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Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente – Áreas de Especialização 2010/2011 ________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 1 1 ÁREA DE TERRITÓRIO E GESTÃO DO AMBIENTE 1.1 DISCIPLINAS 1.1.1 Gestão da Água Descrição Nesta disciplina pretende-se facultar aos alunos: 1.O conhecimento dos conceitos, metodologias e instrumentos de gestão da água numa perspectiva integrada; 2.A compreensão das vertentes sociais, económicas, ambientais, tecnológicas, legais e políticas do processo de gestão da água; 3. A capacidade de analisar e reflectir sobre problemas de gestão da água, de interpretar os objectivos sociais sob a forma de objectivos técnicos, de realizar a análise prospectiva da evolução das necessidades de água para os diferentes sectores de actividade, de ajudar a definir e a avaliar as numerosas alternativas que representam os compromissos possíveis entre os grupos de interesse e os diferentes objectivos de gestão, de representar as interdependências e interacções entre as infraestruturas e os utilizadores da água, de avaliar eventuais limitações dos modelos para representar os problemas reais, de debater sobre as escolhas adequadas. As principais áreas temáticas a desenvolver serão: 1.Princípios de gestão da água; 2. Componentes dos sistemas de gestão da água. 3. Os processos decisão. Resolução de conflitos e a participação pública. Cooperação e coordenação. Os modelos decisionais: as variáveis de decisão, a função objectivo, as restrições. Avaliação multiobjectivo. Análise custo-benefício na gestão da água; 4. Conceito de risco e gestão de acontecimentos extremos. Sistemas redundantes, resilientes e robustos; 5. Gestão de barragens/albufeiras e de sistemas aquíferos para uso conjunto de águas, gestão da qualidade de bacias hidrográficas. Organização A leccionação desta disciplina será realizada através de: aulas de exposição teórica de matérias, apresentação e discussão de exemplos de aplicação prática e resolução acompanhada de problemas, aulas de resolução autónoma (pelos alunos) de problemas e aulas de orientação tutorial para realização de estudos de caso. As componentes de avaliação são as seguintes: Trabalho de síntese (15%), Projecto (35%), Exame (50%). Presenças obrigatórias de 75%. No exame há mínimos (25%) Docentes Maria da Conceição Cunha José Lopes de Almeida Pedro Tavares 1.1.2 Sistemas Fluviais e Costeiros Descrição Nesta disciplina pretende-se abordar questões de natureza inter e multidisciplinar; fornecendo de forma sistemática e compreensiva um conjunto de informação dispersa e sugerir instrumentos úteis para o estudo de potenciais ocorrências e intervenções em domínios fluviais e costeiros. Nesta conformidade, e tendo presente o contexto em que a esta disciplina se insere, nomeadamente o facto de ser uma disciplina do 2º ciclo, elegem-se como principais objectivos: 1. Aprofundar conhecimentos teóricos, cujas bases foram adquiridas em disciplinas precedentes; 2. Contribuir para a resolução prática de disfunções naturais ou de origem antrópica; 3. Sensibilizar os alunos para: a instalação e manutenção efectiva de

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Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente – Áreas de Especialização 2010/2011 ________________________________________________________________________________________________________________

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1 ÁREA DE TERRITÓRIO E GESTÃO DO AMBIENTE

1.1 DISCIPLINAS

1.1.1 Gestão da Água Descrição Nesta disciplina pretende-se facultar aos alunos: 1.O conhecimento dos conceitos, metodologias e instrumentos de gestão da água numa perspectiva integrada; 2.A compreensão das vertentes sociais, económicas, ambientais, tecnológicas, legais e políticas do processo de gestão da água; 3. A capacidade de analisar e reflectir sobre problemas de gestão da água, de interpretar os objectivos sociais sob a forma de objectivos técnicos, de realizar a análise prospectiva da evolução das necessidades de água para os diferentes sectores de actividade, de ajudar a definir e a avaliar as numerosas alternativas que representam os compromissos possíveis entre os grupos de interesse e os diferentes objectivos de gestão, de representar as interdependências e interacções entre as infraestruturas e os utilizadores da água, de avaliar eventuais limitações dos modelos para representar os problemas reais, de debater sobre as escolhas adequadas. As principais áreas temáticas a desenvolver serão: 1.Princípios de gestão da água; 2. Componentes dos sistemas de gestão da água. 3. Os processos decisão. Resolução de conflitos e a participação pública. Cooperação e coordenação. Os modelos decisionais: as variáveis de decisão, a função objectivo, as restrições. Avaliação multiobjectivo. Análise custo-benefício na gestão da água; 4. Conceito de risco e gestão de acontecimentos extremos. Sistemas redundantes, resilientes e robustos; 5. Gestão de barragens/albufeiras e de sistemas aquíferos para uso conjunto de águas, gestão da qualidade de bacias hidrográficas. Organização A leccionação desta disciplina será realizada através de: aulas de exposição teórica de matérias, apresentação e discussão de exemplos de aplicação prática e resolução acompanhada de problemas, aulas de resolução autónoma (pelos alunos) de problemas e aulas de orientação tutorial para realização de estudos de caso. As componentes de avaliação são as seguintes: Trabalho de síntese (15%), Projecto (35%), Exame (50%). Presenças obrigatórias de 75%. No exame há mínimos (25%) Docentes Maria da Conceição Cunha José Lopes de Almeida Pedro Tavares

1.1.2 Sistemas Fluviais e Costeiros

Descrição Nesta disciplina pretende-se abordar questões de natureza inter e multidisciplinar; fornecendo de forma sistemática e compreensiva um conjunto de informação dispersa e sugerir instrumentos úteis para o estudo de potenciais ocorrências e intervenções em domínios fluviais e costeiros. Nesta conformidade, e tendo presente o contexto em que a esta disciplina se insere, nomeadamente o facto de ser uma disciplina do 2º ciclo, elegem-se como principais objectivos: 1. Aprofundar conhecimentos teóricos, cujas bases foram adquiridas em disciplinas precedentes; 2. Contribuir para a resolução prática de disfunções naturais ou de origem antrópica; 3. Sensibilizar os alunos para: a instalação e manutenção efectiva de

