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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.646
BELO HORIZONTE, 12 DE SETEMBRO DE 2017.
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“A chave para a criatividade é fazer conexões inusitadas.”
John Caples
DESENVOLVIMENTO= INTELIGÊNCIA + PACIÊNCIA ......................................................................................................... 2
DEZ ANOS DEPOIS, VOLTA A GANHAR FORÇA A ÁREA DE DESESTATIZAÇÃO DO BNDES ................................................ 4
APÓS RESULTADO POSITIVO DO 2º TRI, IBRE ELEVA PARA 0,7% PROJEÇÃO DO PIB DE 2017 ......................................... 6
GOVERNO ESTÁ PRESTES A PARAR DE PAGAR PREVIDÊNCIA, DIZ MINISTRO ................................................................. 8
LEI ESTABELECE VALORES PARA INDENIZAÇÕES .......................................................................................................... 10
UMA ALTERNATIVA PARA OS DISTRATOS .................................................................................................................... 12
REFORMA DA CLT DEVE IMPEDIR HERDEIRO DE COBRAR DANOS MORAIS .................................................................. 13
É LEGÍTIMA A PENA DE PERDIMENTO DE VEÍCULO EM VIRTUDE DE REITERAÇÃO DE ILÍCITO FISCAL ........................... 15
INCIDÊNCIA DE ICMS SOBRE MERCADORIAS DADAS EM BONIFICAÇÃO É DESTAQUE NA PESQUISA PRONTA ............. 16
NOTA TÉCNICA EFD-REINF – EVENTO R-2070 – RETENÇÕES NA FONTE – IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP ......................... 16
OPERAÇÃO CONEXÃO VENEZUELA – RECEITA FEDERAL COMBATE CRIME DE LAVAGEM DE CAPITAIS EM OPERAÇÕES
DE EXPORTAÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS .............................................................................................................. 17
PIS/COFINS – VENDAS POR COOPERATIVAS COM EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO ................................................... 18
IRPF – ISENÇÃO – AUXÍLIO-DOENÇA ............................................................................................................................ 18
IRPJ – ARRENDAMENTO MERCANTIL – CESSÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS – CÔMPUTO NO RESULTADO .................. 19
IRPJ – REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO – AVALIAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS ...................................... 20
VALORES RESTITUÍDOS DE TRIBUTO PAGO INDEVIDAMENTE NÃO COMPÕE BASE DO SIMPLES NACIONAL ................ 20
PIS/COFINS – VEÍCULOS ADQUIRIDOS PARA LOCAÇÃO – CRÉDITO COM BASE NA DEPRECIAÇÃO ................................ 21
FILHO DE EXECUTADO NÃO PODE SER CONSIDERADO SÓCIO OCULTO PELA SIMPLES EXISTÊNCIA DE PROCURAÇÃO
BANCÁRIA ENTRE PAI E FILHO ..................................................................................................................................... 22
COMISSÃO EXCLUI INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE AVISO PRÉVIO EM DEMISSÃO SEM JUSTA
CAUSA ......................................................................................................................................................................... 23
GOVERNO DE MINAS GERAIS PROMOVE A MAIOR COMPETIÇÃO DO MUNDO DOS NEGÓCIOS .................................. 23
PRODUÇÃO DE 'BERRIES' AVANÇA E EXPORTAÇÕES DE FRUTAS TRADICIONAIS CRESCEM EM MINAS GERAIS ............ 25
Sumário
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DESENVOLVIMENTO= INTELIGÊNCIA + PACIÊNCIA
Fonte: Por Antônio Delfim Neto para Valor Econômico. Há 200 anos, David Ricardo colocou o
grande problema dos economistas: descobrir as leis que regulam a distribuição dos bens e
serviços produzidos pela sociedade entre os seus atores: o trabalho e o capital. Chamou a
atenção para as diferenças entre o interesse do trabalhador, que vende sua força de trabalho, e
o do proprietário do capital, que a compra. Essa observação estimulou, na mente de uma das
inteligências privilegiadas do século XIX, Karl Marx, o mais terrível libelo contra o capitalismo.
Marx, como Keynes e outros grandes pensadores, "tem a má sorte de atrair epígonos", como
notou Maffeo Pantaleoni, no seu obituário de Pareto ("Economic Journal", Dez. 1932). Os
epígonos "repetem suas palavras, recusam qualquer crítica, paralisam o estado da ciência onde
ele a deixou e usam-nas como trampolim para si mesmos. É isso que cria "escolas" que mais
propriamente deveriam chamar-se subservientes "sindicatos de tolos". Juntar-se a uma "escola"
é a negação do continuar a pensar.
O conhecimento de Marx e de Engels sobre a ciência e, principalmente, sobre a tecnologia do
seu tempo, tinha uma distância abissal em relação aos seus economistas contemporâneos. Foi,
sem dúvida, o último dos grandes clássicos. Usou a sua intuição para manipular a dedução e a
indução, sempre tentando, no "O Capital", o controle empírico pela história e pela estatística.
Hoje sua herança é parte da cultura universal.
Sempre desconfiei que a "teoria do valor trabalho" (Locke, Ricardo, Marx) embutia uma
antropologia ignorada pelo marginalismo posterior. A coisa é mais complicada do que parece,
porque há uma assimetria. O trabalho "vivo" pode produzir os bens de produção, mas os bens
de produção não podem ser reconvertidos em trabalho vivo: são trabalho "morto", cristalizado
num objeto. Só se tornam "capital" (uma relação social) quando a propriedade privada é
estendida para além dos bens adquiridos no intercurso direto do trabalhador com a natureza e
a moeda e o crédito propiciam a sua crescente acumulação. Só dão frutos quando "ativados"
pelo trabalho "vivo" que vê multiplicada a sua produtividade.
Um fato interessante é que nem Marx, nem Keynes se reconheceram como "marxista" ou
"keynesiano". O que fazer, então, dos seus epígonos? É melhor ignorá-los.
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Com o desenvolvimento posterior da teoria econômica, o problema da distribuição foi posto de
lado a favor da ênfase neoclássica, que aponta a eficiência alocativa através de "mercados" e
seu sistema de preços como o fator mais importante no processo de desenvolvimento
econômico. No velho marginalismo sonhou-se que os "mercados" competitivos seriam
eficientes na alocação dos recursos escassos e que a produtividade marginal dos fatores
determinaria a distribuição "científica" e, portanto, "justa" do produzido.
