1 os modelos de markowitz e sharpe o capm prof. dr. roberto arruda de souza lima outubro 2013...
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1
Os Modelos de Markowitz e Sharpe
O CAPM
Prof. Dr. Roberto Arruda de Souza Lima
Outubro 2013
Baseado em SECURATO, J. R. Decisões financeiras em condições de risco. São Paulo: Atlas, 1996.
LES 470 – MERCADO DE CAPITAIS
2
Fronteira Eficiente de Ativos com Risco
Considere uma carteira de investimentos composta dos ativos A1, A2 e A3, nas proporções
w1, w2 e w3, respectivamente.
São conhecidos os retornos médios Im1, Im2 e
Im3, bem como os desvios IS1, IS2 e IS3,
respectivamente.
As covariâncias dos retornos dos ativos são dadas por: cov(I1, I2 ), cov(I1, I3) e cov(IS2, IS3).
3
Fronteira Eficiente de Ativos com Risco
Retorno: ImC
ISC: Risco
Fronteira Eficiente de Ativos com Risco
4
Fronteira Eficiente de Ativos com Risco
Retorno: ImC
ISC: Risco
No plano variância-retorno:
Variância:IV 2sc
5
Fronteira Eficiente de Ativos com Risco
Retorno: ImC
Variância:IV 2sc
Pr1
a1
VbaI:r 11C1
r
a
Dentre todas as retas que têm um único ponto em comum com a curva, a equação da reta tangente deverá ter o mínimo valor para o termo independente a.
6
Diversificação do Risco de uma Carteira
Equações das retas que passam por P:
VbaI jjC
Condição para que seja tangente à curva:
bVIamínimoa Cj min
Ponto P: PP IVP ;Em termos de variância retorno
321 ,, PEm termos de composição da carteira
7
Diversificação do Risco de uma Carteira
Assim, o ponto P deve satisfazer às seguintes condições:
332211 IIII C
bVIamínimoa Cj min
1,,0,1, 321321 comEm que
e
21212
323
22
22
21
21
2 ,cov2 IIIIIVI SSSSC
32323131 ,cov2,cov2 IIII
e
8
Diversificação do Risco de uma Carteira
Obtidos os pontos PSCP IIVP ;2
321 ,,
Pode-se obter os pontos PSC IIP ; que serão pontos da fronteira eficiente de investimentos dos ativos com risco, ambos definidos pela mesma composição
das carteiras.
Próximo passo: obter a composição da carteira que dá os pontos tipo P.
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Diversificação do Risco de uma Carteira
Obter
bVIa C min
1,,0,1, 321321 ecom
321 ,, tais que:
Ou seja
01,,, 321321 g bVIfa C 321 ,,Função a ser minimizada:
submetida à restrição
321321321 ,,.,,,,, gfF
Pelo método do multiplicador de Lagrange, tem-se a função objetivo dada por:
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Diversificação do Risco de uma Carteira
Deve-se resolver o sistema:
321321321 ,,.,,,,, gfF
01
F
02
F
03
F
0F
Deve-se resolver o sistema:
1.,,, 321321 VbIF C
11
Diversificação do Risco de uma Carteira
Substituindo os valores de 2SCC IVI e
1.,,, 321321 VbIF C
tem-se:(PAG.195)
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Diversificação do Risco de uma Carteira
Reescrevendo o sistema:
b
I
bIIIIIS
13312211
21 ,cov2,cov2.2
b
I
bIIIII S
23322
22121 ,cov2.2,cov2
b
I
bIIIII S
33
23232131 .2,cov2,cov2
1.0321 b
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Diversificação do Risco de uma Carteira
Que escrito na forma matricial:
1
.
0111
12,cov2,cov2
1,cov22,cov2
1,cov2,cov22
3
2
1
3
2
1
233231
322
221
312121
b
Ib
Ib
I
b
IIIII
IIIII
IIIII
S
S
S
Que pode ser indicado por: M.W = U
Resolvendo obtém-se: W =M-1 U
O que possibilita obter (w1, w2, w3) em função do
coeficiente b.
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Diversificação do Risco de uma Carteira
Que escrito na forma matricial:
1
.
0111
12,cov2,cov2
1,cov22,cov2
1,cov2,cov22
3
2
1
3
2
1
233231
322
221
312121
b
Ib
Ib
I
b
IIIII
IIIII
IIIII
S
S
S
Que pode ser indicado por: M.W = U
Resolvendo obtém-se: W =M-1 U
O que possibilita obter (w1, w2, w3) em função do
coeficiente b.
Deve-se verificar se a condição 0 ≤ w1, w2, w3 ≤ 1) está
satisfeita. (o método não capta se ocorre ou não esta condição).
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Modelo de Markowitz – caso geral
1
.
