1 tristezas d e u m a e p o c a - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/721158/per721158_1931_00010.pdfo...

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H. 1 Essa força dt evasão que tem, em todos os tempos, desloeado o homem da realidade quotidiana dando- lhe uma visão illusoria do passo- do ou uma imaginação optvmista do futuro *— accentúa-se agora, em todo o mundo, sob a forma das mais contrastantes convulsões. Ora se torna em tema defesa ás idéas reaccionarias, ara se agita em ma- níi"estações neophilisias. Os pensamentos conservadores vivem eomo que esmagados entre as duas correntes. Uma obseroação aguda notará, nesse transe pot que vamos passaw do, um tanto mais do que a sim- pies ânsia, de renovação nascida do descontentamento pelas situações. Sente-se mais é insatisfação. Um, descontentamento não se generali- saria com um idêntico aspecto em todos os logares. O presente não satisfaz porque uma serie de factores creados pelos homens está directamente prejmli- cando a acção dos. homens. O ritmo preguiçoso da «ordem natural das coisas» nâo contenta o homem-machina tão cheio das ve- locidades mecânicas deste século. E a evolução natural cançou de in- tolerâncias o organismo social do mundo. . Quer se agora uma adptação das instituições ao homem, ao envês de preferir-se, como o fizeram no pau- sado, a adaptação do homem ás instituições. E isso é muito justo porque nascem mais individtios do que mentalidaies. O homem ede inevitavelmente no meio mesmo que lhe procure resis- Ur. O essencial, portanto, ê que este meio seja, tolerante ás suns fi- naUdndes naturaes. Nós não pode- mos ê continuar cada vez mais a iin.<t oppor, com velhas e artificiàes processos de adaptação, á vida pura tal qual nos revela a sciencia. Valha-nos o arrependimento de termos creado um direito, uma mo- ral euma sociedade que precisam se supprir de remendos para manter uma apparencia sadia. Criticando esta eufemisação da obra da natureza sob o ponto de vista sexual, oeito socioloqo disse que nunca teríamos chegado a uma geração se no corpo humano nos enthusiasmassem os braços formo- sos e os rostos crindidos, que são o regalo dos moralistas. O homem abusou da sua, própria razão de existir. Foi além, abusou de sua estabilidade social e depois de sua estabilidade econômica, ex- horbüandn do seu poder de ima- gmação. A machina é um exemplo, E exemplos ainda maiores são os milhões dp, boceas a, que a machina incessantemente rouba alimento. Ninguém 'negaria, hoje. a existenr cia de uma aristocracia, sem ne- nhum mérito, gerada, entre cifras facilmente mu/Uplicnvds Mos me- chanismos mdustriass. Umi aris- Tristezas d e u m a e p o c a tocracia que põe em serio perigo o acervo intellectual de muitos po- vos. Contra todos esses%rtificialism»s é que o mundo se revolta. Antigamente o homem era um admirador passivo de suas próprias condemnnções Fugia ás vezes da noção integral da vida pat a atten- der simplesmente ás suas tenden- cias egoisticas. Era,portanto, inca- paz de se afastar do Presente pelo interesse, na collectividarfe. E, quan- do § fazia, era para ver se commo- damente installado numa situação do passado ou numa instituição do futuro. Dahi sua lamentável despreocm- pação nos ter attingido com tão funestas eonsequencias. Felizmente em nossa geração o in- timo poder de evasão das cousas presentes não representa, uma rea- cção individual. E[ mais uma força consciente que actúa da collectivi- dade para o indivíduo Não é apenas o difforente quenos impressiona como outmra. 0 que ": nó* estamos sentindo é uma neces- ' sidade interior de sermos úteis a nós mesmos. Ha, entretanto, uma corrente que parece escapar-se dessa hypothese: a dos que se batem pela reintegração de regimes em que falharam as so- luções de todos os problemas so- ciaes. Mas não será delles a victoria. Al berto Pas s ò s Q u i m a r-.es >¦¦.¦ J ¦àfQiàmYjlm,» í mim 16 paginas 400 réis c % . C v. I _a_ -y y A7___l . * w

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Essa força dt evasão que tem, emtodos os tempos, desloeado o homemda realidade quotidiana — dando-lhe uma visão illusoria do passo-do ou uma imaginação optvmistado futuro *— accentúa-se agora, emtodo o mundo, sob a forma dasmais contrastantes convulsões. Orase torna em tema defesa ás idéasreaccionarias, ara se agita em ma-níi"estações neophilisias.

Os pensamentos conservadoresvivem eomo que esmagados entreas duas correntes.

Uma obseroação aguda notará,nesse transe pot que vamos passawdo, um tanto mais do que a sim-pies ânsia, de renovação nascida dodescontentamento pelas situações.

Sente-se mais é insatisfação. Um,descontentamento não se generali-saria com • um idêntico aspecto emtodos os logares.

O presente não satisfaz porqueuma serie de factores creados peloshomens está directamente prejmli-cando a acção dos. homens.

O ritmo preguiçoso da «ordemnatural das coisas» já nâo contentao homem-machina tão cheio das ve-locidades mecânicas deste século. Ea evolução natural cançou de in-tolerâncias o organismo social domundo.. Quer se agora uma adptação dasinstituições ao homem, ao envês depreferir-se, como o fizeram no pau-sado, a adaptação do homem ásinstituições. E isso é muito justoporque nascem mais individtios doque mentalidaies.

O homem ede inevitavelmente nomeio mesmo que lhe procure resis-Ur. O essencial, portanto, ê queeste meio seja, tolerante ás suns fi-naUdndes naturaes. Nós não pode-mos ê continuar cada vez mais aiin.<t oppor, com velhas e artificiàesprocessos de adaptação, á vidapura tal qual nos revela a sciencia.

Valha-nos o arrependimento determos creado um direito, uma mo-ral euma sociedade que precisamse supprir de remendos para manteruma apparencia sadia.

Criticando esta eufemisação daobra da natureza sob o ponto devista sexual, oeito socioloqo disseque nunca teríamos chegado a umageração se no corpo humano sô nosenthusiasmassem os braços formo-sos e os rostos crindidos, que são oregalo dos moralistas.

O homem abusou da sua, própriarazão de existir. Foi além, abusoude sua estabilidade social e depoisde sua estabilidade econômica, ex-horbüandn do seu poder de ima-gmação. A machina é um exemplo,E exemplos ainda maiores são osmilhões dp, boceas a, que a machinaincessantemente rouba alimento.

Ninguém 'negaria, hoje. a existenrcia de uma aristocracia, sem ne-nhum mérito, gerada, entre cifrasfacilmente mu/Uplicnvds Mos me-chanismos mdustriass. Umi aris-

Tristezasd e u m ae p o c a

tocracia que já põe em serio perigoo acervo intellectual de muitos po-vos.Contra todos esses%rtificialism»s

é que o mundo se revolta.Antigamente o homem era um

admirador passivo de suas própriascondemnnções Fugia ás vezes danoção integral da vida pat a atten-der simplesmente ás suas tenden-cias egoisticas. Era,portanto, inca-paz de se afastar do Presente pelointeresse, na collectividarfe. E, quan-do § fazia, era para ver se commo-damente installado numa situaçãodo passado ou numa instituição dofuturo.

Dahi sua lamentável despreocm-pação nos ter attingido com tãofunestas eonsequencias.

Felizmente em nossa geração o in-timo poder de evasão das cousaspresentes não representa, uma rea-cção individual. E[ mais uma forçaconsciente que actúa da collectivi-dade para o indivíduo

Não é apenas o difforente quenosimpressiona como outmra. 0 que": nó* estamos sentindo é uma neces-' sidade interior de sermos úteis anós mesmos.