Quando se recoloca o problema da distribuição do produzido, se vê que ele tem uma relação
necessária com o próprio aumento da produção. É evidente: 1) que os salários dos trabalhadores
são um importante determinante da "demanda global"; e 2) que o retorno do lucro obtido pelo
"capital" deve suprir o consumo do capitalista e permitir um nível de investimento líquido capaz
de aumentar o estoque de capital. É fato empírico fartamente comprovado que a produtividade
do trabalhador é função, principalmente, da quantidade e qualidade dos bens de produção (o
"capital") que está à sua disposição e que tem a habilidade de manipular.
O desenvolvimento (aumento do produzido) não pode ser estudado sem simultaneamente
estudar como distribuir o produzido. O problema foi escondido com os "fatos estilizados" de
Nicholas Kaldor e com a função Cobb-Douglas usada por Robert Solow, onde, por hipótese, a
participação do trabalho na renda é uma constante. Na FEA-USP, a partir de 1954/55, o modelo
de desenvolvimento utilizado deixava livres a economia de escala e a composição entre
consumo e investimento, como se vê no gráfico abaixo, muitas vezes publicado nesta coluna.
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Um ligeiro algebrismo mostra que, nesse modelo, a taxa de crescimento do PIB é o produto do
coeficiente técnico (a) que liga Y a K por (b), a propensão a investir do capitalista. Essa é o
complemento (1-b) da propensão marginal a consumir da sociedade. Como (a) é relativamente
constante, a taxa de crescimento do PIB depende da escolha de (b) capaz de harmonizar o
crescimento possível com o nível de consumo desejado.
O desenvolvimento robusto e inclusivo exige paciência, inteligência e obediência às restrições
físicas. A história é um cemitério das experiências fracassadas do "voluntarismo" impaciente e
sem considerar as restrições físicas, estimuladas pela "vulgata" pseudo-marxista que, entre nós,
se pensa como "esquerda".
DEZ ANOS DEPOIS, VOLTA A GANHAR FORÇA A ÁREA DE DESESTATIZAÇÃO DO BNDES
Fonte: Valor Econômico. A área de desestatização do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) volta a ganhar força depois de um período de mais de dez anos.
Nos governos do PT, a ênfase se concentrou nas concessões de obras públicas, desenvolvidas
pelos ministérios com financiamento do BNDES. Também houve foco nas parcerias público-
privadas (PPPs), que não deslancharam em âmbito federal.
Antes disso, o BNDES havia tido papel de destaque no ciclo de privatizações de empresas
públicas dos anos 90, quando houve venda de ativos do porte da Vale, do sistema Telebrás e
da Rede Ferroviária Federal (RFFSA). No governo Temer, a área de desestatização do banco
voltou a ganhar posição relevante, embora a estrutura criada no BNDES seja "claramente
insuficiente" para fazer frente ao pacote de privatizações lançado mês passado, avaliou a
economista Elena Landau, ex-diretora de privatizações do banco de 1994 a 1996.
A área de desestatização do BNDES está envolvida em uma série de iniciativas que incluem a
venda de seis distribuidoras da Eletrobras, a privatização da Lotex, um serviço de loteria da
Caixa, e a contratação de estudos para Estados na área de saneamento e gás natural. Existe
também uma agenda com municípios para a fazer estudos e lançar editais de licitação na área
de iluminação pública. Mas os maiores desafios estão por vir. O principal deles é a privatização
da Eletrobras, em relação à qual não fica claro qual será o papel do BNDES.
Enquanto não se define como será a venda da Eletrobras, a área de desestatização do banco
recebeu mandato do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que coordena as concessões
e privatizações, para fazer a modelagem de venda da Companhia Docas do Espírito Santo
(Codesa).
Caberá ao BNDES conduzir a privatização da Codesa em um modelo que pode resultar na venda
total da empresa ou na subconcessão do serviço. Há quem considere que a Codesa pode ser o
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equivalente no setor portuário ao que foi São Gonçalo do Amarante (RN) no setor aeroportuário,
o primeiro dos aeroportos a ser privatizado no Brasil.
Nesse segmento, o BNDES também poderá participar da definição do modelo de venda das
participações minoritárias da Infraero nos aeroportos privatizados no governo Dilma. A área de
desestatização do BNDES também deverá atuar na privatização da Casa da Moeda, como fez
no caso da Lotex.
A maior ênfase dada pelo BNDES às concessões e privatizações vem de 2016, no período em
que Maria Silvia Bastos Marques ainda estava no banco. Ela se demitiu em maio deste ano
depois do envolvimento de Temer nas denúncias da JBS. Mas foi na gestão dela que o BNDES
criou a área de desestatização, com status equivalente ao de superintendência. A estrutura
substituiu uma antiga área, de estruturação de projetos, que operou nos últimos dez anos dando
apoio a Estados e municípios em modelagens, concessões e PPPs.
No período, o banco atuou fazendo PPPs com Estados e municípios, e fez o estudo de venda
do IRB, mas pouco atuou em privatizações. "Foi um período em que saiu muita gente do BNDES
e o banco pode ter perdido a embocadura da privatização", disse fonte.
Rodolfo Torres, superintendente da área de desestatização do BNDES, disse que o banco tem
"expertise" setorial em diferentes áreas, e destacou que a atuação do banco nas concessões e
privatizações se dá em parceria com o PPI, e com os ministérios setoriais. "Nossos mandatos se
referem, na maior parte das vezes, à coordenação dos estudos ou ao trabalho de condutor do
processo licitatório", disse Torres. Ele afirmou que o banco tem uma experiência acumulada de
mais de 30 anos com a alienação de ativos e assessoria para entes públicos, concessões e PPPs.
A área de desestatização do BNDES conta com equipe de 39 pessoas, incluindo três chefes de
departamento e oito gerentes. Os departamentos cuidam de diferentes atividades. Um deles
está a cargo da desestatização das distribuidoras federais da Eletrobras, trabalho que está em
fase de conclusão de estudos este mês; outro departamento cuida do segmento de saneamento
e o terceiro responde por alguns setores, incluindo distribuidoras de gás natural e iluminação
pública. Torres afirmou que o BNDES funciona como órgão de apoio técnico ao processo de
concessão e privatização, embasando decisões políticas.
