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Relatório SCS Global Services RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PARA CERTIFICAÇÃO DE MANEJO FLORESTAL E CADEIA DE CUSTÓDIA DESDE A FLORESTA ATÉ A SAÍDA DO PRODUTO Jari Florestal S.A. Região norte do estado do Pará SCS-FM/COC-00075N Vila Munguba S/N, Monte Dourado, Almeirim – PA. CEP: 68.240-000 Contato do Cliente: Augusto Praxedes Neto - [email protected] www.grupojari.com.br DATA DA CERTIFICAÇÃO VALIDADE July 16, 2014 July 15, 2019 DATA DA AUDITORIA DE CAMPO 24/10/2013; 16 a 20/12/2013; 20, 28 e 29/01/2014; 18/02/2014; 07 e 21/03/2014; 28 a 30/05/2014. DATA DA ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 14/julho/2014 Contato da SCS: Brendan Grady | Diretor Certificação de Manejo Florestal +1.510.452.8000 [email protected]

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Relatório SCS Global Services

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PARA

CERTIFICAÇÃO DE MANEJO FLORESTAL E CADEIA DE CUSTÓDIA DESDE A FLORESTA ATÉ

A SAÍDA DO PRODUTO

Jari Florestal S.A. Região norte do estado do Pará

SCS-FM/COC-00075N

Vila Munguba S/N, Monte Dourado, Almeirim – PA. CEP: 68.240-000 Contato do Cliente: Augusto Praxedes Neto - [email protected]

www.grupojari.com.br

DATA DA CERTIFICAÇÃO VALIDADE July 16, 2014 July 15, 2019

DATA DA AUDITORIA DE CAMPO 24/10/2013; 16 a 20/12/2013;

20, 28 e 29/01/2014; 18/02/2014;

07 e 21/03/2014; 28 a 30/05/2014.

DATA DA ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 14/julho/2014

Contato da SCS:

Brendan Grady | Diretor Certificação de Manejo Florestal

+1.510.452.8000 [email protected]

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Prefácio

SCS Global Services (SCS) é uma certificadora credenciada pelo FSC para conduzir o processo de avaliação do manejo florestal e da cadeia de custódia. Sob o sistema de certificação do FSC/SCS, as OMF que cumprirem os padrões internacionais de manejo florestal podem ser certificadas como “bem manejadas” e, assim, poderão usar o endosso do FSC e o logotipo para fins de mercado, sujeitas à supervisão regular do FSC/SCS.

A SCS convoca equipes interdisciplinares de especialistas em recursos naturais e outros peritos nas regiões florestadas em todo o mundo para conduzir o processo de avaliação do manejo florestal. As equipes de avaliação da SCS coletam e analisam materiais escritos, conduzem entrevistas com os funcionários das OMF e as principais partes interessadas e, realizam auditorias de campo e de escritório das UMF como parte da avaliação de certificação. Após completar a fase de levantamento das evidências, as equipes da SCS determinam as conformidades com os Princípios e Critérios do FSC.

Organização do Relatório

Este relatório corresponde ao resultado da avaliação de monitoramento pela equipe de auditores e está dividido em duas seções. Na seção A, está o Resumo Público e as informações básicas requeridas pelo FSC (Forest Stewardship Council – Conselho de Manejo Florestal). Esta seção é disponibilizada ao público em geral e tem o objetivo de proporcionar uma visão geral do processo de avaliação, dos programas administrativos e gerenciais, do plano de ação em relação às florestas e do resultado final da avaliação. A seção A será disponibilizada na website do FSC (http://info.fsc.org/) em não menos que 30 dias após a certificação. A seção B contém as informações mais detalhadas para o uso do Empreendimento de Manejo Florestal - EMF.

2000 Powell Street, Ste. 600, Emeryville, CA 94608 USA

+1.510.452.8000 main | +1.510.452.8001 fax www.SCSglobalServices.com

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Sumário RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PARA CERTIFICAÇÃO DE MANEJO FLORESTAL E CADEIA DE CUSTÓDIA DESDE A FLORESTA ATÉ A SAÍDA DO PRODUTO ...................................................................................................... 1

JARI FLORESTAL S.A. ..................................................................................................................................... 1

PREFÁCIO ...................................................................................................................................................... 2

SUMÁRIO....................................................................................................................................................... 3

SEÇÃO A – RESUMO PÚBLICO ....................................................................................................................... 5

1. INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................................................. 5 1.1 Informações de Registro do Certificado ............................................................................................. 5

1.1.1.a Nome e Informações de Contato .............................................................................................. 5

1.1.1.b Informações de Venda FSC ....................................................................................................... 5

1.1.2 Escopo do Certificado .................................................................................................................. 5

Quadro 1.1.2 - Lista de fazendas inclusas no escopo de certificação ....................................................... 6

1.2 Dados Requeridos pelo FSC ................................................................................................................ 6

1.2.1 Floresta de Produção ................................................................................................................... 6

1.2.2 Classificação de produtos FSC ...................................................................................................... 8

1.2.3 Áreas de Conservação .................................................................................................................. 8

1.3 Áreas Fora do Escopo Proposto para Certificação (Certificação Parcial e Excisão) ............................ 9

1.4 Informação Social .............................................................................................................................. 10

1.5 Uso de Pesticidas e Outros Produtos Químicos ................................................................................ 10

1.6 Padrões Utilizados ............................................................................................................................. 10

1.6.1 Padrões Aplicáveis Credenciados pelo FSC ................................................................................ 10

1.6.2 Padrões FSC Interinos da SCS ..................................................................................................... 10

1.7 Tabela de Conversão de Unidades Inglesas para Unidades Métricas .............................................. 10

2. DESCRIÇÃO DO MANEJO FLORESTAL ...................................................................................................... 11 2.1 Contexto do Manejo ......................................................................................................................... 11

2.1.1 Contexto Regulatório ................................................................................................................. 11

2.1.2 Contexto Ambiental ................................................................................................................... 17

2.1.3 Contexto Socioeconômico ......................................................................................................... 17

2.1.4 Uso, Propriedade e Posse da Terra ............................................................................................ 18

2.2 Plano de Manejo Florestal ................................................................................................................ 18

2.3 Sistema de Monitoramento .............................................................................................................. 21

3. PROCESSO DE AVALIAÇÃO PARA CERTIFICAÇÃO .................................................................................... 23 3.1 Cronograma e Equipe de Avaliação .................................................................................................. 23

3.1.1 Itinerário e Atividades de Avaliação .......................................................................................... 23

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3.1.2 Tempo Total Dedicado à Avaliação ............................................................................................ 26

3.1.3 Equipe de Avaliação ................................................................................................................... 26

3.2 Avaliação do Sistema de Manejo ...................................................................................................... 28

3.2.1 Metodologia e Estratégias Empregadas .................................................................................... 28

3.2.2 Pré-avaliação .............................................................................................................................. 28

3.3 Processo de Consulta às Partes Interessadas ................................................................................... 28

3.3.1 Resumo dos Comentário das Partes Interessadas e Respostas dadas pela Equipe, Onde Aplicável .............................................................................................................................................. 29

4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 43 4.1 Pontos Fortes e Fracos em Relação aos P&C do FSC. ....................................................................... 43

4.2 Processo para Determinar Conformidade ........................................................................................ 50

4.2.1 Estrutura do Padrão e Níveis de Inconformidade ...................................................................... 50

4.2.1 Interpretação das CARs Maiores, CARs Menores e Observações .............................................. 50

4.2.2 Não conformidades Maiores...................................................................................................... 50

4.2.3 Ações Corretivas Requeridas e Observações Existentes............................................................ 51

4.2.4. Novas Ações Corretivas Requeridas e Observações emitidas na auditoria de recertificação .. 59

5. DECISÃO DA CERTIFICAÇÃO .................................................................................................................... 74

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SEÇÃO A – RESUMO PÚBLICO

1. Informações Gerais

1.1 Informações de Registro do Certificado

1.1.1.a Nome e Informações de Contato

Nome da Organização Jari Florestal S.A. Pessoa de Contato Augusto Praxedes Neto Endereço Vila Munguba S/N, Monte

Dourado, Almeirim – PA. CEP: 68.240-000

Telefone (93) 3736-6844 Fax (93) 3736-1180 e-mail [email protected] Website www.grupojari.com.br

1.1.1.b Informações de Venda FSC

Informações para contato sobre Vendas FSC mesmas das acima. Pessoa de contato para Venda FSC

Endereço Telefone Fax e-mail Website

1.1.2 Escopo do Certificado

Tipo do Certificado UMF única UMF múltiplas

Grupo

SLIMF (se aplicável)

Certificado SLIMF Pequeno

Certificado SLIMF de Baixa Intensidade

Certificado de Grupo de SLIMF

Membros de Grupo (se aplicável) N/A Numero de UMFs no escopo do certificado 1 Localização Geográfica das UMFs Não-SLIMF Latitude & Longitude: 0º 20’ 00” S e 1° 40’ 00” S

51° 50’ 00” W e 53º 20’ 00” W Zona florestal Boreal Temperado

Subtropical Tropical

Área florestal total no escopo da certificação de manejo: Unidade: ha ou ac Manejo privado 715.656,20 Manejo estatal 0 Manejo comunitário 0

Número de UMFs no escopo de Certificação que são: Menores que 100 ha 0 100 – 1.000 ha 0

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>1.000 – 10.000 ha 0 Maiores que 10.000 ha 1 Área florestal total nas UMFs inclusas no escopo do certificado que são: Unidade: ha ou ac Menores de 100 ha 0 Entre 100 ha e 1.000 ha 0 Entre 1.000 e 10.000 ha 0 Maiores que 10.000 ha 715.656,20 Atende ao critério de elegibilidade como UMF SLIMF de Baixa Intensidade

0

Divisão da UMF em unidades manejáveis: A UMF é dividida em 30 UPA’s (Unidade de Produção Anual). Cada UPA representa a área de floresta a ser manejada a cada ano. A área de manejo é dividida por uma malha imaginária de quadrantes, o que facilita a localização das árvores dentro de cada UPA. A malha é formada pelos Blocos e Parcelas. Os Blocos são quadrados de 1.600 ha (4.000 m x 4.000 m), e são subdivididos em 160 Parcelas, que áreas retangulares de 10 ha (250 m x 400 m), menor unidade de trabalho na área de manejo. Quadro 1.1.2 - Lista de fazendas inclusas no escopo de certificação

UMF Área de manejo (ha)

Área Testemunha

(5%) AAVC (ha) APP (ha) Área Total (ha)

Jari Florestal 666.100,10 35.850,00 100,00 13.606,10 715.656,20

1.2 Dados Requeridos pelo FSC

1.2.1 Floresta de Produção

Produtos florestais madeireiros Unidade: ha ou ac Área total da floresta de produção (i.e., florestas de onde a madeira pode ser colhida).

666.100,10

Área de produção classificada como “plantação”. 0 Área de plantação florestal regenerada principalmente pelo replantio ou uma combinação de replantio e rebrota de caule plantado.

0

Área de plantação florestal regenerada principalmente por regeneração natural ou por uma combinação de replantio e rebrota dos caules regenerados naturalmente.

0

Sistema(s) Silvicultural(is) Área sob o tipo de manejo Manejo equiâneo 0

Corte raso (amplitude do corte-raso ) 0 Sob cobertura 0 Outro: 0

Manejo multiâneo 666.100,10 Seleção de árvores individuais 666.100,10 Seleção em grupos 0 Outro: 0

Outro (exemplo, viveiro, área de recreação, quebra vento, bambu, sistema agro-pastoril, sistema florestal, etc.): Infraestrutura

0

Taxa sustentável de colheita (normalmente o AAC onde for disponível) de 30 m³/ ha

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Madeira comercial (metros cúbicos de tora). Produtos florestais não-madeireiros (PFNM) Área da floresta protegida da colheita comercial de madeira e manejada, primariamente, para a produção de PFNM ou serviços.

0

Outras áreas manejadas para PFNM ou serviços 0 Produção comercial anual aproximada de PFNM incluída no escopo do certificado, por tipo de produto.

0

Explicação das pressuposições e referência à fonte de dados sobre as quais as estimativas de colheita foram baseadas: A empresa possui um sistema de inventário florestal contínuo, por meio do qual seleciona as árvores a serem exploradas. A estimativa do volume é feita por meio do ajuste de equações volumétricas, em função do diâmetro das árvores. Anualmente, a empresa solicita uma Autorização para a Exploração Florestal (AUTEF), indicando o volume e as árvores a serem colhidas e submete ao organismo ambiental responsável. Espécies no escopo do certificado conjunto FM/COC: Nome cientifico/latim (nome comum/comercial) Nome Vulgar Nome Científico Acapu Vouacapoua americana Aubl. Acariquara Minquartia guianensis Aubl. Amapá-doce Brosimum parinarioides Ducke Angelim Hymenolobium sericeum Ducke Angelim-da-mata Hymenolobium excelsum Ducke Angelim-pedra Hymenolobium petraeum Ducke Angelim-vermelho Dinizia excelsa Ducke Araracanga Aspidosperma eteanum Markgr. Aroeira Astronium obliquum Griseb Castanha-sapucaia Lecythis usitata Miers Cedrinho Erisma uncinatum Warm. Cumarú Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Cumarú-rosa Dipteryx magnifica Ducke Cupiúba Goupia glabra Aubl. Itaúba-amarela Mezilaurus lindaviana Schwacke & Mez Itaúba-preta Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez Jarana-amarela Lecythis poiteaui O.Berg Jatobá Hymenaea courbaril L. Jutaí-mirim Hymenaea intermedia Ducke Maçaranduba Manilkara huberi (Ducke) A.Chev. Mandioqueira-escamosa Qualea paraensis Ducke Maparajuba Manilkara bidentada (A. DC.) A. Chev. Orelha-de-macaco Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth. Pequiá Caryocar villosum (Aubl.) Pers. Pequiarana Caryocar glabrum Pers. Quaruba-rosa Vochysia obscura Warm. Sucupira-amarela Bowdichia nitida Spruce ex Benth.

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1.2.2 Classificação de produtos FSC

1.2.3 Áreas de Conservação

Área total com ou sem floresta, protegida contra colheita comercial de madeira e manejada, principalmente, para objetivos de conservação

49.556,10 ha, correspondente à soma da APP, testemunha de 5% e FAVC.

Florestas/Áreas de Alto Valor de Conservação

Altos Valores de Conservação presentes e respectivas áreas: Unidade: ha ou ac Código Tipo de AVC Descrição e Localização Área

AVC 1 Áreas florestais contendo concentrações regionalmente ou nacionalmente significativas de valores da biodiversidade (e.g., endemismo, espécies em perigo, refúgios).

AVC 2 Áreas florestais contendo concentrações regionalmente ou nacionalmente significativas de florestas grandes em nível de paisagem, contidas dentro ou contendo a UMF, onde populações viáveis da maioria se não todas as espécies de ocorrência natural existem em padrão de distribuição e abundância naturais.

AVC 3 Área de floresta que esteja dentro ou contenha ecossistemas raros, ameaçados ou em perigo.

A Jari Florestal S.A determinou como Floresta de Alto Valor de Conservação uma área de Cerrado Natural por ser considerado um ecossistema raro em meio à floresta tropical Amazônica.

100,00

AVC 4 Áreas de floresta que fornecem serviços básicos da natureza em situações críticas

Sucupira-de-morcego Diplotropis racemosa (Hoehne) Amshoff Sucupira-preta Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff Tanibuca Buchenavia parvifolia Ducke Tauari Couratari guianensis Sandwith Timborana Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.

Produtos de Madeira Nível 1 do Produto Nível 2 do Produto Espécies W1 – Madeira Bruta W1.1 - Toras Todas as listadas acima. Produtos Florestais Não Madeireiros Nível 1 do Produto Nível 2 do Produto Nível 3 do Produto e Espécies N/A

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(e.g., proteção de bacias hidrográficas, controle da erosão).

AVC 5 Áreas florestais fundamentais para atendimento das necessidades básicas das comunidades locais (e.g., subsistência, saúde).

AVC 6 Áreas florestais críticas para a identidade cultural tradicional das comunidades locais (áreas de significância cultural, ecológica, econômica ou religiosa identificadas em cooperação com essas comunidades locais).

Área total das florestas classificadas como “Floresta/Área de Alto Valor de Conservação” 100,00

1.3 Áreas Fora do Escopo Proposto para Certificação (Certificação Parcial e Excisão)

N/A – Todas as áreas florestais de propriedade ou manejadas pelo requerente estão incluídas no escopo.

O requerente possui e/ou maneja outras áreas florestais (Fazendas) que não estão sendo avaliadas.

O requerente deseja excluir do escopo da certificação partes da UMF sob avaliação. Explicação para a exclusão das UMF e/ou excisão:

Não fazem parte do escopo da certificação da empresa áreas de floresta de várzea (não manejáveis), florestas dentro do polígono das comunidades, e parte da UMF presente do estado do Amapá. Essas áreas não têm potencial para manejo de florestas tropicais, conforme estudos de fitofisionomia realizados. Além disso, há uma área de mineração dentro da UMF que não está no escopo da avaliação, assim como a área de infraestrutura do EMF.

Medidas de controle para prevenir a mistura de produtos certificados e não-certificados (C8.3):

Todas as árvores são numeradas e identificadas com uma plaqueta de alumínio no inventário florestal pré-corte. Para assegurar a cadeia de custódia, após o abate da árvore a placa de alumínio que identifica seu número individual é retirada e recolocada no toco remanescente. Esta placa permanecerá no local, como identificação da árvore retirada. Em todas as etapas, cada árvore é rastreada através do código da cadeia de custódia, formado pelos dados de bloco, parcela e número da árvore, e depois da atividade do traçamento das toras é também adicionado o código da tora. Todas as informações são inseridas no sistema computadorizado da empresa, denominado Mansus, o qual permite rastrear as toras ao longo dos processos de exploração.

Descrição das Fazendas exclusas ou áreas florestais removidas do escopo da certificação: Nome da Fazenda ou Talhão Local (município, estado, país) Tamanho ( ha ou ac) Floresta de Várzea, Área de “polígono das comunidades” e Floresta no estado do Amapá

Laranjal do Jari (PA), Almeirim (PA) e Vitória do Jari (AP).

419.065,3

Mineração e Infraestrutura Laranjal do Jari (PA), Almeirim e 1.935,0 ha

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Vitória do Jari.

1.4 Informação Social Número de trabalhadores florestais (inclusive prestadores de serviço) atuando na floresta no escopo do certificado (diferenciar por gênero): 332 trabalhadores homens 27 trabalhadoras mulheres

1.5 Uso de Pesticidas e Outros Produtos Químicos

EMF não usa pesticidas

1.6 Padrões Utilizados

1.6.1 Padrões Aplicáveis Credenciados pelo FSC

Título Versão Data de Finalização Padrões de Certificação do FSC – Forest Stewardship Council para Manejo Florestal em Terra Firme na Amazônia Brasileira

V 1 24 de Março de 2002

Todos os padrões utilizados estão disponíveis no Website do FSC Internacional (www.fsc.org), no FSC-US (www.fscus.org) ou na página de Padrões da SCS (www.scsglobalservices.com/certification-standards-and-program-documents). Os padrões estarão disponíveis, também, mediante solicitação à SCS Global Services (www.SCSglobalServices.com).

1.6.2 Padrões FSC Interinos da SCS

Título Versão Data de Finalização Incremento do padrão para Manejo Florestal em Terra Firme na Amazônia Brasileira (Indicadores para Florestas de Alto Valor de Conservação (FAVC) no Brasil)

V1-1 27 de Outubro de 2010

Os Padrões Interinos da SCS foram desenvolvidos mediante modificação do Padrão Interino Genérico da SCS para refletir o manejo florestal na região e, também, com a incorporação de componentes importantes do esboço do Padrão Regional/Nacional, bem como dos comentários das partes interessadas. Mais de um mês antes do início da avaliação de campo, o Esboço do Padrão Interino da SCS para o país/região foi enviado às partes interessadas, conforme identificadas pelo FSC-Internacional, SCS, os gestores das florestas sob avaliação e a iniciativa nacional para comentários. Uma cópia do padrão está disponível no site www.scsglobalservices.com/certification-standards-and-program-documents ou mediante solicitação à SCS Global Services (www.SCSglobalServices.com).