Ha, entretanto, uma corrente queparece escapar-se dessa hypothese: ados que se batem pela reintegraçãode regimes em que falharam as so-luções de todos os problemas so-ciaes.

Mas não será delles a victoria.

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Publica neste numero:

Chupetas - - Théo BrandãoO Voto Proporcional — Moacyr PereiraO Manequim Esmutrado — Diegues Júnior

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Ingenuidade — Conto deTullioLavenèreSolidariedade da Geração — (Sobre o ca-o de Mendonça Júnior,) —*DE RECIFE—Correspondência de Raul LimaPOEMAS — José Auto e Carlos J. Duarte.DISCOS

,. d ÉPICOS— Brasil-Inglaterra, Entrevistas collectivas, Um reverendo em panças 0café Bergamini, Sonetos, liberdade, febres, etc, Ou um ou outro. .., A portaria n. U

AbellardSOCIEDADE - Registo de Anniversarios, Modas, deMary e O boato, frivolidade de

NOTAS DA SEMANA-Noticiárioa '¦'...*'¦¦¦¦''.¦¦'- .' ¦¦

CINEMA - Filmes da Guerra, J. B., Historia de Nancy Caroll.

e Expediente-na pagina 16

^Do Amazonas ao Praia...Das margens do Oyapock á foz do Chuy

corre a fama dasMANTEIGA S MINEIRAS

w rInvenciver iwmwh melhores manteigas que se fabricai io Brasil

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3 -C H U P ET AS(Especial p^ra NOVIDADE) Théo. Brandão

Na guerra que certos pueri-cultores modernos andam amover contra hábitos antigose utensílios- corriqueiros da ve-lha educação infantil, -creionão haver mais desarrazoadainjustiça que esta que condem-na as chupetás.

Porque a chupeta é, em to.das as idades, desde o bébéberrador até ao cidadão recla-mante, o mais imprescindíveldos meios de acalmar o choro.Choro que já é em si, aliás, amaior manifestação de vida eactividade do homem.

Chora o bebê ao nascer esegue chorando todas as vezesque deseja obter algum i coisa.«Chora» o adulto em todas asnegociatas e cayações da vida,e chora e esperneia quandonã'> se vê satisfeito.

O choro é evidentemente 'i-vre a um como a outro. Masnão deixa de ser prof m lafifrn-te incomtnodo.

Satisfazer ao bébé que gritacom fome ou ao g-aúdo que res-munga quando as «comidas»não lhe bastam, seria, de certomodo, tarefa eminentementehumana. Mas nem sempre pos-sivel.

Depois, ha os que choram«mesmo de barriga cheia, so-mente pra aperriary.

Dahi a chupeta. ficha de con-solação que, si não satisfaz Hetodo, aquieto e minora o choro.

E não é justo que hoje, quan-do mesmo após revoluções eredempções problemáticas, secontinua com a «chupeta»como a mais useira das insti-tuiçõesdos graúdos—se tenteapenas abolir o modesto uten-silio dos indefezos bébéc.

Não é justo, principalmenteporque os argumentos invoca-dos pelos inim gos dos bicosde cauchú não têm força de con'vencimento. Dizem ell' s que ouso da chupeta provoca deformações faciaes, vicios d^ con-formação das mandibulas, má

implantação dei.tariae quantosoutros males horrendos paraa esthetica do bébé.Como si a chupeta tivesse

parecenças com o cachimbo...Inda vá que o uso deste faça

a bocea torta. Mas a chupeta...Séria descobrir def rmidadesna maioria dos homens, que sinão chuparam a chupeta, clufparam o dedo mu outras coisaspeores. Mera phantasia, pois,de puericultorescertamente ini*migos das fabricas de í.rtefa'ctos de borracha.

Igualmente simples exagge;ro a outra allegação de que áchupeta é culpada dos vômitosdas creanças.

A creança chupeteia e engolear, dizem. Este, accumulado noestorrago, causa os vômitos.

Ha, de facto, esta aeropha*gia. Mas é mínima. E seria ri*sivel querer basear nesta dé'glutiçâo de ar toda a etio-pa"thogenia do vomito na infância.

Vomita a creança quando épor constituição propensa aelle (pylorespasmo) quandotem o estômago cheio de alimento impróprio, mal dosadoou em demasia, ou mesmoquando dentro delle não temnada (vomito ex-vácuo).

Quando tem a pequena quan"'tidade de ar deglutida è quenão.

E ficam por aqui os argumen'tos dos detractores dos bicosde borracha.

Porque eü nem quero levarem conta a questão da suji*dad> e pouca hygiene de certaschupetás.

Deve-se implicitamente en-tende-las limpas, asseiadas, dematerial inalterável, conserva-das em substancias antisepticasou em frascos limp s e arro*lhados. E nunca do typo dasoutr s. sujas, feias, lambusadase pegajosas que infelizmenteainda andam por ahi alem.

Demais, si não lançarmosmão das chupetás, seremos

obrigados ao uso de outrosmeios muito menos inoffensi*vos. Os berços e os balanços,quando mais não sejam, têm aagitação a prejudicar-lhes.

As campainhas, os choca-lhos, as gaitasinhas, os brin-que<!os multicores padecem dosinconvenientes apontados áscanções de ninar pelo uso in-adequ-do de estímulos vizuaese auditiva s, quasi sempre deeffeito contraproducente.

E quando não ha isto, o bébépor elle mesmo procura o dedo,a fraldinha e tudo o que lhecae1 ás mãos, para chupar.

Convenhamos que é muitomais hygienico o uso de umachupeta do que o dq£ dedos.

Czerny, o grande mestre dapediatria allemã, é categóricoaffirmarído que ainda não sedemonstrou a noeividade daschupetás» " que «lhe parecemenos prejudicial socegar acreança peia chupeta que dis-trahHa com excitações visuaese acústicas».

E não me consta que Czer-ny tenha algum interesse nasfabricas de Mich Birk ou sejaaccionista de qualquer RubberManufacturing Co.

De idêntico parecer é o meumestre do Rio, Dr. CalazansLuz, que a recommenda semreceio.

Mormente hoje em que amanufactur i é tão perfeita aponto de se fabricarem chu-petas como a «Pon-Pon», mo-delo tio Dr. Dreyfus, approvadapela Sociedade de Pediatria deLaussane, em que a conforma-ção do bico é igual á da ma-millado peito.

O resto não p ssa de exag-geros e chinesices inúteis,(como diria o esplendido Prof.Valladares), pois que afinal achupeta não é esse papão, essebicho feio dos amantes apres-s dos Ho «ultima hora» scien-tifico.

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Sonetos, liberda-de, lebres, etc

0 dr. Armando Wuchererpublicou hontem um magníficosoneto, Febre do Azul, o pri-meiro dá serie em que preten-de pintar, com as suas verda-deiras cores, as principaes fi-guras da nos*a sociedade:Febre do Vermelho, Febre doPardo, Febre do Branco, Fe-bre do Negro e Febre doAmarelh.

A rehabitação d \ soneto es-tá realmente a exigir os esfor-ços conjugados de todos os li-teratos de bôa vontade.

Febre do Azul é excellente.Tem apenas um verso de si-gnificaçáo duvidosa e que, porpor d ferencia ao auetor. de-vemos acceitar como necs-sidade de métrica e de rima :«Em subir pe a força do meubraço».

Um poeta modernista, o sr.Aloysio Branco por ex mplo,que não sabe musica nem ari-thmetica e é incapaz, mesmocom o auxilio dos dedos, de ar-ranjar um <'ecassyllabo razoa-vel, teria escripto: «Em subirpela força das minhas pernas*.£ isso porque o sr. AloysioBranco não faria questão derimar espaço com pernas.Contanto que dissesse a ver-verdade...