Para Elena Landau, que foi diretora de privatizações do BNDES nos governos de Itamar Franco
e Fernando Henrique Cardoso, a área de desestatização do BNDES tem uma estrutura
insuficiente para atender o tamanho do pacote lançado pelo governo federal. Na visão dela, a
área deveria ganhar status de diretoria. Ela afirmou ainda que falta uma "governança" apropriada
ao governo federal para fazer frente ao processo de privatizações anunciado. "Uma agenda
como essa merece um destaque de governança diferente, uma estrutura que seja adequada,
uma pessoa que respire e cuide de privatização 24 horas por dia, sete dias por semana", disse
Elena.
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Ela avaliou, por exemplo, que o processo de venda das distribuidoras da Eletrobras está atrasado
em três meses, e criticou a modelagem feita pelo banco para as empresas. Segundo Elena, a
privatização da Eletrobras poderia ser conduzida pela própria empresa, assim como a Petrobras
vem fazendo no processo de venda de seus ativos. "A privatização da Eletrobras não precisa ser
conduzida pelo BNDES, se for uma oferta de ações, a Eletrobras pode conduzir o processo com
a assessoria de um banco de investimentos", disse Elena.
Torres, o superintendente da área de desestatização do banco, disse que a venda das
distribuidoras da Eletrobras envolve ativos complexos e a modelagem exigiu grande
coordenação entre os vários atores envolvidos. "O cronograma está sob controle e alinhado
com Ministério de Minas Energia, PPI e Eletrobras", disse Torres.
Ele reconheceu que o BNDES não tem autonomia nos processos de privatização. "O BNDES
não tem poder de política pública de receber mandato [de privatização] e tocar o processo
sozinho. É um trabalho feito a várias mãos, com os ministérios e a coordenação do PPI." Ciente
de que não consegue dar conta de "tudo", o banco fez parceria com a Associação Brasileira de
Desenvolvimento (ABDE) para desenvolver projetos de iluminação pública com os municípios.
A ideia é envolver bancos regionais de desenvolvimento, como BRDE e BDMG, em projetos do
setor. A parceria pode ser estendida para outras áreas de concessão e PPPs além da iluminação
pública. Em agosto, o BNDES anunciou os consórcios que farão a modelagem das PPPs de
iluminação pública para Porto Alegre e Teresina.
APÓS RESULTADO POSITIVO DO 2º TRI, IBRE ELEVA PARA 0,7% PROJEÇÃO DO PIB DE 2017
Fonte: Valor Econômico. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-
FGV) revisou para cima sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, de 0,3% para
0,7%, refletindo a surpresa positiva com o crescimento da economia no segundo trimestre. O
Ibre manteve a previsão de crescimento da economia de 2,2% para 2018.
Os pesquisadores do Ibre-FGV previam queda de 0,2% da atividade econômica no segundo
trimestre, em comparação aos três primeiros meses do ano, mas o crescimento foi de 0,2%. Os
setores de serviços e agropecuária teriam surpreendido, segundo Silvia Matos, economista do
Ibre.
"Parte da surpresa em serviços achamos que é temporária, como o efeito do FGTS no comércio
mais forte do que o previamente esperado. A previsão sempre foi de recuperação gradual do
consumo das famílias, mas talvez com um ritmo um pouco mais acelerado que o esperado", disse
a economista, após seminário de análise conjuntural.
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Abrindo a previsão pelo lado da oferta, o cenário para o PIB de serviços foi melhorado de -0,2%
para -0,1% neste ano. O Ibre-FGV também passou a prever crescimento de 13% do PIB
agropecuário em 2017, de uma projeção de 10%. Nesse caso, a mudança reflete o efeito de
safras temporárias no segundo trimestre.
"Além disso, os dados de agropecuária são mais precários no trimestre", disse Silvia. "Por
enquanto, achamos que 2018 não será ruim para agropecuária. Temos um viés otimista. Tudo
que coletamos de clima, safras no mundo e Brasil não tem visão de ano que sugira reversão,
após a superprodução deste ano. Seriam dois anos seguidos de agropecuária atípica”, disse.
O Ibre-FGV prevê crescimento de apenas 0,1% do PIB brasileiro no terceiro trimestre deste
ano, frente aos três meses anteriores, pela série com ajuste sazonal. Apesar de abaixo do
registrado no primeiro trimestre (1%) e segundo trimestre (0,2%), o resultado será acompanhado
de taxas positivas dispersas entre as atividades e será menos dependente da agropecuária.
Segundo cálculos da economista, o PIB do terceiro trimestre deste ano cresceria 0,9%, frente
ao segundo trimestre, descontado o impacto da agropecuária, que tende a recuar na margem
com a passagem do pico de colheita da safra. "Nossa preocupação ainda é o investimento, que
segue bastante negativo", disse Silvia.
INVEPAR ADERE A PROGRAMA DE RELICITAÇÃO E VAI DEVOLVER CONCESSÃO
DA BR-040
Fonte: O Globo. A Invepar, que tem como sócios os três maiores fundos de pensão do país –
Previ, Petros e Funcef – e a construtora OAS, decidiu devolver ao governo a concessão do
trecho da rodovia BR-040, que liga o Distrito Federal ao Rio de Janeiro.
Por meio de sua assessoria, a concessionária Via 040 confirmou que fornalizou na segunda-feira
(11) o pedido para adesão ao programa criado pelo governo Michel Temer e que permite a
devolução de concessões leiloadas durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff para
que sejam relicitadas sob novas condições.
A decisão não significa que a Via 040 deixará de imediato a administração do trecho de 936,8
quilômetros da rodovia.
Desde que o programa de relicitação foi criado, pelo menos 3 concessionárias já formalizaram
a intenção de devolver suas concessões. Além da BR-040, também aderiram ao programa a
concessionária do trecho da rodovia BR-153, entre Goiás e Tocantins, e a do aeroporto de
Viracopos, em Campinas.
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GOVERNO ESTÁ PRESTES A PARAR DE PAGAR PREVIDÊNCIA, DIZ MINISTRO
Fonte: Valor Econômico. SÃO PAULO - O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, voltou
a defender nesta segunda-feira a reforma da Previdência e buscou dimensionar a situação atual
do principal gasto do país. “A gravidade da situação é essa: estamos prestes a não poder pagar
a Previdência”, disse em participação no 14º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), em São Paulo. “Não há possibilidade de estabelecer equilíbrio fiscal sem a reforma da
Previdência.”
Segundo Dyogo, o crescimento de R$ 50 bilhões ao ano das despesas previdenciárias engessa
os demais gastos primários do governo federal. “Não há como manter investimento com as
despesas da Previdência crescendo R$ 50 bilhões ao ano”, disse.