1.7 Tabela de Conversão de Unidades Inglesas para Unidades Métricas Fatores de Conversão de Comprimento Para Converter de Para multiplicado por Milha (US Estatuto) Quilômetro (km) 1.609347 Pé (ft) Metro (m) 0.3048 Jarda yd) Metro (m) 0.9144 Fatores de Conversão de Área Para Converter de Para multiplicado por Pé quadrado (sq ft) Metro Quadrado (m2) 0.09290304 Acre (ac) Hectare (ha) 0.4047

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Fatores de Conversão de Volume Para Converter de To multiplicado por Pé cúbico (cu ft) Metro cúbico (m3) 0.02831685 Galão (gal) Litro (l) 4.546 Referência rápida 1 acre = 0.404686 ha 1,000 acres = 404.686 ha 1 pé tabular = 0.00348 metros cúbicos 1,000 pé tabular = 3.48 metros cúbicos 1 pé cúbico = 0.028317 metros cúbicos

2. Descrição do Manejo Florestal

2.1 Contexto do Manejo

2.1.1 Contexto Regulatório

Marco Regulatório

Pertinente em Nível Nacional

• Lei Nº 12.651/12: Código Florestal Brasileiro: • Lei Nº 4.947/66: Direito Agrário; • Lei Nº 5.197/67: Fauna; • Lei. N° 5.868/72: Sistema Nacional de Cadastro Rural; • Lei Nº 5.889/73: Normas Reguladoras (NR) do Trabalho Rural; • Lei N° 6.015/73: Registros Públicos; • Lei Nº 6.019/74: Contratos de trabalhos temporários; • Lei 6.496/77 – Institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica – ART”; • Lei N° 6.739/79: Matrícula e Registro de Imóveis Rurais; • Lei Nº 6.938/81: Política Nacional do Meio Ambiente; • Lei 7.754/89 – política agrícola; • Lei Nº 7.802/89: Agrotóxicos; • Lei Nº 8.036/90: Recolhimento para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -

FGTS. • Lei Nº 9.393/96: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; • Lei Nº 9.601/98: Contrato de trabalho por prazo determinado; • Lei Nº 9.605/98: Crimes ambientais; • Lei Nº 9.985/2000: Sistema Nacional de Unidades de Conservação; • Lei 10.406/02 – Institui o Código Civil; • Lei Nº 11.428/06: Bioma Mata Atlântica; • Lei Nº 12.512/11: Programa de Apoio à Conservação Ambiental e o Programa de

Fomento às Atividades Produtivas Rurais; • Decreto-Lei nº 1.146/70 – Funrural; • Decreto Nº 2.519/98: Convenção sobre a Diversidade Biológica – CDB; • Decreto Nº 2.707/98 – Promulga o Acordo Internacional de Madeiras Tropicais; • Decreto Nº 3.607/2000: Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies

da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES; • Decreto N° 4.449/02 - Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR; • Decreto-Lei N° 5.452/43: Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

• Decreto Nº 6.514/08: Infrações e sanções administrativas ao meio ambiente; • Decreto Nº 6.660/08: Utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata

Atlântica; • Decreto Nº 50.877, de 29 de junho de 1961: Resíduos tóxicos ou oleosos; • Resolução CONAMA 01/1986 - Dispõe sobre a elaboração do Estudo de Impacto

Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA. • Resolução CONAMA Nº 02/94: Estágios de sucessão da Mata Atlântica; • Res. CONAMA 07/96 – restingas; • Res. CONAMA 10/93 – estágios de sucessão na Mata Atlântica; • Resolução CONAMA 23/96 – define resíduos perigosos; • Resolução CONAMA Nº 237/97: Licenciamento ambiental; • Resolução CONAMA Nº 275/01: Código de cores para os diferentes tipos de

resíduos; • Resolução CONAMA Nº 278/01: Corte de espécies ameaçadas de extinção da

flora da Mata Atlântica; • Resolução CONAMA Nº 303/02: Áreas de Preservação Permanente – APP; • Resolução CONAMA Nº 357/05: Diretrizes ambientais para corpos de água e

padrões de lançamento de efluentes; • Resolução CONAMA Nº 378/06: Empreendimentos potencialmente causadores

de impacto ambiental; • Resolução CONAMA Nº 429/11: Recuperação das Áreas de Preservação

Permanente – APP; • Instrução Normativa IBAMA N° 05/09: Ato Declaratório Ambiental (ADA) • NR-6: Equipamentos de proteção individual - EPI; • NR-7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO; • NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; • NR-11: Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais; • NR-12: Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos; • NR-15: Atividades e operações insalubres; • NR-16: Atividades e operações perigosas; • NR-17: Ergonomia; • NR-20: Transporte e armazenamento de líquidos combustíveis; • NR-21: Segurança e saúde em trabalhos a céu aberto; • NR-31: Segurança e Saúde do Trabalho da Agricultura, Silvicultura, Exploração

florestal e Aquicultura; • Instrução Normativa MPS/SRP Nº 3, de 14/07/2005. • Instrução Normativa RFB Nº 971/09: tributação previdenciária e arrecadação das

contribuições. • IN IBAMA nº 05/2009; • IN IBAMA nº 31/2009; • IN IBAMA nº 93/06; • IN IBAMA Nº 101/2006; • IN IBAMA nº 112/2006; • IN IBAMA nº 134/06; • IN IBAMA nº 187/08; • IN MMA Nº 06/2006;

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• IN MMA Nº 06/2008; • IN MMA Nº 01/2010; • IN INCRA Nº 44/2008; • Portaria IBAMA 84/96; • Portaria MMA Nº 253/2006.

Marco Regulatório Pertinente em Níveis Estaduais e Locais

• Decreto 5.975/06; • Decreto 6.321/2007; • Resolução CONAMA 406/2009; • Resolução CONAMA 411/2009; • Portaria/MMA 253/06; • IN MMA 04/06; • IN MMA 05/06; • IN MMA 06/06; • IN IBAMA 93/06; • IN IBAMA 112/06; • IN IBAMA 134/06; • IN IBAMA 187/08; • IN SEMA 22/09; • IN 05 de 11 de dezembro de 2006; • IN 07 de 22 de agosto de 2003.

Descrição do Contexto Regulatório

Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/12) – Áreas de Preservação Permanente (APP), Reserva Legal (RL), reposição florestal obrigatória;

Lei 4.947/66 – Normas de Direito Agrário, dispõe sobre o Sistema de Organização e Funcionamento do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária e dá outras providências;

Lei Federal 5.197/67 (Lei de Fauna): proporciona medidas de proteção e o protecionismo à fauna, eliminando a caça profissional e o comércio deliberado de espécies da fauna brasileira ;

Lei 5.868/72 - Sistema Nacional de Cadastro Rural e Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR);

Lei 5.889/73 – Trabalho Rural – regula relações de trabalho rural;

Lei 6.015/73 – Geo-referenciamento de imóveis rurais;

Lei 6.019/74 – Dispõe sobre as condições a serem abordadas nos contratos de trabalho temporário;

Lei 6.496/77 – Institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica – ART” na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional; e dá outras providências.

Lei 6.739/79 - Dispõe sobre a Matrícula e o Registro de Imóveis Rurais

Lei 6.938/81: estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental;

Lei 7.754/89 – política agrícola – Preservação Permanente;

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Lei 7.802/89 (regulamentada pelo Decr. Federal 4.074/02) – Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências;

Lei 8.036/90 - trata da obrigatoriedade do recolhimento para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Lei Federal 9.393/96 e Instrução Normativa IBAMA 05/2009 – dispõem sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR - e declaração indispensável ao reconhecimento das áreas de preservação permanente e de utilização limitada para fins de apuração do ITR (Ato Declaratório Ambiental);

Lei 9.601/98 – Dispõe sobre as condições para realizar contrato de trabalho por prazo determinado;

Lei 9.605/98 (regulamentada pelo Decreto 6.514/08) – Lei de crimes ambientais - dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências;

A Lei 9.985/2000: estabelece o sistema nacional de unidades de conservação (SNUC), através do qual define os diversos tipos de unidades, com o propósito final de promover a conservação in-situ da diversidade biológica em longo prazo;

Decreto-Lei 5.452/43 – CLT: Trabalho Infantil (Proibição do trabalho infantil) – Considera-se menor o trabalhador de quatorze até dezoito anos;

Lei 5.868/72: Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR) (reg. Decr. 5.570/05).

Lei 10.406/02 – Institui o Código Civil;

Lei 11.428/06 (regulamentado pelo Decreto 6.660/08) – Lei da Mata Atlântica. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma e impõem critérios e restrições de uso, diferenciados para os remanescentes de vegetação nativa, considerando a vegetação primária e os estágios secundário inicial, médio e avançado de regeneração;

Lei 5.889/73 – Trabalhador Rural – Cria o contrato de trabalhador rural por pequeno prazo; estabelece normas transitórias sobre a aposentadoria do trabalhador rural; prorroga o prazo de contratação de financiamentos rurais;

Resolução CONAMA 01/1986 - Dispõe sobre a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA.

Res. CONAMA 07/96 – restingas;

Res. CONAMA 10/93 – parâmetros básicos para análise dos estágios de sucessão na Mata Atlântica;

Resolução CONAMA 23/96 – define resíduos perigosos - Classe I; resíduos Não Inertes - Classe II; resíduos Inertes - Classe III;

Resolução CONAMA 237/97 - licenciamento ambiental requerido para atividades industriais, agrícolas, florestais, infraestrutura viária e cascalheiras.

Resolução CONAMA 275/01 – código de cores para a coleta seletiva de resíduos;

Resolução CONAMA 278/01 - Proíbe o corte de espécies ameaçadas de extinção da flora da Mata Atlântica

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Resolução CONAMA 303/02 - Preservação Permanente. (revoga a Res. CONAMA 04/85);

Resolução CONAMA 357/05– estabelecimento de carga poluidora máxima para cada classe de uso.;

Resolução CONAMA 378/06 – define os empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental nacional ou regional;

Resolução CONAMA 429/11- dispõe sobre a metodologia de recuperação de APP;

Resolução CONFEA Nº 1.025/2009 - Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências.

Decreto-Lei nº 1.146/70 - Consolida Dispositivos sobre as Contribuições Criadas pela Lei nº 2.613, de 23 de setembro de 1955, e dá outras Providências (Funrural);

Decreto nº 2.519 de 16/3/1998 - dispõe sobre a execução da Convenção sobre a Diversidade Biológica;

Decreto Nº 2.707/98 – Promulga o Acordo Internacional de Madeiras Tropicais, assinado em Genebra, em 26 de janeiro de 1994;

Decreto 3.607/00 - dispõe sobre a implementação da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES, e dá outras providências;

Decreto nº 6.321/07 - Dispõe sobre ações relativas à prevenção, monitoramento e controle de desmatamento no Bioma Amazônia;

IN IBAMA nº 05/2009 - Padroniza o modelo de Ato Declaratório Ambiental - ADA.

IN IBAMA nº 31/2009 - Dispõe sobre o registro no Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de Defesa Ambiental;

IN IBAMA nº 93/06 - Estabelece normas técnicas para apresentação de mapas e informações georreferenciadas quanto à localização de reserva legal e áreas sob manejo florestal e suas respectivas subdivisões, e dá outras providências;

IN IBAMA Nº 101/2006 - Altera a Instrução Normativa nº 93/2006;

IN IBAMA nº 112/2006 - Aperfeiçoa e informatiza os procedimentos relativos ao controle da exploração, comercialização, exportação e uso dos produtos e subprodutos florestais nativos em todo território nacional.

IN IBAMA nº 134/06 - Altera a Instrução Normativa nº 112/2006;

IN IBAMA nº 187/08 - Define procedimentos e padrões de nomenclatura e coeficientes para indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos florestais madeireiros de origem nativa, inclusive carvão vegetal;

IN RFB nº 971/2009 - Dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e as destinadas a outras entidades ou fundos, administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);

IN SRF nº 256/2002 - Dispõe sobre normas de tributação relativas ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural e dá outras providências; IN MMA nº 05/2006 – Dispõe sobre procedimentos técnicos para elaboração, apresentação, execução e avaliação técnica de Planos de Manejo Florestal Sustentável – PMFS nas florestas primitivas e suas formas de sucessão na Amazônia Legal, e dá outras providências;

IN MMA Nº 06/2006 – Dispõe sobre a reposição florestal e o consumo de matéria-prima florestal, e dá outras providências;

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IN MMA Nº 06/2008 – Dispõe sobre a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção e da Lista de Espécies da Flora Brasileira com Deficiência de Dados;

IN MMA Nº 01/2010 – Publica as listas das espécies incluídas nos Anexos I, II e III da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES;

IN INCRA Nº 44/2008 – Estabelece diretrizes para recadastramento de imóveis rurais de que trata o Decreto nº 6.321/07;

NR-7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

NR-6: sobre equipamentos de proteção individual (EPI)

NR-9: trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

NR-11: Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, com forte enfoque no aspecto da segurança.

NR-12: Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos

NR-15: Atividades e operações insalubres.

NR-16: Atividades e operações perigosas.

NR-17: Estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

NR-20: trata de normas para transporte e armazenamento de líquidos combustíveis

NR-21: trata das questões de segurança e saúde em trabalhos a céu aberto

NR-31: aborda questões de Segurança e Saúde do Trabalho da Agricultura, Silvicultura, Exploração florestal e Aquicultura.

Portaria IBAMA 84/96: dispõe sobre a classificação, estudo de conformidade, avaliação do risco ambiental, divulgação, monitoramento, registro e fiscalização de agrotóxicos;

Portaria MMA Nº 253/2006 – Institui, no âmbito do IBAMA, o Documento de Origem Florestal – DOF em substituição à Autorização para Transporte de Produtos Florestais – ATPF.

Decreto 5.975/06 (Plano de manejo sustentável, POAs, supressão de florestas, utilização de matéria prima florestal, obrigação à reposição florestal, licença para transporte de produtos e subprodutos de origem nativa e publicidade das informações);

Decreto 6.321/2007 (Prevenção, monitoramento e controle de desmatamento no Bioma Amazônico);

Resolução CONAMA 406/2009 (parâmetros técnicos a serem adotados na elaboração, apresentação, avaliação técnica e execução de Plano de Manejo Florestal Sustentável- PMFS e POAs com fins madeireiros, para florestas nativas e suas formas de sucessão no bioma Amazônia);

Resolução CONAMA 411/2009 (procedimentos para inspeção de indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos florestais madeireiros de origem nativa, bem como os respectivos padrões de nomenclatura e coeficientes de rendimento volumétricos, inclusive carvão vegetal e resíduos de serraria);

Portaria/MMA 253/06 (Obrigatoriedade do uso do Documento de Origem Florestal – DOF)

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IN MMA 04/06 (Dispõe sobre a Autorização Prévia à Análise Técnica de Plano de Manejo Florestal Sustentável – APAT);

IN MMA 05/06 (espécies ameaçadas);

IN MMA 06/06 (Reposição Florestal);

IN IBAMA 93/06 (Planos de Manejo Florestal Sustentável e as solicitações de autorização para uso alternativo do solo);

IN IBAMA 112/06 - (Documento de Origem Florestal - DOF);

IN IBAMA 134/06 - (altera a IN 112);

IN IBAMA 187/08 - (Procedimentos e padrões de nomenclatura e coeficientes para indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos florestais madeireiros de origem nativa);

IN SEMA 22/09 (Atualização Anual do Cadastro no CEPROF/SISFLORA);

IN 05 de 11 de dezembro de 2006 (Dispõe sobre procedimentos técnicos para elaboração, apresentação, execução e avaliação técnica de Planos de Manejo Florestal Sustentável – PMFSs - nas florestas primitivas e suas formas de sucessão na Amazônia Legal);

IN 07 de 22 de agosto de 2003 (Manejo sustentável do Mogno).

2.1.2 Contexto Ambiental

Salvaguardas ambientais: A empresa possui medidas para proteção contra fogo, conflitos e também para proteção da fauna silvestre e áreas de preservação permanente. Estratégia de manejo para a identificação e proteção de espécies raras, ameaçadas e em perigo e de seu habitat: A empresa realiza inventário florestal 100% de todas as áreas a serem exploradas, quando são identificadas as espécies presentes na UMF, bem como as espécies raras, ameaças ou em perigo de extinção. Assim, após a identificação das espécies conduzida no inventário pré-corte, todas as espécies com pouca participação na estrutura da floresta (espécies raras), espécies com pouco ou nenhum interesse comercial, espécies protegidas por lei e, no mínimo, 10 % das árvores das árvores de espécies de interesse comercial, de boa qualidade de fuste e dentro dos intervalos diamétricos pré-definidos para corte serão mantidos como remanescentes.

2.1.3 Contexto Socioeconômico

A empresa atua nos Municípios de Laranjal do Jari (AP), Vitória do Jari (AP), Almeirim (PA) e no distrito Monte Dourado (PA). Laranjal do Jari e Vitória do Jari são considerados os núcleos habitacionais mais influenciados pelos efeitos de implantação e desenvolvimento da região.

A região onde está inserido o empreendimento caracteriza-se por uma qualidade de vida em nível médio de desenvolvimento, e com uma expressiva população rural. A maior concentração urbana está em Laranjal do Jari, com pouco mais de 37 mil habitantes. As condições socioeconômicas da população estão um pouco abaixo da média brasileira em 2010 (IDH de 0,69). Desse grupo de municípios, o maior IDH municipal é de Laranjal do Jari (0,665), conforme demonstrado no quadro abaixo.

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As principais atividades econômicas da região são: criação de gado bubalino e agricultura; fabricação de palmito de açaí, extração de óleo de castanha-do-pará e movelaria; e comércio varejista. Isso nos setores primário, secundário e terciário, respectivamente.

O quadro a seguir apresenta as características socioeconômicas dos municípios onde a Jari Florestal S.A. está inserida.

Municípios População Urbana População Rural IDH-m PIB per capita a preços correntes – 2011

Laranjal do Jari 37.904 2.038 0,665 9.862,99 reais Vitória do Jari 10.302 2.126 0,619 9.605,43 reais Almeirim 19.965 13.649 0,642 13.069,89 reais Fonte: www.pnud.org.br, sobre dados de 2010.

2.1.4 Uso, Propriedade e Posse da Terra

A empresa possui documentação legal de propriedade das terras sob escopo de certificação, de fé pública, tanto para as áreas no estado do Pará, quanto no estado do Amapá. Essa documentação está em nome da empresa Jari Celulose S.A., pertencente ao Grupo Jari, e a área foi cedida por meio de contrato para uso da terra à Jari Florestal para o desenvolvimento do manejo florestal. A documentação contempla: • Título de Reconhecimento de Domínio, emitido pelo Governo do Estado do Pará ou do Amapá; • Certidão de Legitimidade e Autenticidade do Título, emitida pelo Governo do Estado do Pará ou do Amapá; • Certidão de Inteiro teor de Registro de Imóveis; • Memorial Descritivo e, • Relatório Técnico (Planta do Imóvel) e Geoprocessamento da área. A legitimidade dessa documentação foi verificada através de consultas aos órgãos competentes. Durante o processo de consulta pública foram levantadas dúvidas com relação à sobreposição de áreas da empresa com áreas públicas (Flota do Paru II) no Estado do Pará. Foram confrontadas as informações públicas dessas áreas, mais especificamente da Gleba Parú II, foco da afirmação, com o “shape” da área do Grupo Jari. Foi constatado que as áreas da empresa, localizadas na Gleba Parú II, não sobrepõem as florestas públicas (Flota Parú) dessa Gleba, como mostra o mapa apresentado no Item 3.3.1 deste documento. Essas informações são confirmadas pelo Instituto de Terras do Pará e condiz com o banco de dados do órgão, que indicam não haver qualquer sobreposição de áreas do Grupo Jarí sobre florestas públicas.