Precisamos reagir contra aliberdade excessiva e conven-cer os nossos trovadores deque elles devem andar... (comodiremos ?) andar em confor-midade com o díceionario derimas e o tratado de verifica-ção...

Vindo do Rio, onde se en-contrava tratando de negóciosreferentes á vida econômica eindustrial de Alagoas, chegouterça-feira, pelo «Rodrigues Al-ves«, odr. Amando SampaioCosta, Secretario Geral doEstado.

Realizou-se hontem, no Cinema Floriano, o «Festival da

Manteiga», que, por uma espe-ciai deferencia do sr. RochaBrasil, Inspector Geral no N< r-te da Firma Mineira Rocha Fo-ças & Cia. e do sr. José Luizde Oliveira, representante dasmanteigas Garça, Invencível eDiamantina, daquellá firma,foi patrocinado por NOVIDÀ-DE

Todo o alto mundo soubeacorrer ao convite feito porNOVIDADE, enchendo porcompleto o salão de projecçãodo Floriano.

Aos convidados foi distribui-da uma grande porção de brin-des-reclames das saborosasmanteigas homenageadas pelof.stival de hontem.

NOVIDADE II estamparáa reportagem photographicado festival.

A Associação das MãesChristãs realizou quinta-feira,no sa ão de conferências daCongregação Mariana, uma fes-ta de espirito, em regosijo peloensino religioso nas escolasbrasileiras.

A parte primeira do program-ma foi uma conferência ligeirado sr. José Lins do Rego,nosso collaborador, sobre «AParábola do Filho Mau».

Tomaram parte no program*ma Melles. Maria Alice Netto,Áurea Peixoto Valente, EstherCésar, Dinah Carvalho, M.Clementina Carv lho e OliviaGuerra,com números de d ela-mação, de violino, piano ec*tnto.

Ou um ou outro..

A exoneração do sr. Luiz Lave-nèie d i Commissão de Syndicanciada Prefeitura de Maceió arrastou asolidariedade do dr. Maciel Tinheiro.

Lendo, no Lyceu, o officio do dr.Maciel Pinheir», exonerando se da-quella commissão, officio publ cadono «Jornal de Alagoas», «m estwdan-te perverso:

—E' falta de temp >! O Lyceu estátomando todo o tempo do dr. Maciel..-

Sabe-se (pe a pia Ia fez suecesso.'

A portaria n. 11

Reconhecendo ser útil exa-minar o que se passa nas ca-becas dos alumnos, o directordo Lyceu Alagoano verificouque uma dellas tinha chapéode modelo differente do ado"ptado e houve por bem deter-minar que o infractor se reti*rasse, da aula e modificasse, ex*ternamen e,a parte superior docorpo.Alguns estudantes toma*ram as dores pelo collega e re*ceberara em conseqüência aportaria n' li,que cs suspendeupor cinco dias.

Foi só o que aconteceu. Nãoha, pois, razão para os jornaesexplorarem um caso tão sim'pies.

O que ha é um pequena dis*sidencia. Os rapazes queremlibeidade e a directoria exigedisciplina e fardamento.

De resto essa questão nãoexiste apenas no Lyceu Ala*goano:estáno Brasil todo.

O Instituto Anheologicore*alizará amanhã a segundavesperal da serie de tardes deespirito que faz parte do seuprogramma do anno.

Tomarão parte alguns mem-bros do Instituto é varias fi-guras de destaque no nossomelhor rol so.ial.

No «Jornal dé Alagoas» dehontem o dr. Lima Júnior, nosso collaborador, publicou um«Depoimento espontâneo* so-bre o sr. Álvaro Paes, que teriaf ito tres annos de governo»hontem, si não fora a Revolu-ção,

O artigo dodr. Lima Júniorfoi muito commentado.

Está marcada par \ hoje umareunião das principaes figurasdo jornalismo alagoano paratratar da fundação da nossaAssociação de Imprensa.

A "Liviaria Viltas-Boas" é quemvende papel almasso mais baratocm Maceió

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Uns raios de luar se espar-giam pela noite a dentro, apa-gados de vez em vez pela ir-reverencia d .s nuvens.

•—Adeus, Betinha.—Até amanhã, Paulo !Duas boceas se uniram mais

uma vez, já machucadas detan tos beijos, beijos que se re-petiam, uns após outros, oralentos, ora apressados, em umunir lascivo de lábios e numtremulo roçar de línguas. Ver-dadeira volúpia de quem se

Ingenuidadequer pela [primeira vez, numa«oportunidade unica.

—Adeus !—Adeus !Aquellas boceas incansáveis,

af.stavam-se, balbuciavam umafraca despedida e voltavam ou-tra vez, a outro beijo mais.

As mãos apertavam-se no-vãmente, em um gesto de despe*dicla, mas ficavam presas umaá outra, excitando desejos, pro-vocando loucuras.

Uma vozinha cansada, offe-gante, rompeu aquelie esque-cimento, despertou aquelieabandono de consciências.—Anda, Paulo, vae embora !Não estaes ouvindo tocar asirene? Papae não tarda. Dei-xa-me. Anda, vae embora !

Paulo, parecia não quereraahirmais dali. Aquelles bei-jos quentes faziam-lhe bem.Era a primeira vez que aperta-va em seus brrços o còrpirihdainda fr-gil daquella meninaem vésperas de ser mulher.E, depois. . . o contacto da-quelles seios delicados, erectos,era pleno desab*-ochar, retinha-o alli, inconscienfe, esqueci-do de si mesmo, semí-desvai-rado pela sensação de desven*dar os segredos daquelle cor-po pequenino, mas tão cheio demy- terios para elle que o nãoconhecia ainda!

A fasenação do novo, tor-nava-o in 'ifferente aos rogossupplices de sua Betinha.

Paulo não ouvia nada Umavontade doida de ficar, de nãomais se ir embora, havia seapoderado delle.

A sirene do cinema p-oximoespalhou pelo- espaço a íóra o

seu grito estridente, prolonga-do, uma vez, duas, feres.Betinha não relutou mais.

Empurrou-o inesperadamentee rápida fechou o portão. A-pressada, ligeira, pulou a ja-nella da cozinha de sua casa,seguio para seu quarto e atirou-se na cama, ainda excitada,coma cabeça cheia de illusões, deum mundo desconhecido, sen-tindo o sangue queimar-lhe acarne moça e rija.

Era já tempo A velha Duda,a unica criada que doimia nacasa, acabava de abrir a portaaos patrões.—Bôa fita, fez o velho aoentrar.

—Optima, disse Martha. E'pena Betinha não ter ido. Tam-bem ella anda tão nervosa es-ses dias !. ..

-Por isso mesmo, advertiuo velho Oliveira, essa meninaprecisa sahir. Passear. Ella estáestudando demais.

—Hoje, não podia ser, não,Oliveira! Betinha ficou esíu-dando francês. Madame So'>an-ge vem amanhã.

—Bem, vamos comer algu-ma coisa. O einema deu-mefome. Tem café ?

—Sim. E deve estar quetiti-nho.

O sr. Oliveira, despindo opalitot, sentou-se á cabeceirada meza, c Nmo fazia ha qua-renta annos.

Casara-fe muito moço. Ne-gociante prudente e feliz,' ha-via prosperado. Pouco amigodos prazeres mundanos, viveramais para sua familia do quep.ua si mesmo. Amulherhaviacorrespondido aos seus desejose dera lhe uma porção de fi-lhos.

As mulheres já haviam c -sádo. Os homens, formaram-^etodos no Rio e ficaram mesmopor lá.