Outro exemplo da gravidade do quadro fiscal, de acordo com ele, é a necessidade que o governo
tem de cobrar a devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), para que possa cumprir a chamada “regra de ouro”. Essa regra proíbe o governo
de emitir dívida em valor superior às despesas de capital durante o exercício. “Vamos ter que
tomar dinheiro de volta do BNDES para cumprir a regra de ouro [neste ano]”, afirmou. Nos
próximos anos, no entanto, o volume de devoluções dos recursos do BNDES ao Tesouro deve
diminuir, criando “grande dificuldade” para que o país cumpra a regra de ouro.
Ainda do lado das despesas, Dyogo se disse pouco otimista com o plano de demissões
voluntárias (PDV) de servidores do governo federal, anunciado por ele em julho. “Não estamos
muito otimistas com [com o PDV]”, disse, reafirmando que se, aproximadamente 6 mil servidores
aderirem, pode haver economia anual de R$ 1 bilhão por ano.
Do lado das receitas, Dyogo defendeu a realização de uma reforma tributária, afirmando que há
“um descompasso entre os três grandes setores da economia (serviços, indústria e
agropecuária)” em relação à arrecadação. Ele disse também que o sistema brasileiro tributa
excessivamente o consumo de bens, em detrimento de renda e patrimônio, por exemplo.
Para o ministro, o governo federal não terá sucesso se tentar aprovar simultaneamente as
reformas previdenciária e tributária. “Não temos condições operacionais de tramitar no
Congresso duas reformas juntas”, disse.
2020
Dyogo de Oliveira afirmou que o ajuste fiscal em curso no país já impacta positivamente no
serviço da dívida pública federal. Segundo Oliveira, o país está pagando menos juros e está
reduzindo seu déficit nominal. "Em 2015 o déficit nominal estava em 8,6% do PIB. Este ano
vamos fechar em 7,5%, um nível ainda alto, mas a tendência é ficar abaixo de 5% até 2020",
disse o ministro, acrescentando que a dívida federal se estabilizou em 80% do PIB atualmente,
patamar que não deverá ser modificado nos próximos três anos.
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Oliveira destacou que o ajuste fiscal tem peso na reversão do processo de recessão da economia
e será essencial para a retomada e manutenção do crescimento econômico no curto e médio
prazo. "Precisamos revisar a dinâmica do Estado, das despesas públicas. Eficiência [nos gastos]
é fundamental para a recuperação e o crescimento", acrescentou Oliveira.
O ministro do Planejamento criticou as distorções do sistema tributário brasileiro em todas as
esferas e defendeu uma reforma. "Temos grandes perdas de arrecadação porque o sistema está
falido. Só de arrecadação de ICMS perde-se entre 2,5% e 3% do PIB por causa da guerra fiscal."
Sem recessão
Para Dyogo, a crise econômica pela qual o Brasil passou nos últimos anos ficou para trás.
“Claramente a grande recessão acabou”, disse, durante a apresentação. O ministro fez ressalvas,
no entanto, ao ritmo dessa recuperação e à melhora do quadro fiscal. “O processo de
recuperação dessa crise terá um caráter muito particular”, disse, afirmando que a retomada será
lenta “do ponto de vista econômico e fiscal”.
Segundo ele, o Produto Interno bruto (PIB) brasileiro só deve voltar ao nível de 2014 em “pelo
menos” dez anos. Já o PIB per capita, de acordo com o ministro, só deve retornar a esse patamar
em “12 ou 13 anos”.
Por enquanto, Dyogo afirmou que uma série de indicadores já confirmam o fim da recessão. Ele
citou, por exemplo, que “todas as revisões” recentes para o PIB deste ano têm sido “para cima”,
como a do boletim Focus divulgado nesta manhã, em 0,6% para o PIB deste ano.
O ministro mencionou ainda os bons desempenhos dos serviços e do consumo, assim como da
produção industrial. A estimativa do ministério é que a produção da indústria cresça
aproximadamente 3% neste ano.
Outro fato comemorado por Dyogo foi a reação do mercado de trabalho, que começou antes
do esperado, segundo ele. “E a população ocupada cresceu, então não é uma melhora por
desalento, é por geração de emprego”, disse.
Descontigenciamento
Segundo Dyogo, o governo federal deve anunciar ainda neste mês o volume de recursos
públicos que serão descontingenciados para serem usados até o fim do ano. Ele não quis estimar
precisamente qual o tamanho desse descontingenciamento, mas afirmou que mantém a
previsão de que pode ficar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.
“Com essa medida, manteremos o funcionamento regular dos órgãos [públicos]”, afirmou o
ministro. De acordo com ele, da quantia que for descontigenciada, R$ 2 bilhões devem ser
direcionados para os investimentos públicos, revertendo um remanejamento que o governo
havia feito anteriormente, no qual diminuiu o volume de despesas de capital.
Com esses valores, disse Dyogo, é possível “chegar de modo razoável no fim do ano”.
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BNDES
O ministro confirmou também que o governo federal solicitou ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a devolução de R$ 50 bilhões neste ano e de
R$ 130 bilhões em 2018. “Não há nenhum interesse do governo em dificultar operações do
BNDES”, disse Dyogo. Ele afirmou, no entanto, que o banco tem “uma quantia considerável” em
caixa e que pode ajudar o governo federal a combater o aumento da dívida pública. Durante
sua palestra no fórum, o ministro já havia afirmado que o BNDES é atualmente maior do que o
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
LEI ESTABELECE VALORES PARA INDENIZAÇÕES
Fonte: Valor Econômico. Salário maior, indenização maior. Os danos morais e existenciais
ganharam, com a reforma trabalhista, regras e uma tabela, que limitou os valores ao atrelá-los à
remuneração das vítimas. O máximo, para casos gravíssimos, como um acidente de trabalho com
invalidez parcial ou permanente, será de até cinquenta vezes o último salário do ofendido.
A "tarifação", como denominado pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), deve enfrentar a resistência da categoria, que pode preferir não seguir o
que determina o artigo 223 da Lei nº 13.467. Nas decisões, os juízes podem declarar
"incidentalmente" a inconstitucionalidade do dispositivo e arbitrar valores diferentes dos
estabelecidos - o que pode ser questionado no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo
advogados.
A norma traz quatro níveis de indenização. Para casos de "natureza leve", até três vezes a última
remuneração do ofendido. Ofensas de natureza média, garantem cinco salários. E para casos
graves e gravíssimos, vinte vezes e cinquenta vezes a última remuneração. Na reincidência entre
partes idênticas, o juiz poderá dobrar o valor da indenização.