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sistemas de regularização fluvial e de protecção contra cheias; a regular e efectiva necessidade de monitorizar os processos morfodinâmicos e os principais parâmetros de qualidade da água; a importância de instalar sistemas de observação, vigilância e alerta; a necessidade de analisar e controlar os principais agentes desequilibradores da linha de costa. As principais áreas temáticas a desenvolver serão: 1. O Sistema Fluvial; 2. Dinâmica litoral; 3. Circulação costeira.; 4. Morfodinâmica fluvial e costeira; 5. Modelação da qualidade da água. Organização A leccionação desta disciplina será realizada através de exposição teórica da matéria, seguida de demonstração e aplicação, preferencialmente em laboratório ou acompanhando casos de estudo. As componentes de avaliação são as seguintes: Relatório de seminário ou visita de estudo (10%), Trabalho laboratorial ou de campo (10%), Resolução de problemas (20%), Projecto (20%), Frequência (10%), Exame (20%), Outras: assiduidade, participação (10%). Docente José Antunes do Carmo

1.1.3 Transportes e Ambiente

Descrição É abordado o planeamento de transportes a todos os níveis: municipal, regional e nacional, identificando em cada escala as principais exigências, objectivos e necessidades que se colocam. É dado especial ênfase ao sistema de mobilidade de nível urbano onde a interacção entre sub-sistemas de mobilidade é maior (estacionamento, tráfego, rede de transportes colectivos e infra-estrutura) e por isso mais difícil de conciliar. A disciplina procura fornecer instrumentos de análise que permitam suportar decisões de investimento, acompanhar medidas, e definir políticas que cumpram objectivos de equidade e sustentabilidade no acesso à mobilidade. As matérias leccionadas na cadeira incluem os seguintes tópicos: Conceito de sistema de transportes. Caracterização do sistema de transportes. Estimação de matrizes Origem/Destino de viagens. Processo de planeamento de transportes e princípios de políticas de transporte com vista a uma mobilidade mais sustentável. Princípios de organização de redes. O Modelo Clássico de Transportes. Modelos de micro-simulação de transportes para estimação fina de impactes locais. Planeamento de operação de sistemas de transportes Colectivos. Modelação da procura e oferta de estacionamento. Avaliação Custo-Benefício de projectos de transportes. Organização A leccionação desta disciplina será realizada através de aulas de exposição teórica de matérias, de apresentação e discussão de exemplos de aplicação prática e de resolução acompanhada de problemas e de aulas de resolução autónoma (pelos alunos) de problemas. As componentes de avaliação são as seguintes: desenvolvimento de dois trabalhos ao longo das aulas (50%); exame sobre os conceitos básicos da disciplina (50%). Docentes Álvaro Maia Seco Gonçalo Homem de Almeida Correia

1.1.4 Políticas de Desenvolvimento Sustentável

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Nesta disciplina pretende-se facultar aos alunos uma visão aprofundada da problemática do desenvolvimento sustentável, o conhecimento das estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável adoptadas à escala mundial, continental e nacional, e a capacidade de participarem de forma efectiva na definição de políticas de desenvolvimento sustentável. As áreas temáticas a desenvolver são: 1) Conceito de desenvolvimento sustentável. 2) Dimensões de uma política de desenvolvimento sustentável: dimensão económica; dimensão ambiental e dimensão social. 3) Indicadores de desenvolvimento sustentável. 4) Estratégia de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas: a Agenda 21. 5) Estratégia de desenvolvimento sustentável da União Europeia: princípios gerais e programas específicos. 6) Estratégia de desenvolvimento sustentável de Portugal: qualificação da mão-de-obra; aumento da competitividade da economia; conservação da natureza; ordenamento do território; coesão social; cooperação com os países em vias de desenvolvimento. Organização A leccionação desta disciplina será realizada através de aulas de exposição teórica de matérias, e de apresentação, discussão e análise critica (pelos alunos).de textos sobre o tema da disciplina. As componentes de avaliação são as seguintes: trabalho de síntese sobre matérias tratadas nas aulas (60%); exame sobre os conceitos básicos da disciplina (40%). Docente Manuel Queiró

1.1.5 Gestão de Energia em Edifícios

Descrição O futuro Engenheiro do Ambiente deverá ter capacidades para intervenção em problemas de planeamento energético, analisando e propondo alternativas tecnicamente adequadas. A presente disciplina pretende promover a adopção, por parte dos futuros Engenheiros, de conceitos de racionalidade energética nos edifícios e privilegiar a transferência de conhecimentos científicos e técnicos na área da Gestão de Energia de Edifícios. Deste modo, pretende-se que os alunos desta disciplina aprofundem conhecimentos relativamente aos fenómenos de transferência de calor e de massa, em particular os que decorrem em soluções construtivas; privilegia-se a partilha de informação relativamente aos métodos de caracterização e de avaliação do desempenho térmico de materiais e de elementos construtivos; estimulam-se os alunos a adquirir competências para realizar estudos de avaliação do comportamento térmico e de eficiência energética de edifícios; dão-se a conhecer as metodologias de cálculo de desempenho energético previstas em normas internacionais e nos regulamentos nacionais, abordando-se assim as regras de qualidade térmica aplicáveis aos edifícios. Adicionalmente, discutem-se as políticas energéticas envolvendo os edifícios e os mecanismos de promoção da racionalidade energética e privilegia-se ainda a partilha de conhecimentos relativamente à arquitectura bioclimática e ao desenvolvimento de materiais com desempenho térmico melhorado. Organização A avaliação é feita através de exame e de trabalhos, prevendo-se que o exame seja cotado para 7.5 valores (e no qual se abordam apenas alguns dos temas leccionados) e os trabalhos para 12.5 valores (2 ou 3 trabalhos). Docente Nuno Simões