0111
12,cov2,cov2
1,cov22,cov2
1,cov2,cov22
2
1
2
1
221
22
221
12121
b
I
b
Ib
I
b
IIIII
IIIII
IIIII
nn
Snnn
nS
nS
Que pode ser indicado por: M.W = U
Resolvendo obtém-se: W =M-1 U
O que possibilita obter (w1, w2, ..., wn) em função do
coeficiente b.
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Modelo de Markowitz – caso geral
Exemplo:
Im1 = 0,15; IS1 = 0,05 cov(I1,I2) = 0,00245
Im2 = 0,25; IS2 = 0,07 cov(I1,I3) = 0,00100
Im3 = 0,35; IS3 = 0,10 cov(I2,I3) = 0,00350
1
35,0
25,0
15,0
.
0111
1)10,0(200350,0200100,02
100350,02)07,0(200245,02
100100,0200245,02)05,0(21
2
2
2
3
2
1
b
b
b
b
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Modelo de Markowitz – caso geral
Resolvendo:
b
8760,199836,01
b
6726,131671,02
b
2034,61835,03
bb
1700,00044,0
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Modelo de Markowitz – caso geral
Questões:
1) Verifique se w1 + w2 + w3 = 1
2) Qual é a equação do retorno médio da carteira?3) Qual é a equação do risco da carteira?4) Qual o retorno no ponto de mínimo risco? (dica:
pense em qual deve ser o valor de b no vértice da parábola)
5) Qual é o valor do desvio no ponto de risco mínimo?
6) Qual é a composição da carteira no ponto de risco mínimo?
7) Para quais valores de b são obtidos os pontos da fronteira eficiente? 1,,0 321 queparadevalores:Dica b
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Modelo de Markowitz – caso geral
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16Risco: IS
Ret
orno
: I m
A3
A Hipérbole nos dá uma carteira
alavancada.
Fronteira Eficiente de Investimento Com Risco
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Modelo de Markowitz – caso geral
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16Risco: IS
Ret
orno
: I m
Fronteira Eficiente de Investimento Com Risco
Considerando que o investimento livre
de risco tenha retorno IF = 0,07
0,07
Fronteira Eficiente Geral de Investimento
C*
21
Carteira de Máxima Razão Recompensa-Variabilidade
Conforme a definição de Sharpe, a razão recompensa-variabilidade de um ativo A, indicada por RVA, é dada por:
SA
FAA I
IIRV
Estendendo o conceito para uma carteira C, tem-se:
SC
FCC I
IIRV
22
Carteira de Máxima Razão Recompensa-Variabilidade
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16Risco: IS
Ret
orno
: I m
Fronteira Eficiente de Investimento Com Risco
IF
Fronteira Eficiente Geral de Investimento
C*
ISC
ImC C
SSC
FCFC I
I
IIII
SC
FCC I
IIRV
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Carteira de Máxima Razão Recompensa-Variabilidade
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16Risco: IS
Ret
orno
: I m
Fronteira Eficiente de Investimento Com Risco
IF
Fronteira Eficiente Geral de Investimento
C*
ISC
ImC C*
*
SC
FCMAX I
IIRV
Quando se obtém a reta tangente à fronteira eficiente de
investimentos com risco, passando por IF, obtém-se a carteira C* que dá a máxima
razão recompensa-variabilidade
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Carteira de Risco Mínimo para um Retorno Fixado
Ver item 6.4 (p.207) de SECURATO, J. R. Decisões financeiras em condições de
risco. São Paulo: Atlas, 1996.
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Modelo de SHARPE
Dificuldade no modelo de Markovitz:
- Estabelecer as covariâncias entre os retornos dos ativos que iriam compor as várias carteiras que seriam analisadas (grande número de cálculos).
Idéia inicial: substituir as covariâncias pelos coeficientes de correlação linear, visto que
yx
y,x S.S
y,xcovr
26
Modelo de SHARPE
• Até aqui, poucas vantagens, apenas trocou o cálculo das covariâncias pelo cálculo dos coeficientes de correlação...
• Seria possível calcular o coeficiente de correlação linear dos retornos dos ativos A1, A2, ..., An, em relação a um único ativo, que atuaria como uma espécie de padrão para as comparações?
Idéia inicial: substituir as covariâncias pelos coeficientes de correlação linear, visto que:
yxyx SS
yxr
.
,cov,
27
Modelo de SHARPE
• Seria possível calcular o coeficiente de correlação linear dos retornos dos ativos A1, A2, ..., An, em relação a um único ativo, que atuaria como uma espécie de padrão para as comparações?
• Se tivéssemos este ativo padrão poderíamos comparar o retorno de cada ativo com o retorno desse ativo padrão e examinar o grau de correlação linear.
IBOVESPA, por exemplo.
28
Modelo de SHARPE
Ver itens 6.5 e 6.6 de SECURATO, J. R. Decisões financeiras em condições de
risco. São Paulo: Atlas, 1996.
