1 projeto dissertação v3e -...

214
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia Mecânica FLAVIO MITSUO NAKASHIMA ESTUDO DOS EFEITOS DO TAMANHO E DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA DE PARTÍCULAS CILÍNDRICAS DE BAMBU SOBRE A VELOCIDADE DE MÍNIMA FLUIDIZAÇÃO DE MISTURAS CONTENDO AREIA COMO MATERIAL INERTE CAMPINAS 2018

Upload: others

Post on 03-Feb-2020

14 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Mecânica

FLAVIO MITSUO NAKASHIMA

ESTUDO DOS EFEITOS DO TAMANHO E

DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA DE

PARTÍCULAS CILÍNDRICAS DE BAMBU SOBRE A

VELOCIDADE DE MÍNIMA FLUIDIZAÇÃO DE

MISTURAS CONTENDO AREIA COMO MATERIAL

INERTE

CAMPINAS

2018

Page 2: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

FLAVIO MITSUO NAKASHIMA

ESTUDO DOS EFEITOS DO TAMANHO E

DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA

DEPARTÍCULAS CILÍNDRICAS DE BAMBU SOBRE A

VELOCIDADE DE MÍNIMA FLUIDIZAÇÃODE

MISTURASCONTENDO AREIA COMO MATERIAL

INERTE

Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para obtenção do título de Mestre em Engenharia Mecânica, na Área de Térmica e Fluidos

Orientador: Prof. Dr. Waldir AntonioBizzo

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO

FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA

PELOALUNO FLAVIO MITSUO NAKASHIMA E

ORIENTADA PELO PROF. DR WALDIR

ANTONIOBIZZO.

CAMPINAS

2018

Page 3: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Agência(s) de fomento e nº(s) de processo(s): Não se aplica.

Ficha catalográfica Universidade Estadual de Campinas

Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura Rose Meire da Silva - CRB 8/5974

Nakashima, Flavio Mitsuo, 1959- N145e NakEstudo dos efeitos do tamanho e distribuição granulométrica de partículas

cilíndricas de bambu sobre a velocidade de mínima fluidização de misturas contendo areia como material inerte / Flavio Mitsuo Nakashima. – Campinas, SP : [s.n.], 2018.

Nak Orientador: Waldir AntonioBizzo. Nak Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade

de Engenharia Mecânica.

Nak1. Leito fluidizado. 2. Misturas binárias. 3. Bambu - Aplicações. 4. Biomassa. 5. Fluidização. I. Bizzo, Waldir Antonio, 1955-. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Mecânica. III. Título.

Informações para Biblioteca Digital

Título em outro idioma: Estudo dos efeitos do tamanho e distribuição granulométrica de partículas cilíndricas de bambu sobre a velocidade de mínima fluidização de misturas contendo areia como material inerte Palavras-chave em inglês: Fluidized bed Binary mixtures Bamboo applications Biomass Fluidization Área de concentração: Térmica e Fluídos Titulação: Mestre em Engenharia Mecânica Banca examinadora: Waldir AntonioBizzo[Orientador] Rogério Gonçalves dos Santos Katia Tannous Data de defesa: 11-12-2018 Programa de Pós-Graduação: Engenharia Mecânica Poweredby

Page 4: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

MECÂNICA

DEPARTAMENTO DE ENERGIA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ACADÊMICO

ESTUDO DOS EFEITOS DO TAMANHO E

DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA DE

PARTÍCULAS CILÍNDRICAS DE BAMBU SOBRE A

VELOCIDADE DE MÍNIMA FLUIDIZAÇÃO DE

MISTURAS CONTENDO AREIA COMO MATERIAL

INERTE

Autor: Flavio Mitsuo Nakashima Orientador: Prof. Dr. Waldir AntonioBizzo A Banca Examinadora composta pelos membros abaixo aprovou esta Dissertação: Prof. Dr. WaldirAntonioBizzo, Presidente Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas Prof. Dr. Rogério Gonçalves dos Santos Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas Prof. Dra. Katia Tannous Faculdade de Engenharia Química, Universidade Estadual de Campinas

A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.

Campinas, 11 de dezembro de 2018.

Page 5: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Resumo

Misturas compostas por combustíveis sólidos (biomassas, carvão, xisto ou resíduos

sólidos) e areia tem merecido atenção crescente nas últimas décadas, por serem empregadas

em processos de geração de energia (combustão, pirólise ou gaseificação) utilizando a

tecnologia de leito fluidizado. Existem na literatura resultados da velocidade de mínima

fluidização (Umf) apresentando comportamentos diferentes em função de variáveis como

fração em massa e tamanho da partícula. Isto pode ser atribuído, principalmente, à grande

diversidade de formatos, dimensões, distribuição granulométrica e densidade das biomassas.

O objetivo deste trabalho foi determinar experimentalmente a influência do tamanho e

da distribuição granulométrica de partículas de bambu com diâmetro nominal de 2 mm e

comprimento nominal de 2, 4, 8 e 16 mm, adicionadas à 90% e 95% de areia, em massa.

Foram testadas sete misturas, sendo quatro compostas por areia e partículas de bambu com

diferentes proporções da relação comprimento/diâmetro 1, 2, 4 e 8, denominadas de misturas

1 a 4 e três misturas compostas por areia e bambu de um único comprimento em cada mistura

(comprimento/diâmetro 1, 2 e 8), denominadas de mistura ldc1, ldc2 e ldc8, respectivamente.

Os resultados experimentais mostraram que aUmfdas misturas aumenta com o aumento do

percentual de bambu na mistura de 5% para 10%, em massa. Considerando somente o valor

da grandeza da Umf, para a proporção de materiais 5% de bambu/95% de areia, as misturas

testadas apresentaram 91% de variação (relação entre o menor e o maior valor da Umf). Para a

proporção de materiais 10% de bambu/90% de areia, esta variação foi de94%. De forma geral,

esta ordem de grandeza de variação da Umf não é significativa para aplicações práticas de

engenharia, podendo se considerar que para as misturas estudadascom a proporção de

materiais 5% de bambu/95% de areia e para as misturas com a proporção de materiais 10% de

bambu/90% de areia, a Umf independe da distribuição granulométrica e do tamanho de

partículas. Uma análise dos detalhes dos resultados obtidos experimentalmente é apresentada,

em que se constata que as partículas de bambu presentes no leito exercem uma pequena

influência na Umfdevido à sua adição no leito com areia, e depende de parâmetros como

quantidade, distribuição granulométrica e tamanho de partícula.

Palavras-Chaves: fluidodinâmica de leitos fluidizados; misturas biomassa-areia; partículas

cilíndricas; velocidade de mínima fluidização; projeto de reatores de leitos fluidizados.

Page 6: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Abstract

Mixtures composed of solid fuels (biomasses, coal, shale or solid residues) and sand

have received increasing attention in the last decades, because they are used in processes of

generation of energy (combustion, pyrolysis or gasification) using fluidized bed technology.

There are in the literature results of the minimum fluidization velocity (Umf) presenting

different behaviors as a function of variables such as mass fraction and particle size. This can

be attributed, mainly, to the great diversity of formats, dimensions, particle size distribution

and biomass density.

The objective of this work was to determine the influence of size and particle size

distribution of bamboo particles with nominal diameter of 2 mm and nominal length of 2, 4, 8

and 16 mm, added to 90% and 95% sand, by weight. Seven blends were tested, four of which

were composed of sand and bamboo particles with different proportion of the relation length/

diameter = 1, 2, 4 and 8, named as mixtures 1 to 4 and three mixtures composed of sand and

bamboo particles with only one length in each mixture (length/ diameter = 1, 2 and 8), called

as mixture ldc1, ldc2 and ldc8, respectively. Experimental results showed that the Umf of the

mixtures increases with increasing percentage of bamboo in the mixture from 5% to 10% by

weight. Considering only the value of the magnitude of the Umf, for the proportion of

materials 5% bamboo/95% sand, the mixtures tested showed 91% variation (relation between

the lowest and highest value of Umf). For the proportion of materials 10% bamboo/90% sand,

this variation was 94%. In general, this order of magnitude of variation of the Umf is not

significant for practical engineering applications, and it may be considered that for the

mixtures studied with the proportion of materials 5% bamboo/95% sand and for the mixtures

with the proportion of materials 10% bamboo/90% sand, the Umf is independent of particle

size distribution and particle size. Itis presented an analysis of the details of the results

obtained experimentally, in which it is observed that the bamboo particles present in the bed

exert a small influence on the Umf resulting from its addition in the bed with sand, and it

depends on parameters like quantity, particle size distribution and particle size.

Keywords: fluid dynamics of the fluidized bed; biomass-sand mixtures; cylindrical particles;

minimum fluidization velocity; design of fluidized bed reactors.

Page 7: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Lista de ilustrações

Figura 1 - Exemplo de uma partícula com o seu diâmetro circunscrito (dCC) e o inscrito (dCI)

.................................................................................................................................................. 22

Figura 2 - Vista de cima da tela da peneira - bambu ................................................................ 28

Figura 3 - Vista da parte inferior da tela da peneira - bambu ................................................... 28

Figura 4 - Abertura da peneira das fotos 2 e 3 - bambu............................................................ 29

Figura 5 - Exemplo da diversidade de tamanhos encontrados no fundo da peneira - bambu .. 29

Figura 6 - Exemplo de uma partícula indicando as partes correspondentes a nomenclatura

utilizada na definição das densidades ....................................................................................... 31

Figura 7 – Procedimento para determinação da velocidade de mínima fluidização. ............... 40

Figura 8 – Representação dos parâmetros característicos na curva fluidodinâmica ................ 41

Figura 9 – Máquina para corte do bambu ................................................................................. 48

Figura 10 – Fotos dos materiais testados .................................................................................. 49

Figura 11 - Foto ampliada da areia utilizada nos testes ............................................................ 49

Figura 12 - Classificação de Geldart das partículas de bambu (vermelho) e da areia (azul) ... 50

Figura 13 - Sistema experimental ............................................................................................. 54

Figura 14 - Distribuição das misturas de bambu testadas (marcadores quadrados) comparada

com a distribuição de Rosin, Rammler e Bennet (linha azul) .................................................. 59

Figura 15 – Exemplo de curva fluidodinâmica de mistura de bambu acrescida à areia........... 61

Figura 16 - Curva típica do diferencial de pressão na placa porosa ......................................... 64

Figura 17 - Diâmetro característico em função da relação l/dc ................................................ 71

Figura 18 – Diminuição da porosidade no leito: quantidade de partículas de areia e vazios

substituídos por uma partícula de bambu ................................................................................. 76

Figura 19 - Regime de leito totalmente fluidizado – bambu com l/dc=1 ................................. 78

Figura 20 - Regime de leito totalmente fluidizado – bambu com l/dc=2 ................................. 78

Figura 21 - Regime de leito totalmente fluidizado – bambu com l/dc=4.................................. 78

Figura 22 - Regime de leito totalmente fluidizado – bambu com l/dc=8.................................. 79

Figura 23 - Regime de leito fixo com formaçao de canais preferenciais – bambu com l/dc=8 79

Figura 24 - Curva fluidodinâmica das partículas de bambu com l/dc=1 .................................. 80

Figura 25 - Curva fluidodinâmica das partículas de bambu com l/dc=2 .................................. 80

Figura 26 - Curva fluidodinâmica das partículas de bambu com l/dc=4 .................................. 81

Figura 27 - Curvas fluidodinâmicas das partículas de bambu com l/dc=1, 2 e 4 ..................... 81

Figura 28 - Umf das partículas de bambu em função da esfericidade ....................................... 84

Page 8: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Figura 29 - Umf das partículas de bambu em função do diâmetro característico ...................... 84

Figura 30 - Umf das partículas de bambu em função da relação do comprimento sobre o

diâmetro característico .............................................................................................................. 85

Figura 31 - Comparação da curva fluidodinâmica da areia e das misturas de bambu (5% em

massa) adicionadas à areia (95% em massa) (misturas 1 a 4) .................................................. 87

Figura 32 - Comparação da curva fluidodinâmica da areia e das misturas de bambu (5% em

massa) adicionadas à areia (95% em massa) (misturas ldc1, ldc2 e ldc8) ............................... 87

Figura 33 - Comparação da curva fluidodinâmica da areia e das misturas de bambu (10% em

massa) adicionadas à areia (90% em massa) (misturas 1 a 4) .................................................. 88

Figura 34 - Comparação da curva fluidodinâmica da areia e das misturas de bambu (10% em

massa) adicionadas à areia (90% em massa) (misturas ldc1, ldc2 e ldc8) ............................... 88

Figura 35 - Curvas fluidodinâmicas da mistura 1 .................................................................... 90

Figura 36 - Curva fluidodinâmica da mistura 2 ........................................................................ 90

Figura 37 - Curvas fluidodinâmicas da mistura 3 .................................................................... 91

Figura 38 – Curvas fluidodinâmicas da mistura 4 .................................................................... 91

Figura 39 – Curvas fluidodinâmicas da mistura ldc1: bambu com l/dc=1 adicionada à areia.. 92

Figura 40 – Curvas fluidodinâmicas da mistura ldc2: bambu com l/dc=2 adicionada à areia.. 92

Figura 41 – Curvas fluidodinâmicas da mistura ldc8: bambu com l/dc=8 adicionada à areia.. 93

Figura 42 - Misturas de bambu adicionadas à areia e suas Umf com suas incertezas ............... 98

Figura 43 - Misturas de bambu adicionadas à areia e suas Ufi com suas incertezas ................ 99

Figura 44 – Misturas de bambu adicionadas à areia e suas Ufc com suas incertezas ............... 99

Figura 45 – Umf em função da quantidade de partículas de bambu ........................................ 101

Figura 46 – Coeficiene de arraste de cilindro liso e esfera (fonte: Schlichting, H. Boundary

Layer Theory, 7a ed.) .............................................................................................................. 103

Figura 47 - Efeito da partícula de bambu na velocidade do ar entre as partículas de areia, que

estão ao seu redor ................................................................................................................... 103

Figura 48 - Efeito do comprimento da partícula de bambu na velocidade máxima junto ao seu

contorno e entre as partículas de areia, que estão ao seu redor .............................................. 104

Figura 49 – Diferentes casos do perfil de velocidades do ar entre as partículas de areia, com o

aumento da quantidade de partículas de bambu do caso (1) para o caso (4). ......................... 106

Figura 50 – Valores da relação Umf /n (Umf obtida experimentalmente) em função da

quantidade de partículas (n). ................................................................................................... 110

Figura 51 – 10% em massa da mistura de bambu .................................................................. 111

Page 9: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Figura 52 - 10% em massa da mistura de bambu e 90% em massa de areia – mistura 3 ....... 111

Figura 53 – Exemplo das curvas de ajuste aos pontos experimentais .................................... 114

Figura 54 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura 1 .............................................. 115

Figura 55 - Regime de leito fixo - mistura 1 .......................................................................... 115

Figura 56 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura 2 .............................................. 116

Figura 57 - Regime de leito fixo - mistura 2 .......................................................................... 116

Figura 58 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura 3 .............................................. 116

Figura 59 - Regime de leito fixo - mistura 3 .......................................................................... 116

Figura 60 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura 4 .............................................. 117

Figura 61 - Regime de leito fixo - mistura 4 .......................................................................... 117

Figura 62 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura ldc2 ......................................... 117

Figura 63 - Regime de leito fixo - mistura ldc2 ..................................................................... 117

Figura 64 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura ldc8 ......................................... 118

Figura 65 - Regime de leito fixo - mistura ldc8 ..................................................................... 118

Figura 66 – Umf para 5% de misturas de bambu acrescidas à 95% de areia (percentuais em

massa) obtidas experimentalmente e calculadas através de correlações da literatura ............ 120

Figura 67 – Umf para 10% de misturas de bambu acrescidas à 90% de areia (percentuais em

massa) obtidas experimentalmente e calculadas através de correlações da literatura ............ 121

Page 10: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Lista de tabelas

Tabela 1 - Valores da esfericidade para partículas cilíndricas, conforme diferentes métodos de

cálculo ....................................................................................................................................... 25

Tabela 2 – Correlações da literatura utilizadas para comparação dos resultados experimentais

.................................................................................................................................................. 37

Tabela 3 – Valores das massas dos testes efetuados com cada material (kg) ........................... 56

Tabela 4 – Parâmetros k e xo da distribuição de Rosin, Rammler e Bennet de referência para

comparação com a distribuição granulométrica das misturas 1 a 4 ......................................... 59

Tabela 5 - Composição das misturas de bambu com areia testadas (percentual em massa de

cada componente) ..................................................................................................................... 60

Tabela 6 - Composição das misturas de bambu com areia testadas (percentual em massa de

cada componente) ..................................................................................................................... 60

Tabela 7 - Identificação das cores e descrição das características apresentadas na Figura 15 . 61

Tabela 8 - Características das partículas de areia ..................................................................... 66

Tabela 9 - Características das partículas de bambu testadas .................................................... 67

Tabela 10 - Porosidade do leito fixo das partículas de bambu ................................................. 68

Tabela 11 - Esfericidade calculada pela geometria do bambu (∅) comparada com a

esfericidade efetiva (obtida pela curva fluidodinâmica - ∅exp) ................................................. 69

Tabela 12 - Densidade envelopada do bambu (ρenv) ................................................................. 70

Tabela 13 - Diâmetro equivalente das misturas de bambu adicionadas à areia ........................ 72

Tabela 14 – Fração em massa das misturas de bambu ............................................................. 73

Tabela 15 - Número de partículas das misturas de bambu adicionadas à 90% e 95% de areia 74

Tabela 16 - Esfericidade das misturas de bambu adicionadas à 90% e 95% de areia (em

massa) ....................................................................................................................................... 75

Tabela 17 - Velocidade de mínima fluidização das partículas de bambu, faixa de variação de

Redsv e forma da curva de ajuste do regime de leito fixo .......................................................... 82

Tabela 18 - Velocidade de mínima fluidização das partículas de areia, faixa de variação de

Redsv e forma da curva de ajuste do regime de leito fixo .......................................................... 82

Tabela 19 - Identificação das cores utilizadas nas figuras ........................................................ 89

Tabela 20 - Velocidades características das misturas testadas .................................................. 98

Tabela 21 - Percentual da variação das velocidades características (Umf, Ufi e Ufc) com o

aumento do percentual de bambu de 5% para 10% na mistura .............................................. 100

Page 11: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Tabela 22 – Classificação das misturas, quanto ao perfil de velocidade do ar escoando entre as

partículas de areia, que se encontram próximas as partículas de bambu ................................ 106

Tabela 23 – Relação entre a variação na Umf da mistura areia e bambu e a variação na

quantidade de partículas de bambu, ocorrida com o aumento na proporção de materiais de

5/95 para 10/90 ....................................................................................................................... 107

Tabela 24 – Umf por partícula das misturas 5 a 7 – proporção de materiais 5/95 ................... 108

Tabela 25 – Umf estimada das misturas 1 a 4 tendo como base a relação Umf/n das misturas 5 a

7 (Tabela 24) – proporção de materiais 5/95 .......................................................................... 108

Tabela 26 – Umf por partícula das misturas 5 a 7 – proporção de materiais 10/90 ................. 109

Tabela 27 – Umf estimada das misturas 1 a 4 tendo como base a relação Umf/n das misturas 5 a

7 (Tabela 26) – proporção de materiais 10/90 ........................................................................ 109

Tabela 28 - Número de Reynolds do escoamento no regime de leito fixo para as misturas

testadas ................................................................................................................................... 112

Tabela 29– Comparação dos valores da Umf obtidos considerando-se somente o termo do

primeiro grau da equação do segundo grau ............................................................................ 113

Tabela 30 - Equações utilizadas para cálculo da Umf sem o termo do segundo grau .............. 114

Tabela 31 - Identificação das cores e descrição das características apresentadas nas curvas

fluidodinâmicas ...................................................................................................................... 131

Page 12: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Lista de Abreviaturas e Siglas

Letras latinas

A Área superficial [m2]

Ar Número de Arquimedes= [-]

D Diâmetro do leito [m]

Dtubo Diâmetro do tubo de medição da vazão [m]

dc Diâmetro da partícula cilíndrica [m]

dp Diâmetro da partícula [m]

dpi Diâmetro da partícula retida na peneira i [m]

g Aceleração da gravidade [m/s2]

G Vazão em massa [kg/s]

H Altura do leito [m]

k parâmetro da distribuição de Rosin, Rammler e Bennet [-]

l/dc Razão entre o comprimento e o diâmetro da partícula cilíndrica [-]

l Comprimento da partícula cilíndrica [m]

m Massa [kg]

P2 Diferencial de pressão na placa porosa e do material no leito [Pa]

Patm Pressão atmosférica [Pa]

Pfc Diferencial de pressão da placa porosa e do material no leito,

no regime de leito totalmente fluidizado [Pa]

Pmont Pressão à montante da placa de orifício [Pa]

PwL Pressão exercida pelo peso do material no leito [Pa]

Ra Constante universal dos gases ideais [J/kg.K]

Re Número de Reynolds, 𝑅𝑒 = [-]

Ufi Velocidade defluidização iminente [m/s]

Umf Velocidade de mínima fluidização [m/s]

Ufc Velocidade de fluidização completa [m/s]

Uo Velocidade superficial do gás [m/s]

Us Velocidade de segregação [m/s]

V Volume [m3]

Page 13: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

w Peso das partículas [N]

x Fração em massa [-]

Letras gregas

α Fração volumétrica [-]

ΔP Diferencial de pressão [Pa]

ε Porosidade do leito de partículas [-]

µ Viscosidade dinâmica do gás [kg / m s]

ρ Massa específica ou densidade [kg/m3]

ρf Densidade aparente da partícula do componente

“flotsam” da mistura [kg/m3]

ρj Densidade aparente da partícula do componente

“jetsam” da mistura [kg/m3]

σ Desvio padrão, 𝜎 = ∑(𝑦 − 𝑦)

ϕ Esfericidade [-]

Subscritos

a Ar

ap Aparente

c Cilindro

d Distribuidor de gás (placa porosa)

e Equivalente

esf Esfera

env Envelopado

f Componenteflotsam na mistura (tendência a flutuar)

fc Fluidização completa

fi Fluidização iminente

j Componentejetsam na mistura (tendência a decantar)

ef Efetivo

g Gás

Page 14: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

heq Hidrodinâmico equivalente

L Leito

LF Leito fixo

M Mistura

mat Materialou materiais ensaiados

mf Mínimafluidização

or Medidor de placa de orifício

p Partícula

pp Placa porosa

s Superficial

sv Superficial e volumétrico (Sauter)

t Terminal

tot Total

tubo Tubo onde foi medida a vazão

v Volumétrico

Page 15: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 17

1.2 Objetivos .................................................................................................................... 20

2. REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 21

2.1 Esfericidade ............................................................................................................... 21

2.2 Distribuição granulométrica e dimensão característica da partícula.......................... 25

2.3 Densidade ................................................................................................................... 30

2.4 Porosidade do leito ..................................................................................................... 32

2.5 Correlações da literatura para determinação da Umf de misturas com 2 materiais distintos ................................................................................................................................. 33

3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 48

3.1 Caracterização dos materiais ..................................................................................... 48

3.2 Sistema experimental ................................................................................................. 53

3.3 Procedimento experimental e velocidades características ......................................... 54

3.3.1 Ensaios realizados com cada material individualmente............................................... 56

3.3.2 Ensaios realizados com misturas de bambu adicionados à areia ................................. 57

3.3.3. Construção da curva fluidodinâmica .......................................................................... 61

4. RESULTADOS e DISCUSSÕES ..................................................................................... 66

4.1 Caracterização dos materiais ..................................................................................... 66

4.1.1 Caracterização das partículas de bambu e da areia ...................................................... 66

4.1.2 Caracterização das misturas de bambu ........................................................................ 71

4.1.3 Porosidade do leito de areia com o acréscimo de partículas de bambu ....................... 75

4.1.4 Altura teórica do leito de partículas contendo areia e bambu comparado com o leito formado somente por partículas de areia .............................................................................. 76

4.2 Resultados e comentários dos ensaios fluidodinâmicos realizados com cada material individualmente .................................................................................................................... 77

4.2.1 Curvas fluidodinâmicas e velocidades características ................................................. 77

4.2.3 Variação da Umf das partículas de bambu com a esfericidade, diâmetro característico e relação comprimento sobre diâmetro característico ............................................................. 83

4.3 Resultados dos ensaios fluidodinâmicos realizados com misturas de bambu adicionadas à areia ................................................................................................................ 86

4.3.1 Curvas fluidodinâmicas e velocidades características ................................................. 86

4.3.3 Comparação da Umfdas misturas de bambu adicionadas a areia com as obtidas por correlações da literatura ...................................................................................................... 119

5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ................................................................................... 122

Page 16: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

APÊNDICE A - RESULTADOS DOS TESTES FLUIDODINÂMICOS ............................. 131

APÊNDICE B – CÁLCULO E PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS .................................. 171

APÊNDICE C – FÓRMULAS UTILIZADAS PARA PARTÍCULAS CILÍNDRICAS ...... 199

APÊNDICE D – DISTRIBUIÇÃO DE ROSIN, RAMMLER E BENNET........................... 206

APÊNDICE E – VALORES DAS DIMENSÕES DOS MATERIAIS UTILIZADOS ......... 214

Page 17: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

17

1. INTRODUÇÃO

Diante da grande produção agrícola do país, tem-se a consequente produção em larga

escala de resíduos agrícolas. A tecnologia da combustão em leito fluidizado é uma alternativa

viável para uso destes resíduos, possibilitando a produção de energia renovável. Isto

possibilita uma destinação adequada de tais resíduos e importante contribuição e

diversificação para a matriz energética do país.

Através do entendimento do fenômeno da fluidização, dos seus fundamentos, da

influência das características dos materiais envolvidos, bem como a metodologia para

determinação de tais características, será possível desenvolver melhorias e inovações no

processo, além de visualizar novas aplicações desta tecnologia.

No estudo do fenômeno da fluidização, é importante o conhecimento das características

relativas ao leito de partículas, na condição em que a força de arraste sobre elas se iguala com

o seu peso, pois esta caracteriza o início do comportamento das partículas do leito semelhante

à de um fluido. A velocidade superficial mínima em que ocorre esta condição é denominada

de “velocidade de mínima fluidização (Umf)” (Gupta e Sathiyamoorthy, 1999;Oka,

2004;Gibilaro, 2001;Kunii e Levenspiel, 1991; Yang, 2003). Para alguns materiais, esta

condição corresponde a velocidade de fluidização completa, como será discutido no presente

trabalho.

As propriedades do leito nacondição de mínima fluidizaçãofornece parâmetros

fundamentais para o projeto de equipamentos que operam com a tecnologia de leito

fluidizado, como, por exemplo, a seleção da velocidade superficial do gás a ser utilizada no

processo,o que determina a geometriado leito e as características dos equipamentos que

compõe o sistema de fluidização. Além disso, é condição utilizada para a estimativa, através

de correlações da literatura, de outros parâmetros de projeto como diâmetro das bolhas

presentes no leito, expansão do leito, perfis de concentração de partículas na coluna,

coeficientes de transferência de calor e massa e outros (Yang, 2003; Geldart, 1986; Kunii e

Levenspiel, 1991; Oka, 2004).

A Umfdepende das propriedades das partículas (esfericidade,tamanho,

densidadeaparenteda partícula e densidade “bulk” do material particulado), da porosidade,

altura e diferencial de pressão do leito na condição de mínima fluidização edas propriedades

do fluido (densidade e viscosidade).No caso de misturas de materiais diferentes, a Umf

Page 18: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

18

também depende da composição da mistura, representada pela sua fração mássica ou

volumétrica de cada componente.

Estudos envolvendo misturas de dois materiais diferentes com diferença de tamanho

e/ou densidade, foram realizados por diversos pesquisadores como Chen e Keairns (1975) e

Chibaet al. (1979). Os resultados obtidos por estes pesquisadores mostraram a existência de

uma região de transição entre o regime de leito fixo e o regime de leito totalmente fluidizado.

A velocidade superficial do final do regime de leito fixo foi denominada de velocidade de

fluidizaçãoiminente (Ufi)e a velocidade superficial, de início do regime de leito totalmente

fluidizado, de velocidade de fluidização completa (Ufc). Na velocidade de fluidização

iminente (Ufi) as partículas estão na iminência de fluidizar, ou ocorre o início de alterações na

porosidade do leito no regime de leito fixo, que provoca mudança no comportamento do

diferencial de pressão no leito em função da velocidade superficial. Em velocidades do gás

inferiores a Ufi a mistura encontra-se no regime de leito fixo.Experimentalmente a Ufi

corresponde a velocidade em que a inclinação da curva do leito fixo é alterada. Em

velocidades superficiais a partir da Ufco leito encontra-se totalmente fluidizado (regime de

leito totalmente fluidizado)e o diferencial de pressão no leito oscila em torno do valor

correspondente a pressão exercida pelo material no leito.

Existem na literatura (Paudel e Feng, 2013; Chok et al., 2010; Lourenço e Tannous,

2012; Zhonget al., 2008) resultados da velocidade de mínima fluidização(Umf), para misturas

envolvendo biomassa e material inerte, apresentando comportamentos diferentes em função

de variáveis como fração em massa e tamanho da partícula. Isto se deve, principalmente, à

grande diversidade de formatos, dimensões, distribuição granulométrica e densidade das

biomassas. Com o objetivo de analisar este fato, efetuou-se a classificação das biomassas pelo

seu formato, sendo objeto do presente trabalho as partículas cilíndricas. Tais biomassas

podem serbagaço de cana (parte fibrosa), palha de arroz, palha de trigo, bambu, etc., as quais

são comumente observadas em leitos contendo biomassas moídas.

Partículas cilíndricas vem sendo objeto de estudo de diversos autores nas últimas

décadas, pois, na literatura existente, diversos são os estudos que abordam o comportamento e

modelagem de partículas esféricas na fluidização e combustão, mas são poucos os destinados

para partículas cilíndricas (Qi, 2001;Bonefacicet al., 2015; Cai et al., 2012).

A maioria dos autores concorda em atribuir a ocorrência da estratificação de partículas

durante a fluidização de um sistema binário à ação das bolhas que começam a fluir através do

leito. Esta interpretação foi proposta, primeiramente, por Gibilaro e Rowe (1974) os quais

salientaram que o material com tendência a emergir no leito, chamado de “flotsam”, é

Page 19: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

19

arrastado pelas bolhas e acumula-se no topo do leito, enquanto o outro sólido, chamado de

“jetsam”, tende a imergir. A segregação de uma mistura de materiais pode ocorrer devido à

diferença de tamanho ou de densidade das partículas ou devido à ambos.

Os resultados experimentais serão comparados com correlações publicadas na literatura

com as seguintes características:

- Correlações que possuem a forma geral 𝐴𝑅𝑒 + 𝐵𝑅𝑒 = 𝐴𝑟. Esta forma de correlação

está baseada na de Ergun (1952),que se refereao regime de leito fixo, sendo igualada a pressão

exercida pela massa das partículas no leito, na condição de mínima fluidização. Possui um

termo inercial (𝐴𝑅𝑒 ), proporcional ao quadrado da velocidade do fluido e um termo

viscoso (𝐵𝑅𝑒 ) que varia linearmente com a velocidade superficial do fluido. Nessa equação

A e Bsão constantes ou parâmetros determinados a partir das características dos componentes

da mistura, Remf é o número de Reynolds, com a dimensão característica da partícula, na

condição de mínima fluidizaçãoe Aré o número de Arquimedes. Algumas correlações desse

grupofacilitam a estimativa da Umf, pois não necessitam da medida da porosidade do leito e da

esfericidade das partículas (Paudele Feng, 2013; Rao et al.,2001; Si e Guo, 2008), o que torna

o seu uso muito vantajoso, pois estes parâmetros são difíceis de serem medidos com exatidão

experimentalmente.

- Correlações que levam em consideração a Umf dos componentes individuais presentes na

mistura(Cheunget al., 1974; Bilbao et al., 1987).

- Outros formatos da equação da correlação (Oliveira et al., 2013).

Este trabalho pretende avaliar os efeitosdo tamanho e da distribuição granulométricade

partículas cilíndricas de bambusobre a velocidade de mínima fluidização de misturasde

bambucom areia, sendo este o principal componente (90% e 95% em massa). Os resultados

obtidos visam contribuir para o entendimento da fluidodinâmica de leitos fluidizados

contendo estas misturas e biomassas com formato cilíndrico.

Page 20: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

20

1.2 Objetivos

O objetivo geral deste trabalhofoi verificar a dependência do tamanho e da distribuição

granulométrica das partículas de bambuadicionadas à areia sobre a sua Umf.Para analisar o

efeito da distribuição granulométrica foram estudadas 4 misturas de partículas cilíndricas de

bambu com o mesmo diâmetro médio de Sauter, adicionadas à 90% e 95% em massa de

areia.Para analisar o efeito do tamanho da partícula foram estudadas partículas de bambu com

l/dc=1, 2 e 8, sendo, cada uma delas, adicionadas a 90% e 95% em massa de areia.

Page 21: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

21

2. REVISÃO DA LITERATURA

Nesta seção será apresentada a revisão de literatura relativa a caracterização de

materiais com formato alongado e correlações da literatura para determinação de Umf de

misturas com diferentes materiais.

2.1 Esfericidade

O objetivo da esfericidade é comparar a forma da partícula analisada com relação à

esférica. Assim, uma partícula com a forma semelhante à esfera possui esfericidade próxima

da unidade. É um fator de forma, existindo outros, tais como índice de arredondamento

(“roundness”), grau de circularidade (“circularitydegree”), fator de forma volumétrico, etc. É

definida como a razão entre a área superficial da esfera (Aesf) e a área superficial da partícula

(Ap), sendo o diâmetro da esfera determinado como tendo o mesmo volume da partícula em

questão (Wadell, 1933), conforme Eq. (1).

∅ =𝐴

𝐴

(1)

A expressão da esfericidade conforme Eq. (1)foi denominada por Wadell (1933) de grau

de esfericidade verdadeira (“degreeoftruesphericity”), sendo, no presente trabalho,

referenciado somente como esfericidade. A obtenção da esfericidade conforme definição de

Wadell (1933) é chamada de metodologia tridimensional.Wadell (1933) efetuou testes com

partículas de quartzo e utilizou o método da projeção para determinação da esfericidade,

constatando que para este caso, o valor assim obtido é próximo dos valores conforme sua

definição. A utilização do método da projeção por Wadell, mostra que a esfericidade

considera a superfície e volume envelopados. Isto também pode ser concluído pelos

procedimentos para obtenção da esfericidade citados nos trabalhos de Riley (1941) e

Massarani e Peçanha (1986).

