universidade de Caxias do Sul
LISTA DE SÍMBOLOS
% por cento
® marca registrada
cm³ centímetro cúbico
g grama
h horas
kg quilograma
km quilometro
l litro
m metro
m² metro quadrado
mg miligrama
min minutos
ml mililitro
mm milímetro
ºC temperatura Celsius (centígrado)
pH potencial Hidrogênio-Iônio
R$ reais
s segundos
um micrômetro
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................21
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO...............................................................21
1.2 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA.................................................................22
1.3 HIPÓTESES OU PROPOSIÇÕES.........................................................................22
1.4 OBJETIVOS............................................................................................................22
1.4.1 Objetivo geral........................................................................................................22
1.4.2 Objetivos específicos.............................................................................................23
1.5 ESTRUTURA DO ESTUDO..................................................................................23
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................25
2.1 CONCEITO DE MONOGRAFIA..........................................................................25
2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA..................................................................................25
2.2.1 Tema.......................................................................................................................26
2.2.2 Escolha da área de concentração.........................................................................26
2.2.3 Escolha do tema....................................................................................................27
2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA.........................................................29
2.3.1 Definição da situação problemática....................................................................29
2.3.2 Questão de pesquisa..............................................................................................30
2.4 PRÉ-REQUISITOS PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA..................30
2.4.1 Época de sua realização........................................................................................30
2.4.2 Número mínimo de créditos.................................................................................31
2.4.3 Disciplinas já cursadas.........................................................................................31
2.5 TAMANHO IDEAL................................................................................................31
2.6 ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA.......................................32
2.6.1 Etapa 1 – Elaboração do projeto.........................................................................32
2.6.1.1 Estrutura..................................................................................................................32
2.6.1.1.1 Elementos................................................................................................................33
2.6.1.1.2 Elementos textuais...................................................................................................34
2.6.1.1.3 Elementos pós-textuais............................................................................................35
2.6.1.2 Regras gerais de apresentação.................................................................................35
2.6.2 Etapa 2 – A coleta de dados.................................................................................36
2.6.2.1 Fontes de informações.............................................................................................36
2.6.2.2 Escolha da metodologia a ser usada na pesquisa....................................................36
2.6.2.3 Estabelecimento de um roteiro preliminar..............................................................37
2.6.2.4 Compilação da bibliografia.....................................................................................37
2.6.2.5 Avaliação das fontes................................................................................................37
2.6.2.6 Elaboração de anotações.........................................................................................38
2.6.2.7 Recursos metodológicos..........................................................................................38
2.6.3 Etapa 3 – A análise dos dados..............................................................................39
2.6.4 Etapa 4 – A elaboração escrita............................................................................39
2.6.4.1 A estrutura definitiva do projeto de pesquisa..........................................................39
2.6.4.2 A redação final........................................................................................................39
2.6.4.3 Apresentação gráfica geral do trabalho...................................................................41
2.7 PRÉ-CONDIÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA...................41
2.7.1 Vontade..................................................................................................................42
2.7.2 Disciplina...............................................................................................................42
2.7.3 Dedicação...............................................................................................................42
2.7.4 Programe o tempo.................................................................................................43
2.7.5 Concentração.........................................................................................................43
2.7.6 Ordem....................................................................................................................44
2.7.7 Material..................................................................................................................44
2.8 ORIENTAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO..................................................44
2.8.1 O papel do Orientador.........................................................................................44
2.8.2 O papel do estudante............................................................................................45
3 METODOLOGIA.................................................................................................47
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA.......................................................................47
3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS...........................48
4 TIPOS DE PESQUISAS UTILIZADAS EM ESTUDOS CIENTÍFICOS.......50
4.1 NATUREZAS DE PESQUISA...............................................................................50
4.1.1 Qualitativa.............................................................................................................50
4.1.1.1 Características da pesquisa qualitativa....................................................................51
4.1.1.2 Estratégias utilizadas pelas pesquisas qualitativas..................................................51
4.1.2 Quantitativas.........................................................................................................52
4.1.2.1 Estratégias utilizadas pelas pesquisas quantitativas................................................52
4.2 NÍVEIS DE PESQUISA.........................................................................................53
4.2.1 Pesquisa exploratória...........................................................................................53
4.2.2 Pesquisa descritiva................................................................................................55
4.2.2.1 Estudos descritivos transversais..............................................................................56
4.2.2.2 Estudos descritivos longitudinais............................................................................56
4.2.3 Pesquisa explicativa..............................................................................................57
4.2.4 Pesquisa experimental / causal............................................................................57
4.2.4.1 Experimentos de laboratório...................................................................................58
4.2.4.2 Experimentos de campo..........................................................................................59
4.3 TÉCNICAS (ESTRATÉGIAS) UTILIZADAS EM PESQUISAS.........................59
4.3.1 Estudo de caso.......................................................................................................59
4.3.2 Pesquisa-ação........................................................................................................60
4.3.3 Pesquisa survey (enquête)....................................................................................61
4.3.4 Grupos de foco......................................................................................................62
4.3.5 Entrevistas em profundidade...............................................................................62
4.3.6 Técnica Delphi.......................................................................................................62
4.3.7 Pesquisa bibliografia.............................................................................................63
4.3.8 Pesquisa documental.............................................................................................63
4.3.9 Pesquisa participante............................................................................................64
4.3.10 Etnografia..............................................................................................................64
4.3.11 Pesquisa experimental..........................................................................................64
5 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS.........................................................................66
5.1 CAPA......................................................................................................................66
5.2 LOMBADA.............................................................................................................67
5.3 FOLHA DE ROSTO...............................................................................................67
5.4 ERRATA.................................................................................................................69
5.5 FOLHA DE APROVAÇÃO...................................................................................69
5.6 DEDICATÓRIA......................................................................................................70
5.7 AGRADECIMENTOS............................................................................................70
5.8 EPÍGRAFE (PENSAMENTO, FRASE OU POEMA)...........................................70
5.9 PÁGINA PARA O RESUMO.................................................................................70
5.10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES...................................................................................72
5.11 LISTA DE TABELAS............................................................................................73
5.12 LISTA DE SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS.......................................74
5.13 SUMÁRIO...............................................................................................................74
6 ELEMENTOS TEXTUAIS..................................................................................77
6.1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................77
6.2 TEXTO (DESENVOLVIMENTO).........................................................................78
6.3 CONCLUSÃO.........................................................................................................80
7 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS.........................................................................82
7.1 REFERÊNCIAS......................................................................................................82
7.1.1 Elementos essenciais.............................................................................................82
7.1.2 Elementos complementares..................................................................................83
7.1.3 Localização e ordenação.......................................................................................83
7.1.4 Regras gerais de apresentação.............................................................................83
7.1.4.1 Alinhamento e espaçamento....................................................................................83
7.1.4.2 Texto da referência..................................................................................................84
7.1.4.3 Ordenação das referências.......................................................................................84
7.1.4.4 Autoria.....................................................................................................................85
7.1.4.4.1 Autor pessoal...........................................................................................................85
7.1.4.4.2 Autor repetido..........................................................................................................86
7.1.4.4.3 Autores com o mesmo sobrenome..........................................................................86
7.1.4.4.4 Autor entidade/evento.............................................................................................87
7.1.4.4.5 Autoria não determinada.........................................................................................87
7.1.4.5 Título.......................................................................................................................87
7.1.4.6 Imprenta...................................................................................................................87
7.1.4.7 Outras informações..................................................................................................89
7.1.4.7.1 Indicação de número de páginas ou volumes..........................................................89
7.1.4.7.2 Indicação de materiais especiais..............................................................................89
7.1.4.8 Pontuação................................................................................................................89
7.1.5 Modelos de referências.........................................................................................90
7.2 GLOSSÁRIO...........................................................................................................90
7.3 ANEXOS E/OU APÊNDICES...............................................................................91
7.3.1 Apêndices...............................................................................................................91
7.3.2 Anexos....................................................................................................................91
7.4 ÍNDICE...................................................................................................................92
8 FORMATAÇÃO DO TEXTO.............................................................................93
8.1 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DOS CAPÍTULOS E SEÇÕES.......................93
8.1.1 Seções primárias...................................................................................................94
8.1.2 Seções secundárias................................................................................................94
8.1.3 Seções terciárias....................................................................................................94
8.1.4 Seções quaternárias..............................................................................................95
8.1.5 Seções quinárias....................................................................................................95
8.1.6 Alíneas....................................................................................................................95
8.1.7 Tabelas, figuras ou ilustrações e fórmulas..........................................................96
8.1.8 Citações de indicativos..........................................................................................96
8.2 NOTAS DE RODAPÉ............................................................................................97
8.2.1 Notas de referência...............................................................................................97
8.2.2 Notas explicativas..................................................................................................98
8.3 FORMATAÇÃO DO TEXTO................................................................................98
8.3.1 Fonte.......................................................................................................................99
8.3.2 Espacejamento....................................................................................................100
8.3.3 Número da página...............................................................................................101
8.3.4 Configuração da página.....................................................................................102
8.4 TAMANHO DO PAPEL.......................................................................................103
8.5 REGRAS DE ABREVIAÇÃO..............................................................................104
8.6 ILUSTRAÇÕES....................................................................................................104
8.6.1 Formatação de quadros......................................................................................105
8.6.2 Formatação de figuras........................................................................................106
8.7 TABELAS.............................................................................................................107
8.7.1 Formatação de tabelas........................................................................................107
8.8 NÚMEROS...........................................................................................................110
8.8.1 Formatação de equações e fórmulas.................................................................110
8.8.2 Numerais..............................................................................................................110
8.8.3 Frações.................................................................................................................111
8.8.4 Porcentagens........................................................................................................111
8.8.5 Ordinais...............................................................................................................111
8.8.6 Datas.....................................................................................................................111
8.8.7 Horários...............................................................................................................112
8.8.8 Quantias...............................................................................................................112
8.8.9 Pesos e medidas...................................................................................................112
8.9 CITAÇÕES...........................................................................................................112
8.9.1 Sistema de chamada de citação (remetendo para a lista de referências).......113
8.9.1.1 Sistema autor-data.................................................................................................113
8.9.1.2 Sistema numérico..................................................................................................113
8.9.2 Citação direta:.....................................................................................................114
8.9.2.1 Citação até três linhas:...........................................................................................115
8.9.2.2 Citação com mais de três linhas:...........................................................................116
8.9.3 Citação livre, indireta ou paráfrase..................................................................117
8.9.4 Citação de obra com um autor..........................................................................117
8.9.5 Citação de obra com dois ou três autores.........................................................118
8.9.6 Citação de obra com mais de três autores........................................................118
8.9.7 Citação de diferentes obras................................................................................118
8.9.8 Citações de diversos documentos de um mesmo autor publicados num mesmo
ano........................................................................................................................119
8.9.9 Citação de entidades coletivas conhecidas por siglas......................................119
8.9.10 Citações de diversos documentos mencionados simultaneamente.................119
8.9.11 Citação de documento sem autoria ou publicação periódica referenciada no
todo.......................................................................................................................120
8.9.12 Citação de título que inicia com artigo (definido ou indefinido)....................120
8.9.13 Citação de citação...............................................................................................121
8.9.14 Informação oral...................................................................................................122
8.9.15 Trabalhos em fase de elaboração......................................................................123
8.9.16 Enfatizando trechos de citação..........................................................................123
8.9.17 Supressões............................................................................................................123
8.9.18 Interpolações ou comentários............................................................................123
9 MODELOS DE REFERÊNCIAS......................................................................125
9.1 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO.........................................................125
9.2 MONOGRAFIA (LIVRO, FOLHETO, SEPARATA, DISSERTAÇÕES, TESES,
ETC.).....................................................................................................................126
9.2.1 Monografia no todo com autoria.......................................................................126
9.2.2 Monografia no todo em meio eletrônico...........................................................126
9.2.3 Monografia no todo sem autoria.......................................................................127
9.2.4 Monografia consideradas em parte...................................................................127
9.2.5 Monografia em parte em meio eletrônico.........................................................129
9.2.6 Dissertação/Tese/Trabalho de Conclusão.........................................................129
9.3 PUBLICAÇÃO PERIÓDICA...............................................................................129
9.3.1 Publicações periódicas consideradas no todo...................................................130
9.3.2 Partes de revistas, boletim etc............................................................................130
9.3.3 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc.......................................................131
9.3.4 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico....................131
9.3.5 Artigo e/ou matéria de jornal............................................................................131
9.3.6 Artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico...........................................132
9.4 EVENTO COMO UM TODO..............................................................................132
9.4.1 Evento como um todo.........................................................................................132
9.4.2 Evento como um todo em meio eletrônico........................................................133
9.5 TRABALHO APRESENTADO EM EVENTO...................................................133
9.5.1 Trabalho apresentado em evento......................................................................133
9.5.2 Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico.....................................134
9.6 ARTIGO OU TRABALHO PUBLICADO EM CONGRESSOS........................134
9.6.1 Artigo publicado em anais de congresso...........................................................134
9.6.2 Trabalho publicado em anais de congresso disponível em meio eletrônico. .135
9.7 PATENTE.............................................................................................................135
9.8 DOCUMENTO JURÍDICO..................................................................................135
9.8.1 Legislação............................................................................................................135
9.8.2 Jurisprudência (decisões judiciais)....................................................................136
9.9 DOUTRINA..........................................................................................................136
9.9.1 Documento jurídico............................................................................................137
9.9.2 Documento jurídico em meio eletrônico...........................................................137
9.10 IMAGEM EM MOVIMENTO.............................................................................137
9.11 DOCUMENTO ICONOGRÁFICO......................................................................138
9.11.1 Documento iconográfico.....................................................................................138
9.11.2 Documento iconográfico em meio eletrônico....................................................138
9.12 DOCUMENTO CARTOGRÁFICO.....................................................................138
9.12.1 Documento cartográfico.....................................................................................139
9.12.2 Documento cartográfico em meio eletrônico....................................................139
9.13 DOCUMENTO SONORO NO TODO.................................................................139
9.13.1 Documento sonoro no todo.................................................................................140
9.13.2 Documento sonoro em parte..............................................................................140
9.14 DOCUMENTOS DE ACESSO EXCLUSIVO EM MEIO ELETRÔNICO.........141
9.15 OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................141
9.15.1 Entrevistas...........................................................................................................141
9.15.2 Informação verbal...............................................................................................142
9.15.3 Banco de dados....................................................................................................142
9.15.4 E-mail...................................................................................................................142
10 CONCLUSÃO.....................................................................................................143
REFERÊNCIAS...................................................................................................................145
APÊNDICE A - ORDEM SEQUENCIAL E PAGINAÇÃO DOS ELEMENTOS DE
UMA MONOGRAFIA........................................................................................150
ANEXO A - BOM LEITOR X MAU LEITOR – (DÉCIO VIEIRA SALOMON)......153
ANEXO B - A ESCOLHA DE UM TEMA: TRADUÇÃO DO CAPÍTULO 1 DE “1000
IDEIAS” (ADAPTADA).....................................................................................155
ANEXO C - PALAVRAS/EXPRESSÕES DE COESÃO................................................160
ANEXO D - ESTRUTURA DE METODOLOGIA COM POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS,
TÉCNICAS DE COLETA E DE ANÁLISE.....................................................165
21
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
A maioria dos alunos de graduação ao chegar próximo do final do curso se defronta
com a necessidade de elaborar a sua monografia. Etapa essa, representada por uma pesquisa
necessária para a conclusão do curso de graduação e que gera uma grande ansiedade e
dificuldade para a maioria dos alunos.
A dificuldade na formatação e na definição da estrutura ideal para o texto da
monografia tem se apresentado como um grande desafio para os alunos de graduação. Para a
maioria dos alunos de graduação, a monografia é o primeiro trabalho elaborado que exige o
uso das normas técnicas para trabalhos científicos. A existência dessa situação, somada ao
foto de que as normas da ABNT (normas oficiais a serem aplicadas) nem sempre são fáceis de
serem interpretadas, por pessoas que estão mantendo seu primeiro contato, bem como a
existência de múltiplas interpretações, por parte de alguns autores em relação às mesmas,
entende-se que é de extrema importância elaborar um manual que estabeleça de forma clara,
objetiva e de fácil compreensão qual o conteúdo que uma monografia de possuir, bem como
quais são as regras de formatação devem ser seguidas na formatação do texto final.
A realização do estudo aqui proposto também é importante na medida em que vai
permitir estabelecer um critério unificado na elaboração das monografias, também reduzirá a
dificuldade do aluno e do orientador na tarefa de elaboração, formatação e orientação, visto
que, a pesquisa pretende elaborar ir além da elaboração de um manual (apresentando as
normas de conteúdo e formatação), apresentando um modelo de pesquisa (monografia), onde
será possível facilmente identificar através de exemplos qual o conteúdo que cada elemento
deve possuir, bem como a forma de formatação de cada um deles.
Com o objetivo de facilitar a elaboração da monografia, o estudo aqui proposto busca
demonstrar as principais regras que o aluno deve seguir na elaboração de seu trabalho de
pesquisa e o que ele deve incluir em cada parte (elemento) de seu trabalho. Além disso, o
estudo apresenta alguns questionamentos e comentários que contribuirão na tarefa de escolha
do tema, pesquisa e elaboração da monografia. Ou seja, o texto será apresentado na forma de
uma pesquisa (monografia) que trata de como se deve fazer para a realização de uma
monografia.
22
1.2 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA
A questão de pesquisa que o estudo pretende responder é quais são as regras que o
aluno deve seguir na elaboração de sua monografia em relação ao conteúdo e a formatação de
cada um dos elementos que devem compor o texto escrito? Embora já existam normas
específicas oficiais estabelecidas com esse fim (ABNT), bem como a existência de um grande
volume de bibliografia (livros e manuais de universidades), ainda existem muita confusão e
dificuldade por parte dos alunos em definir qual o conteúdo que uma monografia deve ter,
bem como qual a correta forma de formatação do seu texto. Diante disso, responder essa
questão é muito importante.
1.3 HIPÓTESES OU PROPOSIÇÕES
Hipóteses são respostas provisórias que se tem em relação às situações que se deseja
confirmar. Ou seja, são respostas provisórias a questões que o pesquisador deseja responder
através de sua pesquisa. Nem todo o tipo de pesquisa tem a definição de hipóteses. A
existência delas é mais comum em pesquisas que tem por objetivo confirmar uma situação
junto a uma amostra e com base nesse resultado generalizar junto a toda a população, de onde
a amostra foi retirada. Já as proposições é a descrição de situações que se deseja verificar se
elas existem e/ou ocorrem da forma como o pesquisador acredita que seja. No entanto, elas
não têm por objetivo generalizar. Na prática, elas não deixam de representar objetivos que o
pesquisador definiu para o seu estudo.
Entende-se que no estudo aqui proposto, não cabe a apresentação de hipóteses e nem
de proposições, uma vez que, os objetivos específicos a seguir apresentados já contemplam o
que pesquisador deseja com o presente estudo.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo geral
Elaborar um manual-modelo de como devem ser produzidas e formatadas as
monografias elaboradas pelos alunos do curso de Ciências Contábeis da Universidade de
Caxias do Sul seguindo-se as normas técnicas científicas e as determinações estabelecidas
pelo colegiado do curso.
23
1.4.2 Objetivos específicos
- Realizar uma pesquisa documental, utilizando-se das normas ABNT, dos livros e
manuais já existentes, para identificar quais são as normas estabelecidas para a elaboração das
monografias.
- Fazer a comparação da posição dos autores consultados em relação à interpretação
de como as normas devem ser utilizadas e escolher a forma que mais reflete a posição
expressa em cada uma das normas da ABNT.
- Definir quais são as regras que devem ser seguidas e elaborar exemplos que
permitam uma melhor compreensão por parte dos usuários (alunos e orientadores).
- Elaborar um manual-modelo em forma de monografia, seguindo-se todas as regras
estabelecidas, de tal forma que ele sirva de exemplo de como uma monografia deve ser escrita
(tanto em relação ao seu conteúdo como em relação à sua formatação).
- Validar o manual-modelo elaborado junto ao colegiado do curso de Ciências
Contábeis da Universidade de Caxias do Sul.
1.5 ESTRUTURA DO ESTUDO
A elaboração desse manual-modelo tem o objetivo ser uma fonte alternativa de
consulta e de apoio para os alunos que vão elaborar suas monografias de conclusão do curso e
para os orientadores em suas atividades de orientar. Servindo inclusive, como referência para
a elaboração dos textos, uma vez que, na sua elaboração se seguiu as normas e regras
estabelecidas para uma boa redação dos elementos monográficos, visando com isso servir de
guia para o aluno pesquisador. No caso específico do desenvolvimento do texto central do
manual-modelo, o objetivo da redação se ateve mais na apresentação das normas técnicas e
menos na demonstração da forma de como devem ser elaborados os parágrafos e os textos, no
entanto, o texto apresentado permitirá ao aluno escrever o seu trabalho dentro das normas
científicas. O manual-modelo elaborado tem o objetivo de ir além de ser um simples manual
que estabelece as normas de conteúdo e formatação, tem também o objetivo de auxiliar o
aluno a entender outros procedimentos e critérios importantes que devem ser seguidos por
pesquisadores, não abordados pela maioria dos manuais disponíveis.
Este manual-modelo está dividido em dez capítulos. No primeiro capítulo constam a
importância da pesquisa, a questão da pesquisa, os objetivos. No segundo encontram-se o
24
referencial teórico que visa dar conhecimento do tema a ser pesquisa,. Nele encontram-se o
conceito de monografia, suas principais características, a época de sua elaboração. Nesse
capítulo também é abordado como e o que o aluno deve considerar para escolher e delimitar o
tema a ser pesquisado. No terceiro capítulo está descrita a metodologia que foi utilizada para
esse estudo. Nele encontram-se descritos o delineamento da pesquisa e os procedimentos de
coleta avaliação e análise dos respectivos dados
No quarto capítulo estão abordadas as diversas metodologias utilizadas para os
diferentes tipos de pesquisas, tipos esses que variam dependendo do objetivo, objeto e
instrumentos que o pesquisador vai usar em seu estudo.
A partir do quinto capítulo estão evidenciados os resultados gerados a partir da
pesquisa bibliográfica e documental realizada.No quinto capítulo encontram-se as
características e as normas relacionadas aos elementos pré-textuais da monografia. No sexto
são abordadas as características e as normas relacionadas aos elementos textuais. No sétimo
são apresentadas as características e as normas relacionadas aos elementos prós-textuais. No
oitavo capítulo encontram-se as regras de formatação geral do texto e das normas de
apresentação a serem utilizadas na elaboração da monografia. No nono encontram-se dicas do
uso de vários tipos de referências bibliográficas. No décimo e último capítulo, estão as
principais conclusões geradas com base no estudo realizado.
25
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONCEITO DE MONOGRAFIA
Monografia é um estudo que compreende na realização de uma pesquisa, que pode
ser de campo ou bibliográfica, com o acompanhamento de um professor orientador. A
monografia é mais um instrumento de aprendizagem que os alunos dos cursos de graduação
têm para refletir o seu modo de pensar, trabalhar e concluir, sendo ela um requisito essencial
para a obtenção do grau de bacharel. A monografia destina-se possibilitar ao aluno
aprofundar-se nos métodos e técnicas de investigação científica, bem como a desenvolver os
conhecimentos teóricos e práticos relacionados com a problemática a estudar. Pretende-se que
a monografia seja o culminar do processo de formação do aluno.
A monografia é uma das formas de promover a pesquisa científica como um
procedimento racional e sistemático que tem por objetivo possibilitar a busca de respostas aos
problemas enfrentados pelas pessoas, sociedade e suas organizações. A pesquisa científica
tem por finalidade a investigação de conhecimentos teóricos práticos mediante o uso de
métodos e técnicas consagrados pela ciência.
Segundo o Manual para Elaboração de Monografia de Iniciação Científica da
Universidade do Sagrado Coração (2003, p. 6):
Podemos considerar a Monografia um trabalho didático que faz parte intrínseca da formação técnica ou científica do estudante, já que leva o aluno a buscar, nas devidas fontes, elementos complementares àqueles adquiridos no próprio curso. [...] É desse tipo de trabalho que o estudante, além de ampliar seus conhecimentos, se iniciará no método da pesquisa e da reflexão.
Segundo o manual citado, pode-se considerar a monografia um trabalho didático que
faz parte intrínseca da formação técnica ou científica do estudante, já que leva o aluno a
buscar, nas devidas fontes, elementos complementares àqueles adquiridos no próprio curso. É
através desse tipo de trabalho que o estudante, além de ampliar seus conhecimentos, se
iniciará no método da pesquisa e da reflexão.
26
2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Tanto a definição do tema como a sua delimitação devem estar relacionadas com o
ensino de assuntos relacionados com o curso de graduação que o aluno está cursando, seja de
forma específica ou com algum tipo de relacionamento com o seu campo de aplicação.
2.2.1 Tema
Quando os temas para pesquisa não constituem uma exigência de determinada
disciplina, os alunos devem selecionar temas que sejam relevantes para a vida acadêmica, mas
que estejam condizentes com o estágio de desenvolvimento intelectual do educando.
Os trabalhos monográficos de conclusão de curso podem ter sua temática voltada
para assuntos que direcionem o educando a uma especialização, ou mesmo para preencher
lacunas teóricas que eventualmente ocorreram durante o curso. Podem ainda dar continuidade
às pesquisas iniciadas em outras monografias, aprofundando o conhecimento em determinado
assunto, estabelecendo propostas de atuação em uma área específica ou realizando uma
verificação empírica de uma proposta de trabalho que só havia sido elaborada teoricamente.
O tema escolhido deve ser constituir num desafio, para que a motivação para a
pesquisa se mantenha até o final do trabalho. A leitura de outras monografias, a discussão
com especialistas da área, debates, filmes, são recursos que auxiliam a escolha do tema e
levam à formulação clara do problema a ser investigado e suas possíveis soluções.
A seleção do tema começa pela escolha da área de concentração que se deseja fazer a
pesquisa, passa pela própria seleção do tema e termina com a delimitação do mesmo.
2.2.2 Escolha da área de concentração
A escolha pela área de concentração é de livre opção do aluno que vai realizar a
pesquisa, devendo ocorrer durante o curso e oficializada no momento em que o aluno realizar
a matrícula na disciplina específica de monografia. A única limitação que o aluno poderá
encontrar na sua escolha é o número de vagas disponíveis para cada disciplina (área de
concentração). É importante que o aluno não deixe para escolher a área de concentração
apenas dias antes da matrícula, pois a escolha deve levar em conta vários aspectos que vão
facilitar a elaboração da monografia, tais como: que a área de concentração tenha relação com
o tema a ser escolhido; que o aluno tenha conhecimento pretérito do tema e que o mesmo
27
tenha facilidade para escrever sobre ele; que durante o curso, antes da escolha da área, o aluno
troque ideias com os professores orientadores para verificar se o tema desejado pode ser
objeto de uma pesquisa e a qual área que melhor se encaixa; se existe material abundante
suficientemente para a realização da pesquisa; se o tema é relevante; entre outros.
2.2.3 Escolha do tema
Tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de uma
dificuldade prática enfrentada pelo pesquisador, da sua curiosidade científica, de desafios
encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria. Independente de sua origem, o
tema é, nessa fase, necessariamente amplo, precisando ser mais bem delimitado para se tornar
um assunto passível de ser pesquisado.
Na escolha, o estudante poderá tomar a iniciativa, selecionando um assunto ou
problema de trabalho, de acordo com suas preferências, evidenciadas durante o curso de
graduação. Pode aceitar o tema indicado pelo professor ou escolher um tópico, constante de
uma relação oferecida pelo orientador, tendo sempre em vista o seu interesse.
O primeiro passo, em qualquer projeto de pesquisa é obviamente a escolha do tema a
ser investigado. Se o projeto de pesquisa tem uma ampla abrangência ou se há muita coisa
nele envolvida (por exemplo, o último passo para a concessão de um diploma), então a
escolha de um tópico adequado assume importância maiúscula.
Para selecionar um tema de pesquisa, deve-se ter presente o seguinte:
É interessante? Uma monografia não precisa constituir-se numa leitura monótona. Se
o autor dá um tratamento interessante ao tema, provavelmente vai interessar seus leitores.
É muito amplo? Em quase todos os casos, há um limite oficial ao tamanho do estudo
bem definido em termos de palavras ou páginas. Isto, por si só, determina a amplitude do
tema.
Geralmente, é o professor ou editor de revista que determina o tamanho da
monografia, mas é útil ter como referência o seguinte:
a) ensaio curto – 5 a 15 páginas;
b) ensaio longo – 10 a 40 páginas;
c) trabalho de conclusão de curso (monografia) – 35 a 60 páginas;
d) dissertação de mestrado – 50 a 150 páginas;
e) tese de doutorado – 100 a 300 páginas.
28
Para um trabalho realmente original, onde são usados números, gráficos e fórmulas
ao invés de longas descrições, o número requerido de páginas pode ser menor. É muito
importante que os autores saibam, desde o começo, quanto se podem estender no trabalho.
O material necessário é facilmente acessível? Por mais interessante que um tópico
possa ser, não conduzirá a bons resultados se o autor não tiver acesso aos dados relevantes.
Assim, antes de definir-se por um tema, deve certificar-se de que existe um bom estoque de
material a ser utilizado.
O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. A escolha pode depender:
das inclinações, aptidões, tendências, qualificações pessoais, disponibilidade, existência de
obras suficientes para o estudo global do tema e possibilidade de consultar especialistas. O
tema é a realidade a respeito da qual se deseja saber alguma coisa, ou mesmo agir sobre a
mesma.
A escolha do tema é a primeira e uma das mais difíceis etapas, para quem vai
elaborar uma monografia de conclusão de curso. Em função disso, apresentamos a seguir
algumas informações com o objetivo de auxiliar o aluno que deve fazer sua monografia de
conclusão no curso num futuro próximo, ou mesmo quem esteja iniciando e que ainda não
tenha definido o tema a ser trabalhado. Tal auxílio diz respeito à primeira etapa dessa
caminhada: a escolha do tema de pesquisa. Por isto, ela é dirigida fundamentalmente àquele
subconjunto de alunos que não se fixou em nenhum tema; não obstante, mesmo o aluno que já
o escolheu poderá beneficiar-se da leitura deste material, no sentido de testar a qualidade do
tema escolhido, bem como visualizar algumas etapas do trabalho futuro.
