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1 SENADO FEDERAL Comissão de Serviços de Infra-Estrutura Sabatina de Jerson Kelman para o cargo de Diretor-Geral da ANEEL 14 de dezembro de 2004 I – O Setor Elétrico II – Agências Reguladoras III – Desafios da ANEEL

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Page 1: 1 SENADO FEDERAL Comissão de Serviços de Infra-Estrutura Sabatina de Jerson Kelman para o cargo de Diretor-Geral da ANEEL 14 de dezembro de 2004 I – O

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SENADO FEDERAL

Comissão de Serviços de Infra-Estrutura

Sabatina de Jerson Kelman

para o cargo de Diretor-Geral da ANEEL 14 de dezembro de 2004

I – O Setor Elétrico

II – Agências Reguladoras

III – Desafios da ANEEL

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SENADO FEDERAL

Comissão de Serviços de Infra-Estrutura

Sabatina de Jerson Kelman

para o cargo de Diretor-Geral da ANEEL 14 de dezembro de 2004

I – O Setor Elétrico

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Papéis Institucionais no Setor Elétrico

• Congresso Nacional• CNPE• MME---------------------------------------------• EPE• ANEEL• ONS• CCEE

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Consumo 290.000 GWhConsumidores de energia 53 milhõesTaxa crescimento ~ 4,5%/anoConsumo per capita ~1700 kWh/anoTarifa média (maio/2004) R$ 0,18601/kWhReceita anual ~ R$ 60 bilhõesLinhas de Transmissão ( ≥69 kV) ~ 200.000 kmRede Básica (≥ 230 kV) ~ 90.000 km

Oferta de Capacidade – 2004 (Fonte: ANEEL)

Usina Hidrelétrica 66.940 MWPCH (< 30 MW) 1.210 MWUsina Termelétrica 15.871 MWUsina Nuclear 2.007 MWEólica 22

MWSUBTOTAL 86.050 MW Importações (com Itaipu) 8.170 MWUsinas Emergenciais 2.050 MWTOTAL 96.270 MW

Dad

os

Co

nso

lidad

os

UHE 72%

Eólica

0%

UTE

15%

Importada

9%

UTN

2%

Emergencial

2%

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• 1.021 agentes geradores

• 64 distribuidores

• 36 transmissores

• 45 comercializadores

• 53 milhões de unidades consumidoras

• 408 consumidores livres

Agentes Setoriais

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Acréscimo Oferta de Energia (MW)

* Potência que entrou em operação entre 2001 e 2004 ** Excluindo-se os 2.005 MW das térmicas emergenciais Nov/2004

5.597

14.501

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

1981-1985 1986-1990 1991-1995 1996-2000 2001-2005

14.237*2001 = 2.506 MW2002 = 4.638 MW2003 = 3.993 MW2004 = 3.100 MWMédia

2.428 MW Média

1.159 MW

Média3.425 MW

Qüinqüênios

Méd

ia n

o P

erío

do

ANEEL(dez/1997)

12.141

17.126 **

Média2.900 MW

Média2.628 MW

13.143

Pós-ANEEL: entrada em operação de 26.185 MW ou 3.740 MW/ano, quando o País precisa de 3.000 a 3.500 MW novos por ano

Fonte: ANEEL

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Sistema Interligado Nacional - SIN

Sistema Hidrotérmico de grande porte

Aproveita a diversidade hidrológica em função da operação coordenada dos reservatórios

Transmissão de grandes blocos de energia e a continuidade de suprimento

96% da geração no país faz parte do SIN

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Potencial Hidrelétrico

Total estimado 114 GW Participação no potencial nacional 44%Em operação/construção 8,97 GW

27 GW10%

10,14 GW

35 GW14%

8,69 GW 43 GW16%

21,59 GW

42 GW16%

18,49 GW

Total Nacional: 260 GWOperação/Construção: 34 % Inventariado: 46 %Estimado: 20%

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70%

Potencial (milhões Gwh/ano)