2.2 Plano de Manejo Florestal Objetivos do manejo: O Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) tem o objetivo de extrair os recursos florestais de forma racional, utilizando sistemas de exploração de baixo impacto com responsabilidade socioambiental, adequação ao equilíbrio ecológico e eficiência econômica. Objetivos Técnicos e Ambientais - Garantir a sustentabilidade e a perpetuidade da produção ao longo dos ciclos de corte com a máxima

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eficiência, eficácia e segurança; - Melhorar e aumentar a capacidade produtiva do ecossistema florestal; - Efetuar uma operação de baixo impacto ambiental; - Aproveitar o resíduo gerado pelo abate das árvores selecionadas para corte e aproveitar o resíduo florestal oriundo da abertura de estradas e pátios; - Desenvolver o manejo de produtos florestais não-madeireiros junto às comunidades; - Atualizar periodicamente os procedimentos operacionais de acordo com os avanços técnicos e tecnológicos, as mudanças na legislação, a experiência e as pesquisas. Objetivos Econômicos - Gerar matéria-prima para abastecimento da unidade de beneficiamento de madeira, com baixo custo; - Valorizar o ativo florestal do Grupo na região do Jari, assegurando sua perpetuidade. Composição da Floresta e a Razões para a Seleção de Espécies: A UMF é dominada pela Floresta Ombrófila Densa, onde há dominância de árvores de 25 m a 50 m de altura e a diversidade de espécies é significativa. Nesta formação, estão incluídas as duas formações florestais regionalmente conhecidas como Matas de Várzea (periodicamente inundadas) e Matas de Igapó (permanentemente inundadas). A vegetação com influência fluvial reflete os efeitos das cheias dos rios nas épocas chuvosas ou das depressões alagáveis todos os anos. Quanto à fauna, através de levantamentos bibliográficos e de campo, foi observado nos registros da empresa a presença de 215 espécies de aves, 38 de mamíferos, 33 de répteis e 6 de anfíbios. A seleção das espécies para colheita atende à legislação, neste caso a IN Nº 5, de 11/12/2006, e Resolução Nº 406, de 02/02/2010 – CONAMA, IN Nº05/2011, de 19/05/2011-SEMA e também ocorre de acordo com as necessidades da empresa. Os critérios de seleção de espécies são aplicados a cada UPA em função de sua área efetiva. Descrição Geral e Sistema(s) de Manejo da Terra: O manejo florestal envolve o planejamento do uso dos recursos florestais, buscando uma produção contínua, sem deteriorar os demais recursos e benefícios envolvidos. O sistema de manejo consiste na realização de atividades pré e pós-exploratórias, que incluem:

1 A 2 ANOS ANTES DA EXPLORAÇÃO Delimitação da Unidade de Produção Anual – UPA Delimitação das Unidades de Trabalho – blocos (1600 ha) e parcelas (10 ha) Abertura de picadas Micro zoneamento (igarapés, áreas com cipós, formações rochosas, topografia e etc.) Censo florestal (inventário 100%) - Recolhimento das informações Corte de cipós Implantação e medição das parcelas permanentes Processamento dos dados do Censo Florestal Elaboração do POA - Planejamento da Colheita Planejamento das estradas florestais Localização de cascalheiras Abertura das estradas principais e secundárias ANO DA EXPLORAÇÃO Revisão dos Procedimentos operacionais Treinamento dos colaboradores envolvidos nas operações (Manejo Florestal, impacto reduzido, certificação, Procedimentos operacionais) Construção de estradas terciárias Elaboração dos Mapas de Corte Corte e traçamento das árvores Pré Planejamento de Pátios Florestais

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Elaboração dos Mapas de Planejamento e Pátios e Trilhas de arraste Planejamento das trilhas de arraste e pátios florestais Arraste Controle da cadeia de custódia Transporte florestal (abastecimento diário do banco de dados) Colheita do resíduo florestal. 1 ANO APÓS A EXPLORAÇÃO Tratamentos silviculturais pós-colheita (quando necessários) Remedição das parcelas permanentes para avaliar crescimento Manutenção da infraestrutura permanente 2 ANOS APÓS A EXPLORAÇÃO Manutenções ocorrerão se forem necessárias 3 ANOS APÓS A EXPLORAÇÃO Remedição das parcelas permanentes para avaliar crescimento 5 ANOS APÓS A EXPLORAÇÃO Remedição das parcelas permanentes para avaliar crescimento; (posteriormente de 5 em 5 anos) 29 ANOS APÓS A EXPLORAÇÃO - 1 ANO ANTES SEGUNDO CICLO Manutenção das estradas e pátios Censo florestal 30 ANOS APÓS A EXPLORAÇÃO - SEGUNDO CICLO

Métodos de Colheita e Equipamentos usados: A derrubada e o traçamento das árvores é feito com motosserra e o arraste das toras com skidder. De acordo com a avaliação da empresa esses são os equipamentos que causam menos danos à floresta nativa no momento da extração, aliada a um bom planejamento do direcionamento de queda e das trilhas de arraste. Logo, esses são os equipamentos comumente utilizados nessa atividade. Explicação da estrutura de manejo: A Jari Florestal é uma empresa componente do Grupo Jari, que foi fundado em 2013, após o desmembramento do Grupo Orsa fundado em 2000. Atualmente, o Grupo Jari é composto pelas empresas: Jari Celulose, que realiza o manejo de plantios de eucalipto e está em reestruturação industrial para produção de celulose solúvel; Ouro Verde Amazônia; Fundação Jari, que possui foco na gestão social do grupo, e; por fim a Jari Florestal, que conduz um plano de manejo de baixo impacto na Floresta Amazônica. Recentemente, a Jari Florestal contratou uma empresa para realizar a gestão do plano de manejo florestal, denominada FRM Brasil. Segue abaixo um organograma da Jari Florestal:

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2.3 Sistema de Monitoramento Crescimento e rendimento de todos os produtos florestais colhidos: A empresa adota o sistema de monitoramento do crescimento e da regeneração natural das suas florestas manejadas, através da instalação e medição de parcelas permanentes. A empresa realiza inventário florestal 100% de todas as Unidades de Produção Anuais e determina o volume por meio de modelagem volumétrica. A base de dados utilizada para o ajuste das equações volumétricas é composta pelos volumes das árvores e seus respectivos DAP's. Dinâmica da floresta e mudanças na composição da flora e fauna: As mudanças na composição da flora são monitoradas com base nos dados de parcelas permanentes que são instaladas na UMF um ano antes das atividades de exploração. As medições das parcelas ocorrem um ano antes da exploração, um ano após a exploração, 3 anos após a exploração e a partir daí, em intervalo de 5 em 5 anos. O número de parcelas permanentes instalados pela empresa é de 1 parcela de 1 ha a cada 1.000 ha de área operacional. Para o monitoramento da fauna nas áreas de manejo, a empresa mantém um projeto em convênio com as Universidades de Lancaster e Cambridge (Inglaterra) e visa avaliar a manutenção o valor ecológico das florestas, em termos da sua diversidade de animais e dos serviços chaves desses ecossistemas taxonômicos de fauna indicadores de biodiversidade. Impactos ambientais: A empresa realizada o monitoramento dos impactos ambientais de cada atividade exploratória. As

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atividades de monitoramento são realizadas de acordo com procedimentos específicos e contemplam as seguintes operações: a) seleção e distribuição das parcelas; b) inventário florestal 100%; c) abertura de estradas e pátios florestais; d) derruba direcionada; e) traçamento, medição e marcação de toras; f) planejamento de trilhas de arraste e pátios florestais; g) arraste de toras; h) preparo e arraste de biomassa florestal; i) carregamento e transporte de madeira. Ao final de cada safra a empresa gera um relatório apresentando os resultados dos monitoramentos de impactos ambientais. Impactos sociais: A empresa possui procedimentos para levantamento de impactos sociais gerados pelas atividades operacionais do manejo florestal. Foram apresentados relatórios dos resultados e dos impactos de seus Programas e Projetos sociais, assim como uma matriz de impactos sociais com as ações estabelecidas para mitigação dos impactos negativos. O Grupo Jari criou uma Fundação, denominada Fundação Jari, responsável exclusivamente pela gestão social e desenvolvimento de projetos sociais com a comunidade local. Foi evidenciado que a Fundação Jari é bastante ativa na identificação das dificuldades sociais e no desenvolvimento de projetos que auxiliem a comunidade. Abaixo, segue a sistemática empregada pela Fundação Jari para geração de valores sociais regionais:

Custos, Produtividade e Eficiência: A empresa relacionou os custos das atividades de manejo desenvolvidas na UMF, demonstrando a viabilidade do manejo. A produtividade e eficiência são monitoradas por meio de Inventários 100% pré e pós-exploratórios.

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3. Processo de Avaliação para Certificação

3.1 Cronograma e Equipe de Avaliação

3.1.1 Itinerário e Atividades de Avaliação

Data: 24/10/2013 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas Reunião com Ministério Público do Estado do Pará – Promotoria Agrária de Santarém

• Consulta Pública

Data: 16/12/2013 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas Escritório da empresa • Reunião abertura: apresentações, atualização do cliente, revisão do

escopo da auditoria, plano de auditoria, introdução/atualização dos padrões e protocolos do FSC e da SCS e seleção final das áreas a serem inspecionadas;

• Avaliação das ações adotadas para as CARs emitidas em 2012. • Plano de manejo, mapas de uso do solo, mapas de comunidades; • Documentação do setor de segurança patrimonial; • Documentação de posse e uso da terra; • Verificação das licenças de operação - POA/AUTEF; • Verificação dos processos de conflito de uso da terra; • Entrevistas aos colaboradores administrativos; • Inspeção na Área de Destinação Final (ADF) dos resíduos.

Data: 17/12/2013 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas Escritório da empresa • Avaliação de documentação;

• Entrevista aos colaboradores da área administrativa. Fundação Jari • Verificação do Projeto Extrativismo Sustentável. Prefeitura de Almeirim • Consulta pública. Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Almeirim

• Consulta Pública.

Comunidade Morada Nova, Pimental e Repartimento

• Consulta Pública.

Associação de Coletadores de Açaí

• Consulta Pública.

Data: 18/12/2013 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas Escritório da empresa • Avaliação de documentação;

• Verificação dos Programas Sociais da Jari Florestal; • Avaliação de Impactos Sociais e Monitoramento; • Canais de diálogo com as partes interessadas.

Fundação Jari – Monte • Projetos sociais.

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Dourado Fundação Jari – Laranjal do Jari • Consulta Pública.

Comunidade Terra Santa e Subida Alta

• Consulta Pública.

UPA 07 e 08 • Entrevista com colaboradores; • Inspeção na área de vivência dos colaboradores da EPS Solução; • Verificação das atividades exploratórias: planejamento, abertura de

pátios, derrubada, arraste, transporte. • Inspeção no pátio de resíduos da UPA 07; • Verificação do Sistema de cadeia de custódia no campo; • Verificação das condições de saúde e segurança no trabalho; • Verificação do sistema de monitoramento das atividades exploratórias.

Data: 19/12/2013 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas Escritório da empresa • Verificação do planejamento e controle das atividades do manejo de

florestas tropicais; • Verificação do sistema de cadeia de custódia do manejo; • Verificação de documentação trabalhista. • Verificação dos programas de monitoramento; • Avaliação da documentação da AAVC; • Verificação dos procedimentos para proteção da FAVC; • Verificação dos monitoramentos da FAVC.

Comunidade do Braço • Consulta Pública. Comunidade Bandeira • Consulta Pública. Comunidade Bitubinha • Consulta Pública. Comunidade Monte Cião • Consulta Pública. Comunidade Gatos • Consulta Pública. Comunidade Mungubinha • Consulta Pública. Data: 20/12/2013 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas Escritório da empresa • Consolidação das constatações da auditoria;

• Apresentação dos resultados da auditoria. Data: 21/01/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas FSC BR • Reunião via Skype Data: 28/01/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas Escritório Corporativo Grupo Jari – São Paulo

• Entrevistas com o presidente, vice-presidente e setor jurídico; • Avaliação das ações da empresa relacionadas à ocupação ilegal de

áreas por terceiros; • Revisão de documentos de posse e uso da terra; • Revisão do acordo entre o grupo Jari e o governo do estado do Pará

para a regularização fundiária das áreas ocupadas por comunidades; • Revisão do acordo entre a Comissão de Combate à Violência em

Campo, ouvidoria agrária nacional, empresa, ocupantes de áreas da

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empresa, entre outros. Data: 29/01/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades / notas Escritório Corporativo Grupo Jari – São Paulo

• Entrevistas com o diretor florestal, gerente de relações institucionais e coordenador de planejamento estratégico.

Data: 18/02/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas Audiência Pública em Belém/PA

• Participação em reunião pública.

Data: 07/03/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas FSC BR • Reunião. Data: 21/03/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades/notas IDEFLOR – Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará

• Consulta Pública.

ITERPA – Instituto de Terras do Estado do Pará

• Consulta Pública.

Data: 28/05/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades / notas Escritório da empresa • Reunião abertura: apresentações, atualização do cliente, revisão do

escopo da auditoria, plano de auditoria, introdução/atualização dos padrões e protocolos do FSC e da SCS e seleção final das áreas a serem inspecionadas;

• Verificação de documentação jurídica; • Documentação do setor de segurança patrimonial.

Comunidade Vila Planalto • Consulta Pública. ITERPA, Monte Dourado • Consulta Pública, Data: 29/05/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades / notas Escritório da empresa • Verificação do sistema de coleta de lixo de Monte Dourado,

Comunidade Planalto e São Miguel que é administrado pela Jari; • Verificação da manutenção das estradas municipais, feita pela Jari; • Verificação do sistema de captação, tratamento e distribuição de água

do município, feito pela Jari no município de Monte Dourado, Comunidade Planalto e São Miguel;

• Controle de vetores (dengue malária, febre amarela, etc.) feito pela Jari no município de Monte Dourado, Comunidade Planalto e São Miguel.

Data: 30/05/2014 UMF/Local/ sítios visitados Atividades / notas Escritório da empresa • Verificação de documentos adicionais;

• Consolidação das constatações de auditoria; • Reunião de encerramento.

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3.1.2 Tempo Total Dedicado à Avaliação

A. Número de dias dedicado à avaliação do requerente: 10 B. Número de auditores participantes na avaliação: 5 C. Dias adicionais dedicados à preparação, consulta às partes interessadas e

acompanhamento pós-auditoria: 7

D. Reuniões extras (consulta pública) 5 E. Número total de homens/dia utilizado na pré-avaliação: 45* *A auditoria foi realizada em três etapas. Na primeira auditoria (dez/13) estavam presentes cinco auditores na equipe por cinco dias, totalizando 25 homens/dia. Na segunda fase (jan/14), a auditoria foi conduzida por um auditor no período de dois dias, totalizando 2 homens/dia, Na terceira etapa (mai/14) a equipe foi composta por dois auditores e essa auditoria ocorreu em mais três dias, totalizando 6 homens/dia. Também foram realizadas reuniões extras com partes interessadas. Assim, o tempo total gasto no processo de avaliação do empreendimento foi igual 45 dias.

3.1.3 Equipe de Avaliação

Nome do Auditor: Vanilda Rosângela de Souza Função do Auditor: Líder da equipe Qualificações: Engenheira florestal formada pela Universidade de São Paulo, M. Sc. ESALQ/USP e

doutora pela Universidade Federal do Paraná na área de Tecnologia de Madeira. Com mais de vinte anos de experiência profissional, tem atuado como pesquisadora, consultora e prestadora de serviços para o setor privado no Brasil. No setor florestal conduziu programas de qualidade nas atividades florestais. No setor ambiental, realizou estudos e desenvolveu programas para minimização dos impactos ambientais causados pelas atividades florestais. Participou, pela SCS, do processo de certificação FSC em pré-avaliação, certificação / re-certificação de diversas unidades de manejo florestal, envolvendo plantações florestais e florestas naturais. Além disso, participou de vários processos de certificação de cadeia de custódia FSC (região norte, sul, sudeste e centro oeste do Brasil). Atualmente é Diretora Geral da Sysflor coordenando projetos de certificação de manejo florestal no Brasil.

Nome do Auditor: Lenir Aparecida Mainardes Função do Auditor: Membro de equipe Qualifications: Graduada em Serviço Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1985),

especialização em Metodologia da Ciência Hab Magistério Superior pela Universidade Bezerra de Menezes (1997), mestrado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000) e doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005). Atualmente, é Professor Adjunto da Universidade Estadual de Ponta Grossa e Membro de corpo editorial de Emancipação (UEPG) (1519-7611). Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social Aplicado, atuando principalmente em Políticas Públicas, Trabalho e Assistência Social. Foi designada Chefe da Coordenadoria de Apoio à Gestão Municipal da Política de Assistência Social – CGM a partir de 01/04/2004. Coordenadora de Apoio à Gestão Municipal da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social. Conselheira do Conselho Estadual de Assistência Social. Membro Titular da Comissão Intergestora Bipartite. Presidente da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil.

Nome do Auditor: Rossynara Marques Função do Auditor: Membro da equipe Qualifications: Engenheira Florestal formada pelo Instituto de Tecnologia da Amazônia, pós-

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graduada em engenharia ambiental pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Auditora Líder do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2008. Com experiência em manejo florestal na Amazônia Brasileira e em gerenciamento e acompanhamento de projetos desenvolvidos em parceria com empresas madeireiras e comunidades. Atualmente é sócia proprietária da empresa AMPLA CONSULTORIA E PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS LTDA. Trabalhou, por três anos, no The Forest Trust –TFT, preparando empresa para processos de certificação FSC, VLO e LHV de manejo florestal e cadeia de custódia e prestando consultoria em aspectos sociais em áreas de concessão florestal. Atuou por cinco anos como coordenadora do Componente Iniciativas Promissoras no âmbito do ProManejo (IBAMA), cabendo como função articular junto as diferentes esferas governamentais de Meio Ambiente ações de fomento para o manejo florestal na Amazônia e a implementação de Centros de Treinamento. Tem amplo conhecimento de manejo florestal comunitário, desenvolvidos na América Central e América Latina. Tem experiência na área de certificação florestal, tendo realizado trabalhos com o IMAFLORA (Brasil) e o Centro de Investigación y Manejo de Recursos Naturales Renováveis – CIMAR (Bolívia) e tendo atuado de 2007 a 2010 como auditora líder em processos de manejo florestal e cadeia de custódia pela Sysflor, representante da SCS no Brasil. Na área social, implantou e desenvolveu plano de manejo florestal comunitário em Unidade de Conservação no interior do estado do Pará, apoiando a realização de capacitações, adequação das técnicas de exploração de impacto reduzido para comunidades, segurança no trabalho e gestão comunitária. Trabalhou como assessora do Instituto de Desenvolvimento de Florestas do Estado do Pará - IDEFLOR, na Diretoria de Gestão de Florestas Públicas tendo como principal atribuição a elaboração e implementação de um sistema de monitoramento para as áreas sob processo de concessão florestal do Estado do Pará.

Nome do Auditor: Rodrigo Pereira Júnior Função do Auditor: Membro da equipe Qualifications: Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da

Amazônia (1995), mestrado em Botânica Tropical pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2004) e especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade da Amazônia (2006). Atualmente é Diretor Técnico do Instituto Natureza Amazônia. Tem experiência e atua, principalmente, nos seguintes temas: segurança do trabalho, manejo de florestas (nativas e plantadas), exploração de impacto reduzido, economia florestal, botânica, fitossociologia e ecofisiologia vegetal.

Nome do Auditor: Ione Vieira dos Santos Função do Auditor: Membro da equipe Qualifications: Mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável do Programa de

Pós - Graduação Agriculturas Amazônicas, Mestrado da Universidade Federal do Pará (UFPA), Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural (NCADR) em convênio com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) - Amazônia Oriental. Graduação em Agronomia pela UFPA, Campus de Altamira. Pesquisadora associada do Laboratório Agroecológico da Transamazônica (LAET), com atuação em pesquisa, pesquisa-desenvolvimento sobre o uso e a gestão dos recursos naturais junto à agricultura familiar na Transamazônica e Baixo Xingu, Estado do Pará, Brasil.

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3.2 Avaliação do Sistema de Manejo

3.2.1 Metodologia e Estratégias Empregadas

A SCS convoca equipes multidisciplinares com conhecimentos em ciências florestais, ciências sociais, economia de recursos naturais e outras áreas relevantes para avaliar a conformidade do EMF com os padrões e políticas do FSC. Os métodos de avaliação incluem a revisão de documentos e registros, implementação da estratégia de amostragem para visitar um amplo número de áreas florestais e tipos de prescrição de colheita, observação da implementação dos planos e políticas de manejo no campo e análise das partes interessadas. No último dia de uma avaliação, os membros da equipe se reúnem para deliberar conjuntamente sobre as suas constatações. Isto envolve uma análise de todas as observações de campo relevantes, dos comentários pelas partes interessadas, e dos documentos e registros revisados.

3.2.2 Pré-avaliação

Uma pré-avaliação do EMF não foi requerida pelas normas do FSC.

