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1 Seminário Internacional do BPC Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome 8 a 10 de novembro de 2010, Brasília - DF Modelos de Proteção Social em Debate: O Ineditismo do Caso Brasileiro Eduardo Fagnani Instituto de Economia da Unicamp

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1

Seminário Internacional do BPCMinistério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome

8 a 10 de novembro de 2010, Brasília - DF

Modelos de Proteção Social em Debate:O Ineditismo do Caso Brasileiro

Eduardo FagnaniInstituto de Economia da Unicamp

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Estrutura da Apresentação

1. Experiência dos Países Latino-Americanos

2. O Ineditismo do Caso Brasileiro

3. Política Social no Brasil: Agenda para 2011/2020

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O Experiência dos Países Latino- Americanos

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Mudanças nos Modelos de Política Social na AL

1. Início de Século XX até Anos de 1980Regimes Democráticos / AutoritáriosPapel EstadoUniversalismo não conquistadoCorporativistaCidadania ReguladaExclusão Trabalhadores RuraisExclusão dos Trabalhadores Informais

2. Neoliberalismo pós Anos 1980

Consenso de Washington, Reforma do Estado e Ajuste MacroeconômicoRedução do papel do EstadoÊnfase no MercadoPrivatização e Mercantilização dos Serviços: Seguridade Social, Educação, Saúde, Políticas Urbanas Estado MínimoNegação do conceito de cidadania e de Direitos SociaisSeguro SocialEstratégia Única: Políticas de Transferência de Renda FocalizaçãoDescentralizaçãoFlexibilização do Mercado de Trabalho

Plano Único de Ajustamento dos Países Periféricos

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Neoliberalismo e Reforma da Previdência Social

Chile (1981) Peru (1993) Argentina (1994) Colômbia (1994) Uruguai (1995) Bolívia (1997) México (1997) El Salvador (1998) Panamá (2002) República Dominicana (2003)

11 Países do Leste Europeu

2 Países da Ásia

Nigéria (2005)

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Debate Atual: Reconstrução da Política Social na AL

Universalismo Básico

1. Fracasso do Estado Mínimo na inclusão social2. Necessidade da Construção de um modelo Alternativo3. Coesão Social 4. Papel do Estado na cobertura dos “serviços essenciais” 5. Quem é pobre? “Focalização Universal”?6. Cidadania 7. Pacto Social8. Construção de bases de financiamento9. Construção de Capacidade institucional

Opinião Pessoal: 1. Adequado para alguns países da AL2. Início de um processo de reconstruçao da proteção social 3. Retrocesso para o Brasil

Periodização Pacto Social Arranjos Financeiros e Ìnstitucionais

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O Ineditismo do Caso Brasileiro

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Conquistas na Contramão do Mundo (1977/1988): O Ineditismo do Caso Brasileiro

Movimento Social e Redemocratização Ausência de espaço para a Agenda Neoliberal Acerto de Contas com a Ditadura Projeto Democrático Popular: Núcleos

Redemocratização Proteção Social Crescimento com Distribuição de Renda

Desaguadouro: Constituição 1988 PACTO SOCIAL CIDADANIA PLENA : Direitos Civis, Políticos e Sociais Princípios: Seguridade e Universalidade Direitos Trabalhistas Direitos Sindicais Direitos da Educação Seguridade Social:

Previdência Saúde Assistência Social – BPC + ECA + DEFICIÊNTES Seguro Desemprego

Orçamento da Seguridade Social

Montagem de bases financeiras e institucionais amparadas na Constituiçao

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Seguridade Social:O Legado da CF 1988

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Mortalidade Infantil

.

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Benefícios da Seguridade Social

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Evolução da Quantidade de Benefícios Evolução da Quantidade de Benefícios Emitidos pela Previdência SocialEmitidos pela Previdência Social

Em milhões de benefícios - 2000 a 2009 (dezembro)

Fontes: Anuário Estatístico da Previdência Social - AEPS; Boletim Estatístico da Previdência Social – BEPS. Elaboração: SPS/MPS.Obs.: Os benefícios assistenciais, embora operacionalizados pelo INSS, estão sob a responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

11,4 11,6

13,6 14,0 14,3 14,615,5

6,1 6,36,6

6,8

6,97,1

7,3 7,57,7

8,0

2,0 2,1 2,3 2,3 2,6 2,8 2,9 3,1 3,3 3,5

15,0

12,812,3

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

11,0

12,0

13,0

14,0

15,0

16,0

17,0

18,0

19,0

20,0

21,0

22,0

23,0

24,0

25,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Urbano Rural Assistencial