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1.2 TEMAS DE DISSERTAÇÃO

(Este documento contém vinte e sete dos temas propostos. Os restantes encontram-se no documento relativo aos temas de tese da Área Científica de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente: www.dec.uc.pt I&D; Áreas Científicas; Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente; Temas na área de Hidráulica para o MIEC e para o MIEA)

1.2.1 Estimação e representação geográfica de emissões automóveis em meio urbano

Descrição A qualidade de vida nas nossas cidades está cada vez mais em risco devido às externalidades resultantes de uma utilização exagerada do transporte individual na maioria das deslocações realizadas em meio urbano. Um dos impactes negativos mais importantes são as emissões poluentes produzidas pelos veículos de motor de combustão que apesar da evolução tecnologica que tem permitido motores mais limpos não conseguiu ainda reduzir suficientemente este impacte muito localizado. Este impacte é ainda agravado pelo fenómeno de congestionamento de tráfego, cada vez mais frequente à medida que as cidades aumentam de dimensão, e que obriga os veículos a estarem parados ou em processo de pára-arranca produzindo emissões muito além das mínimas necessárias para realizar as deslocações. Devido ao facto deste tipo de emissões ser muito dependente do número de veículos em circulação e da sua localização, ou seja da geração de viagens e dos percursos escolhidos pelos condutores, torna-se muito importante utilizar ferramentas que possam modelar com algum nivel de detalhe a distribuição dessas emissões na rede rodoviária, permitindo construir mapas de localização geográfica do total de emissões produzidas por estes veículos em meio urbano. Este tipo de mapas permite quantificar o total de emissões associadas a cada eixo, identificar populações mais expostas às emissões e suportar decisões de intervenção das autoridades municipais no sentido de minimizar esses impactes. Nesta tese procurar-se-há estabelecer esta metodologia de modelação recorrendo a um software de redes de transportes com vista à produção dos referidos mapas e utilizando o caso de estudo da cidade de Lisboa como referência para aplicação da metodologia.

Orientador: Gonçalo Homem de Almeida Correia (DEC / FCTUC)

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1.2.2 Modelação de escolha discreta aplicada a avaliação de políticas e estratégias de protecção ambiental

Descrição O nosso mundo é feito de escolhas, seja na nossa vida pessoal ou nos sistemas que criámos para manter as sociedades em funcionamento, tudo é movido com base em escolhas, nas quais uma opção é necessariamente preferida em detrimento de outras. Devido a esse fenómeno de clara distinção do objecto escolhido, essas decisões dizem-se discretas e começaram a ser estudadas no início do século XX, quando investigadores da área da psicologia procuravam perceber como as decisões humanas são formadas. Estes modelos tornaram-se fundamentais em várias áreas da ciência entre as quais também a engenharia, mais concretamente as engenharias que lidam com sistemas humanos, aos quais está sempre associada determinada incerteza própria do indivíduo que faz a escolha. No campo ambiental podem ter também um papel muito importante permitindo identificar opções de consumo que interessam do ponto de vista dos vários impactes sobre o meio ambiente. Por exemplo: • Medir a importância do ruído na escolha da habitação e avaliar como este factor é valorizado pelas pessoas. Estes modelos permitem também perceber que tipo de pessoas são mais sensíveis a este tipo de poluição. • Determinar a procura de veículos menos poluentes e perceber quem os escolhe e em que condições. Permite também determinar o valor monetário das emissões poluentes do ponto de vista dos condutores. Todas estas questões podem ser modeladas matematicamente, através de dados recolhidos por observação (preferências reveladas) ou através de inquérito (preferências declaras pelos inquiridos). Os seus resultados são de enorme importância no sentido de definir políticas que possam ter resultados mais concretos no sistema ambiental no sentido de diminuir as externalidades que resultam das nossas actividades diárias. Nota: este tipo de trabalho exige conhecimentos de estatística, que devem ser aprofundados no início do período da sua elaboração.

Orientador: Gonçalo Homem de Almeida Correia (DEC / FCTUC)

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1.2.3 Optimização da Conservação de Pavimentos Rodoviários Considerando Custos Ambientais

Descrição Os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) são elementos fundamentais dos Sistemas de Gestão de Pavimentos (SGP). Os modelos de optimização aplicados na gestão da conservação de pavimentos rodoviários são genericamente classificados em modelos probabilísticos e modelos determinísticos. Esta classificação é baseada no tipo de modelos de previsão do comportamento dos pavimentos que são considerados nos modelos de optimização da conservação. O objectivo principal que se pretende atingir com esta dissertação é o seguinte: desenvolver e aplicar um modelo de optimização da conservação de pavimentos rodoviários a uma rede Portuguesa considerando custos ambientais. Para se atingir o objectivo proposto é necessário efectuar as seguintes tarefas: revisão de conhecimentos na área dos modelos de optimização da conservação de pavimentos rodoviários que consideram custos ambientais; desenvolvimento de um SAD de conservação de pavimentos, baseado num modelo de optimização, considerando custos ambientais; aquisição dos dados necessários para aplicação do SAD a um estudo de caso; proposta de intervenções de conservação para aplicar nos trechos mais degradados; organização e redacção final da dissertação.

1 g G 1 Gg

{0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, 1, 0, 1, 1, 1, 0, 0, 0}

Sequência aleatória

Orientador Adelino Jorge Lopes Ferreira (DEC / FCTUC)

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1.2.4 Estudo da relação entre o sistema de transportes e a qualidade do ambiente de uma cidade

Descrição Existe uma relação estreita entre as características de funcionamento do sistema de transportes de uma cidade - tais como a hierarquização viária, o tipo e qualidade de transportes colectivos e a organização e disposição dos espaços públicos pedonais - e a poluição, quer ao nível da emissão de gases quer em termos de poluição sonora, com implicações na qualidade do ambiente urbano e na saúde dos seus habitantes. As cidades, nomeadamente as portuguesas, têm vindo a sofrer algumas alterações nas referidas características de funcionamento, o que potencia, à partida, uma redução dos níveis de poluição no futuro. No entanto, em muitos locais do nosso país não existem medições de níveis de poluição em locais urbanos estratégicos, que possibilitem a comparação com novos valores no futuro, face a determinadas alterações no sistema de transportes, observadas ou previstas. Estes valores são normalmente calculados com base em modelos, a partir de informações sobre volume de tráfego. Este estudo teria assim, numa primeira fase, a finalidade de desenvolver um processo de medição de emissões numa cidade como Coimbra, em locais urbanos estratégicos do ponto de vista do sistema de transportes e das interacções entre veículos motorizados e peões. Numa segunda fase, e com base em modelos que estabelecem a ligação entre tráfego e poluição, os valores reais medidos agora seriam comparados com cenários futuros, em função de acções previstas ou simuladas sobre o sistema de transportes. As acções a seleccionar são aquelas que potencialmente tenham a capacidade de promover a melhoria do ambiente urbano.