Restavadhe Ehzabeth, a fi-lha caçula, sua Betinha comoelle a chamava.

— Anda, Martha ! Traze legoesse café.

E Martha, emquanto ia [ire-parando um ligeiro lunch, c m-tava ao marido as novidadescolhidas á comadre, após a sa-hida do cinema:;

—Sabe, Oliveira ? A filhadoPimenta foi internada no. col'e-gio das freiras. O pae, não s< i

— o —como, encontrou-a fora de ho-ras, conversando com o filhodo visinho, o Jucá.—Aquella menina ? Aquellaque esteve hontem aqui ? in-queriu Oliveira espantado.— Sim.. Aquella mesma. Ospaes dormem no sotão e ellaem baixo.

—Logo vi. Falta de cuidados!A menina devia dormir era emcima ! sentenciou o marido deMartha. Isso a mim não acon-tece.

—Felizmente aqui não hasotão e Betinha é uma meninade juizo, disse Martha.

—Ah! isso é. Deus nos livredelia ser igual á filha do Piraen-ta. Aquillo é lá educação que sedê a uma moça ! A menina fazo que quer... Nós saimos eBetinha ficou aqui, é verdade,mas eu duvido que ella se lem-bre de conversar com namo-rado.

—E' isso mesmo, Oliveira-Ah m de tudo ella não ficousó. Duda é uma mulata derespeito, uma velha de confi-anca. Ninguém a engana. E sechegasse a haver alguma coisapor cá, ella nos contaria tudo.P'ra isso ella é bôa.

O luclrestava terminado. Apalestra também. Martha, cum-primio um velho habito seu,cor-reu a casa toda, espiou os lo-gares onde podia se esconderalguém, bateu á porta do quar-to de Betinha e depois de secertificar da presença da filha,preparou-se para dormir, con-

Conto- de Tullio Lavenérc(Especial para NOVIDADE)

sciente de que não havia nadaanormal em sua casa. .

Poucos minutos] mais tardea luz foi apagada e o cas-d, con-tente de si. mesmo, não tardoua adormecer.

Somente Betinha não conse-guira conciliar o somno. A von-tade, o desejo de uma novaeo tre vista aquelh\s primeirosbeijos recebidos de um homem,faziam-lhe ingressar em ummundo de sensações extranhas.í ua carne tremia, ás vezes,sentindo o con!cto de unsbraços musculosos que a aper-tavam, ; perUvam . . .

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O voío proporcional

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(Especial para NOVIDADE) Moacyr Pereira

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Interessada, a Nação leu aentrevista de Pinto Serva queconsti ue ao lado de João Ca-bral e Assis Brazil a sub-com-missão encarregada de elabo-rar o ante-projecto da reformaeleitoral brazileira.

E' na ural que assim fosse,pois esta reforma é geralmenteconsiderada o mais importantefactor na rehabilitação da Po-litica no Brazil, escopo da Re-volução de Outubro.

Elogiamos no entrevistado ocivismo amplo que pede a col-laboração da opinião publicanesta phase de estudos, pre-paratoria d • G nstituinte.

Os conceitos emittidos i.á-quella entrevista que, limitadosembora ao questionário jorna-listico, abranger m um raiode acção superior ao da pro-pria commissão, s 10 algumasvezes incontestavelmente bons,outras, porem, discutíveis emesmo contr rios ao surto re-novador do momento.

Nas respostas dadas peloilustre publicsta ás questõesabordadas ba uma que nospropomos a examinar, discor-dando inteiramente delia.

Aquesião a que nos referi-mos, de valor excepci nal, tal-vez nos traga o remédio porque anceia o Paiz, integrando-ona sadia Politica, até agora ex-tranha ao nosso povo.Assim, ao ser inquerido so-bre o voto proporcional, PintoServa foi-lhe contrario. A nos-sa tristeza aggravou-^e ao ana-lysarmos as razões allegadas.

Respondendo, elle começa —• Parece-me que o a-sumpto écompl tamente ignorado pelaopinião brazileira».

Contestamo-Po. A não serque a elite da nossa opiniãonão s^ja a verdadeira opiniãobrazileira. Ha poucos dias Gil-berto Amado fez uma confe-rencia s bre a «apresentaçãoproporcional, seus effeitos emodalidades».

.,*.Um regimen eleitoral ado-

ptado, como mais adiante opróprio Pinto Serva confessa,no modelar e vizinho Uruguay,seguido em paizes cultos comoa Suissa,Bélgica, Áustria, Alie-manha e reputado como a m isalta expressão da Democracia,não poderia ser ignorado noBrazil.

Çominuando, após conside-rar-nos não preparados paraapplicarmos os processos -umtanto complic .dos» do *ys-thema cm apreço, aliás bas-tante simples na modalidadealleman, e de dizer que ondeestá em vigor exstem parti-dos já consolidados, elle pro-fere'as seguintes palavras :

«Esse systhema de voto exi-ge que o eleitor vote, não emindivíduos, em nomes deter-minados, mas em chapas d*partidos, em listas completasp r estes organizadas .

Acompanhe-nos o leitor naanalys- do período acima everificará que não é uma ra-zão contraria, mas a maiorpropaganda que se possa fazerao regimen. Sentirá queaquel'evoto como que foi feito paranós, e commigo, que é o anti-doto para o ven n > cahotico dopersonalismo brazileiro, poisresalta no voto proporcional asubstituição do individuo-pes-soa peloindividuo-idéa,docau-dilho pelo estadista, e nelle setroca © analphabetismo pelacultura.

; O douto Commissario con-cueem seguida o seu pensa-mento—Ora, no Brazil ha tal-vez 19 Estados em que nãoexistem partidos politicos, ondenao e possível improvisal-os ecomoé que nesses Estados todos os eleitores votariam emcrrpas de p rtidos? Seria É-norar as realidades brazileiras%Aqui tomamos a chave daquestão. Não que nos Estadosnao hajam partidos, porem os

existentes, na sua quasi tota-lidade, não podem ser tomadoscomo taes, oois que, não defen-dendo princípios de conduetanem tendo uma orientação rea-lizadora, serão expressões indi-viduaes, aggregados de pessoasambiciosas do Poder, mas nun-ca partidos politicos.

E a representação proporcio-nal forma com os partidos umcorpo só. Seria, por isso, in-adaptável ao paiz? E' o quepensa o illustre entrevistadolevando em conta «as realida-des brazileiras» que não igno-ramos.

Não ignoramol-as, por certo.Constituem-n'as os nossos com-plexos problemas...municipaes.E' o caso do padre fulano quedisputa ao coronel sicrano achefia do arraial, é ainda ogenro-doutor do Chefe quequer ser Prefeito... As soluçõesdaquelles problemas decidem asorte dos Estados e indicamem ultima estância as directri-zes da União.

São essas as «realidades bra-zileiras-.

Esquece-se Pinto Serva quea reforma eleitoral tem comoobjectivo abrir novos horiz'*n-tes á nacionalidade, dando umrumo differente á nossa velhapolitica que só nos poderia daruma caricatura de governo de-mocratico.

A.sua finalidade éjustamen-te corrigir, melhorando, a reali-dade politica brazileira.

A representação proporcio-nal não presuppõe a existênciade partidos, mas cria-os auto-maticamenf e, como julga AssisBrazil, ou melhor, corporiíica-os. colhendo e organizando aslatentes aspirações nacionaes.

Precisamos de partidos po-liticos e elles virão si não qui-zermos que o B-azil continuea ser um modelo de inculturacivica e de incapacidade admi-nistf ativa.