A experiência tem demonstrado que um dos maiores empecilhos ao bom
desempenho de muitos alunos na atividade de escrever sua monografia final consiste na
escolha do tema de pesquisa, o que, por via de consequência, também lhe torna difícil a
identificação de um professor orientador. No que diz respeito a esta questão é recomendável
que o aluno consulte o mais cedo possível os atuais professores orientadores para verificar se
o tema a ser escolhido é por eles aceito.
Especificamente, para os alunos de contábeis, no que diz respeito à escolha do tema,
deve ficar claro que a tarefa do aluno, consistindo em elaborar uma monografia, já implica
etimologicamente, que há um tema de natureza contábil ou com relação com a contabilidade
que deve ser tratado em razoável grau de profundidade. Para entender o que significa
“razoável grau de profundidade”, pode-se considerar dois indicadores. Primeiramente, trata-se
de um trabalho de cerca de 50 (cinquenta) páginas (é claro que trabalhos com 65 e 45 páginas
29
têm cerca de 50, o que não ocorre com trabalhos de 20 e 280 páginas...). Em segundo lugar,
trata-se de demonstrar o domínio de conteúdos de teoria contábil relacionados ao tema, num
nível apresentado ao longo do curso de graduação e de fragmentos da literatura especializada,
divulgada em revistas técnicas e livros.
Ao longo dos semestres anteriores, o aluno teve a oportunidade de tomar contato
com diversos assuntos contábeis que o interessaram. Trata-se de selecionar um destes, para
posteriormente desenvolve-los de acordo com o conceito de “razoável grau de profundidade”
acima exposto.
Exemplificando, os alunos que optarem pela Contabilidade de Custos como área de
concentração, para realizarem sua monografia, a escolha do tema poder ocorrer em qualquer
um dos temas tratados nas disciplinas de Contabilidade de Custos ou em outras disciplinas
que tenham alguma relação com os temas relacionados à disciplina de custos. A área de
Contabilidade de Custos é bastante abrangente, visto que, o tema custos está presente em
quase todas as ações que um administrador toma. Podemos citar como exemplos de grades
temas nessa área:
a) sistemas de custeio (tipos, aplicação em teoria ou em casos práticos);
b) preços (métodos, formação, flexibilização, mercados, análise);
c) relação custo-volume-lucro (análise das variações dos componentes);
d) custos (formas de levantamento, de análise, de gerenciamento, de controle);
e) levantamento e análise de atividades administrativas que envolvem receitas e
despesas.
2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
Segundo Fachin (2001), problema é uma questão ainda sem solução, objeto de
discussão e de muito estudo, sendo algo significativo que, a princípio, não tem respostas
explicativas, pois a solução, a resposta ou explicação se farão por intermédio do
desenvolvimento da pesquisa. Na mesma direção, Gil (1991), problema é qualquer questão
que não possui resposta e que é objeto de discussão, em qualquer domínio de conhecimento.
O problema deve representar algo realista e ao mesmo tempo desafiador, baseado em
dados e/ou fatos que permitam o pesquisador buscar a resposta ainda não conhecida.
30
2.3.1 Definição da situação problemática
Antes de apresentar a questão de pesquisa é importante definir a situação
problemática de onde será retirada a questão de pesquisa a ser respondida pela pesquisa
proposta.
Na elaboração da contextualização/definição da situação problemática deve-se
apresentar o campo onde o problema a ser pesquisado se encaixa. Comentar sobre a
importância do tema ou os motivos que levou o pesquisador a escolher o tema escolhido para
a proposição da pesquisa. Também é interessante descrever o ambiente que envolve o tema a
ser pesquisado, apontando seus principais pontos que lhe dão sustentação, apresentando
possíveis estudos já realizados que possuem relação à situação problemática a ser pesquisada
e historiar os antecedentes e as possíveis causas do problema, bem como, apresentar
evidências sobre os efeitos que o problema provoca.
Ao final da definição da situação problemática deve-se apresentar uma questão de
pesquisa, devendo ela ser clara e precisa.
2.3.2 Questão de pesquisa
Após a delimitação do tema e da caracterização da situação problemática, a próxima
etapa é a formulação do problema (questão de pesquisa) a ser respondido. Toda pesquisa
científica inicia pela formulação de uma questão de pesquisa (problema) e tem por objetivo
procurar a resposta (solução) da mesma. A questão de pesquisa deve ser apresentada na forma
de uma proposição interrogativa e deve expressar a dúvida que se quer esclarecer sobre o
tema delimitado. Para isso são usados, normalmente, advérbios de interrogação, no início da
frase que representa a questão de pesquisa (Exs.: qual (is), como, por que, de que forma,
quando, onde).
A questão de pesquisa deve representar um problema a ser resolvido pela pesquisa,
cuja resposta ainda não é conhecida, devendo ela ser formulada com base na situação
problemática apresentada, buscando focar lacunas ainda não exploradas por estudos anteriores
ou aprofundamento/continuação de estudos já desenvolvidos.
31
2.4 PRÉ-REQUISITOS PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
2.4.1 Época de sua realização
A elaboração da monografia, no Curso de Ciências Contábeis da Universidade de
Caxias do Sul, é uma disciplina obrigatória para que o aluno obtenha o seu título de Bacharel.
É interessante que o aluno deixe para cursá-la o mais próximo possível do final do curso,
possibilitando com isso que ele tenha um conhecimento mais amplo dos diversos assuntos que
ele pode pesquisar dentro das diversas áreas tratadas pela contabilidade.
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis estabeleceu alguns pré-requisitos para
que o aluno possa cursar a disciplina – Trabalho de Conclusão de Curso (monografia), entre
eles o número de créditos e ter cursado a disciplina de Métodos e Técnicas de Pesquisa em
Contabilidade. Essas regras estão previstas no projeto do curso.
2.4.2 Número mínimo de créditos
Para que o aluno de Ciências Contábeis possa matricular-se na disciplina de
monografia é necessário que ele tenha cursado, no mínimo, 140 créditos. O essa exigência
tem por objetivo fazer com que o aluno, ao fazer a monografia, já tenha tido contato com a
maioria das áreas de conhecimento apresentadas pelas diferentes disciplinas previstas no
curso. Isso possibilita que o aluno tem um conhecimento de um número mais de temas, de
forma a facilitar a escolha de um que melhor atenda seus objetivos.
2.4.3 Disciplinas já cursadas
O aluno para cursar a disciplina de orientação de monografia já deve ter curado a
disciplina de Métodos e Técnicas de Pesquisas em Contabilidade, sendo que, para se
matricular nessa, o aluno deve ter cursado no mínimo 120 créditos. Além da disciplina
estabelecida como pré-requisito pelo projeto do curso, entende-se ser de extrema importância
que aluno também já tenha cursado as disciplinas obrigatórias do curso que tenham relação
com o tema de pesquisa proposto.
32
2.5 TAMANHO IDEAL
O tamanho ideal varia muito do tipo de pesquisa e de assunto a ser pesquisado.
Também é influenciado pelo número de figuras e ilustrações que ela contém. No entanto, em
reunião departamental, os professores de Ciências Contábeis através do colegiado do curso
decidiram estabelecer como tamanho ideal para as monografias o intervalo de 30 a 60 páginas
de texto (desenvolvimento). Para isso não se consideram as páginas dos elementos pré-
textuais (folha de rosto, dedicatória, pensamento, sumário, resumo etc.) e nem as dos
elementos pós-textuais (referências bibliográficas, anexos, etc.).
O mais importante de uma monografia não é o tamanho em si (número de páginas) e
sim a qualidade de seu conteúdo. Portanto, o aluno deve se preocupar em elaborar um texto
claro, conciso, objetivo e contenha uma boa redação.
2.6 ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
São várias as etapas necessárias a serem concluídas na elaboração de uma
monografia. Podem-se dividir em quatro grupos as etapas para a elaboração da monografia,
sendo que, o objetivo desse estudo não é abortar em detalhe as quatro etapas, mas sim, tratar
mais detalhadamente da que trata da elaboração escrita do estudo.
2.6.1 Etapa 1 – Elaboração do projeto
É importante a observância das diversas etapas do projeto, pois a qualidade do
projeto é sem dúvida a certeza de um trabalho tranquilo, dando segurança e especialmente
aumentando o rigor científico do mesmo.
[...], toda pesquisa cientifica, antes de ser executada, deve ser planejada. O planejamento constitui o projeto de pesquisa. Portanto, fazer um projeto de pesquisa é traçar um caminho eficaz que conduza ao fim desejado, o que implica preocupar-se com fatores como embasamento teórico, situação-problema, hipóteses e, também, envolve lidar com aspectos mais pragmáticos, como os de cronograma e orçamento. (OLIVEIRA, 2003, p.130).
A norma NBR 15287 (2011) estabelece todas as regras que devem ser seguidas para
a elaboração de um projeto de pesquisa, sendo elas distribuídas em dois grandes grupos:
estrutura e regras gerais de apresentação.
33
2.6.1.1 Estrutura
Segundo a NBR 15287 (2011), a estrutura de um projeto de pesquisa compreende:
elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.
2.6.1.1.1 Elementos
A seguir estão descritos os elementos chamados de pré-textuais, que precedem os
elementos textuais.
Capa – Elemento opcional, apresentando as informações transcritas na seguinte
ordem: nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando o solicitado; nome(s) do(s)
autor(es); título; subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título,
precedido de dois-pontos (:), ou distinguido tipograficamente); local (cidade) da entidade,
onde deve ser apresentado; ano de depósito (entrega).
Lombada – Elemento opcional. Elaborada conforme a ABNT NBR 12225.
Folha de rosto – Elemento obrigatório, apresentando as informações transcritas na
seguinte ordem: nome(s) do(s) autor(es); título; subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a
sua subordinação ao título, precedido de dois-pontos (:), ou distinguido tipograficamente);
tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser submetido; local (cidade) da
entidade, onde deve ser apresentado; ano de depósito (entrega). Por definição do colegiado do
curso de Contábeis, para fins de apresentação das monografias do curso, estrutura desse
elemento não seguirá na integra a forma de apresentação prevista na ABNT NBR 12225, mas
sim, a forma prevista no guia da Universidade de Caxias do Sul (UCS, 2016). O guia da
Universidade de Caxias do Sul (UCS) prevê que antes do nome do autor deve-se colocar o
nome da universidade e do curso.
Lista de ilustrações – Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem
apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do
respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria
para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas,
organogramas, plantas, quadros, retratos e outros).
Lista de tabelas - Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada
no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo
número da página.
34
Lista de abreviaturas e siglas - Elemento opcional. Consiste na relação alfabética
das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões
correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada
tipo.
Lista de símbolos - Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem
apresentada no texto, com o devido significado.
Sumário - Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6027.
2.6.1.1.2 Elementos textuais
Segundo a ABNT NBR 14724 (2011), os elementos textuais devem ser constituídos
de:
a) uma parte introdutória (introdução), que apresenta os objetivos do trabalho, as
razões de sua elaboração;
b) o desenvolvimento, que detalha a pesquisa ou estudo realizado; e
c) uma parte conclusiva (conclusão).
O colegiado do Curso de Ciências Contábeis definiu que o capítulo da introdução da
monografia deve conter as seguintes seções:
a) contextualização do estudo: essa seção deve ser composta de uma introdução
inicial do grande tema a ser pesquisado e da justificativa para a realização do
estudo (importância da realização da pesquisa);
b) questão de pesquisa: deve conter a descrição do tema e sua delimitação, a
motivação da escolha do tema e a definição do problema;
c) hipóteses ou proposições (quando couber): deve conter as hipóteses que o
pesquisador deseja testar ou as proposições que propôs para a sua pesquisa. Nem
todas as pesquisas possuem hipóteses e proposições, portanto, essa seção não é
obrigatória para todas as pesquisas;
d) objetivos: deve apresentar os objetivos (geral e específicos) que o pesquisador
pretende atingir com sua pesquisa. Eles representam um ação e portanto sua
redação inicia com um verbo no infinitivo;
e) metodologia: essa seção é composta do delineamento da pesquisa e dos
procedimentos de coleta e análise dos dados. É necessário que sejam indicados os
referenciais teóricos que o embasam, a metodologia a ser utilizada;
35
f) estrutura do estudo: deve conter uma breve descrição do conteúdo dos capítulos
principais (seção primárias), inclusive da conclusão.
2.6.1.1.3 Elementos pós-textuais
A seguir estão descritos os elementos chamados de pós-textuais, que aparecem
depois dos elementos textuais.
Referências - Elemento obrigatório. Elaboradas conforme a ABNT NBR 6023.
Glossário - Elemento opcional. Elaborado em ordem alfabética.
Apêndice - Elemento opcional. O(s) apêndice(s) é(são) identificado(s) por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente, utilizam-se
letras maiúsculas dobradas na identificação dos apêndices, quando esgotadas as letras do
alfabeto. O texto deve ser escrito todo em maiúsculo, negrito e centralizado.
Exemplos:
APÊNDICE A – AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS DA
ESCOLA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
APÊNDICE B – – AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS DA
ESCOLA MACHADO DE ASSIS
Anexo - Elemento opcional. O(s) anexo(s) é(são) identificado(s) por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente, utilizam-se
letras maiúsculas dobradas na identificação dos anexos, quando esgotadas as letras do
alfabeto. O texto deve ser escrito todo em maiúsculo, negrito e centralizado.
Exemplos:
ANEXO A – CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ANEXO B – CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Índice - Elemento opcional. Elaborado conforme a ABNT NBR 6034.
36
2.6.1.2 Regras gerais de apresentação
As regras gerais de apresentação (formatação) do projeto estabelecidas pela NBR
15287 seguem basicamente os mesmos critérios apresentados pela NBR 14724 (formatação
de trabalhos acadêmicos). Em função disso e pela importância que merece esse tema, o
mesmo será abordado de forma detalhada em um capítulo específico: Capítulo 8 –
Formatação do texto.
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da UCS, com o objetivo de facilitar o
aluno na elaboração do seu projeto, aprovou um modelo de projeto específico para o curso,
onde além de conter os elementos estabelecidos pela NBR 15287 (2011), também fazem parte
outros elementos que foram considerados importantes.
2.6.2 Etapa 2 – A coleta de dados
2.6.2.1 Fontes de informações
Após ter feito a escolha do tema, é conveniente começar o trabalho com a leitura de
um bom livro-texto ou de um artigo numa revista recente. Referências adicionais podem ser
obtidas a partir da leitura dessas fontes, tomando-se por base as obras citadas em notas de
rodapé ou na bibliografia.
2.6.2.2 Escolha da metodologia a ser usada na pesquisa
Nessa parte do trabalho se deve relacionar o objetivo do estudo com o referencial
teórico e hipóteses do estudo e a descrição e justificativa da metodologia utilizada. Quando
cabível deve relacionar também com a população, o objeto do estudo, a amostra, o processo
de amostragem, a forma estratégica de coleta de dados e informações, as técnicas empregadas
nas análises (no caso de abordagem quantitativa), assim como as atividades realizadas antes,
durante e após a coleta de dados.
Lakatos e Marconni (1991) sugerem que nesse momento as seguintes questões
devam ser respondidas: Como? Com quê? Onde? Quando?
Por ser de muita importância, a metodologia será tratada em um capítulo específico
(capítulo 4), onde serão evidenciados os vários métodos existentes.
37
2.6.2.3 Estabelecimento de um roteiro preliminar
Antes de iniciar a usar o material disponível, deve ser feito um roteiro preliminar ou
plano de ensaio. Um meio de fazê-lo é seguir descrito.
1) Rabiscar ao acaso numa folha de papel todas as questões que se quer ver
respondidos pelo projeto de pesquisa, todos os pontos que se gostaria de ver considerados.
Alguns desses pontos podem ser retirados do sumário ou do índice analítico do livro-texto ou
da leitura do artigo de uma revista.
2) Estudar todos os pontos sugeridos e eliminar aqueles que não pareçam relevantes.
3) Organizar os pontos relevantes em algum tipo de ordem e escrevê-los em forma de
lista.
Neste ponto, tem-se um plano para o trabalho, com capítulos e seções indicados. Se o
plano parecer muito longo, ver se alguma seção ou subseção pode ser omitida.
2.6.2.4 Compilação da bibliografia
Antes de começar a fazer anotações de um livro particular, é importante fazer uma
bibliografia de todos os livros, folhetos, artigos, etc. referentes ao tópico, a fim de formar uma
ideia da amplitude, valor relativo, etc. do material e saber quais são os mais importantes para
serem lidos.
2.6.2.5 Avaliação das fontes
Deve-se fazer o maior esforço para chegar o mais próximo possível da informação
original (questionário, censo, etc.). No caso de citar dados de terceiros, deve-se referir
exaustivamente a fonte consultada, conferindo se não há qualquer erro no que está sendo
citado, pois a responsabilidade passa também a quem está citando. Se se está mencionando
um trabalho que referencia um terceiro, deve-se citar a nota bibliográfica de ambos,
utilizando-se a expressão “aput”.
Ao compilar uma bibliografia e, após, ao conferir as anotações, é importante
considerar o valor dessas anotações bem como do restante do material.
38
2.6.2.6 Elaboração de anotações
Ao fazer anotações de um livro, é preferível utilizar cartões. Há diferentes tamanhos
de cartões e aqueles maiores do que os de levantamento bibliográfico são mais aconselháveis
quando além das notas vai-se acrescentar algum comentário próprio.
Todavia, quando se está preparando um projeto de pesquisa específico, é
aconselhável utilizarem-se cartões de tamanho menor para anotar somente um item em cada
cartão. Com isso, os cartões podem ser ordenados e desordenados, formando diferentes
sequências para escrever-se o texto. Ademais, os cartões não desejados podem ser facilmente
descartados. Se somente um dos lados dos cartões é usado, então eles podem ser ainda mais
facilmente rearranjados sobre uma mesa grande de modo que se pode lê-los e decidir a ordem
em que serão incluídos no texto.
Hoje com a difusão da informática, os cartões podem ser substituídos por anotações
em arquivos eletrônicos.
2.6.2.7 Recursos metodológicos
A coleta de dados é a etapa que dará início à pesquisa propriamente dita, com a busca
exaustiva dos dados, recorrendo-se aos tipos de pesquisa mais adequados ao tratamento
científico do tema escolhido.
A coleta de dados pode ser realizada através dos seguintes recursos metodológicos:
a) pesquisa experimental;
b) pesquisa bibliográfica;
c) pesquisa documental;
d) entrevistas;
e) questionários e formulários;
f) observação sistemática;
g) estudos de caso; e
h) relatórios de estágios.
O procedimento metodológico na coleta de dados tem sido considerado do ponto de
vista do instrumental e das técnicas utilizadas, o que por si garantiria uma sistematização da
pesquisa e sua qualidade científica.
39
2.6.3 Etapa 3 – A análise dos dados
Após o término da coleta de dados, deve-se iniciar a etapa de classificação e
organização das informações coletadas, tendo em vista os objetivos do trabalho. Esta etapa
envolve:
a) classificação e organização das informações;
b) estabelecimento das relações existentes entre os dados coletados;
c) pontos de divergência;
d) pontos de convergência;
e) tendências;
f) regularidades;
g) tratamento estatístico dos dados.
2.6.4 Etapa 4 – A elaboração escrita
Esta etapa para a realização do trabalho monográfico vai envolver:
a) estrutura definitiva do projeto de pesquisa: elaboração do plano de assunto;
b) a redação final;
c) apresentação gráfica geral do trabalho.
2.6.4.1 A estrutura definitiva do projeto de pesquisa
Após a etapa de análise dos dados, elabora-se, com base no plano de assunto do
projeto provisório, a estrutura definitiva, isto é, o plano de assunto a partir do qual será
realizada a redação do trabalho monográfico.
2.6.4.2 A redação final
Recomenda-se que seja elaborada uma pré-forma/rascunho/versão preliminar do
trabalho de pesquisa, a fim de que se possa ter uma ideia do trabalho como um todo e detectar
possíveis incorreções. Em muitos casos, o professor pode fazer uma pré-avaliação, no sentido
de auxiliar na descoberta de falhas na argumentação utilizada na redação, nos recursos
ilustrativos, e outros, havendo então a possibilidade de revisão para a versão definitiva.
Por se tratar de um trabalho científico, a redação deve seguir os princípios a seguir
40
descritos.
Impessoalidade: a linguagem a ser usada deve ser sempre de forma impessoal, não
devendo ser empregados termos como: “meu”, “nós”, “eu”, bem como verbos conjugados na
primeira pessoal, seja do singular ou do plural. Sempre que se deseja expressar alguma ideia
ou posição deve-se usar o verbo na forma impessoal (ex. entende-se, apresenta-se, pretende-
se, demonstra-se).
Clareza: a escrita deve ser clara e objetiva, não devendo ser empregados termos
obscuros, linguagem vulgar, bem como, deve-se evitar reticências ou “meias-palavras”.
Precisão: por se tratar de um estudo científico é imprescindível que se evitem termos
que apresentem imprecisão (ex. muitos, alguns, certos, alto, baixo, grande), já que eles geram
uma dúvida sobre seu significado. O ideal é sempre colocar dados e valores que conseguem
evidenciar de forma precisa o que se deseja expressar.
Concisão: o texto deve ser escrito de forma objetivo, deixando bem claro o que se
deseja expressar/informar, evitando frases longas. Em contrapartida, também deve-se evitar
frases muito curtas, de forma que a frase consiga descrever a ideia completa, de forma clara e
objetiva.
Também se deve ter o cuidado para evitar algumas situações (falhas de redação)
durante a revisão de literatura que acabam prejudicando a qualidade do texto. A seguir estão
descritas algumas delas.
Simples transcrição de frases: a revisão da literatura tem como base textos retirados
de obras já existentes, porém, não deve ser uma mera transcrição. Os textos devem ser
apresentados seguindo uma ordem lógica e possuírem uma relação bem definida entre eles
(ligação).
Texto sem a indicação do autor: sempre que for apresentada uma ideia (citação
bibliográfica) é necessário que se informe a fonte. Não devem ser apresentados nenhum
afirmação ou dado sem que se tenha uma fonte que dê sustentabilidade. O autor não pode
fazer qualquer afirmação sem que tenha uma fonte que a sustente.
Apresentação juízos de valor: por ser um estudo científico, o autor não pode
apresentar expressões que significam juízos de valor. Todas as informações apresentadas
devem ter base científica, não devendo expressar opiniões, gostos ou entendimentos pessoais.
Texto que não tem relação ao tema pesquisado: a revisão de literatura deve estar
restrita ao tema pesquisado. Informações que não possuem relação com o tema pesquisado
não devem fazer parte da revisão de literatura, evitando-se com isso de tonar o texto
41
desinteressante e cansativo.
Falta de ligação entre os textos/capítulos: é muito importante que os
textos/capítulos sejam apresentados de forma lógica e com uma ligação entre eles. Na
estrutura dos capítulos deve-se observar para que ela represente uma adequada hierarquia dos
temas/títulos que a compõe. Também é importante que exista uma sequência de temas e
ligação entre os capítulos
2.6.4.3 Apresentação gráfica geral do trabalho
A apresentação gráfica do trabalho é a elaboração da monografia propriamente dita.
Essa fase será o tema central do estudo proposto, onde serão abordados os aspectos técnicos e
ortográficos que devem ser observados na elaboração da escrita da monografia.
Nesse capítulo procurou-se dar uma visão geral do que é uma monografia, suas
principais fases e os requisitos que devem ser observados em relação à elaboração da
monografia do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul.
Os conceitos e comentários realizados durante esse capítulo possibilitam ao leitor ter
um conhecimento preliminar necessário para a compreensão dos demais capítulos.
O próximo capítulo tratará especificamente das normas e regras a serem seguidas na
elaboração dos elementos pré-textuais de uma monografia (elementos da monografia que vêm
antes da parte textual).
2.7 PRÉ-CONDIÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
Segundo Thompson (2000) existem algumas pré-condições que o aluno deve
observar para que o seu trabalho de conclusão de curso (monografia) atinja o objetivo
desejado. Embora, não seja objetivo desse estudo tratar desse tema, pois se entende que quem
se propõe a realizar uma pesquisa deve estar ciente das condições necessárias para isso, no
entanto, acredita-se oportuno apresentar o que o autor coloca em relação a esse assunto,
mesmo que seja de forma bem sintética.
2.7.1 Vontade
Quem quer fazer uma boa monografia, a vontade em buscar o melhor de si é uma
condição indispensável.
42
A monografia trata-se de uma oportunidade preciosa para resgatar possíveis (e
prováveis) decepções e frustrações ocorridas durante o curso, inclusive no respeitante à
deficiência dos professores, à qualidade inferior das aulas, ao regime de massificação do
ensino, com nivelamento por baixo.
Agora, tudo depende do aluno pesquisador, descabendo, em caso de fracasso, atirar
culpas em costas alheias.
Difícil empreitada? No mínimo, francamente possível.
Sofrida, Desagradável? Provoca alguma angústia, a princípio. Logo, vira obrigação
suportável. Daqui a pouco, atraente. As dificuldades torturam, mas magnetizam. Vencidas,
geram prazer.
2.7.2 Disciplina
O controle do desempenho é de total responsabilidade do aluno pesquisador. Cobra-
se de você, pois, autodisciplina e auto-iniciativa.
Ao orientador cabe aconselhar, ajudar, criticar (no bom sentido), oferecer subsídios,
sugestões, colocar a experiência à disposição – não, porém, agir como fiscal, a lhe esporear o
senso de dever.
Você é livre – e tem de arcar com o ônus da liberdade.
Estabeleça dias e horas certos para cuidar da monografia. E cumpra-os.
Sem isso, você não vai longe. Ao se dar por conta, esvaiu-se o prazo e está
condenado a ter que repetir no próximo semestre.
2.7.3 Dedicação
A monografia é uma pesquisa e não apenas um trabalho acadêmico. E como
pesquisa, ele requer que o pesquisador se dedique ao máximo, pois quanto maior for o grau de
sua dedicação maior será a probabilidade de ele atingir os objetivos que uma pesquisa
científica requer.
Dedicação não é só reservar parte do tempo para a pesquisa. Isso também é
dedicação, mas o mais importante é encarar o desafio de fazer um ótimo trabalho com a maior
seriedade possível e não medir esforços na busca dos meios e informações necessárias, bem
como trabalhar com “tesão”.
43
2.7.4 Programe o tempo
Devagar, na partida. Marque períodos não exagerados. Observe-os, contudo,
religiosamente. Sem excessos, mas sem falhas. Assim, cria o hábito. Conforme for estreitando
os laços com a matéria, alargue as medidas iniciais.
Prefira destacar poucos dias, com carga horária dilatada, há dias muito seguidos, com
pequeno número de horas. Atividade intelectual demanda concentração intensa, só atingível
após lapso razoável.
Divida as horas metodicamente pelas atividades que se fizerem necessárias. Lembre-
se de reservar tempo para a meditação. É através dela que se obtém as boas ideias.
O tempo é tão curto que deve ser aproveitado ao máximo.
2.7.5 Concentração
Na produção intelectual, o requisito básico reside na capacidade de concentrar os
mecanismos da mente no assunto que se deseja conhecer. Quanto menos dispersão, maior a
eficiência.
Para reforçar a importância da concentração (atenção) Thompson (2000, p. 4) recorre
a Walter Brugger 5 ao fazer a seguinte citação:
A atenção é sumamente importante para o conhecimento. Estimula a rápida eficiência dos excitantes, a clareza das imagens, intensifica o trabalho de fixação e de reprodução da memória, e influi também na vontade, reforçando as vivências valorativas.
Se você sabe estudar, tem material e dispõe de tempo, você tem condições de
escrever sobre qualquer tema.
2.7.6 Ordem
Por intensa que seja, atividade atabalhoada e confusa rende pouco.
Organize-se, pois. Eleja prioridades, hierarquize questões, classifique dificuldades.
Estabeleça um roteiro. Claro, pode – e deve – sofrer alterações no decorrer das etapas, de
maneira a se amoldar a condições surgidas.
5 BRUGGER, Walter. Dicionário de filosofia. Trad. Antônio Pinto de Carvalho, São Paulo, Herder, 1982, p.72.
44
Deseja-se um planejamento ágil, maleável, jamais uma camisa-de-força. Nada de
rigidez. O que, porém, não serve de desculpa para deixar de traçar coordenadas para o
trabalho.
2.7.7 Material
Buscar o maior volume possível de material de apoio para a pesquisa. Quanto mais
farto for o material de pesquisa maior é a probabilidade de encontrar informações relevantes
para a pesquisa.
Fazer uma adequada triagem e compilação do material. Saber separar o que é
importante para a pesquisa proposta daquilo que é apenas comentários que não agregam ao
trabalho.
Saber identificar a qualidade da fonte, ou seja, nem tudo o que está escrito merece
credibilidade e muito menos é fonte para uma pesquisa científica.
2.8 ORIENTAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO
Alexandre (2003), ao tratar desse tema evidencia uma série de direitos e obrigações
que o orientador e o estudante possuem durante o período de orientação. Seguindo o mesmo
critério utilizado no tópico anterior, serão apresentadas, com base no texto do autor, as
principais tarefas de cada um, de forma resumida.
2.8.1 O papel do Orientador
Segundo Andrade (2003), não há trabalho científico acadêmico sem uma orientação,
sendo que, as qualidades necessárias àqueles que orientam trabalhos científicos são
competência, respaldo, segurança, apoio de dedicação, entre outras.