Orientador Anabela Ribeiro

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1.2.5 A avaliação ambiental na análise de investimentos em infra-estruturas de transportes

Descrição Os transportes são vitais para a competitividade das economias modernas. A crescente procura de mobilidade por parte da sociedade, faz com que se tenha de investir na construção de novas infra-estruturas de transportes e no melhoramento de infra-estruturas existentes. No entanto, tem havido nas últimas décadas uma maior preocupação com o impacte ambiental desses investimentos. Para os decisores, não basta optarem por soluções de investimento rentáveis e eficazes. A opinião pública exige a ponderação dos custos ambientais associados aquando do planeamento e estudo de investimentos em infra-estruturas de transportes. Dentro do âmbito deste tema, pretende-se estudar as metodologias de avaliação ambiental normalmente utilizadas na prática para o apoio à decisão, tanto no planeamento dos investimentos em infra-estruturas de transportes como no estudo de soluções em fase de projecto. Nomeadamente, pretende-se estudar como a avaliação ambiental tem afectado a escolha de investimentos realizados no passado, identificar os indicadores normalmente utilizados nos vários níveis de decisão e nos vários modos de transporte, e analisar os tipos de impactes normalmente associados a estes investimentos. O desenvolvimento de modelos de avaliação de impactes ambientais associados aos transportes, que permitam apoiar a tomada de decisão no planeamento e estudo de investimentos em infra-estruturas de transportes, será também objecto de estudo no âmbito deste tema.

Figura 1 - Emissões de CO2 na Grande Área Metropolitana de Toronto, Canadá.

Orientador Bruno Santos

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1.2.6 Compressibilidade e resistência ao corte de areias contaminadas por óleos

Descrição: O mais recente desastre ecológico ocorrido no Golfo do México, causado por um acidente numa plataforma petrolífera e que levou a que tenham sido já libertados no mar vários milhões de litros de petróleo, é um dos muitos exemplos que podem levar a uma contaminação dos solos, e que neste caso afecta particularmente depósitos costeiros. Outros depósitos são susceptíveis de serem contaminados por petróleo ou seus derivados de muitas outras formas, sejam elas acidentais ou simplesmente devido a práticas industriais ambientalmente incorrectas. Os solos contaminados sofrem alterações do seu comportamento mecânico, pelo que os efeitos causados por este problema podem ter relevância para além dos evidentes impactes ambientais e afectar a segurança de diferentes tipos de obras de engenharia civil. O trabalho aqui proposto pretende avaliar as potenciais alterações do comportamento de um solo arenoso quando contaminado por petróleo ou por algum dos seus derivados. O solo arenoso será preparado com características variáveis, nomeadamente de densidade relativa, a fim de avaliar a importância das características do solo arenoso nos efeitos do contaminante. Os efeitos da contaminação do solo serão simulados com a utilização de subprodutos do petróleo com características consideradas adequadas. È previsível a utilização da caixa de corte e do ensaio edométrico para avaliar as características de comportamento do solo que se pretendem avaliar, nomeadamente a resistência ao corte e a compressibilidade, respectivamente. Os resultados do trabalho poderão fornecer indicações importantes com relevância prática para a verificação da segurança de estruturas construídas ou a construir em zonas de solos contaminados, o que constitui um problema que afecta várias regiões no globo. Orientador Paulo Coelho (DEC / FCTUC)

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1.2.7 Utilização da bio-estabilização para o controlo da permeabilidade de solos. Análise experimental.

Descrição Neste trabalho pretende-se analisar a influência da bio-estabilização na permeabilidade de dois solos, um arenoso e outro areno-siltoso. Serão analisados os efeitos na adição de diversos agentes bio-estimuladores, com os quais se visa a criação de ligações adicionais entre as partículas dos solo, reduzindo os vazios e por consequência o coeficiente de permeabilidade. Complementarmente será também estudado a evolução no tempo do coeficiente de permeabilidade, por efeito da bio-estabilização. A análise experimental será fundamentalmente realizada nos permeâmetros de carga constante (areia) e de carga variável (areia siltosa). Orientador Paulo José da Venda Oliveira (DEC / FCTUC)

1.2.8 Influência da bio-estabilização na resistência ao corte dos solos. Estudo laboratorial.

Descrição Neste trabalho pretende-se analisar a influência da bio-estabilização na resistência ao corte de dois solos, um arenoso e outro areno-siltoso. Serão analisados os efeitos na adição de diversos agentes bio-estimuladores, com os quais se visa a criação de ligações adicionais entre as partículas dos solo, induzindo este facto um aumento de resistência ao corte. Complementarmente será também estudado a evolução no tempo da resistência ao corte, por efeito da bio-estabilização. A análise experimental incidirá na realização de ensaios de corte directo (areia) e triaxiais (areia siltosa). Orientador Paulo José da Venda Oliveira (DEC / FCTUC)

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1.2.9 Gestão Financeira de Empreitadas