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1

7

So lidariedade de geração(Sobre o caso de Mendonça Júnior)

Ha uma profunda imagem de um grande escriptor bra-sileiro que fixa admiravelmente os deveres quase pungen-tes de s( lid riedade que os moços devem ter entre si: ade que uma geração é como'aquelle navio de que fala a almaterna de Alphonse Daudét —um navio onde todos, passa-geiros e tripulantes (mas sobre esse mar volúvel do tempotod s nós não somos apenas passageiros?) commungavamdos mesmos dias de caiímã e de tempestade, compartilhandodas mesmas emoções sentimentaes como das mesmas nos-talgias e abandonos..

E' duma solidariedade destas que precisa commungara geração moça de Alagoas a propósito do triste caso deMendonça Júnior.

Companheiros de geração, passageiros, assim, do mesmonavio, sentimos angustiadamente toda a intensidade drama-tica desse infeliz capricho do destino, qne de um golpe lan-çou á humilhaçòo do cárcere uma intelligencia brilhante e fe-cunda, e plantou uma cruz sobre um desventund'> corpo de20 annos.

Sentimos, de uma. vez, a desgraça d0 adolescente mor-to em Camaragibe e a desgraça maior, muito maior, doado-lescente cheio de talento e de ^sensibiidade que o tribunal dojury irá julgar por estes dias : a desgraça de MendonçaJúnior.

Ha homens que praticam crimes porque são criminosose outros que são taxados de criminosos porque commette-ram actos de qne a maior responsabilidade deveria caber maisao espirito grosseiro do seu ambiente do que a elles mes-mos.

Por isso é que Mendonça Júnior apparece aos olhosdos seus companheiros de geração com o mesmo ar dolo-roso de vict ma que tem o outro : de victima do ambiente*De victima do destino De victima da própria vida, o que émuito mais terrível do que se ser victima da morte. Mais ter-rivel porque, quando se tem a forte sensibilidade de umMendonça Júnior, o sofrimento é e'erno.

Dahi a necessidade moral que a Justiça tem, em seme-lhantes casos, de agir como enfermeira de almas despedaçadas

pela tragédia da vida, e não como carrasco de corações. E'

que o maior castigo está justamente nessa repercussão dra-mat:ca*de sua senti-raentalidade, como é o caso de Mendon-

ça Júnior.

A;

8c I N pr M A_.¦¦¦_.._¦_. ,.- . ...,_ —. ——_¦___——______

Filmes da guerra

mO celluloide norte-americano já explorou de mil fôrmas e sob mil

aspectos a guerra européa.Já se faz preciso hoje um cunho de originalidade quasi impossi-

vel para conquistai effeitos einematicos de grande suggestão.E por isso que Ali quiet on the western front (Sem novidade no front), a

extraordinária producçao da Universal sxtrahida do livro admirável deRemarque, se tornou o maior filme do anno.

E um filme original, porque é um filme intensamente dramamtico e mal, vivido por uma geração ferida pela tragédia, uma geraçãode mutilados mesmo sem muletas.

Agora todo o mundo de «fans» do Rio se abalou com mais umncinti-reportagem da gr mde guerra: _ánjos do Inferno, da l/nited-Artistscom a figura impressionante de Jean Harlow — J. B.

Segundo recentes estatisti-cas, ha nos Estados Unidos2?5.000 operários empregadosnos trabalhos cinematographi-cos Os studios dão trabalho a30.0 0 figurantes.

A Inglaterra ei prega so-mente 7< .0f>0 • perarios em tra-balhos destinados ao cnema.

Limite será, talvez, a maiorproducçao basileira. Isto é,com o cinema, será, em verdade,a primeira.

Mario Peixoto cosseguiu,com o apoio do Chaplin Club,do Rio, fazer cinema puro, ci-nema como o idea! dc arte deCharles Chaplin.

Joan Crawford, Derothy Ma-ckaill e June Collyer,as ppque-nas mais elegantes da cidadetio cinema, vão ter novamenteao seu lado a sua mais forteconcurrente: Gloria Swanson,uma das mulheres que melhor -se vestem no mundo. £

mIPara Richard Arlen a estrella «mais sympathica de Hollywood *é Jean Arthur e a maior detodas Greta Garbo.

John Barrymore é um homem

que já levou uma vida de prin-cipe, com a convivência inin-terruota com reis e rainhas eduques e condes. E ainda aleva, mais ou menos.

Pior era quando no «NewYork Eveni-g Journal* elle vi-via de lazer caricaturas.

William Boyd andou umaporção de tempo sem dar noti-cias de si.

Andou por baixo com a his-toria de cinema sonoro.

Mas agora elle voltou. Aínvernada, que a Universalapresenta na «soirée» do Fio-riano amanhã, è uma resurrei-ção d > querido William Boyd

Edessi vez elleapparece aolado de Lupe Velez.

Por estes dias teremos emMaceió uma optima reprise:Broadway Melody.

E' o filme de ouro da Metro,com as principaes figuras decinema sonoro : Chalés King,Annita Page e Ressie Love.

T. Céo é um admirável filmde Borzage em que tomam par-te Charles O' Farrell e JanetGaynor.

Claudette Colbert diz quenão supporta Gary Cooper:«um homem extráordinariamen-te graide mas extraordinária-mente ingênuo.»

Historia de Nancv CarollAancy Carrolljá foi pequena.Foi quando andava em palco, num theatro desegunda hnha, nos confins da America.Disseram que ella era «bòa» de verdade, fi-zeram elogio, essas coisas...¦ Bem. Quando ella menos esperou estava nocinema.

; Mas o cinema naquelle tempo era uma esve-cie de mvencão de De Mille. Só elle è que ex-piorava. E era principalmente mudo.chronhâdJ qm Nu"C1/ em Uma garota syn-

Por isso é que parece que o cinema sonorofoi inventado paia Nancy CarollPorque nunca se viu uma coisa se dar tãocTwlim Wm PeSSÔa C°m0 °S "talkies" e Nancy

ente üg0TÜ *W° ** *m ^aIarPortuSuês,minha

Coisa louca..

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;¦*..'''

9-

Ifiti poefa,O poeta não é somente um poeta.

E' prosador, é critico, é medico também.Ou melhor: é Jorge de Lima. Como poe-ta Jorge de Lima tem o caso idertico aodesses pobres artistas de palco, cuja his-toria o cinema sonoro está explorando a

? torto e a direito: começa em theatro desegunda linha e termina imevitavelmen-te em Broadway. Jorge entrou pelo par-nasianismo de «accendedores de Íem-peões» e acabou na poesia pura de«Poema de duasmãosinhas».

Mas elle não se satisfaz com isso*Vae cair na historia. Isto é : nt Historia-Está fazendo um grande livro: Noiassobre o sentimento religioso no Brasil.Um livro admirável que ainda saiiá esteanno.

.*

A caricatura é de Jorge de Lima,como o imagina Carlos de Gusmão. Cari-catura em synthese. Tudo o que é cara-cteristico em Jorge de Lima está nessesligeiros traços de nankim. Por isso é quea caricatura éoptima. E, além de tudo,moderna e original.

Sobre o caricaturista tem-se a dizerque é um homem serio, advogado, etc.

O que não é positivamente seria éa sua maneira de ver as coisas. Estra-nhamente. Iromcamnite. Tudo no mundotem as suas faces engraçadas. Até umenterro de segunda classe, que é a coisamais triste da vida.

Si Carlos de Gusmão fizer com nan-kim esse enterro a gente forçosamentetem que rir, é o jeito. Parece que toda agraça de Carlos de Gusmão esta no frascode nankim...