Uma pré-avaliação do EMF foi realizada conforme requerida por e em concordância com as normas do FSC.

3.3 Processo de Consulta às Partes Interessadas

Processos de consulta ás partes interessadas são organizados para dar aos participantes oportunidade de fornecer comentários, de acordo com as categorias gerais de interesse, baseadas nas três câmaras do FSC, e também no Padrão FSC ou Interino da SCS, se um foi utilizado, com os objetivos de:

Solicitar informações das partes afetadas sobre os pontos fortes e fracos do manejo do EMF quanto ao padrão e sobre a natureza da interação entre a empresa e as comunidades vizinhas;

Solicitar informações se a operação de manejo florestal consultou as partes interessadas sobre a identificação de florestas com alto valor de conservação (FAVCs);

Identificação de preocupações públicas relacionadas à presença e atividades de manejo. De acordo com os protocolos da SCS, a consulta com as principais partes interessadas foi um componente integral do processo de avaliação. Consultas foram realizadas antes, durante e após a avaliação em campo, utilizando-se ferramentas como encaminhamento de carta consulta (meio eletrônico ou correio), entrevistas e pesquisas na internet sobre o manejo florestal desenvolvido pela OMF. Os grupos principais de partes interessadas relevantes para esta avaliação foram identificados com base na lista das partes interessadas identificadas pelo EMF, contatos adicionais de outras fontes (ex:, presidência do grupo regional de trabalho do FSC), partes interessadas pesquisadas para a região de atuação do manejo (via internet, via mapas, via websites: www.funai.gov.br, www.palmares.gov.br, www.incra.gov.br); partes interessadas identificadas durante a auditoria preliminar; partes interessadas identificadas em registros da empresa (mapa de comunidades), projetos sociais, etc., .- pares interessadas próximas ou confrontantes à UMF.

X

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A seguir são listados os principais grupos determinados como partes interessadas consultadas nesse processo de avaliação. Gerência e funcionários do EMF Consultores Florestais Empresas prestadoras de serviços Arrendatários Proprietários adjacentes Organizações cívicas e de interesse social, locais e regionais Órgãos Governamentais Compradores de toras colhidas nas florestas do EMF Membros e/ou representantes tribais pertinentes Membros da Iniciativa Nacional do FSC FSC Internacional Organizações ambientais e conservacionistas locais e regionais Grupos e organizações de indústrias florestais Órgãos federais, estaduais e municipais Pessoal de agências reguladoras local, estadual e federal Outros grupos relevantes

Uma notificação pública foi enviada às partes interessadas pelo menos seis semanas antes da auditoria, notificando-os sobre a auditoria e solicitando comentários.

3.3.1 Resumo dos Comentário das Partes Interessadas e Respostas dadas pela Equipe, Onde Aplicável

A tabela abaixo resume os principais comentários recebidos das partes interessadas consultadas e as respostas da equipe de avaliação. Nos casos em que o comentário levou a uma subsequente investigação durante a avaliação, são relatadas as correspondentes ações e conclusões da equipe de auditores. Comentários das Partes Interessadas

Resposta da SCS

Questões sociais Em reunião realizada em 25 de outubro de 2013, com o Ministério Público do Estado do Pará – 7ª Promotoria de Justiça de Santarém, coordenada pela titular, Dra. Ione Missae da Silva Nakamura e, com a participação de um representante da APROMOVA/Magnandes,

Para responder a essa preocupação há necessidade de um breve histórico do surgimento do “Projeto Jari”. O registro de atividades econômicas na região remonta há mais de 100 anos, mais precisamente a partir de 1882, com a chegada do Coronel José Júlio de Andrade, que se tornou rico empresário com suas atividades baseadas no extrativismo. Em 1948, o Coronel vendeu todo seu patrimônio a um grupo de comerciantes portugueses que permaneceu conduzindo o negócio dentro do mesmo sistema de produção extrativista. Em 1967, a então JARI Indústria e Comércio S/A. adquirida pelo empresário americano Daniel Keith Ludwig, que incentivado pela política de modernização do governo militar implantou o “Projeto Jari”. O projeto foi estabelecido com toda tecnologia disponível, na época, para a implantação de uma indústria

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foi expressada forte preocupação em relação ao cumprimento dos padrões e qualificação do empreendimento para a certificação FSC.

de celulose que colocaria o Brasil competindo com as grandes empresas do ramo e transformaria a região num polo econômico agroindustrial, com produção de celulose em grande escala. O projeto, instalado em uma região isolada por grandes rios, de difícil acesso, chegou a empregar aproximadamente 15 mil pessoas, na sua maioria levadas de outras regiões. Vilas foram formadas e muitas outras pessoas atraídas para a região ao vislumbrar empregabilidade Em 1982, o controle acionário passou para um grupo de empresários brasileiros liderados por Augusto Trajano de Azevedo Antunes. Apesar de apoios financeiros do BNDS, ao final dos anos 90, com o insucesso econômico, somado às fortes críticas nacionais e internacionais, o projeto encontrava-se à beira de uma insolvência. Até então, o número de funcionários era pouco mais de 4 mil, quando em 1999 foi adquirido pelo Grupo ORSA, o atual Grupo Jari. O Grupo Jari assumiu o empreendimento com o objetivo de tornar o projeto viável economicamente, a partir de importantes investimentos e inovações técnicas e reduzir os impactos ambientais e sociais gerados desde o seu início, em 1967. Para isso a empresa criou uma Fundação (a Fundação Orsa), atualmente denominada Fundação Jari, inspirada nos princípios da responsabilidade social e ambiental, que desde 2000 comprometeu-se com o desenvolvimento de pequenos projetos econômicos e sociais junto a populações locais. Todo projeto foi revisado e as mudanças necessárias para alcançar esses objetivos vêm sendo implantadas ao longo dos anos. Durante o ano de 2003 foi criada a empresa ORSA FLORESTAL LTDA, hoje Jari Florestal, pertencente ao Grupo Jari, para a qual ficou a responsabilidade de administrar todas as operações que não envolvessem a fabricação de celulose na região, como, por exemplo, o manejo de floresta nativa. A atuação da empresa se dá a partir do levantamento das necessidades e oportunidades na região e com a manutenção de uma rede de relacionamentos e parcerias estratégicas, envolvendo órgãos de governo nos níveis federal, estadual e municipal, organizações internacionais, organizações e movimentos da sociedade, empresas públicas e privadas, instituições financeiras, universidade e institutos de pesquisa e extensão. Em 2003/2004, uma equipe multidisciplinar de especialistas na área de meio ambiente foi contratada pela SCS para conduzir a avaliação do manejo desenvolvido pela então Orsa Florestal (hoje, Jari Florestal), onde foram apontados os desvios relacionados ao cumprimento do padrão e exigências de tratativas, como condição para o processo de certificação do empreendimento. E, um dos pontos levantados pela equipe foi a necessidade de implementar ações para o desenvolvimento de um processo de regularização fundiária das comunidades que ocuparam áreas do empreendimento ao longo dos anos, em administrações anteriores e que, por ter passado mais que 10 anos da sua ocupação, garantiram o direito de posse da área ocupada, de acordo com a legislação brasileira (CAR 2004-04N).

Todo processo de certificação e monitoramento do manejo florestal desenvolvido pela Jari Florestal foi baseado em extensas consultas públicas,

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envolvendo as mais diferentes partes interessadas, incluindo órgãos Públicos (federais, estaduais e municipais), lideranças comunitárias, membros das comunidades, organizações ambientais locais e regionais; organizações sociais; grupos e organizações de indústrias florestais; FSC (Internacional e/ou Iniciativa Local); representações sindicais, entre outros.

Ao longo dos anos as atividades de manejo vêm cumprindo as exigências do FSC para cumprimento do padrão, bem como implementando ações corretivas para não conformidades identificadas.

A equipe de auditores tem ciência do histórico anterior do empreendimento, entretanto, a Jari Florestal não pode ser culpada e muito menos punida pelos erros e acertos no passado do “Projeto Jari”. Se o novo empreendimento, preconizado para resolver, ou no mínimo mitigar os problemas gerados no passado e, a questão mais importante, se cumpre os padrões do FSC ele está sim qualificado para ter e manter a certificação, como o fez ao longo desses 9 anos. É importante salientar que o processo de certificação não é uma decisão única da certificadora. Ele é também o resultado do processo consultivo e participativo de uma sociedade responsável.

Partes interessadas mencionaram que os títulos de propriedade da terra, onde a empresa desenvolve o manejo florestal, são frágeis e estão sendo avaliados pelo Ministério Público. Estudos preliminares indicam lacunas na cadeia de propriedade, incluindo a sobreposição de terras com florestas públicas, cadastradas no Cadastro Nacional de Florestas Públicas.

Os auditores avaliaram toda documentação de propriedade das áreas sob escopo de certificação, tanto no estado do Pará, quanto no Amapá e verificaram que a empresa possui a documentação legal e legítima, de fé pública, contendo para cada uma delas: • Título de Reconhecimento de Domínio, emitido pelo Governo do Estado

do Pará ou do Amapá; • Certidão de Legitimidade e Autenticidade do Título, emitida pelo

Governo do Estado do Pará ou do Amapá; • Certidão de Inteiro teor de Registro de Imóveis; • Memorial Descritivo e, • Relatório Técnico (Planta do Imóvel) e Geoprocessamento da área. Em consulta ao Instituto de Terras do Estado do Pará, foi confirmada a legitimidade de toda documentação das terras. Também foi consultado o parecer técnico do ITERPA, realizado em 04/02/2013, intitulado "Análise Jurídica sobre a situação documental das terras do Projeto Jari", onde conclui a legitimidade dos documentos de posse das terras do Grupo Jari. Com relação à afirmação de que a área da empresa sobrepõe áreas públicas, os auditores realizaram uma minuciosa investigação e consulta aos órgãos competentes e base de dados públicos. Foram confrontadas as informações públicas dessas áreas, mais especificamente da Gleba Parú II, foco da afirmação, com o “shape” da área do Grupo Jari. Foi constatado que as áreas da empresa, localizadas na Gleba Parú II, não sobrepõem as florestas públicas (Flota Parú) dessa Gleba, como mostra o mapa que segue.

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Fonte: Mapa confeccionado com as informações das Glebas Estaduais, obtidas no “Site Bússola Pará” e da base cartográfica das áreas do Grupo Jari. Salienta-se que existem outras propriedades particulares entre as áreas do Grupo Jari e a Flota do Parú, não sendo possível observá-las no mapa, em função da escala. Essas informações são confirmadas pelo Instituto de Terras do Pará e condiz com o banco de dados do órgão, que indicam não haver qualquer sobreposição de áreas do Grupo Jarí sobre florestas públicas.

- Partes interessadas mencionam a necessidade de regularização fundiária na região é histórica, enfatizando que essa necessidade é reconhecida por todos como de responsabilidade do ITERPA, que, por sua vez, está avaliando fronteiras terrestres, a fim de propor uma nova distribuição fundiária no local. Há preocupação no sentido de que este fato (os levantamentos realizados para a regularização fundiária),

Quando o Grupo Jari adquiriu o “Projeto Jari”, em 1999, uma de suas metas era o processo de regularização fundiária das comunidades antigas, instaladas na área de atuação do Projeto em empreendimentos anteriores.. As primeiras ações foram tomadas com a demanda do processo de certificação do empreendimento, em 2004, quando foi demandado um plano para regularização dessas áreas. Em 2004 a empresa elaborou e deu início à implantação do “Plano de Regularização das Áreas das Comunidades”. Em 2006, conforme relatos do relatório da auditoria de monitoramento, realizada de 23 a 27 de outubro de 2006, o processo de regularização que a empresa vinha fazendo foi considerado irregular pelo ITERPA, órgão executor da política agrária do Estado do Pará. A Jari Florestal (na época, Orsa Florestal) suspendeu as ações de regularização e no mesmo ano firmou um Termo de Compromisso com o Governo do Estado do Pará (Instituto de Terras do Pará – ITERPA) e a Secretaria Especial de Estado de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável do Pará (SEINFRA) para a realização desse processo de regularização fundiária. Os trabalhos do ITERPA foram iniciados e interrompidos por 3 vezes. Nesse interim, novas ocupações foram detectadas pela Jari Florestal, tendo sido realizadas tentativas de resolução através de diálogo e negociação, conforme o procedimento adotado para tratamento de ações ilegais na

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no entanto, não resolve o conflito, devido à falta de prazo para o ITERPA concluir seus trabalhos. - O Ministério Público do Estado do Pará – 7ª Promotoria de Justiça de Santarém, baseado em resultado do estudo realizado pelo GTI/MP (Grupo de Trabalho Interdisciplinar do MP) na região, aponta a existência de conflitos fundiários na gestão do manejo realizado pela Jari Florestal. Evidenciadas preocupações relacionadas à ação de um grupo de pessoas que invadiram recentemente as áreas da empresa, prejudicando o andamento dos trabalhos de regularização fundiária4. - Há preocupação por parte das comunidades que vivem nas áreas de atuação do Grupo Jari, em relação à finalização do processo de regularização fundiária Segundo elas, esse

Unidade de Manejo, denominado “Instrução de Trabalho de Fiscalização Fundiária”, conforme registros mantidos pela empresa e apresentados aos auditores. 3Para os casos onde o ocupante se recusou a deixar a área recém-ocupada, a Jari Florestal buscou meios legais para a reintegração de suas terras. Os processos tramitados e julgados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará foram reintegrados às áreas de manejo da empresa. Cita-se como exemplo, as liminares cumpridas em 2010, dos processos número 004.2010.1.000313-3 (ocupação ocorrida em 2007); 004.2006.1.000211-1, 004.2008.1.000808-5 (ocupações ocorridas em 2008); 004.2008.1.000525-4 (ocupação ocorrida em 2010) e as liminares cumpridas em 2011 dos processos número 105.05.2008.8.03.0012-VCVJ e 004.2006.1.000196-5 (ocupação ocorrida em 2008). A equipe de auditores entrevistou Associações, Cooperativas, Sindicatos, líderes comunitários, mais de 40 moradores de diversas comunidades, e várias outras pessoas e entidades locais. A maioria afirmou haver uma convivência pacífica com o empreendimento florestal e que alguns confrontos houveram sim em áreas que estão sendo invadidas por pessoas que moram na cidade de Laranjal do Jari. As comunidades também mencionaram que foram entrevistadas por técnicos do GTI/MP, acompanhados de um representante da Prefeitura de Almeirim, o Sr, Magnandes da Costa Cardoso e, que esses mesmos relatos que estavam dando aos auditores, haviam sido dados aos técnicos do GTI/MP e que gravaram todas as entrevistas. Foi verificado que no início de 2013 o ITERPA retomou os trabalhos de levantamento das áreas ocupadas pelas comunidades antigas, dando sequência ao processo de regularização fundiária. Entretanto, segundo relatos das partes interessadas entrevistas, com o reinício desses trabalhos culminou-se várias novas ocupações ou reocupações de áreas que já haviam sido reintegradas à empresa e até mesmo demarcações de áreas para ocupação. De acordo com os depoimentos, essas novas ocupações estão sendo instigadas por atores externos e locais que pretendem se beneficiar do processo de regularização fundiária, requerendo 70 mil hectares de áreas de propriedade do Grupo Jari. Depoimentos enfatizaram que esses atores estão tentando gerar um conflito na região, colocando pessoas para invadirem as áreas da empresa. Conforme relatos e documentos apresentados, para evitar que os trabalhos de levantamento das áreas para a regularização fundiária fosse interrompido novamente, o ITERPA firmou, em 3 de maio de 2013, um acordo com a empresa e o representante, das pessoas que ocuparam novas áreas, nas regiões Estrada Nova, Terra Santa, Morada Nova e Subida Alta, o Sr. Magnandes da Costa Cardoso. No acordo a empresa se comprometeu a respeitar os limites de ocupação dessas pessoas e também não realizar os processos de reintegração de posse em andamento. Em contrapartida essas pessoas, denominadas no acordo de comunidades, não deveriam avançar os limites das ocupações e ambas as partes deveria respeitar o direito de

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processo foi iniciado em 2004 e ainda não foi finalizado.

passagem. Durante a última auditoria, realizada em maio de 2014, os auditores verificaram que o ITERPA já havia entregue vários certificados de ocupação legítima, à vários comunitários. Este certificando legitima a ocupação da área, de acordo com o laudo técnico de vistoria no local, habilitando o detentor do direito legal de posse a requerer o título definitivo de propriedade das ditas terras, conforme Artigo 10 do Decreto Lei no. 57, de 22 de agosto de 1969. Em entrevista com a coordenadora dos trabalhos foi informado que mais de 240 certificados de ocupação legítima já foram entregues às pessoas de direito. Se todos os atores envolvidos no acordo firmado com o ITERPA cumprirem a sua parte, os trabalhos de levantamento para regularização das áreas ocupadas no passado será finalizado brevemente. “...a quarta campanha ainda em curso pelo ITERPA chegou num ponto nunca alcançado. O instituto já conseguiu delimitar com precisão muitas das ocupações de fato e a sua locação no espaço maior. Esse avanço foi conseguido através de minuciosas e sucessivas campanhas de vistorias no local, incluindo consulta aos moradores, que puderam acompanhar o serviço e se manifestar sobre a sua fidelidade às informações disponíveis.” (http://www.oestadonet.com.br/index.php/regional/item/4242-conflito-no-jari-pode-se-agravar)

- O Ministério Público do Estado do Pará – 7ª Promotoria de Justiça de Santarém, baseado em resultado do estudo realizado pelo GTI (Grupo de Trabalho Interdisciplinar do MP) na região, aponta a existência de conflitos fundiários na gestão do manejo realizado pela Jari Florestal. - Evidenciadas preocupações

A equipe de auditores investigou exaustivamente a preocupação pública. No que diz respeito à documentação de posse e uso da terra, a empresa possui toda documentação legal, de fé pública e com parecer técnico de legitimidade das áreas sob escopo de certificação. Em relação à comunidade que ocupa áreas há décadas, a equipe de auditores entrevistou Associações, Cooperativas, Sindicatos, líderes comunitários, mais de 40 moradores de diversas comunidades, e várias outras pessoas e entidades locais. E, a grande maioria relatou a existência de uma convivência pacífica entre comunidades locais e o empreendimento florestal. Entretanto, as intervenções de atores externos às comunidades vêm gerando conflitos dentro de famílias, entre comunidades e fomentando a discórdia de algumas pessoas recém-chegadas na região com a empresa. Nas entrevistas realizadas pelos auditores foi verificada a grande preocupação das comunidades locais, frente ao movimento que esse grupo de pessoas vinha articulando e implantando na região. Isso pôde ser evidenciado e acompanhado pelos comunitários e toda sociedade regional, através das primeiras audiências públicas realizadas no município de Almeirim e em Belém.

A avaliação dos registros da empresa evidenciou que no último ano, houve um aumento significativo de ocupações ilegais de áreas da empresa, instigadas por atores locais e externos, diante das notícias da retomada do processo de regularização fundiária das áreas das comunidades que ali vivem há décadas. Essa investida na ocupação de áreas vem dificultando o

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relacionadas à ação de um grupo de pessoas que invadiram recentemente as áreas da empresa, prejudicando o andamento dos trabalhos de regularização fundiária. - Há uma grande preocupação por parte das comunidades locais com relação à desordem que um grupo de pessoas vem causando na região. “...Eles estão sendo apoiados por algumas organizações, e têm a intenção de se beneficiar do processo de regularização fundiária que vem sendo realizado pelo ITERPA”. Este “grupo”, composto por interventores externos e por atores locais, e que até se apresentam como representantes comunitários, está interessado em tomar florestas da empresa para desmatamento e venda da madeira. O representante deste “grupo” está trazendo pessoas de outras regiões do estado para invadir as áreas da empresa e está instigando disputas com ocupantes antigos, e até mesmo causando intrigas dentro de algumas famílias. “O que a empresa está fazendo para impedir que esse “grupo”

controle e a gestão das áreas pelo Grupo Jari e o processo de regularização fundiária pelo ITERPA. Visando não prejudicar o andamento dos trabalhos de regularização fundiária, foi firmado em 3 de maio de 2013 um acordo informal (registrado em ata) entre o Grupo Jari, Ouvidoria Agrária Nacional, Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo e “representantes” das comunidades Estrada Nova, Terra Santa, Morada Nova e Subida Alta, onde a empresa se comprometeria em não ajuizar mais ações de reintegração de posse das áreas invadidas e os ocupantes não aumentariam a extensão das áreas ocupadas, até que o ITERPA finalizasse o processo de levantamento de campo.