17,917,5

18,919,6

20,521,1

21,622,1

22,723,5

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Benefícios Diretos e Indiretos

BENEFÍCIOS DIRETOS INDIRETOS TOTAL

INSS URBANO 15.000.000 33.000.000 48.000.000

INSS RURAL 8.000.000 17.600.000 25.600.000

LOAS - BPC 3.500.000 7.700.000 11.200.000

SEGURO-DESEMPREGO 6.000.000 13.200.000 19.200.000

TOTAL 32.500.000 71.500.000 104.000.000

% POPULAÇÃO TOTAL 54%

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Cobertura Idosos - BRASIL URBANO

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Seguridade e Pobreza dos Idosos - 2003

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Seguridade e Renda Domiciliar Urbana

.

1991 2000 2003

Renda Familiar Total* 100 100 100

% da Renda de Trabalho 85,3 78 73,8

% da Renda da Seguridade na Renda da Família

10,2 16,0 22,4

% Outras Fones de Renda 4,5 6 3,8

(*) Corresponde a renda familiar, considerando-se o conceito família-domicílio do IBGE, e as remunerações monetárias de todos os membros para todas as fontes de renda.Fontes: Censo Demográfico (1991 e 2000) e PNAD (2003). Elaboração do autor.

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Seguridade e Renda Domiciliar Rural

AnosRenda Total Domiciliar

Renda Domiciliar do

Trabalho

Renda Domiciliar da Seguridade

Social

Demais Fontes

1991 100 87,53 9,3 3,17

2002 100 70,23 23,95 5,82

2003 100 67,53 26,14 6,33

2004 100 67,75 22,46 9,79

2005 100 67,42 22,91 9,67

Fonte: Censo Demográfico – IBGE – 1991 e PNADs (IBGE) de 2002-2005 – elaboração Diretoria Social - IPEA

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Orçamento da Seguridade Social

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Fontes de Financiamento da Seguridade nos Países da OCDE

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POLÍTICA SOCIAL NO BRASIL (1990/2010)Tensões entre Paradigmas: Estado Mínimo versus Estado

de Bem-Estar Social

Contra-Reforma Truncada (1990/1992) Reformas Liberalizantes (1993/2002) Continuidade ou Mudança (2003/2004)? Ensaios Desenvolvimentistas e Crise do

Neoliberalismo (2005/2010)SALDO DO PERÍODO: 1- “Manutenção” das Conquistas de 19882- Consolidação Financeira e Institucional – EX. SUAS2- Universalidade e Focalização : Modelos

Complementares

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3Desafios para a Década 2011/2020:

Uma Agenda para a Consolidação das Conquistas de 1988

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Oportunidade Histórica a Consolidação dos Direitos Sociais Consagrados em 1988

Crise do Neoliberalismo

Reforço do Papel do Estado

Resultado das Eleições

AGENDA PARA 2011/2020Distribuição da Renda

Emprego e Renda (Política Social mais Eficaz)Pleno emprego

Valorização gradual do salário mínimo.

Reduzir a jornada semanal para 40 horas.

Emprego formal: Fiscalização do Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho.

Combater discriminações étnicas e de gênero

Reforma Tributária PEC 233/2008

Progressividade: IRPF e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF)

Investimento Estrangeiro

Isenções Fiscais: Saúde, Educação, Previdência Privada

. 27

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Regressividade continuou a piorar 2004/2008 – IPEA

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xFinanciamento das Políticas Sociais

FUNDO SOBERANO – Assegurar que, a médio prazo, parte da capitalização do Fundo Soberano

que está sendo constituído com recursos das taxas e royalties da exploração do pré-sal seja canalizada para o financiamento de programas sociais

Restabelecer as bases de financiamento dos direitos sociais assegurados pela Constituição.