Page 22: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

22

Outros métodos para determinação da esfericidade são:

- esfericidade efetiva, obtida experimentalmente (Kunni e Levenspiel, 1991)

- esfericidade bidimensional ou de projeção (Riley, 1941;Massarani e Peçanha, 1986).

Kunni e Levenspiel (1991) recomendam obter a esfericidade experimentalmente, sendo

estadenominada pelos autores de esfericidade efetiva.Para sua obtenção, considera-se os

valores experimentais do regime de leito fixo do leito de partículas, obtendo-se a sua curva

fluidodinâmica, exemplificadana Figura 8.Como valor definido da dimensão característica e

determinando-se a porosidade do leito, substituir estes valores na correlação de Ergun(Eq.

2.5.5). A correlação de Ergun descreve o comportamento do leito de partículas no regime de

leito fixo. Este procedimento proposto pelos autores pressupõe que a correlação de Ergun

descreve com exatidão o comportamento do regime de leito fixo das partículas e, no caso de

um material polidisperso ou mistura de materiais diferentes, o resultado obtido será uma

esfericidade que representa as diversas partículas que compõe o leito.

Riley (1941) propôs uma correlação para esfericidade que fosse, conforme descreve,

“um método rápido especialmente adaptado para partículas do tamanho da areia”. Relata

que existem duas classes para análise de partículas individuais com relação a esfericidade:

metodologia tridimensional e metodologia bidimensional ou de projeção. A correlação

proposta por ele é para a metodologia de projeção. Foi baseada na correlação de Wadell

(1933). Consiste na razão entre o diâmetro inscrito (dCI) e o circunscrito (dCC) da partícula,

conformemostrada na Figura 1 e Eq. (2).

Figura 1- Exemplo de uma partícula com o seu diâmetro circunscrito (dCC) e o inscrito (dCI)

Page 23: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

23

∅ = 𝑑

𝑑

(2)

Outro método para cálculo da esfericidade foiproposto por Massarani e Peçanha (1986),

Eq. (3), para esfericidade de projeção. Foi desenvolvida com base na análise de itabirito, dois

tipos de areia e carvão mineral.

∅ =𝑑

𝑑

(3)

A esfericidade deve ser considerada em conjunto com outras informações sobre a

partícula, pois é possível que partículas possuam a mesma esfericidade e tenham formas

distintas (Kunii e Levenspiel, 1991). Além disso,partículas com a mesma esfericidade e

formas diferentes podem ter características fluidodinâmicas distintas, como por exemplo,

aUmf, o que pode ser visto no trabalho de Liu et al. (2008).

O que dificulta o cálculo da esfericidade é a obtenção da área superficial de partículas

com superfície irregular (Yang, 2003). Além disto, materiais como as biomassas, por

exemplo, são constituídos de partículas que possuem formas diferentes, resultando em

diversos valores de esfericidade, fazendo com que seja necessário definir um critério para

obtenção de uma esfericidade média, que caracterize o material.

Para geometrias regulares, a esfericidade, conforme definição de Wadell (1933)

(metodologia tridimensional), pode ser calculada. Assim, para partículas cilíndricas, a

esfericidade é calculada pela Eq.(4).

∅ =(1,5𝑑 )

+ 𝑑 𝑙

(4)

Para mistura de partículas cilíndricas com tamanhos diferentes, a esfericidade da

mistura (𝜙M), conforme definição de Wadell (1933), é calculada pela Eq. (5), conforme

Page 24: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

24

mostrado no Apêndice C. A quantidade total de partículas na mistura (ntot) é calculada

conforme Eq. (6). A massa total de partículas na mistura (mtot) é um dado do ensaio a ser

executado. Aie ni são, respectivamente, a área superficial envelopada e a quantidade

correspondente acada tamanho de partícula cilíndrica na mistura.

∅ =𝑛

/𝜋

∑ 𝐴 𝑛

6

𝜋

𝑚

𝜌 ,

/

(5)

A quantidade total de partículas (ntot) com diâmetro do cilindro (dc,i), comprimento (li),

massa (mi) e densidade envelopada (ρenv,i) correspondentes, é calculada conforme Eq(6).

𝑛 = 𝑛 =4

𝜋

𝑚

𝜌 , 𝑑 , 𝑙

(6)

A área superficial envelopada da partícula (Ai) com diâmetro do cilindro (dc,i) e seu

comprimento (li) correspondentes, é calculada conforme Eq(7).

𝐴 =𝜋𝑑 ,

2+ 𝜋𝑑 , 𝑙

(7)

É importante ressaltar que pelos métodos citados, a esfericidade pode resultar em

valores diferentes. Como exemplo, estão calculados naTabela 1os valores da esfericidade para

partículas cilíndricas utilizadas no presente trabalho.

Formisaniet al. (2008)consideraram a esfericidade como fator de forma em seu trabalho

e concluíram que as esfericidades das partículas que compõem a mistura são parâmetros, entre

outros analisados, que interferem no fenômeno da segregação-mistura.Backreedyet al. (2005)

estudaram a modelagem da combustão de carvão pulverizado e biomassa. A esfericidade foi

utilizada para cálculo do coeficiente de arraste da partícula. Isto foi feito, segundo os autores,

porque a combustão da biomassa mantém seu formato irregular no início do processo de

Page 25: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

25

perda dos seus componentes voláteis.Gabito e Tsouris (2007) concluíram que, ao invés da

esfericidade, a relação entre o comprimento (l) e o diâmetro da partícula cilíndrica (dc), l/dc, é

o parâmetro que melhor representa o comportamento fluidodinâmico de partículas com forma

alongada.Nikkuet al. (2014) relatam que para uma análise sistemática de partículas não

esféricas e irregulares como a biomassa, é necessário a análise tridimensional do formato e

tamanho, apesar da dificuldade de sua execução.

Tabela 1 - Valores da esfericidade para partículas cilíndricas, conforme diferentes métodos de cálculo

Referência l/dc 1 2 4 8

Riley (1941) – esfericidade projetada

0,841 0,669 0,492 0,352

Massarani e Peçanha (1986) – esfericidade projetada

0,707 0,447 0,243 0,124

Wadell (1933) – esfericidade tridimensional

0,874 0,832 0,734 0,617

Kunii e Levenspiel (1991) – esfericidade efetiva

0,70±0,03 0,70±0,02 0,62±0,04 -

2.2 Distribuição granulométrica e dimensão característica da partícula

Caracterizar uma mistura de partículas formadas por um ou diversos materiais,

compreende determinar seus formatos, dimensões e quantificá-las com base nestes

parâmetros.

A distribuição granulométrica de um material tem por objetivo descrever a quantidade

de partículas (por exemplo, em massa ou em quantidade de partículas propriamente dito) e o

seu respectivo tamanho. O método normalmente utilizado é o peneiramento. No entanto, para

partículas alongadas não é recomendado o uso deste método, como descrito por Lenço (2010),

Rasulet al. (1999), Rosendahlet al. (2007), Nikkuet al. (2014).No caso de biomassas, para um

determinado material, o seu método de preparação pode interferir na distribuição

granulométrica (Driemeieret al., 2011).

Page 26: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

26

Adimensão característica da partícula é uma ou mais dimensões lineares,

adequadamente definidas,que caracterizam uma partícula individual (Yang, 2003). A escolha

dadimensãocaracterísticadepende, em muitos casos, da aplicação em questão (Yang, 2003).O

formato das partículas determina a quantidade de parâmetros necessárias para caracterizá-la.

Por exemplo, partículas esféricas e quadradas necessitam de somente 1 parâmetro. Partículas

cilíndricas necessitam de 2 parâmetros. Para caracterização da forma e tamanho de partículas

irregulares e não esféricas, como as biomassas, é importante analisá-las tridimensionalmente

(Nikkuet al., 2014). Frequentemente é utilizado como dimensão característica o diâmetro

médio de Sauter, Eq. (8), relação entre o volume da partícula (Vp) e sua área superficial (Ap).

Parapartículas cilíndricas, o diâmetro médio de Sauter é calculado conforme a Eq. (9):

𝑑 =6𝑉

𝐴

(8)

𝑑 =3𝑑

+ 2

(9)

Para as misturas de partículas cilíndricas com diferentes dimensões, o diâmetro médio

de Sauter é calculado conforme Eq. (10), para densidade envelopada constante, que passa a

ser função também da fração em massa de cada componente na mistura:

𝑑 = 6𝑑

∑ + 4 𝑥=

1

∑,

(10)

Noda et al.(1986) utilizaram o diâmetro volumétrico para caracterizar misturas de

materiais diferentes no estudo da fluidização. O diâmetro volumétrico para partículas

cilíndricas é calculado conforme Eq. (11).

𝑑 =6𝑉

𝜋

/

= 3𝑙𝑑

2

(11)

Page 27: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

27

Outra dimensão característica que poderia ser utilizada para caracterização de partículas

é o diâmetro superficial, calculada para partículas cilíndricas conforme Eq. (12).

𝑑 =𝐴

𝜋

/

= 𝑑 𝑙 +𝑑

2

(12)

Enfatizamos que as dimensões características das Eq. (9), (11) e (12) são dependentes

de duas variáveis (l e dc) e não de somente uma variável (l/dc).Para valoresespecíficos de l e dc

de partículas cilíndricas, corresponde um único valor de dsv,dV e dS. No entanto, a recíproca

não é verdadeira. Assim, no caso de misturas com diferentes valores de l e dc e com

percentuais em massa diferentes, é possível a ocorrência de misturas com o mesmo valor de

dsv,dV e dS, que podem eventualmente resultar em comportamento fluidodinâmico diferentes,

requerendo cuidados para extrapolação de resultados com base somente na igualdade destes

parâmetros.

Abdullah et al (2003) estudou biomassas como casca de arroz, serragem, casca de

amendoim moído, casca de coco moído, fibras de palma (secas após extração do óleo) e

também carvão mineral e cinza de carvão mineral. Usou o método do peneiramento para

determinação da distribuição granulométrica. As partículas analisadas eram menores do que 1

mm, com exceção da casca de arroz que possuía diâmetro médio de 1,5 mm. Utilizou o

diâmetro médio de Sauter como dimensão característica da mistura.

Driemeieret al (2011) utilizou o método de light scattering (LS)usando o

instrumentoBeckmanCoulter LS13320 com Tornado DryPowder System para determinar a

distribuição granulométrica do pó de bagaço de cana. Utilizou o diâmetro volumétrico para

relacionar os valores da distribuição granulométrica, que foi obtida na base volumétrica.

Com relação ao método de separação por peneiramento para partículas com formato

alongado, Lenço (2010) afirma: “esse método de classificação é muito adequado para

partículas de formatos onde as dimensões largura, comprimento e altura são próximas, como

em um cubo ou mesmo uma esfera. No entanto, para partículas com dimensões de

comprimento muito maiores que a altura e a largura, como um cilindro longo, seu uso pode

causar distorções na classificação, tal como acontece com o bagaço de cana, que é composto

de uma mistura de partículas de diferentes formas e granulometrias”. Para o bagaço de cana,

Lenço (2010) utilizou a técnica da separação por elutriação e sedimentação, e a mensuração e

Page 28: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

28

contagem, por imagem fotográfica. Dada uma velocidade de separação, o material elutriado

possuirá o peso menor do que a força de arraste, ou seja, ocorre uma separação com base na

massa e forma da partícula, diferente, por exemplo, do processo de peneiramento, onde ocorre

a separação por tamanho da partícula (abertura da malha). Determinou a dimensão máxima e

mínima das partículas para cada velocidade de separação. Para cálculo do número de

Reynolds, utilizou a dimensão mínima. Determinou o tamanho das partículas separadas por

elutriação e sedimentação por imagem fotográfica.

As Figura 2àFigura 5mostrampartículas de bambu sendo separadas por peneiramento.A

Figura 2exibe o material retido na tela da peneira. NaFigura 3,temos a vista da parte inferior

da tela da peneira mostrada na Figura 2, evidenciando que partículas com dimensão maior do

que a abertura da peneira passam através dela. Uma vista da abertura da peneira utilizada com

os materiais retidos, é mostrado Figura 4. NaFigura 5é apresentado o material retido no fundo

da peneira, revelando a diversidade de tamanhos que passam por sua tela, inclusive com

dimensões superiores a ela. Assim, o peneiramento com o propósito de classificar o material

por tamanho é inadequado, pois o seu resultado apresenta uma grande diversidade de

tamanhos. No entanto, observa-se que ocorre uma separação das partículas pelas suas

dimensões menores, ou seja, sua largura e altura. O problema ocorre na classificação do seu

comprimento.

Figura 2- Vista de cima da tela da peneira - bambu

Figura 3 - Vista da parte inferior da tela da peneira - bambu

Page 29: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

29

Figura 4- Abertura da peneira das fotos 2 e 3 - bambu

Figura 5- Exemplo da diversidade de tamanhos encontrados no fundo da peneira - bambu

Nota: Figura 2 à Figura 5 – fonte: do autor

Rasulet al. (1999) estudaram as propriedades do bagaço de cana. Também menciona

que o peneiramento é inadequado para partículas alongadas. Propõe como dimensão

característica para as partículas alongadas, o diâmetro hidrodinâmico equivalente (dheq), que é

calculado com base na velocidade terminal da partícula (Ut). O diâmetro hidrodinâmico

equivalente é obtido pela Eq. (14), sendo o valor de d*p calculado pela Eq. (22). Neste caso, o

comprimento da partícula está considerado indiretamente através da determinação do valor de

Ut. Estas equações são conforme o trabalho de Haider e Levenspiel (1989), sendo a Eq. (13),

segundo estes autores, utilizada para partículas com esfericidade igual a 1.

𝑈𝜌

𝜇 𝜌 − 𝜌 𝑔=

18

𝑑∗+

0,591

𝑑∗,

(13)

𝑑 = 𝑑∗𝜇

𝜌 𝜌 − 𝜌 𝑔

/

(14)

El Sayedet al. (2014) determinaram a distribuição granulométrica do bagaço de cana e

caule de algodão através de peneiramento. No entanto, o material utilizado era abaixo de 600

Page 30: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

30

µm.Utilizou como dimensão característica da mistura o diâmetro médio de Sauter

multiplicado pela esfericidade.

Gabito e Tsouris (2007) estudaram o coeficiente de arraste e velocidade terminal de

partículas cilíndricas e utilizaram o diâmetro do cilindro como dimensão característica para o

cálculo do número de Reynolds e Arquimedes.

Rosendahlet al. (2007) trabalharam com palha de arroz e determinaram a distribuição

granulométrica manualmente, pois, segundo os autores, o método do peneiramento era

inadequado devido ao formato alongado da biomassa. A distribuição granulométrica foi

apresentada em função do comprimento das partículas.

Nikkuet al. (2014) trabalharam com esferas de vidro, areia, turfa e resíduos florestais.

Concluíram que o método de peneiramento não é adequado para partículas com formato de

discos com espessura pequena, formato alongado com pequena espessura e formato

cilíndrico. Utilizaram o método da separação por elutriação e sedimentação para determinação

da distribuição granulométrica (massa das partículas em função da velocidade de elutriação).

O objetivo dos autores era utilizar os dados obtidos deste método para modelagem de leito

fluidizado operando com biomassa. Este método permite obter dados para modelagem sem a

caracterização da forma e tamanho da biomassa, pois para isto, seria necessária a análise

tridimensional das partículas.

Oliveira et al. (2013) estudaram bagaço de sorgo sacarino, resíduos de tabaco e casca de

soja. Primeiramente as biomassas foram separadas por peneiramento. Posteriormente, os

materiais retidos em cada peneira foram analisados pela técnica de imagem digital dinâmica

para determinação do tamanho e forma das biomassas. As imagens foram analisadas pelo

software CAMSIZER®.

2.3 Densidade

As definições de densidade baseiam-seno volume considerado na relação massa sobre

volume. Os volumes para o cálculo da densidade, que são considerados conforme a sua

respectiva definição, são: volume de sua parte sólida, volume dos poros fechados (poros

fechados são aqueles que não se comunicam com a superfície externa da partícula), volume

dos poros abertos (poros abertos são aqueles que se comunicam com a superfície externa da

partícula) e volume entre as partículas.A densidade pode se referir a partícula isolada ou ao

Page 31: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

31

conjunto de partículas, que neste caso será referenciado no presente trabalho como material

particulado e naquele, somente como partícula. A norma BS 2955-1993 contém, entre outros

tópicos, uma terminologia relacionada a este assunto. Serão utilizados neste trabalho as

definições de densidade conforme norma BS2955-1993, quesão as seguintes:

Figura 6- Exemplo de uma partícula indicando as partes correspondentes a nomenclatura utilizada na definição das densidades

Termo Definição

Densidade real da partícula - ρr Massa da partícula dividida pelo volume real (Vr), que compreende o volume de sua parte sólida

Densidade aparente da partícula - ρap Massa da partícula dividida pelo volume aparente (Vap) que compreende o volume de sua parte sólida e o volume dos poros fechados

Densidade envelopada - ρenv Massa da partícula dividida pelo volume envelopado (Venv), que compreende o volume de sua parte sólida, o volume dos poros fechados e o volume dos poros abertos considerando como se fosse colocado uma película recobrindo a partícula

Densidade aparente do material particulado (conjunto de partículas) ou densidade “bulk” - ρbulk

Massa do material particulado(conjunto de partículas) dividida pelo volume ocupado pelo material particulado (Vbulk), que compreende o volume de suas partes sólidas, a soma do volume dos poros fechados e dos poros abertos das partículas e ao volume do espaço entre as partículas

Superfície envelopada (linha em vermelho)

Parte sólida da partícula

Poro fechado

Poro aberto

Page 32: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

32

2.4 Porosidade do leito

A porosidade do leito corresponde ao volume total do leito (VL) excluído o volume

ocupado pelo material no leito (Vmat), sobre o volume total do leito, conformeEq. (15). Oka

(2004) considera Vmatcomo sendo a soma do volume da parte sólida e dos poros fechados das

partículas (volume aparente – Vap). Benyahiaet al.(2005), Foumenyet al. (1996) e

Koekemoeret al.(2015) consideram Vmat, como sendo o volume envelopado das partículas

(soma dos volumes das partículas correspondentes a sua parte sólida, dos seus poros fechados

e dos seus poros abertos - Venv).

Ɛ =𝑉 − 𝑉

𝑉= 1 −

𝑉

𝑉= 1 −

𝜌

𝜌

(15)

A forma de empacotamento do leito interfere diretamente na sua porosidade. Zhang et

al. (2006) mencionam que partículas cilíndricas, devido a sua forma geométrica, tendem a

produzir uma diversidade maior de formas de empacotamentos do que partículas esféricas,

porque aquelas não possuem liberdade de orientação como estas. Isto se observa na faixa

maior de porosidades de leito de partículas cilíndricas encontradas na literatura (ε=0,25 a

ε=0,445) comparados com o leito de partículas esféricas (ε=0,36 a ε=0,42). Assim, um mesmo

leito de partículas cilíndricas pode apresentar diferentes porosidades, de acordo com a forma

com que as partículas se acomodam no leito.

Oka (2004) considera Vmat da Eq. (15), como sendo o volume total das partículas do

leito relativo à sua parte sólida adicionada ao volume dos poros internos (Vap – volume

aparente). Assim, esta equaçãoé função da densidade “bulk” e densidade aparente conforme

Eq. (16).

Ɛ =𝑉 − 𝑉

𝑉= 1 −

𝜌

𝜌

(16)

Pesquisadores, como Benyahiaet al.(2005), Foumenyet al. (1996) e Koekemoeret

al.(2015) consideram Vmat, como sendo o volume envelopado das partículas (soma dos

Page 33: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

33

volumes das partículas correspondentes a sua parte sólida, dos seus poros fechados e dos seus

dos poros abertos). Isto pode ser constatado pelo procedimento adotado nos experimentos

desses autores para a determinação da porosidade do leito. Benyahiaet al. (2005) e Foumenyet

al. (1996) utilizaram o método do deslocamento de água (“waterdisplacement procedure”)

para medir a porosidade do leito. Não mencionam os detalhes da metodologia utilizada por

eles, mas tal método é usado para medir o volume de partículas sólidas com forma irregular.

Informam que partículas porosas foram imersas em água desmineralizada a fim de que seus

poros fossem por ela preenchidos, previamente ao teste da porosidade do leito. Assim, a

porosidade resultante exclui o volume dos poros abertos da partícula. Koekemoeret al. (2015)

colocaram, numa coluna, 35 kg de partículas de carvão, carvão vegetal e cinzas. A coluna

com os materiais foi preenchida com água e ficaram desta forma por 2 horas, antes do início

das medições, resultando que a água preencheu os poros abertos das partículas. Após este

período, registros colocados na coluna, em distâncias determinadas, foram abertos e medido o

volume da água drenada, que corresponde ao volume dos poros entre as partículas.

Considerando o volume envelopado das partículas, a Eq. (15) ficará, em função da

densidade bulk e densidade envelopada, conforme Eq. (17). A porosidade do leito (Ɛ) será a

relação do volume do espaço entre as partículas sobre o volume total do leito de partículas,

sendo esta a definição de porosidade do leito adotada neste trabalho.

Ɛ =𝑉 − 𝑉

𝑉= 1 −

𝜌

𝜌

(17)

2.5 Correlações da literatura para determinação da Umf de misturas com 2 materiais

distintos

A revisão da literatura mostra que diversos trabalhos têm sido realizados desde a década

de 1970 envolvendo a determinação experimental da Umfpara misturas com o mesmo material

ou com diferentes materiais(Cheunget al., 1974;Si e Guo,2008;Paudele Feng,2013;Raoet al.,

2001;Reinaet al., 2000).

As correlações para Umfde misturas de diferentes materiais são calculadas, de forma

geral, considerando a mistura como composta por apenas um componente, cuja densidade

Page 34: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

34

aparente (ρe) e dimensão característica(de) das partículas são estimados a partir das

características de seus componentes individuais e de suas frações em massa (x), ou em

volume (α), na mistura.Isto equivale a considerar a mistura como sendo formada por

partículas homogêneas caracterizadas por umúnico diâmetro e uma densidadeaparente da

partícula equivalentes (de e ρe, respectivamente), quedevem refletir as características

fluidodinâmicas da mistura no leito e a interação entre as partículas e o fluido.A densidade

equivalente da mistura (ρe) pode ser calculada conforme Eq. (18) ou Eq. (19). Nestas

equações, xf e xj são, respectivamente, a fração em massa do componente com tendência a

emergir (componente “flotsam”) e componente com tendência a imergir (componente

“jetsam”) na mistura. A densidade aparente das partículas que compõe a mistura, ρf e ρj,

correspondem, respectivamente, ao componente “flotsam” e “jetsam”.

1

𝜌=

𝑥

𝜌+

𝑥

𝜌

(18)

𝜌 = 𝑥 𝜌 + 𝑥 𝜌

(19)

O diâmetro equivalente da mistura pode ser calculado conforme Eq. (20). Adimensão

característica dos componentes da mistura, df e dj, correspondem, respectivamente, ao

componente “flotsam” e “jetsam”. Frequentemente é adotado como dimensão característica o

diâmetro médio de Sauter para df e dj, que corresponde ao diâmetro da esfera que apresenta a

mesma razão volume/área superficial que a da partícula.

𝑑 = 𝑑 . 𝑑𝑥 𝜌 + 𝑥 𝜌

𝑥 𝜌 𝑑 + 𝑥 𝜌 𝑑

(20)

Se a densidade equivalente da mistura (ρe) for calculada conforme Eq.(18), será válida a

igualdade para o diâmetro equivalente da mistura conformeEq(21).

𝑑 = 𝑑 . 𝑑𝑥 𝜌 + 𝑥 𝜌

𝑥 𝜌 𝑑 + 𝑥 𝜌 𝑑= 𝜌

𝑥

𝑑 𝜌+

𝑥

𝑑 𝜌

Page 35: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

35

(21)

Considerando os componentes na mistura, a dificuldade está na definição de uma única

dimensão característica dos materiais que reflitam o seu formato, suas dimensões, sua

distribuição granulométrica, suas características fluidodinâmicas e a interação entre os

materiais. A dificuldade cresce ainda mais, quando as partículas possuem formatos diferentes

e irregulares como as biomassas.

A revisão da literatura envolvendo a determinação da Umf de misturas de partículas com

diferentes densidades e tamanhos,a ser comparada com os resultados experimentais, é

discutidanos próximos parágrafos. Como será mencionado com frequência o trabalho de

Ergun (1952), a seguir é feito um resumo, descrevendo as condições e particularidades deseu

trabalho.

Ergun (1952)

O estudo desenvolvido por Ergun(1952), foi executado para leitos constituídos por

somente um tipo de material particulado, moído e poroso. Menciona que este, não é idêntico

ao estudo de material particulado não poroso e com forma geométrica uniforme. Alguns dos

materiais moídos testados foram: carvão, coque e vidro.

O principal objetivo do trabalho de Ergunfoi desenvolver uma expressão para a perda de

pressão de um fluido, escoando entre as partículas de um leito empacotado, no regime de leito

fixo. Concluiu que a perda de pressão no leito empacotado é a soma de um termo viscoso e

outro inercial. A correlação proposta por ele é conforme a Eq. (22), sendo,ΔPL o diferencial

de pressão no leito,H a altura do leito empacotado, Ɛ a porosidade do leito, μg a viscosidade

dinâmica do fluido, Um a velocidade superficial do fluido medida na pressão média, G a taxa

do fluxo em massa e dpa diâmetro equivalente da partícula conforme a Eq.(24).

𝛥𝑃

𝐻 = 150

(1 − 𝜀)

𝜀

µ 𝑈

𝑑+ 1,75

(1 − 𝜀)

𝜀

𝐺𝑈

𝑑

(22)

Conforme Eq. (22), em sua correlação, Ergun não considera a esfericidade da partícula.

Destaca que a porosidade do leito é uma variável importante para cálculo da perda de

pressão no leito, conforme consta nos termos à direita da correlaçãoproposta, Eq. (22), sendo,

muitas vezes, difícil de ser medida diretamente. Outra variável difícil de ser determinada para

Page 36: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

36

partículas sólidas irregulares, especialmente para partículas porosas, é a área superficial.

Menciona que existem várias definições para a área superficial, em decorrência da

irregularidade superficial: área superficial total (inclui a área correspondente aos poros

abertos), área superficial externa projetada, área superficial geométrica, etc. Conforme Ergun,

a área superficial geométrica é a área da superfície envelopada e é esta a ser considerada no

estudo da fluidodinâmica de leito fluidizado. Esta menção à área superficial é decorrente da

correlação publicada por Ergun e Orning (1949), que é apresentada na Eq.(23):

𝛥𝑃

𝐻= 2𝛼𝜇 𝑆 𝑈

(1 − 𝜀)

𝜀+

𝛽

8𝐺𝑈 𝑆

(1 − 𝜀)

𝜀

(23)

Na Eq. (23), Sψé a superfície específica da partícula, que é a relação entre a área

superficial geométrica da partícula (área superficial envelopada) e o seu volume,α e β são

constantes estatísticas.Apesar da ressalva feita por Ergunde que a Eq. (22) foi desenvolvida

para material particulado, moído e poroso, ele menciona que a Eq. (23),que foi publicada

anteriormente a Eq.(22), foi testada para materiais esféricos, cilíndricos, nodulares, partículas

com formato de pastilha e areia além de materiais moídos (carvão, coque e vidro),

apresentando resultados satisfatórios.

O diâmetro equivalente da partícula, considerado na Eq.(22), é o apresentado na

Eq.(24), que corresponde ao diâmetro superficial-volumétrico, sendo, no entanto, utilizada a

área superficial envelopada da partícula, ao invés da área superficial total. Substituindo o

valor de Sψ, conforme Eq.(24),na correlação conforme Eq.(23), esta passa a ser função de dp.

𝑑 =6

𝑆

(24)

Na Tabela 2 estão apresentadas as correlações da literatura que serão utilizadas para

comparação com os resultados experimentais.

Page 37: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

37

Tabela 2– Correlações da literatura utilizadas para comparação dos resultados experimentais

Referência Correlação Eq.

Paudel e

Feng

(2013)

𝑅𝑒 = 30,28 + 0,046 1 − 𝑥 + 0,108𝑥 𝐴𝑟

− 30,28

(25)

Rao et al.

(2001) 𝑈 =

𝑑 𝜌 − 𝜌 𝑔

1650𝜇

𝑑 = 𝑘 𝑑𝜌 𝑑

𝜌 𝑑

𝑘 ′ = 2000𝑑 + 0,36

(26)

(27)

(28)

Si e Guo

(2008) 𝑈 =𝜇

𝑑 𝜌𝐶 + 𝐶

𝑑 𝜌 𝜌 − 𝜌 𝑔

𝜇

/

− 𝐶

𝐶 = 25,65 , ,

𝐶 = 0,056 , ,

(29)

(30)

(31)

Cheunget

al. (1974) 𝑈 = 𝑈 ,

𝑈 ,

𝑈 , (32)

Bilbao et

al (1987)

𝑈 = 𝑈 , − 𝑈 , − 𝑈 , 𝑋

𝑋 =𝑥

𝑥 +

𝑈 , = 50. 𝑑 ,

(33)

(34)

(35)

Oliveira et

al (2013) 𝑈 = (1,17. 10 ± 6. 10 )

𝑑 𝜌 − 𝜌 𝑔

𝜇

𝜌

𝜌

( , ± , )

𝑑 = 𝑑𝑑

𝑑

𝜌

𝜌

(36)

(37)

Page 38: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

38

As correlações apresentadas na Tabela 2, possuem algumas particularidades, que são:

rearranjando os termos das correlações de Paudel e Feng (2013), Rao et al. (2001) e Si e

Guo(2008), equações (25), (26) e (29), respectivamente, elas possuema forma geral conforme

Eq. (38);as correlações de Cheunget al. (1974) e Bilbao et al (1987) utilizam a Umf dos

componentes da mistura; a forma da correlação de Oliveira et al (2013) baseia-se no trabalho

de Coltters e Rivas (2004).

𝐴𝑅𝑒 + 𝐵𝑅𝑒 = 𝐴𝑟 (38)

Na Eq. (38),Remf é o número deReynolds do escoamento, sendo a dimensão

característica o diâmetro equivalente (de) dos materiais que compõe a mistura, quando o leito

de partículas se encontra na condição de mínima fluidização, Ar é o número de Arquimedes e

os coeficientes A e Bpossuem as seguintes características:

- são constantes empíricas (Rao et al., 2001);

- são funções da fração em massa da biomassa. Não requerem a determinaçãoda

porosidade do leito e a esfericidade das partículas (Paudele Feng, 2013).

-são funções da esfericidade das partículas (Si e Guo, 2008).

O primeiro termo dessa equação (A.Remf2) corresponde ao termo inercial, preponderante

em condições de velocidades elevadas, enquanto o segundo termo (B.Remf) corresponde ao

termo viscoso. É originada a partir da correlação de Ergun (1952), que descreve o

comportamento do leito para o regime de leito fixo, Eq. (22), sendo nela substituído dp por

𝜙.de, considerando, desta forma, o fator de forma das partículas através de sua esfericidade

(𝜙), resultando na Eq.(39), e igualando-se a queda de pressão no leito fixo, com a pressão

exercida pelo peso das partícula no leito, resultando na Eq. (42).

𝛥𝑃 =1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈

(39)

Diversos autores como Wen e Yu (1966), propuseram os fatores A e B como constantes

empíricas, obtidas a partir de experimentos envolvendo diversos tipos de partículas e

materiais, evitando assim a necessidade da determinação da esfericidade das partículas e

Page 39: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

39

porosidade do leito. No entanto, esses fatores são constantes somente para uma determinada

mistura, pois eles dependem da esfericidade das partículas, porosidade do leito,e, no caso de

misturas,do percentual de cada material. No caso dafluidização de misturas de partículas de

biomassa e areia, esta generalização causa desvios grandes na estimativa da Umf, pois as

esfericidades e os formatos das partículas de biomassas variam numa ampla faixa, o que afeta

também a porosidade do leito, tendo como consequência a variação significativa dos

coeficientes A e B considerados constantes.

Kunii e Levenspiel (1991), Yang (2003), Oka (2004), entre outros autores, mencionam

que a velocidade em que o diferencial de pressão no leito (𝛥𝑃 ) se iguala a pressão exercida

pelo peso dos materiais no leito (𝑃 ), conforme Eq. (41), corresponde a velocidade de

mínima fluidização (Umf). Nas Eq. (40) e (41), ALrepresenta a área da seção transversal do

leito.

𝛥𝑃 𝐴 = 𝑤 (40)

𝛥𝑃 =𝑤

𝐴= 𝑃

(41)

O termo velocidade de início de fluidização ou fluidização iminente (Ufi) no presente

trabalho, refere-se graficamente ao maior valor da velocidade, onde ocorre a mudança da

inclinação da curva ajustada correspondente ao regime de leito fixo, para a curva

correspondente ao regime de leito fluidizado parcialmente ou região de transição.NaFigura

8está mostrada um exemplo de curva fluidodinâmica com a representação da Ufi.

Para determinação da velocidade de mínima fluidização (Umf), considerando um gráfico

do diferencial de pressão no leito em função da velocidade superficial do gás, obtém-se uma

reta horizontal com o valor PwLda Eq. (41). Para determinar a Umf do material, é necessária

uma curva para descrever o comportamento do seu regime de leito fixo. Para isto, para as

correlações com forma geral conforme Eq. (38) foi utilizada a correlação de Ergun, Eq. (39),

sendo a Umf determinada pela interseção da reta horizontal (PwL) com a curva relativa ao

regime de leito fixo, indicada na Figura 7 como “Umf correlação”. Este procedimento está

indicado na curva fluidodinâmica conforme a Figura 7e a equação resultante é conforme Eq.

(42).

Page 40: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

40

Figura 7– Procedimento para determinação da velocidade de mínima fluidização. Fonte: do autor

Substituindo na correlação de Ergun, Eq. (39), o diferencial de pressão no leito (𝛥𝑃 ),

pela pressão exercida pelo material do leito (𝑃 ), na condição de mínima fluidização, resulta

na Eq. (42).

𝛥𝑃 = 𝑃 = 1 − 𝜀 𝜌 − 𝜌 𝐻 𝑔 =

=1,75 1 − 𝜀 𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 +

150 1 − 𝜀 𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈

(42)

Rearranjando a Eq. (42), para que fique em função do número de Reynolds e

Arquimedes, resulta na Eq. (43).