Descrição Neste tema tem-se como objectivo estudar a génese e tratamento da informação que decorre da facturação dos trabalhos executados numa empreitada. Para a consecução do trabalho o aluno deverá estudar, numa primeira abordagem, a facturação das obras, a génese dos custos e preços, os erros e omissões do projecto, os trabalhos a mais. Esse estudo permitir-lhe-á criar um modelo de gestão e controle, diferenciando os vários tipos de trabalhos e de preços que compõem os chamados “autos de medição”. Um módulo adicional poderá permitir a implementação do modelo polinomial de revisão de preços actualmente em uso na prática profissional com as suas “fórmulas tipo” e índices de materiais e mão de obra. Orientador: Fernando José Telmo Dias Pereira (DEC / FCTUC)

1.2.10 Domótica em Edifícios

Descrição A Domótica, (“smart building”, “inteligent building” ou “edifícios inteligentes”), é um domínio de aplicação tecnológica que tem como objectivo melhorar a qualidade de vida nos edifícios através de uma utilização racional, controlada informaticamente, dos diversos meios de consumo. A sua implementação permite interagir com o espaço envolvente, de uma forma tanto quanto possível simples e intuitiva, podendo proporcionar uma série de funcionalidades como a segurança, gestão de equipamentos, racionalização de consumos energéticos, controlo de luminosidade e temperatura, qualidade do ar, detecção de incêndio, fuga de gás ou inundação, auxílio a pessoas com mobilidade condicionada, controlo de acessos, controlo de rega, vigilância remota, som ambiente, etc. O aluno estudará as implicações destes sistemas ao nível da concepção, projecto e execução de edifícios e respectivas instalações técnicas, numa abordagem transversal à Arquitectura e Engenharia Civil.

Orientador: Fernando José Telmo Dias Pereira (DEC / FCTUC)

1.2.11 Estudo económico sobre mini geração de energia

Descrição O programa de micro geração energética foi lançado há alguns anos com o objectivo da comparticipação do Estado na produção de energia a partir de fontes renováveis. Contudo, a pequena dimensão dos produtores levou a que o seu impacto na produção nacional fosse limitado. Avizinha-se um novo programa, de âmbito mais alargado, que pretende ter como alvo as empresas e a indústria. Estima-se que esse programa seja lançado antes de Agosto de 2010. O trabalho proposto é no domínio de um estudo económico sobre a viabilidade destes sistemas. Implica o conhecimento e o estudo dessas tecnologias, suas vantagens e possibilidade de adopção em empreendimentos promovidos pela indústria da construção. Orientador: Fernando José Telmo Dias Pereira (DEC / FCTUC)

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1.2.12 A legislação europeia de ruído ambiente e a sua aplicação

No quadro da luta contra a poluição sonora, a União Europeia define uma abordagem comum com vista a evitar, prevenir ou reduzir prioritariamente os efeitos prejudiciais da exposição ao ruído no ambiente. Esta abordagem assenta na determinação cartográfica da exposição ao ruído segundo métodos comuns, na informação das populações e na execução de planos de acção a nível local. Estas orientações estão regulamentadas na Directiva 2002/49/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Junho de 2002. Os estados membros tinham prazos para a transposição desta directiva para leis nacionais e para a sua aplicação. Com este trabalho pretende-se verificar até que ponto esta legislação foi implementada em vários países da Europa e qual foi a evolução ao longo deste últimos anos.

Orientador: Julieta António

1.2.13 A aplicação de materiais sustentáveis na redução do ruído

A obtenção de conforto, poupança de energia e o combate às alterações climáticas representam desafios estratégicos em todo o mundo, nos nossos dias. Um grande número de autoridades comprometeram-se a combater as alterações climáticas, nomeadamente através da melhoria do desempenho energético dos edifícios. Tem sido dada cada vez mais importância ao uso de materiais naturais como alternativa aos materiais sintéticos, com o objectivo de alcançar um desempenho térmico e acústico elevado das habitações e com baixo impacto sobre o meio ambiente e a saúde humana. A investigação sobre o uso de fibras naturais na indústria da construção tem aumentado nos últimos anos. As fibras naturais apresentam toxicidade muito baixa e os seus processos de produção podem contribuir para proteger o meio ambiente. Muitos dos materiais usados na atenuação do ruído, nos dias de hoje, não podem ser considerados sustentáveis pelo menos no que respeita ao consumo de energia e às emissões de gases com efeito de estufa, podendo alguns deles prejudicar mesmo a saúde humana. Neste trabalho pretende-se fazer uma investigação sobre os materiais que são habitualmente utilizados em aplicações acústicas, qual a tendência actual na aplicação de materiais naturais para o efeito e a sua sustentabilidade. Pretende-se também recolher dados que demonstrem a adequabilidade desses materiais para as aplicações pretendidas. Orientador: Julieta António

1.2.14 Ruído ambiente provocado por tráfego rodoviário O ruído ambiente causado por tráfego, indústrias e actividades de lazer representa um dos problemas ambientais mais importantes na Europa e o motivo de um número crescente de reclamações por parte da população. O tráfego rodoviário é considerado a fonte de ruído que provoca mais incómodo nos residentes das áreas urbanas da EU. Um inquérito conduzido no âmbito do projecto europeu “SILENCE” revelou que cerca de 61% da população residente em áreas metropolitanas se sentia incomodada pelo ruído de tráfego. A fonte de ruído identificada como mais irritante por cerca de metade dos inquiridos foi o ruído de tráfego rodoviário.