A limitação, para a Anamatra, viola o princípio da dignidade da pessoa humana (artigo 1º, III) e,
por propiciar tratamento distinto a situações idênticas, a garantia fundamental da isonomia
(caput do artigo 5º). Além do princípio do livre convencimento motivado do juiz, de acordo com
o presidente da entidade, Guilherme Feliciano. "O juiz tem que ter liberdade para dizer qual será
a compensação", afirma.
O presidente na Anamatra lembra que o Supremo Tribunal Federal já analisou a questão da
"tarifação" em abril de 2009, por meio do julgamento que considerou inconstitucional a Lei de
Imprensa - nº 5.250, de 1967. A decisão, por maioria de votos, foi dada em arguição de
descumprimento de preceito fundamental (ADPF) apresentada pelo Partido Democrático.
Para o juiz Fábio Branda, da 70ª Vara do Trabalho de São Paulo, o "tabelamento", com base em
salários, é inconstitucional. "É um grande erro. Está trazendo para os danos morais uma
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classificação em castas", afirma o magistrado. De acordo com ele, pede-se dano moral para
quase tudo. "Trabalhador pede até danos morais por não ter recebido horas extras. Hoje, porém,
a maioria [dos pedidos] não é aceito."
Na 2ª Região (que engloba Grande São Paulo e Baixada Paulista), por exemplo, em quase 10%
das 488,6 mil ações que entraram em 2016 há pedido de indenização. Os danos morais, de
acordo com informação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), figuram este ano (janeiro a
junho) na 14ª posição do ranking dos assuntos mais recorrentes da Justiça do Trabalho,
aparecendo em 188.999 processos.
O advogado Daniel Domingues Chiode, do escritório Mattos Engelberg Advogados, porém,
considera as mudanças um avanço, que dará às empresas uma previsibilidade do que teriam que
pagar e aos trabalhadores do que podem ou não receber em ação judicial. "É óbvio que vai haver
resistência. Saímos do zero. Correto ou não está regulamentado. Do jeito que estava não dava
para ficar", diz o advogado. "Hoje não há um critério objetivo. O que é grave para um juiz pode
ser leve para o outro."
Chiode afirma não ver inconstitucionalidade no fato de duas pessoas que foram vítimas de uma
mesma lesão receberem reparações diferentes. "São duas pessoas diferentes. Se uma mesma
ofensa é dirigida no mesmo ato a um diretor e a uma pessoa de uma posição de fábrica, que
ganha dez vezes menos, não adianta condenar no mesmo valor."
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UMA ALTERNATIVA PARA OS DISTRATOS
Fonte: Por Armando Luiz Rovai e André Luis C. Silva para o Valor Econômico. Há pelo menos
dois anos a atividade imobiliária vem constantemente sofrendo reduções. Outrora, um mercado
próspero e sadio, responsável por elevar os índices de emprego e desenvolvimento do país,
atualmente, amarga uma gigantesca crise econômica, com indicativos que refletem uma
realidade completamente diferente. O cenário está pior como um todo, com ênfase para a
derrubada dos índices relativos a emprego e investimento.
Diante disso, naturalmente, cresceram também os conflitos relacionados às partes envolvidas,
especificamente, entre os consumidores e representantes das empresas do ramo da construção
civil. Neste diapasão, cumpre observar, que o aumento de quebra de contratos foi brutal - até
o final de 2016, 43,4% dos contratos imobiliários sofreram distrato.
O tema, apesar de sua importância social e relevância econômica, não é adequadamente
legislado, o que acarreta demasiada insegurança jurídica para o setor e para os consumidores.
Sendo assim, as empresas tentam há tempos 'negociar' uma saída, a fim de desestimular os
distratos e, via de consequência, garantir maior previsibilidade em eventuais demandas judiciais.
Entretanto, o impasse gerado pelo conflito de interesses é tão latente e com posicionamentos
tão antagônicos que, até o presente momento, ficou inviabilizado qualquer avanço nas
negociações.
Permeia entre os órgãos de defesa do consumidor e os setores representantes da construção
civil uma visão distante e polarizada. Trata-se de uma lógica paradoxal e anacrônica: uma
"vitória" das empresas do setor significaria, necessariamente, uma "derrota" do consumidor, que
eles visam proteger; ou, vice-versa.
Ora, por óbvio que é necessário a manutenção da proteção das garantias e direitos individuais
e coletivos do consumidor, conquistados com tanta luta e esforço pelas entidades responsáveis
por sua defesa. E, aqui, faça-se justiça em enaltecer o papel dos Procons, Defensorias, Ministério
Público e entidades da sociedade civil, como o Idec e o Brasilcon, entre outras. Como é sabido,
o empoderamento do consumidor é fator crucial ao desenvolvimento e bem estar social e, em
tempos de crise, se faz ainda mais necessário, jamais podendo se olvidar de sua importância.
De todo jeito, há que se considerar que o mercado instável, inseguro, tende a aumentar preços,
reduzir empregos, e a prejudicar o próprio consumidor final. O assunto não pode simplesmente
ficar sob a égide do Poder Judiciário que de maneira fria e distante acaba muitas vezes por
decidir de forma lotérica, de tal sorte que a consequente insegurança jurídica não prejudica
apenas a atividade produtiva, mas também o comprador.
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Especificamente, do ponto de vista jurisprudencial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem
entendido como razoável a retenção de até 25% dos valores pagos no caso de distrato, em
evidente benefício ao consumidor e em detrimento da atividade produtiva, que emprega e
participa em forte escala do desenvolvimento do país.
Neste sentido, é necessário considerar que as empresas do setor, a cada distrato, arcam com
um custo irrecuperável de no mínimo 10% sobre o valor do imóvel, entre taxas de corretagem,
publicidade, registro etc. E é, justamente, esta a faixa de valores que é reivindicada. Cabe, ainda,
ponderar que não seria justo, sobremaneira, que o risco negocial fosse repassado inteiramente
ao consumidor. Também não seria lícito exigir que as construtoras arcassem inteiramente com
o prejuízo causado por terceiros, com ou sem intenção.
Ousamos, destarte, apresentar uma alternativa que nos parece, salvo melhor juízo, adequada
para solução do conflito, ou seja, um "caminho do meio". Assim vejamos: nos casos em que a
extinção do contrato se dê por desistência ou inadimplemento do adquirente, seria a perda
integral do "sinal/entrada" ou de 25% (conforme entendimento praticado pelo STJ) dos valores
já pagos, sendo estes expressamente limitados a um máximo de até 8% (oito por cento) do valor
do contrato.