Entre as diversas tarefas que cabe o orientador, o autor ressalta as seguintes:
a) apontar os caminhos que o estudante deve perseguir para atingir o seu objetivo;
b) esclarecer dúvidas de método, forma e conteúdo do trabalho científico;
c) orientar quanto à escolha do tema, elaboração da pesquisa, à redação do texto;
d) determinar a realização de pesquisas e de leituras específicas;
e) determinar o desenvolvimento de certas atividades acadêmicas;
f) cobrar leituras e relatórios periódicos na forma acordada com cada orientando;
45
g) reservar horário semanal, de acordo com cada um de seus orientados, para
atendê-los;
h) atestar a frequência e o desenvolvimento parcial de cada orientando;
i) propor modificações no trabalho e analisá-las com o orientando;
j) orientar ao cumprimento dos prazos da coordenação dos trabalhos científicos;
k) orientar e avaliar o projeto de pesquisa, as fases intermediárias e a monografia
final;
O projeto do curso de Ciências Contábeis da UCS estabelece as seguintes obrigações
do orientador de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC (monografia):
a) formalizar, junto à Coordenação do TCC, a solicitação de um orientador;
b) cumprir o plano, o cronograma e o horário de orientação estabelecidos em
conjunto com o orientador;
c) respeitar os prazos e datas estabelecidos para a entrega de projetos, partes do
trabalho e apresentação e/ou defesa do TCC;
d) comparecer às orientações de TCC, prestando informações sobre o andamento do
trabalho, apresentando as etapas cumpridas e as alterações requisitadas;
e) rubricar a ficha de frequência e/ou relatório de acompanhamento, por ocasião das
sessões de orientação;
f) frequentar as reuniões convocadas pelo Coordenador do TCC;
g) cumprir as normas e regulamentos do TCC.
2.8.2 O papel do estudante
Para Andrade (2003), a participação do estudante na produção científica de uma
instituição superior é uma oportunidade e ao mesmo tempo um desafio no processo de ensino-
aprendizagem. No entanto, a realização de um trabalho científico exige qualidades mínimas
do estudante. As qualidades mínimas do estudante proponente ao trabalho científico são
conhecimento, iniciativa, dedicação, humildade e respeito.
Entre as tarefas que cabe ao estudante no desenvolvimento da pesquisa, pode-se dizer
que as principais são:
a) escolher um tema do qual tem condições de fazer a pesquisa;
b) definir a natureza do assunto, sua extensão e profundidade, obedecendo às
recomendações do orientador;
46
c) possuir conhecimento, iniciativa, dedicação humildade e respeito;
d) buscar material, reservar tempo, levantar dados, fazer anotações, visando a
realização de um bom trabalho;
e) ouvir atentamente as recomendações de seu orientador e seguir o que for
solicitado (desenvolver as atividades solicitadas);
f) reunir os dados e levantamentos bibliográficos que satisfaçam as condições do
trabalho de Monografia;
g) elaborar o projeto seguindo recomendações do orientador e apresenta-lo ao
mesmo para a sua avaliação e aprovação;
h) comparecer às aulas de orientação para apresentação do material desenvolvido
em cada fase, bem como para tirar dúvidas e ouvir as recomendações do
orientador;
i) apresentar ao orientador o material desenvolvido periodicamente para a sua
avaliação e realizar as alterações que lhe forem solicitadas;
j) redigir o texto, tantas vezes quanto necessárias, bem como a sua versão final,
obedecendo às normas técnicas de apresentação de Monografia estabelecidas
pelo departamento e, ao final, proceder a uma revisão geral, inclusive ortográfica
e gramatical;
k) apresentar e defender a sua monografia perante uma banca em data definida.
47
3 METODOLOGIA
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Segundo Oliveira (2003), método nada mais é que o caminho a ser percorrido para
atingir o objetivo proposto. Já para Alves (2003), metodologia é um instrumento do
pesquisador, uma vez que é através da especificação dos caminhos a serem adotados que se
torna possível delimitar a criatividade e definir o como, onde, com quem, com quê, quando e
de que maneira se pretende captar a realidade e seus fenômenos. Para Alexandre (2003) os
níveis de pesquisa do trabalho científico são: pesquisa exploratória, pesquisa descritiva e
pesquisa explicativa. Segundo, Hair et al. (2005), colocam que um plano de pesquisa fornece
as orientações básicas ou “receita” para realização de um projeto.
O tipo de pesquisa utilizado para esse estudo pode ser enquadrado como uma
pesquisa descritiva, visto que, tem-se por objetivo descrever o que uma monografia deve
conter e como ela deve ser apresentada. Para Hair et al. (2005), os planos de pesquisa
descritiva em geral são estruturados e especificamente criados para medir as características
descritas em uma questão de pesquisa. As hipóteses, derivadas da teoria, normalmente servem
para guiar o processo e fornecer uma lista do que precisa ser mensurado. A pesquisa
descritiva descreve alguma situação. Geralmente, as coisas são descritas com a mensuração de
um evento ou atividade. Para Gil (1999), pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a
descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este tipo de
uma de suas características mais significativas estão na utilização de técnicas padronizadas de
coletas de dados.
Definiu-se que o método principal de pesquisa a ser utilizado nesse estudo é a
pesquisa bibliográfica. Complementarmente também será usada a pesquisa documental e a
técnica grupo de foco, no que couber. Em relação à pesquisa bibliográfica Gil (1999), coloca
que a mesma é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de
permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que
aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente importante
quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. Para Mattar
(1997), as pesquisas bibliográficas são mais rápidas e econômicas de amadurecer ou
48
aprofundar um problema de pesquisa é através do conhecimento de trabalhos já efetuados por
outros, via levantamento bibliográfico.
Quanto à pesquisa documental Gil (1999), informa que ela assemelha-se muito à
pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a
pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores
sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não
receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo
com os objetivos da pesquisa. Já em relação à pesquisa baseada em grupo de foco, Mattar
(2001), afirma que a entrevista focalizada em grupo é uma técnica muito pouco estruturada,
conduzida por um moderador experiente, simultaneamente, com um pequeno número de
participantes para obter dados sobre determinado assunto focalizado.
Com base na fundamentação dos autores consultados, entende-se que para fins da
pesquisa proposta, a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e grupo de foco são os
métodos adequados para fins de metodologia.
3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
A pesquisa bibliográfica foi usada na análise detalhada de todas as normas da ABNT
e de manuais de universidades brasileiras e livros que tratam do tema proposto, com o
objetivo de identificar quais são as regras propostas, tanto para fins de conteúdo, como para
fins de formatação. O critério básico consistiu em seguir as regras estabelecidas nas normas
da ABNT, recorrendo-se aos manuais de universidades e livros para as regras que não estão
previstas nas normas da ABNT, mas que o seu uso é considerado importante no meio
acadêmico.
A pesquisa documental foi usada no levantamento das normas (conteúdo,
formatação, apresentação) utilizadas por trabalhos científicos (monografias, dissertações,
teses) já publicados por universidades, com o objetivo de verificar como as instituições de
ensino têm se posicionado quanto às normas técnicas.
Já a metodologia de pesquisa grupo de foco foi usada durante as reuniões do
colegiado do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul. Essas reuniões
foram conduzidas pelo pesquisador e tiveram como objetivo avaliar as como devem ser
normalizadas as normas técnicas, bem como estabelecer regras sobre temas que as normas
oficiais não definem procedimentos e que o departamento entende serrem importantes. Essas
49
reuniões também tiveram o objetivo verificar se o departamento deseja que algumas normas
oficiais sejam flexibilizadas.
É importante informar que, como esse manual tem por objetivo também servir de
manual oficial do departamento de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul,
tomando-se por base o manual oficial da referida universidade, em alguns momentos, por
decisão do colegiado do referido curso, poderá ocorrer que o manual não use na íntegra as
regras estabelecidas pela ABNT. Nesses casos, será informado o que a regra da ABNT
determina e o ajuste definido pelo colegiado. Dessa forma, será possível saber qual é a regra
oficial e qual é a regra usada no modelo e que deve ser seguida pelos alunos do referido curso.
50
4 TIPOS DE PESQUISAS UTILIZADAS EM ESTUDOS CIENTÍFICOS
Segundo Oliveira (2003), método nada mais é que o caminho a ser percorrido para
atingir o objetivo proposto. Assim, na fase de elaboração do projeto, o pesquisador deverá
caracterizar a natureza do problema, definir o tipo da pesquisa que desenvolverá, ou seja,
explicitar do que se trata a pesquisa empírica, com trabalho de campo ou laboratório, de
pesquisa teórica ou de pesquisa histórica, e quais serão os métodos e técnicas a serem
adotados. Fachin (2001) coloca que o método é um instrumento do conhecimento que
proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de sua formação, orientação geral que
facilita planejar, uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar
experiências e interpretar os resultados. Em sentido mais genérico, método e pesquisas, seja
qual for o seu tipo, é a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação do
estudo. No desenrolar da pesquisa podem aparecer outras formas de métodos. Já para Alves
(2003), metodologia é um instrumento do pesquisador, uma vez que é através da
especificação dos caminhos a serem adotados que se torna possível delimitar a criatividade e
definir o como, onde, com quem, com quê, quando e de que maneira se pretende captar a
realidade e seus fenômenos.
O Anexo D apresenta uma estrutura das diferentes metodologias utilizadas em
pesquisas científicas, com possíveis estratégias , técnicas de coleta e de análise.
4.1 NATUREZAS DE PESQUISA
4.1.1 Qualitativa
A metodologia de pesquisa qualitativa, por se tratar de uma pesquisa exploratória
(que busca definir como é um cenário), é recomendada para quem deseja fazer uma pesquisa
mais geral e depois definir pontos mais específicos. Segundo Dantas e Cavalcante (2006), por
ter caráter exploratório, a pesquisa qualitativa estimula os entrevistados a pensarem
livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Mostra aspectos subjetivos e atingem
motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. É utilizada quando
se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço
para a interpretação. É uma pesquisa indutiva, isto é, o pesquisador desenvolve conceitos,
idéias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados, ao invés de coletar dados
51
para comprovar teorias, hipóteses e modelos pré-concebidos
Enquanto estudos quantitativos geralmente procuram seguir com rigor um plano previamente estabelecido (baseado em hipóteses claramente indicadas e variáveis que são objeto de definição operacional), a pesquisa qualitativa costuma ser direcionada, ao longo de seu desenvolvimento; além disso, não busca enumerar ou medir eventos e, geralmente, não emprega instrumental estatístico para análise dos dados; seu foco de interesse é amplo e parte de uma perspectiva diferenciada da adotada pelos métodos quantitativos (NEVES, p. 1, 1996).
4.1.1.1 Características da pesquisa qualitativa
Os estudos de pesquisa qualitativa podem diferir entre si quanto ao método, à forma
e aos objetivos. Segundo Godoy (1995) existem várias características que permitem
identificar as pesquisas qualitativas, entre elas estão:
a) o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento
fundamental;
b) o caráter descritivo;
c) o significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como preocupação do
investigador;
d) enfoque indutivo.
4.1.1.2 Estratégias utilizadas pelas pesquisas qualitativas
Entre as estratégias utilizadas pelas pesquisas qualitativas estão as seguintes:
a) estudo de caso;
b) estudo qualitativo genérico;
c) etnografia;
d) pesquisa-acão;
e) pesquisa documental;
f) pesquisa bibliográfica.
Em relação à amostra não há preocupação em projetar resultados à população e o
número de entrevistados, quando existente, geralmente é pequeno. As entrevistas quando
ocorrem são feitas discussões em grupo, conhecidas também como mesa-redonda, e
entrevistas em profundidade em que é feito um pré-agendamento do entrevistado e sua
aplicação é individual. Os questionários quanto elaborados, visam coletar as informações por
52
meio de um roteiro. As opiniões são gravadas e depois analisadas. As informações são
analisadas de acordo com o roteiro aplicado e registradas em relatório, dando ênfase às
opiniões, comentários e frases.
4.1.2 Quantitativas
As pesquisas quantitativas buscam quantificar os dados coletados, o que significa
traduzir em números informações e opiniões para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de
técnicas e de recursos estatísticos (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão,
coeficiente de correlação, análise de regressão etc.).
Para Dantas e Cavalcante (2006), a pesquisa quantitativa é mais adequada para
apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utiliza instrumentos
estruturados (questionários). Deve ser representativa de um determinado universo de modo
que seus dados possam ser generalizados e projetados para aquele universo. Seu objetivo é
mensurar e permitir o teste de hipóteses, já que os resultados são concretos e menos passíveis
de erros de interpretação. Em muitos casos cria-se índices que podem ser comparados ao
longo do tempo, permitindo traçar um histórico de informação. Mostra-se apropriada quando
existe a possibilidade de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras
numéricas, ou busca padrões numéricos relacionados a conceitos cotidianos
4.1.2.1 Estratégias utilizadas pelas pesquisas quantitativas
As estratégias utilizadas pelas pesquisas quantitativas dependem do nível de pesquisa
a ser utilizado. Se o nível for o descritivo, então a estratégia a ser usada é a enquete. Já se o
nível for o explicativo, então a estratégia será o da pesquisa experimental. Quando a
estratégia escolhida for da enquete, a pesquisa será baseada em população e amostra, já
quanto a estratégia for a pesquisa experimental, ela será baseada na atuação de participantes
ou grupos.
Por ser uma pesquisa que tem por objetivo quantificar os resultados, a amostra
utilizada exige um número maior de entrevistados para garantir maior exatidão nos resultados,
sendo que os dados são divulgados para a população. O questionário procura identificar as
pessoas que serão entrevistadas pelos seguintes critérios: sexo, idade, ramo de atividade,
localização geográfica, etc. As informações são colhidas por meio de um questionário
53
padronizado e uniformizado, com perguntas claras e objetivas. O relatório final, além de interpretações e
conclusões, deve mostrar tabelas de percentuais e gráficos.
4.2 NÍVEIS DE PESQUISA
Para Alexandre (2003) os níveis de pesquisa do trabalho científico são: pesquisa
exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa explicativa. Segundo, Hair et al. (2005), colocam
que um plano de pesquisa fornece as orientações básicas ou “receita” para realização de um
projeto. Para os referidos autores, seguindo o princípio da parcimônia, o pesquisador deverá
escolher um plano que (1) oferecerá informações relevantes sobre as questões de pesquisa e
(2) desempenhará sua função de modo mais eficiente. Ainda os mesmos autores colocam que
muitos planos de pesquisa podem ser usados para estudar problemas administrativos, mas que
podem ser agrupados em três categorias: (1) exploratório, (2) descritivo ou (3) causal.
4.2.1 Pesquisa exploratória
Segundo Oliveira (2003), pesquisa exploratória é uma pesquisa empírica cujo
objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver
hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para
realização de uma pesquisa futura mais precisa, ou modificar e clarificar conceitos.
Para Gil (1999), as pesquisas exploratórias são utilizadas quando o pesquisador visa
aumentar seu conhecimento sobre uma temática específica.
A pesquisa exploratória procura levantar características inéditas possibilitando
estabelecer prioridades para futuros estudos. Seu objetivo precípuo é desenvolver as hipóteses
e as proposições que irão redundar em pesquisas complementares. Desta forma, a pesquisa
exploratória se esforça em melhor definir novos conceitos a estudar, apontando também para
a melhor maneira de medi-los.
A pesquisa exploratória visa desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias.
Envolve levantamento bibliográfico e documental, entrevistas e estudo de caso. A pesquisa
exploratória busca a identificação de situações, procura descobrir ideias e percepções, e gerar
hipóteses através de investigações. Este tipo de pesquisa é utilizado quando se tem uma ideia
vaga do problema. O assunto tem que ser conhecido com mais profundidade para se
estabelecer melhor o problema de pesquisa e para se desenvolver as hipóteses a serem
54
estudadas.
Para Hair et al. (2005), um projeto de pesquisa exploratória é útil quando as questões
de pesquisas são vagas ou quando há pouca teoria disponível para orientar as previsões. Às
vezes, os administradores e os pesquisadores podem achar impossível a formulação de uma
afirmação básica do problema de pesquisa. A pesquisa exploratória é usada para desenvolver
uma melhor compreensão.
Segundo Mattar (1997), essa pesquisa visa prover o pesquisador de um maior
conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva, poderá ajudar o
pesquisador, a saber, quais das várias opções se aplicam ao problema de pesquisa.
Para Malhotra (2001), a pesquisa a exploratória, por definição, é um tipo de pesquisa
que tem como principal objetivo o fornecimento de critérios sobre a situação-problema
enfrentada pelo pesquisador e sua compreensão.
A pesquisa utiliza-se de métodos bastante amplos e versáteis, entre eles
compreendem:
a) levantamentos em fontes secundárias;
b) levantamentos de experiências;
c) estudos de casos selecionados;
d) observação informal.
A pesquisa exploratória pode ser realizada através de entrevistas individuais, quando
o público for de difícil acesso, quando os assuntos forem constrangedores ou quando se deseja
foco na informação individual.
Segundo Hair et al. (2005), a pesquisa exploratória é particularmente útil quando o
responsável pelas decisões dispõe de muito poucas informações. Dito de outro modo, os
planos exploratórios são para o pesquisador que não sabe muito. São orientados para a
descoberta. Assim, são planos que não têm a intenção de estar hipóteses específicas de
pesquisa. A pesquisa exploratória pode assumir várias formas. Uma completa revisão da
literatura pode ser muito vantajosa para uma melhor compreensão de uma questão. As
revisões de literatura são realizadas em arquivos de empresas, em periódicos comerciais e
acadêmicos e em outras fontes onde a pesquisa é relatada. É importante apontar que uma
revisão de literatura também pode ser a parte inicial de um plano descritivo ou casual. Para os
mesmos autores, algumas das técnicas de entrevistas exploratórias mais utilizadas são: grupos
de foco; entrevistas em profundidade; técnica Delphi, técnicas projetivas.
55
4.2.2 Pesquisa descritiva
Para Hair et al. (2005), os planos de pesquisa descritiva em geral são estruturados e
especificamente criados para medir as características descritas em uma questão de pesquisa.
As hipóteses, derivadas da teoria, normalmente servem para guiar o processo e fornecer uma
lista do que precisa ser mensurado. A pesquisa descritiva descreve alguma situação.
Geralmente, as coisas são descritas com a mensuração de um evento ou atividade. Muitas
vezes, a pesquisa descritiva consegue isso como uso de estatísticas descritivas, o que inclui
contagens de frequência (quantidade), medidas de tendência central como a média ou a moda,
ou uma medida de variação, como o desvio padrão.
Pesquisa descritiva consiste em observar, descrever um fenômeno, apoiando-se em
métodos de análise estatística qualificados de estatística descritiva. Permite visualizar uma
situação e muitas vezes classificar, categorizar as variáveis ou as observações.
A pesquisa descritiva visa apresentar as características de determinada população ou
fenômeno ou estabelecimento de relações entre as variáveis. Estuda características de grupos
(Exemplo: nível de renda, idade, sexo) e determina a natureza de relações entre variáveis. A
pesquisa descritiva difere da pesquisa exploratória, pois a elaboração das questões desta
última pressupõe profundo conhecimento do problema a ser pesquisado, por possuírem
objetivos bem definidos, procedimentos formais bem estruturados e dirigidos para a solução
dos problemas. O pesquisador precisa saber o que pretende com a pesquisa, o que deseja
avaliar, quando e onde o fará, como fará e por que deverá fazê-lo.
Para Gil (1999), pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este tipo de uma de suas
características mais significativas estão na utilização de técnicas padronizadas de coletas de
dados.
As pesquisas descritivas compreendem grande número de métodos de coleta de
dados: entrevistas pessoais, entrevistas por telefone, questionários pelo correio, questionários
pessoais e observação. São utilizadas quando o propósito for:
a) descrever as características de grupos;
b) estimar a proporção de elementos numa população especifica que tenham
determinadas características ou comportamentos;
c) descobrir ou verificar a existência de relações entre variáveis;
56
No estudo descritivo quantitativo e opiniões:
a) identificar atitudes, comportamentos e opiniões;
b) definir perfil do consumidor;
c) fazer projeções para o universo.
Segundo Hair et al. (2005, p. 86), esses são os tipos de perguntas que podem ser
respondidas pela pesquisa descritiva:
Quem poderá estar mais satisfeito? Quando deveremos maximizar a produção? Quanto é necessário investir? Quais são as marcas preferidas? Que tipo de publicidade é mais eficiente? Como a experiência e o desempenho estão relacionados? Para onde as pessoas vão de férias?
Para os mesmos autores, um estudo descritivo usando dados de um scaner poderia
comparar as vendas semanais de molho Tabaco com e sem preço promocional. Para eles,
diferente dos estudos exploratórios, os estudos descritivos com frequência são confirmatórios.
Em outras palavras são usadas para testar hipóteses.
4.2.2.1 Estudos descritivos transversais
Os estudos podem dar ao usuário um panorama ou uma descrição dos elementos
administrativos em um dado ponto de tempo. Esse tipo de estudo fornece dados transversais.
Os dados coletados em um único ponto no tempo e sintetizados estatisticamente. A maioria
dos surveys recai nessa categoria. Os surveys de amostra caracterizam os estudos transversais.
Uma importante característica distintiva dos estudos transversais é a de que os elementos são
medidos somente uma vez durante o processo de investigação.
4.2.2.2 Estudos descritivos longitudinais
Os estudos longitudinais também usam uma amostra para descrever elementos
administrativos. Em vez de descrevê-los em um único ponto no tempo, no entanto, os dados
longitudinais descrevem eventos ao longo do tempo. Os estudos longitudinais são adequados
quando as questões de pesquisa e as hipóteses são afetadas pela variação das coisas com o
decorrer do tempo.
Diferentes dos estudos transversais, os estudos longitudinais exigem que os dados
sejam coletados das mesmas unidades de amostra em diversos pontos no tempo. Os dados
57
representam uma série temporal de observações. Os dados longitudinais permitem mapear
elementos administrativos de modo que se possam observar as tendências.
4.2.3 Pesquisa explicativa
A pesquisa explicativa identifica os fatores que determinam ou que contribuem para
a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade, explica a razão e o
porquê das coisas. Pesquisa explicativa permite explicar os fenômenos que são analisados,
diferentemente da pesquisa descritiva, que apenas fornece uma fotografia de uma situação em
um determinado momento. Esse tipo de pesquisa procura analisar a forma como ocorre um
determinado fenômeno e através de dessa análise explicar os possíveis motivos que fazem
com o fenômeno aconteça da maneira que ele acontece.
4.2.4 Pesquisa experimental / causal
Para Boyd e Westfall (1971), utiliza-se da experimentação, quando se deseja obter
resultados suficientemente claros e diferenciados acerca de uma hipótese em que estejam
envolvidas relações de causa e efeito.
As vantagens propiciadas na pesquisa experimental proporcionam mais alto grau e
clareza, precisão e objetividade aos resultados obtidos, contudo quando se trata de objetos
sociais torna-se inviável, pois exige a previsão e o controle das relações entre as variáveis a
serem estudadas.
A pesquisa experimental baseia-se na interpretação do comportamento, de acordo
com as experiências e explicações dos movimentos e ações das pessoas envolvidas no
experimento.
Conforme Fachin (2001) denomina-se método experimental aquele em que as
variáveis manipuladas de maneira preestabelecida e seus efeitos suficientemente controlados e
conhecidos pelo pesquisador para observação do estudo. Este método desempenha dupla
função:
a) para descobrir conexões causais; e
b) para atingir a demonstrabilidade.
Segundo Hair et al. (2005), os planos de pesquisa causal são quase sempre mais
intrincados. Os estudos causais testam se um evento causa um outro evento ou não. X causa
58
Y? Mais precisamente, uma relação causal significa que uma mudança em um evento provoca
uma mudança corresponde em um evento. A causalidade significa que uma mudança em X (a
causa) faz com que ocorra uma mudança em Y (o efeito). Existem quatro condições que os
pesquisadores procuram ao testar relações de causa e efeito.
Sequência temporal – a causa deve ocorrer antes do efeito.
Covariação – uma mudança na causa está associada com uma mudança no efeito. Em
outras palavras, as duas variáveis são relacionadas uma com a outra.
Associação não-espúria – a relação é verdade e realmente não se deve a algo mais
que simplesmente afeta tanto a causa quanto o efeito. Isso exige que outras causas potencias
sejam controladas.
Sustentação teórica – há uma explicação lógica para o porquê da existência de
relação entre a causa e o efeito.
O conhecimento de relações de causa e efeito são de grande auxílio para os
indivíduos responsáveis pelas decisões. Esse conhecimento possibilita-lhes predizer o que
acontecerá se efetuarem alguma mudança. A causalidade é um conceito poderoso. Desta
forma, os planos causais exigem uma execução muito precisa. Além disso, podem ser
complexos, quase sempre tomam muito tempo desde o planejamento até a execução e põem
ser muito onerosos.
Ainda para os mesmos autores, a causalidade é estabelecida através da
experimentação. Um experimento é um plano causal em que um pesquisador controla uma
causa potencial e observa qualquer mudança correspondente nos efeitos supostos. O controle
é realizado pela manipulação experimental da variável causa. A manipulação significa que a
variável causal é alterada em diferentes níveis ou condições. A variável manipulada é
chamada de tratamento experimental.
Os pesquisadores em administração escolhem entre dois tipos de experimentos:
experimentos de laboratório e experimentos de campo.
4.2.4.1 Experimentos de laboratório
Segundo Hair et al. (2005), os experimentos de laboratório manipulam a variável
causal da hipótese dentro de um ambiente artificial. Um ambiente artificial permite controle
máximo. Os experimentos de laboratório são do tipo de estudo mais preciso cientificamente.
O alto grau de controle associado com os experimentos de laboratório produz alta validade
59
interna. Isso significa que quaisquer diferenças observadas são de fato um resultado da
manipulação experimental.
Os experimentos de laboratório são aqueles que o pesquisador tem um alto grau de
controle sobre as variáveis envolvidas no fenômeno observado. Este método pode observar e
medir os efeitos da manipulação das variáveis, e manter outros fatores relevantes. Ainda, tem
a vantagem de permitir que o pesquisador tenha controle sobre as variáveis no processo e a
desvantagem de constituir uma situação fictícia.
4.2.4.2 Experimentos de campo
Segundo Hair et al. (2005), a principal diferença entre os experimentos de laboratório
e os experimentos de campo é que um experimento de campo é conduzido em um ambiente
natural. A manipulação é implementada dentro do contexto administrativo relevante. Como
um experimento de campo é conduzido em um ambiente real, dizemos que ele oferece alta
velocidade externa. Isso significa que já uma maior chance de os resultados encontrados em
um experimento de campo serem representativos da população.
Mattar (1997) coloca que um experimento de campo é algo da pesquisa conduzido
numa situação real, na qual uma ou mais variáveis independentes são manipuladas pelo
pesquisador, sob condições tão cuidadosamente controladas quanto à situação o permitir, e
medido seu efeito sobre uma ou mais variáveis dependentes.
A pesquisa de capo tem a vantagem de ser conduzida em uma situação real que
dificilmente poderia ser produzida em laboratório. Em contrapartida, seu tempo de realização
e seus custos são muito mais elevados.
4.3 TÉCNICAS (ESTRATÉGIAS) UTILIZADAS EM PESQUISAS
4.3.1 Estudo de caso
Carmo-Neto (1996) diz que este tipo de estudo utiliza casos concretos ao invés de
casos hipotéticos, com a finalidade de permitir que, através da maior convivência com a
sintomatologia dos problemas e dificuldades inerentes ao caso, o estudante aprenda a
diagnosticar e prognosticar a situação e, sob orientação, indicar a terapia e os medicamentos
que lhe parecem mais adequados. Segundo Martins (2002), o estudo de caso dedica-se a
estudos intensivos do passado, presente e de interações ambientais de uma (ou algumas)
60
unidade social: indivíduo, grupo, instituição, comunidade.... São validados pelo rigor do
protocolo estabelecido.
Para Fachin (2001), o estudo de caso é caracterizado por ser um estudo intensivo. É
levada em consideração, principalmente, a compreensão, como um todo, do assunto
investigado. Todos os aspectos do caso são investigados. Quando o estudo é intensivo podem
até aparecer relações que de outra forma não seriam descobertas.
Segundo Gil (1999), o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e
exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e
detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamento
considerados. O estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro
do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são
claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidência.
Segundo Mattar (1997), o estudo de caso é um método de conhecer problemas não
suficientemente definidos através de outras fontes de pesquisas. Esta estratégia envolve uma
análise de registros existentes. O objetivo de estudo pode ser um indivíduo, ou um grupo de
indivíduos, uma organização, um grupo de organizações ou uma situação. Sendo um método
de pesquisa exploratória, seu objetivo é o de gerar hipóteses e possibilitar a ampliação dos
conhecimentos sobre o problema em estudo.
O estudo de caso representa um esforço investigativo empírico de um fenômeno
contemporâneo dentro de seu contexto real, com especial valor nas situações em que os
limites entre o fenômeno e seu contexto não estão claramente definidos.
Essa técnica pode ser utilizada em um estudo de caso único ou em estudos de
múltiplos casos, onde a pesquisa é feita ao mesmo tempo usando vários casos.
4.3.2 Pesquisa-ação
A pesquisa-ação é uma produção de conhecimentos ligada à modificação de uma
realidade social dada, com a participação ativa dos interessados, com a finalidade de buscar a
complementaridade. A pesquisa-ação tem como características: situacional (visa o diagnóstico
e a solução de um problema encontrado num contexto social específico); participativa (os
próprios práticos são executores da pesquisa); auto-avaliativa (as modificações são
continuamente auto-avaliadas com vistas a produzir e a alterar na prática).
As fases da pesquisa-ação são: planejamento, ação, observação e reflexão, formando
61
um processo cíclico. Com se trata de um método de pesquisa que envolve mudanças e várias
pessoas envolvidas, a tendência é que tome muito tempo do pesquisador para ser aplicado e
provoque os resultados esperados. Para Martins (2002), trata-se de um tipo de pesquisa social
com base empírica que é concebida e realizada estreita associação com uma ação ou com a
resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes da situação
ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
A pesquisa-ação envolve descrições e teorias num contexto/situação prática,
realizando ações de intervenção no ambiente estudado. Estrutura-se basicamente em quatro
fases:
a) fase exploratória - diagnóstico para identificar os problemas, as capacidades de
ação e de intervenção na organização;
b) fase de pesquisa aprofundada - coleta de dados;
c) fase de ação - planejamento e execução das ações, levantadas a partir das
discussões com os participantes do projeto;
d) fase de avaliação - feedback e redirecionamento das ações.
4.3.3 Pesquisa survey (enquête)
O método survey é baseado na coleta de dados primários (em campo) através de
instrumentos estruturados, aplicados a uma amostra de determinada população e elaborada
com o intuito de obter determinadas informações dos entrevistados. É um levantamento
profundo e vasculhador sobre “tudo” que é possível encontrar a respeito de algum assunto,
onde são empregadas técnicas estatísticas para avaliação do estudo. Para Carmo-Neto (1996)
a leitura e a seleção dos tópicos devem ser muito rigorosas. Portanto, é importante que se crie
categorias, parâmetros e estruturas próprias de análises em que os vários trabalhos à
disposição possam encaixar-se com precisão inquestionável. Segundo Martins (2002), survey
(enquête) trata-se de levantamento junto às fontes primárias geralmente através de aplicações
de questionários para grandes quantidades de pessoas. Os surveys são chamados “estudos de
conjuntos”.