1,75

∅𝜀

𝜌 𝑑 𝑈

𝜇+

150 1 − 𝜀

∅ 𝜀

𝜌 𝑑 𝑈

𝜇=

𝜌 𝑑 𝜌 − 𝜌 𝑔

𝜇

(43)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade (m/s)

Umf correlação

PwLcurva relativa ao regime de leito fixo

Page 41: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

41

Analisando aFigura 8, cuja curva fluidodinâmica foi obtida experimentalmente no

presente trabalho, observa-se o seguinte:

- areta horizontal, que corresponde a pressão resultante do peso do material no leito

(PwL), é obtida experimentalmente, no regime de leito totalmente fluidizado (ΔPfc) e não na

condição de mínima fluidização, conforme Eq. (40) e Eq. (41).

- ΔPmf experimental, diferencial de pressão no leito correspondente a velocidade de

mínima fluidização na curva fluidodinâmica experimental, é menor do que a obtida pela

interseção da extrapolação da curva correspondente ao regime de leito fixo, com a reta

horizontal do regime de leito totalmente fluidizado, que, no caso, equivale a ΔPfc.

- a Umf obtida pela interseção da extrapolação da curva correspondente ao regime de

leito fixo, com a reta horizontal do regime de leito totalmente fluidizado (ΔPfc),denominado

como Umfexperimental na Figura 8, não pertence a curva fluidodinâmica experimental.

Figura 8– Representação dos parâmetros característicos na curva fluidodinâmica Fonte: do autor

As correlações desenvolvidas a partir da igualdade conforme Eq. (40) e (41) podem

conter um desvio, pois verifica-se experimentalmente que, para alguns materiais, ΔPfc<PwL.

Esta desigualdade foi constatada também por Yang (2003), que atribui este fato a

possibilidade de formação de canais preferenciais, efeitos das dimensões finitas do leito e a

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade (m/s)

Ufc

Umf correlaçãoUmf experimental

Ufi

PwLΔPfc

ΔPmf

regime de leitototalmente fluidizado

regime deleito fixo

região de transição

Page 42: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

42

distribuição não uniforme do distribuidor de ar. Experimentalmente, a condição de mínima

fluidização, apesar de difícil visualização, pertence a curva fluidodinâmica. Não é um ponto

extrapolado da curva do regime de leito fixo, como o obtido na Figura 8. No entanto, este é o

procedimento usual para obtenção da Umf experimentalmente (Yang, 2003; Kunii e

Levenspiel, 1991), e será este o procedimento adotado no presente trabalho.

Apesar de não ser utilizada para comparação com os resultados experimentais por

apresentar correlação para a velocidade de fluidização completa (Ufc), fazemos menção ao

trabalho de Noda et al. (1986), porque é referenciada por diversos autores (Cui e Grace, 2007;

Formisaniet al., 2008; Li et al., 2005; Paudel e Feng, 2013) e cita aspectos interessantes,

mencionados a seguir, constatados nos testes por eles realizados com misturas de dois

materiais diferentes e com relação alta entre os seus diâmetros volumétricos (1,43 a 27,5):

- a relação entre altura do leito e seu diâmetro deve ser maior do que 0,5;

- na Umfsomente as partículas pequenas estão fluidizadas. O leito está totalmente

fluidizado quando a velocidade superficial atinge Ufc.

- o valor de Umfdepende da condição inicial do leito, quando obtida pelo processo de

fluidização (curva fluidodinâmica obtida com o aumento gradual da velocidade

superficial).

Paudel e Feng (2013) estudaram a Umf de materiais inertes (areia, alumina e esferas de

vidro), de biomassas(casca de noz, finos de casca de noz e sabugo de milho) e da mistura

biomassa-material inerte. O percentual em massa de biomassa na mistura variou de 10 a

90%.Os autores consideraram os fatores A e Bda Eq.(38)corrigidos pelo percentual em massa

dos componentes na mistura.Propuseram a correlação conforme Eq. (25)para determinação da

Umf dos materiais e da mistura.O diâmetro e a densidade equivalentesforam calculados pelas

Eqs. (20) e (18), respectivamente, a partir do diâmetro médio de Sauter e densidade aparente

dos componentes da mistura.Nessas equações, os índices f e j referem-se aos componentes da

mistura com tendência a emergir (denominado flotsam) e com tendência a imergir

(denominado jetsam). Na correlação proposta por Paudele Feng (2013), os parâmetros A e B,

característicos das correlações que possuem a forma geral conforme Eq. (38), aparecem na

forma apresentada na Eq. (45) e Eq.(46), funçãoda fração em massa do componenteflotsam da

mistura, que substituídos na correlação proposta pelos autores, Eq. (25), ficam conforme

Eq.(44). Os resultados experimentais mostraram que a Umf da mistura biomassa e areia

aumenta com o aumento do percentual em massa da biomassa e com o diâmetro equivalente

da mistura.

Page 43: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

43

1

0,046 1 − 𝑥 + 0,108𝑥

𝑅𝑒 +60,56

0,046 1 − 𝑥 + 0,108𝑥

𝑅𝑒 = 𝐴𝑟

(44)

𝐴 =1

0,046 1 − 𝑥 + 0,108𝑥

(45)

𝐵 =60,56

0,046 1 − 𝑥 + 0,108𝑥

(46)

O trabalho Rao et al. (2001)apresenta uma metodologia para a determinação da Umf de

misturas de areia e biomassa, com partículas de diferentes tamanhos e densidades, definindo

uma densidade média para a mistura e uma correlação empírica para determinar o diâmetro

equivalente da mistura. Nesse trabalho,o percentual de biomassa na mistura variou entre2e

15%, sendo que a massa total da mistura permaneceu constante nos experimentos (200 g). Os

autores propõem a correlação de Kunii e Levenspiel (1991) para cálculo da Umf, que foi

desenvolvida para somente um material.Para possibilitar a sua aplicação para mistura de

materiais diferentes, foi substituído o diâmetro da partícula pelo diâmetro equivalente(de),

Eq.(27), e a densidade aparente da partícula pela densidade equivalente da mistura(ρe), Eq.

(19). A correlação proposta pelos autores é conforme Eq. (26).O número de Reynolds da

partícula foi restringido para Rep< 20.Comparando esta correlação com a forma geral, Eq.

(38), conclui-se que oscoeficientesA e B são constantes com valores de A =0 e o coeficienteB=

1650, conforme Eq. (48). O diâmetro médio de Sauter, a densidade aparente da partícula e o

percentual em massa dos componentes da mistura são considerados no cálculo do diâmetro

equivalente, Eq.(27).

1650𝑈𝜌 𝑑

𝜇=

𝑑 𝜌 − 𝜌 𝑔

𝜇

𝜌 𝑑

𝜇

(47)

Page 44: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

44

1650. 𝑅𝑒 = 𝐴𝑟 (48)

O valor “1650”da Eq. (48)tem origem no trabalho de Wen e Yu (1966), que

constataram em sua pesquisa que as relações da porosidade do leito são conforme Eq. (49) e

(50). Nota: o trabalho de Wen e Yu (1966) não se refere a fluidização de mistura de materiais

diferentes.

1 − 𝜀

∅ 𝜀≅ 11

(49)

1

∅𝜀≅ 14

(50)

Substituindo os valores das equações(49) e (50), representados em vermelho na Eq.(51),

na correlação de Ergun, Eq. (43), para a condição de mínima fluidização, resulta na Eq. (52):

1,751

∅𝜀

𝑈 𝑑 𝜌

𝜇+ 150

1 − 𝜀

∅ 𝜀

𝑈 𝑑 𝜌

𝜇=

𝑑 𝜌 𝜌 − 𝜌 𝑔

𝜇

(51)

24,5𝑑 𝑈 𝜌

𝜇+ 1650

𝑑 𝑈 𝜌

𝜇=

𝑑 𝜌 𝜌 − 𝜌 𝑔

𝜇

(52)

O termo quadrático da velocidade superficial, da parte esquerda da Eq.(52), foi

desprezado pelos autores, pois a validade da correlação proposta é para valores baixos

deRep.A diferença do trabalho de Rao et al. (2001) com relação aos trabalhos de Paudel e

Feng (2013) e Si e Guo (2008)está na proposta dos autores para o cálculo do diâmetro

Page 45: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

45

equivalente das partículas da mistura, que é efetuada segundo a Eq. (27).O fatork’da Eq. (27)é

calculado conforme Eq. (28).A densidade efetiva da mistura (ρe) é calculada pela Eq. (19).Os

autores constataram que com o aumento do percentual de biomassa na mistura ocorria maior

afastamento entre os resultados previstos pela correlação proposta e os resultados obtidos

experimentalmente. Os resultados experimentais mostraram que a Umf da mistura biomassa e

areia aumenta com o aumento da fração em massa da biomassa, com o aumento da densidade

da areia e diminui com o tamanho das partículas da areia.

O trabalho deSi e Guo (2008)refere-se ao estudo de leito fluidizado auxiliado por

pressão acústica. Apresentam uma correlação para Umf utilizando a esfericidade da areia e da

biomassa, considerando assim ofator de forma das partículas. As biomassas utilizadas foram

caule de trigo e serragem. Em seus testes opercentual em massa máximo de biomassana

mistura foi de 40% sendo proposta a Eq. (29) para a previsão da Umf da mistura. Os autores

observaram que a Umfaumenta com o aumento do percentual em massa da biomassa na

mistura com a areia.Os fatores C1 e C2da Eq. (29)são conforme Eq. (30) e Eq. (31),

respectivamente.O diâmetro (de) e densidade (ρe) equivalentes são calculados conforme Eq.

(20) e Eq. (19), respectivamente.Conclui-se que os autores propõem que os fatores A e B, da

forma geral da correlação, Eq. (38), sejam função da esfericidade das partículas da mistura,

Eq. (53) e Eq.(54), respectivamente. O diâmetro médio de Sauter e a densidade aparente da

partícula dos componentes da mistura e o percentual em massa dos componentes da mistura

são considerados através do diâmetro (de) e densidade equivalente (ρe). Na Eq. (38), para

cálculo do número de Reynolds (Remf) e do número de Arquimedes (Ar), devem ser

considerados o diâmetro e densidade equivalentes.

𝐴 = 1

𝐶=

1

25,65 , ,

(53)

𝐵 = 2𝐶

𝐶= 916,0714 , ,

(54)

Cheunget al. (1974)relataram que a adição de finos diminui a Umf resultante da

fluidização de partículas grandes. Seus testes foram realizados somente com misturas do

Page 46: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

46

mesmo material, variando-se a relação entre o diâmetro da partícula menor (dS) e o

diâmetroda partícula maior (dB) entre 0,15 e 0,85.Os valores da Umf da mistura destas

partículas aumentam com o aumento do percentual das partículas de maior tamanho. No

entanto, a correlação proposta para determinação da Umf destes pesquisadores tem sido

utilizada para mistura de dois materiais diferentes(Chiba et al., 1974;Rao et al., 2001; Li et

al.,2005), fazendo a equivalência do diâmetro médio das partículas da mistura: material com

maior diâmetro médio de Sauter e material com menor diâmetro médio de Sauter. Este

procedimento será o adotado no presente trabalho para comparação dos resultados

experimentais. No trabalho destes pesquisadores, acurva fluidodinâmica foi levantada na

fluidização, ou seja, aumentando-se gradualmente a velocidade superficial, mas os materiais

foram submetidos ao regime de leito totalmente fluidizado previamente para promover a sua

mistura.Propuseram a correlação conforme Eq. (32).

Bilbao et al. (1987)constataram que as correlações existentes para estimativa da Umf de

misturasnão apresentaram boa aproximação com os resultados experimentais para mistura de

palha de trigo e areia. Informam que somente a palha de trigo não fluidiza e o seupercentual

fluidizável na mistura com areia foi de 15% em massa.Para os testes, a areia foi previamente

calcinada a 800oC para simular as condições de trabalho no gaseificador a alta temperatura.O

trabalho apresentou a correlação conforme Eq.(33)para estimativa da Umf, sendo a

variavelXjdesta equação calculada segundo Eq.(34).Para biomassas que não fluidizam sem o

auxílio de um material auxiliar, aUmf,fé um valor fictício e é estimadapela Eq.(35). AUmf,j foi

obtida experimentalmente.Os resultados experimentais obtidos pelos autores mostraram que a

Umf aumenta com o aumento de dfe com o aumento de xf.

Oliveira et al. (2013)estudaram a fluidização e a segregação dobagaço de sorgo

sacarino, resíduo de tabaco e casca de soja. A correlação proposta por estes autores baseia-se

na forma da correlação de Coltters e Rivas (2004), que foi desenvolvida para partículas de

somente um material e polidispersas, sendo a forma da expressão para Umf obtida a partir da

análise dimensional das variáveis independentes que interferem na Umf do material, possuindo

a vantagem de não necessitar a determinação da porosidade do leito e nem da esfericidade do

material. As misturas biomassa e areia testada pelos autores, com percentual de biomassa

máxima de 15% em massa, apresentaram características de fluidizaçãoem que os valores das

velocidades de fluidizaçãoiminente e de fluidização completa ficaram próximas da Umf da

mistura. As curvas fluidodinâmicas foram obtidas aumentando a velocidade superficial. Para

a fluidização do bagaço de sorgo sacarino, a Umf da mistura diminuiu com o aumento do seu

percentual em massa, comportamento oposto ao dos demais materiais. Constataram que

Page 47: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

47

dependendo da seleção da granulometria do material inerte pode ocorrer segregação na

fluidização da mistura. A segregação se torna mais efetiva a medida que aumenta a relação

entre o diâmetro característico das partículas de areia e o da biomassa. Com relação a

densidade das partículas na segregação, as partículas mais pesadas depositaram no fundo do

leito (areia – “jetsam” e biomassa – “flotsam”). A correlação proposta pelos autores é

conforme a Eq. (36).A caracterização dimensional das partículas foi efetuada pelo sistema de

análise de imagens dinâmicas Camsizer®. A dimensão característica utilizada foi o diâmetro

mínimo de Martin correspondente a 50% do volume acumulado das partículas. O diâmetro

equivalente (de) foi calculado conforme Eq. (37). A densidade equivalente (ρe) foi calculada a

partir das densidades aparentes dos componentes da mistura, conforme Eq. (19).

Page 48: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

48

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Caracterização dos materiais

As partículas de areia foram separadas por peneiramento, sendo utilizadas as que

passaram na malha Tyler 32 (abertura da malha de 500µm) e ficaram retidas na malha Tyler

35 (abertura da malha de 420µm). A dimensão característica das partículas foi considerada

como sendo a média aritmética da abertura destaspeneiras: 460 µm(dj).

O bambu foi obtido a partir de varetas com diâmetro nominal de 2 mm (dc) e

comprimento 900 mm, sendo cortados nos comprimentos nominais (l) de 2, 4, 8 e 16 mm

(l/dc=1, 2, 4 e 8).Para o corte das varetas, foi construído o dispositivo conforme Figura 9.Os

valores das dimensões resultantes dos diâmetros e comprimentos das partículas de bambu

após o corte estão apresentados no ApendiceE.

Conjunto da máquina de corte Detalhe do dispositivo de corte

Figura 9– Máquina para corte do bambu

A Figura 10 e Figura 11mostram os materiais testados e a Figura 12apresenta as suas

classificações conforme Geldart, 1973.Conforme classificação de Geldart, as partículas de

Page 49: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

49

areia se enquadram no grupo B e as partículas de bambu no grupo D. Em seu trabalho,

Geldart informa que na determinação da densidade deve ser considerada as porosidades

internas da partícula.

Areia com diâmetro médio 460 µm

Bambu l/dc=1, 2, 4 e 8

Figura 10– Fotos dos materiais testados

Figura 11 - Foto ampliada da areia utilizada nos testes

Page 50: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

50

Figura 12 - Classificação de Geldart das partículas de bambu (vermelho) e da areia (azul)

A massa dos materiais testados para os testes fluidodinâmicos foi determinada por uma

balança digital, marca Shimadzu, modelo BL3200H, sendo a precisão de ±0,05 g.

A esfericidade das partículas de bambu, para uma determinada relação l/dc, foi

calculada através da Equação (55), conforme a definição de esfericidade de Wadell (1933):

relação entre a área superficial da esfera com o mesmo volume da partícula e a área

superficial da partícula. O índice “i”, que varia de 1 a 4, utilizado nas equações seguintes,

correspondemao parâmetro referenciado das partículas de bambu com as relações l/dc=1, 2, 3

e 4. A área superficial envelopada (A1p,i) e o volume envelopado (V1p,i) de uma partícula de

bambu foram calculados conforme equações (56) e (57), respectivamente. O diâmetro da

esfera (desf,i) com o mesmo volume da partícula (V1p,i) e a área da esfera (Aesf,i) foram

calculados conforme equações (58) e (59), respectivamente.

∅ =𝐴

𝐴 ,

(55)

0,10

1,00

10,00

10 100 1000 10000

ρ en

v-ρ

g(g

/cm

3)

d (µm)

CA

BD

Page 51: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

51

𝐴 , =𝜋𝑑 ,

2+ 𝜋𝑑 , 𝑙

(56)

𝑉 , =𝜋𝑑 , 𝑙

4

(57)

𝑑 . = 6𝑉 ,

𝜋

/

(58)

𝐴 , = 𝜋𝑑 , = 𝜋 6𝑉 ,

𝜋

/

(59)

A esfericidade média das misturas de bambu foi calculada considerando-se a média

aritmética de sua área superficial envelopada (A1p,M), Eq. (60), a média aritmética do seu

volume envelopado (V1p,M), Eq. (61), e aplicando-se a definição de esfericidade de Wadell

(1933). Na Eq. (60) e Eq. (61), os índices 1, 2, 3 e 4 referem-se as partículas de bambu com

l/dc=1, 2, 4 e 8 respectivamente. A1p,1, A1p,2, A1p,3 e A1p,4 referem-se a área da superfície

envelopada de uma partícula e n1, n2, n3 e n4 a quantidade de partículas. Na Eq.(61),V1p,1,

V1p,2, V1p,3 e V1p,4 referem-se ao volume envelopado de uma partícula com l/dc=1, 2, 4 e 8

respectivamente.

𝐴 , =𝐴 , 𝑛 + 𝐴 , 𝑛 + 𝐴 , 𝑛 + 𝐴 , 𝑛

𝑛 + 𝑛 + 𝑛 + 𝑛

(60)

𝑉 , =𝑉 , 𝑛 + 𝑉 , 𝑛 + 𝑉 , 𝑛 + 𝑉 , 𝑛

𝑛 + 𝑛 + 𝑛 + 𝑛

(61)

Page 52: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

52

A densidade envelopada das partículas de bambu (ρenv,i), Eq. (62),foi calculada a partir

da massa (mi) de 500 partículas (n) correspondente a cada valor da relação l/dc e do volume do

cilindro (V1p,i), sendoestas calculadas com base nas dimensões apresentadas no Apêndice E.

𝜌 , =𝑚

𝑛𝑉 ,

(62)

A densidade envelopada (ρenv) considerada como representativa das partículas de bambu

testadas foi a obtida pela média aritmética dos valores da densidade envelopada calculadas

conforme Eq. (62).

A densidade “bulk” (ρbulk) do material particulado foi determinada medindo-se

primeiramente a sua massa (mmat). Em seguida, ele foi colocado no leito fluidizado e

submetido a velocidade superficial crescente até que fosse atingida a condição de regime de

leito totalmente fluidizado. Posteriormente, procedeu-se a redução gradativa da velocidade

superficial até se atingir a velocidade nula. Nesta situação foi medida a altura do leito (HLF)

para cálculo do seu volume e com a massa determinada, calculada a densidade “bulk” do

material particulado, conforme Eq. (63). Nesta equação, D refere-se ao diâmetro do leito

fluidizado. O bambu com l/dc=8, não fluidizou. Neste caso, HLF foi medido com o leito

empacotado naturalmente.

𝜌 =4𝑚

𝜋𝐷 𝐻

(63)

A porosidade do leito das partículas de areia foi calculada conforme Eq(16),

considerando a densidade aparente da partícula (ρap) e a densidade “bulk” do leito (ρbulk).

A porosidade do leito das partículas de bambu foi calculada para cada valor da relação

l/dc com base na sua massa (mi), densidade envelopada (ρenv,i), altura ocupada pelas partículas

no leito (HLF,i) e o diâmetro do leito, conforme Eq(64).

Page 53: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

53

𝜀 = 1 −𝑉 ,

𝑉 ,= 1 −

𝑚

𝜌 ,

4

𝜋𝐷 𝐻 ,

(64)

3.2 Sistema experimental

Os ensaios experimentais foram realizados em sistema de leito fluidizado, montado no

Laboratório de Processos Térmicos e Engenharia Ambiental da Faculdade de Engenharia

Mecânica da Unicamp, sendo composto por: soprador, tubulação, placa distribuidora tipo

placa porosa, coluna, ciclone e recipiente de coleta do material elutriado. A instrumentação

compreende uma placa de orifício para determinação da vazão do ar de fluidização (PO),

construído segundonorma ASME MFC-14M/2003, transdutores de pressão para determinação

do diferencial de pressão no leito (placa distribuidora e material), na placa de orifício e

pressão a montante da placa de orifício,marca Smar, modelo LD301 e termopar para medida

da temperatura do ar na entrada da coluna. A Figura 13mostra o esquema do sistema

experimental com seus principais componentes e instrumentação.

A coluna principal (R) é formada por seções de vidro (borosilicato), acrílico

transparente e aço carbono, permitindo a visualização do escoamento no circuito. O diâmetro

interno da coluna principal é de 0,1016 m, sua altura total é de 2,5 m. As seções do leito são

flangeadas. A base do leito possui flanges para permitir a troca do distribuidor do ar e a

limpeza do plenum.

O distribuidor de ar utilizado foi do tipo placa porosa, construída em resina plástica

microporosa.

O sistema de aquisição de dados (AQ) usado para receber os sinais de pressão dos

transdutores de pressão é composto por: placa de aquisição de dados da NationalInstruments

(NI) da série NI 47 USB – 6255, computador e o software Labview para a análise dos dados.

O objetivo deste sistema é obter o sinal de tensão da placa de aquisição de dados, para

transformá-lo em pressão, listar os dados num formato digital e salva-los num arquivo para

sua posterior análise.

Page 54: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

54

Figura 13- Sistema experimental

3.3 Procedimento experimental e velocidades características

As velocidades características (Umf, Ufi e Ufc) e a velocidade superficial (Uo) do gás de

fluidizaçãoforam calculadas considerando-se a área correspondenteao diâmetro interno da

coluna principal (Figura 13, R), 0,1016 m.

Umf– velocidade de mínima fluidização

Para a obtenção da velocidade de mínima fluidização, foram realizados testes

experimentais, envolvendo a determinação do diferencial de pressão no leito de partículas em

função da velocidade superficial do gás, visando o levantamento da curva fluidodinâmica. A

Page 55: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

55

Umfé o ponto de interseção da curva ajustada aos valores experimentais correspondentes ao

regime de leito fixo,com regime de leito totalmente fluidizado (reta horizontal). A curva

fluidodinâmica foi levantada em processo de defluidização do leito, ou seja, diminuindo a

velocidade superficial a partir do regime de leito totalmente fluidizado e misturado. Este

procedimento foi adotado para reduzir o efeito do grau de homogeneização dos componentes

da mistura, da forma de alimentação das partículas no leito, que influi na sua porosidade e no

seu estado inicial, fatores que interferemno processo de fluidizaçãoe consequentemente, na

determinação de sua Umf. De acordo com Formisanietal. (2003) e Chiba et al. (1979), para

material particulado com tamanhos e/ ou densidades da partícula diferentes, o estado de

mistura inicial do leito influi na determinação da sua Umf.

Ufi– velocidade de início defluidização ou fluidização iminente

Para determinação da velocidade de início de fluidização ou fluidização iminente (Ufi),

foi adotado o seguinte procedimento: seja Umino menor valor da velocidade superficial do

teste efetuado e Ux um valor da velocidade superficial maior do que Umin. Os pontos

experimentais compreendidos por esta faixa de velocidades superficiais (Umin ≤ Uo ≤ Ux)

foram aproximados por uma curva e obtido o seu coeficiente de determinação. O critério para

determinação da faixa de velocidade superficial definitiva, que consiste no regime de leito

fixo,foiaque apresentou a curva de aproximação dos pontos experimentais com o maior valor

do seu coeficiente de determinação. Definida a faixa de velocidades superficiais referentes ao

regime de leito fixo, a Uficorresponderáao maior valor da velocidade superficial, sendo este o

valor onde ocorre a mudança da inclinação da curva ajustada correspondente ao regime de

leito fixo, para a curva correspondente ao regime de leito fluidizado parcialmente ou região de

transição.

Ufc– velocidade de fluidização completa

A determinação da velocidade de fluidização completa(Ufc), teve como base o seguinte

procedimento: seja Umax o maior valor da velocidade superficial do teste efetuado e Ux um

valor da velocidade superficial menor do que Umax. Foi calculada a média aritmética do

diferencial de pressão no leito (Δpmédio) e seu desvio padrão (σ) dos valores do diferencial de

pressão compreendidos nesta faixa de velocidades superficial (Ux ≤ Uo ≤ Umax). Em seguida

foi determinada a diferença entre o valor da média aritmética do diferencial de pressão

(Δpmédio) e o desvio padrão multiplicado por 1,96 (1,96.σ), sendo este valor o corresponde a

um intervalo de confiança de 95%. O critério para determinação da faixa de velocidade

Page 56: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

56

superficial definitiva, que consiste no regime de leito totalmente fluidizado,foi o seguinte:

para velocidades superficiais menores do que Ux, os valores do diferencial de pressão no leito

devem ser menores do que o valor Δpmédio - 1,96.σ. Definida a faixa de velocidades

superficiais que pertencem ao intervalo Δpmédio ± 1,96.σ, a Ufc será a menor velocidade

superficial cujo valor do diferencial de pressão no leito é igual a Δpmédio.

Os ensaios fluidodinâmicos foram realizados primeiramente com o leito contendo

apenas cada material estudado. Em seguida foram realizados ensaios com misturas de bambu

adicionadas à areia (5 % de misturas de bambu e 95 % de areia em massa e 10% de misturas

de bambu adicionadas à 90% de areia).

3.3.1 Ensaios realizados com cada material individualmente

Foram realizados testes individualmente com areia e bambu com l/dc= 1, 2, 4 e 8. As

massas utilizadas nestes testes estão mostradas na Tabela 3.

Tabela 3– Valores das massas dos testes efetuados com cada material (kg)

Bambu (kg) Areia (kg)

l/dc=1 l/dc=2 l/dc=4 l/dc=8 Ensaio 1 Ensaio 2

Teste 1

Teste 2

Teste 3

0,367

0,367

0,367

0,354

0,354

0,354

0,337

0,337

0,337

0,250

1,170

1,170

1,170

1,200

1,200

1,200

Page 57: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

57

3.3.2 Ensaios realizados com misturas de bambu adicionados à areia

Visando estudar o efeito da distribuição granulométrica das partículas de bambu na

fluidodinâmica do leito, foram executados 4 ensaios com misturas de bambu adicionados à

areia (90% e 95% em massa),referenciados como mistura 1 a 4. As misturas de bambu

testadas possuíam o mesmo valor do diâmetro médio de Sauter (2526 µm), calculados com

base no diâmetro nominal de 2 mm e comprimentos nominais de 2, 4, 8 e 16mm (l/dc= 1, 2, 4

e 8). Adicionalmente foram efetuados mais 3 ensaios: ensaio 5, feito com bambu com l=2 mm

(denominado mistura 5),ensaio 6, feito com bambu com l=4 mm (denominado mistura 6) e

ensaio 7, feito com bambu l=16 mm (denominado mistura 7), sendo cada um destes

adicionados à areia (90% e 95% em massa), que foram efetuadas para verificar a influência do

tamanha da partícula de bambu na Umfdas misturas de bambu adicionadas à areia. Além disto,

as misturas 5 a 7também contribuem para análise da influência da distribuição granulométrica

das partículas de bambu na Umf de suas misturas com areia, pois como cada uma das misturas

são compostas por somente um tamanho de bambu, eles estão isentos da influência dos outros

tamanhos de bambu.

Cada ensaio foi feito em triplicata, utilizando-se o mesmo material.

Para a definição da distribuição granulométricadas misturas 1 a 4, foi calculado o

diâmetro médio de Sauter de misturas de partículas de bambu com relações de l/dc=1, 2, 4 e 8,

contendo, cada tamanho de partícula, as seguintes proporções em massa: 5%, 10%, 20%,

40%, 60% e 80%.Para cada teste, foram adotadas duas destas proporções e calculadas as

demais para que resultasse no mesmo diâmetro médio de Sauter da mistura de bambu. Desta

forma, foram selecionadas 4 combinações com o valor do diâmetro de Sauter da mistura de

bambu de 2526 µm, denominadas de misturas 1 a 4, conformeTabela 5. Foi também utilizado

um critério adicional para a seleção da distribuição granulométrica destas misturas: aquelas

que melhor se aproximaram da distribuição de Rosin, Rammler e Bennet, que é dada pela Eq.

(65). Nesta equação, G(dsv) é a fração de material acumulada, em massa, menor do que o

tamanho dsv,ou seja, passante na malha com dimensão dsv, xo é um tamanho característico e k é

uma medida da distribuição das partículas. Para uma dada distribuição, xo e k são constantes.

Na Figura 14 estão apresentadas as distribuições das misturas de bambu testadas, que estão

representadas pelos marcadores quadrados, comparadas com a distribuição de Rosin,

Rammler e Bennet (linha em azul), de acordo com a Eq. (66). Para cálculo do dsv foram

utilizadas as dimensões nominais das partículas de bambu: diâmetro do cilindro de 2 mm e

Page 58: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

58

comprimentos de 2, 4, 8 e 16 mm. Na Eq. (66), F é a fração de material acumulada, em

massa, maior ou igual ao tamanho dsv, ou seja, retida na malha com dimensão dsv. Conforme

González-Telloet al (2008), a distribuição Rosin, Rammler e Benneté a “mais comumente

utilizada para a análise da distribuição granulométrica. Esta função é adequada para

caracterizar material particulado obtido de operações de britagem e moagem, além de

partículas produzidas por spray”.

𝐺(𝑑 ) = 1 − 𝑒 (65)

1 − 𝐺 = 𝐹 = 𝑒 =1

𝑒

(66)

𝑙𝑛1

𝐹=

𝑑

𝑥

(67)

𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑛1

𝐹 = 𝑘. 𝑙𝑜𝑔

𝑑

𝑥

(68)

𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑛1

𝐹= 𝑘. 𝑙𝑜𝑔(𝑑 ) − 𝑘. 𝑙𝑜𝑔(𝑥 )

(69)

A Eq. (69) corresponde a uma reta num gráfico comos eixos cartesianos com escala

logarítmica, considerando no eixo das ordenadas os valores de F(dsv) e no eixo das abcissas os

valores de dsv, ou com eixos cartesianos com escala decimal, considerando no eixo das

abcissas, os valores de log (dsv) e no eixo das ordenadas, os valores de log[ln(1/F))]. Para

cada uma das misturas 1, 2, 3e 4, a distribuição granulométrica acumulada foi ajustada por

uma reta nesta escala e determinados os parâmetros k e k.log(xo)e com este termo, calculado o

Page 59: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

59

valor de xo, definindo a função da distribuição de Rosin, Rammler e Bennet, traçadas em linha

azul na Figura 14. Os valores de k e xo assim obtidos estão na Tabela 4.

Tabela 4–Parâmetros k e xo da distribuição de Rosin, Rammler e Bennet de referência para comparação com a distribuição granulométrica das misturas 1 a 4

Mistura

1 2 3 4

k 20,666 21,285 22,439 22,807

xo(mm) 2,7436 2,7363 2,7271 2,7467

Figura 14 - Distribuição das misturas de bambu testadas(marcadores quadrados) comparada com a distribuição de Rosin, Rammler e Bennet (linha azul)

0102030405060708090

100

0,00 2,00 4,00 6,00

mas

sa r

etid

a ac

umul

ada

-%

dsv da partícula de bambu - mm

distr RRB

mistura 1

0102030405060708090

100

0,00 2,00 4,00 6,00

mas

sa r

etid

a ac

umul

ada

-%

dsv da particula de bambu - mm

distr RRB

mistura 2

0102030405060708090

100

0,00 2,00 4,00 6,00

mas

sa r

etid

a ac

umul

ada

-%

dsv da partícula de bambu - mm

distr RRB

mistura 3

0102030405060708090

100

0,00 2,00 4,00 6,00

mas

sa r

etid

a ac

umul

ada

-%

dsv da partícula de bambu - mm

distr RRB

mistura 4

Page 60: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

60

Tabela 5-Composição das misturas de bambu com areia testadas (percentual em massa de cada componente)

Material Mistura

1 2 3 4 ldc1 ldc2 ldc8

Bambu

l/dc (%)

1 1,50 1,00 0,50 0,20 10,00

2 1,50 3,00 4,00 5,00 10,00

4 4,96 4,02 4,52 3,62

8 2,04 1,98 0,98 1,18 10,00

Areia (%) 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00

Tabela 6 - Composição das misturas de bambu com areia testadas (percentual em massa de cada componente)

Material Mistura

1 2 3 4 ldc1 ldc2 ldc8

Bambu

l/dc (%)

1 0,75 0,50 0,25 0,10 5,00

2 0,75 1,50 2,00 2,50 5,00

4 2,48 2,01 2,26 1,81

8 1,02 0,99 0,49 0,59 5,00

Areia (%) 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00

Page 61: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

61

3.3.3. Construção da curva fluidodinâmica

Todos os dados experimentais para construção das curvas fluidodinâmicas foram

obtidos no processo de defluidização, ou seja, redução da velocidade superficial do ar a partir

do regime de leito totalmente fluidizado.

Nas curvas fluidodinâmicas obtidas pelos ensaios dos materiais, são identificáveis as

características mostradas na Figura 15 e descritas naTabela 7.

Figura 15– Exemplo de curva fluidodinâmica de mistura de bambu acrescida à areia

Tabela 7 -Identificação das cores e descrição das características apresentadas na Figura 15

Pressão do material: massa do material dividida pela seção transversal do leito (linha horizontal)

Valor da média aritmética dos valores experimentais do diferencial de pressão no leito, correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado (linha horizontal)

Valor da média aritmética dos valores experimentais do diferencial de pressão no leito, correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado, acrescido do desvio padrão multiplicado por 1,96, o que corresponde ao intervalo de confiança de 95% (linha horizontal)

Equação By = 8129,6x + 181,66

R² = 0,9992

Equação Ay = 8225,1x + 144,37

R² = 0,9989

Equação Cy = 8035,3x + 218,18

R² = 0,9993

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Regime leito totalmente fluidizadoRegião de transição

Regime leito fixo

Page 62: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

62

Valor da média aritmética dos valores experimentais do diferencial de pressão no leito, correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado, subtraído do desvio padrão multiplicado por 1,96, o que corresponde ao intervalo de confiança de 95% (linha horizontal)

Umf– velocidade de mínima fluidização: corresponde a interseção da curva ajustada relativa ao regime de leito fixo extrapolada, com a reta horizontal formada pelo valor médio da pressão no regime de leito totalmente fluidizado. É um valor teórico, ou seja, não possui característica específica perceptível visualmente no teste. Lourenço e Tannous (2012) denominaram esta velocidade de “velocidade de fluidização aparente” (linha vertical).