Estabelecer-se-ia, também, de forma taxativa, determinações expressas sobre a forma de
apresentação dos contratos, a fim de garantir clareza, transparência e segurança, como
informações sobre quaisquer ônus que recaiam sobre o imóvel; as consequências do
desfazimento do contrato, seja mediante distrato ou resolução por inadimplemento de
obrigação do adquirente, com destaque negritado para os percentuais das penalidades
aplicáveis e prazos para devolução de valores decorrentes; e o preço total do imóvel.
Desta forma, os elementos de insegurança que pairam sobre o mercado imobiliário atualmente
seriam diminuídos, mantendo, ao mesmo tempo, os direitos do cidadão, tão arduamente
conquistados, estipulando um limite razoável às suas perdas, resguardando-o, inclusive, de
eventuais decisões judiciais desarrazoadas.
Enfim, são essas nossas breves ponderações, para, eventualmente, contribuir de algum modo
para um ambiente de negócios mais seguro, com menos incertezas, com mais investimentos,
para gerar renda e empregos em todo o país, sempre garantindo a continuidade dos direitos que
empoderam o consumidor brasileiro.
REFORMA DA CLT DEVE IMPEDIR HERDEIRO DE COBRAR DANOS MORAIS
Fonte: Valor Econômico. Uma polêmica previsão que consta na lei da reforma trabalhista poderá
impedir herdeiros de buscar na Justiça, como espólio, indenização por danos morais sofridos
por trabalhador. O texto, que deixa margem para interpretação, segundo advogados, é contrário
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à jurisprudência. Hoje o entendimento predominante no Tribunal Superior do Trabalho (TST) é
o de que os familiares têm direito a entrar com ação judicial para fazer a cobrança.
A Lei nº 13.467, de 13 de julho, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entra em
vigor no mês de novembro. O artigo 223-B da norma determina que "causa dano de natureza
extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou
jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação".
Para a advogada Juliana Bracks, do escritório Bracks Advogados Associados, professora da FGV-
RIO e PUC-Rio, a redação do artigo é clara e encerra a polêmica. "A família pode cobrar danos
morais sobre o sofrimento que teve com a perda de um ente querido. Mas o espólio não poderá
mais ajuizar ação entendendo que o trabalhador tinha um dano moral a cobrar da empresa e
não o fez", diz. De acordo com ela, não daria para dizer que o empregado tinha mesmo a
intenção de cobrar uma indenização.
No Tribunal Superior do Trabalho, os ministros têm garantido o direito aos herdeiros por meio
da aplicação do artigo 943 do Código Civil. O dispositivo estabelece que "o direito de exigir
reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança".
Agora, porém, com lei específica, a perspectiva, segundo Juliana, é de mudança de entendimento
no tribunal superior. A previsão é reforçada pelo fato de o artigo 223-A da norma determinar
que "aplicam-se à reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de
trabalho apenas os dispositivos deste título".
Porém, para outros especialistas da área trabalhista, a redação do artigo da Lei nº 13.467 não é
tão clara e poderia dar margem para interpretação. O problema é quem seriam esses titulares
do direito: apenas o trabalhador ou os autores da ação, no caso os herdeiros.
Na opinião do advogado trabalhista Arthur Cahen, sócio do escritório Cahen e Mingrone
Advogados, a redação da forma como está trata apenas do caráter personalíssimo do titular do
direito, sem dizer claramente se ele seria intrasmissível aos seus herdeiros, o que acabaria com
controvérsias.
Um dos casos analisados pelo Tribunal Superior do Trabalho, segundo Cahen, tratou de um ex-
empregado de uma empresa que teria sofrido assédio moral e depois se suicidou. "A família
depois de alguns anos ajuizou ação pedindo reparação por danos morais pelo assédio que o
trabalhador sofreu e o TST entendeu que esse direito era transmissível aos herdeiros", diz.
Para o advogado, a nova previsão não será suficiente para os magistrados reverterem esse
entendimento. "A mudança na lei não faz com que exista uma alteração automática no
pensamento de quem julga. O magistrado pode usar a interpretação de um conjunto de leis e
deixar de aplicar um dispositivo que trata de um tema específico."
A advogada trabalhista Daniela Yuassa, do escritório Stocche Forbes Advogados, também
concorda que o texto ainda pode trazer as mais diversas interpretações. "O texto apenas diz
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que é direito exclusivo do titular. Não está excluindo de forma explícita o espólio. Ainda existe
margem para discussão", afirma.
Todo esse capítulo da lei que trata do dano extrapatrimonial e de sua precificação, segundo a
advogada, traz previsões polêmicas, que podem ainda ser alteradas por medidas provisórias pelo
governo federal. Sem ajustes no texto, acrescenta, deverão gerar controvérsias no Judiciário.
"Tudo isso deve ser ainda muito questionado daqui para frente", diz Daniela.
É LEGÍTIMA A PENA DE PERDIMENTO DE VEÍCULO EM VIRTUDE DE REITERAÇÃO DE ILÍCITO FISCAL
Fonte: Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A reiteração da conduta ilícita induz à pena de
perdimento, ainda que não haja proporcionalidade entre o valor das mercadorias apreendidas e
o do veículo. Com esse entendimento, baseado em jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou provimento à
apelação de um homem contra sentença que rejeitou o pedido para anular o ato administrativo
que decretou a pena de perdimento do veículo em virtude de ilícito fiscal e a restituição do
veículo.
Costa dos autos que o veículo do apelante foi apreendido por transportar mercadorias
desacompanhadas de documentação legal e sem provas de introdução regular no país, passando
por trás da barreira de fiscalização do INDEA (local onde a Receita Federal exerce o controle de
bagagem de viajantes provenientes da Bolívia). O objetivo era não pagar os tributos incidentes
na importação de produtos estrangeiros.
Em suas alegações recursais, o apelante pediu a reforma do julgado alegando que a pena de
perdimento “afrontou o princípio da proporcionalidade”, tendo em vista a desproporcionalidade
entre o valor das mercadorias apreendidas (R$ 3.470,01) e do veículo (R$ 10.495,50).
O relator do caso, desembargador federal Novély Vilanova, esclareceu que as mercadorias
estrangeiras encontradas no território aduaneiro sem comprovante de regular importação
comprovam a prática de ilícito fiscal, nos termos dos Decretos-Lei nº 1.455/1976 e nº37/1966,
sendo punível com pena de perdimento das mercadorias e do veículo transportador.