Extinguir a DRU Exemplo: Educação FAT FGTS Seguridade Social

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Orçamento da Seguridade Social

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xFinanciamento das Políticas Sociais

Flexibilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal para possibilitar aos estados e municípios condições para a gestão das políticas de saúde, assistência social e educação, Reverter a danosa terceirização dos contratos de trabalho (ONGs e OSCIPS)

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ESTRUTURA DO GASTO COM PESSOAL POR SITUAÇÃO FUNCIONAL

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72,9%

60,0% 60,2% 60,9% 61,1% 61,7% 61,8% 61,5% 61,4% 61,9%63,5% 63,9% 63,4%

20,3%

33,2% 33,1% 32,2% 31,6% 30,7% 29,5% 29,6% 30,0% 29,4%30,8% 30,1% 30,3%

6,8% 6,8% 6,7% 6,9% 7,3% 7,6% 8,7% 8,9% 8,7% 8,6%5,7% 6,0% 6,2%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

COVAS/ALCKMIN ALCKIMIN SERRA

Ativos Inativos Pensionistas

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EVOLUÇÃO DAS DESPESAS COM CUSTEIOS AREA SOCIAL

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942

3.970

6.443

1.067

2.199

5.784

8.415

396915

1.563

1.883

179 292 525637

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

COVAS/ALCKMIN ALCKIMIN SERRA

EDUCAÇÃO SAÚDE SEGURANÇA PÚBLICA PROMOÇÃO SOCIAL

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xFinanciamento das Políticas SociaisOrçamento da Seguridade Social

Exigir que os recursos do Orçamento Social sejam integralmente aplicado na Seguridade Social (Art. 194 e 195) – Quadro Anterior

Apresentação das Contas do MPAS

Desoneração do Empregador

Isenções Fiscais

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Orçamento da Seguridade Social

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Organização da Seguridade Social

Cumprir os art. 194 e art. 59 (Atos das Disposições Constitucionais Provisórias) que tratam da responsabilidade do Poder Público na “organização da Seguridade Social”.

O cumprimento da Constituição Federal exige que o planejamento das ações da seguridade seja realizado forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, pela previdência social, pela assistência social e pelo seguro desemprego.

Elaboração dos Orçamentos da Seguridade Social, Fiscal e das Estatais como reza o art. 165, da CF

Recriar o Conselho Nacional de Seguridade Social (extinto em 1998) - Com a responsabilidade de coordenar o planejamento integrado das ações dos setores que integram a Seguridade Social, bem como pelo controle social sobre as fontes e usos do Orçamento da Seguridade Social.

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Previdência Social –

Assegurar que a Previdência do Trabalhador Rural permaneça enquanto programa parte da seguridade social, rechaçando as propostas que pretendem transforma-lo num modelo estrito de seguro social.

Rechaçar qualquer tentativa de Reforma da Previdência Social. A EC 20/98 já tornou as regras brasileiras uma das mais restritivas do mundo

Promover uma Reforma Previdenciária de caráter inclusivo

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Fonte: PNAD/IBGE – Vários anos.Elaboração: SPS/MPS.* Em 2005, inclusive toda a área rural da Região Norte.

Evolução da Cobertura Social entre as Pessoas com Idade entre 16 e 59 anos – 1992 a 2005* -

(Exclusive Área Rural da Região Norte, salvo Tocantins)

66,4%

65,2%

64,5%

63,8% 63,8%

63,4%

62,8%

62,3%

61,7%

62,5%

62,6%

63,5%

60,0%

61,0%

62,0%

63,0%

64,0%

65,0%

66,0%

67,0%

68,0%

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005

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Composição da ocupação não agrícola segundo posição na ocupação – Brasil – 1989-2005 %

Posição na Ocupação 1989 1999 2005*

Empregados com carteira 51,9 42,7 45,0Empregados sem carteira 14,9 17,4 17,5

Conta-própria 18,4 22,5 20,7

Empregador 4,3 4,6 4,5

Não remunerado 2,1 2,9 2,7

Serviço doméstico 8,4 9,9 9,6

Total 100,0 100,0 100,0

Fonte: Baltar (2003) para os anos de 1989 e 1999 e IBGE/PNAD para o ano de 2005./

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sSaúde Assegurar bases sustentadas de financiamento do SUS, com a regulamentação da

EC 29 e o restabelecimento da CPMF.

Ampliar o papel dos Governos Estaduais

Acelerar o processo de ampliação da equidade e a integralidade do SUS que requer, dentre outras medidas, na ampliação dos investimentos em infra-estrutura nas regiões que apresentam os piores indicadores epidemiológicos.

Romper com o atual padrão de gastos que aprofunda as iniqüidades regionais, na medida em que prioriza as regiões que possuem melhores estruturas de oferta de serviços. Priorizar os investimentos nos municípios com piores IDH.

Avançar na regulação das ações do setor privado e na cobrança dos exames e procedimentos realizados na rede pública.