Ufi - velocidade de fluidização iminente: o leito está na iminência de que ocorra movimento relativo entre as suas partículas. Graficamente corresponde ao maior valor da velocidade superficial, onde ocorre a mudança da inclinação da curva ajustada correspondente ao regime de leito fixo, para a curva correspondente a região de transição (linha vertical).

Ufc– velocidade de fluidização completa: considerando a velocidade superficial crescente, corresponde a velocidade superficial mínima, cujo diferencial de pressão no leito é igual ao valor da média aritmética do diferencial de pressão no leito, correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado

Umin - valor mínimo da velocidade superficial que se pode medir conforme a norma ASME MFC 14M 2003, ou mínima velocidade superficial consistente com os dados obtidos no teste (linha vertical).

Umax – valor máximo da velocidade superficial dos ensaios (linha vertical).

Curva ajustada aos pontos experimentais, correspondente ao regime de leito fixo (linha inclinada), representada pela Equação B.

Curva ajustada aos pontos experimentais, acrescidos da sua incerteza, no regime de leito fixo (linha inclinada), representada pela Equação A.

Curva ajustada aos pontos experimentais, subtraídos da sua incerteza, no regime de leito fixo (linha inclinada), representada pela Equação C.

Umin ≤ U ≤ Ufi Intervalo de velocidade superficial que corresponde ao regime de leito fixo: neste regime, as partículas do leito não apresentam movimento relativo entre elas; o ar escoa entre as partículas sem movê-las.

Ufi ≤ U ≤ Ufc Intervalo de velocidade superficial que corresponde ao regime de leito parcialmente fluidizado, ou região de transição.

Page 63: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

63

Ufc< U ≤ Umax Intervalo de velocidade superficial que corresponde ao regime de leito totalmente fluidizado: o valor do diferencial de pressão do leito permanece praticamente constante, dentro de uma faixa de valores. Para representação gráfica deste regime, foi considerado o valor da média aritmética dos diferenciais de pressão no leito, medidas experimentalmente (reta horizontal) e o seu desvio padrão. Neste regime o leito apresenta alta turbulência e a presença de bolhas. Isto provoca o surgimento de canais preferenciais instantâneos e a oscilação na pressão no leito.

Os valores do diferencial de pressão no leito, obtidos experimentalmente, correspondem

a soma do valor da perda de pressão no leito de partículas e distribuidor de ar (placa porosa).

Assim, foram obtidos experimentalmente para a placa porosa, valores do diferencial de

pressão em função da velocidade superficial, que foram aproximadas por uma função. Para a

obtenção da perda de pressão somente do leito de partículas, foi subtraído do valor do

diferencial de pressão obtidos nos testes com os materiais, os valores correspondentes da

perda de pressão na placa porosa. Foi considerada a curva do diferencial de pressão da placa

porosa com valores decrescentes da velocidade superficial.

A pressão estática a montante da placa distribuidora foi considerada como sendo a

pressão atmosférica acrescida do diferencial de pressão da placa distribuidora e leito de

partículas.

AFigura 16é um exemplo típico da curva fluidodinâmica da placa porosa. Analisando

especificamente o caso da Figura 16, a perda de pressão da placa porosa apresenta um

comportamento quadrático para valores da velocidade superficial maiores do que 0,099 m/s e

menores do que 1,423 m/s. Para velocidade superficial menor do que 0,099 m/s, quando

necessário, foi considerada uma reta teórica passando pela origem e pela pressão

correspondente a esta velocidade. Para cada material testado, foi obtida a curva

fluidodinâmica da placa porosa e adotado procedimento análogo ao descrito. Não é possível

obter valores da velocidade superficial inferiores a 0,04 m/s (aproximadamente), pois a

determinação da vazão foi efetuada com base na norma ASME MFC 14M 2003, que possui

limitação no valor mínimo da velocidade no tubo de medição (número de Reynolds do ar no

tubo de medição > 1000)

Para subtrair a perda de pressão da placa porosa, dos valores obtidos experimentalmente

para a perda de pressão do material e placa porosa, todos os pontos obtidos

experimentalmente foram corrigidos para a mesma densidade do ar, calculada para a pressão

Page 64: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

64

barométrica de 706,1 mmHg e temperatura de 25 oC. Todas as curvas fluidodinâmicas

apresentadas estão com o diferencial de pressão corrigida para esta densidade.

As propagações das incertezas foram calculadas a partir das relativas aos instrumentos

utilizados. O valor inferior da incerteza da Umf foi obtida pela interseção da curva ajustada

aos valores experimentais, subtraídos da sua incerteza, no regime de leito fixo, com a reta

horizontal do valor médio do diferencial de pressão no leito, no regime de leito totalmente

fluidizado, subtraído do desvio padrão. O valor superior da incerteza da Umf foi obtida pela

interseção da curva ajustada aos valores experimentais, acrescidos da sua incerteza, do regime

de leito fixo, com a reta horizontal do valor médio das pressões, no regime de leito totalmente

fluidizado, acrescido do desvio padrão. As equações utilizadas para o cálculo das incertezas

estão apresentadas no Apêndice B.

Figura 16-Curva típica do diferencial de pressão na placa porosa

A determinação da vazão foi efetuada com base na norma ASME MFC 14M 2003, que

define a metodologia para obtenção da vazão através de placas de orifício com diâmetros no

tubo de escoamento do fluido entre 6 a 40 mm (item 1 da norma), regime permanente,

subsônico, monofásico. O método é iterativo, pois o coeficiente de descarga é função do

número de Reynolds do ar no tubo e a vazão é função do coeficiente de descarga. Neste

trabalho a iteração foi efetuada com base no número de Reynolds do ar no tubo (item 4.3.1 da

y = 983,46x2 + 617,69x + 85,518R² = 0,9999

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 0,8000 1,0000 1,2000 1,4000 1,6000

Δp

na p

laca

por

osa

(Pa)

velocidade superficial (m/s)

Page 65: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

65

norma), com as condições do ar tomadas a montante da placa de orifício. O diâmetro do tubo

de escoamento do ar utilizado nos testes foi de 22,15 mm e a tomada das pressões

corresponde ao “corner tapconfiguration” da norma. Tanto o sistema experimental, como os

dados experimentais e cálculos foram efetuados de acordo com as recomendações da norma,

entre as quais são destacadas as seguintes:

- descarga dos gases conforme equação 3.11a da norma;

- coeficiente de descarga conforme equação 7.1 da norma;

- coeficiente de expansão conforme equação 7.3a da norma;

- diâmetro do tubo de escoamento do ar entre 12 a 40 mm (item 7.1 da norma) para as

equações utilizadas nos cálculos;

- número de Reynolds do ar no tubo onde está instalada a placa de orifício,

𝑅𝑒 =. .

> 1000, calculado com base nas condições do ar no tubo, a

montante da placa de orifício (item 7.1 da norma) e diâmetro do tubo como dimensão

característica;

- relação entre o diâmetro da placa de orifício e o diâmetro do tubo de passagem do ar (β)

entre 0,15 ≤ β ≤ 0,8 (item 6.3.13 e item 7.1 da norma)

- relação entre pressão estática absoluta a jusante (p2) e a montante da placa de orifício do

ar (p1) > 0,85 (item 4.4.2 e item 5.3.3 da norma).

- para todos os pontos experimentais, coeficiente de expansão do ar < 1 (item 3.2.3 da

norma)

Page 66: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

66

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capitulo estão apresentados e discutidos os resultados obtidos para a

caracterização dosmateriais particulados estudados: areia e bambu.

Adicionalmente são apresentados osresultados obtidos nos testes

fluidodinâmicos:osvalores da Umf para o bambu, para a areia e Ufi, UmfeUfc para cada mistura

de bambu adicionada a areia.Estas velocidades foram obtidas a partir daconstrução e análise

da curva fluidodinâmica, conforme descrito no capítulo “Materiais e métodos”, no processo

de defluidizaçao. Nas figuras mostradas neste capitulo estão apresentados os resultados

obtidos em apenasum dos testes, dentre as três repetições realizadas. Os resultados obtidos em

todos os ensaiosfluidodinâmicos realizados estão mostrados no Apêndice A.

4.1 Caracterização dos materiais

4.1.1 Caracterização das partículas de bambu e da areia

As características da areia testada estão apresentadas na Tabela 8e das partículas de

bambu na Tabela 9. No Apêndice E estão apresentadas as dimensões medidas das partículas

de bambu.

Tabela 8-Características das partículas de areia

Propriedades Areia

d (mm) 0,46±0,04

ρap (kg/m3) 2587±40

𝜙exp 0,66±0,09

ρbulk (kg/m3) 1524±7

Porosidade do leito (Ɛ) 0,41

Classificaçãode Geldart B

Page 67: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

67

Tabela 9- Características das partículas de bambu testadas

Propriedades bambu - l/dc

1 2 4 8

l (mm) 2,05±0,08 4,2±0,2 7,8±0,1 16,4±0,1

dc (mm) 1,9±0,1 1,94±0,07 1,89±0,08 1,91±0,08

dsv(mm) 1,9±0,3 2,4±0,2 2,5±0,2 2,7±0,3

dv(mm) 2,23±0,08 2,87±0,08 3,5±0,1 4,5±0,1

ds(mm) 2,4±0,1 3,2±0,1 4,1±0,1 5,8±0,1

𝜙 0,87±0,09 0,82±0,07 0,73±0,05 0,61±0,04

ρbulk (kg/m3) 437±2 418±2 373±5 334±9

Classificação de Geldart

D D D D

As porosidades do leito das partículas de bambu, indicadas na Tabela 10, foram

calculadas conforme Eq.(70).A densidade envelopada (ρenv) adotada foi a média aritmética

dos valoresdas densidades envelopadas indicadas na Tabela 12, por se tratar do mesmo

material cortado em comprimentos diferentes. A altura do leito, para as partículas de bambu

com l/dc=1, 2 e 4, foi medida conforme o seguinte procedimento: o leito foi submetido ao

regime de leito totalmente fluidizado por alguns minutos e em seguida a vazão de ar foi

reduzida gradualmente até que se anulasse, quando foi tomada a medida da altura do leito.

Para as partículas de bambu com l/dc=8, como não fluidizaram, a altura foi medida no leito

fixo empacotado naturalmente. A correlação para porosidade de leito empacotado de

partículas cilíndricas sólidas e isométricas de Dixonet al. (1988) resultou em 0,37. A

correlação deBenyahiaet al. (2005) apresentou valores de 0,37 a 0,38 para os 4 tamanhos de

partículas de bambu. Estas correlações foram desenvolvidas com fluxo de ar nulo e leito

empacotado naturalmente. Para que os valores experimentais fossem semelhantes a estes

valores de porosidade, na condição de vazão nula, a altura do leito fixo deveria ser

aproximadamente 85 mm, ou seja, o leito deveria estar mais compactado. Uma das causas

desta diferença pode ser atribuída ao fato de que a altura do leito fixo empacotado

Page 68: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

68

naturalmente e a altura do leito fixo obtido após fluidização, diferem porque esta provoca uma

acomodação das partículas com maior espaçamento entre elas. No entanto, se considerarmos

os valores da altura do leito no regime de fixo obtidos experimentalmente (HLF), para cada

valor de l/dc, os valores da porosidade não sofrem grandes variações entre si.

𝜀 = 1 −𝑉

𝑉= 1 −

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻= 1 −

𝜌

𝜌

(70)

Tabela 10-Porosidade do leito fixo das partículas de bambu

Propriedade bambu - l/dc

1 2 4 8(*)

massa (g) 367,57±0,05 354,00±0,05 336,99±0,05 250,00±0,05

HLF(mm):

- Teste 1

- Teste 2

- Teste 3

102±2

105±2

104±2

105±2

105±2

104±2

110±2

110±2

113±2

90±2

92±2

95±2

Porosidade (ε): - Teste 1

- Teste 2

- Teste 3

0,48±0,02

0,50±0,02

0,49±0,02

0,52±0,02

0,52±0,02

0,51±0,02

0,56±0,02

0,56±0,02

0,57±0,02

0,60±0,02

0,61±0,02

0,62±0,02

Nota: (*) leito empacotado naturalmente

Adicionalmente aos valores da esfericidade das partículas de bambu calculados com

base na sua geometria, ela também foi obtida através da curva fluidodinâmica (esfericidade

efetiva - Kunii e Levenspiel, 1991) utilizando a correlação de Ergun, para verificar a

consistência dos valores obtidos por esta metodologia. A esfericidade efetiva foi calculada

pela correlação de Ergun para cada ponto experimental e obtida a sua média. Os parâmetros

considerados na correlação de Ergun foram os seguintes:

Page 69: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

69

- diferencial de pressão no leito fixo, velocidade superficial e altura do leito fixo: conforme

valores obtidos experimentalmente.

- diâmetro da partícula: diâmetro de Sauter calculado com base na geometria das partículas.

- porosidade do leito fixo: calculada a partir da densidade envelopada da partícula e altura do

leito fixo obtida experimentalmente, Eq. (70).

- viscosidade e densidade do ar: correspondentes a pressão barométrica de 706,1 mmHg e

temperatura de 25oC.

Os valores estão apresentados na Tabela 11(média dos 3 testes realizados para cada

l/dc), sendo ∅expos valores da esfericidade efetiva obtidos experimentalmente a partir da curva

fluidodinâmica e ∅ os calculados através da geometria do bambu. Observa-se que os valores

da esfericidade efetiva obtidos experimentalmente apresentam razoável proximidade com os

valores teóricos.

Tabela 11- Esfericidade calculada pela geometria do bambu (∅) comparada com a esfericidade efetiva (obtida pela curva fluidodinâmica - ∅exp)

Esfericidade

bambu - l/dc

1 2 4

𝜙 0,87±0,09 0,82±0,07 0,73±0,05

𝜙exp 0,70±0,03 0,70±0,02 0,62±0,04

𝜙exp/ ∅ 0,81 0,85 0,85

Para determinação da densidade “bulk”, foi determinada a massa (mp) da amostra e

colocado no leito fluidizado, sendo submetido ao regime de leito totalmente fluidizado.

Decorridos alguns segundos, a válvula de controle da vazão do ar (Figura 13- válvula V1) foi

sendo fechada gradativamente. A altura do leito para cálculo do volume ocupado pelo material

particulado (Vleito) foi medida após a válvula estar totalmente fechada. A densidade “bulk” foi

calculada conforme Eq. (71). e os valores obtidos estão naTabela 9. O bambu com l/dc=8 não

fluidizou, a densidade “bulk” indicada foi obtida com o material empacotado naturalmente.

Page 70: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

70

𝜌 =𝑚

𝑉

(71)

𝑉 = 𝐻𝜋𝐷

4

(72)

Os parâmetros para determinação da densidade envelopada, bem como seu valor, estão

apresentados na Tabela 12. A massa corresponde a 500 partículas de cada tamanho de bambu.

A densidade envelopada no valor de 859±28 kg/m3, que correspondente a média aritmética

dos valores de cada tamanho de partícula que estão apresentadas na Tabela 12, foi considerada

como representativa das partículas de bambupor se tratar do mesmo material com diâmetro

nominal de 2mm, cortados nos comprimentos 2, 4, 8 e 16 mm (relação l/dc=1, 2, 4 e 8).

Tabela 12- Densidade envelopada do bambu (ρenv)

Propriedade bambu - l/dc

1 2 4 8

Massa (g) 2,5070 ±0,0007 5,1174±0,0007 9,7788±0,0007 20,1147±0,0007

Volume (m3)

x 10-6

2,9±0,3 6,2±0,5 10,9±0,9 23±2

ρenv(kg/m3) 863±97 824±71 894±77 856±72

A Figura 17mostra, para o diâmetro do cilindro de 2 mm, a variação dos diâmetros

característicos (diâmetro médio de Sauter, diâmetro volumétrico e diâmetro superficial) em

função da relação l/dc. Observa-se que com o aumento da relação l/dc, a taxa de aumento dos

diâmetros característicos é diferente, sendo a menor, a que corresponde ao diâmetro médio de

Sauter e a maior, o diâmetro superficial. O percentual relativo entre os diâmetros também

aumenta com o aumento da relação l/dc.

Page 71: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

71

Figura 17 - Diâmetrocaracterístico em função da relação l/dc

4.1.2 Caracterização das misturasde bambu

As misturas de 1 a 4,compostas por partículas de bambu com l/dc=1, 2, 4 e 8, possuem

o mesmo diâmetro médio de Sauter, calculado com o diâmetro nominal do bambu de 2 mm e

comprimentos nominais de 2, 4, 8 e 16 mm (Tabela 13- dsvnominal da mistura de bambu). As

misturas denominadas de mistura ldc1, ldc2 e ldc8 são compostas por partículas de bambu

com somente um tamanho, sendo estes l/dc=1, l/dc=2 e l/dc=8, respectivamente. Quando

calculado conforme as dimensões reais das partículas de bambu utilizadas nos testes, resultou

que, além das misturas 1 a 4, a mistura ldc2também possui o mesmo diâmetro médio de

Sauter (Tabela 13 - dsv da mistura de bambu). Considerando a incerteza nos valores de dsv,

ocorre a sobreposição da faixa de variação do diâmetro médio de Sauterdestas misturas,

também com a mistura ldc8. A notação 5/95 refere-se a 5% de mistura de bambu adicionada à

95% de areia, em massa e a notação 10/90 refere-se a 10% de mistura de bambu adicionada à

90% de areia, em massa, sendo utilizada estas notações ao longo deste texto. Na Tabela 13,

também estão indicadas a dimensão característica resultante da mistura de bambu adicionada

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

diâm

etro

car

acte

ríst

ico

(mm

)

l/dc

diâmetrosuperficial

diâmetrovolumétrico

diâmetro deSauter

Page 72: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

72

à areia, denominada de diâmetro equivalente, calculada conforme Eq. (20). O diâmetro

equivalente, considerando a esfericidade das partículas das misturas de bambu e da areia,

representadopor𝑑∅, foi calculado conforme Eq. (73), cujos valores constam na Tabela 13. A

densidade equivalente, calculada conforme Eq. (18), é 2351 ± 33 kg/m3 para a proporção de

materiais 5/95 e 2154 ± 31 kg/m3 para a proporção de materiais 10/90.

𝑑∅ = 𝜙 𝑑 . 𝜙 𝑑𝑥 𝜌 + 𝑥 𝜌

𝑥 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑥 𝜌 𝜙 𝑑

(73)

Tabela 13 - Diâmetro equivalente das misturas de bambu adicionadas à areia

Mistura

dsvnominal da mistura de bambu

(mm)

dsv da mistura de

bambu com

dimensões reais (mm)

Diâmetro médio da

areia (mm)

Diâmetro equivalente – de (mm)

Diâmetro equivalente considerando a esfericidade das

partículas – 𝑑∅ (mm)

5/95 10/90 5/95 10/90

1 e 2 2,5 2,4±0,2

0,46±0,04

0,52±0,04 0,58±0,05

0,34±0,15

0,38±0,15 3 e 4 2,5 2,4±0,3

ldc1 2,0 1,9±0,3 0,51±0,04 0,57±0,05 0,39±0,15

ldc2 2,4 2,4±0,2 0,52±0,04 0,58±0,05 0,38±0,15

ldc8 2,8 2,7±0,3

A Tabela 14 apresenta a fração em massa e a Tabela 15o número de partículas das

misturas de bambu utilizadas nos testes com 5% de mistura de bambu adicionadas a 95% de

areia, em massa (proporção de materiais 5/95) e para 10% de mistura de bambu adicionadas a

90% de areia, em massa (proporção de materiais 10/90). ATabela 16 apresenta as esfericidades

referentes a estas misturas. A seguir estão os comentários sobre os valores calculados da

tabela:

Page 73: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

73

- Os valores das esfericidades das partículas de bambu das misturas 1 a 4, calculadas

com diâmetro nominal do cilindro de 2 mm e comprimentos nominais de 2, 4, 8 e 16 mm,são

as mesmas (ver Apêndice C). Este resultado se repetiu considerando os valores

experimentaisreais das dimensões destas partículas, apesar da existência de pequenas

diferenças no seu diâmetro do cilindro e comprimento, em decorrência da propagação de

incerteza, tanto para a proporção de materiais 5/95 como para 10/90. Entre estas proporções

de materiais, o percentual em massa dos tamanhos das partículas de cada mistura de bambu é

o mesmo.

- Para comparação com os valores daTabela 16, a esfericidade das partículas de bambu,

calculadas com diâmetro nominal de 2 mm e comprimentos nominais de 2, 4, 8 e 16 mm das

misturas 1 a 4 é 0,80 e para a mistura 5, 6 e 7 são, respectivamente, 0,87, 0,83 e 0,62.

- O número de partículas total de bambu, para as misturas 1 a 4 e testes com a proporção

de materiais 5/95, calculadas com diâmetro nominal de 2 mm e comprimentos nominais de 2,

4, 8 e 16 mm é constante. Para as misturas com proporção de materiais 10/90, o número total

de partículas é o dobro da quantidade da proporção de materiais 5/95. Isto está mostrado no

Apêndice C. As diferenças apresentadas na Tabela 14 são decorrentes da variação nos

diâmetros e comprimentos reais das partículas cilíndricas e da densidade envelopada.

Tabela 14–Fração em massadas misturas de bambu

Mistura de

bambu

l/dc

1 2 4 8

1 0,150 0,150 0,495 0,205

2 0,100 0,300 0,402 0,198

3 0,050 0,400 0,452 0,098

4 0,020 0,500 0,362 0,118

ldc1 1,000

ldc2 1,000

ldc8 1,000

Page 74: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

74

Tabela 15- Número de partículas das misturas de bambu adicionadas à 90% e 95% de areia

Mistura de bambu

Proporção de

materiais

Número de partículas das misturas de bambu(x103)

l/dc Total 1 2 4 8

1 5/95

10/90

1,80

3,61

0,844

1,69

1,58

3,16

0,305

0,609

4,53

9,06

2 5/95

10/90

1,20

2,40

1,69

3,38

1,28

2,57

0,295

0,588

4,47

8,94

3 5/95

10/90

0,601

1,20

2,25

4,50

1,44

2,89

0,145

0,290

4,44

8,88

4 5/95

10/90

0,240

0,481

2,81

5,63

1,16

2,31

0,175

0,350

4,39

8,77

ldc1 5/95

10/90

12,0

24,0

12,0

24,0

ldc2 5/95

10/90

5,63

11,3

5,63

11,3

ldc8 5/95

10/90

1,49

2,97

1,49

2,97

Incerteza

relativa

5/95 e

10/90

±0,12 ±0,09 ±0,09 ±0,09 De ±0,05 a ±0,12

Page 75: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

75

Tabela 16 - Esfericidade das misturas de bambu adicionadas à 90% e 95% de areia (em massa)

Mistura de bambu Esfericidade da

mistura de bambu

1 0,79±0,08

2 0,79±0,08

3 0,78±0,08

4 0,78±0,09

ldc1 0,87±0,09

ldc2 0,82±0,07

ldc8 0,60±0,04

4.1.3Porosidade do leito de areia com o acréscimo de partículas de bambu

Ao acrescentarmos partículas de bambu no leito formado por partículas de areia, para as

frações em massa de bambu testadas, a porosidade do leito diminui (ver Figura 18), pois as

partículas de areia e a porosidade existente entre elas são substituídas por uma partícula

“sólida” de bambu, conforme exemplificado na Figura 18. Considerando somente o aspecto

da porosidade do leito, o acréscimo de partículas de bambu no leito de areia diminui a

porosidade do leito, o que deveria resultar em valores menores de Umf. No entanto, os

resultados experimentais deste trabalho e de outros encontrados na literatura (Bilbao et al.,

1987; Paudel e Feng, 2013), relatam o aumento da Umf da mistura areia e biomassa, com o

aumento desta na mistura. Estes resultados serão abordados detalhadamente no item 4.3.

Page 76: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

76

Figura 18 – Diminuição da porosidade no leito: quantidade de partículas de areia e vazios substituídos por uma partícula de bambu

4.1.4Altura teórica do leito de partículas contendo areia e bambu comparado com o leito

formado somente por partículas de areia

Seja um leito formado somente por partículas de areia. Ao iniciarmos o acréscimo de

partículas de bambu no leito formado somente por areia, mantendo constante sua massa total,

o volume de uma partícula de bambu substituirá um conjunto de partículas de areia (ver

Figura 18). A massa de areia substituída e a massa das partículas de bambu adicionadas são

iguais, pois a massa total do leito é a mesma, por hipótese, resultando na relação conforme

Eq. (74):

𝑚 = 𝑚 → 𝑉 𝜌 = 𝑉 𝜌 (74)

Substituindo os valores das densidades dos materiais, resulta na relação entre os

volumes conforme Eq. (75).

𝑉

𝑉= 0,56

(75)

Partícula de bambu

Partículas de areia e poros substituídos pela partícula de bambu

Page 77: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

77

Conforme Eq. (75), ovolume das partículas de areia substituídas pelas partículas de

bambu é menor do que o volume das partículas desta. Assim,a altura total do leito formado

por partículas de areia aumenta com o acréscimo das partículas de bambu, quando mantida a

massa total do leito constante.Este aspecto é importante, pois esta constatação mostra que esta

não pode ser uma possível causa do aumento da Umf da mistura de bambu acrescida à areia

comparada a Umf do leito formado somente por areia, conforme resultados experimentais

detalhados no item4.3. Isto só poderia ser verdadeiro se ocorresse a diminuição da altura do

leito com o acréscimo de partículas de bambu.

4.2 Resultados e comentários dos ensaios fluidodinâmicos realizados com cada material

individualmente

Nesta seção serão apresentadas as curvas fluidodinâmicas obtidas a partir dos valores

experimentaise expressões da Umf das partículas de bambu em função da esfericidade, do

diâmetro característico e da relação comprimento sobre diâmetro característico.

4.2.1 Curvas fluidodinâmicas e velocidades características

Os testes com bambu apresentaram boa fluidização conforme mostrado na Figura 19 a

Figura 22, com exceção do bambu com l/dc= 8. Neste caso ocorreu a formação de canais

preferenciais no regime de leito de fixo (Figura 23), o que impossibilitou a obtenção de dados

para determinação da curva correspondente ao regime de leito fixo. Assim, não foi possível

determinar a sua Umf. Todos os casos apresentaram fluidização borbulhante.

Page 78: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

78

Figura 19- Regime de leito totalmente fluidizado – bambu com l/dc=1

Figura 20 - Regime de leito totalmente fluidizado – bambu com l/dc=2

Figura 21 - Regime de leito totalmente fluidizado – bambu com l/dc=4

Page 79: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

79

Figura 22 - Regime de leito totalmente fluidizado – bambu com l/dc=8

Figura 23 - Regime de leito fixo com formaçao de canais preferenciais – bambu com l/dc=8

AFigura 24àFigura 27apresentam as curvas fluidodinâmicas obtidas nos ensaios com as

partículas de bambu testadas individualmente (l/dc = 1, 2 e 4). Apenas um dos testes de cada

material foi mostrado para permitir uma melhorvisualização das características observadas.

Conforme Figura 24à Figura 26, nota-se que os diferenciais de pressãono leito, no

regime de fluidização completa, ficaram significativamente mais dispersas, com relação ao

valor da média aritmética dos diferenciais de pressão neste regime, para as partículas com l/dc

= 4, do que nos casos com l/dc = 1 e 2. Observa-se experimentalmente que o tamanho das

bolhas e os canais preferenciais formados ficam maiores com o aumento da relação l/dc.

Page 80: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

80

Figura 24 - Curva fluidodinâmica das partículas de bambu com l/dc=1

Figura 25 - Curva fluidodinâmica das partículas de bambu com l/dc=2

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 0,8000 1,0000 1,2000 1,4000

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

teste 2

pressão do material

reta horizontal

Umf

Polinomial (leito fixo)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 0,8000 1,0000 1,2000 1,4000 1,6000

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

teste 2

pressão do material

reta horizontal

reta vertical

Polinomial (leito fixo)

Page 81: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

81

Figura 26 - Curva fluidodinâmica das partículas de bambu com l/dc=4

Figura 27 - Curvas fluidodinâmicas das partículas de bambu com l/dc=1, 2 e 4

A Tabela 17mostra os valores da Umf do bambu e a Tabela 18os referentes à areia,

correspondentes a média aritmética dos três testes realizados com cada material, a faixa de

variação do número de Reynolds do escoamento (Redsv), calculado com o diâmetro médio de

Sauter para as partículas de bambu, como sendo a dimensão característica e para areia, a

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

450,00

0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 0,8000 1,0000 1,2000 1,4000 1,6000

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

teste 1

pressão do material

reta horizontal

Umf

Polinomial (leito fixo)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 0,8000 1,0000 1,2000 1,4000 1,6000

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

bambu l/dc = 1

bambu l/dc=2

bambu l/dc=4

Page 82: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

82

média da abertura das peneiras Tyler 32 e 35 e a forma da curva ajustada aos pontos

experimentais do regime de leito fixo. Conforme mostrado na Tabela 17 e Tabela 18, tanto

para as partículas de bambu como para as da areia, a forma da curva ajustada aos pontos

experimentais do regime de leito fixo está coerente com o número de Reynolds do

escoamento (Redsv).

Para o regime de leito fixo de um leito composto por partículas de bambu, a porosidade

do leito aumenta com o aumento da relação l/dc, conforme mostrado na Tabela 10. Com o

aumento desta relação, também aumenta a permeabilidade do leito para passagem do gás de

fluidização, diminuindo o diferencial de pressão no leito, para a mesma velocidade

superficial, ou seja, dada uma velocidade superficial, o diferencial de pressão no leito

aumenta à medida que diminui a relação l/dc.

Tabela 17 - Velocidade de mínima fluidização das partículas de bambu, faixa de variação de Redsv e forma da curva de ajuste do regime de leito fixo

Bambu l/dc Faixa de variação de

Redsvno regime de

leito fixo

Forma da curva

ajustada ao regime

de leito fixo

Umf (m/s)

1 29 a 66 Equação do 2o grau 0,62 ± 0,02

2 37 a 105 Equação do 2o grau 0,73 ± 0,02

4 37 a 162 Equação do 2o grau 1,03 ± 0,03

Tabela 18 - Velocidade de mínima fluidização das partículas de areia, faixa de variação de Redsv e forma da curva de ajuste do regime de leito fixo

Faixa de variação de

Redsvno regime de

leito fixo

Forma da curva

ajustada ao regime

de leito fixo

Umf (m/s)

areia 1,1 a 3,3 reta 0,124 ± 0,003

Page 83: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

83

4.2.3 Variação da Umf das partículas de bambu com a esfericidade, diâmetro

característico e relação comprimento sobre diâmetro característico

AsFigura 28àFigura 30referem-se à aproximaçãopor função dos valores experimentais

da Umf das partículas de bambu em função somente da esfericidade, do diâmetro característico

e da relação comprimento sobre diâmetro característico. Foram considerados somente a faixa

dos valores testados experimentalmente e utilizadas as funções de aproximação disponíveis

no Excel, da Microsoft. Considerando os parâmetros da correlação de Ergun incluindo a

esfericidade das partículas, Eq.(76), esta, a dimensão característica e a porosidade do leito são

constantes somente para as partículas com um determinado valor del/dc. As curvas ajustadas

aos valores experimentais da Umf , Figura 28 à Figura 30, apresentaram o valor unitário para o

coeficiente de determinação (R2), pois foram aproximados 3 valores de Umf por uma equação

do segundo grau, com exceção da curva correspondente a Umf em função do diâmetro médio

de Sauter (Figura 29), que foi aproximada por uma função do terceiro grau, pois a equação do

segundo grau apresentou formato incoerente.

𝛥𝑃

𝐻

∅𝑑

𝜌 𝑈

𝜀

(1 − 𝜀 )=

150(1 − 𝜀 )𝜇

∅𝑑 𝜌 𝑈+ 1,75

(76)

Page 84: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

84

Figura 28 - Umf das partículas de bambu em função da esfericidade

Figura 29 - Umf das partículas de bambu em função do diâmetro característico

y = 3,109x2 - 8,0226x + 5,2527R² = 1

0,000

0,200

0,400

0,600

0,800

1,000

1,200

0,72 0,74 0,76 0,78 0,80 0,82 0,84 0,86 0,88 0,90

Um

f(m

/s)

esfericidade

y = 0,2766x2 - 1,2357x + 1,9971R² = 1

y = 0,1192x2 - 0,5173x + 1,1724R² = 1

y = 4,429x3 - 27,446x2 + 56,653x - 38,332R² = 0,9996

0,000

0,200

0,400

0,600

0,800

1,000

1,200

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5

Um

f (m

/s)

diâmetro característico (mm)

diâmetro de Sauter

diametro volumetrico

diâmetro superficial

Page 85: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

85

Figura 30 - Umf das partículas de bambu em função da relação do comprimento sobre o diâmetro característico

y = 0,0177x2 + 0,0466x + 0,5461R² = 1

y = 0,0398x2 + 0,0434x + 0,5272R² = 1

y = 0,1403x2 - 0,126x + 0,6143R² = 1

y = 0,2657x2 - 0,3387x + 0,712R² = 1

0,000

0,200

0,400

0,600

0,800

1,000

1,200

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5

Um

f(m

/s)

relação do comprimento sobre o diâmetro característico

l/dc l/dSV

l/dV l/dS

Page 86: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

86

4.3 Resultados dos ensaios fluidodinâmicos realizados com misturas de bambu

adicionadas à areia

4.3.1 Curvas fluidodinâmicas e velocidades características

AsFigura 31 àFigura 34apresentam as curvas fluidodinâmicas agrupadas dos ensaios

realizados com misturas de partículas de bambu adicionadas à areia juntamente com a da

areia, para possibilitar uma visualização das diferenças encontradas. Apenas um dos testes de

cada material, que foram executados em triplicata, foi mostrado.Foram testadas sete misturas,

sendo quatro compostas por areia e partículas de bambu com l/dc=1, 2, 4 e 8, denominadas de

misturas 1 a 4 e três misturas compostas por areia e bambu com somente um comprimento

(com l/dc=1, 2 e 8), denominadas de mistura ldc1, ldc2 e ldc8, respectivamente. Em

percentual em massa, as misturas 1 a 4 possuíam a composição de partículas de bambu

listadas a seguir, conforme a ordem l/dc=1/l/dc=2/ l/dc=4/ l/dc=8:

- mistura 1 - 15/ 15/ 49,5/ 20,5;

- mistura 2 – 10/ 30/ 40,24/ 19,76;

- mistura 3 – 5/ 40/ 45,24/ 9,76;

-mistura 4 – 2/ 50/ 36,2/ 11,8.