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equiftt 6(Especial para NOVIDADE)

itiutradoDIEGUES JÚNIOR

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No anno de 1859 chegou aoBrasil,com credenciaes illustrese honrosas, um celebre pintorfrancês Chamava-se FredericoBiard.

Trouxe cartas de recommen-dação a D. Pedro II por quemfoi logo recebido.

O famoso pintor já haviaperlustrado Malta, Chypre, Sy~ria, Alexandria. Tivera a au-dacia de affront ir os gelos deSpeltzberg e da Leu nia. Qn -drosseus figuravam honrosa-mente nas galerias de Luxem-burgo ejde Nimes de Lu z F lip-pe, do imperador da Rus ia,da duques i d-e Berfi, do c s-tello deSaint-Cla» d e etc.

A tudo isso as cartas se re-feriam e tudo isso elle reaffir-mau.

Trouxera-o ao Brasil o in-tuito de augmentar a sua pina*cotheca c m quadros da natu-resa brasilica.

D. Pedro, coração abertopara o melhor acolhimento atodos os artistas, dispensou aBiard grandes attenções.

Depois de certo tempo de suaestadia aqui o pintor francês seinstallou no paço da cidade,«justamente por baixo do Ins-tituto Histórico*, segundo af-firma o sr. Mello Moraes Filho(Historias e costume**}.

Biar ' fez retratos da Impera-triz, dos príncipes e, entre ou-tros, um grande de D. Pedroá paisana. O desejo do pintor,no entanto, era fazer um retra-B_ie»__seitj

NOVIDADE - é compôs-ta e impressa nas officinastypographicas da Liv. VillasBoas

to de S. M. cm traje de gran-de gala para abertura e en-cerramento do Parlamento.

Não hesitou em pedir aoImperador permissão paa tal.

Antes mesmo de terminar oretrato á paisana fez o pedidoe o obteve.

D. Pedro mandou levar á ca-sade Bard o que era precisopara tal fim: a coroa, o sceptro,o manto de velludo e ouro, atúnica de seda, os adereços, etc.Faltava, porém, uma coisa, Queera, aliás, de certa importan-cia. Um manequim para lhevestir o traje uma vez que nãoera possível um modelo vivo*Foi diíficil encontrar um quemedisse a mesma altar, doImpptador: seis pés menos duaslinhas. Finalmente, depois demuita procura, foi encontradoum que no mom< ntò estavaoccupado na Academia deBellas Artes. O director destacasa, porém, prometteu quelogo que desoccupasse man-

Pelo Brasil!Dar preferencia aos pro-1

duetos nacionaes étrabalhar pela indepen-

dencia econômica |do paiz.

E assim ~~ hoje, mais dnque nunca, qu» «o Brasil

espera que cada umcumpra com, o seu

dever /¦»manntrTaaacxmvntnmvtutsrra tmmxmmmasnamaaB

daria levar em casa do pintor.Biard se preoecupou com tal

coisíi. De facto tinha razà >porque não era brincadeira terem sua casa, sem segurança,riquezas taes.

*#

Certa noite um vulto deho-mem conduzindo pesado fardochegou á porta de Briard. Ba-teu. Ninguém. A pessoa dei-xa lá o fardo e vae embora.Lá para as tantas da noite che-ga o pintor e vindo para seuquarto percebeu alguém naporta. Uma forma humana es-tava encostada. Biard tremeude medo. Pensou de si para sique era algum ladrão ou mal-feitor que, sabendo das rique-zas que tinha em seu poder,vinha fazer uma das suas.

Recuando dois passos, tre-mulo indagou quem era.

Nenhuma resposta.Encorajando-se Biard avan-

ça e esmurrn o vulto aos gri-tos.

Com o baque do corpo nochão açodem oscreados e mo-radores.

Passados o*^ primeiros mo-ment s Biard, dando conta desi, solta uma gargalhada gos-tosa, emquanto todos os pre-sentes olham para elle, rindotambém.

Biard havia esmurrado o ma-nequim de seis pés menos duaslinhas que lhe fora promettido.KQ___WC_ini

Os collaboradores de NOVI-DADE - têm absoluta inde-pendência de idéas __________

POEMA-11-

§Solidão

(Especial para NOVIDADE)

Os cinemas já estão fechadose os rapazes bohemios abandonaram o bar.Agora este silencio que enche as ruas adormecidase se derrama pelas arvores e pelas pontes,começa a penetrar no meu quarto.Ha uma serenidade evocativanesta mêsaautiga em que rascunho os meus poemas,nestes livros inúteis que os amigos me emprestam,nestes retratos queridos de meu pae e de minha irmã.

Vejo brotar em mimlembranças afastadas pelos annos.queixas e lamentos que provoquei,tormentos e martyrios que tenho sentido.

Me sinto pouco a pouco menor do que sou.E um arrependimento sem soluços exterioresque parece não querer perturbar este socego penetrado de mysteriome colloca mais próximo de ti, Senhor.. .

Carlos J. á>uarfe

Joemn da chuva(Especial para NOVIDADE)

Tanto rapaz molhado tanta moça molhada INesse rythmo miúdo de chuvaalonga-se o rythmo da vida

Não se brinca mais de barquinhos de papel

Ninguém pergunta si este tranvia vae até o portoonde os navios philosophicos e pensativosdormem o silencio de lâmpadas electricas

A rua deserta de rumoresse inunda em água mansa do céo

Sinto os meus pés molhadosmeus olhos estão humidos

Não se brinca mais de barquinhos de papel

A prefeitura dotou a cidadede uma optima rade de esgotos

Sosê ./luto

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¦•**.

,.:.¦».

¦.aa»! vürjífe'.

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D r—Li R E C I F E

:mMM :M-m&$>y>*i>eziJi- i^*Xqsti&i8Jm w$f4&m£timrt

(CoriespDndencia de Raul Lima,especial para NOVIDADE)

A nova e grande mania de Recife—«Pê-erre-a-pé- Radio Club de Pernambuco»

-"Em toda parte e a qualquer hora.

Recife é actualmente umacidade em absoluto empolgadapel» radio.

0 Radio C!ub de Pernambu-co tem um prestigio que ab..foucompletamente as noticias daSanta de Tigipió. Por falarnisso cu digo de passagem,agora que eilajáéuma humil-de detenta, que, pelo mesmomotivo por que nunca fui ver oPeixe-Hoi aqui, nem subirn aoPãò de Assucar, no Riy nuncafui ver o arraial dè dona Isabel.E, t mbem a propósito, nãosei por que tanto interesse de-monstrado por um jorn íl clahiem arranjar uma santa, porquenão tem sido esqueno o traba-lho que o artigo tem dado ápolicia dc Minas e á de Pernam-bueo.

Mas... ao assumpto.A"' hora em que escrevo es-

tas linhas Recife quasi todaenche os ouvidos com os cons*tantes programmas do RadioClub. Nem se s ibe como dis-tinguir já as casas que aindanão têm sobre os telhados asduas varas das antenas.

E durante o dia todo e, ánoite, até as dez horas, os Te-lefunken e os Philips não pa-ram de func/nnar.

Vai se passando e o que seouve, desde de-m-nhã é «Pêerre arpe. Radio Club de Per-,nambuco». Yd a voz sempre'eloqüente do speaker que in-tercala os discos e os númerosdo prográmma com reclamesde casas commerciaes e nomesde novas pessoas que adquiri-ram seus radiosinhos e que,desse modo, devem associar-se ao tf adio Club.

Das confeitarias, dos bars,dos sete andares do Hotel Cen-trai, saem sempre as programmações do Pê-erre-a-pê.

Desde as onze da manhã sãoirradiados «discos Colômbia,sem chiado, oííerecidos pelacasa Byington».