Total utilizado

Percentual utilizado

Potencial Hidrelétrico

70%

1.0

72%

0.8

América do Norte

Europa

33%

1.6 6%

1.0

21%

3.6

América do Sul

África

Asia

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Ca

pac

idad

e (

MW

)

2.889 3.460

285

3.54824%

1.676

7.583

2.089

1.152

6.35743%

3.457

1.7252.060

4.099

12.310

8.021

14.724

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

2004 2005 2006 2007 2008

Graves Restrições Com Restrições

Sem Restrições

2.34516%

Dados atualizados em 15/10/2004 (excluindo-se os

2.005 MW das térmicas emergenciais)

Situação dos Empreendimentos de Geração

Entrou em operação em 2004

2.47417%

18.000

1.266

(outubro/2004)

909

4.81

9 M

W

Fonte: ANEEL

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SENADO FEDERAL

Comissão de Serviços de Infra-Estrutura

Sabatina de Jerson Kelman

para o cargo de Diretor-Geral da ANEEL 14 de dezembro de 2004

II – Agências Reguladoras

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Falhas de Mercado↓

Agências Reguladoras

• Surgiram nos EUA, no século XIX, na esteira de legislação anti-monopolista

• As agências brasileiras adotaram os mesmos princípios

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Estado empreendedor

Estado regulador

• Não havia $ no setor público para investir na expansão do sistema

• Liberalização do setor (geração) → o custo marginal de curto prazo daria o sinal econômico para novos investimentos

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Sistema Sul-SudestePreços no mercado atacadista de energia (US$ / MWh)

0

50

100

150

200

250

300

350

ago/

95

nov/9

5

fev/9

6

mai/

96

ago/

96

nov/9

6

fev/9

7

mai/

97

ago/

97

nov/9

7

fev/9

8

mai/

98

ago/

98

nov/9

8

fev/9

9

mai/

99

ago/

99

nov/9

9

fev/0

0

mai/

00

ago/

00

nov/0

0

fev/0

1

mai/

01

ago/

01

nov/0

1

fev/0

2

US

$/M

Wh

Problema: em sistemas hídricos, preços “spot” são quase sempre baixos; quando sobem, por efeito do esvaziamento dos reservatórios, já é muito tarde para novos investimentos

Problema: em sistemas hídricos, preços “spot” são quase sempre baixos; quando sobem, por efeito do esvaziamento dos reservatórios, já é muito tarde para novos investimentos

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Conselho Mundial de Energia

Em vez de modelos muito sofisticados, baseados na competição dos agentes no mercado atacadista de energia, é preferível a adoção de um modelo mais simples, baseado na combinação de mecanismos de mercado com planejamento governamental.(Electricity Market Creation in Asia and Pacific, 2000)

É fundamental a estabilidade e previsibilidade regulatória: freqüentemente o benefício causado pelo “aperfeiçoamento” de alguma norma regulatória é menor que o prejuízo causado pela mudança da percepção de risco por parte dos investidores.(Energy Market Reform – Lessons Learned and Next Steps with Special Emphasis on the Energy Access Problems of Developing Countries, 2004)

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Confederação Nacional da Indústria

A substituição do investimento público pelo investimento privado em setores altamente intensivos em capital, como as áreas de infra-estrutura, que exigem longos prazos de maturação de investimento, requer regras claras e estáveis que justifiquem o ingresso de agentes privados.(A Experiência Internacional das Agências Reguladoras e a Avaliação da Proposta de Lei Geral Brasileira, 2004)

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Agências ReguladorasObjetivos

• Proteção do consumidor

• Proteção do investidor (garantia para investimentos em infra-estrutura com longo período de maturação)

• Universalização do acesso

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Agências ReguladorasCaracterísticas