Os surveys de amostra caracterizam os estudos descritivos transversais. As
estatísticas descritivas baseadas em mensurações de amostras descrevem a população.
Estatísticas tradicionais incluem classificações (melhor/pior), contagens de frequência simples
(quantidade), classificações transversais (frequências contingentes), médias de grupo, médias
62
por contingente (médias por grupos) ou correlações.
4.3.4 Grupos de foco
São entrevistas realizadas com especialistas do ramo, que dificilmente poderiam ser
reunidos em grupos, onde estes possuem um conhecimento aprofundado e abrangente dos
fatos envolvidos na questão.
Segundo Hair et al. (2005), os grupos de foco constituem uma das técnicas de
entrevista exploratória mais empregadas. Todos os tipos de organizações com ou sem fins
lucrativos os utilizam para reunir informações. Com os grupos de foco, um pequeno número
de pessoas (8-12) é reunido em um formato de discussão conduzida por um moderador
treinado (entrevistador). O moderador tem uma lista predeterminada de tópicos para discutir,
mas permite que os participantes respondam com suas próprias palavras. Respostas
específicas são acompanhadas de questões de sondagem, tais como “Alguma coisa mais vem
à mente?” A sondagem significa que o pesquisador vai fundo em uma resposta para
identificar razões possivelmente ocultas para um determinado comportamento.
Para Mattar (2001), a entrevista focalizada em grupo é uma técnica muito pouco
estruturada, conduzida por um moderador experiente, simultaneamente, com um pequeno
número de participantes para obter dados sobre determinado assunto focalizado.
4.3.5 Entrevistas em profundidade
Segundo Hair et al. (2005), uma entrevista em profundidade é uma sessão de
discussão individual entre um entrevistador treinado e um entrevistado. Os entrevistados em
geral são escolhidos com cuidado por terem algum conhecimento especializado. Num grupo
de foco as respostas não são estruturadas. Já uma entrevista em profundidade permite uma
sondagem muito mais profunda do que a do grupo de foco.
4.3.6 Técnica Delphi
Segundo Hair et al. (2005), a técnica Delphi é uma abordagem de entrevista
exploratória. Uma entrevista Delphi concentra-se na percepção de um especialista
reconhecido, geralmente em relação à antecipação ou previsão de eventos futuros. É uma
forma específica de pesquisa de opinião. Bill Gates poderia ser um especialista em
63
tecnologias de software. Esse tipo de entrevistas em geral são menos formais e mais curtas do
que as de grupo de foco ou de profundidade.
4.3.7 Pesquisa bibliografia
Abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. A
pesquisa bibliográfica utiliza-se fundamentalmente das contribuições dos diversos autores
sobre determinado assunto. Compõe a pesquisa bibliográfica publicações avulsas, boletins,
jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico e meios de
comunicação orais (rádio, gravações em fitas magnéticas e audiovisuais, incluindo filmes e
televisão).
Segundo Gil (1999), pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A principal vantagem da
pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de
fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta
vantagem se torna particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados
muito dispersos pelo espaço. Para Mattar (1997), as pesquisas bibliográficas são mais rápidas
e econômicas de amadurecer ou aprofundar um problema de pesquisa é através do
conhecimento de trabalhos já efetuados por outros, via levantamento bibliográfico.
4.3.8 Pesquisa documental
Utiliza materiais que não receberam tratamento analítico, ou que podem ser
reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Fazem parte documentos, cartas,
contratos, diários, filmes, fotografias, gravações, relatórios de pesquisa, relatórios de
empresas, tabelas estatísticas etc.
Para Gil (1999), pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A
única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se
utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a
pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam ainda um tratamento
analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.
64
4.3.9 Pesquisa participante
Conforme Gil (1991), a pesquisa participante é conhecida pela relação mútua
existente entre pesquisadores e membros de situações investigadas. Esta pesquisa envolve a
distinção entre a ciência dominante e ciência popular e abrange posições valorativas
relacionadas a preceitos morais decorrentes do humanismo cristão e de algumas fantasias
marxistas.
4.3.10 Etnografia
Consiste em estudar a comunidade a partir dos significados que os próprios
envolvidos a atribuem, pressupondo, portanto, a aculturação do pesquisador. Estuda um único
grupo ou comunidade em termos de estrutura social, ressaltando-se a interação entre seus
componentes, seus elementos culturais.
Segundo Rebouças ([201?]) a etnografia é um método tradicional que visa realizar a
descrição dos significados pertencente a um determinado grupo. Todo grupo social atribui
significados às suas experiências de vida. A etnografia atua enfatizando a exploração da
natureza e de um fenômeno social particular; realiza entrevistas em profundidade; inicia
observação; analisa o discurso dos informantes; investiga os detalhes de um fato; lança
perspectiva microscópica; e por fim interpreta os significado e práticas sociais. A etnografia
investiga a realidade de um grupo e o saber gerado a partir do ponto de vista do outro. Essa
ferramenta antropológica praticamente inaugurou as aplicações dos métodos na antropologia.
4.3.11 Pesquisa experimental
Pesquisas empíricas que objetivam testar as relações de causa-efeito, ou seja,
verificar a diferença numa situação,via experimentos
A pesquisa experimental tem como finalidade testar hipóteses que dizem respeito à
convicção do pesquisador. Ela envolve grupos de controle, seleção aleatória e manipulação de
variáveis independentes. Buscam-se generalizações por meio de técnicas de coleta de
amostragem realizadas durante a experiência.
Para Mazur [201?], pesquisa experimental é um tipo de pesquisa em que o
investigador analisa o problema, constrói suas hipóteses e trabalha manipulando os possíveis
fatores, as variáveis, que se referem ao fenômeno observado.
65
A manipulação na quantidade e qualidade das variáveis proporciona o estudo da
relação entre causas e efeitos de um determinado fenômeno, podendo-se controlar e avaliar os
resultados dessas relações. Consiste em manter constante todas as causas, menos uma, que é
sofre variação para se observar seus efeitos, caso existam. A pesquisa experimental procura
entender de que modo ou por que causas o fenômeno é produzido. Para atingir os resultados o
pesquisador faz uso de aparelhos e de instrumentos que a técnica moderna coloca ao seu
alcance ou de procedimentos apropriados e capazes de tornar perceptíveis as relações
existentes entre as variáveis envolvidas no objeto de estudo.
66
5 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Os elementos pré-textuais são elementos que antecedem o texto com informações
que ajudam na sua publicação. Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos pré-
textuais que compõem a estrutura de tese, dissertação ou de um trabalho acadêmico estão
divididos em dois tipos: obrigatórios e opcionais. Segundo a referida norma a disposição dos
elementos pré-textuais deve a apresentada abaixo.
- Capa (obrigatória)
- Lombada (opcional)
- Folha de rosto (obrigatória)
- Errata (opcional)
- Folha de aprovação (obrigatória)
- Dedicatória(s) (opcional)
- Agradecimento(s) (opcional)
- Epígrafe (opcional)
- Resumo na língua vernácula (obrigatório)
- Resumo na língua estrangeira (obrigatória)
- Lista de ilustrações (opcional)
- Lista de tabelas (opcional)
- Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
- Lista de símbolos (opcional)
- Sumário (obrigatório)
5.1 CAPA
Capa é a proteção externa do trabalho de monografia de curso de graduação. Em
função da decisão do Curso de Ciências Contábeis na Universidade de Caxias do Sul ter
optado em passar a exigir apenas uma via digital da monografia como comprovante da
conclusão da pesquisa, os dados pertinentes a capa devem ser impressos em folha A4, sendo
que, para a proteção externa, das vias destinadas aos avaliadores, é utilizada uma capa de
plástico, já que as mesmas devem ser entregues encadernadas de forma espiral.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos da capa devem figurar na
seguinte ordem:
67
a) nome da instituição (opcional);
b) nome do autor
c) título;
d) subtítulo: se houver;
e) número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa a
especificação do respectivo volume);
f) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
g) ano do depósito (da entrega).
5.2 LOMBADA
Elemento opcional, onde as informações devem ser impressas, conforme a NBR
12225:
a) nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto pra o pé da lombada.
Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no sentido horizontal, com
a face voltada para cima;
b) título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome do autor;
c) elementos alfanuméricos de identificação, por exemplo: v. 2.
Em função do fato de que o Departamento de Ciências Contábeis da Universidade de
Caxias do Sul (UCS) só exige a entrega digital, então esse item não deve ser considerado na
elaboração da monografia, pelos alunos do referido curso.
5.3 FOLHA DE ROSTO
A folha ou página de rosto é a primeira página do trabalho da monografia e deve
conter os mesmos elementos da capa, acrescidos de informações complementares necessárias
à perfeita identificação do trabalho.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos da folha de rosto devem
figurar na seguinte ordem:
a) nome do autor: responsável intelectual do trabalho;
b) título principal do trabalho: deve ser claro e preciso, identificando o seu conteúdo
e possibilitando a indexação e recuperação da informação;
c) subtítulo: se houver, deve ser evidenciada sua subordinação ao título principal,
68
precedido de dois-pontos;
d) número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a
especificação do respectivo volume);
e) natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros) e objetivo
(aprovação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituição a que é
submetido; área de concentração;
f) nome do orientador e, se houver do co-orientador;
g) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
h) ano do depósito (da entrega).
O Colegiado do Curso de Contábeis da UCS decidiu por adotar o padrão de folha de
rosto estabelecido no Guia para Elaboração de Trabalhos Acadêmico da UCS (UCS, 2016).
Nele, além de estabelecer a formatação dos elementos previsto na NBR 14724 da ABNT
(2011), também informa acrescenta um elemento de identificação da universidade e do curso
ao qual o aluno pertence. Seguindo o previsto no referido guia, os dados devem estar
dispostos da seguinte forma:
- nome da universidade e do curso que o aluno pertence: escrito em letras
maiúsculas, a 3 cm da extremidade superior, fonte 12 e negrito.
- nome do aluno: escrito em letras maiúsculas, a 3 cm da extremidade superior,
fonte 12 e negrito.
- título do trabalho: grifado, acima do meio da página, centralizado, também em
letras maiúsculas e em negrito, quando houver subtítulo apenas as iniciais serão em letras
maiúsculas e fonte 12.
- número de volumes: fonte 12, palavra volume em maiúscula e minúscula ou
abreviado (Vol.), seguido do numeral arábico; se houver mais de um, deve constar na capa a
identificação do respectivo volume.
- natureza do trabalho, abaixo do título, do lado direito, deve constar uma
explicação quando à natureza do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão – TCC,
trabalho acadêmico de sala de aula); o objetivo (aprovação em disciplina ou grau pretendido e
outros); o nome da instituição a que é submetido; área de concentração. O texto deve estar
justificado com fonte 12, espacejamento simples, sem negrito, alinhado do meio da página
para a margem direita.
- nome do orientador e do co-orientador, se houver: deve aparecer loa em seguida
da natureza do trabalho e escrito seguindo as mesmas regras. Exemplo:
69
Exemplo de natureza do trabalho e nome do orientador.
Monografia apresentada para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul. Área de concentração: Custos
Orientador: Prof. (Esp.; Ms. ou Dr.) Nome do professor.
- local (cidade): da instituição onde deve ser apresentado (fonte 12, maiúscula,
negrito e centralizado). Localizado logo acima da data.
- data: ano em que foi defendido o trabalho, deve estar centralizado, ao nível da
margem inferior, ficando a 2 cm da extremidade inferior,
Obs.: a contagem da numeração se inicia na página de rosto, porém ela não deve
conter o número de página, iniciando-se a numeração a partir da Introdução.
5.4 ERRATA
Esse elemento, a pesar de ainda ser previsto na NBR 14724 da ABNT (2011), com o
advento da informática, ele é praticamente inaceitável, visto que, as correções necessárias
podem ser feitas diretamente no texto, de forma fácil, dando um melhor aspecto ao trabalho e
tornando a sua leitura mais prática.
5.5 FOLHA DE APROVAÇÃO
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), a folha de aprovação é um elemento
obrigatório, colocado logo após a folha de rosto (considerando-se a não existência da errata),
constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho e o subtítulo (se houver),
natureza, objetivo, nome da instituição a que é submetido, área de concentração, data de
aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituição
a que pertencem. A data de aprovação e as assinaturas dos membros componentes da banca
são colocadas após a aprovação do trabalho.
70
5.6 DEDICATÓRIA
Página opcional, momento onde o autor presta uma homenagem ou dedica seu
trabalho a alguém que contribuiu de alguma forma para a sua consecução. Deve estar à direita
na parte inferior da folha, sendo ela considerada na numeração, porém não deve receber o
número de página.
5.7 AGRADECIMENTOS
Página não obrigatória, destinada para o aluno fazer seus agradecimentos, caso
desejar àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração da publicação (pessoas,
organizações que cooperaram com o autor), destacando-se o orientador, restringindo-se ao
mínimo necessário. O agradecimento deve ser sincero e expresso de forma simples e sóbria.
Sua disposição pode ser a mesma de um texto normal, ou à direita na parte inferior da folha
quando o texto for curto. Deve-se evitar um número de agradecimentos muito extenso,
devendo-se colocar sempre os agradecimentos por ordem hierárquica de importância.
Também, como a página de rosto, deve ser considerada na numeração, porém não deve
receber o número de sequência.
5.8 EPÍGRAFE (PENSAMENTO, FRASE OU POEMA)
Elemento opcional onde o autor apresenta uma citação, seguida de indicação de
autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho. Podem também constar
epígrafes nas folhas de aberturas das seções primárias, no entanto, essa prática não seja usada
nas monografias do Departamento de Ciências Contábeis da UCS, portanto, é aconselhável
incluir apenas uma citação dessa natureza, logo após a folha dos agradecimentos. Epígrafe é
uma página optativa, destinada para colocação de um pensamento ou uma frase ou poema,
sem aspas, espacejamento simples, com indicação do autor alinhado à margem direita. Deve-
se evitar frases sentimentais, pregas ou ridículas.
5.9 PÁGINA PARA O RESUMO
Consiste na apresentação clara e concisa dos pontos relevantes do trabalho, de
maneira a permitir ao leitor saber da conveniência ou não da sua leitura na íntegra. O resumo
71
deve ser colocado em folha à parte, precedido da palavra RESUMO.
Segundo a NBR 6028 da ABNT (2003) o resumo deve ser composto de uma
sequência corrente de frases concisas e não de uma enumeração de tópicos. A primeira frase
deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a
informação sobre a categoria do tratamento (isto é, memória científica, estudo de casos,
análise da situação, etc.), devendo-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do
singular.
O resumo é página obrigatória e deve conter um resumo breve da monografia, escrito
em espaço simples. Recomenda-se o uso de parágrafo único.
A NBR 6028 da ABNT (2003) estabelece que quanto a sua extensão, os resumos
devem ter:
a) de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e
relatórios técnico-científico;
b) de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos;
c) de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.
O resumo é uma condensação do estudo, mencionando as principais contribuições do
trabalho para a sociedade científica e para os leitores de forma geral e, ainda, uma visão
rápida e clara do conteúdo das conclusões. Deve-se ressaltar, de forma clara e sintética, a
natureza do trabalho, seus resultados e conclusões mais importantes. Todos os segmentos de
maior importância devem ser incluídos, constituindo-se em uma sequência de frases concisas
e objetivas, e não uma simples enumeração de tópicos. Deve ser redigido na terceira pessoa
do singular, com o verbo na voz ativa, proporcionado ao leitor entendimento geral do estudo.
Resumo é a apresentação concisa e sintética da proposta do trabalho científico.
Destaca os aspectos centrais e significativos. Ressalta o assunto tratado, os objetivos,
métodos, resultados, conclusões e diretrizes. Deve ser elaborado com vistas a fornecer ao
leitor informações básicas para o que se dedica ou não a leitura do texto.
No resumo deve constar:
a) tema da monografia;
b) as hipóteses testadas (se for o caso);
c) metodologia utilizada (pesquisa bibliográfica, estudo de caso);
d) finalidades (objetivos); e
e) os resultados e conclusões obtidas.
Nos resultados, se deve ressaltar o surgimento de fatos novos, descobertas
72
significativas, contradições e teorias anteriores, reações e efeitos novos verificados. Deve-se
descrever as conclusões, isto é, as consequências dos resultados e o modo como eles se
relacionam aos objetivos propostos do documento, em termos de recomendações, aplicações,
sugestões, novas relações e hipóteses aceitas ou rejeitadas.
Segundo a BNR 6028 da ABNT (2003), na elaboração do resumo devem-se evitar:
a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
b) fórmulas, equações, diagramas, etc., que não sejam absolutamente necessárias,
quando seu emprego for imprescindível, defini-las na primeira vez que
aparecerem.
Logo abaixo do Resumo, devem ser relacionadas as palavras representativas do
conteúdo trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores que permitam a catalogação da
monografia e contribuem para a formação de índices de assuntos, conforme a NBR 6028.
Exemplo:
Palavras-chave: Custeio direto. Margem de contribuição. Ponto de equilíbrio.
O resumo deverá estar posicionado logo após a dedicatória / agradecimentos /
pensamento e antes das listas de ilustrações e/ou listas de tabelas, se existirem, ou antes do
sumário.
Maiores detalhes sobre a elaboração do resumo deve-se recorrer a NBR 6028 da
ABNT (1990), norma específica que trata das regras da elaboração do resumo.
5.10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Segundo a Norma ABNT 14724 (2011), a lista de ilustrações é um elemento
opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item
designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página. Quando
necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos,
esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos
e outros). Figuram depois do Sumário e podem ser agrupadas em uma única lista ou separadas
por tipo.
Observação: as tabelas não são consideradas ilustrações, sendo que, elas tratadas de
forma específica.
Lista de figuras – figuras compreendem estampas, fotografias, gráficos, lâminas,
73
mapas, etc.
Caso haja somente um tipo de ilustração ou a conveniência em separá-las por tipo, o
cabeçalho da lista será substituído pelo título específico, como; lista de gráficos, lista de
mapas, lista de figuras, etc.
Exemplo:
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Gráfico do Ponto de Equilíbrio....................................................................25
Figura 2: Organograma da Empresa Beta S/A .........................................................43
Listas de quadros: havendo mais de quatro quadros no texto, devem ser relacionadas
em lista à parte, devendo seguir a mesma ordem em que aparecem no texto e deve constar
número, título e página.
Os quadros também devem ser listados separadamente, incluindo: números, títulos e
páginas em que aparecem no texto, podendo também o cabeçalho ser substituído pelo termo
específico.
Exemplo:
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Custos relativos ao mês de maio de 2003................................................42
Quadro 2: Preços de venda por produto....................................................................51
5.11 LISTA DE TABELAS
Segundo a Norma ABNT 14724 (2011), a lista de tabelas é um elemento opcional,
que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item
designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página.
Havendo mais de quatro tabelas no texto, devem ser relacionadas em lista à parte,
devendo seguir a mesma ordem em que aparecem no texto e deve constar número, título e
página.
As tabelas são compostas de dados tratados estatisticamente, sendo que também
devem ser listadas separadamente, incluindo: números, títulos e páginas em que aparecem no
74
texto, devendo constar no cabeçalho o termo: LISTA DE TABELAS.
Exemplo:
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Faturamento mensal do ano de 2002........................................................28
Tabela 2 : Custo dos produtos vendidos mensal do ano de 2002.............................31
5.12 LISTA DE SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS
Segundo a Norma ABNT 14724 (2011), a lista de símbolos é um elemento opcional,
que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido
significado.
Havendo mais de dez abreviaturas, siglas e símbolos no texto, devem ser
relacionados em uma única lista ou em separado com seus respectivos significados. As listas
são ordenadas alfabeticamente, quanto possível, não sendo necessário especificar a página
onde se encontram.
5.13 SUMÁRIO
Segundo a NBR 6027 da ABNT (2003), o sumário relaciona as principais divisões e
seções do texto, na mesma ordem e grafia em que nele se sucedem, com a indicação na
paginação inicial, sendo que, os elementos pré-textuais não devem constar no sumário. A
mesma norma estabelece que os indicativos das seções que compõem o sumário, se houver,
devem ser alinhados à esquerda, conforme a NBR 6024 (2003), sendo que, os títulos, e os
subtítulos, se houver, sucedem os indicativos das seções, recomendando-se que sejam
alinhados pela margem do título do indicativo mais extenso.
Na NBR 6027 da ABNT (2003) as divisões são chamadas seções (capítulos), seções
secundárias, seções terciárias, etc. A numeração deve ser em algarismos arábicos. Elementos
com listas de tabelas, figuras, abreviaturas, símbolos, não devem ser numerados e também não
devem aparecer no sumário. Já as seções referentes às Referências, Apêndices, Anexos, não
são numerados (a ordem dos Apêndices e dos Anexos é feita utilizando-se letras maiúsculas),
mas devem aparecer no sumário.
O sumário é uma listagem que retrata com fidelidade as seções do documento. Segue
a ordem da exposição, apresentando as seções primárias, secundárias, terciárias etc. que
75
recebem numeração progressiva. Deve-se observar o que segue:
a) o sumário localiza-se no início do trabalho, após a folha de rosto, a dedicatória,
agradecimentos, epígrafe, listas de ilustrações e resumo;
b) é transcrito em folha separada, com título centrado;
c) deve haver destaque entre os itens que se subordinam: os títulos dos capítulos
(seções primárias), escrevê-los em letras maiúsculas e em negrito; as secundárias
em letras maiúsculas e normal; as terciárias com a primeira letra de cada palavra
em maiúscula e em negrito, as quartenárias com a primeira letra de cada palavra
em maiúscula e normal e a quinarias com a primeira letra de cada palavra em
maiúscula e em itálico.
d) deve conter o indicativo e o título de cada seção; a numeração deve ser da página
inicial da seção ligado ao título por linha pontilhada;
e) o sumário além dos elementos textuais (que possuem numeração) também devem
conter os elementos pós-textuais, sem indicativo numérico, alinhados na mesma
margem dos capítulos;
f) pode-se utilizar a reentrada embaixo da segunda letra da linha anterior.
No Sumário e no texto os títulos das seções devem ser numerados em algarismos
arábicos.
Segundo Neves e Garcia, o sumário deve ser elaborado de acordo com a norma da
ABNT NBR 6027 e deve conter a indicação das páginas das diferentes partes do trabalho.
Observações:
1) O resumo e as listas são elementos pré-textuais e por isso não devem constar no
sumário.
2) Deve-se usar o sistema e numeração progressiva para numerar as divisões e
subdivisões do texto, conforme a norma NBR-6024 da ABNT.
3) Referências, glossário, apêndice, anexo e índice não são considerados capítulos,
por isso não recebem numeração de seção e figuram no sumário como suas respectivas
páginas iniciais.
Nesse capítulo procurou-se dar uma visão geral de todas as regras e normas que
regem a elaboração dos elementos pré-textuais de uma monografia. Ao concluir esse capítulo
foi possível evidenciar quais são e como devem ser elaborados os elementos pré-textuais, bem
como quais são as principais regras que devem ser seguidas para a sua elaboração.
O próximo capítulo tratará especificamente das normas e regras a serem seguidas na
76
elaboração dos elementos textuais de uma monografia (elementos centrais da monografia que
vêm depois dos elementos pré-textuais e antes dos elementos pós-textuais). Os elementos
textuais representam o corpo principal de uma monografia, onde o pesquisador desenvolverá
o relato de sua pesquisa, desde os objetivos, metodologia, resultados e conclusões.
77
6 ELEMENTOS TEXTUAIS
Segundo Alves (2003), elementos textuais são os instrumentos pelo qual o
pesquisador irá apresentar suas ideias.
Os elementos textuais são elementos que fazem parte do trabalho em que é exposta a
matéria. Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos textuais que compõem a
estrutura de tese, dissertação ou de um trabalho acadêmico estão divididos introdução,
desenvolvimento e conclusão, todos eles obrigatórios e devem seguir a disposição apresentada
abaixo.
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão
Segundo as Normas para Apresentação de Monografias do Instituto de Informática e
do PPGC da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003, p. 5), o texto é a parte do
documento onde o conteúdo é apresentado e desenvolvido. Com relação ao estilo da redação,
o trabalho deve ser escrito em linguagem impessoal, na terceira pessoa e ser também
inteiramente consistente, isto é, numa convenção ou critério usado em uma página deve ser
mantido em todo o texto. A concisão e a clareza do texto ficam inteiramente sob a
responsabilidade do orientador, o qual orientará o aluno nas modificações que considerar
necessárias.
O computador é um bom instrumento de trabalho, mas devemos lembrar que os textos devem ser apresentados segundo as normas de metodologia e devidamente acentuados e pontuados. Justificativas como: “o computador não acentua”, “a margem não é fixa”, “não sei fazer nota de rodapé no editor”, “o arquivo sumiu”, devem todas ser resolvidas pelo estudante e não são aceitas como motivo para atraso ou entrega de trabalhos que não preencham os requisitos de projeto e principalmente, requisitos da monografia. (GOMES, 2002, p. 2).
6.1 INTRODUÇÃO
Segundo a NBR da ABNT 14724 (2011) estabelece que a introdução é a parte inicial
do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros
elementos necessários para situar o tema do trabalho.
É a apresentação do assunto a ser tratado através de uma definição objetiva do tema e
finalidade da pesquisa, justificando a escolha do assunto. Deve dar uma indicação de qual é o
78
problema de pesquisa e do objetivo do estudo. A introdução pode terminar com uma rápida
descrição do conteúdo de cada capítulo.
Segundo os Padrões para Apresentação e Formatação do Texto Monográfico da
SUESC (2001, p. 3), a introdução tem por objetivo antecipar o que vai ser transmitido no
texto. Deve ser breve e conter os seguintes tipos de informação: apresentação do tema;
justificativa/importância do estudo; problema e/ou hipótese desenvolvida; a delimitação do
estudo; a definição dos conceitos; os objetivos da pesquisa; o assunto principal de cada
capítulo. Segundo os autores do manual, é importante não antecipar as conclusões na
introdução.
A introdução resume os objetivos do trabalho e de sua elaboração, constitui uma
síntese de caráter didático das ideias e da matéria tratada. Situa o leitor no contexto da
pesquisa. É a parte inicial de apresentação da monografia, devendo dar ao leitor uma ideia do
assunto principal e das implicações do estudo.
Segundo o Manual para Elaboração de Monografia de Iniciação Científica da
Universidade do Sagrado Coração (2003), a introdução é o capítulo onde deve representar a
essência do pensamento do autor em relação ao assunto que pretende estudar. Na medida do
possível, deve ser abrangente sem ser prolongado. Constitui um discurso de abertura em que o
aluno oferece ao leitor uma síntese dos conceitos da literatura, expressa sua própria opinião,
estabelece a importância e as razões de ser de seu trabalho; resumindo começo, meio e fim de
sua proposta de estudo.
Do texto da introdução devem constar:
a) apresentação do tema principal;
b) explicação da importância do assunto;
c) os objetivos – geral e específicos
d) proposições que se pretende defender com a pesquisa;
e) metodologia utilizada na pesquisa
f) proposições da pesquisa (dados e/ou informações que dimensionam a
problemática; questões da pesquisa; limites da pesquisa).
6.2 TEXTO (DESENVOLVIMENTO)
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), o desenvolvimento é a parte principal do
texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e
79
subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.
O texto é a parte do documento onde o conteúdo é apresentado e desenvolvido.
“Evite construir frases muito longas, usar palavras supérfluas, pedantismos, gírias na
argumentação e, ainda, aumentativos e diminutivos, ou mesmo superlativos, o que prejudica o
estilo (ALVES, 2003 p. 24).”
Frases não muito longas. Há bons escritores que gostam de frases longas, cheias de intercalações, na linha de um Ruy Barbosa. [...] Mas hoje em dia, principalmente em textos não literários, a regra é evitar períodos muito compridos, que quase sempre tendem a dificultar a compreensão. Quando a frase começa a parecer meio ‘ruy-barbosa’ demais, é hora de colocar um ponto, ou ponto-e-vírgula. (Por outro lado, não se deve cair no defeito oposto: um texto composto só de frases muito curtas adquire um ar de composição infantil). (VERSIANI, 2001, p. 6).
O desenvolvimento ou corpo do trabalho é a parte mais extensa e visa apresentar os
resultados da pesquisa. Divide-se geralmente em seções e subseções que variam em função da
natureza do problema.
Os capítulos devem ser divididos numa ordenação lógica das ideias, ou seja, os capítulos são um ajuste sequencial das ideias, de forma que todo o texto fique claro e compreensível. Por sua vez, eles devem manter certo equilíbrio em suas divisões: o número de páginas deve ser proporcional entre os capítulos, um não pode ter numeração muito maior que o outro. Esse equilíbrio é importante para uma ordenação adequada e par ao cumprimento dos procedimentos da metodologia. (FACHIN, 2001, p. 163).
No caso de elaborar tabelas e gráficos para ilustrar o texto ou apresentar os dados
obtidos, o autor deverá seguir as orientações e consultar a norma NBR 6822 da ABNT:
a) devem inserir-las o mais próximo dos textos a que se referem;
b) caso não queira inseri-la no texto, deve reuni-las em anexo. Neste caso deve estar
indicado no texto onde estas se encontram.
Segundo Garcia e Neves (2003), o texto deve apresentar as diferentes correntes de
pesquisadores que estudaram a questão. O texto deve ser fluido e seus parágrafos devem
possuir uma articulação entre si, isto é, os parágrafos não devem ser simples menção de
resultados de pesquisas, mas um parágrafo deve conter ideias que evoluíram do parágrafo
anterior e que preparam para o parágrafo seguinte.
Para Alexandre (2003), o desenvolvimento é a parte mais importante do texto, onde é
exigido raciocínio lógico e clareza. Consiste na organização do trabalho em vários capítulos
ordenados logicamente (do geral ao específico, e do teórico ao prático), apresentando os
80
resultados do estudo. Os capítulos devem ser de tamanho igual, ou relativamente igual,
desdobrando os argumentos apresentados.