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A incomodidade provocada por este tipo de fonte sonora, numa determinada população, depende de vários factores como por exemplo a distancia à fonte, o fluxo de tráfego, o tipo de veículo, a velocidade de circulação, as características do pavimento, o perfil da via (rebaixado ou não), a existência de barreiras de protecção, etc. Neste trabalho será caracterizado o ruído ambiente na proximidade de vias urbanas onde possa ser estudada a influência de diferentes factores. Orientadores: Julieta António e Paulo Amado Mendes

1.2.15 Metodologias harmonizadas de avaliação do comportamento térmico e desempenho energético de edifícios

Descrição Na sequência da crescente preocupação em reduzir os consumos energéticos e correspondentes emissões de gases com efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global do planeta, foi publicada, em 16 de Dezembro de 2002, a Directiva n.º 2002/91/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa ao desempenho energético de edifícios. Essa directiva encontra-se em fase de revisão, prevendo-se que a nova directiva traga novos desafios ao sector da construção. Para suportar a directiva n.º 2002/91/CE encontram-se em desenvolvimento um vasto conjunto de normas europeias, algumas das quais se encontram já publicadas. Estas normas pretendem constituir uma ferramenta para os diferentes estados membros, estabelecendo conceitos e fornecendo metodologias comuns, aplicáveis na avaliação do desempenho energético e na certificação dos edifícios. O objectivo do presente trabalho consiste no estudo das metodologias de cálculo definidas para estimar as necessidades energéticas de aquecimento e arrefecimento de edifícios. Orientador: Nuno Simões

1.2.16 Estudo de sistemas de avaliação da sustentabilidade de soluções construtivas e edifícios

A crescente preocupação com a sustentabilidade ambiental dos edifícios tem conduzido ao aparecimento de diferentes sistemas de avaliação. O presente trabalho tem como objectivo o estudo de diferentes instrumentos de avaliação de desempenho ambiental, procurando conhecer os princípios e respectivas metodologias de avaliação. Orientador: Nuno Simões

1.2.17 Determinação do calor específico de materiais de construção e avaliação da sua importância na transferência de calor

A análise do balanço energético dos edifícios, com o objectivo de avaliar os consumos energéticos necessários para garantir determinados padrões de conforto energético, tem conduzido ao desenvolvimento de metodologias de cálculo cada mais evoluídas. Algumas dessas metodologias assentam na simulação dos fenómenos de transferência de calor em regime variável. Deste modo, deverá ter-se em conta a difusividade térmica dos materiais, a qual é dependente do coeficiente de condutibilidade térmica, da massa volúmica e do calor específico. O estudo proposto no presente trabalho centra-se na análise do calor específico. O principal objectivo é efectuar um estudo laboratorial de determinação do calor específico de um vasto

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conjunto de materiais vulgarmente utilizados na construção de edifícios. Adicionalmente, com base nos valores de calor específico obtidos, prevê-se analisar a influência deste parâmetro no comportamento térmico de soluções construtivas específicas, nomeadamente através da avaliação da importância do calor específico na variação de temperatura dessas soluções ao longo do tempo. Orientador: Nuno Simões; António Tadeu

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1.2.18 As Energias Renováveis em Portugal. Passado, Presente e Futuro

Descrição As energias renováveis em Portugal, e particularmente em Portugal Continental, têm vindo progressivamente a reforçar a sua importância quer em termos de potência instalada quer em termos de energia injectada na rede de transporte e na rede de distribuição. Entre as várias formas de energias renováveis que têm vindo a ser instaladas em Portugal é de destacar o investimento na energia eólica e, mais recentemente, no designado PNBEPH (Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico) que na configuração inicial preconizava a construção de 10 Aproveitamentos Hidroeléctricos (Almourol, Alto Tâmega, Alvito, Daivões, Foz Tua, Fridão, Girabolhos, Gouvães, Padroselos e Pinhosão). Destes Almourol e Pinhosão não foram concessionados por ausência de empresas interessadas. A generalidade destes A. H. será equipado com grupos reversíveis de modo a permitirem a bombagem hidroeléctrica nos períodos com excesso de energia na rede em que o seu custto é mais baixo. A potência instalada em FER (fontes de energias renováveis) alcançou, segundo dados da DGEG, em finais de Fevereiro de 2010 9145 MW, dos quais 3650 MW eram relativos a energia eólica. No entanto deve anotar-se que até Fevereiro de 2009 estavam licenciados 10354 MW de FER. A produção de energia eléctrica a partir de FER contempla, essencialmente, a eólica e a hídica (grande, média e pequena) e, em menor escala, a biomassa, o RSU, (Resíduos Sólidos Urbanos), o biogás, a fotovoltaica e as ondas/marés (estas em regime experimental). A crescente utilização das energias renováveis implica um menor recurso à utilização de combustíveis fósseis (essencialmente carvão, gás natural, fuelóleo e gasóleo) com a consequente redução das emissões de CO2 para a atmosfera. Deve no entanto anotar-se que o recurso à energia eólica tem limitações decorrentes da sua volatilidade e intermitência, o que se pode exemplificar, por exemplo, através dos diagramas relativos à produção eólica dos dias 2, 5 e 9 de Maio de 2010. Tal implica que quando existem quebras ou aumentos significativas de potência o sistema electroprodutor tem que responder muito rapidamente a tais variações de modo a que o fornecimento de energia eléctrica continue a ser assegurado. Pretende-se fazer uma análise crítica das diversas formas de produção a partir das FER, as suas vantagens/desvantagens e as implicações que têm, ou podem ter, na gestão e na segurança doa abastecimento de energia eléctrica ao País.

Fig. 1 - Diagrama de consumo total referente à produção líquida das centrais do dia 01-01-2010. (REN, 2010).

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Orientador: António Luís Saraiva (DCT/FCTUC)