Nas visitas a campo os auditores verificaram queimadas de floresta nativa e aumento das áreas de ocupação nas regiões de Estrada Nova, Terra Santa, Morada Nova e Subida Alta, confirmando a preocupação pública. Foi emitida uma ação corretiva maior (CAR maior 2013-2) para o estabelecimento de mecanismos que garantam o cumprimento de ambas as partes (empresa e ocupantes das áreas) do Acordo estabelecido com o ITERPA e ocupantes, na 460ª reunião da Comissão Nacional de Ouvidoria Agrária Nacional, Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo e Ouvidoria Agrária Nacional, empresa e ocupantes das áreas.

A Jari Florestal passou então a monitorar a ação dos novos ocupantes e re-ocupantes através de imagens de satélite. Toda expansão das novas áreas de ocupação e reocupação quantificadas, documentadas e informadas a Ouvidoria Agrária Nacional. Os crimes ambientais causados por esses ocupantes passaram a ser relatados e notificados, através de ofícios, reuniões e/ou e-mails, às autoridades Policiais do Pará, ITERPA e à Secretaria de Meio Ambiente do Pará – SECTAM. Na auditoria realizada em maio, a empresa apresentou um relatório contendo todas as informações e imagens dos avanços dessas ocupações e reocupações que ocorreram em 2013 e 2014. Também foi verificada a notificação oficial, realizada pela Ouvidoria Agrária Nacional, ao representante dos ocupantes e re-ocupantes dessas áreas. “...segundo Otoniel Santos (presidente do STTR), o sindicato vem recebendo muitas denúncias do envolvimento de pessoas e ONGs externas, que se apresentam como líderes sociais ou apoiadores das comunidades, mas que já é de conhecimento de conhecimento público, a existência de contratos firmados entre essas supostas lideranças com empresas do setor madeireiro do Estado do Pará, onde constam compromissos de venda antecipada de madeira, sob valores muito abaixo dos recomendados por lei e praticados pelo mercado legal, associando a esses contratos o nome de mais de 800 agricultores e extrativistas da região, sendo que a maioria desses sequer foi consultada...” (Tribuna Regional – Almeirim (PA) e Vale do Jari (AP), 30 de junho de 2014). Em entrevista com o dono do grupo foi declarado que reconhecem a grande responsabilidade do projeto em termos sociais e por isso estão empenhados em implementar novas tecnologias e injetando recursos para que

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continue invadindo áreas, desmatando e causando desordem na região?”

novamente não haja um insucesso – cujo impacto social é imensurável. O empresário transparece sua indignação em relação à irresponsabilidade de movimentos contrários ao sucesso do projeto, dada ao caos social que um insucesso do projeto poderá gerar na região.

Expressada, em reunião realizada em 25 de outubro de 2013, a preocupação do Ministério Público Agrário do Estado do Pará – Promotoria Agrária de Santarém em relação aos maus tratos que a empresa vem adotando em processo de reintegração de posse, com destruição de casas e plantações.

A equipe de auditores entrevistou Associações, Cooperativas, Sindicatos, líderes comunitários e posseiros, mais de 40 moradores de diversas comunidades, várias outras pessoas, entidades locais e a própria empresa. A maioria dos relatos reforça a existência de uma convivência pacífica entre comunidades locais e o empreendimento florestal. Adicionalmente, foi verificado que os vigilantes são treinados com base na Instrução de Trabalho de Fiscalização Fundiária (IT 011), que descreve no item 22.5 que em todas as situações que envolvam conflitos de terra deve-se evitar o confronto entre as partes e atender as leis vigentes no país. Em entrevista aos vigilantes, as práticas descritas na Instrução Técnica foram confirmadas. Porém, em alguns casos houve relato de atuação “abusiva”, por parte da empresa, durante o processo de reintegração de posse, como, por exemplo, a retirada de acampamentos (estruturas de madeira, de lona, entre outros) das áreas recém ocupadas ou de reocupação, antes do acordo firmado com o ITERPA e os ocupantes, na . Há o entendimento, que as reintegrações judiciais de posse, autorizam liminarmente a empresa a retirar as estruturas como os "taipiris" e acampamentos de lona, montadas pelos invasores. São estruturas montadas geralmente para permanência na área durante o corte raso e queimada da floresta. Essas evidências são levadas ao Judiciário, com fotografias recentes e localização precisa, no processo de instrução das ações, onde a justiça, costuma autorizar liminarmente o seu desmanche, especialmente quando se trata posse nova (inferior a um ano).

Partes interessadas relatam que a preservação da área através da expulsão dos invasores é entendido pela empresa como uma obrigação legal e uma obrigação decorrente do processo de certificação, e é, portanto, uma prática legítima e necessária. De acordo com essas partes interessadas, a empresa

A legislação brasileira (Código Florestal - Lei 12.651 de 25 de maio de 2012) reza que responsabilidade de preservar as áreas de conservação é do proprietário e quem não o fizer está exposto à sansões. A JARI se obriga contratualmente por delegação de poder que lhe é imputado pelo Estado do Pará (ITERPA/SEMA) e IBAMA, o dever e a obrigação de preservação e manutenção de suas florestas. Portanto, o Grupo Jari não pode permitir atividades ilegais dentro de suas propriedades em caso de invasão, a empresa busca uma resolução amigável. Casos onde não há resolução, cabe á justiça avaliar e julgar (Art 150 do Código Penal, Decreto Lei 2848/40). Vale salientar que além de infringirem o Código Penal, esses ocupantes ilegais estão infringindo também a Lei de Crimes Ambientais – Lei 9605/98.

Com relação ao cumprimento do acordo firmado entre ITERPA, empresa e ocupantes das áreas, a apresentou aos auditores várias Certidões emitidas

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alega possuir documentação atualizada e completa sobre os processos de reintegração de posse e não manifestou qualquer intenção de ceder à pressão que não é legal, e / ou construída em comum acordo e com a intermediação do ITERPA.

pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, justificando o não cumprimento das sentenças de Reintegração de Posse de áreas ao requerente Jari Celulose devido á apresentação de cópia do acordo, onde a empresa se comprometeu a não levar em frente essas reintegração antes da finalização dos trabalhos do ITERPA. Citamos como exemplos Certidões emitidas em 18/10/2013, referentes as processos no. 0001492-342012.8.14.0004; no. 0001412-25.2012.8.14.0004; no. 0001493-19.2012.8.14.0004 entre outros.

Os auditores também verificaram que no período entre maio e novembro de 2013 (pós acordo), houveram 45 novas ocupações ou reocupações de áreas por parte de moradores da cidade de Laranjal do Jari, conforme registros da empresa. Foram registrados boletins de ocorrência e essas áreas estão sendo monitoradas por imagens de satélite.

É incabível a uma pessoa física ou jurídica, organismos, de uma maneira geral, ou um cidadão ceder a uma pressão ilegal. Legislação é feita para ser cumprida por todos. Se um empreendimento florestal ceder à pressões ilegais, ele está desqualificado para uma certificação FSC®.

Partes interessadas relataram preocupações no sentido de que as ações de reintegração de posse conquistadas pela empresa nos últimos anos estão sendo avaliados quanto à sua validade jurídica, uma vez que foram julgados sem defesa das partes da comunidade e em uma jurisdição ilegítima;

A equipe de auditores verificou exaustivamente a documentação dos processos de reintegração de posse. Entrevistou representantes da Polícia Civil local e do setor jurídico da empresa Jari. Foi evidenciado que todas as decisões judiciais (LIMINARES), ordens judiciais preliminares ou sentenças definitivas, tiveram suas fases judiciais amplamente discutidas e esgotadas - por ambas as partes - com audiências prévias e com estrita observância aos princípios legais do contraditório. Não apresentam características jurídicas de "conflito agrário ou fundiário", razão pela qual transitaram na Vara Agrária da sede e jurisdição da Jari Celulose. Todas as invasões foram cautelosamente julgadas pela justiça, sendo a maior parte pela Vara Agrária de Santarém, conforme autos verificados. Os registros nos autos indicam que os ocupantes foram às audiências com seus advogados, e contaram também com o apoiado da Prefeitura de Almeirim, da Fetagri ou do Sindicato Rural. Cabe ressaltar que não foi identificada a existência de nenhum processo de revisão, em esfera superior (Poder Judiciário) para as decisões tomadas pelo foro ou justiça onde tramitaram esses processos de reintegração de posse das áreas do Grupo Jari. Se os foros onde tramitaram esses processos não fossem competentes para a avaliação e decisão sobre os processos, caberia aos juízes desses foros declararem-se incompetentes para tais decisões.

Há um reconhecimento das ações realizadas pela empresa e, ao mesmo tempo, preocupações com o futuro da região, no caso de uma possível ausência do grupo Jari.

A equipe de auditores ouviu vários depoimentos similares em várias entrevistas feitas nas comunidades, evidenciando a importância da empresa para a região. O Grupo Jari, desde seu estabelecimento na região, vem fazendo a manutenção de uma malha viária de aproximadamente 8.000 km, abrangendo boa parte do Vale do Jari, como parte de seu empreendimento. Essas estradas são utilizadas por outras empresas, que estão desenvolvendo

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“...Hoje, jamais quero que a empresa saia daqui. Se ela (empresa Jari) sair vamos vender nossos gêneros pra quem?... Consertos de estradas e pontes são feitos tudo por conta da Jari! O aeroporto de Monte Dourado, usado por todos, é mantido pela Jari. Nunca houve apoio do Estado. Votei para o prefeito e nem conheço...”

novos empreendimentos na região, como, por exemplo, a construção da hidroelétrica, a mineradoras, órgãos públicos, incluindo a própria prefeitura de Almeirim e pelas comunidades. Foi verificado que o Grupo Jari, ao qual a Jari Florestal pertence, realiza serviços de cunho públicos na cidade de Monte Dourado, Vila do Planalto e na Vila São Miguel, tais como: a) coleta de lixo; b) manutenção das estradas; c) controle de vetores da dengue, malária, febre amarela, leishmaniose, etc., d) captação, tratamento e distribuição de água, e; e) rede elétrica e distribuição de energia, f) Estrutura e manutenção do aeroporto de Monte Dourado, etc. O custo total mensal e anual desses serviços é significativo, podendo causar um desbalanço no tripé social, ambiental e econômico. Foi emitida a OBS 2014-2 para que a empresa elabore e apresente um estudo de balanceamento dos custos sociais, ambientais e econômico do manejo florestal. De acordo com a alta administração da empresa, a reestruturação da fábrica de celulose para produzir o novo produto Celulose Solúvel é um dos principais indicadores de que o empreendimento é de longo prazo.. Salienta-se que a fábrica de celulose está diretamente ligada à Jari Celulose e não necessariamente à Jari Florestal, mas, de certa forma, impacta na saúde financeira do Grupo.

A empresa possuiu uma boa relação com a comunidade do Pimental. Há uma grande proximidade devido ao programa de fomento do eucalipto. “Hoje, uns 80% da comunidade planta eucalipto. Quatro agricultores já tem área no ponto de corte”.

Durante a auditoria, a equipe de auditores verificou, através de entrevistas, que a empresa possui boa relação com as comunidades, em geral, especialmente com aquelas mais antigas da região, incluindo a comunidade de Pimental.

Foi colcada a preocupação de que das 153 comunidades existentes na região, 98 são reconhecidas e mapeadas pela empresa como tradicionais, beneficiando de programas sociais e projetos da Fundação Jari, e se engajar em consultas realizadas pelo organismo de certificação. As comunidades remanescentes são

Os auditores verificaram que não existem comunidades indígenas e nem quilombolas nas áreas ou no entorno da UMF, não havendo, portanto, comunidades tradicionais na concepção do termo. Mas existem comunidades locais antigas que habitam essa região, desde a fase extrativista-comercial (20 a mais de 50 anos) e são reconhecidas e respeitadas pelo Grupo Jari, conforme relatos. Todas essas comunidades foram mapeadas pelos estudos socioambientais participativos feitos pelo Grupo Jari. De fato, o primeiro estudo realizado pelo POEMA e o CEATS considerou apenas as comunidades situadas dentro do polígono de atuação da empresa, tendo sido registradas 98 comunidades. De acordo com a empresa, esse fato não configurou, em nenhum momento, que não existissem outras comunidades no entorno. Ao contrário, a empresa reconhece que existem mais de 150 comunidades em todo o município. Estas informações foram evidenciadas nos estudos listados a seguir.

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consideradas invasores, uma vez que chegaram recentemente, ou que já tiveram a terra reinvindicada por eles considerados como de propriedade da empresa em processos de reintegração de posse legais.

- Em 2005, o Estudo da realidade socioeconômica e ambiental do Vale do Jari realizado em parceria com o POEMA- Programa Pobreza e Meio Ambiente da Universidade do Pará (UFPA), e o CEATS – Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor da Universidade de São Paulo (USP);

- Em 2010, o Diagnóstico Socioeconômico Ambiental, realizado em parceria com a ICCO – Organização Interclesiástica para o Desenvolvimento e o BOP – Innovation Center.

- Diagnostico Econômico-Ambiental do Município de Almeirim/Pará, realizado em 2010 pelo Instituto Floresta Tropical (IFT) e Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA), com apoio do Fundo Vale e da Secretaria do Meio Ambiente do Município de Almeirim, com a participação do atual secretário Magnandes da Costa Cardoso.

Os projetos sociais desenvolvidos pela Fundação Jari, visam atender as comunidades, de uma maneira geral, e não exclusivamente as 98 inseridas na área de manejo da empresa. Exemplo disso são as comunidades situadas às margens do rio Amazonas (Comunidade Arumanduba), e do rio Paru (comunidades Barreiras, Santa Rosa e Itaninga). Vale salientar que as comunidades do entorno desses mais de 900 mil hectares do Grupo Jari se beneficiam de toda estrutura gerada pela empresa, como, por exemplo, estradas, hospital, aeroporto, etc.

As negociações sindicais são realizadas com representantes da empresa que ficam lotados em São Paulo e desconhecem as necessidades locais.

Os auditores tiveram acesso às atas de reuniões sindicais. Nessas atas consta a participação do gerente de Recursos Humanos do Grupo de Monte Dourado, que fica lotado no escritório administrativo, junto à fábrica de celulose e à serraria, além de representantes corporativos da empresa, que ficam lotados o escritório corporativo, em São Paulo.

- Preocupação pública indica que a Jari Florestal tem vendido madeira em toras e, com isso, houve uma redução significativa na mão-de-obra contratada para o manejo florestal e serraria. - Partes interessadas colocaram como preocupação pública o beneficiamento da maior parte das toras da Jari em outras regiões (cerca de 70%);

Parte dessa preocupação pública se refere às atividades da serraria do Grupo Jari e não fazem parte do escopo de certificação do manejo florestal. Foi evidenciada, através de documentos fiscais e de controles internos, que a madeira produzida no manejo florestal é direcionada para a serraria do Grupo, instalada na região de Munguba, município de Almeirim. Vendas de toras para outras regiões são realizadas esporadicamente. Os auditores também verificaram que a empresa vem buscando estratégias de mercado e realizando estudos de novos produtos, visando agregar valor ao negócio e otimizar o aproveitamento da madeira colhida. Entretanto, a estrutura geral da serraria necessita ser modernizada para fabricação dos novos de produtos identificados. Como essa modernização exige investimentos significativos, num primeiro momento a empresa optou por firmar uma parceria com outra empresa para a fabricação desses produtos. A implementação dessa estratégia não alterou a produção de toras, portanto, não tem relação com reduções de quadro dos trabalhadores do manejo, objeto da avaliação. Foi avaliado o histórico do quadro de funcionários e das atividades da

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- A empresa está revisando as operações de manejo para melhoria do desempenho econômico. Também estão buscando desenvolvimento de novos produtos.

- Com a parada da fábrica de celulose, a Jari cortou planos de saúde dos funcionários. - Com a redução de mão-de-obra da serraria e a necessidade da reposição de horas de trabalho, diante a greve em maio/13, há uma sobrecarga de trabalho.

serraria que possui uma certificação de cadeia de custódia. Na serraria, observou-se que em dezembro de 2012, antes da terceirização do processamento de parte das toras, a serraria contava com 318 funcionários. Entre dezembro de 2012 e maio de 2013 esse número foi reduzido para 222 e o início da terceirização do processamento de toras se deu em junho de 2013. Em entrevista com a direção da empresa, foi relatado que esforços estão sendo direcionados para essa questão e funcionários estão sendo recontratados. Em dezembro de 2013 a serraria já contava com 255 funcionários e com 258 funcionários em maio de 2014. Os auditores emitiram uma observação (OBS 2014-3) para que a empresa considere o fomento ao processamento local da madeira no planejamento estratégico de otimização da produção, de forma a evitar possíveis impactos socioeconômicos negativos na região. A preocupação relacionada ao corte do plano de saúde dos funcionários da serraria não tem ligação com o escopo de certificação do manejo da Jari Florestal. Mesmo assim, os auditores verificaram que esse corte no plano de saúde dos funcionários da serraria foi negociado com o sindicato e está documentado em aditivo do acordo sindical.

Várias partes consultadas comentaram que a Jari Florestal tem muitos convênios com entidades de pesquisa e sociais, fortalecendo os projetos desenvolvidos na área ambiental e social. Comunitários comentaram que a fundação Jari, em parceria com o CRAS, tem capacitado filhos de colonos, colaborando para a formação desses jovens.

O programa social, desenvolvido pela Fundação Orsa, braço social do Grupo Jari, contempla projetos visando o Desenvolvimento Social, a Educação e a Qualificação para o trabalho. Estes projetos envolvem jovens e adultos, e são realizados em parceria com diversas organizações e instituições públicas e privadas, Órgãos do governo (Federal, Estadual e Municipal), Associações, Cooperativas, representações sociais, etc. Entre elas está o CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, unidade pública estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência Social (PNAS).

Cita-se como exemplo de parceiros dos projetos desenvolvidos pelo Grupo Jari e/ou a Fundação Jari: Banco do Brasil, EMATER (Pará e Amapá), IDEFLOR-PA, Prefeitura de Almeirim, STTR (Almeirim, Laranjal do Jari e Vitória do Jari), GIZ, PEMATEC TRIANGEL, Governo Federal e Estadual, EMRAPA, SEBRAE, FBB - Fundação Banco do Brasil, RURAP, IEF, SEMA, SEICOM, SDR, Prefeitura Municipal de Vitória do Jari, Prefeitura Municipal de Laranjal do Jari, ICMBIO, IFAP, CIFOR, Universidades (MG, SP, PA, etc.) entre vários outros...

Questões econômicas

Partes interessadas perguntam quais são os benefícios sociais e

A Fundação implantou e desenvolve vários programas e projetos sociais direcionados ao público das áreas urbanas dos municípios locais: formação de conselheiros e lideranças que atuam no sistema de defesa e garantia de diretos da criança e adolescente; a formação de líderes comunitários como

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econômicos para as comunidades locais gerados pela Jari?

agentes de saúde e educação ambiental; assessoria às organizações comunitárias para o desenvolvimento de projetos de incentivo à leitura, cultura, esporte e cidadania; qualificação profissional de jovens, mulheres e adultos com foco nas oportunidades do mercado de trabalho local e regional; e o fomento do empreendedorismo, à exemplo de grupos de jovens marceneiros que transformam sobras de madeira certificada em móveis e artefatos naturais e vendem para o mercado nacional e internacional; mulheres artesãs que transformam sementes e fibras naturais em biojoias; mulheres costureiras que produzem uniformes e fazem negócio com o Grupo Jarí e outras empresas que atuam na região.