As misturas 1 a 4 e a mistura ldc2 possuíam o mesmo diâmetro médio de Sauter.

Page 87: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

87

Figura 31 - Comparação da curva fluidodinâmica da areia e das misturas de bambu (5% em massa) adicionadas à areia (95% em massa) (misturas 1 a 4)

Figura 32 - Comparação da curva fluidodinâmica da areia e das misturas de bambu (5% em massa) adicionadas à areia (95% em massa) (misturas ldc1, ldc2 e ldc8)

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

areiamistura 1mistura 2mistura 3mistura 4

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

areiamistura ldc1mistura ldc2mistura ldc8

Page 88: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

88

Figura 33 - Comparação da curva fluidodinâmica da areia e das misturas de bambu (10% em massa) adicionadas à areia (90% em massa) (misturas 1 a 4)

Figura 34 - Comparação da curva fluidodinâmica da areia e das misturas de bambu (10% em massa) adicionadas à areia (90% em massa) (misturas ldc1, ldc2 e ldc8)

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

areia

mistura 1

mistura 2

mistura 3

mistura 4

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

areiamistura ldc1mistura ldc2mistura ldc8

Page 89: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

89

AFigura 35à Figura 41referem-se as curvas fluidodinâmicas obtidas nos ensaios com as

misturas de partículas de bambu adicionadas à areia. Apenas um dos testes de cada material

foi mostrado para permitir uma melhorvisualização das características observadas. As curvas

com linhas continuas referem-se a 5% de mistura de bambu (em massa) adicionadas à 95% de

areia (em massa). As curvas com linhas tracejadas referem-se a 10% de mistura de bambu (em

massa) adicionadas à 90% de areia (em massa). A identificação das cores e os correspondentes

significados utilizados nas figuras estão indicados na Tabela 19.

Tabela 19 - Identificação das cores utilizadas nas figuras

Linhas contínuas referem-se a misturas de bambu com 95% de areia e linhas tracejadas à 90% de areia (percentuais em massa)

Pressão do material: peso do material dividida pela seção transversal do leito (linha horizontal)

Média aritmética do diferencial de pressão no leito correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado (linha horizontal)

Umf– velocidade de mínima fluidização (linha vertical)

Ufi- velocidade de fluidizaçãoiminente (linha vertical)

Ufc–velocidade de fluidização completa (linha vertical)

Curva ajustada aos pontos experimentais no regime de leito fixo (linha inclinada)

Page 90: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

90

Figura 35- Curvas fluidodinâmicas da mistura 1

Figura 36 - Curva fluidodinâmica da mistura 2

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

bambu 5% e areia 95% bambu 10% e areia 90%

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

bambu 5% e areia 95% bambu 10% e areia 90%

Page 91: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

91

Figura 37 - Curvas fluidodinâmicas da mistura 3

Figura 38– Curvas fluidodinâmicas da mistura 4

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

bambu 5% e areia 95% bambu 10% e areia 90%

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

bambu 5% e areia 95% bambu 10% e areia 90%

Page 92: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

92

Figura 39– Curvas fluidodinâmicas da mistura ldc1: bambu com l/dc=1 adicionada à areia

Figura 40– Curvas fluidodinâmicas da mistura ldc2: bambu com l/dc=2 adicionada à areia

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

bambu 5% e areia 95% bambu 10% e areia 90%

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

bambu 5% e areia 95% bambu 10% e areia 90%

Page 93: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

93

Figura 41– Curvas fluidodinâmicas da mistura ldc8: bambu com l/dc=8 adicionada à areia

As partículas de bambu com l/dc=8 adicionadas à areia (mistura ldc8) não apresentou a

formação de canais preferenciais no regime de leito fixo, como ocorreu quando essas

partículas foram fluidizadas isoladamente, comprovando que a adição de areia, com tamanho

da partícula menor do que a do bambu, auxilia no processo de fluidização conforme relatado

porPaudel e Feng, 2013.

A média aritmética dos 3 testes realizados obtidos para as velocidades de

fluidizaçãoiminente(Ufi), fluidização completa (Ufc) e mínima fluidização (Umf) são

apresentadas na Tabela 20. A Umf e a Ufi aumentaram com o aumento do percentual em massa

de bambu na mistura de 5% para 10%. Com relação a Ufc, este aumento do percentual de

bambu provocou seu aumento para as misturas 3, ldc2 e ldc8 e sua diminuição para as demais

misturas.Os percentuais de variação das velocidades características com o aumento da

proporção em massa de bambu de 5% para 10% na mistura com areia estão mostrados na

Tabela 21. Considerando somente o valor da grandezada Umf, para a proporção de materiais

5/95, as misturas testadas apresentaram 91% de variação (relação entre o menor e o maior

valor da Umf). Para a proporção de materiais 10/90, esta variação foi de 94%. De forma geral,

esta ordem de grandeza de variação da Umf não é significativa para aplicações práticas de

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no

leit

o (P

a)

velocidade superficial (m/s)

bambu 5% e areia 95% bambu 10% e areia 90%

Page 94: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

94

engenharia, podendo se considerar que para as misturas estudadas com a proporção de

materiais 5/95 e para as misturas com a proporção de materiais 10/90, a Umf independe da

distribuição granulométrica e do tamanho de partículas. Para uma análise detalhada, são

perceptíveis dependências dos valores obtidos experimentalmente da Umf com estes

parâmetros e com a quantidade de partículas de bambu presentes no leito, que serão expostos

nos parágrafos seguintes.

ConformeFigura 42, nos casos de proporção de materiais 5/95, verifica-se a

proximidade do comportamento das curvas fluidodinâmicas destas misturas, com a da areia,

resultando em valores semelhantes da Umf daquelas, com relação a esta. Ocorre um pequeno

deslocamento para a direita das curvas fluidodinâmicas no regime de leito fixo destas

misturas com relação a da areia (vide Figura 31 eFigura 32), que corresponde a uma

diminuição do diferencial de pressão no leito, decorrente do acréscimo de partículas de

bambu. A diminuição da resistência do leito pelo acréscimo de partículas de bambu, se

acentua, nos casos de 10% de misturas de bambu adicionadas a 90% de areia (referenciadas

como proporção de materiais 10/90), provocando o aumento da Umf de todas as misturas

testadas com relação aos das misturas com proporção de materiais 5/95, conforme Tabela 20,

sendo o maior aumento para mistura ldc8 (116%) e o menor para a mistura ldc1 (106%).

A literatura (Paudel e Feng, 2013; Rao et al., 2001; Si e Guo, 2008; Zhonget al.,2008)

menciona variáveis que interferem no fenômeno da fluidização, que com o seu aumento,

provocam o aumento da Umf. Entre elas, são citadas: relação l/dc, dsv e a fração em massa da

biomassa. Assim, seriam esperados os seguintes resultados experimentais para as misturas

testadas:

- a mistura ldc1 deveria apresentar a menor Umf, pois possuem partículas de bambu com

menor relação l/dc.

- a mistura ldc8 deveria apresentar a maior Umf, pois possuem partículas de bambu com

a maior relação l/dc;

- a mistura ldc2 e as misturas 1 a 4 deveriam apresentar Umfentre os valores da mistura

ldc1 e mistura ldc8. Adicionalmente, para estas misturas, como possuem o mesmo

diâmetro médio de Sauter, os valores das suas Umf deveriam ser iguais ou muito

próximos;

No entanto, conformeFigura 42, para a proporção de materiais 5/95, foram obtidos os

seguintes resultados experimentais, não coincidentes com alguns destes comportamentos

esperados, os quais serão comentados nos próximos parágrafos:

- considerando a Umf e sua incerteza, a mistura ldc1 apresentou a maior Umf;

Page 95: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

95

- considerando a Umf e sua incerteza,a mistura ldc8 apresentou Umf menor do que a Umf

da mistura ldc1.

ConformeFigura 42, para as misturas 1 a 4 e misturas ldc1, ldc2 e ldc8, com a

proporção de materiais 5/95, considerando a Umf e sua incerteza, temos a mistura ldc1 isolada

e 2 grupos de misturas, cujas faixas de variação da Umf se sobrepõem: grupo 1, formado pelas

misturas 1 a 4 e grupo 2, formado pelas misturas 1, 2, ldc2 e ldc8. Analogamente, para a

proporção de materiais 10/90, resultaram três grupos de misturas,cujas faixas de variação da

Umf se sobrepõem: grupo3, formado pelas misturas 1 a 4 e a mistura ldc2, grupo 4, formado

pela mistura 1 e as misturas 3, 4, ldc1 e ldc2 e grupo 5, formado pelas misturas 3, 4, ldc1, ldc2

e ldc8. A mistura ldc1, com a proporção de materiais 5/95, apresentou a mesma Umf das

misturas do grupo 3. Considerando somente o valor da grandeza, os seguintes

comportamentos qualitativos com relação a Umf ocorreram com o aumento da proporção de

materiais de 5/95 para 10/90:

- mesma posição qualitativa para as misturas 3 e4 e mistura ldc1;

- pequena variação para as misturas 1 e 2;

- diferenças nas posições qualitativas das misturas ldc2 e ldc8 com relação as demais

misturas.

Conforme mencionado anteriormente, foram testadas sete misturas, sendo quatro

compostas por areia e partículas de bambu com l/dc=1, 2, 4 e 8, denominadas de misturas 1 a

4 e três misturas compostas por areia e bambu com somente um comprimento (com l/dc=1, 2 e

8), denominadas de mistura ldc1, ldc2 e ldc8, respectivamente. Em percentual em massa, as

misturas 1 a 4 possuíam a composição de partículas de bambu listadas a seguir, conforme a

ordem l/dc=1/l/dc=2/ l/dc=4/ l/dc=8: mistura 1 - 15/ 15/ 49,5/ 20,5; mistura 2 – 10/ 30/ 40,24/

19,76; mistura 3 – 5/ 40/ 45,24/ 9,76; mistura 4 – 2/ 50/ 36,2/ 11,8. As misturas 1 a 4 e a

mistura ldc2 possuíam o mesmo diâmetro médio de Sauter.

Osseguintes resultados foram observados para as misturas testadas.

Quantidade de partículas de bambu

A mistura ldc1, para a proporção de materiais 5/95, apresenta um comportamento

diferente das demais misturas com esta proporção de materiais. Considerando a Umfe sua

incerteza, esta mistura foi a que apresentou a maior Umf, apesar de ser composta pelas

menores partículas de bambu (l/dc =1). Este resultado pode ser decorrente dela possuir a

maior quantidade de partículas de bambu de todas as misturas com esta proporção de

materiais.

Page 96: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

96

Considerando a Umf e sua incerteza, a mistura ldc1, com proporção de materiais 5/95,

apresentou Umf com a faixa de variação que se sobrepõe a Umf das misturas 1 a 4 e da mistura

ldc2, com proporção de materiais 10/90. Isto pode ser atribuído a mesma ordem de grandeza

da quantidade de partículas de bambu presentes no leito para as citadas misturas, apesar da

diferença na fração em massa de bambu nas misturas comparadas.

Distribuição granulométrica das partículas de bambu que compõe as misturas 1 a

4

Para a proporção de materiais 5/95 e 10/90, as faixas de variação dos valores das Umf

com suas incertezas referente as misturas 1 a 4, que são compostas por misturas de bambu

com diferentes tamanhos de partículas adicionadas à areia, mas com o mesmo diâmetro médio

de Sauter (dsv), se sobrepõem. Apesar destas misturas possuírem distribuição granulométrica

diferentes, a Umf não apresentou grandes diferenças para cada uma das proporções de

materiais. No entanto, considerando somente o valor da grandeza, aUmf destas misturas

apresentou a mesma configuração qualitativa: a Umf da mistura 1 e 2 resultou em valores

praticamente iguais e a Umf das misturas 3 e 4 iguais e maiores do que a Umf daquelas

misturas. Isto demonstra uma influência da distribuição granulométrica destas misturas, pois

caso contrário, os valores da grandeza das suas Umf seriam aleatórios, não apresentando

qualquer tendência. A contribuição de cada tamanho de partícula na Umf resultante da mistura

pode ser analisada com base na relação Umf /nconforme mostrado na Tabela 25 e Tabela 27.

Misturas com o mesmo diâmetro de Sauter: misturas 1 a 4 e mistura ldc2

As correlações da literatura (Paudel e Feng, 2013 e Oliveira et al., 2013) para estimativa

da Umf resultam no mesmo valor da Umf para o mesmo diâmetro médio de Sauter dos

componentes da mistura.Considerando a Umf e sua incerteza, para a proporção de materiais

5/95, somente as misturas 1 e 2 e a mistura ldc2 apresentaram sobreposição nos valores de

suas Umf. As misturas 3 e 4 apresentaram sobreposição na faixa de variação de suas Umf com

as misturas 1 e 2, mas não com a mistura ldc2. Esta apresentou Umf semelhante ao do leito

composto somente por areia, sendo uma possível causa a baixa quantidade de partículas. No

entanto, a quantidade de partículas das misturas 1 a 4 são menores do que o da mistura ldc2,

mas elas apresentaram Umf maiores do que a da mistura ldc2. Uma possível causa deste

resultado pode ser a presença de partículas de bambu com l/dc=4 e 8 naquelas misturas, o que

evidenciaria a influência do tamanho das partículas de bambu na Umf.

Page 97: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

97

Considerando a Umf e sua incerteza, para a proporção de materiais 10/90, as misturas 1 a

4 e a mistura ldc2 apresentaram sobreposição nos valores de suasUmf, coerente com os

resultados das citadas correlações da literatura para estimativa da Umf. Considerando somente

o valor da grandeza da Umf, o aumento da fração em massa da biomassa de 0,05 para 0,10

provocou aumento maior na Umf da mistura ldc2 do que na Umf das misturas 1 a 4. Uma

possível causa deste resultado pode ser a maior quantidade de partículas daquela mistura.

Apesar da presença das partículas com l/dc=4 e 8 nas misturas 1 a 4, estas não foram

suficientes para tornar suas Umf maiores do que a da mistura ldc2, como ocorreu para a

proporção de materiais 5/95.

Relação l/dc das partículas de bambu que compõe as misturas ldc1, ldc2 e ldc8

Conforme citado na literatura (Zhonget al.,2008), a Umf aumenta com o aumento da

relação l/dc das partículas de bambu. Considerando a Umf e sua incerteza, para a proporção de

materiais 5/95, as misturas ldc2 e ldc8 apresentaram a mesma Umf do leito composto somente

por areia. A mistura ldc1 apresentou a maior Umf desta proporção de materiais, podendo este

resultado ser atribuído a sua maior quantidade de partículas. Estes resultados divergem dos

obtidos pela citada literatura. Para proporção de materiais 10/90, as misturas ldc1, ldc2 e ldc8

apresentaram faixa de variação da Umfque se sobrepõem. considerando somente o valor da

grandeza da Umf,ocorreram alterações na posição relativa destas misturas comparadas com a

proporção de materiais 5/95. Em ordem crescente da Umf resultou no seguinte:

para a proporção de materiais 5/95: mistura ldc2, ldc8 e ldc1, com valores

próximos da Umf das misturas ldc2 e ldc8

para a proporção de materiais 10/90: mistura ldc2, ldc1 e ldc8, com

valores próximos da Umf das misturas ldc2 e ldc1.

Para a proporção de materiais 10/90, considerando somente o valor da grandeza da Umf,

a mistura ldc8, que possui partículas de bambu com a maior relação l/dc, apresentou a maior

Umf e a Umf da mistura ldc2 ficou muito próxima da Umf da mistura ldc1, reduzindo a diferença

que ocorria na Umf destas misturas para a proporção de materiais 5/95. Apesar destes

resultados não estarem de acordo com a citada literatura, observa-se que o efeito da relação

l/dc das partículas de bambu começa a se manifestar com o aumento da fração em massa da

biomassa.

Page 98: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

98

Tabela 20- Velocidades características das misturas testadas

Mistura

Velocidade característica (m/s)

Proporção de materiais 5/95

(em massa)

Proporção de materiais 10/90

(em massa)

Umf Ufi Ufc Umf Ufi Ufc

1 0,128±0,002 0,118±0,002 0,237±0,004 0,139±0,003 0,127±0,002 0,212±0,003

2 0,129±0,002 0,118±0,002 0,230±0,004 0,139±0,002 0,126±0,002 0,216±0,003

3 0,131±0,002 0,122±0,002 0,240±0,004 0,143±0,004 0,131±0,002 0,242±0,004

4 0,131±0,002 0,123±0,002 0,232±0,004 0,143±0,003 0,131±0,002 0,227±0,004

ldc1 0,137±0,004 0,133±0,002 0,216±0,004 0,145±0,004 0,136±0,002 0,210±0,004

ldc2 0,125±0,003 0,120±0,002 0,215±0,005 0,144±0,004 0,133±0,002 0,223±0,004

ldc8 0,127±0,002 0,116±0,002 0,230±0,004 0,148±0,004 0,125±0,002 0,257±0,005

Figura 42 - Misturas de bambu adicionadas à areia e suas Umfcom suas incertezas (marcador sem preenchimento corresponde a proporção de materiais 5/95 e com

preenchimento, 10/90; marcador em vermelho corresponde a 100% de areia)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0,120 0,125 0,130 0,135 0,140 0,145 0,150 0,155

Mis

tura

Umf - m/s

areia100%

ldc1

ldc2

ldc8

areia

Page 99: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

99

Figura 43 - Misturas de bambu adicionadas à areia e suas Uficom suas incertezas

(marcador sem preenchimento corresponde a proporção de materiais 5/95 e com preenchimento, 10/90).

Figura 44– Misturas de bambu adicionadas à areia e suas Ufccom suas incertezas

(marcador sem preenchimento corresponde a proporção de materiais 5/95 e com preenchimento, 10/90)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0,110 0,115 0,120 0,125 0,130 0,135 0,140

Mis

tura

Ufi - m/s

ldc1

ldc2

ldc8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0,190 0,200 0,210 0,220 0,230 0,240 0,250 0,260

Mis

tura

Ufc - m/s

ldc1

ldc2

ldc8

Page 100: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

100

Tabela 21- Percentual da variação das velocidades características (Umf, Ufi e Ufc) com o aumento do percentual de bambu de 5% para 10% na mistura

Mistura Percentual da variação da velocidade característica com o aumento do percentual de bambu de 5% para 10% na mistura

Umf (%) Ufi(%) Ufc (%)

1 108 ± 2 107 ± 2 89 ± 2

2 108 ± 2 107 ± 2 94 ± 3

3 109 ± 3 107 ± 2 101 ± 3

4 109 ± 3 106 ± 2 100 ± 2

ldc1 106 ± 3 103 ± 2 98 ± 3

ldc2 115 ± 3 110 ± 2 104 ± 3

ldc8 116 ± 3 108 ± 3 112 ± 3

Conforme valores que constam na Tabela 24 e Tabela 26, a relação Umf /n aumenta com

o aumento da relação l/dc, tanto para a proporção de materiais 5/95, como também para a

proporção de materiais 10/90.

São perceptíveis três comportamentos no aumento da Umf com o aumento da quantidade

de partículas de bambu, conforme Figura 45, que são:

1- para quantidade de partículas de bambu com percentual em massa entre 0 a 5% na mistura

com areia, onde ocorre um baixo valor da relação ΔUmf/Δn, conforme misturas 1 a 4 e

misturas ldc2 e ldc8;

2- para quantidade de partículas de bambu com percentual em massa entre5 a 10% na mistura

com areia, onde ocorre um elevado valor da relação ΔUmf/Δn, conforme misturas 1 a 4 e

misturas ldc2 e ldc8;

3- para quantidade de partículas de bambu com percentual em massa maior do que 5%,

relativa a mistura ldc1, onde ocorre umbaixo valor da relação ΔUmf/Δn.

É possível que, para as misturas 1 a 4 e misturas ldc2 e ldc8, para a quantidade de

partículas de bambu maiores do que a proporção de materiais 10/90, a relação ΔUmf/Δn

decresça, como ocorre com a mistura ldc1 para a quantidade de partículas entre a proporção

de materiais 5/95 e 10/90. Assim como, com a redução da quantidade de partículas de bambu

Page 101: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

101

da mistura ldc1, para quantidade de partículas menores do que a proporção de materiais 5/95,

ocorra um aumento da relação ΔUmf/Δn semelhante ao comportamento das misturas 1 a 4 e

misturas ldc2 e ldc8. Ressalte-se também, que não existem evidências nos testes efetuados de

que os valores da quantidade de partículas de bambu correspondentes a proporção de

materiais 5/95 e 10/90 das misturas 1 a 4 e misturas ldc1, ldc2 e ldc8 sejam os limites dos

comportamentos citados.

Figura 45 – Umf em função da quantidade de partículas de bambu (marcador sem preenchimento corresponde ao percentual de materiais 5/95 e com

preenchimento, 10/90)

No caso da adição de areia em um leito inicialmente composto somente por partículas

de bambu, a permeabilidade do leito diminui porque a porosidade do leito diminui. Isto

ocorre, quando a quantidade de partículas de areia, que são menores do que as de bambu,

ocupam os espaços vazios entre estas partículas, reduzindo a porosidade do leito e

aumentando o seu diferencial de pressão, provocando a redução da Umfdesta mistura em

comparação ao leito formado somente por partículas de bambu. Este efeito é relatado em

literatura relacionados com este assunto (Cheunget al, 1974; Paudel e Feng, 2013).

0,120

0,130

0,140

0,150

0 5.000 10.000 15.000 20.000

Um

f (m

/s)

quantidade de particulas de bambu - n

mistura 1

mistura 2

mistura 3 e 4

mistura ldc1

mistura ldc2

mistura ldc8

Umf da areia 100%

Page 102: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

102

No caso da adição de bambu em um leito inicialmente composto somente por partículas

de areia, para a fração em massa de bambu testadas, a permeabilidade do leito composto por

partículas de bambu e areia, comparada ao leito composto somente por areia, aumenta com a

adição de partículas de bambu, apesar da porosidade do leito diminuir (ver item 4.1.3). O

aumento da permeabilidade do leito de areia, com a adição de partículas de bambu, pode ser

explicado se a resistência ao escoamento de ar ao redor da partícula de bambu for

significativamente menor do que entre as partículas de areia. Analisando o coeficiente de

arraste do cilindro e o da esfera, conforme Figura 46, apesar de ser referente a cilindro e

esfera isolados, para o número de Reynolds do escoamento no regime de leito fixo, dos testes

efetuados para as misturas de bambu adicionadas à areia, que está na faixa de 1 a 4, observa-

se que o coeficiente de arraste do cilindro é menor do que o da esfera, o que coincide com a

tendência da hipótese apresentada. Em decorrência das dimensões das partículas de bambu

(diâmetro do cilindro de 2mm e comprimentos de 2, 4, 8 e 16mm) em relação as das

partículas de areia (diâmetro médio de 460 μm), para um determinado volume, a área

superficial para escoamento do ar ao redor da partícula de bambu é menor do que ao redor das

partícula de areia, o que também contribuiria para menor resistência ao escoamento ao redor

das partículas de bambu. Assim, a menor resistência ao escoamento do ar ao redor da

partícula de bambu faria com que o ar fluísse na sua direção, provocando no seu entorno, uma

diminuição da velocidade do ar entre as partículas de areia, reduzindo o diferencial de pressão

para passagem do ar neste trecho, conforme esquematizado naFigura 47. A tendência seria o

equilíbrio entre a resistência ao escoamento ao redor da partícula de bambu e entre as

partículas de areia que estão ao seu lado. Este efeito iria se repetir sucessivamente com a

passagem do ar ao redor das partículas de bambu presentes no leito e caso sua quantidade

fosse suficiente, resultaria na redução do diferencial de pressão do leito de partículas

comparativamente ao do leito composto somente por areia. Para os ensaios realizados com

misturas de bambu adicionadas à areia, foi mantida constante a massa total da mistura. Desta

forma, o efeito da redução do diferencial de pressão no leito de partículas tem como

consequência um aumento na sua Umf. O efeito da alteração no perfil de velocidades do

escoamento do ar, causada pelas partículas de bambu, entre as partículas de areia próximas ao

seu entorno, será referenciada neste trabalho resumidamente como “alteração ou perturbação

no perfil de velocidade do ar no meio areia-bambu”. Nos parágrafos seguintes está

apresentada uma análise dos resultados obtidos experimentalmente para a Umf das misturas

testadas com base na hipótese da resistência ao escoamento de ar ao redor da partícula de

bambu ser significativamente menor do que entre as partículas de areia.

Page 103: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

103

Figura 46 –Coeficiene de arraste de cilindro liso e esfera (fonte: Schlichting, H. BoundaryLayerTheory, 7a ed.)

Figura 47- Efeito da partícula de bambu na velocidade do ar entre as partículas de areia, que estão ao seu redor

A velocidade máxima atingida junto a partícula de bambu (U3) e o alcance da

perturbação causada no perfil de velocidades do ar entre as partículas de areia (representado

com L1, L2 e L3 naFigura 48), que estão nas suas proximidades, aumentam com o aumento

da relação l/dc, pois para l/dc maiores, a superfície da partícula de bambu responsável pela

alteração no perfil de velocidade do ar no seu entorno aumenta, conforme mostrado na Figura

48. Isto pode ser constatado experimentalmente considerando somente o valor da grandeza da

Umf obtidas para a mistura 6 (partículas de bambu com l/dc=2 acrescidas à areia) e a mistura 7

(partículas de bambu com l/dc =8 acrescidas à areia), cujo valor da Umf desta, foi superior ao

daquela, mesmo com a quantidade de partículas menor. Este resultado foi observado tanto

U1 U2 U3 U1 – velocidade do ar através da areia, sem

perturbação da presença da partícula de bambu.

U2 – velocidade reduzida do ar através da areia

devido a presença da partícula de bambu.

U3 – velocidade máxima do ar junto a partícula

de bambu

Partícula de bambu

esfera

cilindro liso

Page 104: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

104

para a proporção de materiais 5/95, como também para a proporção de materiais 10/90.

Comparando tambémsomente o valor da grandeza obtida para Umf da mistura 5 (partículas de

bambu com l/dc =1 acrescidas à areia), com a proporção de materiais 5/95 e a mistura 6, com

a proporção de materiais 10/90, ambas com a quantidade de partículas semelhantes, a Umf

desta (0,144 m/s) foi maior do que daquela (0,137 m/s), pois a mistura 6 possui o valor da

relação l/dc maior.

Figura 48- Efeito do comprimento da partícula de bambu na velocidade máxima junto ao seu contorno e entre as partículas de areia, que estão ao seu redor

(na figura, partícula de bambu com l/dc=8)

A uniformização do perfil de velocidade do ar após passagem pela partícula de bambu,

depende da extensão que o perfil de velocidade foi alterado. Quanto maior a perturbação

ocorrida no perfil de velocidade do ar no meio areia-bambu, maior distância da partícula de

bambu será requerida para sua uniformização. Por exemplo, a alteração do perfil de

velocidade após passagem por uma partícula de bambu com relação l/dc =1 é menor do que

para partícula com l/dc =8 (mostrado na Figura 48). Assim, a distância necessária para

uniformização do perfil de velocidade do ar entre as partículas de areia será maior neste caso,

do que naquele.

U1

U2

U3

A medida que o ar escoa pela superfície da partícula de bambu, a velocidade junto a esta (U3) aumenta (U3 na seção “1” é menor do que U3 na seção “3”).

Fluxo do ar

L1

L2

L3

Seção “1”

Seção “2”

Seção “3” O efeito da redução da velocidade do ar, através das partículas de areia, próximas a partícula de bambu, devido à presença desta, aumenta à medida que o ar escoa pela sua superfície (L3 > L2 > L1).

Partícula de bambu

Page 105: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

105

Com o aumento do percentual de bambu adicionado à areia e consequentemente da

quantidade de partículas de bambu no leito, suas partículas ficam mais próximas, aumentando

a área de influência na velocidade do ar na passagem entre as partículas de areia contiguas as

partículas de bambu. Isto foi constatado experimentalmente: as Umf das misturas de bambu

adicionadas à areia na proporção de materiais 5/95 foram menores do que as Umf com a

proporção de materiais 10/90.

A Figura 49 mostra, esquematicamente, diferentes situações do perfil de velocidade do

ar no meio bambu-areia, com o aumento gradual da quantidade de partículas de bambu, em

um leito com areia. O aumento da quantidade de partículas de bambu ocorre do caso (1) para

o caso (4). O caso (1) mostra as partículas de bambu e uma região grande, onde não ocorreu o

efeito da alteração no perfil de velocidades (U1) no meio bambu-areia. A quantidade de

partículas de bambu adicionada à areia é pequena. O caso (2) mostra partículas de bambu com

regiões pequenas, onde não ocorreu o efeito da alteração no perfil de velocidade no meio

bambu-areia. No caso (3) não há regiões com o perfil de velocidade inalterado. O caso (4)

mostra partículas de bambu mais próximas do que no caso (3) pelo acréscimo de partículas de

bambu nesta. Com base nestes casos e na quantidade de partículas de bambu adicionadas à

areia nas misturas testadas, estas foram classificadas conforme apresentado na Tabela 22.

Caso (1) – Partículas de bambu com existência de grandes regiões com perfil inalterado de velocidade (U1)

Caso (2) – Existência de pequenas regiões com perfil de velocidade inalterado (U1).

Caso (3) – Inexistência de regiões com perfis de velocidade inalterado (U1=0). Resultado do acréscimo de partícula no caso (2) → U2 caso (3) < U2 caso (2)

Velocidade do ar

Velocidade do ar

Velocidade do ar

U1 U2

U1 U2

U2

Partícula de bambu

Page 106: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

106

Figura 49 – Diferentes casos do perfil de velocidades do ar entre as partículas de areia, com o aumento da quantidade de partículas de bambu do caso (1) para o caso (4).

Tabela 22 – Classificação das misturas, quanto ao perfil de velocidade do ar escoando entre as partículas de areia, que se encontram próximas as partículas de bambu

Mistura Proporção de materiais Mistura Proporção de materiais

5/95 10/90 5/95 10/90

1 Caso (2) Caso (3) 5 Caso (3) Caso (4)

2 Caso (2) Caso (3) 6 Caso (1) ou (2) Caso (3)

3 Caso (2) Caso (3) 7 Caso (1) Caso (2)

4 Caso (2) Caso (3)

Com base na classificação das misturas indicadas na Tabela 22 e o comportamento da

relação ΔUmf/Δn(ver Tabela 23) das misturas testadas, com o aumento da fração em massa das

partículas de bambu de 0,05 para 0,10, temos:

- Mistura 7: passagem do caso (1) para o caso (2). Neste caso, ocorreu a maior variação

na relação ΔUmf/Δn do que nas demais misturas, conformeTabela 23. Isto pode ser decorrência

do efeito da redução da velocidade do ar, na passagem entre as partículas de areia, que estão

próximas das partículas de bambu, ter ocorrido em regiões em que não havia nenhuma

alteração no perfil de velocidade.

-Misturas 1 a 4 e mistura 6 (misturas com o mesmo diâmetro médio de Sauter):

passagem do caso (2) para o caso (3). A variação da relação ΔUmf/Δn foi menor do que para a

mistura 7, pois o efeito da redução da velocidade do ar pode ter ocorrido a partir de pequenas

regiões em que não havia nenhuma alteração no perfil de velocidade devido a quantidade de

partículas de bambu no leito.

Caso (4) – Resultado do acréscimo de partícula do caso (3), onde não existe região com perfil de velocidade inalterado → U2 caso (4) < U2 caso (3) Velocidade do ar

U2

Page 107: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

107

- Mistura 5: passagem do caso (3) para o caso (4). Ocorreu a menor variação na relação

ΔUmf/Δn, pois o efeito da redução da velocidade do ar deu-se em regiões em que já ocorreram

alteração no perfil de velocidade.

Tabela 23 – Relação entre a variação na Umf da mistura areia e bambu e a variação na quantidade de partículas de bambu, ocorrida com o aumento na proporção de materiais de

5/95 para 10/90

Mistura l/dc das partículas de

bambu

Variação na Umf ΔUmf (m/s)

Variação na quantidade de partículas de

bambu Δn (pçs)

ΔUmf / Δn

1 diversos 0,011 4.530 24 x 10-7

2 diversos 0,010 4.470 22 x 10-7

3 diversos 0,012 4.440 27 x 10-7

4 diversos 0,012 4.390 27 x 10-7

5 1 0,008 12.000 7 x 10-7

6 2 0,018 5.630 34 x 10-7

7 8 0,021 1.490 141 x 10-7

Para a proporção de materiais 5/95 e 10/90, os valores da Umf das misturas 1 a 4 com

relação a Umf da mistura ldc2, misturas com o mesmo diâmetro médio de Sauter das partículas

de bambu, pode ser atribuído a diminuição da quantidade de partículas com l/dc=1 da mistura

1 para a mistura 4 e o consequente aumento dos demais tamanhos de partículas naquelas

misturas. Este efeito pode ser observado nos valores descritos na Tabela 25 e Tabela 27, que

foram elaboradas com base nos valores da Umf por partícula, Umf/n, das partículas que as

compõe, sendo apresentado também os valores das Umf estimadas utilizando tais valores,

conforme Eq. (77) eTabela 26. A Umf estimada conforme esta equação supõe que o

comportamento das partículas nas misturas 1 a 4, seja a soma do comportamento individual

das partículas de bambu que as compõem. NaTabela 24 e Tabela 26estão apresentados os

valores deUmf/n para as misturas 5 a 7 (valores da Umf obtidas experimentalmente), que são

compostos por areia e partículas de bambu com l/dc=1, 2 e 8, respectivamente e o valor

estimado da Umf para areia e partículas de bambu com l/dc=6 com sua relação Umf/n.

