1 origem do-dinheiro
TRANSCRIPT
EBI de Mourão PIEF - 2.º e 3.º Ciclo 2011/2012
Ficha de Apoio n.º 1 – O DINHEIRO
COMO SURGIU O DINHEIRO!
Antes da invenção do dinheiro, as
trocas eram diretas: trocava-se um produto
por outro, embora com muitas dificuldades
levantadas pelas diferenças entre eles.
O “dinheiro” veio facilitar as trocas – todos estavam dispostos a trocar o que tinham por
esse “dinheiro” pois sabiam que com ele poderiam depois comprar, isto é, usá-lo como meio
de pagamento, aceite pela comunidade.
As primeiras formas de dinheiro eram muito diferentes das atuais e muito variáveis
consoante as comunidades: podia ser sal, peles, conchas, etc., desde que servisse para facilitar
as trocas.
Os metais foram muito usados como dinheiro, sobretudo na forma de moedas, como
ainda hoje temos, embora milhares de anos separem as moedas atuais das primeiras moedas.
A partir daí, o dinheiro foi evoluindo nas suas formas, até se tornar aquilo que é hoje,
em praticamente todo o lado: um meio de pagamento representado por notas, moedas,
cartões e registos bancários.
Escola Básica Integrada de Mourão
PIEF – 2.º e 3.º Ciclo
Disciplina: Matemática e Realidade
Nome: _______________________________________ N.º: _______ Data: _____/_____/_____
Desafio: Tostão a tostão faz um milhão!
EBI de Mourão PIEF - 2.º e 3.º Ciclo 2011/2012
IMPORTÂNCIA DO DINHEIRO!
Todos os dias usamos dinheiro: compramos produtos e serviços, pagamos despesas e
contas, emprestamos ou pedimos emprestado. Percebemos que o dinheiro tem muita
utilidade mas tornou-se tão banal que não nos interrogamos como é que chegámos a este
ponto.
O dinheiro é importante para a economia mundial porque desempenha três funções
principais:
• É um meio de troca e pagamento:
O dinheiro é, sem dúvida, uma das maiores invenções da humanidade. Com o dinheiro
como intermediário, as trocas tornaram-se extremamente fáceis. Com o dinheiro pagamos,
isto é, damos à outra parte o valor que a satisfaz e saldamos as nossas dívidas, criando uma
relação de confiança e evitando conflitos.
• É uma unidade ou medida de valor:
Como usamos a régua para medir o comprimento ou o relógio para medir o tempo,
também o valor das coisas precisa de uma unidade para ser medido e comparado. Quase todas
as coisas (bens, serviços, tempo, atividade intelectual) são hoje medidas em dinheiro.
• É um instrumento de reserva de valor:
Não precisas de usar logo o dinheiro. Se o guardares, o valor não desaparece, isto é, o
dinheiro não tem prazo de validade. Contudo, isto não quer dizer que mais tarde consigas
comprar as mesmas coisas que comprarias quando recebeste esse dinheiro – tudo depende da
evolução dos preços.
O dinheiro faz parte do teu mundo
Vivemos na era da globalização e temos acesso a mercadorias
produzidas do outro lado do mundo mas também a serviços e produtos
financeiros de instituições estrangeiras. Não há praticamente transação
que não seja feita com intervenção do dinheiro. Por isso se diz que «o
dinheiro faz girar o mundo»!
Contudo, todos conhecemos expressões como “o dinheiro não é
tudo” ou “o dinheiro não dá felicidade”… De facto, há coisas mais
importantes que não devem ser esquecidas…
EBI de Mourão PIEF - 2.º e 3.º Ciclo 2011/2012
COMO O DINHEIRO FAZ GIRAR O MUNDO!
Uma história recente: a crise financeira de 2007.
A ligação entre as economias contribuiu para o
crescimento das trocas e o progresso em todo o
mundo mas, quando há crises, estas também se
podem sentir a nível mundial. Vê aqui uma
versão simplificada da crise financeira que
recentemente abalou o mundo.
1 – Nos primeiros anos do século XXI, bancos por todo o mundo, mas especialmente em países
como os EUA, concediam créditos e faziam investimentos com elevado risco. Muitos destes
créditos – por exemplo, empréstimos concedidos facilmente a pessoas que não tinham
condições de os pagar – não viriam a ser recuperados, o que desequilibrou as finanças dos
bancos.
2 – As perdas de dinheiro dos bancos alastraram-se um pouco por todo o mundo, conduzindo
a dificuldades em conceder crédito às empresas. Os investimentos nos negócios baixaram e as
perspetivas de lucros também.
3 – Rapidamente, as pessoas perderam a confiança nos investimentos (muitas perderam o
dinheiro investido) e isso levou a uma queda no valor das ações. Muitas empresas sofreram
com isto e abriram falência.
4 – Com o aumento do desemprego, as pessoas passaram a sentir mais problemas financeiros:
mais dificuldades para gerir o dinheiro e controlar as dívidas, mais angústia e stress. Os bancos
passaram a emprestar menos, sendo muito mais rigorosos nos novos créditos concedidos.
5 – Em vários países, o Estado injetou muito dinheiro nos bancos para que estes pudessem
continuar a sua atividade e as pessoas e as empresas pudessem continuar a ter dinheiro para
gastar e investir. Por essa razão, os próprios Estados viram aumentar os seus problemas de
dinheiro e reduziram os apoios e subsídios às populações.
6 – Mas, como acontece em todas as crises, também surgiram algumas coisas positivas: muitas
pessoas tomaram consciência de que percebiam pouco de dinheiro e passaram a procurar
informação e educação financeira; redescobriram também certos valores um pouco
esquecidos, como a importância da poupança.
EBI de Mourão PIEF - 2.º e 3.º Ciclo 2011/2012
OS SERVIÇOS FINANCEIROS
O sistema financeiro português inclui os bancos, as companhias de seguros e o mercado
de valores mobiliários.
Bancos - Bancos comerciais, bancos de investimento, caixas económicas, sociedades
financeiras… Os nomes podem variar, mas o negócio é sempre… dinheiro!
Companhias de seguros – Vivemos numa sociedade de risco, cheia de oportunidades, na
qual também o perigo e o prejuízo espreitam. Mas é possível partilhar os riscos e as suas
consequências, através de contratos de seguro com este tipo de empresas.
Mercado de valores mobiliários – Neste mercado são negociados documentos que
representam direitos e deveres e que podem ser comprados e vendidos (é o que acontece, por
exemplo, na Bolsa).
Retirado de: http://www.gerirepoupar.com/jovens
"A única coisa fácil sobre dinheiro é perdê-lo."
Proverbio