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CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
• O desenvolvimento do CAPM baseia-se em algumas hipóteses:
1. Os investidores preocupam-se apenas com o valor esperado e com a variância (ou o desvio padrão) da taxa de retorno.
2. Os investidores têm preferências por retorno maior e risco menor.
3. Os investidores desejam ter carteiras eficientes:aquelas que dão o máximo retorno esperado, dado o risco, ou mínimo risco, dado o retorno esperado.
4. Os investidores estão de acordo quanto à distribuição de probabilidades das taxas de retorno dos ativos, o que assegura a existência de um único conjunto de carteiras eficientes. A
ceita
ção
da r
elaç
ão r
isco
-ret
orno
30
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
• O desenvolvimento do CAPM baseia-se em algumas hipóteses:
5. Os ativos são perfeitamente divisíveis.
6. Há um ativo sem risco, e os investidores podem comprá-lo e vendê-lo em qualquer quantidade.
7. Não há custo de transação ou impostos, ou, alternativamente, eles são idênticos para todos os indivíduos.
As hipóteses implicam em condições de mercado perfeito.
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CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Seja M a carteira de mercado (todos ativos do mercado), em que seu retorno RM apresenta média RmM e risco/desvio RSM.
Considere um ativo de risco A com retorno IA, de média RmA e risco/desvio RSA.
F é um ativo livre de risco com retorno IF.
Deseja-se montar uma carteira C composta pelo ativo A e por M.
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CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Pode-se examinar o que ocorre com o risco e o retorno à medida que variamos a proporção w do ativo A na carteira, calculando:
MAC RII 1e
MASMSASC R,IcovRII 121 22222
SCC II
e
33
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Coeficiente angular das retas tangentes à hipérbole:
MAC RII
MASMSA
MASMSASC
R,IcovRI
R,IcovRII
1212
2121222222
22
0
0
SC
C
I
I
m
34
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Se w 0, a composição de M é alterada. Assim, a condição de equilíbrio de mercado ocorre para w = 0, ou seja, quando não há procura do ativo A em proporções maiores do que sua participação na carteira de mercado M.
35
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Para w = 0:
MAC RII
MASMSA
MASMSASC
R,IcovRI
R,IcovRII
1212
2121222222
22
SM
SMMA
MA
SC
C
RRR,Icov
RII
I
m 2
0
0
36
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Para as carteiras C, formadas pelos ativos A e M (w 0), a razão recompensa-variabilidade é:
SC
FCC I
IIRV
Condição de máxima razão recompensa-variabilidade:
2
0SC
FCSC
SCC
CC
I
III
II
RVRV
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CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Condição de máxima razão recompensa-variabilidade:
2
0SC
FCSC
SCC
CC
I
III
II
RVRV
0
FCSC
SCC II
II
I
SC
FC
SC
C
I
II
I
I
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CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
SC
FC
SC
C
I
II
I
I
Coeficiente angular das retas tangentes à
hipérbole definida pelas carteiras do tipo C
Máxima razão recompensa-
variabilidade da carteiras C
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CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
SC
FC
SC
C
I
II
I
I
Em condição de equilíbrio, w = 0, ou seja, C = M:
SM
FM
SC
C
R
IRI
I
0
40
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Retorno
SM
FM
SC
C
R
IR
I
I
0
Risco
F
M
Carteiras do tipo C’, formadas pelos ativos F e M
Carteiras do tipo C, formadas pelos ativos A e M
SCSM
FMF'C I
R
IRII
41
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
Retorno
SM
FM
SC
C
R
IR
I
I
0
Risco
F
M
Carteiras do tipo C’, formadas pelos ativos F e M
Carteiras do tipo C, formadas pelos ativos A e M
SM
FM
SM
SMMA
MA
R
IR
RRR,Icov
RI
2
Igualando as expressões que nos dão o coeficiente angular da reta tangente à hipérbole:
42
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
SM
FM
SM
SMMA
MA
R
IR
RRR,Icov
RI
2SC
SM
FMF'C I
R
IRII
SM
SMMA
SM
FMMA R
RR,Icov
R
IRRI
2
2
2
SM
SMMAFMFMFA R
RR,IcovIRIRII
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CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
2
2
SM
SMMAFMFMFA R
RR,IcovIRIRII
Esta expressão, obtida por Sharpe, é a equação fundamental do CAPM, caracterizando que o preço de um ativo A, ou seja, seu retorno
médio ImA, é formado por duas parcelas:
FMSM
MAFA IR
R
R,IcovII 2
44
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Precificação de Ativos Financeiros
2
2
SM
SMMAFMFMFA R
RR,IcovIRIRII
Preço do ativo livre de risco
FMSM
MAFA IR
R
R,IcovII 2
Ganho básico dado por (RmM-IF) do qual o ativo recebe uma proporção que caracteriza o
nível de risco do ativo em relação ao mercado
2SM
MA
R
R,Icov