1.2.19 A Energia Hidroeléctrica em Portugal e a sua Importância. Uma Análise Crítica

Descrição A energia hidroeléctrica em Portugal teve uma grande expansão e desenvolvimento na década de 1950 com a construção de grandes aproveitamentos hidroeléctricos como por exemplo os de: 1951 - Castelo do Bode (Zêzere) e Venda Nova Rabagão); 1953 - Salamonde (Cávado); 1954 - Cabril (Zêzere); 1955 – Caniçada (Cávado) e Bouçã (Zêzere); 1956 – Paradela (Cávado); 1958 – Picote (Douro Internacional) e 1960 – Miranda (Douro Internacional). Na década de 60 assistiu-se a um decréscimo no ritmo de construção de A. H. devido á implementação de centrais térmicas com queima de carvão nacional (Tapada do Outeiro já descontinuada) e de fuelóleo (Carregado). Nesta época contruiram-se apenas os A. H. de Bemposta ( Douro Internacional), Alto Rabagão (Rabagão) e de Vilar-Tabuaço (Távora). Nas décadas de 70 e de 80 +e de destacar a construção de 5 A. H. no Douro Nacional (Carrapatelo, 1971; Régua, 1973; Valeira, 1976; Pocinho, 1983 e de Crestuma-Lever, 1985). É também desta época a construção dos A. H. da Aguieira e da Raiva, aquele equipado com grupos reversíveis e este funcionando como contra-embalse daquele que entraram em funcionamento respectivamente em 1981 e em 1982. Na década de 90 é de salientar a entrada em funcionamento do A. H. do Alto Lindoso que é presentemente o A. H. com maior potência instalada (2 grupos com uma potência unitária de 316 MW cada e que demoram 90 seg. a injectar energia na rede). É também desta época o início, por parte da EDP, da implementação dos designados reforços de potência que tiveram o seu início em Miranda com a construção de uma segunda central hidroeléctrica (Miranda II) com uma potência instalada de 194 MW. Estes reforços de potência tiveram continuação na Venda Nova II (actual Frades) com uma potência instalada de dividida por dois grupos e continua no presente em Picote II, Bemposta II, Alqueva II e Venda Nova III. Estão igualmente previstos pela EDP reforços de potência em Paradela II e Salamonde II. Nos anos mais recentes apenas se construiu o A. H. de Alqueva que entrou em funcionamento no ano de 2004. Após um longo período de praticamente ausência na construção de A. H. assiste-se, presentemente, a um novo incremento que surge na sequência do designado PNBEPH (Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico) que na configuração inicial preconizava a construção de 10 Aproveitamentos Hidroeléctricos (Almourol, Alto Tâmega, Alvito, Daivões, Foz Tua, Fridão, Girabolhos, Gouvães, Padroselos e Pinhosão). Destes Almourol e Pinhosão não foram concessionados por ausência de empresas interessadas. A generalidade destes A. H. será equipado com grupos reversíveis de modo a permitirem a bombagem hidroeléctrica nos períodos com excesso de energia na rede em que o seu custo é mais baixo, o que acontece durante a noite ou quando há excesso de produção de energia eólica. Tal irá permitir a posterior produção de energia eléctrica nas horas de maior procura. Os A. H. e particularmente os que se apresentam com albufeira e os que estão equipados com maior potência são uma garantia da estabilidade do fornecimento de energia à rede devido ao reduzido tempo de resposta às instruções de despacho e permitem que possa ser possível desenvolver uma gestão mais racional da rede de transporte. Orientador: António Luís Saraiva (DCT/FCTUC)

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Fig. 1 - Diagrama de consumo total referente à produção líquida das centrais relativo ao dia 14-05-2010. (REN, 2010). Orientador: António Luís Saraiva (DCT/FCTUC)

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1.2.20 Análise de Risco de Incêndio em edifícios industriais

Descrição

A segurança contra incêndio em edifícios industriais é uma actividade complexa face à multiplicidade de ocupações e perigos diversificados. Portugal, somente com a nova regulamentação de segurança contra incêndios em edifícios, passa a tratar o problema deste tipo de edifícios, vindo assim a ser preenchida uma lacuna que existia nesta área. Nesta tese pretende-se abordar a matéria da segurança dos edifícios industriais procurando articular o risco de incêndio com o de outros acidentes como as explosões e derrames, dada a inter-relação existente. Será feito um levantamento de todos perigos potenciais neste tipo de edifícios que terão influência no risco de incêndio. Serão também apresentados e estudados os métodos de avaliação de risco de incêndio mais apropriados para os edifícios industriais. Orientador: João Paulo C. Rodrigues (DEC / FCTUC)

1.2.21 Análise de risco de incêndio em zonas urbanas antigas

Descrição

As construções históricas diferem das actuais pela concepção antiga das “aglomerações populacionais” e também pelos materiais, pela concepção dos espaços e pelos métodos construtivos adoptados. Estas são justamente as características que introduzem dificuldades em se adoptar análises de risco pré-concebidas para outras situações. Em Portugal o interesse por fazer análises de risco de incêndio em centros históricos ganhou força após o grande incêndio do Chiado no centro histórico de Lisboa, em 1988, que começou no edifício Grandela. Este incêndio, devido às particularidades da zona e pela ausência de medidas de detecção e combate a incêndios, atingiu outros 17 edifícios, causando grande impacto social e desencadeando diversos estudos para tomadas de medidas preventivas não só na zona como em todo o país, inclusive com a aprovação das “Medidas Cautelares de Segurança contra Incêndio em Áreas Urbanas Antigas” e a exigência da concepção de Planos Municipais de Emergência para todas as Câmaras Municipais.

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Nesta tese pretende-se estudar os diferentes métodos de avaliação de risco de incêndio para centros históricos, verificar as suas potencialidades e fraquezas e aplicar os mesmos a um caso simples. Orientador: João Paulo C. Rodrigues (DEC / FCTUC)

1.2.22 Caracterização dos riscos tecnológicos associados a algumas actividades

Descrição

Os trabalhadores dos diferentes sectores do tecido produtivo encontram-se expostos nas suas actividades a diferentes tipos de riscos que poderão trazer perigos para a sua saúde. Estes riscos estão associados a perigos vários que se encontram desde o armazenamento de matérias-primas, à transformação das mesmas e até ao armazenamento e transporte dos produtos finais. Nestes temos a destacar as atmosferas perigosas, os derrames de substâncias perigosas, os fumos e gases, as poeiras, as explosões, o ruído, etc.

Apesar da legislação existente nesta área que cresce a ritmo acelerado em Portugal, fundamentalmente por imposição a nível Europeu, e a obrigatoriedade em elaborar planos de segurança e higiene no trabalho, os riscos a que as pessoas estão sujeitas nas suas actividades apesar de mais ou menos controlados continuam existir. O presente trabalho pretende fazer o levantamento dos riscos a que as pessoas estão sujeitas nos diferentes tipos de actividades, quais os seus efeitos e como os minimizar. O trabalho será elaborado para uma actividade específica ou grupos de actividades.