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d

Assistência Social LUTAR PELAS APLICAÇÃO DAS RESOLUÇÕES DAS CONFERÊNCIAS NACIONAIS:

Assistência Social Direitos das Pessoas Idosas Direito das Pessoas com Deficiência

BPC Ampliar elegibilidade de 1/4 para ½ salário mínimo de RF Piso Salário Mínimo Articulação: BPC Escola e BCP Trabalho

MDS/SUAS Avançar na gestão institucional integrada e articulada dos diversos programas: BPC, Bolsa Família,

Assistëncia Social,

BOLSA FAMÍLIA: Assegurar que o Programa Bolsa Família passe a vigorar como direito social garantido pela

Constituição. Ampliar os esforços na construção de um modelo institucional do Programa Bolsa Família que

aperfeiçoe suas relações

1. Com os governos estaduais e municipais

2. Com o SUAS

3. Com os programas de formação profissional e microcrédito, visando possibilitar a reinserção das famílias no mercado de trabalho.

4. Ampliar a cobertura para os jovens de 15 a 18 anos e incorporar aqueles que abandonaram ou estão fora da escola.

43

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s

Educação

Universalizar progressivamente a oferta de vagas da educação infantil, obrigatória pela legislação em vigor.

Ampliar a oferta de vagas públicas do ensino médio e do ensino superior.

Garantir a qualidade no ensino fundamental

Ampliar o gasto (comparações internacionais)

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Política Nacional de Desenvolvimento Urbano

Formular políticas nacionais de habitação popular, de saneamento ambiental e de transporte público. Construir, para cada um desses setores, modelos institucionais baseados na cooperação federativa e assegurar mecanismos de financiamento que tenham caráter redistributivo.

Questão Agrária - Enfrentar a secular questão da concentração da riqueza

agrária no Brasil. Ampliar espaços às experiências de economia familiar rural

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s

Questão Crucial 1:

Alterar a articulação perversa entre os objetivos econômicos e os objetivos sociais vigente nas últimas décadas.

Avançar em opções macroeconômicas que priorizem o crescimento econômico sustentável com estabilidade de preços e distribuição da renda.

46

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Pobreza – Pessoas Vivendo com Menos de US$ 1/dia (BIRD)

Regiões População (milhões) População %

  1980 1990 2001 1980 1990 2001

África Subsaariana 164 227 313 41,6 44,5 46,6

América Latina e Caribe 36 49 50 10,1 11,6 9,9

Europa e Ásia Central 3 2 17 0,8 0,5 3,5

Leste da Ásia e Pacífico 796 472 271 56,7 29,5 14,3

Oriente Médio e Norte da África 9 6 7 5,1 2,3 2,4

Sul da Ásia 475 462 431 51,5 41,3 31,9

Total Mundial 1.483 1.218 1.089 40,4 27,9 20,7Fonte: Banco Mundial. World Development Indicators, 2005.

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Taxa de Variação do Produto Interno Bruto

PaísVar.%

1980-2008Var.%

1980-1989Var.%

1990-1999Var.%

2000-2008Var.%

1994-2002Var.%

2003-2008

 China 9,91 9,75 9,99 9,99 9,39 10,68 Vietnam 6,83 4,54 7,42 7,46 7,47 7,72 Korea, Rep. 6,23 7,67 6,26 4,39 5,40 3,98 India 6,15 5,69 5,65 7,22 5,84 8,67 Thailand 5,82 7,30 5,28 4,78 3,21 5,12 Angola 5,71 4,18 -0,06 12,16 6,65 14,80 Indonesia 5,47 6,38 4,83 5,16 3,21 5,57 Hong Kong, China 5,31 7,42 3,31 4,97 2,72 5,73 Chile 5,02 4,39 6,37 4,23 4,76 4,67 Turkey 4,37 4,11 3,98 5,08 2,71 6,40 Israel 4,34 3,65 5,49 3,83 4,11 4,45 Colombia 3,52 3,41 2,86 4,39 2,28 5,32 Australia 3,30 3,30 3,31 3,30 3,98 3,33 Iran, Islamic Rep. 3,30 -0,30 4,64 5,82 3,74 6,02 Nigeria 3,25 0,94 3,07 6,02 2,51 7,37 Spain 2,93 2,79 2,69 3,36 3,56 3,15 United States 2,86 3,04 3,12 2,37 3,29 2,53 Mexico 2,84 2,29 3,39 2,84 2,91 3,07 Latin America & Caribbean 2,76 1,80 2,94 3,63 2,29 4,83 Brazil 2,76 2,99 1,70 3,68 2,66 4,13 Uruguay 2,74 0,71 3,26 4,61 1,68 6,95 Canada 2,71 3,04 2,43 2,66 3,66 2,33 South Africa 2,53 2,24 1,39 4,12 2,97 4,42 Argentina 2,52 -0,73 4,52 3,90 0,11 8,53 New Zealand 2,45 1,99 2,67 2,72 3,53 2,20 United Kingdom 2,34 2,37 2,14 2,53 3,09 2,42 Austria 2,27 2,00 2,68 2,12 2,33 2,33 Japan 2,26 3,72 1,51 1,47 0,97 1,63 Venezuela, RB 2,26 -0,18 2,48 4,72 0,04 7,38 Sweden 2,19 2,26 1,70 2,64 3,13 2,65 Euro area 2,13 2,28 2,17 1,93 2,40 1,78 France 2,03 2,32 1,85 1,90 2,36 1,72 Europe & Central Asia 2,02 ... -1,55 5,98 1,77 6,77 Germany 1,91 1,95 2,32 1,42 1,76 1,40 Italy 1,73 2,55 1,44 1,16 1,88 0,73 Russian Federation 0,76 ... -4,90 7,04 0,22 7,27Fonte: Banco Mundial.