6.3 CONCLUSÃO
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), a conclusão é a parte final do texto, na qual
se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. Segundo a mesma
norma, é opcional apresentar os desdobramentos relativos à importância, síntese, projeção,
repercussão, encaminhamentos e outros.
Segundo o Manual para Elaboração de Monografia de Iniciação Científica da
Universidade do Sagrado Coração (2003), a Conclusão constitui o desfecho do corpo do
trabalho. Deve expressar com lógica e simplicidade o demonstrado ou deduzido com a
pesquisa. É fundamental que não haja, no capítulo de Conclusão(ões), espaço para deduções
subentendidas no texto, dele devendo constar apenas fatos definitivamente demonstrados ou
claramente deduzidos e seguramente embasados pelo trabalho como um todo.
A finalização deve ser feita a partir dos elementos e resultados levantados ao longo
do trabalho. Neste sentido, a conclusão relaciona a literatura com os resultados mais
significativos do estudo. Também pode incluir recomendações a respeito de ações ou
pesquisas futuras julgadas necessárias pelo autor. Neste tópico são relatados e discutidos os
resultados observados no processo de investigação. Baseado nos resultados encontrados
relata-se sumariamente as conclusões obtidas.
A essência de um estudo está na conclusão, que deve ser fundamentada em deduções
lógicas e corresponder aos objetivos do trabalho como um todo.
Para Versiani (2001, p.16), um trabalho acadêmico, ainda que seja apenas uma
resenha da literatura, pretende, regra geral, trazer algo de novo, alguma contribuição do autor
ao conhecimento do tema, ainda que de alcance limitado.
Segundo o mesmo autor, de um lado, pode haver uma natural e louvável cautela em
não exibir pretensão excessiva, especialmente diante do peso de autoridades consagradas da
área: “quem sou eu para contradizer Keynes?”. Mas o perigo é que o cuidado em não parecer
pretensioso possa resultar numa mera repetição de pensamentos alheios e verdades
estabelecidas, ou então em afirmativas vagas, que não trazem nada de novo. Por outro lado, há
o defeito oposto (e talvez mais comum) dos que se aventuram a tirar conclusões que vão além
do que o argumento desenvolvido, ou a evidência examinada, poderiam autorizar.
81
Para o mesmo autor ao se colocar as conclusões é necessário procurar um meio
caminho entre os dois extremos: de uma parte, ressaltar a contribuição do texto, o que ele
pode acrescentar ao que já foi dito antes; de outra parte, ter o cuidado em estabelecer limites e
condicionantes a essa novidade (e também separar a análise teórica do juízo de valor). O tom
adequado pode ser mais fácil de atingir na medida em que se apresentem argumentos ou
conclusões de um trabalho de forma cuidadosa e condicional. Em particular, no que toca aos
achados de um estudo empírico, é aconselhável a utilização de expressões como: “a evidência
sugere que...”; “há indicações de que...”; “é plausível supor que....”; “a partir do que foi
observado pode-se inferir que.... ”; etc.
Vale lembrar que a conclusão é um arremate final. A conclusão não é uma ideia
nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao trabalho e, muito menos, um simples
resumo. A conclusão deve ser breve, clara, objetiva, apresentar visão analítica do corpo do
trabalho, inter-relacionando-o num todo e levando em consideração o problema inicial do
estudo. É redigida tendo em vista os resultados obtidos. Ela é decorrente dos dados obtidos ou
dos fatos observados, portanto não se deve introduzir novos argumentos, apenas demonstrar o
que foi encontrado no decorrer do estudo. Segundo Alves (2003 p. 24) “é fundamental que os
dados contidos na Conclusão estejam em relação direta com os objetivos perseguidos e com
as questões levantadas. Não deve conter nenhum elemento novo, não discutindo no corpo do
trabalho”.
Nesse capítulo procurou-se dar uma visão geral de todas as regras e normas que
regem a elaboração dos elementos textuais (introdução, desenvolvimento, conclusão). Com a
conclusão desse capítulo é possível conhecer quais são e como devem ser elaborados os
elementos textuais de uma monografia, bem como quais são as principais regras necessárias a
serem seguidas para a sua elaboração.
O próximo capítulo tratará especificamente das normas e regras a serem seguidas na
elaboração dos elementos pós-textuais de uma monografia (elementos vêm depois dos
elementos textuais). Os elementos pré-textuais são os elementos finais da monografia, são os
elementos que complementam o estudo.
82
7 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais são os elementos que complementam o trabalho. Segundo
a NBR 14724 da ABNT (2011), os elementos pós-textuais que compõem a estrutura de tese,
dissertação ou de um trabalho acadêmico estão divididos em dois tipos: obrigatórios e
opcionais e devem seguir a sequência apresentada abaixo.
- Referências (obrigatório)
- Glossário (opcional)
- Apêndice(s) (opcional)
- Anexo(s) (opcional)
- Índice(s) (opcional)
7.1 REFERÊNCIAS
As referências incluem todas as obras utilizadas durante a execução da pesquisa e a
redação da monografia.
Referências é um conjunto de elementos que permite a identificação de documentos
utilizados, no todo ou em parte, pelo autor de um trabalho. A correta identificação de um
documento visa facilitar o processo de sua localização e obtenção por um leitor interessado.
Segundo ABNT – NBR 6023, referência é o conjunto padronizado de elementos
descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual. As
referências constantes de uma lista padronizada devem obedecer aos mesmos princípios. Ao
optar pela utilização de elementos complementares, estes devem ser incluídos em todas as
referências daquela lista.
7.1.1 Elementos essenciais
Segundo a Norma ABNT NBR 6023, são as informações indispensáveis à
identificação do documento. Os elementos essenciais estão estritamente vinculados ao suporte
documental e variam, portanto, conforme o tipo. Sendo a referida norma, os elementos
essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data de publicação.
83
7.1.2 Elementos complementares
Segundo a Norma ABNT NBR 6023, são as informações que, acrescentadas aos
elementos essenciais, permitem melhor caracterização dos documentos. São considerados
elementos complementares: tradutor, revisor, cooperador, número de páginas, ilustração,
objetivo da elaboração, etc.
Obs.: No caso de artigo em periódico é essencial que conste o número da página
inicial e final do artigo.
Segundo a Norma ABNT NBR 6023, os elementos essenciais e complementares são
retirados do próprio documento. Quando isso não for possível, utilizam-se outras fontes de
informação, indicando-se os dados assim obtidos entre colchetes.
7.1.3 Localização e ordenação
Embora a Norma ABNT NBR 6023 estabelece mais de uma forma de apresentação
das referências bibliográficas (no rodapé; no fim de texto e de capítulo; em listas de
referências; tecendo resumos, resenhas e recensões), o Colegiado do Curso de Ciências
Contábeis da UCS, seguindo a prática mais usual, estabeleceu que as referências devem
aparecem no final do trabalho em ordenação alfabética de autor e título (sistema alfabético)
para todo o tipo de documento consultado, devendo ser incluída após a conclusão do trabalho.
7.1.4 Regras gerais de apresentação
7.1.4.1 Alinhamento e espaçamento
Segundo a Norma ABNT NBR 6023, as referências são alinhadas somente à margem
esquerda do texto e de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço
simples e separadas entre si por um espaço duplo6.
7.1.4.2 Texto da referência
A norma ABNT NBR 6023 (2002) cita várias regras para o texto das referências
6 A partir de 2000 a Norma ABNT NBR 6023 eliminou a exigência de alinhar a segunda linha da referência pela terceira letra da primeira linha
84
bibliográficas, apresentando inclusive um número grande de exemplos de como elaborar as
referências, dependendo de cada tipo fonte consultada. Algumas regras são gerais, entre elas
podemos citar:
a) os elementos essenciais e complementares da referência devem ser apresentados
em sequência padronizada;
b) a pontuação deve seguir padrões internacionais e deve ser uniforme para todas as
referências. As abreviaturas devem ser conforme a NBR 10522;
c) o recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o elemento
título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento. Isso
não se aplica às obras sem indicação de autoria, ou de responsabilidade, cujo
elemento de entrada é o próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas
na primeira palavra, com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e palavras
monossílabas.
7.1.4.3 Ordenação das referências
Conforme a NBR 6023 (2002), a referências dos documentos citados em um trabalho
devem ser ordenadas de acordo com o sistema utilizado para citação no texto, conforme NBR
10520. Os sistemas mais utilizados são: alfabético (ordem alfabética de entrada) e numérico
(ordem de citação no texto). Se for utilizado o sistema alfabético, as referências devem ser
reunidas no final do trabalho, do artigo ou do capítulo, em uma única ordem alfabética. As
chamadas no texto devem obedecer à forma adotada na referência, com relação à escolha da
entrada, mas não necessariamente quanto à grafia, conforme a NBR 10520.
Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve seguir a
mesma ordem numérica crescente. O sistema numérico não pode ser usado
concomitantemente para notas de referências e notas explicativas.
Conforme a NBR 10520, qualquer que seja o método adotado, deve ser seguido
consistentemente ao longo de todo o trabalho, permitindo sua correlação na lista de
referências ou em notas de rodapé.
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul
decidiu por adotar exclusivamente o sistema alfabético e em função disso, esse também será o
sistema utilizado para exemplificar as diversas fontes de referências. No entanto, com
objetivo de também exemplificar como se aplica o sistema numérico, a seguir encontra-se um
85
exemplo com base nesse sistema.
No texto:
Quando houver autores que tenham o mesmo sobrenome e as datas forem as
mesmas, deve-se acrescentar o nome do autor (ou mesmo abreviado), seguido do ano da
obra¹.
Na lista de referências:
¹ALVES, Magda. Como Escrever Teses e Monografias – Um roteiro passo a passo. São Paulo: Campus, 2003 p.89.
7.1.4.4 Autoria
7.1.4.4.1 Autor pessoal
Referencia(m)-se o(s) autor(es) pelo último sobrenome, em maiúscula, seguindo de
vírgula, de espaço e dos prenomes e sobrenomes restantes com apenas a primeira letra em
maiúscula, sendo as demais em minúscula. Os nomes dos autores são separados por ponto-e-
vírgula, seguido de espaço.
Em obras com até três autores mencionam-se todos na entrada na ordem em que
aparecem na publicação, separados por ponto e vírgula (;) seguido de espaço.
Exemplos:
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para Elaboração de Monografias e Dissertações. 3. ed. São Paulo: Altas, 2002.
MELLO, Maria Ivone de; FERNANDES, Miriam Velci. Normas para Apresentação de Trabalhos Científicos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2003.
MOTTA, Valter T.; HESSELN, Ligia Gonçalves; GIALDI, Silvestre. Normas Técnicas para Apresentação de Trabalhos Científico. 2. ed. Porto Alegre: Médica Missau, 2001.
Quando existirem mais de 3 autores, menciona-se somente o primeiro, seguido da
expressão latina et al.
Exemplo:
86
MOREIRA, Júlio César Tavares et al. Administração de Vendas. São Paulo: Saraiva, 2001.
7.1.4.4.2 Autor repetido
O nome do autor de várias obras referenciadas pode ser repetido e as referências
organizadas em ordem cronológica.
Segundo a NBR 6023 (2002), eventualmente, o nome do autor de várias obras
referenciadas sucessivamente, pode ser substituído nas referências seguintes à primeira, por
um traço (equivalente a seis espaços) e ponto.
Exemplo:
LEONE, S. G. George. Custos – Planejamento, Implantação e Controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
______. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Altas, 1997.
7.1.4.4.3 Autores com o mesmo sobrenome
Conforme o item 6.1.2 na NBR 10520, quando houver coincidência de sobrenome de
autores, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se mesmo assim existir coincidência,
colocam-se os prenomes por extenso.
Exemplos:
Quanto o nome abreviado é suficiente para diferenciar
OLIVEIRA, R. (2006)
OLIVEIRA, G. (2006)
Quanto o nome abreviado não é suficiente para diferenciar
OLIVEIRA, Raul (2006)
OLIVEIRA, Renato (2006)
7.1.4.4.4 Autor entidade/evento
Obras com responsabilidade de entidade (órgãos governamentais, empresas,
congressos, seminários, etc) têm entrada pelo seu nome próprio, por extenso.
87
Exemplo:
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Custo com ferramenta gerencial. São Paulo: Atlas,1995.
Quando a entidade coletiva tem uma denominação específica (sigla) que a identifica
a nível nacional e/ou internacional, pode-se indicar diretamente sua sigla:
Exemplo:
IBGE
7.1.4.4.5 Autoria não determinada
Quando não for possível identificar a autoria da obra, a entrada deve ser feita pelo
título, transcrevendo a primeira palavra com letras maiúsculas.
Exemplo:
HIGH Technoloy. Bevely Hilss: Sage, 1985.
7.1.4.5 Título
O título deve ser transcrito conforme figura na publicação, grifado com negrito,
itálico ou sublinhado e com a primeira letra em maiúscula. O recurso utilizado para destacar o
título deve ser o mesmo em todas as referências. O subtítulo deve ser acrescentado desde que
contenha informação essencial sobre o conteúdo do documento.
Em títulos demasiadamente longos, pode-se suprimir algumas palavras, desde que a
supressão não incida sobre as primeiras e não altere o sentido. A supressão é indicada por
reticências.
7.1.4.6 Imprenta
A imprenta é composta pelos dados referente ao local, a casa publicadora (editora) e
a data.
I) Local
Indicar o nome da cidade tal como aparece na publicação. Quando há mais de uma
cidade para a mesma editora, indicar a primeira ou mais destacada. Não sendo possível
determinar o local, indicar entre colchetes. Exemplos: quando não identificado [S.I.], quando
88
identificado como provável, indicar entre colchetes a cidade [São Paulo].
II) Editora
Indicar o nome da casa publicadora ou editora, suprimindo elementos que designem
natureza jurídica ou comercial.
Exemplo:
Atlas (para Editora Atlas)
Quando há mais de uma editora, mencionar a mais destacada. Se as editoras
estiverem com igual destaque indica-se a primeira. As demais podem ser registradas com os
respectivos locais, se necessário.
Quando a editora é mesma instituição responsável pela autoria e já tiver sido
mencionada, não é indicada.
Quando o local e o editor são desconhecidos, usa-se a expressão [S.I.: s.n.].
III) Data
Indicar a data sempre em algarismos arábicos. Quando a data exata não for
identificada, registra-se uma data aproximada entre colchetes.
[2002 ou 2003] um ano ou outro
[1997?] para ano provável
[2002] para ano certo não indicado no item
[199-] para década certa
[199-?] para década provável
[19--] para século certo
[19--?] para século provável
[ca.1987] para data aproximada
7.1.4.7 Outras informações
7.1.4.7.1 Indicação de número de páginas ou volumes
Quando a publicação só tem um volume, indicar o número de páginas ou folhas
seguido da abreviatura p. ou f.
Exemplos;
183 p. ou 198 f.
Quando a publicação tem mais de um volume, indicar o número destes, seguido da
89
abreviatura v..
Exemplo:
5 v.
Indicar números inicial e final de páginas, separados por hífen, antecedidos da
abreviatura p..
Exemplo:
p. 7-78
Quando a publicação não for paginada ou paginada irregularmente, indicar em nota:
Exemplo:
Não pagina
Paginação irregular
7.1.4.7.2 Indicação de materiais especiais
Indicar o número de unidades físicas do material e da designação específica. Se
necessário, indicar entre parênteses outras especificações.
Exemplos:
1 fita de vídeo ou 1 CD-ROM
7.1.4.8 Pontuação
Segundo Siqueira (2000), a pontuação nas referências bibliográficas deve obedecer
as regras apresentadas a seguir.
Ponto ( . ) utilizado após o nome completo do autor, do título, dos dados
complementares e do último item bibliográfico;
Dois pontos ( : ) usados após o local de publicação e antes da editora, antes do
subtítulo e depois de “In”, sendo que este sempre aparece com letras maiúsculas, pois vem
após um ponto;
Vírgula ( , ) usada entre os sub-elementos, ou seja, antes do prenome, depois da
editora, após a edição, entre volume, número, paginação, nas referências de revistas e jornais
e depois do títulos dos mesmos;
Hífen ( - ) usado entre página inicial e a final da fonte utilizada e entre datas limites
de determinado período de publicação;
90
Ponto e Vírgula ( ; ) utilizado entre os nomes dos autores e das obras coletivas;
Barra Transversal ( / ) usada entre os elementos do período coberto pelo
fascículos;
Colchete ( [ ] ) utilizado para indicar os elementos que não figuram na obra referida,
mas que, se tem certeza de sua origem ou em outros casos especiais, como o de ausência do
elemento ou quando não se tem certeza do elemento.
7.1.5 Modelos de referências
A norma NBR 6023 além de informar quais os procedimentos que devem ser
seguidos para a elaboração das referências bibliográficas ela apresenta uma série de exemplos
de como devem ser elaboradas as referências em função do tipo de material consultado.
Para facilitar a consulta desses modelos, foi elaborado um capítulo específico para
esse tema, capítulo 9.
7.2 GLOSSÁRIO
O glossário é um elemento opcional, elaborado em ordem alfabética.
Segundo as Normas e Recomendações para Redação de Dissertações e Teses,
glossário é uma relação ou termos de uso restritos, acompanhados de suas respectivas
definições. Fazem parte tipicamente do glossário palavras em inglês, termos técnicos poucos
comuns ou de uso restrito, e palavras especiais, dentre outras possibilidades. O objetivo do
glossário é o esclarecimento do leitor quanto ao significado destas palavras e de termos
técnicos e científicos. As entradas do glossário devem ser listadas em ordem alfabética.
O departamento de Ciências Contábeis da UCS não exige e nem estabelece a
possibilidade do uso de glossário na elaboração das monografias de seus alunos.
7.3 ANEXOS E/OU APÊNDICES
Conforme a NBR 6029 ABNT os anexos e/ou apêndices têm a finalidade de
completar a argumentação principal, documentar, esclarecer, provar ou confirmar ideias
expressas no texto, necessárias à maior compreensão do mesmo.
91
7.3.1 Apêndices
Segundo as NBR’s 6029 (2002), 14724 (2011) e 6022 (1994) da ABNT, são textos
ou documentos elaborados pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo
da unidade nucelar do trabalho. São suportes elucidativos e ilustrativos, mas não essenciais à
compreensão do texto. Têm o mesmo papel das notas explicativas de rodapé, incluindo
informações não necessárias ao texto.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os apêndices são identificados por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente, utilizam-se
letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 23 letras do
alfabeto. O texto deve ser escrito todo em maiúsculo, negrito e centralizado.
Exemplo:
APÊNDICE A – ESTRUTURA DOS CENTOS DE CUSTOS
APÊNDICE B – MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
7.3.2 Anexos
Segundo a NBR 6029 e NBR 14724 da ABNT (2011), anexos são formados por
textos ou documentos não elaborados pelo autor, que servem de fundamentação, comprovação
e ilustração. Podem ser considerados como anexos: instrumentos de pesquisa (questionários,
grades de análise, entrevistas, mapas, ilustrações, descrições, modelos de formulários e
impressos, leis, decretos, etc.).
Lista de anexos: deve ser colocada no final do trabalho, após as referências
bibliográficas e dos apêndices, se existirem. Deve conter a palavra Anexo ou Anexos.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), os anexos são identificados por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente, utilizam-se
letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 23 letras do
alfabeto. O texto deve ser escrito todo em maiúsculo, negrito e centralizado.
Exemplo:
ANEXO A – ORGANOGRAMA DA EMPRESA BETA S/A
ANEXO B –DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA BETA S/A
92
7.4 ÍNDICE
Elemento opcional, elaborado conforme a NBR 6034 da ABNT.
“Trata-se de listas de entradas ordenadas segundo determinado critério que localiza e
remete o leitor para as informações contidas num texto [...] Um relatório poderá ter um ou
mais índices” (MARTINS, 2002, p.63). Já para Marion et al (2002, p.71) “índice é uma
listagem constituída por assuntos, autores, instituições ou pessoas, organizações em ordem
alfabética.[...] pode ser organizado por entradas classificadas de acordo com assunto [...]”.
Nesse capítulo procurou-se dar uma visão geral de todas as regras e normas que
regem a elaboração dos elementos pós-textuais. Ao concluir esse capítulo foi possível
apresentar quais são e como devem ser elaborados os elementos pós-textuais, bem como quais
são as principais regras que devem ser seguidas para a sua elaboração. Com o estudo
apresentado nesse capítulo fica concluída a parte que trata especificamente dos elementos
integrantes da monografia.
O próximo capítulo tratará especificamente das normas e regras a serem seguidas na
formatação de todo o trabalho, ou seja, a formatação de todos os elementos da monografia
sejam eles pré-textuais, textuais ou pós-textuais.
93
8 FORMATAÇÃO DO TEXTO
8.1 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DOS CAPÍTULOS E SEÇÕES
Durante o todo o desenvolvimento do texto é necessário que as ideias sejam expostas
lógica e claramente. O texto, para isso, pode ser dividido em tantos capítulos, seções e
subseções quantos forem necessárias para facilitar a compreensão do mesmo, variando em
função da natureza do problema de pesquisa, da revisão da literatura e da metodologia
adotada.
Os objetivos podem estar incluídos na Introdução ou em seção especial. A
justificativa pode estar incluída na Introdução ou em seção especial.
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), para evidenciar a sistematização do
conteúdo do trabalho, se deve adotar a numeração progressiva para as seções do texto. Os
títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em
folha distinta e no anverso (quando for impresso nas duas faces da folha: verso e anverso). O
indicativo numérico de cada seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um
espaço de caractere. Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os
recursos de negrito, itálico ou grifo redondo, caixa alta ou versal, e outro, no sumário e de
forma idêntica no texto.
Segundo a mesma norma, o indicativo numérico de uma seção deve preceder seu
título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere.
Segundo a NBR 6024 da ABNT (2003), numeração progressiva das seções de um
documento consiste na divisão do trabalho em seções representada pelo número ou grupo
anteposto a cada seção (o indicativo de cada seção precede o título), que permite sua
localização imediata, sendo que, para a sua numeração são empregados algarismos arábicos.
A referida norma recomenda que se limite o número das seções até a quinaria.
Segundo a mesma norma, os títulos das seções são destacados gradativamente,
usando-se racionalmente os recursos de negrito, itálico ou grifo, e redondo, caixa alta ou
versal e outro. O título das seções (primárias, secundárias etc.) deve ser colocado após sua
numeração, dele separado por um espaço. A norma também coloca que não se deve utilizar
ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo de seção ou de seu título. O texto
deve iniciar-se em outra linha e todas as seções devem conter um texto relacionado com elas.
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul
94
estabeleceu um critério próprio para esse fim, tomando por base as regras estabelecidas no
Guia para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos da UCS (UCS, 2016), para cada tipo de
divisão, apresentado a seguir.
8.1.1 Seções primárias
Correspondem à divisão do texto em capítulos. São numeradas com a série natural
dos números inteiros, a partir de um (1), pela ordem de sua colocação do documento. O título
desta seção deve ser todas em letras maiúsculas, em negrito e fonte em tamanho 12.
Exemplo:
1 SISTEMA DE CUSTEIO
As seções primárias podem ser divididas em seções secundárias; as secundárias, em
terciárias; as terciárias, em quartenárias, e assim por diante.
8.1.2 Seções secundárias
São resultantes da subdivisão dos capítulos do texto. O indicativo de uma seção
secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que pertence, seguido do número
que lhe for atribuído na sequência do assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo
processo em relação às demais seções.
O título da seção secundária deve ser com todas as letras maiúsculas, sem negrito,
com fonte tamanho 12.
Exemplo:
1.1 CUSTO DIRETO
8.1.3 Seções terciárias
O título desta seção deve ser em estilo negrito, com apenas a primeira letra da
primeira palavra do título em letra maiúscula, exceto se for constituído de nomes próprios,
onde estes devem sempre ser escritos com a primeira letra em maiúscula e siglas que devem
seguir regras específicas.
95
Exemplo:
1.1.1 Margem de contribuição
8.1.4 Seções quaternárias
Nos títulos desta seção a fonte a ser usada é a normal e somente a primeira letra da
primeira palavra deve ser em letra maiúscula, exceto se for constituído de nomes próprios,
onde estes devem sempre ser escritos com a primeira letra em maiúscula e siglas que devem
seguir regras específicas.
Exemplo:
1.1.1.1 Fatores limitantes
8.1.5 Seções quinárias
Nos títulos desta seção a fonte a ser usada em estilo itálico e somente a primeira letra
da primeira palavra deve ser em letra maiúscula, exceto se for constituído de nomes próprios,
onde estes devem sempre ser escritos com a primeira letra em maiúscula e siglas que devem
seguir regras específicas.
Exemplo:
1.1.1.1.1 Mão de obra direta
8.1.6 Alíneas
Segundo a norma NBR 6024 da ABNT (2003), quando for necessário enumerar os
diversos assuntos de uma seção (itens), esta pode ser subdividida em alíneas ordenadas
alfabeticamente por letras minúsculas seguidas de parênteses.
Quando as alíneas forem cumulativas ou alternativas, pode ser acrescentado, após a
penúltima “e” / “ou” conforme o caso. As alíneas, exceto a última, terminam em ponto-e-
vírgula.
A disposição gráfica das alíneas obedece às seguintes regras e apresentação:
96
a) o trecho final da seção corresponde, anterior às alíneas, termina em dois pontos;
b) as alíneas são ordenadas por letras minúsculas seguidas de parênteses;
c) as letras indicativas das alíneas são reentradas em relação à margem esquerda;
d) a matéria da alínea começa por letra minúscula e termina em ponto-e-vírgula.
Nos casos em que seguem subalíneas, estas terminam em vírgula. A última alínea
termina em ponto;
e) a segunda e as seguintes linhas da matéria da alínea começam sob a primeira letra
do texto da própria alínea.
Quando a exposição da ideia assim exigir, a alínea pode ser substituída em
subalíneas. As subalíneas devem começar por um hífen colocado sob a primeira letra da
alínea. As linhas do texto da subalínea começam um espaço após o hífen; a pontuação da
subalíneas é igual à das alíneas.
A disposição gráfica das subalíneas obedece às seguintes regras e apresentação:
a) o trecho final da alínea corresponde, anterior às subalíneas, termina em vírgula;
b) a subalínea é indicada por hífen colocado sob a primeira letra do texto da alínea
correspondente, sendo que a segunda e as seguintes linhas da matéria da
subalínea começam sob a primeira letra do texto da própria a subalínea.
8.1.7 Tabelas, figuras ou ilustrações e fórmulas
Segundo a NBR 6024 da ABNT (2003), as tabelas, figuras ou ilustrações, e fórmulas
contidas em um documento devem ser intercaladas no texto, logo após serem citadas pela
primeira vez, e numeradas em algarismos arábicos, sequencialmente.
8.1.8 Citações de indicativos
Segundo a NBR 6024 da ABNT (2003), os indicativos devem ser citados no texto de
acordo com os seguintes exemplos:
.... na seção 4 .... ou no capítulo 4....
... ver 9.2
.... em 1.1.2.2 parágr. 3º ou .... 3º parágrafo de 1.1.2.2
97
8.2 NOTAS DE RODAPÉ
Destinam-se a prestar esclarecimentos, comprovar uma afirmação ou justificar uma
informação que não deve ser incluída no texto limitando-se ao mínimo necessário, sendo
colocadas ao pé da página. As notas de rodapé consistem em indicações, observações ou
aditamentos ao texto feitos pelo seu autor, tradutor ou editor. Podem ser colocadas nos
trabalhos acadêmicos com o objetivo de esclarecer ou inserir considerações complementares,
cujas inclusões no texto normal interromperiam a sequência lógica da leitura.
Segundo a NBR 14724 (2011), as notas de rodapé devem ser digitadas ou
datilografadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de
entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda e com fonte tamanho 10.
A remissão de notas no rodapé pode ser feita através de números sequenciais ou
através de asteriscos sobrescritos para não ser confundida com outra numeração,
eventualmente adotada no texto.
Segundo Cruz (2003) a numeração das notas segue uma única sequência para cada
seção ou uma numeração sequencial em todo o texto.
8.2.1 Notas de referência
As notas de referência são utilizadas para indicar a fonte de onde foi tirada uma
citação. Quando se faz uma citação de uma obra, deve-se colocar a sua referência completa na
nota de rodapé. Segundo a NBR 10520 (2002), a numeração das notas de referências é feita
por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou
parte. Não de inicia a numeração em cada página. A mesma norma estabelece que a primeira
citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa. Já as subsequentes
da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, sendo que, a referida norma
apresenta vários exemplos de uso de expressões abreviadas, dependendo de cada situação.
Como o Colegiado do Curso de Ciências Contábeis decidiu por não usar esse tipo de
referência, entendeu-se não ser necessário apresentar os exemplos, sendo que, caso o
pesquisador desejar usar esse sistema de referência, então indica-se recorrer a norma para
conhecer melhor o funcionamento do mesmo.
98
8.2.2 Notas explicativas
As notas explicativas são utilizadas para apresentar comentários, esclarecimento ou
observações pessoais do autor e/ou informações obtidas por meio de terceiros.
Segundo a NBR 10520 (2002) a numeração das notas explicativas é feita em
algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte.
Não se inicia a numeração a cada página.
Exemplo:
No texto:
A delimitação do tema é o primeiro grande desafio que o pesquisador tem que
vencer, sendo o sucesso da pesquisa inicia por uma adequada delimitação de um tema
importante5.
Na nota de rodapé:
____________5 Sobre delimitação do tema, ver também Furaste, 2006.
No texto:
Segundo a NBR 6023 (2002), eventualmente6, o nome do autor de várias obras
referenciadas sucessivamente, pode ser substituído nas referências seguintes à primeira, por
um traço (equivalente a seis espaços) e ponto.
Na nota de rodapé:
___________6 A norma coloca que eventualmente pode ser substituído por um traço. Ou seja, o uso do traço não é uma regra
obrigatória, visto que, além de colocar que o nome pode (e não deve) ser substituído por traço, também coloca que essa opção deve ser usada eventualmente.
8.3 FORMATAÇÃO DO TEXTO
A NBR 14724 da ABNT (2011) (válida a partir de 17.04.1011) estabeleceu algumas
mudanças em relação à formatação. Ela definiu que a impressão pode ser feita também em
papel reciclado (antes era só branco). Também estabeleceu que pode-se imprimir no verso da
folha (antes era só no anveso – com exceção da ficha dos dados de catalogação).