O magistrado também salientou que o apelante é reincidente na prática do ilícito fiscal, não se
aplicando o princípio da proporcionalidade, conforme a jurisprudência do STJ esclarecendo que
“a reiteração da conduta ilícita dá ensejo à pena de perdimento, ainda que não haja
proporcionalidade entre o valor das mercadorias apreendidas e o do veículo”.
O Colegiado, por unanimidade, acompanhando o voto do relator, negou provimento à apelação.
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INCIDÊNCIA DE ICMS SOBRE MERCADORIAS DADAS EM BONIFICAÇÃO É DESTAQUE NA PESQUISA PRONTA
Fonte: Superior Tribunal de Justiça. A Secretaria de Jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) divulgou nesta segunda-feira (11) novos temas na Pesquisa Pronta. A ferramenta
oferece ao usuário acesso rápido e eficiente aos assuntos julgados na corte.
Um dos temas divulgados trata de direito tributário. A respeito do Imposto Sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), o entendimento do STJ é no sentido de que não há incidência
do tributo quando as mercadorias forem dadas em bonificação, visto que a lei prevê que a base
de cálculo é a operação mercantil efetivamente realizada.
A bonificação é uma modalidade de desconto consistente na entrega de maior quantidade de
produto vendido (em vez de concessão de redução no valor da venda), de modo que o
adquirente da mercadoria é beneficiado com a redução do preço médio efetivo de cada produto,
sem redução formal do preço do negócio.
Direito administrativo
O tribunal tem decidido que a revisão, em sede de recurso especial, da dosimetria das sanções
por atos de improbidade administrativa implica reexame do conjunto fático-probatório dos
autos, incidindo a Súmula 7. A exceção fica por conta das hipóteses em que, da leitura do
acórdão, exsurgir a desproporcionalidade entre o ato praticado e as sanções aplicadas.
O segundo tema de direito administrativo afirma que, por se tratar de vantagem pecuniária não
eventual e componente da remuneração do servidor, o abono de permanência deve compor a
base de cálculo da licença-prêmio indenizada.
Em outro tema, a pesquisa informa que, diante de situações fáticas consolidadas, tendo em vista
a aplicação da teoria do fato consumado, pode ser mitigada a regra instituída no artigo 36,
parágrafo único, inciso III, da Lei 8.112/90, que dispõe sobre a remoção dos servidores públicos
civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Sempre disponível
A Pesquisa Pronta está permanentemente disponível no portal do STJ. Basta acessar
Jurisprudência > Pesquisa Pronta, a partir do menu na barra superior do site.
NOTA TÉCNICA EFD-REINF – EVENTO R-2070 – RETENÇÕES NA FONTE – IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP
Fonte: Receita Federal do Brasil. A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras
Informações Fiscais – EFD-REINF – constitui um dos módulos do Sistema Público de
Escrituração Digital – Sped – e é um projeto da Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB.
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Logo no início de sua implantação, a EFD-REINF substituirá a GFIP referente às informações
tributárias previdenciárias prestadas nesses instrumentos e que não estão contempladas no
eSocial.
Num segundo momento, após sua implantação, a EFD-REINF também substituirá a Declaração
do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte – DIRF.
Entretanto, o cronograma prevê a entrada da EFD-REINF em dois períodos: janeiro e julho de
2018, conforme previsto na Instrução Normativa RFB nº 1701, de 14/03/17. Dessa forma, a
DIRF não será substituída logo de imediato, referente ao ano-calendário 2018 (DIRF 2019).
Sendo assim, o evento da EFD-REINF que colherá informações a respeito de Retenções na
Fonte, denominado “R-2070 – Retenções na Fonte – IR, CSLL, Cofins, PIS/PASEP”, não estará
disponível para o início da primeira entrada em produção, em janeiro de 2018. As demais
informações previstas nos leiautes publicados em setembro de 2017 (versão 2) serão exigidas
dentro do cronograma mencionado.
OPERAÇÃO CONEXÃO VENEZUELA – RECEITA FEDERAL COMBATE CRIME DE LAVAGEM DE CAPITAIS EM OPERAÇÕES DE EXPORTAÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS
Fonte: Receita Federal do Brasil. As investigações tiveram início com base em procedimento
fiscal da Receita Federal, que identificou pessoas jurídicas no Rio Grande do Sul e em São Paulo
realizando transações financeiras atípicas, supostamente no exercício de atividade de
intermediação de exportação de máquinas e implementos agrícolas do Brasil para a Venezuela.
Conforme as investigações, empresas sediadas na Venezuela (dentre elas, uma estatal),
remeteram vultosos valores ao Brasil, a pretexto de aquisição desses equipamentos. Parte
considerável desse montante, porém, não foi destinado aos fabricantes e fornecedores, tendo
circulado em contas bancárias diversas e, ao final, remetida ao exterior. Algumas dessas
transferências tiveram como beneficiárias pessoas jurídicas sediadas em paraísos fiscais. Parte
dos recursos remetidos da estatal venezuelana para o Brasil seria fruto de crime. Apenas no
período de 2010 a 2014, os valores movimentados pela organização teriam ultrapassado o
montante de 200 milhões de reais.
Equipes da Receita Federal e Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em
Porto Alegre/RS (4), Canoas/RS (1), Passo Fundo/RS (4), Erechim/RS (2), Americana/SP (1) e
São Paulo/SP (2). Além disso, 6 pessoas são alvos de condução coercitiva.
Será realizada entrevista coletiva às 10h de hoje (11/9), no auditório da Superintendência da
Polícia Federal no Rio Grande do Sul (Av. Ipiranga, 1365/5º andar – Porto Alegre).
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PIS/COFINS – VENDAS POR COOPERATIVAS COM EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO
Fonte: Receita Federal do Brasil.
Solução de Consulta 383 Cosit
DOU de 12/09/2017
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
EMENTA: VENDAS POR COOPERATIVAS COM EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO.
CRÉDITOS DA NÃO CUMULATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO E
RESSARCIMENTO.