Contudo, no que diz respeito ao público das comunidades rurais, por suas características peculiares de comunidades tradicionais, foi pensado em algo diferenciado, que pudesse responder, em parte, às demandas de Assistência Técnica, Crédito Rural, Organização social e produtiva, Mercado para produtos de base agroextrativista, além das demandas sociais, como educação, saúde, saneamento, habitação, etc.; apresentadas pelas comunidades durante as oficinas de diagnóstico participativo, realizadas pela equipe do CEATS e do POEMA. Novas decisões foram tomadas e criados dois programas de fomento, com gestão integrada entre o Grupo Jari e a Fundação: Um programa de ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural para as comunidades, liderado pela Fundação Jari; e um programa de Fomento Florestal de eucalipto, liderado pela Jarí Celulose, em parceria com as comunidades. Hoje, 13 anos depois, como resultado desse trabalho observa-se hortaliças e frutos sendo servidos nas mesas de refeitórios, produzidos pelas comunidades locais e não trazidos de outras regiões; o milho, o arroz, o feijão, a mandioca e a melancia, brotando em meio as fileiras de eucalipto, beneficiando-se dos investimentos feitos no solo e resultando no aumento da produtividade do solo, da diversificação da produção familiar e da renda no campo, dispensando a necessidade de conversão de novas áreas de floresta em lavoura; e finalmente, a quebra das relações de dependência de produtores extrativistas com o sistema tradicional de aviamento, pela via do empoderamento das comunidades para o acesso ao crédito (DAP e PRONAF), à Tecnologia (boas praticas e agregação de valor), e ao mercado empresarial e governamental (PAA, PNAE, PGPM Bio), conquistando independência e estabelecendo relações mais equiparadas entre produtores extrativistas e compradores de Castanha-do-Brasil.

A validade do Plano de Manejo Florestal aprovado pelo Meio Ambiente Gabinete do Estado do Pará (SEMA) está sendo contestada pelo MP que enviou uma petição, pedindo a suspensão do referido

Durante a auditoria realizada em dezembro de 2013 os auditores foram informados sobre a suspensão do plano de manejo e dos CEPROF (Sistema de Cadastro de Consumidores de Produtos Florestais) da Jari Florestal, recomendada pela 7ª Promotoria de Justiça de Santarém, de autoria da titular, Dra. Ione Missae da Silva Nakamura. Esta recomendação foi justificativa como o descumprimento pela empresa do acordo firmado com o ITERPA, onde a empresa se comprometeu a respeitar os limites de ocupação das comunidades e não realizar os processos de reintegração de posse em

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plano em Dezembro de 2013, devido a irregularidades no contrato firmado entre a empresa e o ITERPA, considerado pela SEMA, como condição para a aprovação do Plano.

andamento. Contudo, esse descumprimento não foi comprovado e a suspensão do plano de manejo florestal foi cancelada, reativando também os CEPROF. Em consulta realizada ao ITERPA e à SEMA os auditores foram informados da inexistência das irregularidades apontadas. A empresa apresentou várias certidões emitidas pelo poder judiciário, justificando o não cumprimento de Sentenças de Reintegração de Posse do requerente Jari Celulose, devido ao representante legal do empreendimento ter apresentado cópia do acordo firmado com o ITERPA, se comprometendo a não efetivar as sentenças de reintegração de posse para não atrapalhar os trabalhos do ITERPA, e em contrapartida, as áreas de ocupação não poderiam ser expandidas. O Grupo Jari cumpriu o acordo, apesar do descumprimento do acordo por parte dos ocupantes das áreas, evidenciado no relatório de monitoramento das ocupações via imagens de satélite.

Técnicos do MP e promotoria Agrária Estadual – Unidade de Santarém enfatizaram, em reunião com auditores e em audiências públicas, a proibição, pela empresa, do acesso das comunidades aos castanhais.

Investigação realizada durante a auditoria evidenciou que: 1- Em visita às Comunidades Nova Vida e Bandeira foi relatado aos auditores

que ocupantes recentes tem proibido o acesso de comunidades antigas nos castanhais da UMF, para a coleta de castanha. De acordo com essas comunidades a atividade de coleta de castanha vinha sendo realizada há mais de 30 anos. E, agora essas pessoas que se instalaram lá recentemente estão fazendo essa proibição. Foi verificado também o caso de um morador da comunidade Bandeira que há 30 anos coleta castanha em um castanhal que fica a 25 km de sua moradia e que vem tendo o mesmo problema.

Ao questionar a empresa sobre a questão, foi declarado que o empreendimento não pode interferir na situação para não descumprir o acordo firmado com o ITERPA.

2- O projeto Extrativismo Sustentável desenvolvido pela Fundação Jari,

mostra exatamente o contrário a essa relato da preocupação pública. Este projeto foi criado com o propósito de valorizar a cultura extrativista e oferecer condições para a sustentabilidade dessa atividade que é a principal marca da identidade cultural das comunidades locais, onde a coleta de castanha-do-pará, mostra-se como principal fonte de trabalho e de sobrevivência dessas comunidades.. O projeto “Extrativismo Sustentável” tem como objetivo, contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades extrativistas do Vale do Jari e geração de renda por meio das boas práticas na cadeia de valor da castanha, contemplando:

• Política de ATER –Emissão de NF, DAP, Capacitação e Assessoramento técnico;

• Política de Crédito Rural - Acesso de comunidades ao crédito rural; • Política de comercialização PNAE e Subvenção da castanha –PGPM Bio;

O Projeto conta com vários parceiros que atuam na cadeia produtiva:

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• Organização: ATER e Desenvolvimento Organizacional (GIZ e STTR); • Produção: Boas Práticas: (IDEFLOR, Prefeitura Almeirim e EMBRAPA); • Fomento: (EMATER e Banco do Brasil); • Mercado: Certificação e Comercialização (CONAB. Prefeitura Almeirim e

Ouro Verde). 3- Os acontecimentos do passado do Projeto Jari estão sendo relatados

como se fizessem parte do novo empreendimento do Grupo Jari.

Questões ambientais Os desmatamentos que estão sendo realizados pelos ocupantes, dentro da área da empresa estão sendo autorizados ilegalmente por órgão não competente. Por quê a lei não é cumprida na nossa região? Qual será o desfecho de tudo isso?

Durante a auditoria os auditores evidenciaram a existência de documentos emitidos por órgão não autorizado, para a realização de desmatamentos dentro da UMF e no chamado “Polígono das Comunidades”. Este fato é de conhecimento da empresa Jari Florestal, e configura práticas ilegais na UMF, no entanto, o fato não foi informado aos órgãos competentes para a tomada de medidas cabíveis (CAR menor 2014-1).

4. Resultados da Avaliação

O Quadro 4.1 abaixo contém as constatações da equipe de avaliação relacionadas ao cumprimento dos Princípios do manejo florestal do FSC pelo EMF, relatados como pontos fortes e fracos. Para os pontos fracos e pontos de melhorias são emitidas Ações Corretivas Requeridas (CAR) e Observações relacionadas a cada princípio.

4.1 Pontos Fortes e Fracos em Relação aos P&C do FSC. Princípio/Área Pontos Fortes Relativos aos

Padrões Pontos Fracos Relativos aos Padrões

P1: Obediência às leis e aos princípios do FSC

A empresa possui licenciamento ambiental para toda a execução do plano de manejo florestal de florestas tropicais. Foi verificado o protocolo do PMFS e do Plano Operacional Anual de 2013 (POA 08). Além disso, a empresa possui a licença para exploração, por meio da AUTEF, que está devidamente autorizada pela SEMA/PA (AUTEF 20140/2013).

(a) A Instrução de Trabalho (IT-0.011) de fiscalização da área fundiária, item 3.1 estabelece como atividade ilegal a caça e o acesso a material biológico (fauna e flora). Considerando que há comunidades no entorno/dentro do manejo, observa-se como costume a caça de subsistência e o acesso a materiais vegetais (palmeira para coberturas de estruturas rurais, madeira para construção, entre outras), não contemplando, dessa forma o direito de uso dos recursos florestais dessas

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Foi evidenciado que a legislação trabalhista está sendo cumprida pela empresa e suas EPS em sua plenitude, com comprovação dos contratos, e acordos junto aos sindicatos regionais da categoria.

comunidades. (b) Identificou-se que a empresa após

identificar uma situação de ocupação não tem critérios específicos considerando o perfil do ocupante para posterior tratamento. OBS 2013-08

Foi verificada a emissão de autorização de desmatamento, por órgão não competente, para moradores de algumas comunidades localizadas na UMF. Este fato é de conhecimento da empresa Jari, entretanto, não cabe a ela coibir a emissão de documentação ilegal por outros órgãos para essas atividades. Entretanto, os órgãos ambientais competentes não estão sendo notificados sobre essas irregularidades. CAR menor 2014-01

P2: Direitos e responsabilidades de posse e uso

Pró-atividade e apoio da empresa na questão de regularização fundiária das áreas ocupadas por comunidades antigas, tendo sido firmado em 2006 um contrato com o Instituto de Terras do Pará (ITERPA) para a realização desse processo. A empresa permite à comunidade local o uso dos recursos naturais, como coleta de castanha e açaí na UMF, e desenvolve projetos para melhoria de renda das comunidades com a coleta desses produtos florestais não-madeireiros (ex.: Projeto Extrativismo Sustentável).

Considerando a desmobilização do quadro pessoal que vem ocorrendo desde 2009 muitos controles e procedimentos entraram em desuso ou foram perdidos como é o caso dos procedimentos de gestão de conflitos. CAR menor 2013-09 Foi verificada a existência de um Acordo, realizado em 03 de maio de 2013, entre empresa, Ouvidoria Agrária Nacional e Iterpa, coordenada pela Comissão Nacional de Combate a Violência no Campo (CNCVC) mencionando que durante os trabalhos de regularização fundiária das áreas ocupadas denominadas Estrada Nova, Terra Santa, Morada Nova e Subida Alta, as partes envolvidas (empresa e ocupantes ilegais) devem respeitar os limites de ocupação dessas áreas, desde que vedada à ampliação das mesmas pelos ocupantes. Durante a auditoria verificou-se evidências de que o Acordo não vem sendo cumprido por parte dessas comunidades e que a empresa não vem quantificando ou registrando as ocorrências. CAR maior 2013-10 Foi evidenciada a ocorrência de novas invasões na Unidade de Manejo sendo gerados boletins de ocorrência (BO), e IBAMA sendo comunicado. Entretanto, o

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jurídico da empresa não está sendo acionado para os devidos os encaminhamentos. CAR maior 2013-11 Foi evidenciada a existência de mapa e documento que identifica as áreas de uso costumário de algumas comunidades. No entanto, verificou-se que os mesmos são referentes apenas às comunidades participantes dos projetos conduzidos pela Fundação Jari. CAR maior 2013-12

P3: Direitos dos povos indígenas

Nenhum. Nenhum.

P4: Relações comunitárias e direitos dos trabalhadores

Não há discriminação na contratação dos colaboradores, e grande parte deles são oriundos da região. Nas inspeções de campo foi evidenciado que os colaboradores usam os EPIs e que as condições ambientais estão adequadas à legislação. Há a existência de uma enfermeira na frente de trabalho de exploração, e de um carro de emergência, com motorista socorrista, o que viabiliza o rápido atendimento no caso de ocorrência de acidentes. Foi evidenciado que a Jari Florestal e as EPS têm acordo coletivo firmado com os sindicatos regionais e que não há restrição para a sindicalização dos colaboradores. O Grupo Jari criou uma Fundação, denominada Fundação Jari, responsável exclusivamente pela gestão social e desenvolvimento de projetos sociais com a comunidade local. Foi

A empresa desenvolve ações ambientais com vista a orientar a sensibilização das prerrogativas legais quanto ao uso dos recursos florestais (caça, pesca). Entretanto, foi evidenciado o desconhecimento pelas comunidades sobre as atividades de manejo florestal, certificação florestal e até mesmo sobre seus direitos costumários. OBS 2013-13 As práticas tradicionais de colheita de produtos florestais não madeireiros - PFNM (exemplo: coletas de sementes, frutos, cascas, e outros) pelas comunidades locais são permitidas na UMF, mas não estão descritas no PMF. OBS 2013-14 A EPS-FRM possui o número de trabalhadores que exige a constituição de CIPA, entretanto esta não foi constituída. CAR menor 2013-15 A empresa possui um manual de segurança ocupacional, entretanto, não fica evidente o envolvimento de comunidades vizinhas na participação dos treinamentos. Essa questão é tratada por meio do Programa de Agentes Socioambientais e do Programa de Educação Ambiental no procedimento de prevenção e controle de incêndio tendo como público alvo, exclusivamente, as comunidades. Há também parceria com Prefeitura. OBS 2013-16 Verificou-se que o setor social da Jari

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evidenciado que a Fundação Jari é bastante ativa na identificação das dificuldades sociais e no desenvolvimento de projetos que auxiliem a comunidade. A empresa desenvolve vários projetos sociais com a comunidade, por meio da Fundação Jari, que têm gerado melhoria educacional e na fonte de renda da população. Dentre eles: • Geração Aprendiz; • Escola da Madeira; • Canteiro Escola; • Interação Digital; • SAFs - Sistemas

Agroflorestais; • PAIS - Produção

Agroecológica Integrada e Sustentável;

• Extrativismo Sustentável; • Formação de Agentes

Socioambientais. A empresa apresentou os resultados obtidos até o momento com a realização desses projetos, o que evidenciou a importância dos engajamentos sociais feitos pela empresa para a região.

Celulose - a Fundação Jari tem desenvolvido diferentes programas sociais. Entretanto, não se evidencia a integração e direcionamento dessas ações para melhoria do desempenho social do manejo florestal e do processo de certificação florestal. CAR menor 2013-17 Com a desestruturação de alguns setores da empresa, foi evidenciado que: a) Os canais de diálogo se desarticularam.

Atualmente há diferentes canais de comunicação, seja através de e-mail, telefone, recados e visitas aos escritórios, contatos diretos com colaboradores (coordenadores operacionais, com o Gerente de Relações Institucionais, com o pessoal que faz a segurança patrimonial), contatos direto com a Fundação Jari (que desenvolve parte dos projetos sociais do Grupo Jari), etc. Entretanto, não foi evidenciado um sistema para compilação, registro, tratamento e resposta a essas informações / reclamações / demandas. O procedimento de comunicação da empresa não contempla essas questões e nem define responsáveis.

b) Há um desconhecimento por parte das comunidades e pela própria sociedade local e regional sobre as ações sociais realizadas pela empresa e sobre o manejo florestal desenvolvido. CAR menor 2013-18

P5: Benefícios da floresta

A empresa possui estratégias para melhoria econômica do empreendimento. Dentre elas, a contratação de uma empresa terceirizada para a gestão do plano de manejo, assim como, a otimização e aproveitamento, ao máximo, da madeira colhida, através da geração de novos produtos. A empresa busca o uso múltiplo da floresta e possui

Foi verificado que o Grupo Jari, ao qual a Jari Celulose pertence, realiza serviços de cunho públicos na cidade de Monte Dourado, Vila do Planalto e na Vila São Miguel, tais como: a) coleta de lixo; b) manutenção das estradas; c) controle de vetores da dengue, malária, febre amarela, leishmaniose, etc., d) captação, tratamento e distribuição de água, e; e) rede elétrica e distribuição de energia, f) Estrutura e manutenção do aeroporto de Monte Dourado, etc. O custo total mensal e anual desses serviços é significativo, podendo

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projetos de desenvolvimento social, como o Extrativismo Sustentável, que inclui a coleta de castanha e açaí na região pela comunidade. Foi verificado que alguns resíduos de madeira oriundos da extração são utilizados pela COOPNHARIN – Cooperativa de Artefatos Naturais do Rio das Castanhas, que é formada por jovens do Projeto Escola da Madeira, desenvolvido com a comunidade pela Fundação Jari. A empresa possui um projeto de carbono aprovado na área florestal localizada no estado do Amapá, denominado REDD+ Jari.

causar um desbalanço no tripé social, ambiental e econômico; não obstante, a empresa não tem conhecimento claro sobre a escala desse possível desbalanço. OBS 2014-02 Foi evidenciada a implementação de estratégias para otimização e aproveitamento, ao máximo, a madeira colhida, através da geração de novos produtos. Como a serraria do Grupo Jari não tem tecnologia para a produção desses novos produtos, uma parte do processamento da madeira foi terceirizada, sendo processada em outra região. OBS 2014-03

P6: Impacto ambiental Na seleção de árvores e espécies a serem exploradas na UPA a empresa segue critérios rigorosos que descrevem que todas as espécies com pouca participação na estrutura da floresta (espécies raras), espécies com pouco ou nenhum interesse comercial, espécies protegidas por lei e, no mínimo, 10 % das árvores das árvores de espécies de interesse comercial, de boa qualidade de fuste e dentro dos intervalos diamétricos pré-definidos para corte devem ser mantidas como remanescentes. Árvores mortas em pé são deixadas na floresta, em função de seu valor para a fauna e flora locais, sempre que não estiverem no caminho de arraste ou não oferecerem

A Empresa possui desde 2007, convênio de pesquisa de fauna firmado com a Universidade Federal de Lavras, Lancaster University e Cambrige University. As pesquisas de fauna vêm ocorrendo através de pesquisadores renomados e alunos de mestrado e doutorado. Entretanto, o relatório apresentado aos auditores não contém dados gerais das pesquisas realizadas que possam atestar a manutenção da biodiversidade nas áreas de manejo ou mostrar presença de espécies raras, endêmicas, ameaçadas ou em perigo de extinção, que possam ser alvo de monitoramentos mais específico. CAR menor 2013-19 Foi evidenciada a conversão de algumas áreas pertencentes ao escopo da certificação ocupadas recentemente (final de 2012 – início de 2013). Essa conversão ocorreu após o acordo firmado com o ITERPA que restringe a atuação da empresa na área. CAR menor 2014-04

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risco para os trabalhadores. A empresa possui convenio com instituições de pesquisa para monitoramento da fauna na UMF, com elaboração de relatório periódicos dos resultados. A empresa elabora mapas de direcionamento da derrubada da árvore, visando minimizar os impactos ambientais, facilitar o arraste e diminuir aberturas excessivas no dossel.

P7: Plano de manejo O Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) da Jari Florestal, assim como o Plano Operacional Anual (POA), contemplam as informações de todas as etapas do manejo de forma completa e descritiva. Esses documentos estão protocolados nos órgãos ambientais competentes.

Foi evidenciado na operação de arraste de toras que o Skidder utiliza apenas a garra para prender as toras, no entanto, devido às condições de topografia da área, este procedimento de arraste tem produzido impactos sobre a vegetação remanescente e no solo, inclusive deixando o solo exposto, quando o arraste acontece em encosta de morros. Além disso, a questão de segurança da atividade não está sendo considerada. CAR menor 2013-20 Foi evidenciado que os pátios de estocagem de toras da floresta não foram planejados como estrutura permanente, conforme estabelece a legislação. Estes pátios estão distribuídos em função do arraste e devido a maior concentração de árvores a serem colhidas, servindo somente para atender a exploração atual. CAR menor 2013-21

P8: Monitoramento e avaliação

Os monitoramentos de danos são feitos para cada operação desenvolvida na exploração das áreas e geram relatórios com indicadores para melhoria das operações e minimização dos impactos. A empresa possui dados de parcelas permanentes que permitem o controle do crescimento e produção das diversas espécies presentes na

A empresa apresentou uma matriz intitulada “Levantamento, gestão e monitoramento de impactos sociais”, porém não estão claros neste documento os impactos negativos e positivos, bem como as ações mitigadoras. Não foi apresentada também a metodologia de identificação, avaliação e monitoramento dos impactos. OBS 2013-22 Foi evidenciado que algumas alterações operacionais foram realizadas devido aos monitoramentos realizados e em função da

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UMF. nova gestão realizada pela EPS FRM, por exemplo, a inclusão da atividade de pré-abate. Apesar disso, essas alterações não foram realizadas no PMFS da Jari Florestal. CAR menor 2013-23

P9: Manutenção de florestas de alto valor de conservação

As medidas de proteção da FAVC de cerrado são eficazes, visto que há placas sinalizadoras e vigilantes que atuam fortemente no entorno da FAVC de forma a evitar qualquer dano aos atributos de alto valor de conservação.

A empresa possui uma FAVC limitada a uma pequena porção de uma área de cerrado pertencente à empresa. Entretanto, o cerrado abrange uma área superior que não foi delimitada pela empresa como de alto valor de conservação. OBS 2013-24 Foi evidenciado que a empresa realizou uma consulta pública em outubro de 2007, para verificar a existência de AAVC/FAVC nas áreas da UMF. Entretanto, durante processo de consulta pública da auditoria, foi relatada a possível existência de outras AAVC na UMF, logo cabe à empresa conduzir novas consultas para identificação dessas áreas. OBS 2013-25 A empresa possui uma área de cerrado que categorizou como FAVC em 2009. O monitoramento dessa área é feito por meio de registros de ocorrência de incêndios, desmatamentos e invasões. Entretanto, não foram definidos os indicadores mensuráveis para monitoramento e aferição da manutenção ou incremento dos atributos. CAR menor 2013-26

P10: Plantações Não aplicável. Não aplicável. Cadeia de Custódia A empresa possui um sistema

de rastreabilidade da madeira que permite o controle da tora desde sua derrubada até a venda. Cada tora possui um código de cadeia de custódia que por meio do Sistema de Mansus permite localizar em que fase do processo de exploração a tora está. Além disso, os tocos recebem a mesma numeração da tora, o que viabiliza a localização da origem da madeira com eficiência e precisão.