Para melhor compreensão, a seguir está transcrita a nova redação (na íntegra da parte
99
da NBR 14724 da ABNT (2011) que trata do formato.
5.1 – FormatoOs textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta, podendo ser utilizar outras corres somente para as ilustrações. Se impresso, utilizar papel branco ou reciclado, formato A4 (21 cm x 29,7 cm)Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção dos dados internacionais de catalogação-na-publicação que devem sir no verso da folha de rosto. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados ou datilografados no anverso e verso das folhas.As margens devem ser: para o anverso, esquerdo e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; para o verso, direito e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm. Recomenda-se quando digitado, a fonte tamanho 12 para todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, dados internacionais de catalogação-na-publicação, legendas e fontes das ilustrações e das tabelas que devem ser em tamanho menor e uniforme.
8.3.1 Fonte
Seguindo o que estabelece a NBR 14724 da ABNT (2011) o tamanho da fonte
padrão para todo o texto é 12, excetuando-se situações específicas descritas pelas referida
norma e que serão apresentadas a seguir.
a) fonte: Arial7;
b) Nome da universidade (na capa e folha de rosto) e do centro e curso que o aluno
pertence, na folha de rosto: fonte 12, negrito e com todas as letras em maiúsculas.
c) título do trabalho na capa e folha de rosto: fonte 12, negrito tudo em
maiúsculas);
d) nome da cidade onde é defendido o trabalho (na capa e folha de rosto): fonte 14,
negrito tudo em maiúsculas);
e) texto do desenvolvimento: fonte 12, normal;
f) título do capítulo (seção primária): fonte 12, negrito e tudo em maiúsculas;
g) título dos sub capítulos (seção secundária): fonte 12, normal e tudo em
maiúsculas;
h) título dos sub capítulos (seção terciária): fonte 12, negrito e só com a primeira
letra da primeira palavra em maiúscula e dos nomes próprios;
i) título dos sub capítulos (seção quartenária): fonte 12, normal e só com a primeira
letra da primeira palavra em maiúscula e dos nomes próprios;
7 A definição pela fonte Arial ocorreu por determinação do Colegiado do Curso de Contábeis, sendo que, as duas fontes mais recomendas são Arial e Times New Roman
100
j) título dos sub capítulos (seção quinaria): fonte 12, itálico e só com a primeira
letra da primeira palavra em maiúscula e dos nomes próprios;
k) nota de rodapé: fonte 10, simples;
l) títulos das ilustrações e das tabelas: fonte 12, normal, centralizado;
m) fonte bibliográfica de ilustrações e tabelas: fonte 12, normal, alinhado à esquerda
n) legendas das ilustrações e das tabelas: fonte 10, normal;
o) citações longas: 10 (normal);
p) número da página: 10 (normal).
8.3.2 Espacejamento
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), todo o texto deve ser digitado ou
datilografado com espaço 1,5. As citações de mais de três linhas, as notas, as referências, as
legendas das ilustrações e tabelas, a ficha catalográfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o
nome da instituição a que é submetida e a área de concentração devem ser digitados ou
datilografados em espaço simples. As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas
entre si por espaço duplo. Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os
precede ou que os sucede por dois espaços 1,5 entrelinhas. Na folha de rosto e a folha de
aprovação, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetida e a
área alinhados do meio da mancha para a margem direita.
Segundo a NBR 14724 ABNT (2011), para o desenvolvimento do texto se deve
observar as seguintes regras para o alinhamento e espaçamento do texto:
a) alinhamento – justificado;
b) desenvolvimento (texto normal): espaçamento entrelinhas deve ser 1,5;
c) agradecimento, dedicatória, pensamento, resumo: espacejamento simples;
d) citações longas (mais de três linhas): espaço simples com recuo de 4 cm;
e) notas de rodapé: espacejamento simples;
f) resumo: espacejamento simples
g) espaçamento entre parágrafos – espaço 1,5 (mesmo espaço utilizado no
desenvolvimento texto);
h) na indicação do título e fonte de uma ilustração: espacejamento simples;
i) títulos de seções (títulos de capítulos): devem começar na parte superior da
mancha e ser separados do texto que os sucede por dois espaços 1,5, entrelinhas.
101
As seções primárias devem começar em nova folha. Se o texto for impresso nas
duas faces da folha (anverso e verso), então as seções primárias devem sempre
iniciar no anverso.
j) títulos de subseções (divisões do capítulo): devem ser separados do texto que os
precede e que os sucede por dois espaços 1,5.
k) título e fonte de ilustrações e tabelas: espacejamento simples
Observações:
1) Quando uma seção terminar próximo ao fim de uma página, colocar o título da
próxima seção na página seguinte.
2) A partir de 30.01.2006 (através da atualização da NBR 14724), os títulos de
seções (títulos dos capítulos principais) devem estar posicionados na parte superior da
mancha, ou seja, não devem mais iniciar a 5 cm da margem superior como era anteriormente.
3) A mesma norma ao tratar dos títulos sem indicativo numérico (errata,
agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos,
sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s)) determina que os mesmos
sejam centralizados. Como a referida norma não faz menção de qual a distância que esses
títulos devem ficar da borda superior, o Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da UCS
optou por usar o mesmo critério definido para os títulos de seção, ou seja, posicionar eles na
parte superior da mancha, sem o afastamento de 5 cm.
8.3.3 Número da página
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), todas as folhas do trabalho, a partir da
folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é
colocada, a parir da primeira folha da parte textual (Introdução), em algarismos arábicos, no
canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior ficando o último algarismo a 2 cm da
borda direita da folha. Havendo apêndices e anexos, suas folhas devem ser numeradas de
maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.
Portanto, as folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmente a partir da folha
de rosto, mas numeradas somente a partir da primeira página da parte textual.
É comum encontrar trabalhos científicos em que adotam o critério de não numerar na
primeira página onde se encontram os títulos dos capítulos, embora a norma ABNT 14724
(2011) não estabeleça essa regra. A ABNT 14724 (2011) em seu item 5.4 – Paginação, ao se
102
referir a numeração assim se posiciona: “A numeração é colocada, a partir da primeira
folha da parte textual....” (grifo nosso). Se observamos detalhadamente o texto da referida
norma, ela estabelece que a numeração deve aparecer a partir da primeira folha da parte
textual, sendo que, ela representa a primeira folha da Introdução. Em nenhum momento essa
norma, outra, coloca que não se deve numerar a primeira folha dos capítulos. No entanto,
muitos são os autores que estabelecem que não se deve numerar a primeira folha de cada
capítulo, gerando com isso uma prática, pela não numeração, em muitas universidades.
Segundo Martins (2002), “utilizam-se algarismos arábicos na primeira página da
introdução até o final do trabalho. O número não deve figurar nas páginas que iniciam
títulos de capítulos” (grifo nosso).
As folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmente a partir da folha de rosto, mas não são numeradas. A numeração é colocada a partir da Introdução. Os números em algarismos arábicos, são alinhados à 2 cm da margem direita e da margem superior. Bibliografia, anexos, glossários, índices, apêndices etc., devem ser incluídos na numeração sequencial das páginas. Não usar números romanos. (MELLO e FERNANDES, 2003, p. 9).
Para Nossa e Teixeira (2003, p. 3),
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é evidenciada a partir da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha. A primeira folha de cada capítulo da parte textual deve ser contada, mas não numerada. (grifo nosso)
Mesmo diante da posição de alguns autores que determinam a não numeração da
primeira página de cada capítulo, o Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da UCS, ao
interpretar o texto da norma ABNT entendeu que a referida norma, ao definir que a
numeração deve iniciar na primeira folha da parte textual (introdução) e não fazer qualquer
exceção estabelece que a primeira folha de cada capítulo deve ser numerada. Com base nessa
interpretação, o colegiado definiu que pela numeração da primeira página de cada capítulo.
8.3.4 Configuração da página
Com vistas a permitir uma boa visualização do texto, bem como a sua correta
reprodução e encadernação sugere-se observar as seguintes margens:
103
a) margem superior – 3 cm;
b) margem inferior – 2 cm;
c) margem esquerda – 3 cm;
d) margem direita – 2 cm;
e) margem superior de início de capítulo: Não existe mais a margem de início de
capítulo, devendo o mesmo começar na parte superior da mancha e ser separados
do texto que os sucede por dois espaços 1,5, entrelinhas.
f) recuo da primeira linha do parágrafo: 1,50 cm;
g) recuo de parágrafo para citação direta (ou longa): 4 cm;
h) os títulos de capítulos devem começar na parte superior da margem, em página
nova e separados do texto que o sucede por dois espaços de 1,5 entrelinhas;
i) os capítulos das seções de capítulos devem estar separados por dois espaços de
1,5 entrelinhas, tanto em relação ao texto que o precede como ao texto de o
sucede;
j) alinhamento do texto: justificado;
k) alinhamento do título de capítulo e seções: esquerda;
l) alinhamento de título sem indicação numérica (errata, agradecimentos, lista de
ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário,
referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s)) – devem ser
centralizados, conforme a ABNT NBR 6024. Por definição do colegiado do
Curso de Ciências Contábeis da UCS, esses títulos devem estar distanciados 8cm
da margem superior (3cm da margem + 5cm de afastamento).
A partir de 17.04.2011, ABNT NBR 14724 (2011) estabeleceu a possibilidade dos
trabalhos acadêmicos serem impressos nas duas faces das folhas (anverso e verso). Nesses
casos, a referida norma estabelece que “As margens devem ser: para o anverso, esquerda e
superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; para o verso, direita e superior de 3 cm e
esquerda e inferior de 2 cm.”
8.4 TAMANHO DO PAPEL
Para o original e cópias utilizar papel branco A4 (210 x 297 mm), recomenda-se
utilizar gramatura 75g/m².
- Folhas Largas: Quando a largura do formato for insuficiente para a apresentação
104
das ilustrações, adotar o formato padrão com largura ampliada, definindo convenientemente
dobras sucessivas no formato resultante, ou cópia reduzida das ilustrações, desde que não
prejudiquem a leitura das mesmas, seguindo o formato padrão.
8.5 REGRAS DE ABREVIAÇÃO
Segundo a NBR 10522 da ABNT (1988), a abreviação na descrição bibliográfica
deve seguir as seguintes regras:
a) o procedimento normal de abreviação consiste em suprimir o final da(s)
palavra(s), substituindo-a(s) por um ponto (.);
b) deve-se terminar a abreviatura por uma consoante, com exceção de alguns termos
constantes na lista de abreviatura relacionadas no capítulo 5 da NBR 10522
(1988);
c) limitar-se, em alguns casos, à primeira letra da palavra seguida de um ponto (.),
salvo alguns termos constantes na lista de abreviaturas do capítulo 5 (NBR
10522), em que o ponto (.) é omitido;
d) usar as abreviaturas no singular;
e) não abreviar palavras por meio de contração (supressão de letras no interior da
palavra), salvo algumas exceções consagradas, constantes na lista de abreviaturas
do capítulo 5 (NBR 10522);
f) manter, nas abreviaturas, a acentuação e hifenização constantes nas palavras.
A ABNT NBR 6032 (1989) estabelece que não se abreviam palavras de menos de
cinco letras, salvo as mencionadas na lista de abreviaturas contidas em seu capítulo 3.
8.6 ILUSTRAÇÕES
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), as ilustrações (quadros, figuras, ...) deverão
ser identificados na parte superior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número
de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda
explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto, e da fonte.
A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere,
conforme o projeto gráfico ou, quando em grande quantidade, reunidas e colocadas como
anexos. “Após a ilustração, na parte, inferior, indicar a fonte consultada (elemento
105
obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor [...]” (ABNT NBR 14724, 2011).
As ilustrações compreendem imagens visuais que servem para complementação de
um texto. As ilustrações, títulos e legendas que acompanham as mesmas devem ser
apresentadas de forma clara e legível. Recomenda-se que os títulos e legendas não
ultrapassem a área da ilustração. Para ilustrações que não possam ser apresentadas de acordo
com as normas estabelecidas, o aluno deverá consultar o seu orientador.
A indicação das ilustrações pode integrar o texto ou aparecer entre parênteses no
final da frase acompanhada do número a que se refere.
O título, corpo de letra tamanho 12, normal, centralizado, compreende palavra
designativa da ilustração (Quadro, Figura, ....), seguida do número em algarismo arábico a que
se refere separada do título correspondente por um travessão, se localizado acima da mesma.
Logo abaixo, deve-ser informar a fonte, em tamanho 10 normal, alinhado à esquerda,
iniciando junto à ilustração. As fontes das ilustrações devem aparecer completas na lista de
referências da monografia.
8.6.1 Formatação de quadros
Os quadros são ilustrações que apresentam informações textuais agrupadas em
colunas e devem ser fechados nas laterais, tendo traços verticais separando os dados das
colunas.
Traços horizontais para separar as linhas são recomendados. Caso algum valor
tabulado mereça explicação, este poderá ser salientado por um asterisco abaixo do quadro
(colocar o mesmo símbolo ao lado direito e acima do dado em que se faz o destaque). Os
quadros são apresentações que não empregam dados estatísticos e devem ser numerados
consecutivamente em algarismos arábicos. São identificados na parte superior pelo termo
“Quadro”, seguido do seu número de ordem, do seu título e de sua fonte.
O título do quadro deve refletir o seu conteúdo. As fontes e notas eventuais aparecem
no pé do quadro, após o traço de fechamento. É obrigatória a indicação da fonte, mesmo
quando seja produção do próprio autor (ABNT NBR 14724, 2011), devendo estar localizado
após em baixo do quadro. Recomenta-se usar fonte 12 e espaço simples no interior do quadro.
Quando um quadro ocupar mais de uma página deverá ser dividido para continuar na
página seguinte. Cada página deve ter uma das seguintes indicações: continua (na primeira),
conclusão (na última) e continuação (nas demais). Os dizeres (continua, continuação e
106
conclusão) devem estar no início do quadro de cada página, entre parênteses, alinhados a
margem direita, digitados em espaço simples e fonte 10. Logo em seguida a esses dizeres
deve aparecer o cabeçalho do quadro, necessário em todas as páginas em que o quatro estiver
divido.
O Quadro 1 representa um exemplo de quadro com fonte (não elaborado pelo autor
da pesquisa).
Quadro 1 - Vantagens e desvantagens dos sistemas de avaliação de estoquesMétodo Estoque Lucro Imposto de RendaUeps Menos estoques Menos lucro Menos imposto de renda
Custo Médio Meio termo entre Ueps e Peps
Meio termo entre Ueps e Peps
Meio termo entre Ueps e Peps
Peps Mais estoques Mais lucro Mais Imposto de rendaFonte: Bruni e Famá (2002, p. 57)
8.6.2 Formatação de figuras
Figura compreende imagens visuais referentes ao texto, como mapas, fotografias,
desenhos, esquemas, gráficos, etc.
O títulocompreende a palavra ”Figura”, seguida do número, um traço e título
correspondente, localizado em cima da figura a que se refere (corpo tamanho 12, normal e
centralizado). É obrigatória a indicação de fonte, mesmo quando seja produção do autor
(ABNT NBR 14724, 2011), ficando abaixo da figura, corpo tamanho 12, normal, alinhado à
esquerda, iniciando junto a figura.
A Figura 1 evidencia como devem ser apresentadas as figuras.
Figura 1 - Ponto de equilíbrio e lei dos rendimentos decrescentes
Unidades Monetária $ Custos
s
Lucro Receitas Máximo
107
Quantidade de PC1 lucro máximo PC2
Fonte: Bruni e Famá (2002 p. 257)
A figura de aparecer o mais próximo possível do texto onde foi mencionada pela
primeira vez, centrada na folha, devendo ser ela emoldurada (com borda ao seu redor).
8.7 TABELAS
Segundo a NBR 14724 (2011), as tabelas apresentam informações tratadas
estatisticamente seguindo os critérios utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística IBGE (1993). As Normas de Apresentação Tabular (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística IBGE, 1993, p.) definem Tabela como “forma não discursiva de
apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca como informação central”.
8.7.1 Formatação de tabelas
As tabelas devem ser inseridas no texto, o mais próximo possível do trecho que
ilustram, podendo ser após serem citadas, de preferência centradas na largura útil da coluna
ou da página e intercaladas. Deve-se procurar reduzir ilustrações a uma única página, evitando
ao máximo material desdobrável. Caso seja necessário, colocar as ilustrações ao longo da
página, com a parte superior na margem esquerda. Quando uma tabela ocupar mais de uma
página, não será delimitada na parte inferior repetindo-se o cabeçalho e o título na página
seguinte. Cada página deve ter uma das seguintes indicações: continua (na primeira),
conclusão (na última) e continuação (nas demais). A indicação de fonte e notas devem
aparecer na página de conclusão da tabela.
Cada tabela deve ter um número arábico sequencial e um título. Quando for o caso,
mencionar abaixo da tabela a fonte de onde foram tirados os dados. Se forem muito
numerosas, devem vir em anexo, para não sobrecarregarem o texto.
As tabelas se apresentam basicamente informações numéricas, de forma estatística.
Toda a tabela deve ter título inscrito no topo e apresentar a natureza, abrangência geográficas
e temporal dos dados numéricos mostrados na tabela, de maneira clara e concisa. O tamanho
108
da fonte utilizada para a apresentação do título deve ser 12, normal e centralizado, com a
seguinte estrutura: a palavra “Tabela” seguida de seu número em algarismos arábicos,
separada de seu título por um travessão, logo abaixo, a fonte também em fonte 12, normal,
alinhado à esquerda iniciando com a tabela. No texto a citação deve ser feita pela indicação
“Tab.”
As tabelas devem ser abertas nas laterais. Nas tabelas utilizam-se fios horizontais e
verticais para separar os títulos das colunas no cabeçalho e fechá-las na parte inferior,
evitando-se fios verticais para separar as colunas e fios horizontais para separar as linhas.
Caso algum valor tabulado mereça explicação, este poderá ser salientado por um asterisco
abaixo da tabela (colocar o mesmo símbolo ao lado direito e acima do valor tabulado em que
se faz o destaque).
Na preparação de tabelas devem ser seguidos os seguintes pontos essenciais:
a) título, em forma completa e clara, de modo a permitir a identificação do seu
conteúdo;
b) complementação do título com indicação do período a que se referem os dados
estatísticos, quando se tratar de séries históricas, ou data base de informação
relativa a um determinado momento;
c) fonte, indicando a entidade responsável pelo fornecimento dos dados, ou pela sua
elaboração. A fonte deve situar-se logo abaixo da tabela. É obrigatória a
indicação da fonte. Embora a ABNT NBR 14724 (2011) não estabeleça nenhuma
regra quando a obrigatoriedade da indicação da fonte quando a tabela é produzida
pelo próprio autor (ela determina que devem ser seguidas padronizadas conforme
estabelece o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), entende-se
que deve-se que aqui também se aplica exigência estabelecida em relação às
ilustrações: a obrigatoriedade de indicar a fonte, mesmo que seja produção do
próprio autor);
d) explicações complementares devem ser colocadas ao final da própria tabela, na
forma de “notas”;
e) quando se tratar de tabelas de grandes dimensões, utilizar o processo de redução,
mantendo, no entanto, a legibilidade;
f) as abreviações, em geral não permitidas no texto, podem ser usadas na tabela
(desde que não comprometam a plena compreensão do leitor);
g) delimitar as tabelas por traços horizontais, no início e no final, do tipo “gras” (1
109
½)
Duas ou mais tabelas podem ser inseridas em uma única página. As palavras
“Tabela", deverão constar separadamente (Tabela 1, Tabela 2, etc).
As tabelas em que são apresentados os resultados de dados coletados pelo próprio
autor não têm indicação de fonte. Nas tabelas onde há colunas totalizadas, os totais não são
separados das parcelas por traço.
A seguir serão apresentados dois exemplos de tabelas, onde o primeiro exemplo
(Tabela 1) é e uma tabela elaborada pelo próprio autor da pesquisa e o segundo (Tabela 2)
representa um exemplo onde o pesquisador utilizou uma tabela elaborada por outro autor. A
diferença entre as duas tabelas é que a primeira foi produzida pelo próprio autor, já na
segunda, foi retirada de uma obra consultada (de outro autor).
Quando uma tabela ocupar mais de uma página deverá ser dividido para continuar na
página seguinte. Cada página deve ter uma das seguintes indicações: continua (na primeira),
conclusão (na última) e continuação (nas demais). Os dizeres (continua, continuação e
conclusão) devem estar no início da tabela de cada página, entre parênteses, alinhados a
margem direita, digitados em espaço simples e fonte 10. Logo em seguida a esses dizeres
deve aparecer o cabeçalho da tabela, necessário em todas as páginas em que a tabela estiver
divida. Recomenta-se usar fonte 12 e espaço simples no interior da tabela.
Tabela 1 – Produção e venda da empresa Beta (em unidades) 1999-2002Ano Produção Venda Estoque
1999 86.235 83.893 2.3422000 98.456 99.756 1.0422001 122.456 115.879 7.6192002 176.567 172.498 11.688Fonte: Produção do autor
Como se pode observar, a Tabela 1 por ser produção do próprio autor ela não contém
nome e nem data. O mesmo critério deve ser seguido no caso de ilustrações (figuras, quadros,
etc.) elaboradas pelo próprio autor. Quando as tabelas não forem elaboradas pelo autor, deve-
se indicar a fonte de onde elas foram retiradas (nome do autor, data da obra e o nº da página
onde consta a referida tabela). Essa indicação deve aparecer no rodapé da tabela, após a linha
de fechamento conforme apresentado na Tabela 2.
Tabela 2 – Produção e venda da empresa Alfa (em unidades) 2002-2005
110
Ano Produção Venda Estoque2002 28.475 36.452 1.3402003 41.432 41.343 1.4292004 62.345 62.245 1.5292005 77.537 76.345 2.721
Fonte: Silva e Santos (2006, p. 23)
8.8 NÚMEROS
8.8.1 Formatação de equações e fórmulas
Segundo a NBR 14724 da ABNT (2011), para facilitar a leitura, as equações e
fórmulas devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com algarismos arábicos
ente parênteses, alinhados à direita. Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma
entrelinha maior que comporte seus elementos (expoentes, índices e outros). Quando
fragmentadas em mais de uma linha, por falta de espaço, devem ser interrompidas antes do
sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação e divisão.
Exemplo:
(1)
2)
Para facilitar a elaboração de equações e fórmulas é recomendável utilizar os
recursos do Equation®, ferramenta que compõe o Word.
8.8.2 Numerais
São escritos por extenso os numerais: de zero a nove; as dezenas redondas; as
centenas redondas.
Acima do milhar é possível recorrer a dois procedimentos:
a) aproximação do número fracionário, como em 14,7 milhões,
b) desdobramento dos dois termos numéricos, como em 14 milhões e 435 mil.
As classes separam-se por pontos, exceto no caso de anos.
Exemplo: 1.350 páginas; no ano de 1350.
111
8.8.3 Frações
São sempre indicadas por algarismos, exceto quando ambos os elementos se situam
de um a dez.
Exemplo: dois terços, um quarto, 1/16, 7/14, 18/26.
8.8.4 Porcentagens
São sempre indicadas por algarismos sucedidos do símbolo próprio: 8%, 30%, 40%.
O símbolo % deve figurar junto ao algarismo.
8.8.5 Ordinais
São escritos por extenso do primeiro ao décimo, porém os demais se representam de
forma numérica: quarto, 11º. Deve-se evitar o uso de ordinais no início das frases.
8.8.6 Datas
Quando completas, são escritas da seguinte forma: o dia em algarismo, o mês por
extenso e o ano em algarismo, ou como segue, de acordo com NBR 5892 da ABNT.
- 12 de abril de 1972
- 12 abr. 1972
- 12 ABR 1972
- 12.04.1972
As abreviaturas dos meses devem adaptar-se à NBR 6023 da ABNT (2002)
Quando se indicam apenas o mês e o ano, o primeiro se escreve por extenso e o
segundo em algarismos. Exemplo: maio de 1987, agosto de 1989.
Os anos devem ser indicados por todos os números e não apenas pela dezena final.
Exemplo: 1865, 1997; 2001. Referências há décadas devem apresentar-se com as palavras
década ou decênio. Exemplo: década de 1980, decênio de 1990.
8.8.7 Horários
São indicados como a seguir, de acordo com NBR 5892 da ABNT, p. Exemplo:
112
12h21min32,3s. Quando a indicação for aproximada, escrevem-se os números e a palavra
horas por extenso. Exemplo: pouco depois das cinco horas, às dez e meia horas da manhã.
8.8.8 Quantias
As quantias se escrevem por extenso de um a dez: quatro reais, dois mil francos,
cinco milhões de dólares. De onze em diante com algarismos: 15 reais, 235 mil francos, 64
milhões de dólares. Quando ocorrerem frações (cents, pences, etc.) se registra a quantia
exclusivamente de forma numérica, acompanhada do símbolo respectivo. Exemplo: R$
232,45.
8.8.9 Pesos e medidas
Segundo Decreto nº. 63.233, de 12 de setembro de 1968, publicado pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1979, p.18, a designação da unidade de medida,
pode ser substituída pelo respectivo símbolo, conforme Quadro 2.
Quadro 2 - Símbolos para designação de unidade de medidasGrama G Milímetro mmQuilograma Kg Miligrama mg
Metro M Micrômetro µm
Metro quadrado m² Nanômetro nmCentímetro cúbico cm³ Mililitro mlTemperatura Celsius (centígrado) ºC Litro LPotencial Hidrogênio-Iônio pH Quilômetro kmFonte: Manual para elaboração de monografia de iniciação científica (2003)
8.9 CITAÇÕES
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), citação é uma menção de uma informação
extraída de outra fonte, podendo aparecer no texto ou em notas de rodapé.
As citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou
título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas e, quando estiverem
entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), deve-se especificar no texto a(s) página(s),
113
volume(s), tomo(s) ou seção(ões) da fonte consultada, nas citações diretas. Este(s) deve(m)
seguir a data, separado(s) por vírgula e precedido(s) pelo termo, que o(s) caracteriza, de forma
abreviada. Nas citações indiretas, a indicação da(s) página(s) consultada(s) é opcional.
Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta alteração com a
expressão grifo nosso entre parênteses, após a chamada da citação, ou grifo do autor, caso o
destaque já faça parte da obra consultada.
8.9.1 Sistema de chamada de citação (remetendo para a lista de referências)
Para chamada no texto, que remete à lista de referências, podem ser usados dois
sistema:
a) sistema autor-data;
b) sistema numérico.
O método adotado deve ser seguido ao longo de todo o trabalho, permitindo sua
correlação na lista de referências ou em notas de rodapé. Somente um padrão deve ser
utilizado em todo o trabalho.
8.9.1.1 Sistema autor-data
Segundo a NBR 10520 quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões)
responsável(eis) estiver(em) incluído(s) na sentença, indica-se a data, entre parênteses,
acrescida(s) da(s) página(s), se a citação for direta. Neste sistema, a indicação da fonte é feita
pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsável até o primeiro sinal
de pontuação, seguido(s) da data de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no
caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses.
8.9.1.2 Sistema numérico
O sistema numérico de chamada de citação é feito numerando-se as citações em
ordem de ocorrência no texto. Não se inicia a numeração das citações a cada página e não
deve ser usado este sistema quando há notas de rodapé. A lista de referências, nesse caso, será
numerada sequencialmente, na ordem em que aparecem as respectivas citações no texto.
A ABNT NBR 10520 (2002) estabelece que nesse sistema, a indicação da fonte é
feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos remetendo à lisa de
114
referências ao final do trabalho, do capítulo ou da parte, na mesma ordem em que aparecem
no texto. Não se inicia a numeração das citações a cada página. Esse sistema não deve ser
usado quando há notas de rodapé. A mesma norma estabelece ainda que a indicação da
numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima da linha
do texto em expoente à linha do mesmo, após a pontuação que fecha a citação.
Exemplos: Diz Rui Barbosa: “Tudo é, previvendo.” (15)
Diz Rui Barbosa: “Tudo é, previvendo.”15
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul, em
função da determinação da ABNT NBR 10520 (2002) determina que quando há notas de
rodapé em um trabalho não se deve fazer uso do sistema numérico e considerando-se que em
boa parte dos trabalhos acadêmicos é necessário fazer alguma nota de rodapé, optou por
estabelecer que só seja usado o sistema autor-data. Em função disso, para permitir um melhor
conhecimento das variações que utilizam o sistema autor-data, a seguir serão apresentados
vários exemplos que sequem esse sistema.
Quanto à forma de apresentação, as citações podem ser de três tipos: citação direta,
citação indireta e citação de citação.
8.9.2 Citação direta:
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), a citação direta é a transcrição textual de parte
da obra do autor consultado. É a que transcreve exatamente as palavras do autor citado. É
considerada breve quando sua extensão não ultrapassar três linhas e, neste caso, integra-se a
citação ao texto. As demais citações, tidas como longas, devem receber destaque, com
reentrada de 4 cm da margem. A distância entre as linhas deve ser de um espaço simples.
Entre o texto da citação e o restante do trabalho, deve-se deixar dois espaços 1,5, antes e
depois.
Segundo a mesma norma, devem ser indicadas as supressões, interpolações,
comentários, ênfase ou destaques, do seguinte modo:
a) supressões: [...]
b) interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
c) ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.
No início ou no fim da citação, as reticências são usadas apenas quando o trecho
citado não é uma sentença completa (sentença que contenha sujeito, predicado e seus
115
complementos gramaticais exigidos).
Se a citação for usada para completar uma sentença do autor do trabalho, esta
terminará em vírgula e aquela iniciará sem a entrada do parágrafo e com letra minúscula.
Se o texto do autor do trabalho for uma continuação da citação, esta terminará por
vírgula e o texto reiniciado sem entrada de parágrafo e letra minúscula.
Quando transcrevem literalmente trechos de obras. É obrigatória a indicação da
página de onde foi retirada a citação. Quando o documento não apresenta paginação,
conforme o manual das normas para trabalhos acadêmicos da Universidade de Caxias do Sul
(UCS, 2016), o Sistema de Bibliotecas sugere incluir a informação não paginado. Para as
citações indiretas, é opcional apresentar o número da página.