Orientador: João Paulo C. Rodrigues (DEC / FCTUC)

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1.2.23 Incêndios industriais e seu impacto ambiental

Descrição

Um incêndio num edifício industrial traduz-se em geral, não só por uma grande perda de bens de produção e da própria instalação fabril como também em prejuízos para o ambiente, podendo até ocorrer a perda de vidas humanas. Ao nível dos prejuízos para o ambiente temos a identificar a produção de fumos e gases tóxicos, o derrame de substâncias perigosas e as explosões. Um incêndio numa indústria petrolífera ou de celulose pode traduzir-se em grandes perigos para o meio ambiente. Nesta tese pretende-se identificar os perigos de incêndio em cada tipo de indústria, os impactes ambientais decorrentes dos incêndios e as acções a desenvolver de forma a minimizar os seus efeitos para o ambiente. Os incêndios são uma parte importante do sistema de gestão ambiental das indústrias que importa caracterizar de forma completa e rigorosa.

Orientador: João Paulo C. Rodrigues (DEC / FCTUC)

1.2.24 Planos municipais de emergência

Descrição O Planeamento para situações de Emergência, tais como os acidentes graves, as catástrofes e as calamidades, é uma actividade multidisciplinar, exigindo um considerável trabalho de integração de conhecimentos na definição de medidas de prevenção, planeamento e coordenação de acções de socorro. O Plano Municipal de Emergência pode definir-se como um plano territorial de Protecção Civil que não é mais que a sistematização de um conjunto de normas e regras de procedimento, destinadas a minimizar os efeitos das catástrofes ou calamidade pública que se prevê que possam vir a ocorrer em determinadas áreas, gerindo de forma optimizada, os recursos disponíveis para fazer face às diversas situações de emergência que poderão ocorrer num determinado espaço geográfico que se restringe a um município.

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Pretende-se com este trabalho efectuar uma análise das componentes que um Plano de Emergência Municipal deve ter, caracterizar os actualmente existentes em diversos concelhos em Portugal e lançar soluções e ideias para a elaboração dum Plano Municipal de Emergência. Orientador João Paulo C. Rodrigues (DEC / FCTUC)

1.2.25 Caracterização das Cargas de Incêndio dos Edifícios em Portugal

Descrição: O cálculo da densidade de carga de incêndio modificada será na futura regulamentação nacional de segurança contra incêndio permitido e considerado como parâmetro de classificação em termos de risco de incêndio. Este cálculo requer uma base de dados fiável, actualizada e em consonância com a realidade existente no País para cada tipo de edifício ou utilização. O conhecimento destas cargas de incêndio será necessário para a caracterização do incêndio ao nível da sua deflagração e desenvolvimento, incluindo as temperaturas geradas e os fumos e gases produzidos. Os valores e características das cargas de incêndio existentes por todo o mundo são ainda escassos e de fiabilidade duvidosa não caracterizando correctamente todas as situações reais.

O presente trabalho pretende efectuar a caracterização das cargas de incêndio na edificação Portuguesa. Esta caracterização será efectuada por tipo de utilização, de acordo com a proposta do novo regulamento geral de segurança contra incêndios em edifícios. Assim os edifícios em análise serão: tipo I – Habitação; tipo II - Estacionamento; tipo III – Administrativa; tipo IV - Escolar; tipo V - Hospital e lar de idosos; tipo VI - Espectáculos e

reunião pública; tipo VII - Hoteleira e similar; tipo VIII – Comercial, gare e terminal; tipo IX – Desportiva e lazer; tipo X – Museu e galeria de arte; tipo XI – Biblioteca e arquivo; tipo XII – Industrial e armazém. Orientador João Paulo C. Rodrigues (DEC / FCTUC)

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1.2.26 O novo Regulamento de Segurança Contra Incêndios em Edifícios comentado e ilustrado

Descrição: A Segurança Contra Incêndios em Edifícios tem hoje grande importância na economia e sociedades dos Países. A ocorrência de incêndios importantes em diferentes pontos do mundo, levaram a que se olhasse para esta temática com maior cuidado e se lançasse mão da criação de regulamentos e normas para a área. Assim, o ex Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), tomou a iniciativa de elaborar um novo Regulamento de Segurança ao Incêndio em Edifícios. Este regulamento, de âmbito geral, aplicar-se-á praticamente todo o tipo de ocupações, e virá substituir um grande número de regulamentos, medidas e normas existentes. Nesta trabalho elaborar-se-á uma análise comentada e ilustrada sobre os vários aspectos da nova regulamentação Portuguesa de segurança ao incêndio em Edifícios. Pretende-se com este trabalho criar uma ferramenta de consulta fácil e rápida das disposições regulamentares, útil para os engenheiros e arquitectos em todo o País. Orientador João Paulo C. Rodrigues (DEC / FCTUC)

1.2.27 Caracterização e reciclagem dos produtos resultantes da extinção dos incêndios

Descrição: O processo de extinção de incêndios caracteriza-se

pela produção de inumeros poluentes nocivos para o

meio ambiente. Como agentes extintores para além

da vulgar água são usados os hidrocarbonetos

halogenados, as espumas, a neve carbónica e os pós

químicos ABC e BC. Estes agentes extintores são em

muitos casos nocisos para o meio ambiente. O novo

Regulamento de Segurança Contra Incêndios em

Edifícios encerra já algumas medidas tendo em vista

a drenagem dos líquidos resultantes da extinção dos

incêndios

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Na história existem alguns incêndios em indústrias em que os produtos derramados e os

agentes extintores usados na extinção do incêndio traduziram-se num desastre ambiental. Em

1986 um incêndio na fábrica da Sandoz em Basileia na Suíça destruiu um armazém de

produtos químicos. Os produtos resultantes do incêndio contaminaram os solos e os cursos de

água. Milhares de peixes morreram no Rio Reno.

Nesta tese pretende-se fazer um levantamento e caracterização dos produtos resultantes da

extinção dos incêndios e seu impacte ambiental.

Orientador João Paulo C. Rodrigues (DEC / FCTUC)