Page 108: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

108

𝑈 =𝑈

𝑛 𝑛 ⁄ +

𝑈

𝑛 𝑛 ⁄ +

𝑈

𝑛𝑛 ⁄ +

𝑈

𝑛 𝑛 ⁄

(77)

Tabela 24–Umf por partícula das misturas 5 a 7 – proporção de materiais 5/95

Mistura Umf n Umf/n

(m/s) (peças) 5 0,137 12.000 1,14E-05

6 0,125 5.630 2,22E-05

estimado 0,126 3.192 3,95E-05

7 0,127 1.490 8,52E-05

Tabela 25 – Umf estimada das misturas 1 a 4 tendo como base a relação Umf/n das misturas 5 a 7 (Tabela 24)– proporção de materiais 5/95

l/dc Mistura 1 2 3 4 1 0,020 0,014 0,007 0,003 2 0,020 0,039 0,052 0,065 4 0,060 0,049 0,055 0,044 8 0,026 0,025 0,012 0,015

Umf, estimado (m/s) 0,126 0,127 0,126 0,127 Umf experimental

(m/s) 0,128 0,129 0,131 0,131

Umf, estimado / Umfexp 0,98 0,98 0,96 0,97

AsUmfestimadas das misturas 1 a 4, com base na relação Umf/n, sendo a Umf referente as

obtidas experimentalmente para as misturas 5 a 7 e Umf estimada da partícula de bambu com

l/dc=4 adicionada à areia, conforme eq. 4.3.1.1, para a proporção de materiais 10/90,

resultaram em valores maiores do que os obtidos experimentalmente. Isto pode ser atribuído

ao fato da hipótese de o efeito isolado das partículas não ser válida para as misturas 1 a 4 para

esta proporção de materiais, devido à proximidade das partículas destas misturas, como

consequência da quantidade de partículas presentes (~9.000 partículas), conforme casos

Page 109: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

109

ilustrados naTabela 22 e Figura 49. Isto pode causar a interferência na perturbação do perfil

de velocidade do ar, que passa ao redor das partículas de areia, causada por partículas

adjacentes de bambu e este efeito pode ser diferente dependendo da relação l/dc das partículas

de bambu.

Comparando os valores de Umf/n daTabela 24com os valores da Tabela 26, observa-se

que esta relação diminui à medida que “n” aumenta, para os valores das misturas

correspondentes, apesar do aumento da Umf da mistura (ver Figura 50). A Umf da mistura

aumenta com o aumento de “n”, mas a relação Umf /n diminui com o aumento de “n”

conforme análise e ilustrações da Tabela 22 e Figura 49. Os maiores valores da relação Umf /n

ocorrem, quando são adicionadas partículas de bambu com grandes regiões de perfis de

velocidade inalterados (passagem do caso (1) para o caso (2)), por exemplo, a mistura 7. Os

menores valores desta relação ocorrem, quando são adicionadas partículas de bambu onde não

existem regiões com perfis de velocidade inalterados (passagem do caso (3) para o caso (4)),

por exemplo, a mistura 5.

Tabela 26 – Umf por partícula das misturas 5 a 7 – proporção de materiais 10/90

Mistura Umf n Umf/n

(m/s) (peças) 5 0,145 24.000 0,60E-05 6 0,144 11.300 1,27E-05

estimado 0,146 6.384 2,29E-05 7 0,148 2.970 4,98E-05

Tabela 27 – Umf estimada das misturas 1 a 4tendo como base a relação Umf/n das misturas 5 a 7 (Tabela 26) – proporção de materiais 10/90

l/dc Mistura 1 2 3 4 1 0,022 0,014 0,007 0,003 2 0,022 0,045 0,060 0,075 4 0,069 0,056 0,063 0,051 8 0,030 0,029 0,015 0,017

Umf, estimado (m/s) 0,144 0,145 0,145 0,146 Umf experimental

(m/s) 0,139 0,139 0,143 0,143

Umf, estimado / Umfexp 1,04 1,04 1,01 1,02

Page 110: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

110

Figura 50 – Valores da relação Umf /n(Umf obtida experimentalmente) em função da

quantidade de partículas (n).

y = 103738x-0,968

R² = 0,9958

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 10.000 20.000 30.000

Um

f/n

x 10

⁻⁶

quantidade de particulas - n

mistura 5 - 5/95

mistura 5 - 10/90

mistura 6 - 5/95

mistura 6 - 10/90

mistura 7 - 5/95

mistura 7 - 10/90

Page 111: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

111

As Figura 51 e Figura 52apresentam a mistura 3, na proporção de materiais 10/90, e tem

por objetivo dar uma noção visual sobre a quantidade de bambu e de areia que compõe a

mistura.

Figura 51– 10% em massa da mistura de bambu

Figura 52 - 10% em massa da mistura de

bambu e 90% em massa de areia – mistura 3

Page 112: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

112

A forma da curva de ajuste dos pontos experimentais, no regime de leito fixo,

selecionada para cálculo da Umf das misturas, foram retas, pois estas são coerentes com o

número de Reynolds do escoamento (Rede),considerando o diâmetro equivalente (de) da

mistura de bambu adicionada à areia, apresentado na Tabela 13, como sendo a sua dimensão

característica (Rede< 20 – Kunii e Levenspiel, 1991) e por possibilitar a sua aplicação para

todos os testes efetuados. As misturas 1 a 4 e mistura ldc2, com a proporção de materiais 5/95

e misturas 1, 3 e 6, com 10/90 possibilitaram também a aproximação por equações do

segundo grau para os três testes efetuados, mas as demais misturas apresentaram coeficiente

negativo para o termo de segundo grau, em pelo menos um dos testes.

A Tabela 28 mostra o número de Reynolds do escoamento (Rede) para cada mistura de

bambu adicionada à areia.

Tabela 28 - Número de Reynolds do escoamento no regime de leito fixo para as misturas testadas

Mistura Faixa de variação de

Redeno regime de leito fixo

Mistura

Faixa de variação de Redeno regime de

leito fixo 1

5/95 10/90

1,33 a 3,16 1,82 a 3,69

ldc1 5/95 10/90

1,77 a 3,48 1,88 a 3,91

2 5/95 10/90

1,12 a 3,13 1,46 a 3,65

ldc2 5/95 10/90

1,12 a 3,21 1,67 a 3,76

3 5/95 10/90

1,30 a 3,33 1,84 a 3,69

ldc8 5/95 10/90

1,38 a 3,16 1,94 a 3,63

4 5/95 10/90

1,22 a 3,32 1,88 a 3,73

As Tabela 29,Tabela 30 e Figura 53são referentes a verificação da validade do

procedimento de se desprezar, para baixos valores do número de Reynolds do escoamento, o

termo do segundo grau, que corresponde ao termo inercial da correlação de Ergun. Este

procedimento foi semelhante ao utilizado por autores como Di Maio et al(2012), Rao e

Bheemarasetti(2001), Kunii e Levenspiel (1991). Foram considerados os testes experimentais

Page 113: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

113

que possibilitaram a aproximação por uma curva do segundo grau para o regime de leito fixo,

sendo estas equações denominadas de y1.Estas equações com o termo do segundo grau

desprezado, foram designadas comoy2 e estão apresentadas na Tabela 30. Os valores da média

aritmética da Umfobtidos com estas equações, denominadas de Umf2,estão na Tabela 29. Na

Tabela 29não constam valores da Umfpara mistura ldc8, pois o termo do segundo grau

apresentou coeficiente negativo para as proporções de mistura 5/95 e 10/90. Para a proporção

de materiais 5/95, a relação entre aUmf2 e aUmf obtida pelas curvas ajustadas aos pontos

experimentais ficou entre 1,05 a 1,16. Para as misturas 10/90, variou entre 1,04 a 1,20. Esta

variação decorre do fato de que a equação y2, obtida desprezando-se o termo do segundo

grauda equação y1, não coincide coma reta que melhor se ajusta aos pontos experimentais. A

Figura 53 mostra um exemplo com as curvas y, y1 e y2obtidas para mistura 1, teste 1 com a

proporção dos materiais de 5/95. Nesta Figura, a equação “y” refere-se a reta de melhor ajuste

aos pontos experimentais, utilizada para estimativa da Umf das misturas, que foram

consideradas no presente trabalho, conforme valores apresentados naTabela 20.

Tabela 29– Comparação dos valores da Umf obtidos considerando-se somente o termo doprimeiro grau da equação do segundo grau

Mistura Umf (m/s) - valores considerados no presente trabalho

Umf (m/s) – obtidas pela equação y2 -

Umf2

Umf2 / Umf

1 5/95

10/90

0,128

0,139

0,138

0,155

1,08

1,11

2 5/95

10/90

0,129

0,139

0,142

0,167

1,10

1,20

3 5/95

10/90

0,131

0,143

0,141

0,153

1,07

1,07

4 5/95

10/90

0,131

0,143

0,141

0,162

1,07

1,13

ldc1 5/95

10/90

0,137

0,145

0,160

0,170

1,16

1,18

ldc2 5/95

10/90

0,125

0,144

0,131

0,149

1,05

1,04

Page 114: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

114

Figura 53– Exemplo das curvas de ajuste aos pontos experimentais y – reta selecionada para determinação da Umfda mistura/ y1 – equação do segundo grau

ajustada aos pontos experimentais / y2 – reta obtida através da curva y1, desprezando o termo do segundo grau

Tabela 30 - Equações utilizadas para cálculo da Umfsem o termo do segundo grau

Mistura Teste 1 Teste 2 Teste 3

1 5/95 y2=9358,5x + 123,89 y2 = 9906x + 101,55 y2 = 10138x + 89,765

10/90 y2=8799,6x + 190,62 y2 = 7428,3x + 227,88 y2 = 9048,8x + 157,58

2 5/95 y2 = 9629,8x + 117,76 y2 = 9200,3x + 123,64 y2 = 9734,3x + 107,09

10/90 y2 = 8377,8x + 201,91 coef x2 negativo y2 = 6588,4x + 277,58

3 5/95 y2= 9668,1x + 89,272 y2 = 9357,2x + 93,281 y2 = 9980,3x + 74,728

10/90 y2= 8500,7x + 163,1 y2 = 8817,3x + 136,83 y2 = 8432,1x + 176,34

4 5/95 y2 = 9608,5x + 103,62 y2 = 10022x + 77,839 y2 = 9347,5x + 95,506

10/90 y2 = 7863,3x + 198,57 coef x2 negativo coef x2 negativo

ldc1 5/95 y2 = 8136,3x + 162,31 y2 = 8600,9x + 151,65 y2 = 7241,3x + 228,96

10/90 y2 = 7428,7x + 186,77 coef x2 negativo coef x2 negativo

ldc2 5/95 y2 = 9400,3x + 50,793 y2 = 10840x + 31,476 y2 = 11012x + 39,42

10/90 y2 = 9319,1x + 129,16 y2 = 9037,1x + 137,16 y2 = 8322,7x + 158,06

ldc8 5/95 coef x2 negativo coef x2 negativo coef x2 negativo

10/90 coef x2 negativo coef x2 negativo coef x2 negativo

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

0,000 0,050 0,100 0,150

Δp

no le

ito

-P

a

velocidade superficial - m/s

mistura 1 - teste 1

y

y1

y2

média das pressões

Umf

Umf 1

Umf 2

Page 115: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

115

A Figura 54à Figura 65mostram o regime de leito fixo e o regime de leito totalmente fluidizado, correspondentes a fluidização das misturas 1 a 4 e mistura ldc1, ldc2 e ldc8,

com o percentual de materiais de 5/95. Observa-se pela

Figura 55, Figura 57, Figura 59, Figura 61, Figura 63 e Figura 65, que correspondem ao

regime de leito fixo dos materiais denominados como misturas 1 a 4 e mistura ldc1, ldc2 e

ldc8, que o bambu se mistura homogeneamente com a areia, não ocorrendo aglomerados entre

as suas partículas. No regime de leito totalmente fluidizado observou-se que a fluidização era

borbulhante (Figura 54, Figura 56, Figura 58, Figura 60, Figura 62 e Figura 64,).

Figura 54- Regime de leito totalmente fluidizado – mistura 1

Figura 55- Regime de leito fixo - mistura 1

Page 116: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

116

Figura 56 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura 2

Figura 57 - Regime de leito fixo - mistura 2

Figura 58 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura 3

Figura 59 - Regime de leito fixo - mistura 3

Page 117: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

117

Figura 60 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura 4

Figura 61- Regime de leito fixo - mistura 4

Figura 62 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura ldc2

Figura 63 - Regime de leito fixo - mistura ldc2

Page 118: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

118

Figura 64 - Regime de leito totalmente fluidizado – mistura ldc8

Figura 65 - Regime de leito fixo - mistura ldc8

Page 119: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

119

4.3.3 Comparação da Umfdas misturas de bambu adicionadas a areia com as obtidas por

correlações da literatura

Na Figura 66e Figura 67estão apresentados os resultados experimentais e os obtidos

através das correlações da literatura da Umfdas misturas de bambu adicionadas à areia.As

misturas 1 a 4 contém partículas de bambu com l/dc=1, 2, 4 e 8 adicionadas à areia. As

misturas ldc1, ldc2 e ldc8 contém partículas de bambu com somente um tamanho adicionadas

à areia, sendo esses, respectivamente, l/dc=1, 2 e 8.

O cálculo da Umfpela correlação de Cheunget al. (1974), ficou restrito para as misturas

ldc1 e ldc2, pois esta correlação necessita da Umf dos componentes da mistura.

Experimentalmente só foram determinadas a Umf das particulas de bambu relativas as misturas

ldc1 e ldc2.

Para aproporção de materiais de 5/95 (5% de partículas de bambu adicionadas à 95% de

areia, em massa), a correlação que apresentou melhor aproximação da Umf com os valores

experimentais foi a de Paudel e Feng (2013), variando de 113% a 125% dos valores da

relação entre a Umf obtida pela correlação e a Umf experimental.

Para o percentual de materiais de 10/90, a correlação de Rao et al. (2001) foi a que

apresentou valores da Umf mais próximos dos valores experimentais, variando de 87% a 95%

dos valores da relação entre a Umf obtida pela correlação e a Umf experimental.

Especificamente para as misturas ldc1 e ldc2, casos em que foi possível a estimativa da

Umf com a correlação de Cheunget al. (1974), esta correlação apresentou os melhores

resultados. Para aproporção de materiais de 5/95, a Umf calculada pela correlação ficou 10%

inferior para a mistura ldc1 e coincidiu com a Umf experimental para a mistura ldc2. Para a

proporção de materiais de 10/90 (10% de partículas de bambu adicionadas à 90% de areia, em

massa), a Umf calculada pela correlação das misturas ldc1 e ldc2 ficou 12% inferior do que o

valores experimentais.

As correlações citadas nos parágrafos anteriores, que apresentaram os melhores

resultados comparados aos experimentais, correspondem a diferentes métodos de estimativas

para Umf da mistura. A correlação de Paudelet al. (2013) e a de Rao et al. (2001), apesar de

apresentarem a mesma forma geral da correlação, 𝐴𝑅𝑒 + 𝐵𝑅𝑒 = 𝐴𝑟, diferem na forma

como consideram os parâmetros envolvidos, conforme descrito a seguir. A correlação de

Cheung et al. (1974), considera a Umf dos componentes da mistura e a sua fração em massa.

Page 120: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

120

- A correlação de Paudelet al. (2013) considera a fração em massa dos dois

componentes da mistura no cálculo do diâmetro equivalente e na expressão geral para

determinação da Umf da mistura. Considera o termo inercial e viscoso para determinação da

Umf da mistura.

- Na correlação de Rao et al. (2001), a fração em massa dos dois componentes da

mistura é considerada somente no cálculo do diâmetro equivalente. Considera somente o

termo viscoso para determinação da Umf da mistura.

A correlação apresentada por Zhonget al. (2008) apresentou valores acima de 0,3 m/s

para as misturas testadas, nas duas proporções de materiais (5/95 e 10/90).

Figura 66 – Umf para 5% de misturas de bambu acrescidas à 95% de areia (percentuais em massa) obtidas experimentalmente e calculadas através de correlações da literatura

0,000

0,050

0,100

0,150

0,200

0,250

0,300

0,350

0 1 2 3 4 5 6 7

Um

f -

m/s

Mistura

mistura de bambu 5% + areia 95%

experimental

Paudel et al. (2013)

Rao et al. (2001)

Si e Guo (2008)

Bilbao et al. (1987)

Oliveira et al. (2013)

Cheung et al. (1974)

ldc1 ldc2 ldc8

Page 121: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

121

Figura 67 – Umf para 10% de misturas de bambu acrescidas à 90% de areia (percentuais em massa) obtidas experimentalmente e calculadas através de correlações da literatura

0,000

0,050

0,100

0,150

0,200

0,250

0,300

0,350

0 1 2 3 4 5 6 7

Um

f -

m/s

Mistura

mistura de bambu 10% + areia 90%

experimental

Paudel et al. (2013)

Rao et al. (2001)

Si e Guo (2008)

Bilbao et al. (1987)

Oliveira et al. (2013)

Cheung et al. (1974)

ldc1 ldc2 ldc8

Page 122: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

122

5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES

Foram testadas sete misturas, sendo quatro compostas por areia e partículas de bambu

com l/dc=1, 2, 4 e 8, denominadas de misturas 1 a 4 e três misturas compostas por areia e

bambu com somente um comprimento (com l/dc=1, 2 e 8), denominadas de mistura ldc1, ldc2

e ldc8, respectivamente. Em percentual em massa, as misturas 1 a 4 possuíam a composição

de partículas de bambu listadas a seguir, conforme a ordem l/dc=1/l/dc=2/ l/dc=4/ l/dc=8:

mistura 1 - 15/ 15/ 49,5/ 20,5; mistura 2 – 10/ 30/ 40,24/ 19,76; mistura 3 – 5/ 40/ 45,24/

9,76; mistura 4 – 2/ 50/ 36,2/ 11,8. As misturas 1 a 4 e a mistura ldc2 possuíam o mesmo

diâmetro médio de Sauter.

A Umf e a Ufi das misturas 1 a 4, que contém partículas de bambu com l/dc=1, 2, 4 e 8

adicionadas à areia e as misturas ldc1, ldc2 e ldc8, com somente um tamanho de partículas de

bambu adicionadas à areia (respectivamente, l/dc =1, 2 e 8), aumentaram com o aumento do

percentual de bambu de 5% para 10% adicionadas à areia, em massa. Com relação a Ufc, este

aumento do percentual de bambu provocou seu aumento para as misturas 3, ldc2 e ldc8 e sua

diminuição para as demais misturas. Considerando somente o valor da grandeza daUmf, para a

proporção de materiais 5/95 (5% de partículas de bambu adicionadas à 95% de areia, em

massa), as misturas testadas apresentaram 91% de variação (relação entre o menor e o maior

valor da Umf). Para a proporção de materiais 10/90 (10% de partículas de bambu adicionadas à

90% de areia, em massa), esta variação foi de 94%. De forma geral, esta ordem de grandeza

de variação da Umf não é significativa para aplicações práticas de engenharia, podendo se

considerar que para as misturas estudadas com a proporção de materiais 5/95 e para as

misturas com a proporção de materiais 10/90, a Umf independe da distribuição granulométrica

e do tamanho de partículas.No entanto, a seguir estão apresentadas as conclusões efetuando

uma análise dos detalhes dos resultados obtidos experimentalmente, onde se constata uma

dependência da Umf com parâmetros como quantidade e variação das partículas de bambu, sua

distribuição granulométrica,tamanho das partículas.

5.1 Quantidade de partículas de bambu

A mistura ldc1, para a proporção de materiais 5/95, apresenta um comportamento

diferente das demais misturas com esta proporção de materiais. Considerando a Umfe sua

incerteza, esta mistura foi a que apresentou a maior Umf, apesar de ser composta pelas

menores partículas de bambu (l/dc =1). Este resultado pode ser decorrente dela possuir a

Page 123: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

123

maior quantidade de partículas de bambu de todas as misturas com esta proporção de

materiais.

Considerando a Umf e sua incerteza, a mistura ldc1, com proporção de materiais 5/95,

apresentou Umfcom a faixa de variação que se sobrepõe a Umf das misturas 1 a 4 e da mistura

ldc2, com proporção de materiais 10/90. Isto pode ser atribuído a mesma ordem de grandeza

da quantidade de partículas de bambu presentes no leito para as citadas misturas, apesar da

diferença na fração em massa de bambu nas misturas comparadas.

5.2 Distribuição granulométrica das partículas de bambu que compõe as misturas 1 a 4

Para a proporção de materiais 5/95 e 10/90, as faixas de variação dos valores das Umf

com suas incertezas referente as misturas 1 a 4, que são compostas por misturas de bambu

com diferentes tamanhos de partículas adicionadas à areia, mas com o mesmo diâmetro médio

de Sauter (dsv), se sobrepõem. Apesar destas misturas possuírem distribuição granulométrica

diferentes, a Umf não apresentou grandes diferenças para cada uma das proporções de

materiais. No entanto, considerando somente o valor da grandeza, aUmf destas misturas

apresentou a mesma configuração qualitativa: a Umf da mistura 1 e 2 resultou em valores

praticamente iguais e a Umf das misturas 3 e 4 iguais e maiores do que a Umf daquelas

misturas. Isto demonstra uma influência da distribuição granulométrica destas misturas, pois

caso contrário, os valores da grandeza das suas Umf seriam aleatórios, não apresentando

qualquer tendência.

5.3 Misturas com o mesmo diâmetro de Sauter: misturas 1 a 4 e mistura ldc2

Considerando a Umf e sua incerteza, para a proporção de materiais 5/95, somente as

misturas 1 e 2 e a mistura ldc2 apresentaram sobreposição nos valores de suas Umf. As

misturas 3 e 4 apresentaram sobreposição na faixa de variação de suas Umf com as misturas 1

e 2, mas não com a mistura ldc2. Esta apresentou Umf semelhante ao do leito composto

somente por areia, sendo uma possível causa a baixa quantidade de partículas. No entanto, a

quantidade de partículas das misturas 1 a 4 são menores do que o da mistura ldc2, mas elas

apresentaram Umf maiores do que a da mistura ldc2. Uma possível causa deste resultado pode

ser a presença de partículas de bambu com l/dc=4 e 8 naquelas misturas, o que evidenciaria a

influência do tamanho das partículas de bambu na Umf.

Considerando a Umf e sua incerteza, para a proporção de materiais 10/90, as misturas 1 a

4 e a mistura ldc2 apresentaram sobreposição nos valores de suasUmf. Considerando somente

o valor da grandeza da Umf, o aumento da fração em massa da biomassa de 0,05 para 0,10

provocou aumento maior na Umf da mistura ldc2 do que na Umf das misturas 1 a 4. Uma

Page 124: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

124

possível causa deste resultado pode ser a maior quantidade de partículas daquela mistura.

Apesar da presença das partículas com l/dc=4 e 8 nas misturas 1 a 4, estas não foram

suficientes para tornar suas Umf maiores do que a da mistura ldc2, como ocorreu para a

proporção de materiais 5/95.

5.4 Relação l/dc das partículas de bambu que compõe as misturas ldc1, ldc2 e ldc8

Considerando a Umf e sua incerteza, para a proporção de materiais 5/95, as misturas ldc2

e ldc8 apresentaram a mesma Umf do leito composto somente por areia. A mistura ldc1

apresentou a maior Umf desta proporção de materiais, podendo este resultado ser atribuído a

sua maior quantidade de partículas.Para proporção de materiais 10/90, as misturas ldc1, ldc2 e

ldc8 apresentaram faixa de variação da Umfque se sobrepõem. Para esta proporção de

materiais, considerando somente o valor da grandeza da Umf, a mistura ldc8, que possui

partículas de bambu com a maior relação l/dc, apresentou a maior Umf e a Umf da mistura ldc2

ficou muito próxima da Umf da mistura ldc1, reduzindo a diferença que ocorria na Umf destas

misturas para a proporção de materiais 5/95.Observa-se que o efeito da relação l/dc das

partículas de bambu começa a se manifestar com o aumento da fração em massa da biomassa.

5.5 Comportamento da Umf com a variação da quantidade de partículas de bambu

São perceptíveis três comportamentos no aumento da Umf da mistura de partículas de

bambu adicionadas à areia, com o aumento da quantidade de partículas de bambu (n):

- para quantidade de partículas de bambu equivalente a fração em massa de 0 a 0,05 de

bambu, referente as misturas 1 a 4 e misturas ldc2 e ldc8: baixo valor da relação

ΔUmf/Δn(0,02x10-5 a 0,16x10-5 m/s por partícula);

-para quantidade de partículas de bambu equivalente a fração em massa de 0,05 a 0,1 de

bambu, referente as misturas 1 a 4 e misturas ldc2 e ldc8: alto valor da relação

ΔUmf/Δn(0,22x10-5 a 1,4x10-5 m/s por partícula);

- para quantidade de partículas de bambu maiores do que o equivalente a fração em massa de

0,05 de bambu, referente a mistura ldc1: baixo valor da relação ΔUmf/Δn(0,07x10-5 m/s por

partícula).

É possível que, para as misturas 1 a 4 e misturas ldc2 e ldc8, para a quantidade de

partículas de bambu maiores do que a proporção de materiais 10/90, a relação ΔUmf /Δn

decresça, como ocorre com a mistura ldc1, para a quantidade de partículas entre a proporção

de materiais 5/95 e 10/90. Assim como, com a redução da quantidade de partículas de bambu

da mistura ldc1, para quantidade de partículas menores do que a proporção de materiais 5/95,

ocorra um aumento da relação ΔUmf /Δn semelhante ao comportamento das misturas 1 a 4 e

misturas ldc2 e ldc8. Ressalte-se também, que não existem evidências nos testes efetuados de

Page 125: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

125

que os valores da quantidade de partículas de bambu correspondentes a proporção de

materiais 5/95 e 10/90 das misturas 1 a 4 e misturas ldc1, ldc2 e ldc8 sejam os limites dos

comportamentos citados.

5.6 Comportamento da relação Umf /n com a relação l/dc das partículas de bambu

Conforme resultados experimentais, a relação Umf /n aumenta com o aumento da relação

l/dc, tanto para a proporção de materiais 5/95, como também para a proporção de materiais

10/90.

Como sugestões para trabalhos futuros, apresentamos os seguintes tópicos:

- Estender a análise para outras frações em massa das misturas de bambu adicionadas à

areia;

- Estender a análise para partículas cilíndricas de bambu com outras dimensões;

- Executar um estudo de modelagem computacional para analisar a resistência ao

escoamento do ar entre as partículas de bambu e de areia.

Page 126: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

126

Referências ABDULLAH, M. Z.; HUSAIN, Z.; YIN PONG, S. L. Analysis of cold flow fluidization test results for various biomass fuels. Biomass and Bioenergy, v. 24, p. 487-494, 2003. BACKREEDY, R. I.; FLETCHER, L. M.; JONES, J.M.; MA, L.; POURKASHANIAN, M.; WILLIAMS, A. Co-firing pulverised coal and biomass: a modeling approach.Proceedings of the Combustion Institute, V. 30, p. 2955–2964, 2005 BILBAO, R.; LEZAUN, J.; ABANADES, J. C. Fluidization Velocities of Sand/Straw Binary Mixtures.Powder Technology, v. 52, 1987. BONEFACIC, I.;FRANKOVIC, B.;KAZAGIC, A. Cylindrical particle modelling in pulverized coal and biomass co-firingprocess.Applied Thermal Engineering, v. 78, p. 74-81, 2015. BRITISH STANDARD - BS 2955-1993 – Glossary of terms relating with particle technology, 1996 CAI, J;LI, Q.;YUANB, Z.Orientation of cylindrical particles in gas–solid circulating fluidized bed.Particuology, v. 10, p. 89-96, 2012. CHEN, L.; KEAIRNS, D. Particle segregation in a fluidized bed. Chemical Engineering Research. v. 53, p. 395–400, 1975. CHEUNG L.; NIENOW A. W.; ROWE, P.N. Minimum fluidization velocity of a binary mixture of different sized particles.Chemical Engineering Science, Vol. 29, p. 1301-1303, 1974. CHIBA, S.; CHIBA, A. T.; NIENOW, W.; KOBAYASHI, H. The minimum fluidization velocity,bed expansion and pressure-drop profile of binary particle mixtures. Powder Technology, vol. 22, p. 255-269, 1979. CHOK, V. S.; GORIN, A.; CHUA, H. B.,Minimum and complete fluidization velocity for sand-palm shell mixtures,Part 1: Fluidization behavior and characteristic velocities. American Journal of Applied Sciences, vol. 7, p. 763-772, 2010. CHYANG, C.; KUO, C.; CHEN, M. Minimum Fluidization Velocity of Binary Mixtures.The Canadian Journal of Chemical Engineering, v. 67, p.344-347, 1989.

Page 127: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

127

COLTTERS, R.; RIVAS, A. L. Minimum fluidization velocity correlations in particulate systems.Powder Technology, v. 147, p. 34– 48, 2004. CUI, H.; GRACE, J. R. Fluidization of biomass particles: a review of experimental multiphase flow aspects.Chemical Engineering Science, vol. 62, p. 45–55, 2007. DI MAIO, F. P.; DI RENZO, A.; VIVACQUA, V. A Particle Segregation Model for Gas-Fluidization of Binary Mixtures.Powder Technology, v. 226, p. 180-188, 2012. DRIEMEIER, C. P.; OLIVEIRA, M. M.; MENDES, F. M.; GÓMES, E. O. Characterization of sugarcane bagasse powders.Powder Technology, v. 214, p. 111-116, 2011. EL-SAYED, S. A.; MOSTAFA, M. E. Analysis of Grain Size Statistic and Particle Size Distribution of Biomass Powders.Waste Biomass Valor, v. 5, p. 1005-1018, 2014. ERGUN, S. Fluid flow through packed columns.Chem. Eng. Progr., v. 48, p. 89, 1952. FORMISANI, B.; DE CRISTOFARO, G.; GIRIMONTE, R. A fundamental approach to the phenomenology of fluidization of size segregating binary mixtures of solids.Chemical Engineering Science, v. 56, p. 109-119, 2001. FORMISANI, B.; Girimonte, R.; LONGO, T. The fluidization process of binary mixtures of solids: Development of the approach based on the fluidization velocity interval.Powder Technology, v. 185, p. 97-108, 2008. FOTOVAT, F.; ANSART, R.; HEMATI, M; SIMONIN, O. Sand-assisted fluidization of large cylindrical and spherical biomass particles: Experiments and simulation.Chemical Engineering Science, v. 126, p. 543-559, 2015. GABITTO, J.; TSOURIS, C. Drag coefficient and settling velocity for particles of cylindrical shape.Powder Technology, v. 183, p. 312-322, 2008. GELDART, D. Gas fluidization technology. John Wiley & Sons, Great Britain, 1986. GIBILARO, L. G. Fluidization Dynamics.Oxford: Butterworth-Heinemann, 2001,1st ed., cap. 1, p. 1.

Page 128: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

128

GIBILARO, L.; ROWE, P. A model for a segregating gas fluidized bed.Chemical Engineering Journal, v. 29, p. 1403-1412, 1974. GUPTA, C.K.; SATHIYAMOORTHYD. Fluid Bed Technology inMaterials Processing. Florida: CRC Press LLC, 1999,1st ed., cap. 1, p. 1. HAIDER, A; LEVENSPIEL, O. Drag coefficient and terminalvelocity of spherical and non-spherical particles. Powder Technology, v. 58, p. 63–70, 1989. KUNII, D.; LEVENSPIEL, O. Fluidization Engineering. New York: John Wiley, 1991, 2nd ed., cap. 3, p. 67, 68, 69. LENÇO, P. C. Caracterização do bagaço-de-cana para geração de energia. Dissertação de mestrado – Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010. LI, Z.; KOBAYASHI, N.; NISHIMURA, A.; HASATANI, M. A Method to Predict the Minimum Fluidization Velocity of Binary Mixtures Based on Particle Packing Properties.Chemical Engineering Comm., v. 192, p. 918-932, 2005. LIU, B.; ZHANG, X.; WANG, L.; HONG, H. Fluidization of non-spherical particles: Sphericity, Zingg factorand other fluidization parameters.Particuology, v. 6, p. 125-129, 2008. LOURENÇO, J. B.; TANNOUS, K. Análise da influência de parâmetros na fluidodinâmica de biomassas. XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA QUÍMICA (COBEQ2012), 2012, Búzios, RJ. MACDONALD, I.F.; El-Sayed, M. S.; MOW, K.; Dullien, F. A. L. FlowthroughPorousMedia-theErgunEquationRevisited. Ind. Eng. Chem. Fundam., vol. 18, No. 3, 1979. NIKKU, M.; JALALI, P.; RITVANEN, J.; HYPPÄNEN, T. Characterization method of average gas–solid drag for regular and irregular particle groups.Powder Technology, vol. 253, p. 284-294, 2014. NODA, K.; Uchida, S.; Makino, T.; Kamo, H. Minimum Fluidization Velocity of Binary Mixture of Particles with Large Size Ratio.Powder Technology, v. 46, p. 149-154, 1986.

Page 129: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

129

OKA, S. N. Fluidized Bed Combustion. New York: Marcel Dekker Inc, 2004, 1st ed, cap. 1, p. 14; cap. 2, p. 39, 40; cap 3, p. 147-210. OLIVEIRA, T.J.P.; CARDOSO, C.R; ATAÍDE, C.H. Bubbling fluidization of biomass and sand binary mixtures: minimumfluidization velocity and particle segregation. Chemical Engineering and Processing, Vol. 72, p. 113-121, 2013. PANIGRAHY, M.R.; MURTY, J.S. A generalized spherical multi-particle model for particulate systems: fixed and fluidized beds.Chemical Engineering Science, Vol. 46, No. 7, p. 1863-1868, 1991. PAUDEL, B.; FENG, Z. G., Prediction of Minimum Fluidization Velocity for Binary Mixtures of Biomass and Inert Particles.Powder Technology, v. 237, p.134–140, 2013. PEÇANHA, R.; MASSARANI, G., Dimensão característica e forma de partículas. XIV ENCONTRO SOBRE ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS, p.302–312, 1986. QI, D. Simulationsoffluidizationofcylindricalmultiparticles in a three-dimensional space. International Journal of Multiphase Flow, vol. 27, p. 107–118, 2001. RAO, T. R.; BHEEMARASETTI, J. V. R. Minimum Fluidization Velocities of Mixtures of Biomass and Sands. Energy, v. 26, p.633-644, 2001. RASUL, M. G.; RUDOLPH, V.; CARSKY, M. Physical properties of bagasse. Fuel, v. 78, p. 905-910, 1999. REINA, J.; VELO, E.; PUIGJANER, L. Predicting the Minimum Fluidization Velocity of Polydisperse Mixtures of Scrap-Wood Particles.Powder Technology, v. 111, p. 245–251, 2000. RILEY, N. Projection Sphericity, Journal of Sedimentary Petrology, v. 11, p. 94–97, 1941. ROSENDAHL, L. A.; YIN, C.; KAER, S. K.; FRIBORG, K.; OVERGAARD, P. Physical characterization of biomass fuels prepared for suspension firing in utility boilers for CFD modelling.Biomass and Bioenergy, v. 31, p. 318–325, 2007. SCHLICHTING, H. Boundary Layer Theory, 7th ed., McGraw-Hill, New York, 1979.