Exemplo: (BRASIL, 1989, não paginado) ou Conforme Abreu (2015, não paginado).
Para Thompson (2000), a citação textual ocorre quanto o pesquisador transcreve
literalmente o texto de outrem, sendo que, para o mesmo autor, isso só tem cabimento quando
o dito texto se revestir de pequena extensão. Ele complementa dizendo que o pesquisador
deve fugir à tentação de deixar os outros falarem em seu nome.
Existem dois tipos de citações diretas, agrupadas seguindo-se as normas a seguir.
8.9.2.1 Citação até três linhas:
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002) as citações diretas, no texto, de até três linhas,
devem ser colocadas entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação
no interior da citação.
Exemplo:
Motta et al (2001, p. 65), consideram a citação indireta ou livre “[...] aquela citação
na qual é expresso o pensamento de outra pessoa ou as palavras de outro trabalho [...]”.
Ou
Outra forma de fazer citação é transcrever literalmente o texto de outro autor, sendo
ele chamada de citação direta ou textual. “É aquela em que se transcreve exatamente um
texto, ou parte dele, mantendo-se a grafia, a pontuação, o uso de maiúsculas e o idioma.”
(MOTTA et al, 2001, p. 66).
116
8.9.2.2 Citação com mais de três linhas:
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002) as citações diretas, no texto, com mais de três
linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a
do texto utilizando e sem as aspas.
Para a elaboração das monografias do Departamento de Ciências Contábeis ficou
definido que esse tipo de citações deve constituir um parágrafo independente, com recuo de 4
cm, letra em tamanho 10 e espaço entre linhas simples, sem aspas.
Exemplo:
Marion et al (2002, p. 75) consideram:
Citações são trechos de obras de outros autores inseridos ao longo do texto que conferem maior confiabilidade à pesquisa bibliográfica, esclarecem ou complementam o que está sedo apresentado pelo autor, documentando sua interpretação. As citações podem ser textuais ou livres.
Ou
Observa-se que para citações com mais de três linhas, faz-se necessário uma entrada na margem esquerda de 4 cm. Utiliza-se letra corpo 10 e espaço simples para essa transcrição. Observa-se, ainda, que se pode suprimir uma ou mais palavras em uma citação, desde que o pensamento do autor não fique truncado. Se for para suprimir um pequeno trecho ou uma palavra, usa-se reticências dentro de dois colchetes [...] no intervalo onde ocorreu a supressão. Se, no entanto, for necessário suprimir períodos ou parágrafos, pontua-se uma linha inteira. (ALVES, 2003, p. 77).
Obs.: Foi apresentado aqui apenas o sistema de citação “autor – data”, isto é, em que
a indicação da fonte de citação foi feita no próprio texto. Uma outra forma de indicar a fonte
da citação é o sistema numérico, que consiste em colocar um número ao final da citação e
colocar a referência bibliográfica em nota de rodapé ou numerada ao fim do capítulo.
O sistema “autor-data” é o mais utilizado atualmente, sendo este o escolhido pelo
Departamento de Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul. Qualquer que seja a
opção, ela deverá ser consistente do início ao fim do trabalho.
8.9.3 Citação livre, indireta ou paráfrase
Segundo a ABNT NBR 10520 (2002), é um texto baseado na obra do autor
117
consultado.
As citações indiretas são formadas por sínteses pessoais que reproduzem fielmente as
ideias de outros e nelas o nome do autor pode ser parte integrante do texto menciona-se a data
da publicação, entre parênteses, logo após o sobrenome do autor.
A citação indireta expressa o pensamento de outra pessoa com as palavras de quem
está se utilizando da citação. A informação da fonte de onde foi tirada a ideias pode ser feita
de duas formas: depois de feita a citação indica-se o nome do autor em letras minúsculas,
entre parênteses, seguido por vírgula e o ano da publicação da obra em que se encontra a ideia
referida; fazer parte da sentença, onde o nome do autor (sobrenome) aparece só com a
primeira letra em maiúscula, seguido do ano da obra entre parênteses. A identificação
completa do autor, dono do pensamento, é feita nas Referências, no fim do estudo.
Exemplos:
As citações livres são trechos que reproduzem a ideia do autor, porém com outras
palavras, ou seja, a ideia é do autor pesquisado sem, no entanto usar as suas palavras
(MARION et al, 2002).
Ou
Para Marion et al (2002), as citações livres são trechos que reproduzem a ideia do
autor, porém com outras palavras, ou seja, a ideia é do autor pesquisado sem, no entanto usar
as suas palavras.
8.9.4 Citação de obra com um autor
Exemplo:
Conforme Alves (2003, p. 76), “citações são menções inseridas no texto do trabalho,
extraídas de outras fontes de informação para esclarecimento de um assunto em questão, ou
para corroborar a ideia de um autor”.
Ou
“Sempre que houver uma citação literal, é necessário indicar o autor, o ano da obra e
a página de onde se extraiu o trecho” (ALVES, 2003, p. 76).
Ou
Segundo Alves (2003), a citações podem ser apresentadas de duas formas
(transcrição literal ou na forma de paráfrase) e podem aparecer no texto ou em nota de rodapé.
118
8.9.5 Citação de obra com dois ou três autores
Exemplo:
Bruni e Famá (2002, p.254) consideram que “a margem de segurança consiste na
quantia ou índice de vendas que excedem o ponto de equilíbrio”.
Ou
“A margem de segurança [...] representa o quanto as vendas podem cair sem que a
empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor ou percentual”
(BRUNI; FAMÁ, 2002, p.254).
Ainda:
Veiga, Andrade e Pinho (2007, p.125) comentam que “deve-se observar diversos
fatores”.
Ou
“A oferta e a demanda devem ser analisadas de maneira interdependente” (VEIGA;
ANDRADE; PINHO, 2007, p. 129)
8.9.6 Citação de obra com mais de três autores
Exemplo:
Marion et al. (2002) colocam que a citação da citação é a reprodução de informação
ou ideia citada por outro autor. Os mesmos autores recomendam que seja evitada essa
modalidade de citação, recomendando-se consultar sempre a obra original.
Ou
“A incorreção ou a dúvida ou a ênfase na citação são indicadas respectivamente, com
a expressão [sic], ou com interrogativo [?], ou com exclamativo [!], entre colchetes”
(MOTTA et al, 2001, p.67), (grifo do autor).
8.9.7 Citação de diferentes obras
Exemplo:
Citações livres são as citações compostas de trechos em que se reproduz a ideia do
autor sem, no entanto usar suas palavras (MARION et al 2002; MOTTA et al 2001).
119
8.9.8 Citações de diversos documentos de um mesmo autor publicados num mesmo ano
As citações de diversos documentos de um mesmo autor publicados num mesmo ano
são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem
espacejamento, conforme a lista de referência.
Exemplo:
Silva (2006a)
Silva (2006b)
8.9.9 Citação de entidades coletivas conhecidas por siglas
Nas citações de entidades coletivas conhecidas por siglas deve-se citar o nome por
extenso acompanhado da sigla, na primeira citação.
Exemplo.
A Tab. 2 confirma os dados apresentados anteriormente (INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 1985).
Nas próximas citações deve-se usar apenas a sigla: IBGE (1985) ou (IBGE, 1985)
8.9.10 Citações de diversos documentos mencionados simultaneamente
Segundo a ABNT NBR 1520 (2002), as citações indiretas de diversos documentos da
mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, têm as suas
datas separadas por vírgula e quando forem de diversos documentos de vários autores,
mencionados simultaneamente, devem ser separados por ponto-e-vírgula, em ordem
alfabética.
Exemplos:
1) obras publicadas em vários anos de um único autor
(OLIVEIRA, 2004, 2007, 2008)
2) obras publicadas em vários anos de vários autores
(COSTA; PEREIRA; SILVA, 2004, 2005, 2008)
120
3) obras publicadas em vários anos de vários autores
Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de
todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997).
8.9.11 Citação de documento sem autoria ou publicação periódica referenciada no todo
Segundo a NBR 120, nas citações de documento sem autoria ou publicação periódica
referenciada no todo se usa a primeira palavra do título seguida de reticências e da data de
publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados
por vírgula e entre parênteses.
Exemplo:
No texto:
“As IES implementarão mecanismos democráticos, legítimos e transparentes de
avaliação sistemática, das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e
seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO.... 1987, p.55)
Na lista de referências:
ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates. Brasília, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987.
8.9.12 Citação de título que inicia com artigo (definido ou indefinido)
A NBR 1520 estabelece que se o título iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou
monossílabo, este deve ser incluído na indicação da fonte.
Exemplo.
No texto:
“Em Nova Londrina (PR), as crianças são levadas às lavouras a partir dos 5 anos.”
(NOS CANAVIASI.... 1995, P.12)
Na lista de referências
NOS CANAVIAIS, mutilação em vez de lazer e escola. O Globo. Rio de Janeiro, 16
jul 1995. O País, p.12
121
8.9.13 Citação de citação
A citação de citação deve ser evitada e somente usada quando não se pode consultar
o documento original sendo feita a reprodução da informação já citada por outro autor.
No caso de citação de algo já citado em outra obra, a autoria deve ser referenciada
pelo sobrenome do autor original (do documento não consultado) seguido da palavra latina
“apud” (ou pela expressão em português “citado por”), o sobrenome do autor da obra
consultada, a data e a página. Note que não se deve citar a data da obra original.
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002) a expressão apud – citado por, conforme,
segundo – pode também ser usada no texto. Como exemplos a referida norma cita:
No texto:
Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p.3) diz ser [...]
“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de
1937, preservando de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud
SEGATTO, 1995, p.214-215).
No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um
processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da
esquerda para a direita de forma linear.
No rodapé
_____________1EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. 2-3
É importante observar que sempre que os nomes dos autores aparecerem no texto da
frase, fora dos parênteses, devem ser escritos apenas com a primeira letra em maiúscula. Já se
eles estiverem entre parênteses, então todo o nome deve estar em letras maiúsculas.
Recomenda-se que em nota de rodapé sejam mencionados os dados da obra original
e na lista de referências bibliográficas sejam mencionados os dados a obra efetivamente
consultada (ver exemplo a seguir).
Segundo Lakotos e Marconi8 (1994 apud ALVES, 2003, p. 80), as notas de rodapé
possuem algumas finalidades:
a) a indicação numérica da fonte de uma citação – quer seja literal ou paráfrase –
aparece no rodapé na mesma página onde se encontra o texto citado. Esta
numeração obedece à ordem crescente sempre que indicar a fonte de uma citação;
b) definir conceitos e termos;8 LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.DE A. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992.
122
c) inserir alguma consideração que se julga relevante e
d) indicar a versão original de um texto traduzido.
Também se pode colocar a fonte no final do texto, devendo aparecer assim:
....(LAKOTOS e MARCONI² 1994 apud ALVES, 2003, p. 80).
Obs.: Em notas de rodapé, incluir a referência documento original (Lakotos e
Marconi) conforme exemplo apresentado. Quando a opção for por não usar a nota, se deve
incluir duas entradas nas referências bibliográficas.
Exemplo:
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M. DE A. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992.
ALVES, Magda. Como Escrever Teses e Monografias – Um Roteiro passo a passo. São Paulo: Campus, 2003.
Seguindo a regras previstas UCS (2016), a primeira opção (informar os dados da
obra original em rodapé) é que ficou definida como a que deve ser seguida.
8.9.14 Informação oral
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), quando se tratar de dados obtidos por
informação oral (palestras, debates, comunicações) indicar entre parênteses, a expressão
informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis, em notas de rodapé.
Exemplo:
No texto
O novo medicamento está disponível até o final deste semestre (informação verbal)¹
No rodapé da página:
__________________¹ Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001.
8.9.15 Trabalhos em fase de elaboração
Na citação de trabalhos em fase de elaboração, trabalhos não publicados, deve ser
mencionado o fato, indicando os dados disponíveis.
123
8.9.16 Enfatizando trechos de citação
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), para dar ênfase ou destaque a uma parte do
texto deve-se usar o grifo ou negrito ou itálico.
Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta alteração com a
expressão grifo nosso entre parênteses, após a idealização da citação. Caso o destaque seja do
autor consultado, usa-se a expressão grifo do autor.
Exemplo:
“Citações são menções inseridas no texto do trabalho, extraídas de outras fontes de
informação para esclarecimento de um assunto em questão, ou para corroborar a ideia de um
autor (ALVES, 2003, p.76).”
8.9.17 Supressões
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), as supressões nas citações devem ser
transcritas do seguinte modo: [...]
Exemplo:
Citação é a indicação no texto, de forma integral ou em parte de informações retiradas de outras fontes ou publicações, [...]. Sua existência serve para esclarecer, sustentar e complementar as ideias afirmadas pelo autor do trabalho. Dessa forma estarão sendo preservados os direitos autorais [...] (MOTTA, HENSSELN, GIALDI, 2001, P.65).
8.9.18 Interpolações ou comentários
Segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), as interpolações ou comentários são
transcritos da seguinte maneira: [ ]
Exemplo:
A indicação no documento das fontes citadas [existem dois sistemas de citações, o de chamada numérico e de chamada alfabético] é empregada para designar a fonte de onde se retiram as informações ou trechos de publicações consultadas para a realização do trabalho. (MOTTA, HENSSELN, GIALDI, 2001, P.69).
Chamada no texto
No texto, após a última palavra da ideia ou citação utilizada, colocar, entre
124
parênteses, sobrenome do autor seguido do ano de publicação do trabalho. Se o documento
não apresentar ano de publicação, registrar a década aproximada.
No caso de citação de documentos de um mesmo autor, editados no mesmo ano,
acrescentar a letra minúscula após o ano de publicação.
Exemplo:
(KOTLER, 1985a, p. 48)
(KOTLER, 1985b, p.35)
Para outras informações sobre regras de citações deve-se consultar a NBR 10520 da
ABNT (2002) .
125
9 MODELOS DE REFERÊNCIAS
O modelo de referência muda em função da fonte pesquisada, visto que, os
elementos a serem apresentados variam em virtude do tipo da fonte utilizada.
Antes de apresentar os modelos de referências entendeu-se necessário apresentar as
regras gerais de apresentação.
9.1 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO
Segundo a NBR 6023 (2002), as principais regras de apresentação das referências
bibliográficas são as seguintes:
a) os elementos essenciais e complementares da referência devem ser apresentados
em sequência padronizada;
b) as referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a se
identificar individualmente cada documento, em espaço simples e separadas entre
si por espaço duplo. Quando aparecerem em notas de rodapé, serão alinhadas, a
partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira
palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas;
c) a pontuação segue padrões internacionais e deve ser uniforme para todas as
referências. As abreviaturas devem ser conforme a ABNT NBR 10522 (1988);
d) o recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o elemento
título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento. Isto
não se aplica as obras sem indicação de autoria, ou de responsabilidade, cujo
elemento de entrada é o próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas
na primeira palavra, com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e palavras.
O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis da UCS optou pelo negrito,
seguindo o critério adotado pelo Guia para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos
da Universidade de Caxias do Sul - UCS;
e) as referências constantes em uma lista padronizada devem obedecer aos mesmos
princípios. Ao optar pela utilização de elementos complementares, estes devem
ser incluídos em todas as referências daquela lista.
Com o objetivo de reduzir as dificuldades do pesquisador em montar as referências
bibliográficas, a seguir são apresentados alguns modelos das mesmas. A ABN NBR 6023
126
(2002), norma específica sobre referências bibliográficas, apresenta vários outros exemplos,
além dos a seguir relacionados, bem como trata das normas que devem ser seguidas ao
elaborar as referências bibliográficas. Sendo assim, se após a leitura desse capítulo ainda
persistir alguma dúvida, recomenda-se a leitura da referida norma.
9.2 MONOGRAFIA (LIVRO, FOLHETO, SEPARATA, DISSERTAÇÕES, TESES,
ETC.)
9.2.1 Monografia no todo com autoria
Inclui livro e/ou folheto, (manual, guia, catálogo, enciclopédia dicionário etc)
trabalho acadêmico (teses, dissertações, entre outros).
Os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data de
publicação.
Exemplo:
GOMES, L.G.F.F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
GOMES, L.G.F.F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998. 137p., 21 cm (coleção Antropologia e Ciência Política, 15). Bibliografia: p.131-132. ISBN 85-228-0268-8
9.2.2 Monografia no todo em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para documentos
monográficos no todo, acrescidas das informações relativas à descrição do meio eletrônico.
Exemplo:
KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-RS
Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações
sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão
127
Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:,
opcionalmente acrescida dos dados referentes a hora, minutos e segundos.
Exemplo:
ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.I.]: Virtual Books, 2000. Disponível em <http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.
9.2.3 Monografia no todo sem autoria
Os livros no todo sem autoria têm a sua entrada pelo título com a primeira palavra
em maiúscula.
Exemplo:
ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. 6.ed. São Paulo: Encyclopeida Britannica, 1993. 20 v.
9.2.4 Monografia consideradas em parte
Inclui capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor(es) e/ou
títulos próprios.
Os elementos essenciais são: autor(es), título da parte, seguidos da expressão “In”., e
da referência completa da monografia no todo. No final da referência, deve-se informar a
paginação ou outra forma de individualizar a parte referenciada.
Exemplo:
ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI G.; SCHMIDT, J. (Org). História dos jovens 2: São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.
Quando necessário acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI G.; SCHMIDT, J. (Org). História dos jovens 2: a época contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.
128
Capítulo ou parte de Livro:
Quando o autor da parte é o mesmo do todo
AUTOR. Título. Local de publicação: Editora, data de publicação. Número e páginas ou volumes. Número(s) da(s) página(s) ou volumes consultados
Exemplo:
BOGGS, James. Ação e pensamento. São Paulo: Brasiliense, 1969. 3 v. v. 3: A Revolução americana.
Quando o autor da parte é diferente do todo
AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO. Título do livro. Local de publicação: Editora, data. Número(s) da(s) página(s) ou volumes consultados.
Exemplo:
BORSOI, Izabel Cristina Ferreira, A Saúde da mulher trabalhadora. In: CODO, Wanderley; SAMPAIO, José Jackson Coelho (Org.) Sofrimento psíquico nas organizações. Rio de Janeiro: Vozes, 1995. p. 115-126.
Trabalho apresentado em eventos (congressos, conferências, etc.)
AUTOR. Título. In: NOME DO CONGRESSO, nº, ano, local de realização. Título. Local, Editora, data, Páginas consultadas.
Exemplo:
BERNDT, Alexander. Aprendizagem Vivencial. In: ENCONTRO NACIONAL DE AVLIAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO, 1997, Brasília. Anais... Brasília: Faculdades Integradas Sant’Ana, 1997. p. 28-36.
Autor Entidade
São instituições, organizações, empresas, comitês, comissões, responsáveis por
publicações em que não se distingue genérica entra-se pelo órgão superior (em maiúscula)
Exemplo:
PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Caderno de restauro: Solar Lopo Gonçalves. Porto Alegre, 1987
129
Se a entidade tiver uma denominação específica entra-se diretamente pelo seu nome
(em maiúscula).
Exemplo:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORAS TÉCNICAS. NBR 5801: regras de arredondamento na numeração decimal. Rio de Janeiro, 1977.
9.2.5 Monografia em parte em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para as monografias, de
acordo com 6.1.4, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-
á conforme 6.1.2.
Exemplo:
MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S.I.]: Planeta DeAgostini, c1998. CD-ROM 9.
9.2.6 Dissertação/Tese/Trabalho de Conclusão
AUTOR. Título. Ano. Nº de páginas. Tese ou dissertação (Grau e Área) – Unidade de Ensino, Instituição, Local.
Exemplo:
BRAGHIROLLI, Maria Luiza Silveira. Capacidade e aprendizagem tecnológica na terceira geração da indústria petroquímica do Rio Grande do Sul. 1999. 200f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
9.3 PUBLICAÇÃO PERIÓDICA
Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista, número de jornal,
caderno etc. na íntegra, e a matéria existente em um número, volume ou fascículo de
periódico (artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas seções, reportagens
etc.).
130
9.3.1 Publicações periódicas consideradas no todo
A referência de toda a coleção de um título de periódico é utilizada em listas de
referências e catálogos de obras preparados por livreiros, bibliotecas ou editoras.
Os elementos essenciais são: título, local de publicação, editora, datas de início e de
encerramento da publicação, se houver.
Exemplo:
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939. – Trimestral. Absorveu Boletim Geográfico, do IBGE. Índice acumulado, 1939-1983. ISSN 0034-723X.
9.3.2 Partes de revistas, boletim etc.
Inclui volume, fascículo, números especiais e suplementos, entre outros, sem título
próprio.
Os elementos essenciais são: título da publicação, local de publicação, editora,
numeração do ano e/ou volume, numeração do fascículo, informações de períodos e datas de
sua publicação.
Exemplo:
DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, nº. 148, 28 jun. 2000.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000. 98 p.
131
9.3.3 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc.
Inclui parte de publicações periódicas (volumes, fascículos, números especiais e
suplementos, com título próprio), comunicações, editorial, entrevistas, recensões, reportagens,
resenhas e outros.
Os elementos essenciais são: autor(es), título da parte, artigo ou matéria, título da
publicação, local de publicação, numeração correspondente ao volume e/ou ano, fascículo ou
número, paginação inicial e final, quando se tratar de artigo ou matéria, data ou intervalo de
publicação e particularidades que identificam a parte (se houver)
Exemplo:
MÃO-DE-OBRA e previdência. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Rio de Janeiro; v.7, 1983. Suplemento.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
COSTA, V.R. À margem da lei: o Programa Comunidade Solitária. Em Pauta: revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.
9.3.4 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para artigo e/ou matéria de
revista, boletim etc., de acordo com 6.2.3, acrescidas das informações relativas à descrição
física do meio eletrônico (disquetes, CD-RON, online etc.). Quando se tratar de obras
consultadas online, proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
SILVA, M.M.L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998.
9.3.5 Artigo e/ou matéria de jornal
Inclui comunicações, editorial, entrevistas, reportagens, resenhas e outros.
132
Os elementos essenciais são: autor(es) (se houver), título, título do jornal, local de
publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação
correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo ou matéria
precede da data.
Exemplo:
NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
PAIVA, Anabela. Trincheira musical: músico dá lições de cidadania em forma de samba para crianças e adolescentes. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p.2. 12 jan.2002.
9.3.6 Artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para artigo e/ou matéria de
jornal, de acordo com 6.2.5, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio
eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online,
proceder-se-á conforme 6.12.
Exemplo:
SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19. set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/ pena_morte_ nascituro.htm>. Acesso em 19 set. 1998.
9.4 EVENTO COMO UM TODO
Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio evento
(atas, anais, resultados, proceedings, entre outras denominações).
9.4.1 Evento como um todo
Os elementos essenciais são: nome do evento, numeração (se houver), ano e local
133
(cidade) de realização. Em seguida, deve-se mencionar o título do documento (anais, atas,
tópico temático etc.). seguido dos dados de local de publicação, editora e data da publicação.
Exemplo:
IUFOST INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON CHEMICAL CHANGES DURING FOOD PROCESSING, 1984, Valencia. Proceeding… Valencia: Instituto de Agroquímica y Tecnologia de Alimentos, 1984.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumo. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.
9.4.2 Evento como um todo em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como um todo, de
acordo com 6.3.1, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-
á conforme 6.12.
Exemplo:
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www/propesq.ufpe.br/ anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.
9.5 TRABALHO APRESENTADO EM EVENTO
Inclui trabalhos apresentados em evento (parte do evento)
9.5.1 Trabalho apresentado em evento
Os elementos essenciais são: autor(es), título do trabalho apresentado, seguido da
expressão In:, nome do evento, numeração do evento (se houver), ano e local (cidade) de
134
realização, título do documento (anais, atas, tópico temático etc.), local, editora, data de
publicação e página inicial e final da parte referenciada.
Exemplo:
BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9, 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p. 16-29
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
MARTIN NETO, L., BAYER, C.; MIELNICZUK, J. Alterações qualitativas da matéria orgânica e os fatores determinantes da sua estabilidade num solo podzólico vermelho-escuro em diferentes sistemas de manejo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 26. 1997, Rio de Janeiro. Resumos.... Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1997. p. 443, ref. 6-141.
9.5.2 Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como um todo, de
acordo com 6.4.1, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-
á conforme 6.12.
Exemplo:
GUICHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária, In. SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS,10.. 1998, Fortaleza. Anais....Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1 CD-ROM.
9.6 ARTIGO OU TRABALHO PUBLICADO EM CONGRESSOS
9.6.1 Artigo publicado em anais de congresso
AUTOR. Título do artigo. In: NOME DO EVENTO, nº do evento, ano, local. Anais.... local de publicação: Editora, data de publicação. Página inicial e final da parte referenciada.
135
Exemplo:
SONNENBUR, Cláudio R. Um modelo de fluxo de dados e respectiva arquitetura. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ARQUITETURA DE COMPUTADORES, 7, 1995, Canela. Anais.... Porto Alegre: Instituto de Informática da UFRGS, 1995. p.41-60.
9.6.2 Trabalho publicado em anais de congresso disponível em meio eletrônico
Exemplo.
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos.... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.prpesq.ufpe.br/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan.1997.
9.7 PATENTE
Os elementos essenciais são: entidade responsável e/ou autor, título, número da
patente e datas (do período de registro).
Exemplo:
EMBRAPA. Unidade de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária (São Carlos, SP). Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital multissensor de temperatura para solos. BR n. PI 8903105-9, 26 jun. 1989, 30 maio 1995.
9.8 DOCUMENTO JURÍDICO
Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação dos
textos legais).
9.8.1 Legislação
Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais
infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as
suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e
privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa,
comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre outros).
136
Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade, no caso de se
tratar de normas), título, numeração, data e dados da publicação. No caso de Constituição e
suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a palavra Constituição,
seguida do ano de promulgação, entre parênteses.
Exemplos:
SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.
BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
BRASIL. Constituição (1998). Emenda constitucional nº 9, de 9 de novembro de 1995. Lex: legislação federal e marginalia, São Paulo, v. 59, p. 1966, out/dez. 1995
9.8.2 Jurisprudência (decisões judiciais)
Compreende súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões judiciais.
Os elementos essenciais são: jurisdição e órgão judiciário competente, título
(natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver), relator, local, ata e
dados da publicação.
Exemplo:
BRASIL.Supremo Tribunal Federal nº 14. In:_______. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
BRASIL.Supremo Tribunal Federal nº 14. Não é admissível por ato administrativo restringir, em razão de idade, inscrição em concurso para cargo público. In:_______. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16.
9.9 DOUTRINA
Inclui toda e qualquer discussão técnica sobre questões legais (monografias, artigos
de periódicos, papers etc.), referenciada conforme o tipo de publicação.
137
9.9.1 Documento jurídico
Exemplo:
BARROS, Raimundo de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v. 19, n. 139, p. 53-72, ago. 1995.
9.9.2 Documento jurídico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como um todo, de
acordo com 6.8.1, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-
á conforme 6.12.
Exemplo:
LEGISLAÇÃO brasileira: normas jurídicas federais, bibliografia brasileira de Direito. 7. ed. Brasília, DF: Senado Federal, 1999. 1 CD-ROM. Inclui resumos padronizados nas normas jurídicas editadas entre janeiro de 1946 e agosto de 1999, assim como textos integrais de diversas normas.
9.10 IMAGEM EM MOVIMENTO
Inclui filmes, videocassetes, DVD, entre outros.
Os elementos essenciais são: título, diretor, produtor, local produtora, data e
especificação do suporte em unidades físicas.
Exemplo:
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade.. São Paulo: CERAVI, 1983. 1 videocassete.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. Coordenação de Maria Izabel Azevedo. São Paulo: CERAVI, 1983. 1 videocassete (30 min), VHS, son., color.
138
9.11 DOCUMENTO ICONOGRÁFICO
Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico, diapositivo, diafilme,
material estereográfico, transparência, cartaz entre outros.
9.11.1 Documento iconográfico
Os elementos essenciais são: autor, título (quando não existir, deve-se atribuir uma
denominação ou a indicação Sem título, entre colchetes), data e especificação do suporte.
Exemplo:
KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia, color. 16 cm x 56 cm.
9.11.2 Documento iconográfico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como um todo, de
acordo com 6.10.1, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-
á conforme 6.12.
Exemplo:
VASO. TIFF. 1999. Altura: 1083 pixels. Largura 827 pixels. 300 dpi. 32 BIT CMYK. 3.5 Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em: <C:\Carol\VASO.TIFF>. Acesso em: 28 out. 1999.
9.12 DOCUMENTO CARTOGRÁFICO
Inclui Atlas, mapa, globo, fotografia aérea entre outros. As referências devem
obedecer aos padrões indicados para outros tipos de documentos, quando necessário.
139
9.12.1 Documento cartográfico
Conforme a NBR 6023 da ABNT (2002), documento cartográfico inclui atlas,
mapas, globo, fotografia aérea entre outros. As referências devem obedecer aos padrões
indicados para outros tipos de documentos, quando necessário. Segundo a referida norma, os
elementos essenciais para esse tipo de referência são: autor(es), título, local, editora, data de
publicação, designação específica e escala.
Exemplos:
ALTAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981. 1 Atlas. Escalas variam
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. 1 altas. Escala 1:2.000.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 cm. Escala 1:600.000.
9.12.2 Documento cartográfico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como um todo, de
acordo com 6.11.1, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-
á conforme 6.12.
Exemplo:
ESTADOS UNIDOS. National Oceanic and Atmospheric Administration. 1999071318.GIF. Itajaí. UNIVALI, 1999. 1 imagem de satélite. 557 Kb. GÓES-08: SE. 13 jul. 1999, 17: 45Z, IR04. 1 disquete 3 ½ pó.
9.13 DOCUMENTO SONORO NO TODO
Inclui disco, CD (compact disc), cassete, rolo, entre outros.
140
9.13.1 Documento sonoro no todo
Os elementos essenciais são: compositor(es) ou intérprete(s), título, local, gravadora
(ou equivalente), data e especificação do suporte.
Exemplo:
ALCIONE. Ouro e cobre. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro
As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como um todo, de
acordo com 6.12.1, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-
á conforme 6.12.
Exemplo:
ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm, estéreo, 12 pol.
9.13.2 Documento sonoro em parte
Inclui partes e faixas de documentos sonoros.