A' noite ha sempre ifrria no-vidade, uma programmaçãocuriosa. E\ a senhorita Lady-claire Ferreira que canta eminglês os mais bellos bluesamericanos, como O range bios'som time ; é seu irmão NelsonFerreira tocando optimas coi-sas ao piano, quando não re-solve aggredir o sentimenta-lismo alheio com uma valsa ; éa senhorita Maria de LourdesSouza Eeão que declama bonsversos; são professores doConservatório Pernambucanode Musica que honram p pianodo studio; é a senhorita Cei-ção de Barros Barreto tirandolindas coisas do seu violino ;éAscenso Ferreira recitandoTrem de Alagoas ; é, final-mente, o senhor Mario Mello,nvnha gente, tocando uma gai-ta histórica.

Os raros cidadãos que nãotêm ainda em casa nem nacasa do visinho um Telefunken,ouvem sempre tudo isso apenastomando uma salada de fructasno Armazém da Rua do Rangel.

Foi lá, justamente, que eu,outro dia, deante do arco-irisde gelo de um combinado, sen-ti coisas bem estranhas, comosaudades e desencanto da vida,porque o prof. Ernani Bragaestava mettendo Chopin emcima da gente.

Map o que é verdade é queo ra lio matou mesmo a vitrola.O radio não era tão bom

porque só se tinha a horascertas. Mas agora setem atoda hora. E, o que é mais, atéde relógio serve porque a mar-cação do tempo é também ir-radiada pelo Pé-erre-a-pê.

D \ C O SComo ainda não ponde

chegar para nma cidade pe-queria e pobre como Maceióa mania do radio, como emRecife actualmente, continuavigorando a moda das vitro-Ias. Foram mesmo as vi tro-ln> que fizeram a alma con-tante de nossas ruas tristes.Por isso NO VIDADE man-dou-nos a uma das discolan-dias di. capital, a Casa Ame'ricana, e ouviu alguns discos,que recommenda n todos osque se interessam pela boamusica..- L

Clássicosav iMBaalaaWaalaalaaaaataaMaWaal

9006 — La Yrrbena dela Paloma(Fantasia) Ia. e2a. partes — RandaMunicipal de Valencia.

91500 — Guarany — Sinto unafona indomita —1a. e 2". partes

'f-

Dueto final do 1*. acto -Tenor Reise Silva c soprano Carmen Gomes,com orchestra de soláu.

800! — Ave Maria - Back Gou-nod — Soprano e violino.

'9006 - The Walkync Tire Mu-sic (Wagner) ia. e 2c partes — Sym-phony Orchestra.

6641 •;.- Rigoleto - Alfied Cortouao piano — 1 . e 2a. partes.

6614 — Carnaval de Veneza — 1a.2a. partes—Vocal com variações, pôrToti Del Monte.

6651 - Wagner¦— Abertura — já.e 2i\. parles — Chicago SymphonyOrchestra.

PopularesMatP i aaW aaaaaftaaaaaaaM TB—

22384 — Ali i want is just onefrom picture — Fox do film *Para-ifiountem Grande Gala».'* — .

22258 - The Rogue song - Foxde um film da Metro.

22073 - Waiting at lhe road —Fox do filia da Metro «Hallelujah».

22244 — Youdo SometMng tome—Fox From the Musical Comedy Fil-ti Ylilli n Frenchmem.

S@ C I E D A P~RO boato ...

Naquella tarde chovera muito.Pedi mais um cigarro ao dr, X. Fal-lava-se dos ultimou boatos em torno dos homens e dos coisas da Re-volução.

—Sobre boatos - disse Mlle Y,de pé, mostrando a elegância doseu vestido pérola—este é o melhor!

E leu:

«Constantinopla, 26 — Nestacapitíil milhares de turcos egreg<->s, alarmados por boatosde que o inundo ia se acabar,andaram em pânico.

Ninguém se commoveu. Houve umsilencio mal educado por parte denós outros. EMlh meio encabidada:

—Boatos desse gênero não se in-ventamnesta terra!

Sorri e apartei discretamente:—Epara que um boato tão alar-

mante ? .. .Um suspiro longo, amoroso, veio

á tona serenar a ondulação atlan-tica daquelles mysteriosos seios. EMlle., feliz, estendeu-me a swa mão-sinha rosada onde vipela primeiravez, uma aíliança de noiva.

—E por isso que eu desejo umboato bem forte, pérqtie Ellc.e tudoandava com pressa... o casamento...tudo... tudo...

No dia seguinte Mademoüelleacordava-me com este tehphonema:

—Embarco domingo para Cons-tantinopla...

Abellard

Registo de AnniversariosHOJ E:

dd. Antonia de MendonçaBraga, Antonia de BarbozaGondim, Antonieta Lessa, Ma-ria Wanderley Caparica e Ma-rieta de Araujo Jorge ; senho-ritas Antonieta R. Lima, An-tonia de Mello Silva e Antonie-ta Nunes Silva; srs cel. Agra-rio Almeida, Ant< nio BragaFilho, João Sar-ivade A. Gal-Vão, Antônio Marinho Falcão,0 ympio da Costa Menezes eAntônio Leoncio.

AMANHA:

dd. Isaura Soares Albuquer,que, Idalina Oc«avia da Silva,Eudocia Coelho de Oliveira,Maria José Costa Moraes, Ame-lia Marid do> Santos, VirgíniaLeite da Silva e AntonietaBarros ; senhoritas Maria He-lena Torres Bida, Clarice Pe-nedo e Laura Jucá Rego; srs.Manoel Araujo, Octaviano de .Menezes Silva e ElysioChagas,'-

DI \ 15 ir•

d.Es'ephani i Braga de Men-donçi ; senhorita Maria doCarmo de Araujo Mesquita ;sr. Cap.-Tte. Mario Diniz deAraujfl.

DIA 16 :

dd. Belmira Oliveira Mello,Mara Luiza Buarque de Paivae Thereza Goulart Pimentel;srs dr. Mendonça B aga eJosé Bittencourt Almeida.

DIA 17 :

d. Olindina Luis ; senhoritasLily Lages e E ila Moreira deAlbuquerque; srs dr. JoséPaulino Sarmento, Amaro Ca-va'cante, Dermeval do RegoLima e José de Omena Tel-les

DIA 1»:

dd. H rlencia Campos Oli-veira e Francisca Sál'es Car-neiro; senhoritas Leticia Mo-reira. Maria B do Carmo, Othi-lia Oliveira, Maria Belthilde, eRosaura Machado ; srs. JoséMarinho dos cantos e José deBarros.

ÜIÂ19:

dd. Leopordina Leite, Edi-th' amerino, Julia Pereira Cos-ta e Mana Antonietta Santos.'senhoritas Lili Braga, Si:nha;zinha Ribeiro Sal'es e LuizaAraujo ; srs. José Lourival daCosta, Amphilophio Ribeiro,Eduardo Branco e João Santos.

Modas

Nas toilettes de noite é que ma-demoiselle tem melhor opportuni-dade de mostrar-se elegante.

Os vestidos com que nos apresen-tamos no footing, durante todo odia nos escriptorios, não requerem»em geral, o máximo de capricho.

A propósito de vestidos de baileminha amiguinha Melle. J. A. medizia ante-hontem. com muita tris-'teza, haver notado que em nossa*reuniões elegantes não apparecemquasi as graciosíssimas luvas depellica ou de peau de suéde ape»zat de estarem tão em voga.

Eu, por mim, acho adoráveis asluvas e aconselho que mademoisellenão dispense quando usar um en-semble de toile de soie branco, rosaou verde o complemento ultra mo-demo de compridas luvas pretas.