Page 130: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

130

SI, C.; GUO, Q. Fluidization Characteristics of Binary Mixtures of Biomass and Quartz Sand in an Acoustic Fluidized Bed.Ind. Eng. Chem. Res., v. 47, p. 9773–9782, 2008. THE AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINEERS - ASME MFC 14M 2003 – Measurement of fluid flow using small bore precision orifice meters, New York, 2003. VOLMARI, K.; JACEVICIUS, R.; KRUGGEL-EMDEN, H.Experimental and numerical study of fluidization and pressure drop ofspherical and non-spherical particles in a model scale fluidized bed.Powder Technology, v. 291, p. 506–521, 2016. WADELL, H. Volume, shape and roundness of rock particles, Journal of Geology, v. 40, p. 443–451, 1932. WADELL, H. Sphericity and roundness of rock particles, Journal of Geology, v. 41, p. 310–331, 1933. WESTMAN, A. E. R. J. Am. Ceram. Soc., v. 19, p. 127–129, 1936. YANG, W. C. Handbook of Fluidization and Fluid Particle Systems. New York, NY. Marcel Dekker Inc., 2003, cap.3, item 4. YIN, C.; ROSENDAHL, L.; KAER, S. K., CONDRA, T. J. Use of numerical modeling in design for co-firing biomass in wall-fired burners, Chemical Engineering Science, v. 59, p. 3281–3292, 2004.

ZHONG, W.; JIN, B.; ZHANG, Y; WANG, X; XIAO, R.Fluidization of biomass particles in a gas-solid fluidized bed.Energy &Fuels, v. 22, p. 4170–4176, 2008.

Page 131: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

131

APÊNDICE A- RESULTADOS DOS TESTES

FLUIDODINÂMICOS

Neste apêndice são apresentadas as figuras correspondentes às curvas fluidodinâmicas

obtidas nos ensaios 1, 2 e 3 para cada material ensaiado. Leitos compostos por:

- 2 ensaios com areia,material passante na peneira Tyler mesh 32 (abertura 0,50 mm) e

retida na peneira Tyler mesh 35 (abertura 0,42 mm);

- ensaios com bambu com relação l/dc=1, 2 e 4;

- 7 ensaios com 5% de misturas de bambu adicionadas a 95% de areia e 7 ensaios com

10% de mistura de bambu adicionadas a 90% de areia, percentuais citados em massa.

Também estão apresentadas as curvas do diferencial de pressão na placa porosa em

função da velocidade superficial.

Tabela 31 -Identificação das cores e descrição das características apresentadas nas curvas fluidodinâmicas

Pressão do material: massa do material dividida pela seção transversal do leito (linha horizontal)

Valor da média aritmética dos valores experimentais do diferencial de pressão no leito, correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado (linha horizontal)

Valor da média aritmética dos valores experimentais do diferencial de pressão no leito, correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado, acrescido do desvio padrão multiplicado por 1,96, o que corresponde ao intervalo de confiança de 95% (linha horizontal)

Valor da média aritmética dos valores experimentais do diferencial de pressão no leito, correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado, subtraído do desvio padrão multiplicado por 1,96, o que corresponde ao intervalo de confiança de 95% (linha horizontal)

Umf– velocidade de mínima fluidização: corresponde a interseção da curva ajustada relativa ao regime de leito fixo extrapolada com a reta horizontal formada pelo valor médio da pressão no regime de leito totalmente fluidizado. É um valor teórico, ou seja, não possui característica especifica perceptível visualmente no teste. Lourenço e Tannous (2012) denominaram esta velocidade de “velocidade de fluidização aparente” (linha vertical).

Ufi - velocidade de fluidização iminente: o leito está na iminência de que

Page 132: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

132

ocorra movimento relativo entre as suas partículas. Graficamente corresponde ao maior valor da velocidade, onde ocorre a mudança da inclinação da curva ajustada correspondente ao regime de leito fixo para a curva correspondente a região de transição (linha vertical)

Ufc– velocidade de fluidização completa: considerando a velocidade superficial crescente, corresponde a velocidade, cujo diferencial de pressão no leito é igual ao valor da média aritmética do diferencial de pressão no leito, correspondente ao regime de leito totalmente fluidizado

Curva ajustada aos pontos experimentais, correspondente ao regime de leito fixo (linha inclinada), representada pela no gráfico.

Curva ajustada aos pontos experimentais, acrescidos da sua incerteza, no regime de leito fixo (linha inclinada).

Curva ajustada aos pontos experimentais, subtraídos da sua incerteza, no regime de leito fixo (linha inclinada).

Page 133: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

133

A.1 Testes com o leito composto por apenas areia

Teste 1 – 11/10/2016

Teste 2 – 11/10/2016

y = 10298x + 91,851R² = 0,9996

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 10816x + 81,792R² = 0,9998

y = 10720x + 61,622R² = 0,9994

y = 10911x + 102,51R² = 0,9999

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 134: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

134

Teste 3 – 11/10/2016

Curva da placa porosa – 11/10/2016 – diâmetro do orifício da placa: 5,04 mm

y = 11114x + 76,85R² = 0,9998

y = 10975x + 58,468R² = 0,9994

y = 11253x + 95,874R² = 0,9999

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1081,6x2 + 679,75x + 26,271R² = 1

0

50

100

150

200

250

300

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300

Δp n

a pl

aca

poro

sa (

Pa)

velocidade (m/s)

Page 135: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

135

Teste 1 – 19/10/2016

Teste 2 – 19/10/2016

y = 10889x + 124,04R² = 0,9999

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 10735x + 118,41R² = 0,9999

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 136: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

136

Teste 3 – 19/10/2016

Curva da placa porosa 19/10/2016 – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

A.2 Testes com o leito composto por bambu

A.2.1 Bambucom l/dc=1

y = 10854x + 129,59R² = 0,9998

y = 11237x + 53,8R² = 0,9991

y = 10490x + 200,95R² = 0,9998

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1091,6x2 + 721,66x + 27,064R² = 1

0

100

200

300

400

500

600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

na p

laca

por

osa

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 137: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

137

Teste 1

Teste 2

y = 524,4x2 + 464,55x - 28,863R² = 0,9993

0

100

200

300

400

500

600

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400

Δp n

o le

ito (P

a)

velocidade (m/s)

y = 345,07x2 + 603,62x - 56,829R² = 0,9995

0

100

200

300

400

500

600

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400

Δp n

o le

ito (P

a)

velocidade (m/s)

Page 138: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

138

Teste 3

Curva da placa porosa para os testes 1, 2 e 3 – diâmetro do orifício da placa: 14,790 mm

y = 476,22x2 + 498,28x - 28,267R² = 0,9991

0

100

200

300

400

500

600

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400

Δp n

o le

ito (P

a)

velocidade (m/s)

y = 1080x2 + 678,31x + 93,91R² = 0,9999

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60

Δp

na p

laca

por

osa

(Pa)

velocidade superficial (m/s)

Page 139: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

139

A.2.2. Bambu com l/dc=2

Teste 1

Teste 2

y = 231,3x2 + 487,91x - 63,736R² = 0,9994

0

100

200

300

400

500

600

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 387,97x2 + 333,68x - 26,372R² = 0,9992

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 140: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

140

Teste 3

Curva da placa porosa– diâmetro do orifício da placa: 14,790 mm

y = 317,03x2 + 424,91x - 46,557R² = 0,999

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1069,7x2 + 684,24x + 93,605R² = 0,9999

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60

Δp

na p

laca

por

osa

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 141: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

141

A.2.3. Bambu com l/dc=4

Teste 1

Teste 2

y = 120,28x2 + 304,88x - 50,63R² = 0,9994

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 9,9868x2 + 446,69x - 82,261R² = 0,995

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 142: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

142

Teste 3

Curva da placa porosa– diâmetro do orifício da placa: 14,790 mm

y = 228,08x2 + 238,96x - 34,707R² = 0,9993

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1051,9x2 + 692,08x + 91,72R² = 0,9999

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600

Δp

na p

laca

por

osa

(Pa)

velocidade (m/s)

teste 1

Polinomial(teste 1)

Page 143: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

143

A.3 Testes com o leito composto por 5% de mistura de bambu adicionada a 95% de

areia, em massa

A.3.1 Mistura 1

Teste 1

Teste 2

y = 11039x + 57,716R² = 0,9996

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 10862x + 63,009R² = 0,9998

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 144: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

144

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

A.3.2 Mistura 2

y = 10795x + 62,505R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1074,7x2 + 692,94x + 27,414R² = 1

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000 0,4500

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 145: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

145

Teste 1

Teste 2

y = 10785x + 73,181R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 10841x + 63,034R² = 0,9996

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 146: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

146

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 10759x + 68,104R² = 0,9998

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1088,5x2 + 719,68x + 26,822R² = 1

0

100

200

300

400

500

600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 147: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

147

A.3.3 Mistura 3

Teste 1

Teste 2

y = 10776x + 44,441R² = 0,9998

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 10600x + 44,206R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 148: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

148

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 10550x + 51,501R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1080,2x2 + 700,94x + 27,495R² = 1

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000 0,4500

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 149: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

149

A.3.4 Mistura 4

Teste 1

Teste 2

y = 10728x + 59,204R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 10564x + 55,574R² = 0,9998

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 150: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

150

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 10600x + 45,347R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1106,5x2 + 716,73x + 27,466R² = 1

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000 0,4500

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 151: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

151

A.3.5 Mistura 5

Teste 1

Teste 2

y = 9998,2x + 72,488R² = 0,9984

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 10028x + 83,382R² = 0,9987

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 152: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

152

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 9876x + 98,424R² = 0,9975

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 607,82x2 + 1206x - 21,971R² = 0,9936

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

0,0000 0,1000 0,2000 0,3000 0,4000 0,5000

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 153: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

153

A.3.6 Mistura 6

Teste 1

Teste 2

y = 11584x + 8,3947R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 11439x + 7,698R² = 0,9996

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 154: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

154

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 5,040 mm

y = 11174x + 33,136R² = 0,9998

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1100,9x2 + 680,8x + 25,931R² = 1

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 155: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

155

A.3.7 Mistura 7

Teste 1

Teste 2

y = 10778x + 109,74R² = 0,9999

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 10547x + 122,37R² = 0,9998

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 156: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

156

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 10439x + 114,6R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1077,7x2 + 699,79x + 27,309R² = 1

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000 0,4500

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 157: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

157

A.4 Testes com o leito composto por 10% de mistura de bambu adicionada a 90% de

areia, em massa

A.4.1 Mistura 1

Teste 1

Teste 2

y = 9838,7x + 143,07R² = 0,9996

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

teste 1

pressão domaterialmédia daspressõesmédia daspressões (+)média daspressões (-)Umf

y = 9556,6x + 125,6R² = 0,9991

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 158: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

158

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 9451,2x + 138,7R² = 0,9998

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350

Δp n

o le

ito (P

a)

velocidade (m/s)

y = 161,13x2 + 1450,1x - 91,419R² = 0,9986

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000 0,4500

Δp n

a pl

aca

poro

sa(P

a)

velocidade (m/s)

Page 159: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

159

A.4.2 Mistura 2

Teste 1

Teste 2

y = 9634,1x + 142,42R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 9833,5x + 134,01R² = 0,9993

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 160: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

160

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 9490,7x + 138,23R² = 0,9992

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1526,2x - 96,859R² = 0,9986

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

450,00

500,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 161: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

161

A.4.3 Mistura 3

Teste 1

Teste 2

y = 9583,6x + 110,77R² = 0,9996

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

teste 1

pressão domaterialretahorizontalmédia daspressões (+)média daspressões (-)Umf

Ufc

y = 9223,9x + 117,55R² = 0,9997

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp n

o le

ito (P

a)

velocidade (m/s)

Page 162: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

162

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 9650,9x + 118,81R² = 0,9993

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1484x - 79,829R² = 0,9983

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

450,00

500,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 163: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

163

A.4.4 Mistura 4

Teste 1

Teste 2

y = 9587,5x + 114,74R² = 0,9994

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 9231,2x + 132,17R² = 0,9995

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 164: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

164

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 9156,1x + 153,8R² = 0,9983

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δpno

leito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1505,1x - 86,54R² = 0,9991

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

450,00

500,00

0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 165: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

165

A.4.5 Mistura 5

Teste 1

Teste 2

y = 9439,4x + 85,831R² = 0,9978

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 9151,5x + 111,93R² = 0,9957

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 166: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

166

Teste 3

NOTA: utilizada a mesma Curva da placa porosa do item A.3.5

y = 9627x + 70,298R² = 0,9967

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 167: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

167

A.4.6 Mistura 6

Teste 1

Teste 2

y = 9491x + 121,31R² = 0,9998

y = -80309x2 - 167055x + 402,57R² = 10

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 9375,3x + 121,24R² = 0,9999

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 168: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

168

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 9251,3x + 114,86R² = 0,9996

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 53,329x2 + 1488x - 83,028R² = 0,9989

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 169: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

169

A.4.7 Mistura 7

Teste 1

Teste 2

y = 8776,1x + 170,25R² = 0,9995

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 8610,8x + 197,86R² = 0,9995

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

Page 170: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

170

Teste 3

Curva da placa porosa – diâmetro do orifício da placa: 6,385 mm

y = 8829,2x + 199,5R² = 0,9992

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp

no le

ito

(Pa)

velocidade (m/s)

y = 1513,9x - 86,346R² = 0,9987

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

Δp n

a pl

aca

poro

sa (P

a)

velocidade (m/s)

Page 171: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

171

APÊNDICE B –CÁLCULO E PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS

B.1 Dados do local dos testes

- Aceleração da gravidade: 9,7855 m/s2

- Campinas: latitude: 22 graus e 54 min

- Altitude: 685 m

B.2 Incerteza dos instrumentos utilizados

- Balança digital, marca Shimadzu, modelo BL3200H, precisão de ±0,05 g

- Balança digital utilizada nos testes com picnômetro: ±0,0005 g

- Transdutor de pressão: 0,1% do spam (conforme manual Smar)

- Paquímetro: ± 0,03 mm

B.3 Pressão do material:

𝑝 = 𝑚.4. 𝑔

𝜋. 𝐷

B.3.1. Incerteza da pressão do material

𝑤 =𝜕𝑝

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝑝

𝜕𝐷. 𝑤

,

B.3.2. Cálculo das derivadas

𝜕𝑝

𝜕𝑚=

4. 𝑔

𝜋. 𝐷=

𝑝

𝑚

𝜕𝑝

𝜕𝐷= −2. 𝑚.

4. 𝑔

𝜋. 𝐷= −2.

𝑝

𝐷

Page 172: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

172

B.3.3. Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =𝜕𝑝

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝑝

𝜕𝐷. 𝑤

,

𝑤 = 𝑝.𝑤

𝑚+ −2. 𝑝.

𝑤

𝐷

,

B.4 Densidade do ar a montante da placa de orifício

𝜌 =𝑝 + 𝑝

𝑅. (𝑇 + 273)=

𝑝

𝑅. (𝑇 + 273)+

𝑝

𝑅. (𝑇 + 273)

B.4.1 Incerteza da densidade do ar

𝑤 =𝜕𝜌

𝜕𝑝. 𝑤 +

𝜕𝜌

𝜕𝑇. 𝑤

,

B.4.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝜌

𝜕𝑝=

1

𝑅. (𝑇 + 273)

𝑝 + 𝑝

𝑝 + 𝑝=

𝜌

𝑝 + 𝑝

𝜕𝜌

𝜕𝑇= −

𝑝 + 𝑝

𝑅. (𝑇 + 273)= −

𝜌

(𝑇 + 273)

B.4.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =𝜌

𝑝 + 𝑝. 𝑤 + −

𝜌

(𝑇 + 273). 𝑤

,

𝑤

𝜌=

𝑤

𝑝 + 𝑝+ −

𝑤

(𝑇 + 273)

,

Page 173: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

173

B.5 Densidade do ar a montante da placa porosa

𝑃 = 𝛥𝑝 + 𝛥𝑝 , 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜

𝜌 =𝑝 + 𝑃

𝑅. (𝑇 + 273)=

𝑝

𝑅. (𝑇 + 273)+

𝑃

𝑅. (𝑇 + 273)

B.5.1 Incerteza da densidade do ar

𝑤 =𝜕𝜌

𝜕𝑃. 𝑤 +

𝜕𝜌

𝜕𝑇. 𝑤

,

B.5.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝜌

𝜕𝑃=

1

𝑅. (𝑇 + 273)

𝑝 + 𝑃

𝑝 + 𝑃=

𝜌

𝑝 + 𝑃

𝜕𝜌

𝜕𝑇= −

𝑝 + 𝑃

𝑅. (𝑇 + 273). (𝑇 + 273)=

𝜌

(𝑇 + 273)

B.5.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =𝜌

𝑝 + 𝑃. 𝑤 +

𝜌

(𝑇 + 273). 𝑤

,

𝑤

𝜌=

𝑤

𝑝 + 𝑃+

𝑤

(𝑇 + 273)

,

B.6 Diferencial de pressão no leito

𝑃 = 𝛥𝑝 + 𝛥𝑝 , 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜

∆𝑃 = 𝑃 − ∆𝑃

Page 174: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

174

B.6.1 Incerteza do diferencial de pressão no leito

𝑤∆ =𝜕∆𝑃

𝜕𝑃. 𝑤 +

𝜕∆𝑃

𝜕∆𝑃. 𝑤∆

,

𝑤∆ = 𝑤 + 𝑤∆

,

B.6.2 Incerteza para a média aritmética do diferencial de pressão no regime de leito

totalmente fluidizado

[(Incerteza do desvio padrão)^2 + (incerteza da pressão)^2]^0,5

𝑤∆ = 𝑤 + 𝑤∆

,

+ 𝜎

,

𝑤∆ = 𝑤 + 𝑤∆ + 𝜎,

B.7 Diferencial de pressão na placa porosa – dados para obtenção da curva da placa

porosa

Como o leito está sem material, temos que:

𝑃 = ∆𝑃 , 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜

Assim,

𝑤 = 𝑤∆ = ±5 𝑃𝑎 (0,1% do spam)

B.8 Velocidade superficial do ar

𝑣 =4. 𝑞

𝜌 . 𝜋. 𝐷

Page 175: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

175

B.8.1 Incerteza da velocidade superficial do ar

𝑤 =𝜕𝑣

𝜕𝑞. 𝑤 +

𝜕𝑣

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝑣

𝜕𝐷. 𝑤

,

B.8.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝑣

𝜕𝑞=

4

𝜌 . 𝜋. 𝐷

𝑞

𝑞=

𝑣

𝑞

𝜕𝑣

𝜕𝜌= −

4. 𝑞

𝜌 . 𝜌 . 𝜋. 𝐷= −

𝑣

𝜌

𝜕𝑣

𝜕𝐷= −

4. 𝑞

𝜌 . 𝜋. 𝐷

2

𝐷= −

2𝑣

𝐷

B.8.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =𝑣

𝑞. 𝑤 + −

𝑣

𝜌. 𝑤 + −

2𝑣

𝐷. 𝑤

,

𝑤

𝑣=

𝑤

𝑞+

𝑤

𝜌+

2𝑤

𝐷

,

B.9 Volume da partícula de bambu

𝑉 =𝜋𝑑

4𝑙

B.9.1 Incerteza do volume da partícula de bambu

𝑤 =𝜕𝑉

𝜕𝑑. 𝑤 +

𝜕𝑉

𝜕𝑙. 𝑤

,

Page 176: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

176

B.9.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝑉

𝜕𝑑= 2

𝜋𝑑

4𝑙

𝑑

𝑑=

2𝑉

𝑑

𝜕𝑉

𝜕𝑙=

𝜋𝑑

4

𝑙

𝑙=

𝑉

𝑙

B.9.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =2𝑉

𝑑. 𝑤 +

𝑉

𝑙. 𝑤

,

𝒘𝑽 = 𝑽𝟐𝒘𝒅𝒄

𝒅𝒄

𝟐

+𝒘𝒍

𝒍

𝟐𝟎,𝟓

B.10 Densidade envelopada da partícula de bambu -

𝜌 =𝑚

𝑛𝑉

B.10.1 Incerteza da densidade envelopada

𝑤 =𝜕𝜌

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝜌

𝜕𝑉. 𝑤

,

B.10.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝜌

𝜕𝑚=

1

𝑛𝑉

𝑚

𝑚=

𝜌

𝑚

𝜕𝜌

𝜕𝑉= −

𝑚

𝑛𝑉

𝑉

𝑉= −

𝜌

𝑉

Page 177: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

177

B.10.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =𝜌

𝑚. 𝑤 + −

𝜌

𝑉. 𝑤

,

𝒘𝝆𝒆𝒏𝒗= 𝝆𝒆𝒏𝒗

𝒘𝒎

𝒎

𝟐

+ −𝒘𝑽

𝑽

𝟐 𝟎,𝟓

B.11 Porosidade do leito das partículas de bambu

𝜀 = 1 −𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

B.11.1 Incerteza da porosidade do leito

𝑤 =𝜕𝜀

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝜀

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝜀

𝜕𝐷. 𝑤 +

𝜕𝜀

𝜕𝐻. 𝑤

,

B.11.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝜀

𝜕𝑚= −

1

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

𝑚

𝑚

𝜕𝜀

𝜕𝜌=

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

𝜕𝜀

𝜕𝐷=

2𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻=

8𝑚

𝜌

1

𝜋𝐷 𝐻

𝜕𝜀

𝜕𝐻=

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

B.11.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 = −𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

𝑤

𝑚. +

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻.𝑤

𝜌+

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻.2𝑤

𝐷

+𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻.𝑤

𝐻

,

Page 178: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

178

𝑤 =𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

𝑤

𝑚+

𝑤

𝜌+

2𝑤

𝐷+

𝑤

𝐻

,

B.12 Porosidade do leito da mistura de bambu adicionada a areia

𝜀 = 1 −𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

B.12.1 Incerteza da porosidade do leito

𝑤 =𝜕𝜀

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝜀

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝜀

𝜕𝐷. 𝑤 +

𝜕𝜀

𝜕𝐻. 𝑤

,

B.12.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝜀

𝜕𝑚= −

1

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

𝑚

𝑚

𝜕𝜀

𝜕𝜌=

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

𝜕𝜀

𝜕𝐷=

2𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻=

8𝑚

𝜌

1

𝜋𝐷 𝐻

𝜕𝜀

𝜕𝐻=

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

B.12.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 = −𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

𝑤

𝑚. +

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻.𝑤

𝜌+

𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻.2𝑤

𝐷

+𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻.𝑤

𝐻

,

𝑤 =𝑚

𝜌

4

𝜋𝐷 𝐻

𝑤

𝑚+

𝑤

𝜌+

2𝑤

𝐷+

𝑤

𝐻

,

Page 179: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

179

B.13 Diâmetro médio de Sauter da partícula

𝑑 , = 6𝑉

𝐴= 6

𝑉

𝐴

B.13.1 Incerteza do diâmetro médio de Sauter da mistura

𝑤,

=𝜕𝑑 ,

𝜕𝑉. 𝑤 +

𝜕𝑑 ,

𝜕𝐴. 𝑤

,

B.13.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝑑 ,

𝜕𝑉=

6

𝐴

𝑉

𝑉=

𝑑 ,

𝑉

𝜕𝑑 ,

𝜕𝐴= −6

𝑉

𝐴

1

𝐴= −

𝑑 ,

𝐴

B.13.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤,

=𝑑 ,

𝑉. 𝑤 + −

𝑑 ,

𝐴. 𝑤

,

𝑤,

= 𝑑 ,

𝑤

𝑉+ −

𝑤

𝐴

,

B.14 Diâmetro médio de Sauter da mistura

𝑑 , = 6𝑉

𝐴

B.14.1 Incerteza do diâmetro médio de Sauter da mistura

𝑤,

=𝜕𝑑 ,

𝜕𝑉. 𝑤 +

𝜕𝑑 ,

𝜕𝐴. 𝑤

,

Page 180: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

180

B.14.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝑑 ,

𝜕𝑉=

6

𝐴

𝑉

𝑉=

𝑑 ,

𝑉

𝜕𝑑 ,

𝜕𝐴= −6

𝑉

𝐴

1

𝐴= −

𝑑 ,

𝐴

B.14.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤,

=𝑑 ,

𝑉. 𝑤 + −

𝑑 ,

𝐴. 𝑤

,

𝑤,

= 𝑑 ,

𝑤

𝑉+ −

𝑤

𝐴

,

B.15 Soma das massas da areia e do bambu

𝑚 = 𝑚 + 𝑚

B.15.1 Incerteza da soma das massas da areia e do bambu

𝑤 =𝜕𝑚

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝑚

𝜕𝑚. 𝑤

,

B.15.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝑚

𝜕𝑚= 1

𝜕𝑚

𝜕𝑚= 1

Page 181: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

181

B.15.3Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 = 𝑤 + 𝑤,

B.16 Densidade equivalente

1

𝜌=

𝑥

𝜌+

𝑥

𝜌

𝜌 =1

+

B.16.1 Incerteza da densidade equivalente

𝑤 =𝜕𝜌

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝜌

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝜌

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝜌

𝜕𝑚. 𝑤

+𝜕𝜌

𝜕𝑚. 𝑤

,

B.16.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝜌

𝜕𝜌= −

1

+

−𝑥

𝜌

𝜕𝜌

𝜕𝜌=

1

+

𝑥

𝜌= 𝜌

𝑥

𝜌

𝝏𝝆𝒆

𝝏𝝆𝒇= 𝝆𝒆

𝟐𝒙𝒇

𝝆𝒇𝟐

𝜕𝜌

𝜕𝜌=

1

+

𝑥

𝜌= 𝜌

𝑥

𝜌

Page 182: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

182

𝝏𝝆𝒆

𝝏𝝆𝒋= 𝝆𝒆

𝟐𝒙𝒋

𝝆𝒋𝟐

𝜕𝜌

𝜕𝑚= −

1

+

1

𝑚 𝜌= 𝜌

1

𝑚 𝜌

𝝏𝝆𝒆

𝝏𝒎𝒇= −𝝆𝒆

𝟐𝟏

𝒎𝒕𝒐𝒕𝝆𝒇

𝜕𝜌

𝜕𝑚= −

1

+

1

𝑚 𝜌= −𝜌

1

𝑚 𝜌

𝝏𝝆𝒆

𝝏𝒎𝒋= −𝝆𝒆

𝟐𝟏

𝒎𝒕𝒐𝒕𝝆𝒋

𝜕𝜌

𝜕𝑚= −

1

+

−𝑚

𝑚 𝜌−

𝑚

𝑚 𝜌

𝜕𝜌

𝜕𝑚=

1

+

𝑚

𝑚 𝜌+

𝑚

𝑚 𝜌=

𝝏𝝆𝒆

𝝏𝒎𝒕𝒐𝒕=

𝝆𝒆

𝒎𝒕𝒐𝒕

B.17 Diâmetro equivalente

𝑑 = 𝑑 . 𝑑𝑥 𝜌 + 𝑥 𝜌

𝑥 𝜌 𝑑 + 𝑥 𝜌 𝑑

𝑑 = 𝑥 𝜌 + 𝑥 𝜌

+=

𝑚 𝜌

++

𝑚 𝜌

+

Page 183: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

183

B.17.1 Incerteza do diâmetro equivalente:

𝑤 =𝜕𝑑

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝑑. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝑑. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝑚. 𝑤

+𝜕𝑑

𝜕𝑚. 𝑤

,

B.17.2 Cálculo das derivadas

B.17.2.1 Cálculo de 𝝏𝒅𝒆

𝝏𝝆𝒇

𝜕𝑑

𝜕𝜌= −

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑+

𝑚

+ −

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑 ,

𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜

𝜕𝑑

𝜕𝜌=

𝑚

+−

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑 −

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝜌=

𝑚

+−

𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑

B.17.2.2 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝜌=

𝑚

+−

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑−

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝜌=

𝑚

+−

𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑

B.17.2.3 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌

++

𝑚 𝜌

+

𝜕𝑑

𝜕𝑑= −

𝑚 𝜌

+

−𝑚 𝜌

𝑑−

𝑚 𝜌

+

−𝑚 𝜌

𝑑

Page 184: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

184

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝑑+

𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝑑

B.17.2.4 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝑑= −

𝑚 𝜌

+

−𝑚 𝜌

𝑑−

𝑚 𝜌

+

−𝑚 𝜌

𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝑑+

𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝑑

B.17.2.5 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝑚=

𝜌

+−

𝑚 𝜌

+

𝜌

𝑑+

𝑚 𝜌

+

𝜌

𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑚=

𝜌

+−

(𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌 )

+

𝜌

𝑑

B.17.2.6 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝑚= −

𝑚 𝜌

+

𝜌

𝑑+

𝜌

+−

𝑚 𝜌

+

𝜌

𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑚=

𝜌

+−

𝑚 𝜌 +𝑚 𝜌

+

𝜌

𝑑

Page 185: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

185

B.18 Diâmetro equivalente considerando a esfericidade das partículas

𝑑 = 𝜙 𝑑 . 𝜙 𝑑𝑥 𝜌 + 𝑥 𝜌

𝑥 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑥 𝜌 𝜙 𝑑

𝑑 = 𝜙 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑+

𝜙 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑

𝑑 = 𝑥 𝜌 + 𝑥 𝜌

+=

𝑚 𝜌

++

𝑚 𝜌

+

B.18.1 Incerteza do diâmetro equivalente:

𝑤 =𝜕𝑑

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝑑. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝑑. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝑚. 𝑤

+𝜕𝑑

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝜙. 𝑤 +

𝜕𝑑

𝜕𝜙. 𝑤

,

B.18.2 Cálculo das derivadas

B.18.2.1 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝜌= −

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝜙 𝑑+

𝑚

+ −

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝜙 𝑑 ,

𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜

𝜕𝑑

𝜕𝜌=

𝑚

+−

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝜙 𝑑 −

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝜌=

𝑚

+−

𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌

+

𝑚

𝜙 𝑑 (1)

Page 186: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

186

B.18.2.2 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝜌=

𝑚

+−

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝜙 𝑑−

𝑚 𝜌

+

𝑚

𝜙 𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝜌=

𝑚

+−

𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌

+

𝑚

𝜙 𝑑 (2)

B.18.2.3 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌

++

𝑚 𝜌

+

𝜕𝑑

𝜕𝑑= −

𝑚 𝜌

+

−𝑚 𝜌

𝜙 𝑑−

𝑚 𝜌

+

−𝑚 𝜌

𝜙 𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝜙 𝑑+

𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝜙 𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝜙 𝑑 (3)

B.18.2.4 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝑑= −

𝑚 𝜌

+

−𝑚 𝜌

𝜙 𝑑−

𝑚 𝜌

+

−𝑚 𝜌

𝜙 𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝜙 𝑑+

𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝜙 𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑑=

𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌

+

𝑚 𝜌

𝜙 𝑑 (4)

Page 187: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

187

B.18.2.5 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝑚=

𝜌

+−

𝑚 𝜌

+

𝜌

𝜙 𝑑+

𝑚 𝜌

+

𝜌

𝜙 𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑚=

𝜌

+−

(𝑚 𝜌 + 𝑚 𝜌 )

+

𝜌

𝜙 𝑑 (5)

B.18.2.6 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝑚= −

𝑚 𝜌

+

𝜌

𝑑+

𝜌

+−

𝑚 𝜌

+

𝜌

𝜙 𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝑚=

𝜌

+−

𝑚 𝜌 +𝑚 𝜌

+

𝜌

𝜙 𝑑 (6)

B.18.2.7 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝜙=

𝑑 . 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑−

𝜙 𝑑 . 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑𝑚 𝜌 𝑑

+𝑑 . 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑−

𝜙 𝑑 . 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑𝑚 𝜌 𝑑

𝜕𝑑

𝜕𝜙=

𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌 + 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑−

𝜙 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌 + 𝜙 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑𝑚 𝜌 𝑑 (7)

B.18.2.8 Cálculo de

𝜕𝑑

𝜕𝜙=

𝜙 𝑑 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑−

𝜙 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑𝑚 𝜌 𝑑

+𝜙 𝑑 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑−

𝜙 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑𝑚 𝜌 𝑑

Page 188: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

188

𝜕𝑑

𝜕𝜙=

𝜙 𝑑 𝑑 𝑚 𝜌 + 𝜙 𝑑 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑−

𝜙 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌 + 𝜙 𝑑 𝜙 𝑑 𝑚 𝜌

𝑚 𝜌 𝜙 𝑑 + 𝑚 𝜌 𝜙 𝑑𝑚 𝜌 𝑑 (8)