Nenhum.

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Manejo em Grupo Não aplicável. Não aplicável.

4.2 Processo para Determinar Conformidade

4.2.1 Estrutura do Padrão e Níveis de Inconformidade

Os padrões para o manejo florestal, credenciados pelo FSC, consistem de uma hierarquia de três níveis: princípios, os critérios correspondentes a cada princípio e os indicadores de desempenho que detalham cada critério. Conforme os protocolos de avaliação do Programa de Conservação Florestal da SCS, a equipe determina, coletivamente, se as operações do manejo florestal em questão estão em conformidade com todos os indicadores aplicáveis dos padrões relevantes de manejo florestal. Cada inconformidade deve ser avaliada para determinar se constitui uma inconformidade maior ou menor em nível do critério ou sub-critério associado. Nem todos os indicadores têm a mesma importância, nem há uma fórmula numérica simples para determinar se uma operação está em inconformidade. Portanto, a equipe deve usar o seu julgamento coletivo para avaliar cada critério e determinar se o EMF está em conformidade. Se o EMF estiver em inconformidade ao nível de critério, então pelo menos um indicador aplicável deve estar em não conformidade maior.

Ações corretivas requeridas (CAR) são emitidas para cada inconformidade. Inconformidades maiores dão origem a CAR Maiores e as inconformidades menores dão origem a CAR Menores ou, simplesmente, CAR.

4.2.1 Interpretação das CARs Maiores, CARs Menores e Observações

CAR Maiores/Precondições: Inconformidades maiores, isoladamente ou em combinação com inconformidades em todos os demais indicadores aplicáveis, resultam (ou podem resultar) em uma falha fundamental em atingir os objetivos de um critério relevante do FSC, em vista da natureza única e a fragilidade de cada recurso florestal. Essas são ações corretivas que devem ser resolvidas ou fechadas para que o certificado possa ser concedido. Se as CAR Maiores forem determinadas após a certificação da operação, o prazo para a correção dessa inconformidade é tipicamente menor do que para as CAR menores. A certificação depende da resposta do EMF quanto ao atendimento às CAR dentro do prazo estipulado. CAR Menores: Essas são ações corretivas requeridas em resposta às inconformidades menores, as quais estão tipicamente limitadas em escala ou que podem ser caracterizadas como uma falha incomum no sistema. A maioria das CAR Menores resulta de inconformidades em nível de indicadores. As ações corretivas devem ser fechadas dentro de um prazo especificado da concessão do certificado. Observações: Esses são casos em que a equipe de auditores constata conformidade, mas, que poderão resultar em inconformidade futura se não houver uma ação ou, em que o EMF poderia atingir um desempenho exemplar mediante refinamentos. Ações sobre as observações são voluntárias e não afetam a manutenção do certificado. Entretanto, as observações podem ser transformadas em CAR se o desempenho com respeito aos indicadores que as originaram caracterize inconformidade.

4.2.2 Não conformidades Maiores

Nenhuma CAR Maior foi determinada para o EMF durante a avaliação. Todas e quaisquer CAR Menores determinadas em auditorias de monitoramento de anos anteriores foram revisadas

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e fechadas antes da emissão de um certificado. CAR Maiores foram determinadas ao EMF durante a avaliação. Estas foram todas fechadas

pela equipe de auditores e atendem os requisitos dos padrões. Todas e quaisquer CAR Menores determinadas em auditorias de monitoramento de anos anteriores foram revisadas e fechadas antes da emissão do certificado.

CAR Maiores foram determinadas ao EMF durante a avaliação e esta ainda não as fechou satisfatoriamente.

4.2.3 Ações Corretivas Requeridas e Observações Existentes

Conclusão Número: 2012-1

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P4.c5.i1 Não conformidade: Há procedimentos formais para prover compensações em caso de impactos negativos, entretanto as ações tomadas são pontuais. Ação Corretiva Requerida: Assegurar que as medidas de compensação em caso de impactos sociais negativos sejam implementadas de forma sistemática e abrangente. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

As ações para compensação de danos em caso de impactos sociais negativos têm sido avaliadas pela gestão social da empresa e implementadas de forma sistemática e abrangente.

Revisão da SCS A empresa evidenciou a implementação sistemática e abrangente de medidas para compensação de perdas e danos. Foram verificados os registros das ações desenvolvidas, e de seus resultados junto aos envolvidos. (Ex.: No processo de regularização fundiário, foi observado que a empresa disponibilizou uma casa em Monte Dourado, conforme contrato de locação de imóvel para um posseiro).

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2012-2

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo.

Indicador(es) FSC: P7.c1.i2

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Não conformidade: Os diferentes documentos relativos ao plano de manejo florestal da região do Amapá não contemplam a destinação de 5% da área como área de reserva absoluta. Ação Corretiva Requerida: Atualizar os documentos do manejo florestal da empresa, incluindo a descrição de 5% das áreas que foram destinadas a reserva absoluta. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

A empresa definiu a área testemunha de 5% do PMFS do AP e incluiu a delimitação dessa área em mapa, assim como, alterou o cadastro florestal com essa delimitação.

Revisão da SCS Foi apresentando o mapa de solo do plano de manejo florestal da região do Amapá, com a delimitação da área testemunha de 5%, conforme segue:

Isso evidencia que o cadastro de dados de uso de solo da empresa já tem essa porção da área assegurada. Além disso, foi verificado que as operações de manejo ainda não iniciaram nessa área do PMFS do AP. Logo, os documentos de manejo florestal como POA, ainda não foram elaborados para compor essa descrição. Sendo assim, verificou-se que por meio da delimitação da área testemunha em mapa e consequente alteração no cadastro das áreas, a OBS pode ser encerrada.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Conclusão Número: 2013-01

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P1.c1.i1 Não conformidade: Foi verificado o descumprimento da legislação pertinente ao manejo florestal com relação ao romaneio das toras presentes nos pátios. Foi observado que o comprimento das toras indicado no romaneio não condiz com a medida real das mesmas em 100% da amostragem realizada. A diferença real observada foi sempre acima do valor apontado no romaneio (variando entre 30 a 60 cm). Esta não conformidade interfere no controle da volumetria da madeira. Ação Corretiva Requerida: Assegurar o cumprimento da legislação na medição do comprimento das toras no pátio, de forma que a medida indicada no romaneio corresponda ao comprimento físico real das toras. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

O problema foi isolado e foram conduzidos treinamentos com a equipe para voltar a realizar as medições corretamente a partir de novembro. Todas as toras dos pátios foram remedidas e foi colocado o comprimento real no sistema. Foi adotado um sistema de monitoramento de verificação do comprimento das toras.

Revisão da SCS Foi evidenciado que todas as toras que estavam no pátio 108 e São Miguel foram remedidas e passaram a ser apontadas com o comprimento real. Além desses pátios, foram observadas as toras nos pátios de arraste visitados durante a auditoria, onde comprovou-se que a medição do comprimento das toras está ocorrendo pela medição real. Observou-se também que essas medições foram atualizadas no sistema e passaram a ser auditadas semanalmente pela equipe da Jari Florestal. Todas as toras observadas no campo foram identificadas no sistema MANSUS e pode-se constatar que o comprimento apresentado no sistema foi o mesmo medido no campo. Foi realizado treinamento das equipes para a medição do comprimento total das toras. O registro do treinamento foi feito no Ajuste Técnico e Operacional (ATO) da empresa Solução. Foram treinados o supervisor de campo, encarregado de abate, encarregado do traçamento, encarregado do arraste e classificação, 4 apontadores de romaneio e mais 27 trabalhadores de campo. De acordo com o registro do ATO, a carga horária do treinamento foi de 1h teórica e 4h de acompanhamento de campo para ajuste prático. O treinamento das equipes por meio do Ajuste Técnico e Operacional (ATO) foi evidenciado no campo com entrevistas à encarregados e trabalhadores nos pátios de estocagem de toras.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Conclusão Número: 2013-02

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P5.c1 Não conformidade: Foram inseridas modificações nas operações de manejo tais como redução do número de espécies colhidas e do volume por hectare e aumento de 100% da área de exploração ao ano. Além disto, foi adicionada a operação de pré abate (teste do oco) e arraste de toras com fuste longo. Não foi apresentado um estudo de viabilidade econômica e nem de sustentabilidade do negócio em médio prazo para a implementação destas mudanças. Ação Corretiva Requerida: Apresentar estudos que demonstrem que as alterações realizadas no manejo asseguram a sustentabilidade do negócio em médio prazo. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

O tamanho da UPA 08 praticamente dobrou em comparação coma UPA 07 e o mesmo se repete com relação ao volume da AUTEF, no entanto, os índices de produção (Realizado em m3 por hectare, AUTEF em m3 por hectare, excluindo não comerciais) os resultados da UPA 07 são maiores que os projetados para UPA 08, o que demonstra que o aumento de área da UPA 08 apenas proporcionou um aumento de volume colhido, porém, nenhum ganho de produtividade em termos de m3 por hectare. A FRM Brasil fez uma análise na colheita de 2012 na UPA 07 e observou que das 28 espécies colhidas, 4 espécies (acariquara, amapá doce, sapucaia e taxi) representavam uma volumetria baixa, retirando essas espécies para a safra 2013 e adotando o critério de selecionar apenas espécies com o volume mínimo de 100m3.

Revisão da SCS A empresa apresentou estudos que demonstraram que o aumento do tamanho da área foi específico para 2013. Além disso, foi evidenciado que a redução do volume colhido se deve a uma melhor seleção das árvores e espécies a serem abatidas. Foi apresentado também um demonstrativo financeiro sobre a viabilidade econômica do manejo com a implementação das alterações em algumas das operações do manejo.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Conclusão Número: 2013-03

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P6.c5 Não conformidade: Em junho de 2013 a empresa alterou o sistema de gestão, terceirizando o planejamento e execução do manejo de florestas nativas. Foi observado que não houve um período de transição e adaptação dos novos gestores ao sistema de execução das operações de manejo florestal já em andamento. A urgência no processo gerou falta de planejamento das operações florestais que consequentemente provocou inúmeros impactos na área de exploração, como: - o POA prevê o traçamento das árvores no local de derruba após sete dias do abate. Entretanto, de acordo com as informações registradas no sistema MANSUS, os sete dias entre abate e traçamento foi desrespeitado por várias vezes; - foi observado na área de operação que as árvores têm sido arrastadas com fuste longo, sendo o traçamento feito no pátio ou mesmo no ramal principal; esta operação foi feita inclusive com árvores grandes (diâmetro), dificultando a manobra do skidder e provocando grande impacto ambiental na operação de arraste; - foi observado em vários locais que existiu um acúmulo de galhadas ao longo do ramal principal, sugerindo que o fuste tem sido arrastado juntamente com a galhada ou parte dela. Esta estratégia provoca danos ambientais significativos (no solo e na floresta remanescente). Ação Corretiva Requerida: Rever os procedimentos operacionais, de forma a minimizar os danos à floresta durante a exploração. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Os procedimentos foram revistos, suspendendo o arraste de fustes longos. Foi realizado treinamento com os colaboradores sobre as alterações nos procedimentos operacionais e foi implementado o monitoramento das operações.

Revisão da SCS Foi evidenciado que o traçamento das árvores está sendo realizado no local de derruba após sete dias do abate, conforme depoimentos de trabalhadores da equipe de traçamento e planejamento do arraste, sendo esse procedimento observado nos registros do sistema MANSUS. Foi observado que as toras estão sendo traçadas e arrastadas com o tamanho máximo de 16 m. Ao acúmulo de galhadas ao longo das trilhas de arraste não foram observados. Os registros de treinamento e monitoramento das operações também foram evidenciados.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Conclusão Número: 2013-04

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P7.c1.i11 Não conformidade: Verificou-se que na safra de 2013 a empresa não está realizando o planejamento e mapeamento da abertura de pátios, o que tem provocado o descontrole das operações de manejo, tais como: - falta de registros da quantidade e distribuição espacial dos pátios; - mau dimensionamento dos pátios, considerando o volume armazenado e o longo comprimento das toras; - dificuldade de acompanhamento do destino das toras para os pátios. Ex.: acompanhando uma mesma árvore abatida, verificou-se que a tora A foi destinada ao pátio 03 e a tora B ao pátio 7, além disto não foi possível visualizar os referidos pátios em mapas; - pressão sobre a floresta remanescente. Ação Corretiva Requerida: Apresentar o planejamento e mapeamento dos pátios que permita controle espacial e volumétrico dos pátios e que permita o acompanhamento das toras. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Todos os pátios de remoção foram georreferenciados. O sistema de arraste “pé e ponta” foi extinto, retornando o sistema anterior. O traçamento e a classificação geral voltaram a ser realizados na floresta.

Revisão da SCS Todos os pátios construídos foram georreferenciados e isso foi evidenciado nos mapas apresentados pela FRM para a Safra 2013, UPA 08. A distribuição espacial dos pátios está em função de uma inovação adotada pela FRM chamada polígono de arraste, que distribui os pátios em função de uma volumetria media de 300m3 por pátio. Com isso, são gerados os mapas de pré-abate, abate, planejamento do arraste e arraste das toras. O dimensionamento dos pátios continua o mesmo, em torno de 625m2, apenas as toras passaram a ser classificadas e traçadas em tamanhos menores para serem comportadas na área do pátio. Foi observado, em campo, que todas as toras das árvores de um polígono de arraste são arrastadas para um mesmo pátio.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Conclusão Número: 2013-05

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P7.c7 Não conformidade: Foram verificados problemas significativos na implementação das atividades de manejo. A coordenação local do manejo florestal está sob total responsabilidade da empresa terceirizada, que iniciou as atividades em junho de 2013, não havendo uma gerência local com autonomia de supervisão e gestão das ações de manejo da terceirizada, estando subordinada diretamente ao gestor do contrato, locado em outro estado da federação. Além disso, o contrato não prevê auditorias internas e nem externas sobre esta gestão. Ação Corretiva Requerida: Definir estratégias de gestão local da EPS contratada para realização do manejo florestal. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Foi definido que a FRM BRASIL está subordinada ao Gerente de Operações Florestais, no que se refere às questões operacionais e ao Gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente, no que se refere a questões ambientais e de certificação.

Revisão da SCS Conforme evidenciado, foi desenvolvido um organograma onde foi definido que a FRM Brasil está subordinada ao gerente de operações florestais, no que se refere às questões operacionais e no que se refere às questões ambientais e de certificação ao gerente de sustentabilidade e meio ambiente.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-06

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P8.c1.i1, P8.c1.i2 Não conformidade: Os monitoramentos de danos ambientais das atividades florestais de abate, traçamento e arraste fomentam as melhorias operacionais e garantem a sustentabilidade do empreendimento. Dentro do sistema de operação do POA 08, os monitoramentos de danos tiveram início dois meses após o início da operação florestal, não sendo atingida a meta pretendida. Após o inicio tardio dos monitoramentos, estão sendo gerados relatórios de danos, mas não relata como as medidas mitigadoras dos impactos

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são implementadas. Observou-se também, que os relatórios de danos apresentados não refletem os danos ambientais reais observados na floresta, tais como abertura excessiva da vegetação, tanto pelo arraste, quanto pela queda de árvores no abate; acúmulo de resíduos ao longo dos ramais e formação de sulcos no solo. Ação Corretiva Requerida: Conduzir monitoramentos de danos das atividades e apresentar relatórios que contenham os reais danos observados no campo, assim como as medidas a serem tomadas para minimização desses impactos. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Foram feitos ajustes nos procedimentos de monitoramento de dano e foi realizado treinamento com a equipe de monitoramento. O procedimento prevê: a) Controle de campo sobre os impactos da exploração florestal na Unidade de Produção Anual; b) Análise cartográfica dos impactos da exploração; c) Identificação de problemas e possibilidades de melhoria ao longo da cadeia de produção florestal; d) Transmissão e revisão com a JARI FLORESTAL dos pontos problemáticos identificados e propostas de melhorias; e) Redação de novos procedimentos e ajustes dos procedimentos implementados em função dos problemas identificados; f) Orientação e controle das equipes de campo em função dos procedimentos elaborados.

Revisão da SCS A FRM Brasil fez ajustes no procedimento de monitoramento e treinamento com as equipes de monitoramento, o que foi evidenciado por meio dos registros de relatórios e gráficos de histórico de monitoramento por atividade do manejo florestal (estradas, pátios, abate, arraste e biomassa). A partir dessa nova metodologia estão sendo avaliados os danos de área afetada provocados pelas estradas, tamanho de abertura de clareiras pelo abate das árvores, largura das trilhas e danos à vegetação provocados pelo arraste das toras, assim com as medidas mitigadoras pra impactos negativos.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-07

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P8.c3 Não conformidade: As informações apontadas no sistema de controle de rastreabilidade não condizem com a realidade das operações de campo. Foi verificado, in loco, que grande quantidade de toras apontadas no sistema como estando na fase de traçamento na floresta, encontram-se na verdade armazenadas no pátio 108

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que não consta no sistema. Isto indica a perda da rastreabilidade das toras, colocando em risco a origem da madeira. Ação Corretiva Requerida: Desenvolver sistemática para assegurar a rastreabilidade das toras presentes no pátio 108. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Foi suspendida toda movimentação de toras para o pátio 108. Foi cadastrado o pátio 108 no sistema como pátio de remoção curta. As toras foram remedidas, classificadas e romaneadas. Deu-se entrada das toras no sistema, indicando que as mesmas encontram-se no pátio de remoção curta. Toda madeira que sai do pátio 108 e vai para o pátio São Miguel é checada na entrada e comparada com o status no sistema Mansus.

Revisão da SCS Foi evidenciado que o pátio 108 foi incluso no sistema MANSUS como um pátio de remoção curta. Todas as toras observadas em campo nos pátios 108 e São Miguel foram visualizadas no sistema MANSUS permitindo a rastreabilidade das mesmas.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

4.2.4. Novas Ações Corretivas Requeridas e Observações emitidas na auditoria de recertificação

Conclusão Número: 2013-08

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P1.c5.i1 Observação: (a) A Instrução de Trabalho (IT-0.011) de fiscalização da área fundiária, item 3.1 estabelece como

atividade ilegal a caça e o acesso a material biológico (fauna e flora). Considerando que há comunidades no entorno/dentro do manejo, observa-se como costume a caça de subsistência e o acesso a materiais vegetais (palmeira para coberturas de estruturas rurais, madeira para construção, entre outras), não contemplando, dessa forma o direito de uso dos recursos florestais dessas comunidades.

(b) Identificou-se que a empresa após identificar uma situação de ocupação não tem critérios específicos considerando o perfil do ocupante para posterior tratamento.