Os elementos essenciais são: compositor(es), intérprete(s) da parte (ou faixa de
gravação), título, seguidos da expressão In:, e da referência do documento sonoro no todo. No
final da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de individualizar a parte
referenciada.
Exemplo:
COSTA, S.; SILVA, A. Jura secreta. Intérprete: SIMONE. Face a face. [S.I.]: Emi-Odeon Brasil, p1977. 1 CD. Faixa 7.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
GINO, A. Toque macio. Intérprete: Alcione. In: ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm, estéreo, 12 pol. Lado A, faixa 1 (4 min 3 s)
141
9.14 DOCUMENTOS DE ACESSO EXCLUSIVO EM MEIO ELETRÔNICO
Inclui bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco rígido,
programas, conjuntos e programas e mensagens eletrônicas entre outros.
Os elementos essenciais são: autor(es), título do serviço ou produto, versão (se
houver) e descrição física do meio eletrônico. Quando se tratar de obras consultadas online,
proceder-se-á conforme 6.12.
Nota: no caso de arquivos eletrônicos, acrescentar respectiva extensão à
denominação atribuída ao arquivo.
Exemplo:
MICROSOFT Project for Windows 95. Verson 4.1 [S.I.]: Microsoft Corporation, 1995, 1 CD-ROM
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Exemplo:
MICROSOFT Project for Windows 95: project planning software. Verson 4.1 [S.I.]: Microsoft Corporation, 1995, 1 CD-ROM
9.15 OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9.15.1 Entrevistas
AUTOR. Assunto ou título do programa. Local do depoimento, entidade onde aconteceu o pronunciamento, data em que a entrevista foi concedida. Nota indicando o tipo de depoimento e nome do entrevistador.
Exemplo:
SUSSENKIN, Arnaldo. Anteprojeto da nova CLT. Porto Alegre, Televisão Guaíba, 29 abr. 1979. Entrevista concedida a Amir Domingues.
142
9.15.2 Informação verbal
AUTOR do depoimento. Assunto ou título. Local do depoimento, instituição (se houver), data em que a informação foi proferida. Nota indicando tipo de depoimento, conferência, discurso, anotação de aula, etc.
Exemplo:
BIASIO, Roberto. Preço de Venda. Universidade de Caxias do Sul. Porto Alegre, 21 de nov.de 2003. Aula ministrada no Programa de Pós-Graduação em Gestão Financeira.
9.15.3 Banco de dados
BIRDS from Amapá: banco de dados. Disponível em: <http://www/bdt.org/bdt/ avifauna/aves>. Acesso em: 25 nov. 1998
9.15.4 E-mail
MARTINS, Eliseu. A evolução dos sistemas de custeio [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 25 jan. 2004.
143
10 CONCLUSÃO
É através da monografia que o aluno tem a oportunidade de expressar, além do
conhecimento adquirido durante todo curso, a sua capacidade de contribuição no estudo e
desenvolvimento dos temas relacionados com a contabilidade. Portanto, podemos considerar a
monografia como sendo uma fotografia do conhecimento que cada aluno adquiriu durante o
seu curso e de sua capacidade de reflexão na elaboração de uma pesquisa. Fotografia essa que
ficará exposta da biblioteca como prova da capacidade e da qualidade individual de cada
aluno na elaboração do conhecimento técnico e científico. Em função dessa importância que a
monografia apresenta é muito importante que cada aluno dê o máximo de si no seu
desenvolvimento, tanto no que se refere na escolha e no desenvolvimento do tema, como
também no uso adequado das normas técnicas para a sua elaboração.
Acreditamos que esse manual de apoio à elaboração de monografia, além apresentar
várias normas estabelecidas pela ABNT para a elaboração de monografias, apresenta várias
dicas que, com certeza, serão de muita utilidade para os alunos no seu árduo trabalho de
pesquisa e de elaboração de sua monografia. O simples uso do manual não garantirá uma
excelente monografia, porém com certeza, o seu uso em muito contribuirá para que o aluno
possa elaborar uma pesquisa com qualidade e com menor grau de dificuldade.
Durante a elaboração do estudo percebeu-se que existem muitas regras que devem
ser seguidas na elaboração de uma pesquisa científica e que, mesmo existindo uma
regulamentação oficial através das normas técnicas estabelecidas pela ABNT, são tratadas de
forma divergentes entre os autores pesquisados. Essa divergência existe em função que cada
universidade ou órgão de pesquisa procura adequar as normas da ABNT aos seus objetivos,
fazendo pequenos ajustes ou flexibilizando as normas oficiais.
Percebeu-se também que em algumas situações as normas são bastante detalhistas,
por outro lado, são omissas em alguns aspectos que geram dúvidas ao aluno. Fato esse que dá
uma grande importância ao estudo aqui apresentado, visto que, o estudo buscou evidenciar as
principais normas que o aluno deve ser seguir, como elas devem ser aplicadas, delimitando o
número de normas que o aluno tem a obrigação de seguir e dando-lhe flexibilidade nos
aspectos não normalizados. Complementarmente, ele serve de guia na escolha do tema e de
exemplo de como uma monografia pode ser elaborada, tanto na sua parte estrutural como na
composição do conteúdo de cada uma de suas partes.
Não fez parte de nosso objetivo elaborar um manual que contenha todas as regras
144
relacionadas com a elaboração de uma monografia e nem tão pouco que fosse capaz de
eliminar todas as dúvidas do pesquisador. No entanto, temos a certeza que ele será de muita
utilidade para o aluno na tarefa de realizar sua monografia. Também não tivemos a pretensão
de elaborar um manual definitivo, visto que, o assunto abordado é bastante amplo e polêmico,
necessitando de maiores pesquisas e debates, que poderão usar esse estudo como ponto de
partida.
A pesquisa realizada nos possibilitou eliminar uma série de dúvidas e gerar um
conhecimento adicional que nos será muito importante, tanto na elaboração de futuros
trabalhos científicos como no exercício de orientador de monografias. Temos a certeza que
ele também será de muita utilidade para o aluno que desejar elaborar um bom trabalho
científico, dos demais orientadores no exercício da função de orientação e do público em geral
que pretende escrever um trabalho científico ou simples aprofundar seus conhecimentos nessa
área.
145
REFERÊNCIAS
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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6027 - Sumários. Rio de Janeiro, 2003.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6028 - Resumos. Rio de Janeiro, 2003.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6029 - Apresentação de livros e folhetos - Procedimentos. Rio de Janeiro, 2002.
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LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE A - Ordem sequencial e paginação dos elementos de uma monografia.............150
150
APÊNDICE A - ORDEM SEQUENCIAL E PAGINAÇÃO DOS ELEMENTOS DE UMA MONOGRAFIA
Fonte: Produção do autor com base na ABNT 14724 (2011)
Anexos(opcional)
Apêndices(opcional)
Referências(obrigatório)
Conclusão(obrigatório)
Desenvolvimento (obrigatório)
Introdução(obrigatório)
Elementos Textuais:Elementos que fazem parte do trabalho em
que é exposta a matéria.
Elementos Pós-texto:Elementos que complementam o trabalho
Elementos Pré-textuais:Elementos que antecedem o texto com
informações que ajudam na sua publicação.
A capa não é contada na numeração e nem numerada
Esses elementos são contados na numeração, porém não recebem a paginação (o número da página não deve ser impressa nas páginas desses elementos)
Todos esses elementos devem ser contados na numeração das páginas e
receber a paginação (número da página), com exceção da página onde aparece o título (primeira página) dos elementos pós-textuais, os quais não possuem a numeração de capítulo
(referências bibliográficas, apêndices e anexos).
Ordem das Listas- Ilustrações
- Tabelas- Abreviaturas e siglas
- Símbolos
Sumário(obrigatório)
Listas(opcional)
Resumo(obrigatório)
Pensamento-Epígrafe (opc.)
Agradecimentos (opcional)
Dedicatória(opcional)
Folha de Aprov (obrig.)
Folha de Rosto (obrigatório)
Capa (obrig.)Capa dura quando
impressa e A4 quando a cópia for
digital
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A - Bom leitor X mau leitor – (Décio Vieira Salomon)........................................153
ANEXO B - A escolha de um tema: Tradução do Capítulo 1 de “1000 ideias” (adaptada). .155
ANEXO C - Palavras/expressões de coesão...........................................................................160
ANEXO D - Estrutura de metodologia com possíveis estratégias, técnicas de coleta e de
análise.....................................................................................................................................165
152
ANEXO A - BOM LEITOR X MAU LEITOR – (DÉCIO VIEIRA SALOMON)Bom leitor Mau leitor
O bom leitor lê rapidamente e endente bem o que lê. Tem habilidades e hábitos como:
1. Lê com objetivo determinado.Exemplo: aprender certo assunto, repassar detalhes, responder a questões.
2. Lê unidades de pensamento.Abarca, num relance, o sentido de grupo de palavras. Relata rapidamente as ideias encontradas numa frase ou num parágrafo.
3. Tem vários padrões de velocidade.Ajusta a velocidade da leitura com o assunto que lê. Se lê uma novela, é rápido. Se livro científico para guardar detalhes, lê mais devagar para entender bem.
4. Avalia o que lê.Pergunta-se frequentemente: Que sentido tem isso para mim? Está o autor qualificado para escrever tal assunto? Está ele apresentando apenas um ponto de vista do problema? Qual é a ideia principal deste trecho? Quais seus fundamentos?
5. Possui bom vocabulário.Sabe o que muitas palavras significam. É capaz de perceber o sentido das palavras novas pelo contexto. Sabe usar dicionários e o faz frequentemente para esclarecer o sentido de certos termos, no momento oportuno.
6. Tem habilidades para conhecer o valor do livro.Sabe que a primeira coisa a fazer quando se toma um livro é indagar de que trata, através do título, dos subtítulos encontrados na página de rosto e não apenas na capa. Em seguida lê os títulos do autor. Edição do livro. Índice. “Orelha do livro”. Prefácio. Bibliografia citada. Só depois é que se vê em condições de decidir pela conveniência ou não da leitura. Sabe selecionar o que lê. Sabe quando consultar e quando ler.
Bom leitor
O mau leitor lê vagarosamente e entende mal o que lê. Tem hábitos como:
1. Lê sem finalidade.Raramente sabe por que lê.
2. Lê palavra por palavra.Pega o sentido da palavra isoladamente. Esforça-se para juntar os termos para saber entender a frase. Frequentemente tem de reler as palavras.
3. Só tem um ritmo de leitura.Seja qual for o assunto, lê sempre vagarosamente.
4. Acredita em tudo o que lê.Para ele tudo o que é impresso é verdadeiro. Raramente confronta o que lê com suas próprias experiências ou com outras fontes. Nunca julga criticamente o escritor ou seu ponto de vista.
5. Possui vocabulário limitado.Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca relê uma frase para pegar o sentido de uma palavra difícil ou nova. Raramente consulta o dicionário. Quando o faz, atrapalha-se em achar a palavra. Tem dificuldade em entender a definição das palavras e em escolher o sentido exato.
6. Não possui nenhum critério técnico para conhecer o valor do livro.Nunca ou raramente lê a página de rosto do livro, o índice, o prefácio, a bibliografia etc. antes de iniciar a leitura. Começa a ler a partir do primeiro capítulo. É comum até ignorar o autor, mesmo depois de terminada a leitura. Jamais seria capaz de decidir entre a leitura e a simples consulta. Não consegue selecionar o que vai ler. Deixa-se sugestionar pelo aspecto material do livro.
Mau leitor7. Sabe quando deve ler um livro até o fim, quando 7. Não sabe decidir se é conveniente ou não
153
interromper a leitura definitivamente ou periodicamente.Sabe quando e como retornar a leitura, sem perda de tempo e da continuidade.
8. Discute frequentemente o que lê com colegas.Sabe distinguir entre impressões subjetivas e valor objetivo durante as discussões.
9. Adquire com frequência e cuida de ter sua biblioteca particular.Quando é estudante procura os livros de texto indispensáveis e se esforça em possuir os chamados clássicos e fundamentais. Tem interesse em fazer assinaturas de periódicos científicos. Formado, continua alimentando sua biblioteca e restringe a aquisição aos chamados “compêndios”. Tem o hábito de ir direto às fontes; de ir além dos livros textos.
10. Lê assuntos vários.Lê livros, revistas, jornais. Em áreas diversas: ficção, ciência, história etc. Habitualmente nas áreas de seu interesse ou especialização.
11. Lê muito e gosta de ler.Acha que ler traz informações e causa prazer. Lê sempre que pode.
12. O BOM LEITOR é aquele que não é só bom na hora da leitura.É bom leitor porque desenvolve uma atitude de vida: é constantemente bom leitor. Não só lê, mas sabe ler.
interromper uma leitura.Ou lê todo o livro ou o interrompe sem critério objetivo, apenas por questões subjetivas.
8. Raramente discute com colegas o que lê.Quando o faz, deixa-se levar por impressões subjetivas e emocionais para defender um ponto de vista. Seus argumentos, geralmente, derivam da autoridade do autor, da moda, dos lugares-comuns, das tiradas eloquentes, dos preconceitos.
9. Não possui biblioteca particular.Às vezes é capaz de adquirir “metros de livros” para decorar a casa. É frequentemente levado a adquirir livros secundários em vez dos fundamentais. Quando estudante, só lê e adquire compêndios de aula. Formado, não sabe o que representa o hábito das “boas aquisições” de livro.
10. Está condicionado a ler sempre a mesma espécie de assunto.
11. Lê pouco e não gosta de ler.Acha que ler é ao mesmo tempo um trabalho e um sofrimento.
12. O MAU LEITOR não se revela apenas no ato da leitura, seja silenciosa ou oral. É constantemente mau leitor, porque se trata de uma atitude de resistência ao hábito de saber ler.
Fonte: Salomon (2001, p. 52-53)
154
ANEXO B - A ESCOLHA DE UM TEMA: TRADUÇÃO DO CAPÍTULO 1 DE “1000 IDEIAS” (ADAPTADA)
Identificar o tema correto é absolutamente essência para a realização de uma boa
monografia. Tal identificação se encontra subjacente e parcialmente determina todas as fases
sucessivas. Se um tema é correto, sua monografia tem um fundamento forte; se ele é
deficiente, todos os seus esforços subjacentes não poderão disfarçar tal fato, e você vai
desperdiçar enorme montante de tempo.
Quais são algumas dificuldades na escolha do tema? O mais profundo é fixar-se em
um tema muito amplo. Tal tema pode apresentar demandas muito grandes para seu tempo e
habilidade simplesmente porque ela começa a crescer e crescer até que você se encontra
completamente confuso e começa a naufragar. Um tema muito amplo destruirá o enfoque e a
organização, se não o processo de produção inteiro. Um tema muito vago deixa-o, no final da
monografia, indagando-se o que você desejava ter dito no começo. Muitos escritores de
monografias, tendo lutado para levar um tópico vago até a conclusão respeitável, tiveram que
retornar às primeiras páginas de seus escritos e reescreve-las, a fim de torna-las condizentes
com as finais. Uma monografia deveria, dentro de certos limites, ter um caráter exploratório,
mas um tema muito vago é um mapa muito pobre.
Finalmente, um tema que também é pouco comum pode deixa-lo preso pelo apoio
autores-obras de referências – e encontrar nada além de ar muito rarefeito. E um tema que
apenas tangencia os conteúdos do curso para o qual foi escrito pode ser absolutamente
perfeito em outro conteúdo, mas mostra-se sem valor para aquilo que se propôs.
É claro que um tema deficiente é um desastre; por outro lado, um bom tema pode dar
efetivas contribuições para sua monografia. Ele irá transmitir uma ordem de ideias coerentes,
o que fará a pesquisa, a redação e a leitura mais atraentes. Ele poderá conferir ao seu trabalho
mais força e objetividade do que o trabalho ordinário e medíocre pode nos mostrar. Por fim, o
tema correto pode fazer com que o trabalho executado sob cânones mais rotineiros pareça
interessante, simplesmente devido ao fato de que, para começar o próprio tema era
interessante.
Uma vez que a busca de um tema é tão importante, ela não pode ser apressada. Não
use esta busca como uma desculpa para simples atrasos, mas preencha bem o seu tempo com
ele. Não é comum encontrar o tema correto apenas após uns poucos minutos de reflexão. Se
você encontrar um tema particularmente fascinante outro que é muito bem trabalhado para o
tipo de trabalho que deseja fazer, você pode considerar-se sortudo, ou considerar-se iludido.
Pense sobre ele: não se debruce sobre este tema, começando a fazer pesquisa imediatamente.
155
Será que ele apresenta as características requeridas pelo “tema certo”? Se você tem alguma
dúvida por pequena que seja, quanto a isto, pelo menos considera formas alternativas para o
tema. Se nenhuma dessas formas alternativas elimina as dúvidas, comece a tentar um tema
completamente diferente. Durante todo o tempo, todavia, tenha presente os seguintes
requisitos.
1) O tema correto é adequado a seu aprendizado e habilidade. Este é um aspecto
especialmente importante, uma vez que Contabilidade de Custos é uma área acumulativa - tal
como no aprendizado de uma linguagem estrangeira, em que você deve conhecer a gramática
e algum vocabulário, antes de aprofundar-se em estudos mais sofisticados. O que você pode
fazer em Contabilidade de Custos depende fortemente daquilo que você já fez, de modo que
você não pode escolher um tema que requeira técnicas ou formação histórica que lhe sejam
completamente estranhas. Realisticamente, avalie a ambos: você mesmo e o tema. Uma
monografia deve conter algo de experiência de aprendizado, mas não do tipo que lhe ensina
quão incompetente você é a um nível que é sabidamente muito elevado. O tema correto é algo
que você pode fazer sem exaurir seus recursos intelectuais ou a capacidade de crença de seu
professor.
2) O tema correto atende seus limites de tempo e de espaço. Para cada tema, há
grande número de abordagens, de modo que em alguns casos, você pode reduzir seu tema
enorme pela simples escolha de uma abordagem que requeira semanas, ao invés de meses, de
tempo e esforço. Ainda, o caráter do tema tem muito a ver com o tamanho de sua monografia.
Você não pode dar um tratamento superficial, por exemplo, uma questão teórica importante.
Tendo estabelecido seus limites de páginas e de tempo por antecipação (ou tendo eles sido
estabelecidos por seu professor), trata-se de encontrar um tema que possa ser trabalhado
razoavelmente dentro desses limites.
3) O tema correto é tão específico e concreto quanto possível, independentemente se
seu tamanho. Lembre-se de que se você define claramente a questão antes de começar a
escrever, você vai gastar toda a monografia tornando a descrevê-la. Todo autor deve
guarnecer-se contra a tentação de fugir de seu tema, isto é, que o tema se expanda até tornar-
se mais apropriado a virar um livro do que um artigo de 30 páginas. A menos que você tenha
estritamente limitado seu tema, este problema pode colocar-se furtivamente enquanto você
estiver escrevendo. Subitamente, você descobre todas as ramificações do tema, devendo
simplesmente ser todas elas mencionadas. Neste caso, ou o trabalho torna-se impossível de ser
escrito, ou torna-se tão confuso e desorganizado que ninguém entende nada dele. Portanto
156
escolha um tema cujas ramificações sejam claras desde o início e permaneça dentro desses
limites. Se você tem uma grande ideia, corte-a a um tamanho adequado sem pensar, pois uma
análise bem pesada dessa ideia é mais bem recebida, tanto pessoalmente como
academicamente, do que uma visão geral superficial do que você poderia dizer sobre as várias
partes da ideia, caso você tivesse tempo.
4) Finalmente o tema correto é relevante. Você pode vislumbrar como seu trabalho
se vincula com o curso para o qual foi escrito? Se não pode, então talvez devesse dispensar
muitas páginas justificando sua seleção, ao invés de desenvolvê-la. Uma vez que praticamente
qualquer tema em Contabilidade de Custos pode ser relacionado a um curso razoavelmente
amplo, este requisito não é tão restrito como parece.
Indague-se sobre como o tema escolhido contribui para o curso. Ele parte de alguma
questão que aparece nas leituras de aulas? Ele atende a, pelo menos, o título do curso?
Coloque-se no lugar do leitor: você ficaria satisfeito em ler esta monografia? Se você não
puder responder “Sim” a todas essas perguntas, seria inteligente de sua parte selecionar outro
tema.
Tendo encontrado um tema que atenda a esses quatro requisitos, verifique a
existência de matérias que serão usadas como fonte consulta, no setor de referência de sua
biblioteca ou outra fonte de consulta. Há sólidas referências em números suficientes? Ou você
terá que perder muito tempo cavando aqui e ali? Se parece que você terá que fazer muito mais
pesquisa do que planejou, pode ser mais conveniente escolher um tema menos obscuro. É
mais fácil trocar de tema neste ponto do que se fixar em outro que vai demandar uma pesquisa
tentativa sobre fonte, mais adiante.
É possível, naturalmente, que você não tenha nenhuma ideia do que deseja estudar.
Ou você pode constatar que os temas que selecionou ao acaso não preenchem os requisitos do
tema coreto. A fim de ajudá-lo se você não encontrar uma boa ideia, e a fim de evitar a perda
de tempo devido à seleção do tema com base em sucessivas tentativas-e-erros, abaixo se
encontra um método de quatro etapas que é certamente interessante e factível. Porém, se ainda
assim, você não conseguir escolher um tema adequado para a sua monografia, então troque
algumas ideias com colegas que já fizeram suas monografias ou com professores orientadores
de monografias.
Primeiramente, determine uma área de interesse. Tal área é uma das grades divisões
da Contabilidade, tal como: Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial, Contabilidade
Geral, Contabilidade Governamental, Auditoria, Análise de Balanços, entre outras áreas que o
157
curso apresenta. A maioria das áreas de interesse corresponde às áreas de especialização, que
muitos graduados selecionam para nelas se aprofundarem. Muitos temas que se encontram
sob uma área de interesse também poderiam pertencer a outra. É apenas uma questão de
ênfase. Um tema que trate sobre o controle de estoque, por exemplo, poderia classificar-se
tanto em “Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial, Contabilidade Geral, Auditoria”.
Seu lugar depende de que aspecto o tema interessa-o mais fortemente. Se for a forma como
esse controle gera os custos de produção pode ser tratado como Contabilidade de Custos, se
for como ocorre o seu registro na contabilidade, estaria ligado mais a Contabilidade Geral,
por outro lado se tratarmos dos aspectos de gerenciamento dos mesmo, o assunto poderia ser
tratado tanto pela Contabilidade Custos como a Gerencial, ao passo que se o que interessa é
estudar a auditoria dos estoques, então a área deveria ser Auditoria.
É importante que você se fixe na área de interesse escolhida, ao partir para a
definição de tema específico. Deste modo, você pode evitar um tema que se desdobra em
vários outros. A área de interesse dá imediatamente um “ângulo” claro do tema. Embora um
tópico em particular possa cair em duas ou três áreas de interesse – todas as quais você deseja
considerar em seu trabalho – a melhor estratégia ainda é enfocar fundamentalmente uma única
área de interesse e considerar as outras como sendo aspectos dependentes do tema.
Você pode encontrar facilmente uma área de interesse, mesmo que isto não seja
especificado pelo curso para o qual você está escrevendo o trabalho. Aulas, reuniões,
discussões e mesmo títulos de cursos podem ser guia úteis.
As etapas números dois e três na seleção de um tema são selecionar um tema geral e
adotar uma abordagem para ele. Essas etapas são amplamente interdependentes. Uma pode
determinar a outra e vice-versa. A qual delas você se dedicará em primeiro lugar é o resultado
de seus interesses e dos requisitos do curso. Se o curso é fundamentalmente metodológico
uma introdução às técnicas de mensuração ou predicação, por exemplo então, você deve
adotar a abordagem ou método em primeiro lugar. Para tal curso, sua habilidade em aplicar as
técnicas é mais importante do que o tema geral ao qual você as está aplicando.
Simetricamente um curso que enfatiza o assunto a ser discutindo algo como história
econômica requer que você selecione o tema geral em primeiro lugar. As abordagens ao tema
podem ser várias e podem afetar a validade de seu trabalho, mas não são, de modo nenhum,
tão cruciais como a escolha do próprio tema.
Escolher uma abordagem é mais fácil do que selecionar um tema geral, pois há
menos alternativas. Mesmo assim, assegure-se de que selecionar uma abordagem que atenda o
158
tema. Seria difícil adotar uma abordagem altamente teórica para um tema como “Técnicas e
Métodos para Formação do Preço de Venda”, o que requer uma abordagem descritiva. Para
fixar-se em certa abordagem, faça o mesmo teste já feito quando da escolha da área de
interesse: assegure-se de que ela é relevante e apropriada.
Se, como a maioria das pessoas, você escolhe seu tema geral antes de fixar-se em
certa abordagem, procure cientificar-se das abordagens possíveis. Seu trabalho pode ser mais
provocativo para você e para seu leitor de você adota uma abordagem a qual você nunca
considerou antes.
A quarta etapa na seleção de um tema é estreitar e especificar o tópico e a
abordagem, o que vai protegê-lo contra futuros desperdícios de esforço. Prenda-se a alguma
instância concreta de seu tema e decida exatamente como você vai abordá-la.
Com uma abordagem definida e um tema específico, você verá que fazer pesquisa é
fácil, agradável e mesmo entusiasmaste. Sobretudo, você verá que tornar seu tema e
abordagem mais específicos dá ao seu trabalho uma tendência central que o levará da
Introdução à Conclusão com admirável unidade.
Resumindo, você terá que procurar as ideias específicas em certos locais. Dê especial
atenção a quaisquer dos estudos que os autores mencionam como evidência em favor de suas
conclusões gerais. Outras fontes que você pode não conhecer, ao lado dos livros específicos,
são as enciclopédias, bibliografias e periódicos especializados. Outras fontes férteis para as
ideias incluem consultas à internet e conversas com seus professores sobre o tema geral e o
pedido de sugestões por parte deles, à retomada de leituras já feitas na área de interesse, e a
revisão de notas de aulas. Essas três fontes servem para permitir-lhe descobrir estudos e
aspectos do tema geral, mesmo que mencionados de passagem.
Fonte: ARC BOOKS – 1000 Ideas for Term Papers in Economics. New York, 1970
159
ANEXO C - PALAVRAS/EXPRESSÕES DE COESÃO
1. firma
2. alega
3. argumenta
4. associa/está associado
5. assume
6. conclui que
7. considera que
8. diz respeito (a, à, ao)
9. evidencia
10. implica
11. indica
12. ousa
13. reitera
14. salienta
15. significa
16. prossegue
17. relaciona/está relacionado
18. A despeito de alegações
19. A esse respeito
20. A implicação disso é
21. Acima de tudo
22. Ademais
23. Afora isso
24. Agora
25. Ainda assim
26. Além disso
27. Algumas evidências
28. Ambas as definições
29. Antes de mais nada
30. Ao contrário
31. Ao mesmo tempo
32. Ao passo que
160
33. Assim
34. Assim sendo
35. Associado a isso,
36. Atacando o problema de frente
37. Caso contrário
38. Certamente
39. Com isso
40. Com referência
41. Como indicado
42. Como inferido antes
43. Como mostra
44. Como observou...
45. Conforme
46. Considerando que
47. Consonante a isso
48. Contrapondo-se a isso
49. Contudo
50. Da mesma forma
51. Daí
52. Dado(a)
53. De acordo
54. De fato
55. De forma semelhante
56. Deixando de lado
57. Desta forma
58. Desta maneira
59. De um lado, tem (têm)-se que
60. Diferentemente
61. É claro
62. É essa condição que...
63. E, por isso
64. Em compensação
65. Em consonância
161
66. Em contraposição a isso
67. Em detrimento disso
68. Em outras palavras
69. Em referência
70. Em resumo
71. Em seguida
72. Embora
73. Enquanto
74. Enquanto isso
75. Então
76. Entretanto
77. Especificamente
78. Essa abordagem
79. Evidentemente
80. Face (a, à, ao)
81. Frente ao fato de que
82. Finalmente
83. Fundamentalmente
84. Igualmente, ... sem rotulá-lo de...
85. Isso implica em...
86. Isso levou
87. Juntamente com
88. Justamente
89. Logo
90. Mesmo assim
91. Mesmo que
92. Na mesma medida
93. Na realidade
94. Na verdade
95. Não obstante
96. Neste momento
97. Nesse sentido
98. Nesse aspecto
162
99. Nessas condições
100. No entanto
101. O argumento de...
102. Observa-se
103. Obviamente
104. Ocasionalmente
105. Ora.
106. Ou seja
107. Outro termo que aparece com destaque
108. Para citar...
109. Para outros
110. Para tanto,
111. Paralelo a isso/paralelamente
112. Pelo contrário
113. Pois
114. Por conseguinte
115. Por enquanto
116. Por fim
117. Por intermédio
118. Por outro lado
119. Por que
120. Por si só
121. Por sua vez
122. Porém
123. Portanto
124. Primeiro
125. Provavelmente
126. Quanto a isso
127. Quanto ao...
128. Quer dizer
129. Realmente
130. Referente a isso,
131. Relacionado a isso;
163
132. Segundo
133. Sem embargo
134. Semelhante a isso
135. Sendo assim
136. Supondo que...
137. Todavia
138. Um exemplo típico
139. Uma grande suposição da literatura...
140. Uma resposta óbvia a issoFonte: Larentis (2011)
ANEXO D - ESTRUTURA DE METODOLOGIA COM POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS, TÉCNICAS DE COLETA E DE ANÁLISE
Delineamento Participantes ou População e
Amostra
Processo de Coleta
(descrever como ocorreu a coleta, não apenas a técnica de coleta)
Processo de Análise (descrever técnica e
processo)Natureza Nível
Estratégia
Qualitativa Exploratório
• Estudo de Caso
• Estudo qualitativo genérico
• EtnografiaPesquisa-Ação
• Pesquisa Documental
• Pesquisa Bibliográfica
Participantes
-Entrevista em profundidade (semi-estruturada ou não estruturada)
-Entrevistas em grupo (focus group)
-Questionário com questões abertas
-Dados secundários,documentos, textos
-Observação (direta ou participante)
• Conteúdo
• Discurso
Quantitativa
Descritivo Enquete População e Amostra
-Questionário estruturado
-Observação direta
Estatística
Explicativo Pesquisa Experimental Participantes ou grupos
-Testes Estatística
Fonte: Larentis (2011)