• Independência decisória (...e autonomia)• Transparência • Excelência técnica• Ausência de subordinação hierárquica• Instância administrativa final• Discricionariedade técnica• Mandato fixo dos diretores

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SENADO FEDERAL

Comissão de Serviços de Infra-Estrutura

Sabatina de Jerson Kelman

para o cargo de Diretor-Geral da ANEEL 14 de dezembro de 2004

III – Desafios da ANEEL

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Descentralização

Convênios celebrados (13)

Agências criadas sem delegação (06)

Em entendimentos com a ANEEL (08)

ARCE (CE)Agência Reguladora de Serviços

Públicos Delegados do Estado do Ceará

ARSEP (RN)Agência Reguladora de

Serviços Públicos do Rio Grande do Norte

AGERBA (BA)Agência Estadual de Regulação de

Serviços Públicos de Energia, Transporte e Comunicações da Bahia

CSPE (SP)Comissão de Serviços Públicos de

Energia

AGER (MT)Agência Estadual de Regulação

dos Serviços Públicos Delegados do Mato Grosso

AGESP (ES)Agência Estadual de Serviços Públicos

ARCO (SC)Agência Catarinense de Regulação e

Controle

AGR (GO)Agência Goiana de Regulação, Controle e

Fiscalização de Serviços Públicos

ARPE (PE)Agência Estadual de Regulação dos

Serviços Públicos Delegados de Pernambuco

AGEAC (AC)Agência Reguladora dos

Serviços Públicos do Estado do Acre

ASTINS (TO)Agência de Serviços Públicos

Delegados do Tocantins

ARSAM (AM)Agência Reguladora dos Serviços

Públicos Concedidos do Estado do Amazonas

ASEP (RJ)Agência Reguladora de Serviços

Públicos ConcedidosAGERGS (RS)Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio

Grande do Sul

AGEPAN (MS)Agência Estadual de Regulação de Serviços

Públicos de Mato Grosso do Sul

AGEEL (PB)Agência Estadual de Energia

da Paraíba

ARSAL (AL)Agência Reguladora de

Serviços Públicos do Estado de Alagoas

ARSEP (MA)Agência Reguladora de

Serviços Públicos Maranhão

Atualização: novembro/2004

ARCON (PA)Agência Estadual de Regulação e

Controle de Serviços Públicos

Fonte: ANEEL

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• Novo modelo setorial

• Consumidor livre – energia comprada de quem oferecer as melhores condições

• Livre acesso às redes elétricas – valor da tarifa

de uso definida pela ANEEL, considerando o sinal locacional

• Benefícios às fontes renováveis complementares de energia (Eólica, PCHs, biomassa, etc) – acesso aos recursos da CCC

Regulamentação – atuação com equilíbrio

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Qualidade do Serviço 1996-2003

Melhoria FEC (1996/2003): 41%

Melhoria DEC (1996/2003): 37%

FEC – Freqüência Equivalente de Interrupções de Energia (número de desligamentos)

DEC – Duração Equivalente de Interrupções de Energia (número de

horas de desligamento anuais)

Nº de Interrupções Nº de Horas

26,09 27,19

24,05

19,8517,44 16,57

18,0716,44

0

5

10

15

20

25

30

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

21,91 21,6819,88

17,5915,29 14,56 14,84

12,96

0

5

10

15

20

25

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

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Formação de TarifasDistribuidora com mais de 400.000 unidades consumidoras

Parcela A ( ) = 55,40% Parcela B ( ) = 27,24%

Parcela ATransporte de Energia

7,32%

Parcela AEnergia Comprada

40,18%

Parcela AEncargos Setoriais

7,90%

ICMS17,35%

Parcela BPIS/COFIS/P&D/EE

4,51%

Parcela BO&M/Remuneração

22,73%

ICMS ( ) = 17,35%

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Prioridades

Prestar contas sistematicamente à sociedade

Manutenção da excelência técnica do quadro funcional e a busca da remuneração adequada