Observação: Adequar a Instrução de Trabalho (IT-0.011) de fiscalização da área fundiária de forma a assegurar os direitos tradicionais e costumários das comunidades locais. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

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Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-09

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P2.c3.i2 Não conformidade: Considerando a desmobilização do quadro pessoal que vem ocorrendo desde 2009 muitos controles e procedimentos entraram em desuso ou foram perdidos como é o caso dos procedimentos de gestão de conflitos. Ação Corretiva Requerida: Elaborar e implantar procedimento de gestão de conflitos. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-10

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P2.c3.i1, i5 Não conformidade: Foi verificada a existência de um Acordo, realizado em 03 de maio de 2013, entre empresa, Ouvidoria Agrária Nacional e Iterpa, coordenada pela Comissão Nacional de Combate a Violência no Campo (CNCVC) mencionando que durante os trabalhos de regularização fundiária das áreas ocupadas denominadas Estrada Nova, Terra Santa, Morada Nova e Subida Alta, as partes envolvidas (empresa e ocupantes ilegais) devem respeitar os limites de ocupação dessas áreas, desde que vedada a ampliação das mesmas pelos ocupantes. Durante a auditoria verificou-se evidências de que o Acordo não vem

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sendo cumprido por parte dessas comunidades e que a empresa não vem quantificando ou registrando as ocorrências. Ação Corretiva Requerida: Estabelecer mecanismos que garantam o cumprimento do Acordo estabelecido com o Iterpa, CNCVC e Ouvidoria Agrária Nacional na 460ª Reunião da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, realizada em 03 de maio de 2013. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

O Grupo Jari, como se comprometeu, não vem ajuizando novas Ações de Reintegração de Posse, certo de que o poder Público agirá imediatamente para coibir os avanços de invasões e o cumprimento do compromisso assumido por parte dos colonos e comunidades. A Jari tem identificado as reocupações de áreas já reintegradas e, ainda as novas invasões, relatando e fotografando as queimadas e o corte raso da floresta para, como de praxe, continuar noticiando e registrando esses eventos e crimes ambientais ao IBAMA e às autoridades Policiais do Pará, bem como, informando as ocorrências a Ouvidoria Agrária Nacional, ITERPA e à Secretaria de Meio Ambiente do Pará - SECTAM, através de ofícios e e-mails. Desta forma, o Grupo Jari, reitera que vem cumprindo estritamente o compromisso assumido na reunião realizada no dia 03/05/2013, na sede do ITERPA, mas ressalta que aguarda das autoridades envolvidas providências/medidas para contenção de novas invasões, caso contrário, não restando outra alternativa, vamos nos socorrer legitimamente do poder Judiciário local para a reintegração e preservação das áreas invadidas e degradadas.

Revisão da SCS A empresa apresentou uma planilha listando os casos de descumprimentos do Acordo com o Iterpa, CNCVC e Ouvidoria Agrária Nacional, com os respectivos registros de Boletim de Ocorrência (BO). Foi apresentado um mapa com a localização das invasões em descumprimento do acordo, para cada BO registrado “Mapa de Descumprimento do acordo firmado em Ata no ITERPA”. A empresa também apresentou registros das ocorrências via “Relatório de Ocorrência Fundiária” e também denúncias feitas aos organismos competentes, como o IBAMA em caso de desmatamento, tomando assim medidas cabíveis para assegurar o cumprimento do acordo.

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-11

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P2.c3.i7 Não conformidade: Foi evidenciada a ocorrência de novas invasões na Unidade de Manejo sendo gerados boletins de

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ocorrência (BO), e IBAMA sendo comunicado. Entretanto, o jurídico da empresa não está sendo acionado para os devidos os encaminhamentos. Ação Corretiva Requerida: Documentar e dar tratativa às ocorrências das novas ocupações de áreas na Unidade de Manejo. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Toda constatação efetiva de invasão nas áreas da empresa é levada à registro perante a Delegacia de Polícia Civil, que por sua vez lavra o Boletim de Ocorrência (B.O) Policial para preservação de direitos. Lavrado o B.O, relativo a invasão, uma cópia é enviada para o Jurídico compor a documentação que possivelmente será dado entrada na ação competente (Reintegração de Posse). Por fim, diante do compromisso firmado, conforme mencionado no item 12, anexamos os seguintes documentos: (i) lista de invasões após o compromisso firmado com a OAN, CNCVC, ITERPA e outros; (ii) Mapa de localização das invasões; e (iii) Boletins de Ocorrência Policial.

Revisão da SCS A empresa documentou as invasões por meio de Boletins de Ocorrência (B.O) e listou todos os casos em planilha denominada “Descumprimento do acordo firmado em Ata no ITERPA” e no mapeou os casos em “Mapa de Descumprimento do acordo firmado em Ata no ITERPA”. Para cada ocorrência faz-se um Relatório de Ocorrência Fundiária que é encaminhado ao Jurídico. No rodapé do relatório há um campo denominado “Protocolo de Recebimento do Departamento Jurídico” que deve ser assinado, confirmando recebimento do documento para tomada de ações. Foram apresentados alguns exemplos de ações tomadas no caso do B.O 111/2014.000015-7 de 16/01/2014 associado à denuncia no IBAMA (GFS 001/2014).

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-12

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC:

P2.c4.i1

Não conformidade: Foi evidenciada a existência de mapa e documento que identifica as áreas de uso costumário de algumas comunidades. No entanto, verificou-se que os mesmos são referentes apenas as comunidades participantes dos projetos conduzidos pela Fundação Jari. Ação Corretiva Requerida: Elaborar e apresentar um plano de mapeamento das áreas de uso costumário na Unidade de Manejo florestal das comunidades não contempladas pela Fundação Jari. Resposta do Para atendimento a CAR MAIOR, segue o Plano de mapeamento das comunidades não

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EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

atendidas pelos projetos da Fundação. Sendo que do total de 99 comunidades listadas dentro da área de abrangência da empresa 46 já são contempladas por projetos sociais da Fundação Jari e parceiros. As 53 comunidades que atualmente não são atendidas serão o alvo desse mapeamento. Segue também o mapa de localização das comunidades que já são atendidas pelos projetos da Fundação (em vermelho). O mapa só contempla algumas comunidades não atendidas, pois não temos os pontos de localização de todas, esperamos após a conclusão deste plano obter o máximo de informações possíveis para identificar e mapear os usos costumários de todas as comunidades na área de abrangência da Empresa.

Revisão da SCS

A empresa elaborou o “Plano de Mapeamento das Comunidades do Vale do Jari” datado de 13/02/2014 com o objetivo de “Identificar e mapear as comunidades que não estão sendo atendidas pelos projetos da Fundação Jari”. O plano tem prazo para finalização em junho/2015, quando todas as comunidades vão estar mapeadas. Foi apresentado um mapa contendo as comunidades atendidas (vermelho) e algumas não atendidas (preto) pela Fundação Jari, conforme segue:

Status da CAR:

Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Conclusão Número: 2013-13

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P4.c1.i5 Justificativa: A empresa desenvolve ações ambientais com vista a orientar a sensibilização das prerrogativas legais quanto ao uso dos recursos florestais (caça, pesca). Entretanto, foi evidenciado o desconhecimento pelas comunidades sobre as atividades de manejo florestal, certificação florestal e até mesmo sobre seus direitos costumários. Observação: Incorporar nas ações de educação junto às comunidades as temáticas sobre as atividades de manejo florestal, certificação florestal, direitos costumários, entre outros. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-14

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P4.c1.i6 Justificativa: As práticas tradicionais de colheita de produtos florestais não madeireiros - PFNM (exemplo: coletas de sementes, frutos, cascas, e outros) pelas comunidades locais são permitidas na UMF, mas não estão descritas no PMF. Observação: Incorporar no PMF as informações relativas à permissão e às práticas de colheitas de PFNM desenvolvidas pelas comunidades locais na UMF. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-15

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P4.c2.i5 Não conformidade: A EPS-FRM possui o número de trabalhadores que exige a constituição de CIPA, entretanto esta não foi constituída. Ação Corretiva Requerida: A EPS-FRM deve constituir a CIPA-TR conforme NR 31. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-16

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P4.c2.i10 Justificativa: A empresa possui um manual de segurança ocupacional, entretanto, não fica evidente o envolvimento de comunidades vizinhas na participação dos treinamentos. Essa questão é tratada por meio do Programa de Agentes Socioambientais e do Programa de Educação Ambiental no procedimento de prevenção e controle de incêndio tendo como público alvo, exclusivamente, as comunidades. Há também parceria com Prefeitura. Observação: Oportunizar nos treinamentos de saúde e segurança a participação dos agentes de saúde das comunidades vizinhas.

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-17

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P4.c4.i1 Não conformidade: Verificou-se que o setor social da Jari Celulose - a Fundação Jari tem desenvolvido diferentes programas sociais. Entretanto, não se evidencia a integração e direcionamento dessas ações para melhoria do desempenho social do manejo florestal e do processo de certificação florestal. Ação Corretiva Requerida: Elaborar um Plano de gestão social que contemple ações integradas à melhoria desempenho do manejo florestal e ao processo de certificação florestal. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-18

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P4.c4.i2 Não conformidade: Com a desestruturação de alguns setores da empresa, foi evidenciado que:

a) Os canais de diálogo se desarticularam. Atualmente há diferentes canais de comunicação, seja

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

através de e-mail, telefone, recados e visitas aos escritórios, contatos diretos com colaboradores (coordenadores operacionais, com o Gerente de Relações Institucionais, com o pessoal que faz a segurança patrimonial), contatos direto com a Fundação Jari (que desenvolve parte dos projetos sociais do Grupo Jari), etc. Entretanto, não foi evidenciado um sistema para compilação, registro, tratamento e resposta a essas informações / reclamações / demandas. O procedimento de comunicação da empresa não contempla essas questões e nem define responsáveis.

b) Há um desconhecimento por parte das comunidades e pela própria sociedade local e regional sobre as ações sociais realizadas pela empresa e sobre o manejo florestal desenvolvido.

Ação Corretiva Requerida: a) Revisar e ajustar o procedimento de comunicação da empresa, de forma a corrigir as falhas

mencionadas no item “a” do enunciado da não-conformidade.; b) Desenvolver e implementar um sistema de registro e sistematização das demandas e

reclamações recebidas, tratativas e resposta ao reclamante/demandante; c) Reestabelecer o programa de divulgação das ações sociais realizadas pela empresa e informações

gerais do manejo florestal. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-19

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P6.c2.i5 Não conformidade: A Empresa possui desde 2007, convênio de pesquisa de fauna firmado com a Universidade Federal de Lavras, Lancaster University e Cambrige University. As pesquisas de fauna vêm ocorrendo através de pesquisadores renomados e alunos de mestrado e doutorado. Entretanto, o relatório apresentado aos auditores não contém dados gerais das pesquisas realizadas que possam atestar a manutenção da biodiversidade nas áreas de manejo ou mostrar presença de espécies raras, endêmicas, ameaçadas ou em perigo de extinção, que possam ser alvo de monitoramentos mais específico. Ação Corretiva Requerida: Apresentar informações gerais documentadas sobre as atividades de monitoramento de fauna, incluindo os estudos realizados, grupos taxonômicos amostrados e breves resultados alcançados, incluindo a lista de espécies endêmicas, raras e ameaçadas, além de mencionar os estudos específicos de monitoramento realizados na área. Resposta do EMF (incluindo qualquer

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

evidência encaminhada) Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-20

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P7.c1.i6 Não conformidade: Foi evidenciado na operação de arraste de toras que o Skidder utiliza apenas a garra para prender as toras, no entanto, devido às condições de topografia da área, este procedimento de arraste tem produzido impactos sobre a vegetação remanescente e no solo, inclusive deixando o solo exposto, quando o arraste acontece em encosta de morros. Além disso, a questão de segurança da atividade não está sendo considerada. Ação Corretiva Requerida: Introduzir no arraste de toras a utilização do guinchamento das árvores, principalmente nas encostas de morros e proximidades de APP e áreas com concentração de árvores remanescentes. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-21

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P7.c1.i11 Não conformidade: Foi evidenciado que os pátios de estocagem de toras da floresta foram planejados como estrutura permanente, conforme estabelece a legislação. Estes pátios estão distribuídos em função do arraste e

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devido a maior concentração de árvores a serem extraídas, servindo somente para atender a exploração atual. Ação Corretiva Requerida: Assegurar que o planejamento de pátios seja feito conforme requerido por lei, ou seja, considere os pátios como estruturas permanentes aptas para atender explorações futuras. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-22

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P8.c2.i4 Justificativa: A empresa apresentou uma matriz intitulada “Levantamento, gestão e monitoramento de impactos sociais”, porém não está claro neste documento os impactos negativos e positivos, bem como as ações mitigadoras. Não foi apresentada também a metodologia de identificação, avaliação e monitoramento dos impactos. Observação: Apresentar Plano de Avaliação e Monitoramento dos Impactos Sociais. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

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Conclusão Número: 2013-23

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P8.c4.i1 Não Conformidade: Foi evidenciado que algumas alterações operacionais foram realizadas devido aos monitoramentos realizados e em função da nova gestão realizada pela EPS FRM, por exemplo, a inclusão da atividade de pré-abate. Apesar disso, essas alterações não foram realizadas no PMFS da Jari Florestal. Observação: Registrar as alterações realizadas nas atividades operacionais, resultante da avaliação dos monitoramentos, no PMFS da Jari Florestal. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-24

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P9.c1.i1 Não conformidade: A empresa possui uma FAVC limitada a uma pequena porção de uma área de cerrado pertencente à empresa. Entretanto, o cerrado abrange uma área superior que não foi delimitada pela empresa como de alto valor de conservação. Ação corretiva requerida: Considerar a possibilidade de expandir a FAVC para toda área de cerrado presente na UMF, pois se trata de uma área de alto valor de conservação em função da tipologia diferenciada em comparação com a existente na região. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS

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Status da CAR: Fechada Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-25

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P9.c2.i2 Justificativa: Foi evidenciado que a empresa realizou uma consulta pública em outubro de 2007, para verificar a existência de AAVC/FAVC nas áreas da UMF. Entretanto, durante processo de consulta pública da auditoria, foi relatada a possível existência de outras AAVC na UMF, logo cabe à empresa conduzir novas consultas para identificação dessas áreas. Observação: Conduzir novas consultas públicas para identificas possíveis novas AVC na UMF. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Conclusão Número: 2013-26

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitida para (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses a partir da emissão do Relatório Final Próxima Auditoria (Inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique): sem prazo determinado

Indicador(es) FSC: P9.c4.i1 Não Conformidade: A empresa possui uma área de cerrado que categorizou como FAVC em 2009. O monitoramento dessa área é feito por meio de registros de ocorrência de incêndios, desmatamentos e invasões. Entretanto, não foram definidos os indicadores mensuráveis para monitoramento e aferição da manutenção ou incremento dos atributos. Ação Corretiva Requerida: Definir e incorporar indicadores mensuráveis para monitoramento e aferição da manutenção ou

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

incremento dos atributos da FAVC de cerrado. Resposta do EMF (incluindo qualquer evidência encaminhada)

Revisão da SCS Status da CAR: Fechada

Elevada a Maior Outra decisão (consulte descrição acima)

Número da conclusão: 2014-01

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitada para a UMF (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses da Emissão do Relatório Final Próxima auditoria (inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P1.c5.i2 Não conformidade: Foi verificada a emissão de autorização de desmatamento, por órgão não competente, para moradores de algumas comunidades localizadas na UMF. Este fato é de conhecimento da empresa Jari, entretanto, não cabe a ela coibir a emissão de documentação ilegal por outros órgãos para essas atividades. Entretanto, os órgãos ambientais competentes não estão sendo notificados sobre essas irregularidades. Ação Corretiva Requerida: Garantir que as atividades ilegais de desmatamento com autorização indevida ocorrentes na UMF sejam notificadas aos órgãos competentes. Resposta da OMF (incluindo qualquer evidência apresentada)

Revisão SCS Status: Fechada

Elevada a CAR Maior Outra decisão (ver descrição acima)

Número da conclusão: 2014-02

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitada para a UMF (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses da Emissão do Relatório Final Próxima auditoria (inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P5.c1.i2 Justificativa:

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

Foi verificado que o Grupo Jari, ao qual a Jari Celulose pertence, realiza serviços de cunho públicos na cidade de Monte Dourado, Vila do Planalto e na Vila São Miguel, tais como: a) coleta de lixo; b) manutenção das estradas; c) controle de vetores da dengue, malária, febre amarela, leishmaniose, etc., d) captação, tratamento e distribuição de água, e; e) rede elétrica e distribuição de energia, f) Estrutura e manutenção do aeroporto de Monte Dourado, etc. O custo total mensal e anual desses serviços é significativo, podendo causar um desbalanço no tripé social, ambiental e econômico; não obstante, a empresa não tem conhecimento claro sobre a escala desse possível desbalanço. OBSERVAÇÃO: Elaborar e apresentar um estudo de balanceamento dos custos sociais, ambientais e econômico do manejo florestal. Resposta da OMF (incluindo qualquer evidência apresentada)

Revisão SCS Status: Fechada

Elevada a CAR Maior Outra decisão (ver descrição acima)

Número da conclusão: 2014-03

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitada para a UMF (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses da Emissão do Relatório Final Próxima auditoria (inspeção ou reavaliação) Outro prazo (especifique):

Indicador(es) FSC: P5.c4.i4 Justificativa: Foi evidenciada a implementação de estratégias para otimização e aproveitamento, ao máximo, da madeira colhida, através da geração de novos produtos. Como a serraria do Grupo Jari não tem tecnologia para a produção desses novos produtos, uma parte do processamento da madeira foi terceirizada, sendo processada em outra região. Observação: Considerar no planejamento estratégico de otimização da produção o fomento ao processamento local da madeira, quando for viável economicamente ou não prejudicar os objetivos estratégicos do EMF, de forma a evitar possíveis impactos socioeconômicos negativos na região. Resposta da OMF (incluindo qualquer evidência apresentada)

Revisão SCS Status: Fechada

Elevada a CAR Maior Outra decisão (ver descrição acima)

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Número da conclusão: 2014-04

Selecione uma: CAR Maior CAR Menor Observação CAR/OBS emitada para a UMF (quando mais de uma UMF): Prazo Pré-condição para certificação

3 meses da Emissão do Relatório Final Próxima auditoria (inspeção, especial ou reavaliação) Outro prazo (especifique): Após a finalização da regularização fundiária pelo

ITERPA referente à área convertida. Indicador(es) FSC: P6.c10.i1 Não conformidade: Foi evidenciada a conversão de algumas áreas pertencentes ao escopo da certificação ocupadas recentemente (final de 2012 – início de 2013). Essa conversão ocorreu após o acordo firmado com o ITERPA que restringe a atuação da empresa na área. Ação corretiva requerida: Considerando que no momento da realização da conversão a empresa não pôde descumprir o acordo firmado, logo após o resultado das avaliações e definições do ITERPA em relação a essas áreas, a empresa deverá tomar medidas necessárias para removê-las do escopo, ou recuperá-las. Resposta da OMF (incluindo qualquer evidência apresentada)

Revisão SCS Status: Fechada

Elevada a CAR Maior Outra decisão (ver descrição acima)

5. Decisão da Certificação Recomendação de Certificação Certificação FSC seja concedida ao EMF como “Floresta Bem Manejada”, sujeita às solicitações de ações corretivas menores apresentadas na Secção 4.2.3.

Sim Não

A equipe de avaliação da SCS faz a recomendação acima para certificação com base na plena e própria execução dos protocolos de avaliação do Programa de Conservação Florestal da SCS. Se a certificação for recomendada, o EMF demonstrou satisfatoriamente os itens seguintes, sem exceção: O EMF fechou todas as CAR(s) Maiores que foram apontadas durante a avaliação Sim Não O EMF demonstrou que seu sistema de manejo á capaz de assegurar que todas as normas aplicáveis dos padrões sejam cumpridas na área florestal coberta pelo escopo da avaliação.

Sim Não

O EMF demonstrou que o sistema de manejo está sendo implementado de forma consistente na área florestal coberta pelo escopo do certificado.

Sim Não

Comentários: Durante a consulta pública, realizada no processo de avaliação do manejo da Jari Florestal S.A foram identificadas várias preocupações públicas, geradas por conta do momento vivido pela empresa no processo de regularização fundiária – condição dada em 2004 no processo de certificação. Para verificação dessas preocupações públicas foi demandado um tempo maior de auditoria, com

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Relatório de avaliação para certificação de manejo florestal e cadeia de custódia desde a floresta até a saída do produto | Público

retornos na UMF e reuniões adicionais com partes interessadas. A avaliação demonstrou que, em função da ausência do Estado na região, o empreendimento florestal tem ido além da sua responsabilidade social, realizando também serviços públicos para toda uma comunidade desassistida. E, a falta do estado dá espaço para a entrada de grupos com interesses próprios, como está ocorrendo com um grupo de pessoas, formado por atores externos e locais, que se dizem representantes e/ou defensores das comunidades locais rurais. A conclusão das investigações realizadas pelos auditores demonstra tratar-se da ação de um grupo específico, com interesses econômicos em áreas de propriedade do Grupo Jari. Foi evidenciado que o empreendimento cumpre a legislação brasileira e os princípios e critérios do FSC e por ter tratado as não conformidades maiores, está sendo recomendado à recertificação, com o compromisso de implementar as ações corretivas para as não conformidades menores identificadas. A Jari Florestal, S.A. deve manter contato regular com o organismo de certificação para programar uma auditoria especial de verificação das não conformidades abertas da auditoria especial do ano 2013 e de recerticação antes do vencimento das mesmas em novembro de 2014.

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