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49

Crescimento e Pobreza

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Fonte: Agenda para o novo ciclo de desenvolvimento – CDES 2010. As marcas AND e ANC significam: a Agenda Nacional de Desenvolvimento (AND), apresentada pelo CDES em meados de 2005 e a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento (ANC).

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5,5

2,52,2 2,4

-0,3

-3,6

-2,7

-0,4

0,70,1

-0,6

-1,3

1,8

2,93,2 3,0

5,15,7

4,95,1

6,4

2,1

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

Variação anual do índice de emprego formal %

Fonte: CAGED, MTE

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Fonte: Agenda para o novo ciclo de desenvolvimento – CDES 2010. As marcas AND e ANC significam: a Agenda Nacional de Desenvolvimento (AND), apresentada pelo CDES em meados de 2005 e a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento (ANC).

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Fonte: Agenda para o novo ciclo de desenvolvimento – CDES 2010. As marcas AND e ANC significam: a Agenda Nacional de Desenvolvimento (AND), apresentada pelo CDES em meados de 2005 e a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento (ANC).

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Fonte: Agenda para o novo ciclo de desenvolvimento – CDES 2010. As marcas AND e ANC significam: a Agenda Nacional de Desenvolvimento (AND), apresentada pelo CDES em meados de 2005 e a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento (ANC).

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s

Questão Crucial 2

coordenação das políticas fiscal, monetária e cambial;

independência do Banco Central; flexibilização das metas de inflação; controle sobre o câmbio;Baixar taxa de juros

55

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c

57

Juros da Dívida Pública (% PIB)

7,9

5,95

7,3

9,4

7,4 7,28,1

9,8

0

2

4

6

8

10

12

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Anos

Juros da Dívida Pública (% PIB)

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Juros - Taxa Selic

58

-5,0

10,015,020,025,030,035,040,0

Fonte: Banco Central.

Selic (meta) - taxa de 31/12 Selic real (IPCA)

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Fonte: Agenda para o novo ciclo de desenvolvimento – CDES 2010. As marcas AND e ANC significam: a Agenda Nacional de Desenvolvimento (AND), apresentada pelo CDES em meados de 2005 e a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento (ANC).

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2

Gastos Federais % PIB

59 60 6056

53 5350 50 51

5457

2018 17 17 18 17

15 15 16

20

2630 30

32 33 3431

27

21 23

2017

0

10

20

30

40

50

60

70

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Em

%

GSF

Outras despesasnão-financeira

DespesaFinanceira

Gasto Social

Federal

Despesa Financeira

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Juros Internacionais

Países Juros Nominais Inflação Juros ReaisBrasil 13,2 3,1 9,8Turquia 17,5 9,7 7,1México 7,3 4,1 3,1Colômbia 7,4 4,5 2,8Chile 5,4 2,6 2,7França 3,9 1,6 2,2EUA 5,3 3,2 2,0Alemanha 3,7 1,7 2,0Canadá 4,0 2,0 2,0Itália 4,0 2,2 1,8Japão 1,7 0,2 1,5Reino Unido 4,5 3,2 1,3Argentina 8,0 9,8 -1,6Rússia 5,0 9,0 -3,7Fonte: International Financial Statistics (IFS)-FMI.

Tabela 3Juros Internacionais em 2006 -% ao ano