Mary

Festa

O Club de Regatas Brás 1,reabrirá, seus salões, segundose commenta nas rodas mun*danas, para a trad cional «fes-ta dos Pedros» no fim destemês.Ofierlas

De passagem por esta capi-tal, o sr. Rocha Brasil, Inspe-ctor Geral no Norte da firmaRocha Poças & Cia., firma mi-neira exportadora de mantei-gas, offereceu-nos alguns brin-des-propagiuida : lápis e ban-deijas reclames das conhecidasmarcas de manteiga Garça.Diamantina e Invencível.

E' representante destas man-teigas, no Estado, o sr. JoséLuiz de Oliveira.

O sr. José Luiz de Oli ve iraoffereceu á NOVIDADE algunsdetlaés e porta-agulh s, brin-des-reclames da fabrica de re-troz «Gutermann», de que èelle o representante na praça. :3

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O português Chico PançaVoltando ao paiz nativoLevcu contente a SUXTHNÇA,E de elogiar não se cançaO gostoso apperitivo.

E recommenda (é um gozo!)Ros amigos lá da B_iraO produeto milagrosoDa catingueira rasteira.

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¦7 f77 .*; A' v7 .-i

No Cinema CapitólioA COMEÇAR DE AMANHA:

INCONSTÂNCIANova appanção de Claudette Cobert (a de «Romance de Veneza») com Norman Foster,

Charles Ruggles e Ginger RogersE mais dois esplendidos ''shorts"

ASEGNIR:

D A T\1C\ A 71 ll ® §ran(^e film de Emil Jannings e Marlene Dietrick.^ "A*J^ r-i^/U-L Uma extraordinária producção Ufaton

A esplendida revistada Metro, com Charles King,Bessie Love e Annita PageBroodway Melody

Noivado de Ambiçãor _ Nanry Caroll falando português. Nancy Caroll~ e muita gente mais—Uma homenagem da

Paramount ao publico brasileiro

Na matinee elegante, amanhã:

Negocio da ChinaComedia da Metro com a dupla Karle Dane e George K. Arthur mais losephina Dunn

e Polly Moran

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— 16-Brasil-lnglaterra

uMMM .«.**«.«<

Quando o Principe de Gallesesteve no Brasil encontrouuma coisa que agradou immen-samenteo seu paladar de snobmilliona io. de e çador do ex-quisiío e do novo: o maxixe.Na verdade é o maxixe urnadas pou quis-imãs coisas doBrasil que se podem apresentarás visitas decentes com a eti-queta nacional».

O principe gostou do maxi-xe. Sua elegância acostumadaao exótico se deu bem com orythm > rnollengo e sensual domaxixe. Então fez o seguinte:'evou o maxixe para Londres.Com» todos o. turistas, quelevam sempre photographiaspittorescasdas terras por ondepassam.

Em compensaçAo o Principede Gal-es deixou no Mrasil um ilembrança da Inglaterra: o gol'fínho, o goif inglês em minia*tura, uma espécie de bilharsem pernas e com uma bola só.

E resolveu-se assim o casode importação do nosso me'lhor produeto e a exportaçãode um produeto estrangeirosem grandes prejuízos para a-nação.

*

t-

Entrevistas colleciiyas

Para os espiri os sérios amoda é apenas uma coisa fri-vola que só aos frivnlos inte-ressa. Porém o que é certo éque a moda anda por toda par-te, bole com todas as coisasdomina todas as questões.A Revolução mesma, queveio com a bôa intenção de li-vraro Brasil dos mãos hábitospolíticos, não conseguiu eximir-se das modas.

A mais curiosa dellas, paracitar a mais commum, é a dasentrevistas coílectivas á im-prenda.

Hoje em dia um desses ho-mens públicos quer concertar obolso lutado de um thesouro,ou construir uma entrada deferro ou provar as utilidadesdas commissões de syndican-cias,chama os srs. rèpresen-tantes da imprensa e fica peloíigurim político mais moderno

Como se vê, em politicacomo em elegância, as estaçõesvariam, porém os figurinos mu-dam muito pouco...

Ií'Tliilhii CAI.UIIIIHI INillllnfvl IIIIIIIIHHIIII

as,

niiillliiHllii iiiiilmi aaaaaMaaaUalaãUUfcaUl U

Semanário üluslrado

Numero 10 13-6«Q31

Direcção deAlberto Passos Guimarães

eValdemar Cavalcanti

AssignaturasSemestre 10WiOAnno 183000Numero avulso S400

Toda correspondência para a Rua Barãode Atalaia, 33. Maceiô-Alagòas.

As collaborações devem serabsolutamente ínedilas.

Collaboração especial de Jorgede Lima, Graciliano Ramos; Gue-des de Miranda, Onando AraújoArthur Accioly, Carlos de Gus-mão, Lima Júnior, José Lins doRego, sebastião )•». Dias. De Ca-valcanti Krcitas, Álvaro Poria,Thèo Brandão, Auryno Maciel,Luiz Lavenére, Javmè d'AltavillafMiguel Baptista, Abelardo Duarte,Barreto l-alcàò, Êsdras Gueiros,José Auto, Willy Lewin, AloysioBranco, Mendonça Júnior, CarlosPauri lio; Mendonça Braga, RaulLima, Aurélio Buarque, F. Mar-roquim Souza, Paulino Jorge,Moacyr Pereira, Abellanl Franca,Rocha Hlho, Diégúes Júnior,Carlos J. Duarte, Álvaro I vns;Lauro Jorge, José Braga e outros

Repórter — photographico - ACajueiro

Credito Muíuo PredialSociedade de

Sorteios que se impõePelos seus

Processos

CHAVES 4 Cia.Rua Dr. Rocha Cvíe, 550Maceió-Alagôas

MiaiMimn

'• 'í-'

A

Um reverondoem pançasO «Diano Carioca» publicouha dias um escand loso tele-

gramma cie São Luiz do Ma-ranhao : .«Realizou-se festiva-mente o baptizado do pnmo»e-níto do padre Serra, interven-tor federal neste Estado. ()menino recebeu na pia baptis-mal, etc

Logo que teve conhecimen-to da aceusação, osr.AstolphoSerra telegraphou ao presiden-te da Republica e a outras au-toridades, defendendo-se calo-rosamente,decl rando que tudoaquillo é uma calumnia infame,chegando a affirmar que desejaabandonar o cargo «por com-provada inépcia», mas nào emvirtude da falta que lhe attri-büern.

Ácredifa-se que o sr. padreSe ra seja de facto um eccle-sustico sisudo e que o filho quelhe deram tenha apenas umaexistenria telegraphíca.Infelizmente, porem, neste

desgraçado paiz as primeirasinformações têm muita força ea reputação dos homens pu-blicòs fica ásv vezes sujeita ásleviandades de criaturas quenão têm reputação nenhuma.Seria effectiv -mente dolorosoque o sr. padre Serra entras-se na Historia como um pa-triarch.;.

O café Bergarnini

Quando no Rio todo o mun-do esperava ansiosamente o«Café do Felisberto» de Mau'nce Chevalier, abriirse, comespanto geral, o Café Ber'gamini, 0 que foi, já se vê, umgolpe de intelligencia do pre'feito do Rio, aproveitando apropaganda de um café de pia'das e canções fornecido pelaParamount para popularizai oseu, de chicara a 100 réis.

O Assyrioperdendo a sua a'ristocracia de grande centromundanoe a 'quirind • a fregue"sia popular do café-concerto.t"*mouagora uma melancólica fi"gura de ruina,á maneiradaqucl'les desgraçados príncipes rus.sos obrjgados,pela revohição.atomarem o smoking surradode garçon num cabaré de se'gunda classe em terr < estra*nha.

Jrm-