B.19 Incerteza da quantidade de partículas

𝑛 =4𝑚

𝜌 , 𝜋𝑑 , 𝑙

19.1 Incerteza da quantidade de partículas

𝑤 =𝜕𝑛

𝜕𝑚. 𝑤 +

𝜕𝑛

𝜕𝜌 ,. 𝑤

,+

𝜕𝑛

𝜕𝑑 ,. 𝑤

,+

𝜕𝑛

𝜕𝑙. 𝑤

,

19.2 Cálculo das derivadas

19.2.1 Cálculo de

𝜕𝑛

𝜕𝑚=

4

𝜌 , 𝜋𝑑 , 𝑙

𝑚

𝑚=

1

𝑚𝑛

19.2.2 Cálculo de ,

𝜕𝑛

𝜕𝜌 ,= −

4𝑚

𝜌 , 𝜌 , 𝜋𝑑 , 𝑙= −

1

𝜌 ,𝑛

19.2.3Cálculo de ,

𝜕𝑛

𝜕𝑑 ,= −

2

𝑑 ,

4𝑚

𝜌 , 𝜋𝑑 , 𝑙= −

2

𝑑 ,𝑛

19.2.3Cálculo de

𝜕𝑛

𝜕𝑙= −

1

𝑙

4𝑚

𝜌 , 𝜋𝑑 , 𝑙= −

1

𝑙𝑛

Page 189: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

189

Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =1

𝑚𝑛 . 𝑤 + −

1

𝜌 ,𝑛 . 𝑤

,+ −

2

𝑑 ,𝑛 . 𝑤

,+ −

1

𝑙𝑛 . 𝑤

,

𝑤 =𝑤

𝑚𝑛 + −

𝑤,

𝜌 ,𝑛 + −

2𝑤,

𝑑 ,𝑛 + −

𝑤

𝑙𝑛

,

𝒘𝒏𝒊= 𝒏𝒊

𝒘𝒎𝒊

𝒎𝒊

𝟐

+ −𝒘𝝆𝒆𝒏𝒗,𝒊

𝝆𝒆𝒏𝒗,𝒊

𝟐

+ −𝟐𝒘𝒅𝒄,𝒊

𝒅𝒄,𝒊

𝟐

+ −𝒘𝒍𝒊

𝒍𝒊

𝟐𝟎,𝟓

B.20 Área total das partículas para um comprimento li

𝐴 = 𝑛 𝐴

B.20.1 Incerteza da área total das partículas para um comprimento li

𝑤 =𝜕𝐴

𝜕𝑛. 𝑤 +

𝜕𝐴

𝜕𝐴. 𝑤

,

B.20.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝐴

𝜕𝑛= 𝐴

𝑛

𝑛=

𝐴

𝑛

𝜕𝐴

𝜕𝐴= 𝑛

𝐴

𝐴=

𝐴

𝐴

B.20.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =𝐴

𝑛. 𝑤 +

𝐴

𝐴. 𝑤

,

𝒘𝑨𝒊= 𝑨𝒊

𝒘𝒏𝒊

𝒏𝒊

𝟐

+𝒘𝑨𝒊𝒑

𝑨𝒊𝒑

𝟐 𝟎,𝟓

B.21 Volume total das partículas para um comprimento li

𝑉 = 𝑛 𝑉

Page 190: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

190

B.21.1 Incerteza dovolume total das partículas para um comprimento li

𝑤 =𝜕𝑉

𝜕𝑛. 𝑤 +

𝜕𝑉

𝜕𝑉. 𝑤

,

B.21.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝑉

𝜕𝑛= 𝑉 𝑛

1

𝑛=

𝑉

𝑛

𝜕𝑉

𝜕𝑉= 𝑛

𝑉

𝑉=

𝑉

𝑉

B.21.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 = 𝑉𝑤

𝑛+

𝑤

𝑉

,

B.22 Somatória das áreas das partículas com l/dc=1, 2, 4 e 8

𝐴 = 𝐴 + 𝐴 + 𝐴 + 𝐴 = 𝐴

B.22.1 Incerteza da somatória das áreas das partículas

𝑤 =𝜕𝐴

𝜕𝐴. 𝑤

,

𝑤 = 𝑤,

B.23 Área média de uma partícula da mistura de bambu

𝐴 , =𝐴

𝑛

Page 191: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

191

B.23.1 Incerteza da área média de uma partícula da mistura de bambu

𝑤,

=𝜕𝐴 ,

𝜕𝐴. 𝑤 +

𝜕𝐴 ,

𝜕𝑛. 𝑤

,

B.23.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝐴 ,

𝜕𝐴=

1

𝑛

𝐴

𝐴=

𝐴 ,

𝐴

𝜕𝐴 ,

𝜕𝑛= −

𝐴

𝑛

1

𝑛= −

𝐴 ,

𝑛

B.23.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤,

=𝐴 ,

𝐴. 𝑤 +

𝐴 ,

𝑛. 𝑤

,

𝑤,

= 𝐴 ,

𝑤

𝐴+

𝑤

𝑛

,

B.24 Volume médio de uma partícula da mistura de bambu

𝑉 , =𝑉

𝑛

B.24.1 Incerteza do volume médio de uma partícula da mistura de bambu

𝑤,

=𝜕𝑉 ,

𝜕𝑉. 𝑤 +

𝜕𝑉 ,

𝜕𝑛. 𝑤

,

B.24.2 Cálculo das derivadas

𝜕𝑉 ,

𝜕𝑉=

1

𝑛

𝑉

𝑉=

𝑉 ,

𝑉

Page 192: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

192

𝜕𝑉 ,

𝜕𝑛= −

𝑉

𝑛

1

𝑛= −

𝑉 ,

𝑛

B.24.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤,

= 𝑉 ,

𝑤

𝑉+

𝑤

𝑛

,

B.25 Diâmetro esférico da mistura de bambu

𝑑 = 6𝑉 ,

𝜋

B.25.1 Incerteza do diâmetro esférico da mistura de bambu

𝑤 =𝜕𝑑

𝜕𝑉 ,. 𝑤

,

,

=𝜕𝑑

𝜕𝑉 ,. 𝑤

,

B.25.2 Cálculo da derivada

𝜕𝑑

𝜕𝑉 ,=

1

3

6

𝜋

1

𝑉 ,

𝑉 ,

𝑉 ,=

1

3

6𝑉 ,

𝜋

1

𝑉 ,=

𝑑

3

1

𝑉 ,

B.25.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤 =𝑑

3

𝑤,

𝑉 ,

B.26 Área do diâmetro esférico da mistura de bambu

𝐴 = 𝜋 𝑑

Page 193: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

193

B.26.1 Incerteza do diâmetro esférico da mistura de bambu

𝑤 =𝜕𝐴

𝜕𝑑. 𝑤

,

=𝜕𝐴

𝜕𝑑. 𝑤

B.26.2 Cálculo da derivada

𝜕𝐴

𝜕𝑑= 2𝜋𝑑

𝑑

𝑑=

2𝐴

𝑑

B.26.3 Substituindo a derivada na expressão da incerteza

𝑤 = 2𝐴𝑤

𝑑

B.27 Esfericidade da mistura de bambu

∅ =𝐴

𝐴 ,

B.26.1 Incerteza daesfericidade da mistura de bambu

𝑤∅ =𝜕∅

𝜕𝐴. 𝑤 +

𝜕∅

𝜕𝐴 ,. 𝑤

,

,

B.26.2 Cálculo das derivadas

𝜕∅

𝜕𝐴=

1

𝐴 ,

𝐴

𝐴=

𝐴

𝜕∅

𝜕𝐴= −

𝐴

𝐴 ,

1

𝐴 ,= −

𝐴 ,

B.26.3 Substituindo as derivadas na expressão da incerteza

𝑤∅ =∅

𝐴. 𝑤 + −

𝐴 ,. 𝑤

,

,

𝑤∅ = ∅𝑤

𝐴+ −

𝑤,

𝐴 ,

,

Page 194: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

194

B.27 Diâmetro superficial da mistura de bambu

𝑑𝑆 = 𝐴 , /𝜋,

B.27.1 Incerteza do diâmetro superficial da mistura de bambu

𝑤 =𝜕𝑑𝑆

𝜕𝐴 ,. 𝑤

,

B.27.2 Cálculo da derivada

𝜕𝑑𝑆

𝜕𝐴=

0,5

𝜋

𝐴 ,

𝜋

,

=0,5

𝜋 𝐴 , /𝜋,

𝐴 , /𝜋,

𝐴 , /𝜋, =

0,5𝜋𝑑𝑆

𝜋𝐴 ,

B.27.3 Substituindo a derivada na expressão da incerteza

𝑤 =0,5𝑑𝑆

𝐴 ,. 𝑤

,= 0,5𝑑𝑆

𝑤,

𝐴 ,

B.28 Correlação de Ergun para mistura de bambu adicionada a areia

Esfericidade das partículas considerada no cálculo do diâmetro equivalente

𝛥𝑃 =1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈

B.28.1 Incerteza da correlação de Ergun para mistura de bambu adicionada a areia

𝑤 =𝜕𝛥𝑃

𝜕𝜀. 𝑤 +

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝐻. 𝑤 +

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝑈. 𝑤

+𝜕𝛥𝑃

𝜕𝑑. 𝑤

,

B.28.2 Cálculo das derivadas

B.28.2.1 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝜺𝑳

𝛥𝑃 =1,75𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 −

1,75𝜀 𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 2𝜀 + 𝜀 )𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈

Page 195: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

195

𝛥𝑃 =1,75𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 −

1,75𝜀 𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 +

150𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 − 2

150. 𝜀 𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 +

150𝜀 𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈

𝛥𝑃 =1,75𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 −

1,75𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 +

150𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 −

300𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 +

150𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈

𝛥𝑃 =1,75𝜌 𝐻

𝑑𝑈 +

150𝜇 𝐻

𝑑𝑈

1

𝜀−

1,75𝜌 𝐻

𝑑𝑈 +

300𝜇 𝐻

𝑑𝑈

1

𝜀

+150𝜇 𝐻

𝑑𝑈

1

𝜀

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝜀=

1,75𝜌 𝐻

𝑑𝑈 +

150𝜇 𝐻

𝑑𝑈

(−3)

𝜀−

1,75𝜌 𝐻

𝑑𝑈 +

300𝜇 𝐻

𝑑𝑈

(−2)

𝜀

+150𝜇 𝐻

𝑑𝑈

(−1)

𝜀

B.28.2.2 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝝆𝒈

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝜌=

1,75(1 − 𝜀 )𝐻

𝑑 𝜀𝑈

B.28.2.3 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝑯𝑳

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝐻=

1,75(1 − 𝜀 )𝜌

𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 𝜀 ) 𝜇

𝑑 𝜀𝑈

B.28.2.4 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝑼𝒐

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝑈= 2

1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

𝑑 𝜀

B.28.2.5 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏∅

𝜕𝛥𝑃

𝜕∅= −

1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 − 2

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈

Page 196: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

196

B.28.2.6 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝒅𝒑

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝑑= −

1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

𝑑 𝜀𝑈 − 2

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

𝑑 𝜀𝑈

B.29 Correlação de Ergun (com esfericidade)

𝛥𝑃 =1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈

B.29.1 Incerteza da correlação de Ergun(com esfericidade)

𝑤 =𝜕𝛥𝑃

𝜕𝜀. 𝑤 +

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝜌. 𝑤 +

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝐻. 𝑤 +

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝑈. 𝑤 +

𝜕𝛥𝑃

𝜕∅. 𝑤∅

+𝜕𝛥𝑃

𝜕𝑑. 𝑤

,

B.29.2 Cálculo das derivadas

29.2.1 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝜺𝑳

𝛥𝑃 =1,75𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 −

1,75𝜀 𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 2𝜀 + 𝜀 )𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈

𝛥𝑃 =1,75𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 −

1,75𝜀 𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 +

150𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈 − 2

150. 𝜀 𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈 +

150𝜀 𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈

𝛥𝑃 =1,75𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 −

1,75𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 +

150𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈 −

300𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈 +

150𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈

𝛥𝑃 =1,75𝜌 𝐻

∅𝑑𝑈 +

150𝜇 𝐻

∅ 𝑑𝑈

1

𝜀−

1,75𝜌 𝐻

∅𝑑𝑈 +

300𝜇 𝐻

∅ 𝑑𝑈

1

𝜀

+150𝜇 𝐻

∅ 𝑑𝑈

1

𝜀

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝜀=

1,75𝜌 𝐻

∅𝑑𝑈 +

150𝜇 𝐻

∅ 𝑑𝑈

(−3)

𝜀−

1,75𝜌 𝐻

∅𝑑𝑈 +

300𝜇 𝐻

∅ 𝑑𝑈

(−2)

𝜀

+150𝜇 𝐻

∅ 𝑑𝑈

(−1)

𝜀

Page 197: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

197

B.29.2.2 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝝆𝒈

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝜌=

1,75(1 − 𝜀 )𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈

B.29.2.3 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝑯𝑳

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝐻=

1,75(1 − 𝜀 )𝜌

∅𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 𝜀 ) 𝜇

∅ 𝑑 𝜀𝑈

B.29.2.4 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝑼𝒐

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝑈= 2

1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 +

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀

B.29.2.5 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏∅

𝜕𝛥𝑃

𝜕∅= −

1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈 − 2

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈

B.29.2.6 Cálculo de 𝝏𝜟𝑷𝑳

𝝏𝒅𝒑

𝜕𝛥𝑃

𝜕𝑑= −

1,75(1 − 𝜀 )𝜌 𝐻

∅𝑑 𝜀𝑈 − 2

150(1 − 𝜀 ) 𝜇 𝐻

∅ 𝑑 𝜀𝑈

B.30 Área

𝐴 =𝜋𝐷

4

Incerteza da área

𝑤 =𝜕𝐴

𝜕𝐷. 𝑤

,

=𝜕𝐴

𝜕𝐷. 𝑤

Cálculo da derivada

𝜕𝐴

𝜕𝐷=

𝜋D

2

Page 198: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

198

Substituindo a derivada na expressão da incerteza

𝑤 =𝜋. 𝐷

2. 𝑤 = 2.

𝐴

𝐷. 𝑤

Page 199: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

199

APÊNDICE C – FÓRMULAS UTILIZADAS PARA PARTÍCULAS

CILÍNDRICAS

C.1 Diâmetro de Sauter da mistura de partículas cilíndricas (dSV,M)

Conforme definição, o diâmetro médio de Sauter é conforme Eq. C.1.1.

𝑑 , = 6𝑉

𝐴= 6

∑ 𝑉 , 𝑛

∑ 𝐴 , 𝑛

Eq. C.1.1

Com referência a Eq. C.1.1, no presente trabalho, será considerada a área superficial

envelopada e o volume envelopado. Eventualmente, dependendo do objetivo do estudo,

poderia se considerar a área superficial aparente e o correspondente volume aparente (área

superficial considerando as irregularidades da superfície e o volume da parte sólida acrescido

do volumedos poros fechados), se fossem possíveis de serem determinados.

A Eq. C.1.2 corresponde a quantidade de partículas com diâmetro dc,i, comprimento li,

massa mi e densidade envelopada ρenv,i.

𝑛 =𝑚

𝜌 , 𝑉 ,=

4

𝜌 , 𝜋𝑑 ,

𝑚

𝑙

Eq. C.1.2

A Eq. C.1.3 corresponde ao volume envelopado de 1 partícula cilíndrica (Vi,p):

𝑉 , =𝑚

𝜌 , 𝑛 𝑜𝑢 𝑉 , 𝑛 =

𝑚

𝜌 ,

Eq. C.1.3

A Eq. C.1.4 corresponde a área superficial envelopada de 1 partícula cilíndrica (Ai,p):

𝐴 , =𝜋𝑑 ,

2+ 𝜋𝑑 , 𝑙

Eq. C.1.4

Page 200: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

200

A Eq. C.1.5 corresponde ao diâmetro médio de Sauter de uma partícula cilíndrica:

𝑑 , =3𝑑 , 𝑙

𝑑 , + 2 𝑙=

3𝑑 ,

,

+ 2

Eq. C.1.5

A Eq. C.1.6 corresponde ao diâmetro médio de Sauter da mistura de partículas

cilíndricas:

𝑑 , = 6∑ 𝑉 , 𝑛

∑ 𝐴 , 𝑛= 6

∑,

∑ 𝐴 ,, ,

Eq. C.1.6

No caso particular da densidade envelopada (ρenv,i) constante para os tamanhos de

partículas com l/dc=1, 2, 4 e 8, o que não corresponde ao caso do presente trabalho, a

densidade envelopada presente na Eq C.1.6 é cancelada, ficando conforme a Eq. C.1.7.

𝑑 , = 6∑ 𝑚

∑ 𝐴 ,,

= 6𝑚

∑ 𝐴 ,,

=1

∑,

,

=1

∑,

Eq. C.1.7

𝑑 , = 6𝑚

∑ , +,

= 3𝑚

∑ 𝑑 , + 2𝑙,

=1

∑ 𝑑 , + 2𝑙,

𝑑 , =1

∑,

,

Eq. C.1.8

O diâmetro médio de Sauter,para um determinado tamanho de partículas cilíndricas, é

conforme Eq. C.1.9:

Page 201: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

201

𝑑 , =3𝑑 , 𝑙

𝑑 , + 2 𝑙=

3𝑑 ,

,

+ 2

Eq. C.1.9

Substituindo na expressão de dSV,M , Eq. C.1.8, resulta a Eq. C.1.10, válida para

partículas com densidade envelopada constante:

𝑑 , =1

∑,

,

=1

∑,

Eq. C.1.10

C.2 Mesmo diâmetro médio de Sauter para as quatro misturas de bambu

𝑑 , = 𝑑 , = 𝑑 , = 𝑑 ,

𝑑 , = 6∑ 𝑉 , 𝑛

∑ 𝐴 , 𝑛= 6

𝑉

∑ 𝐴 , 𝑛

𝑑 , = 𝑑 ,

6𝑉

∑ 𝐴 , 𝑛= 6

𝑉

∑ 𝐴 , 𝑛

No caso particular do diâmetro do cilindro dc=constantepara os tamanhos de partículas

com l/dc=1, 2, 4 e 8, o que não corresponde ao caso do presente trabalho, como a massa de

bambu entre as misturas é constante, Vtot é igual para as 4 misturas. Assim, temos

1

∑ 𝐴 , 𝑛=

1

∑ 𝐴 , 𝑛 𝑜𝑢

𝐴 , 𝑛 = 𝐴 , 𝑛

Page 202: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

202

Ou seja, a área superficial total das partículas (Atot) é igual para as quatro misturas.

𝐴 , 𝑛 = 𝐴 , 𝑛

𝑛𝜋𝑑 ,

2+ 𝜋𝑑 , 𝑙 = 𝑛

𝜋𝑑 ,

2+ 𝜋𝑑 , 𝑙

Para dc =constante

𝑛𝑑 ,

2+ 𝑙 = 𝑛

𝑑 ,

2+ 𝑙

𝑛𝑑 ,

2+ 𝑛 𝑙 = 𝑛

𝑑 ,

2+ 𝑛 𝑙

Como a massa total de bambu é constante para as 4 misturas, a somatória ∑ 𝑛 𝑙 = 𝑙

é a mesma para as 4 misturas. Assim,

𝑛𝑑 ,

2= 𝑛

𝑑 ,

2

𝑛 = 𝑛

Ou seja, a quantidade total de partículas das misturas é a mesma se dc=constante e para

𝑑 , iguais.

Nota: embora dc não seja constante no presente trabalho, sua variação é pequena para os

4 tamanhos de partículas. Assim, os parâmetros das relações obtidas considerando esta

igualdade terão valores próximos ou até mesmo valores iguais considerando a sua incerteza.

C.3 Cálculo da esfericidade de mistura de partículas de cilíndricas:

Relação entre a área da esfera (Aesf) e a área de 1 partícula da mistura (A1p,M), ambas

com o mesmo volume:

∅ =𝐴

𝐴 ,

Page 203: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

203

Os parâmetros Aesf e A1p,M são calculados conforme expressões a seguir.

Área superficial total das partículas da mistura (Atot):

𝐴 = 𝐴 = 𝑛𝜋𝑑 ,

2+ 𝜋𝑑 , 𝑙

Quantidade total de partículas numa mistura (ntot):

𝑛 = 𝑛 =4

𝜋

𝑚

𝜌 , 𝑑 , 𝑙

Área superficial de uma partícula da mistura (A1p,M):

𝐴 , =𝐴

𝑛=

∑ 𝑛 , + 𝜋𝑑 , 𝑙

∑, ,

=𝜋

8

∑ 𝑛 𝜋𝑑 , 𝑑 , + 2𝑙

∑, ,

Volume de 1 partícula da mistura (V1p,M):

𝑉 , =𝑉

𝑛=

∑ 𝑛 ,

∑, ,

=𝜋

16

∑ 𝑛 𝜋𝑑 , 𝑙

∑, ,

Diâmetro da esfera com volume V1p,M

𝑑 =6

𝜋𝑉 ,

/

Área superficial da esfera:

𝐴 = 𝜋𝑑

Page 204: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

204

Como mostrado no item C.2, no caso particular do diâmetro do cilindro

dc=constantepara os tamanhos de partículas com l/dc=1, 2, 4 e 8, e para 𝑑 , iguais, temos

que os seguintes parâmetros são iguais para as 4 misturas:

- 𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎: ∑ 𝑛 𝑉 , = 𝑉 ;

- 𝑎 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎: ∑ 𝑛 𝑙 = 𝑙 ;

- 𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎: ∑ 𝑛 = 𝑛 ;

- 𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎: ∑ 𝑛 𝐴 , = 𝐴 ;

Em decorrência das igualdades acima, para dc=constanteos seguintes parâmetros serão

iguais entre as misturas:

- Área superficial de uma partícula da mistura (A1p,M):

- Volume de 1 partícula da mistura (V1p,M):

- Diâmetro da esfera com volume V1p,M;

- Área superficial da esfera (Aesf):

Dessa forma, as esfericidades das misturas serão iguais para dc=constante epara 𝑑 ,

iguais. Embora dc não seja constante no presente trabalho, sua variação é pequena para os 4

tamanhos de partículas, resultando no mesmo valor, considerando a sua incerteza

C.4 Diâmetro de Sauter da mistura de partículas esféricas (dSV,M)

𝑑 , = 6𝑉

𝐴= 6

∑ 𝑉 , 𝑛

∑ 𝐴 , 𝑛

Eq. C.4.1

Quantidade de partículas com diâmetro desf,i, massa mi e densidade envelopada ρenv,i ,

Eq.C.4.2:

𝑛 =𝑚

𝜌 , 𝑉 ,=

6𝑚

𝜌 , 𝜋𝑑 ,

Eq. C.4.2

Volume envelopado de 1 partícula esférica (Vi,p), Eq. C.4.3:

Page 205: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

205

𝑉 , =𝑚

𝜌 , 𝑛 𝑜𝑢 𝑉 , 𝑛 =

𝑚

𝜌 ,

Eq. C.4.3

Área superficial envelopada de 1 partícula esférica (Ai,p), Eq. C.4.4:

𝐴 , = 𝜋𝑑 , Eq. C.4.4

Diâmetro médio de Sauter de uma partícula esférica, Eq. C.4.5:

𝑑 , = 6𝜋𝑑 ,

6

1

𝜋𝑑 ,

= 𝑑 ,

Eq. C.4.5

Diâmetro médio de Sauter da mistura de partículas esféricas, Eq. C.4.6:

𝑑 , = 6∑ 𝑉 , 𝑛

∑ 𝐴 , 𝑛= 6

∑,

∑ 𝐴 ,, ,

Eq. C.4.6

No caso particular da densidade envelopada (ρenv,i) constante, a Eq. C.4.6 pode ser

simplificadaconforme a Eq. C.4.7.

𝑑 , = 6∑

,

∑ 𝐴 ,, ,

= 6∑ 𝑚

∑ 𝐴 ,,

= 6𝑚

∑ 𝐴 ,,

=1

∑,

,

=1

∑,

Eq. C.4.7

Page 206: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

206

APÊNDICE D – DISTRIBUIÇÃO DE ROSIN, RAMMLER E

BENNET

Neste apêndice, é apresentado o método utilizado para obtenção da função de

distribuição de Rosin, Rammler e Bennet, referente a distribuição granulométrica das misturas

de bambu. A Eq. D.1 representa a função dedistribuição de Rosin, Rammler e Bennet. Nesta

equação, G(dsv) é a fração de material acumulada, em massa, menor do que o tamanho dsv, ou

seja, passante na malha com dimensão dsv, dsvé o diâmetro médio de Sauter da partícula, xo é

um tamanho característico e k é uma medida da distribuição das partículas. Para uma dada

distribuição, xo e k são constantes. AEq. D.2, F(dsv) representa a fração em massa, acumulada

e retida das partículas com dimensões menores ou iguais a dsv.

𝐺(𝑑 ) = 1 − 𝑒 Eq. D.1

𝐹(𝑑 ) = 𝑒 Eq. D.2

𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑛1

𝐹= 𝑘. 𝑙𝑜𝑔(𝑑 ) − 𝑘. 𝑙𝑜𝑔(𝑥 )

Eq. D.3

A Eq. D.3 representa uma reta num gráfico com eixos cartesianoscom escala decimal,

tendo no eixo das abcissas, os valores de log (dsv) e nas ordenadas, os valores de

log[ln(1/F)].Os valores de log (dsv) e log[ln(1/F)] correspondentes a cada mistura de bambu

utilizadas neste trabalho, foram plotados nestes gráficos e ajustados por uma reta, para

determinação dos valores de k e xo.Estes gráficos estão apresentados nas Figura D.1 à Figura

D.4,os valores para sua obtenção, as retas ajustadas e os valores de k e xoestão na Tabela D.1 à

Tabela D.8. Para a seleção das misturas de bambu, foram consideradas as dimensões nominais

de suas partículas, que são: diâmetro do cilindro de 2 mm e comprimentos de 2, 4, 8 e 16

mm.Após a aquisição das varetas de bambu eo corte nos comprimentos de projeto (2, 4, 8 e

Page 207: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

207

16mm), foram medidas as dimensões resultantes (diâmetro e comprimentos) e aqui

denominadas como dimensões reais.Nas Figuras D.1 à D.4 estão representados, para

comparação, os valores da distribuição granulométrica das misturas de bambu com o dsv

calculado com as dimensões reais de suas partículas. Na Figura D.5 à Figura D.8 estão

apresentadas as funções de distribuição de Rosin, Rammler e Bennet de referência para as 4

misturas de bambu estudadas.

Tabela D.1 – Distribuição granulométrica da mistura 1 e valores calculados para o gráfico da Figura D.1

dsvnom

(mm)

log (dsv)

nominal

dsvdim

reais

(mm)

log (dsv)

dimensões

reais

Fração em massa

Fração em massa, retida e acumulada

– F

log [ln (1/F)]

2,8 0,451 2,7 0,431 0,205 0,205 0,200

2,7 0,426 2,5 0,398 0,495 0,700 -0,448

2,4 0,380 2,4 0,380 0,150 0,850 -0,789

2,0 0,301 1,9 0,279 0,150 0,999 -3,000

Figura D.1 – Reta ajustada aos valores da distribuição granulométrica da mistura 1,com dsv calculado com as dimensões nominais das partículas de bambu (marcadores em vermelho) e

com as dimensões reais (marcadores em azul)

equação da reta ajustadacom dimensões reaisy = 21,125x - 8,8692

R² = 0,9992

equação da reta ajustadacom dimensões nominais

y = 20,666x - 9,0584R² = 0,9592

-3,500

-3,000

-2,500

-2,000

-1,500

-1,000

-0,500

0,000

0,500

0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50

log

[ln

(1/

F)]

log(dsv)

Mistura 1

Page 208: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

208

Tabela D.2 – Parâmetrosk e xo da função de distribuição de Rosin, Rammler e Bennet de referência para a distribuição granulométrica da mistura 1

Dimensões k k.log(xo) xo (mm)

nominais 20,666 9,0584 2,7436

reais 21,125 8,8692 2,6293

Tabela D.3 – Distribuição granulométrica da mistura 2 e valores calculados para o gráfico da Figura D.2

dsvnom

(mm)

log (dsv)

nominal

dsvdim

reais

(mm)

log (dsv)

dimensões

reais

Fração em massa

Fração em massa, retida e acumulada

– F

log [ln (1/F)]

2,8 0,451 2,7 0,431 0,1976 0,198 0,210

2,7 0,426 2,5 0,398 0,4024 0,600 -0,292

2,4 0,380 2,4 0,380 0,3000 0,900 -0,977

2,0 0,301 1,9 0,279 0,1000 0,999 -3,000

Figura D.2 – Reta ajustada aos valores da distribuição granulométrica da mistura 2,com dsvcalculado com as dimensões nominais das partículas de bambu (marcadores em vermelho)

e com as dimensões reais (marcadores em azul)

equação da reta ajustadacom dimensões reaisy = 21,364x - 8,9635

R² = 0,9917 equação da reta ajustadacom dimensões nominais

y = 21,285x - 9,3051R² = 0,9874

-3,500

-3,000

-2,500

-2,000

-1,500

-1,000

-0,500

0,000

0,500

0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50

log

[ln

(1/

F)]

log(dsv)

Mistura 2

Page 209: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

209

Tabela D.4 – Parâmetrosk e xo da função de distribuição de Rosin, Rammler e Bennet de referência para a distribuição granulométrica da mistura 2

Dimensões k k.log(xo) xo (mm)

nominais 21,285 9,3051 2,7363

reais 21,364 8,9635 2,6276

Tabela D.5 – Distribuição granulométrica da mistura 3 e valores calculados para o gráfico da Figura D.3

dsvnom

(mm)

log (dsv)

nominal

dsvdim

reais

(mm)

log (dsv)

dimensões

reais

Fração em massa

Fração em massa, retida e acumulada

– F

log [ln (1/F)]

2,8 0,451 2,7 0,431 0,0976 0,098 0,367

2,7 0,426 2,5 0,398 0,4524 0,550 -0,223

2,4 0,380 2,4 0,380 0,4000 0,950 -1,290

2,0 0,301 1,9 0,279 0,0500 0,999 -3,000

Figura D.3 – Reta ajustada aos valores da distribuição granulométrica da mistura 3,com dsv calculado com as dimensões nominais das partículas de bambu (marcadores em vermelho) e

com as dimensões reais (marcadores em azul)

equação da reta ajustadacom dimensões reaisy = 22,021x - 9,23

R² = 0,9596 equação da reta ajustadacom dimensões nominais

y = 22,439x - 9,7766R² = 0,9995

-3,500

-3,000

-2,500

-2,000

-1,500

-1,000

-0,500

0,000

0,500

0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50

log

[ln

(1/

F)]

log(dsv)

Mistura 3

Page 210: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

210

Tabela D.6 – Parâmetrosk e xo da função de distribuição de Rosin, Rammler e Bennet de referência para a distribuição granulométrica da mistura 3

Dimensões k k.log(xo) xo (mm)

nominais 22,439 9,7766 2,7271

reais 22,021 9,23 2,6251

Tabela D.7 – Distribuição granulométrica da mistura 4 e valores calculados para o gráfico da Figura D.4

dsvnom

(mm)

log (dsv)

nominal

dsvdim

reais

(mm)

log (dsv)

dimensões

reais

Fração em massa

Fração em massa, retida e acumulada

– F

log [ln (1/F)]

2,8 0,451 2,7 0,431 0,1176 0,118 0,330

2,7 0,426 2,5 0,398 0,3624 0,480 -0,134

2,4 0,380 2,4 0,380 0,5000 0,980 -1,695

2,0 0,301 1,9 0,279 0,0200 0,999 -3,000

Figura D.4 – Reta ajustada aos valores da distribuição granulométrica da mistura 4, comdsv calculado com as dimensões nominais das partículas de bambu (marcadores em vermelho) e

com as dimensões reais (marcadores em azul)

equação da reta ajustadacom dimensões reaisy = 21,779x - 9,2278

R² = 0,8858

equação da reta ajustadacom dimensões nominais

y = 22,807x - 10,008R² = 0,9745

-3,500

-3,000

-2,500

-2,000

-1,500

-1,000

-0,500

0,000

0,500

0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50

log

[ln

(1/

F)]

log(dsv)

Mistura 4

Page 211: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

211

Tabela D.8 – Parâmetrosk e xo da função de distribuição de Rosin, Rammler e Bennet de referência para a distribuição granulométrica da mistura 4

Dimensões k k.log(xo) xo (mm)

nominais 22,807 10,008 2,7467

reais 21,779 9,2278 2,6528

Figura D.5 – Distribuição de Rosin, Rammer e Bennet de referência para a distribuição granulométrica da mistura 1:dsv calculado com as dimensões nominais das partículas de

bambu (marcadores e linha em vermelho) e com as dimensões reais (linha preta e marcadores em azul)

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

fraç

ão e

m m

assa

ret

ida

acum

ulad

a

dsv - mm

distr RRB -dimensões nominais

mistura 1 -dimensões nominais

distr RRB -dimensões reais

mistura 1 -dimensões reais

Page 212: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

212

Figura D.6 – Distribuição de Rosin, Rammer e Bennet de referência para a distribuição granulométrica da mistura 2:dsv calculado com as dimensões nominais das partículas de

bambu (marcadores e linha em vermelho) e com as dimensões reais (linha preta e marcadores em azul)

Figura D.7 – Distribuição de Rosin, Rammer e Bennet de referência para a distribuição granulométrica da mistura 3:dsv calculado com as dimensões nominais das partículas de

bambu (marcadores e linha em vermelho) e com as dimensões reais (linha preta e marcadores em azul)

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

fraç

ão e

m m

assa

ret

ida

acum

ulad

a

dsv - mm

distr RRB -dimensões nominais

mistura 2 -dimensões nominais

distr RRB -dimensões reais

mistura 2 -dimensões reais

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

fraç

ão e

m m

assa

ret

ida

acum

ulad

a

dsv - mm

distr RRB -dimensões nominais

mistura 3 -dimensões nominais

distr RRB -dimensões reais

mistura 3 -dimensões reais

Page 213: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

213

Figura D.8 – Distribuição de Rosin, Rammer e Bennet de referência para a distribuição granulométrica da mistura 4:dsv calculado com as dimensões nominais das partículas de

bambu (marcadores e linha em vermelho) e com as dimensões reais (linha preta e marcadores em azul)

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

fraç

ão e

m m

assa

ret

ida

acum

ulad

a

dsv - mm

distr RRB -dimensões nominais

mistura 4 -dimensões nominais

distr RRB -dimensões reais

mistura 4 -dimensões reais

Page 214: 1 Projeto dissertação v3e - Unicamptaurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/333432/1/Nakashima_FlavioMitsuo_M.pdf · edpex gh duhld d 8pi lqghshqgh gd glvwulexlomr judqxorppwulfd

214

APÊNDICE E – VALORESDAS DIMENSÕES DOS MATERIAIS

UTILIZADOS

Foram efetuadas medidas em 10 pçs de cada material (l/dc=1, 2, 4 e8). O diâmetro de

cada peça foi medida em dois pontos perpendiculares. Foi utilizado um paquímetro, com

menor divisão da escala de 0,05 mm.

Relação l/dc 1 2 4 8 diam compr diam compr diam compr diam compr (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) 1,70 2,00 1,90 4,40 2,05 7,90 1,80 16,35 2,00 1,90 1,90 2,00 1,70 2,00 2,00 4,05 1,90 7,90 1,95 16,45 1,75 1,90 1,70 1,90 1,65 2,15 1,85 4,15 1,85 7,80 1,95 16,25 1,70 1,75 1,90 1,80 1,90 2,00 2,00 3,80 1,95 7,65 1,90 16,45 1,90 2,00 1,80 1,95 1,85 2,15 2,00 4,05 1,90 8,00 1,95 16,30 1,70 2,00 1,80 1,85 1,95 2,00 1,90 4,20 1,95 7,90 1,85 16,30 1,85 1,95 2,00 1,90 1,85 2,10 1,90 4,60 1,75 7,75 2,05 16,60 2,00 2,05 1,95 1,85 2,00 1,90 1,95 4,10 1,95 7,90 1,95 16,40 1,85 2,00 1,80 2,00 1,90 2,10 1,90 4,15 1,90 7,60 2,05 16,35 2,00 1,90 1,90 1,80 2,00 2,05 1,90 4,40 1,90 7,75 1,85 16,40 1,90 1,95 1,85 1,90

Média aritmética 1,86 2,05 1,94 4,19 1,89 7,82 1,91 16,39

Desvio padrão 0,12 0,08 0,07 0,23 0,08 0,13 0,08 0,10 Desvio relativo 0,06 0,04 0,04 0,05 0,04 0,02 0,04 0,01