Os créditos de que trata o art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, vinculados a vendas feitas por
cooperativas com a exclusão da base de cálculo de que tratam o art. 15 da Medida Provisória
nº 2.158-35, de 2001, o art. 1º da Lei nº 10.676, de 2003, e o art. 17 da Lei nº 10.684, de
2003, não podem em regra ser compensados com outros tributos nem ressarcidos. Contudo,
podem ser compensados e ressarcidos os mesmos créditos vinculados a vendas feitas por
cooperativas com alíquota zero, isenção, suspensão ou não incidência. DISPOSITIVOS LEGAIS:
Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 15; Lei nº 10.676, de 2003, art. 1º; Lei nº 10.684,
de 2003, art. 17; Lei nº 11.033, de 2004, art. 17; e IN RFB nº 635, de 2006, art. 15.
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS
EMENTA: VENDAS POR COOPERATIVAS COM EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO.
CRÉDITOS DA NÃO CUMULATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO E
RESSARCIMENTO.
Os créditos de que trata o art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, vinculados a vendas feitas por
cooperativas com a exclusão da base de cálculo de que tratam o art. 15 da Medida Provisória
nº 2.158-35, de 2001, o art. 1º da Lei nº 10.676, de 2003, e o art. 17 da Lei nº 10.684, de
2003, não podem em regra ser compensados com outros tributos nem ressarcidos. Contudo,
podem ser compensados e ressarcidos os mesmos créditos vinculados a vendas feitas por
cooperativas com alíquota zero, isenção, suspensão ou não incidência. DISPOSITIVOS LEGAIS:
Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 15; Lei nº 10.676, de 2003, art. 1º; Lei nº 10.684,
de 2003, art. 17; Lei nº 11.033, de 2004, art. 17; e IN RFB nº 635, de 2006, art. 15.
IRPF – ISENÇÃO – AUXÍLIO-DOENÇA
Fonte: Receita Federal do Brasil.
Solução de Consulta 399 Cosit
DOU de 12/09/2017
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BELO HORIZONTE, 12 DE SETEMBRO DE 2017.
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ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA – IRPF
EMENTA: ISENÇÃO. AUXÍLIO-DOENÇA.
Os rendimentos relativos ao auxílio-doença, desde que se refiram a benefício de natureza
previdenciária, efetivamente custeados pela previdência oficial da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios e pelas entidades de previdência privada estão isentos do
imposto sobre a renda da pessoa física. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.541, de 23 de
dezembro de 1992, art. 48; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do
Imposto sobre a Renda (RIR/1999), art. 39, inciso XLII; Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966
– Código Tributário Nacional (CTN), arts. 111, 175 e 176; Decreto nº 3.048, de 6 de maio de
1999, arts. 6º e 10.
IRPJ – ARRENDAMENTO MERCANTIL – CESSÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS – CÔMPUTO NO RESULTADO
Fonte: Receita Federal do Brasil.
Solução de Consulta 405 Cosit
DOU de 12/09/2017
ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA – IRPJ
EMENTA: ARRENDAMENTO MERCANTIL. CESSÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS. REGIME
DE COMPETÊNCIA. CÔMPUTO NO RESULTADO DO EXERCÍCIO.
Admite-se a exclusão, na determinação do lucro real, dos valores recebidos por força da cessão
de direitos de créditos relacionados a contratos de arrendamento mercantil eventualmente
reconhecidos como resultado do exercício em que ocorrer a operação, conforme determina a
Resolução CMN nº 3.533, de 2008, subordinada, entretanto, a posterior adição de tais valores
na determinação do lucro real relativo aos exercícios a que competirem os créditos objeto da
cessão. DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976; art. 4º da Resolução CMN
nº 3.533, de 2008; inc. II do art. 250, art. 251 e art. 273 do Decreto nº 3.000, de 1999; Ato
Declaratório Normativo CST nº 34, de 1987; arts. 7º e 24 da Lei nº 6.099, de 1974; Portaria
MF nº 140, de 1984; Parecer CST/SIPR n° 1.355, de 1983. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL EMENTA: ARRENDAMENTO MERCANTIL.
CESSÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS. REGIME DE COMPETÊNCIA. CÔMPUTO NO
RESULTADO DO EXERCÍCIO. Admite-se a exclusão, na determinação do resultado ajustado,
dos valores recebidos em troca da cessão de direitos de créditos relacionados a contratos de
arrendamento mercantil eventualmente reconhecidos como resultado do exercício em que
ocorrer a operação, conforme determina a Resolução CMN nº 3.533, de 2008, subordinada,
entretanto, a posterior adição de tais valores na determinação do resultado ajustado relativo
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aos exercícios a que competirem os créditos objeto da cessão. DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 2°
da Lei nº 7.689, de 1988; art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, e arts. 62 e 63 da Instrução
Normativa RFB nº 1.700, de 2017.
IRPJ – REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO – AVALIAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
Fonte: Receita Federal do Brasil.
Solução de Consulta 409 Cosit
DOU de 12/09/2017
ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA – IRPJ
EMENTA: REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO. CRITÉRIO PARA AVALIAÇÃO DE
PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS. GANHO OU PERDA DE CAPITAL. LEGISLAÇÃO PÓS-
CONVERGÊNCIA.
Em caso de realização durante a vigência do Regime Tributário de Transição de avaliação a valor
justo pela investida que tenha como contrapartida a conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial,
e a alienação do investimento sob amparo da Lei nº 12.973, de 2014, o saldo na conta de ajuste
de avaliação patrimonial pode ser considerado no valor contábil do investimento
proporcionalmente à participação do investidor no capital social da investida, conforme os novos
métodos e critérios estabelecidos na Lei nº 6.404, de 1976, sem a necessidade de adição de
eventuais ajustes decorrentes da avaliação a valor justo ou da adoção inicial dos arts. 1º a 71 da
Lei nº 12.973, de 2014, na apuração do lucro real e do resultado ajustado. DISPOSITIVOS
LEGAIS: Lei nº 6.404, de 1976, arts. 182, § 3º, e 248, na redação da Lei nº 11.941, de 2009;
Lei nº 11.941, de 2009, arts. 15 a 17, revogados pela Lei nº 12.973, de 2014; Lei nº 12.973,
de 2014, arts. 64 e 119; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 304.
VALORES RESTITUÍDOS DE TRIBUTO PAGO INDEVIDAMENTE NÃO COMPÕE BASE DO SIMPLES NACIONAL
Fonte: Receita Federal do Brasil.
Solução de Consulta 412 Cosit
DOU de 12/09/2017
ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL EMENTA: VALORES RESTITUÍDOS A TÍTULO DE TRIBUTO
PAGO INDEVIDAMENTE. BASE DE CÁLCULO.
Os valores originários dos indébitos tributários restituídos e os juros auferidos sobre o valor
desses indébitos não compõem a base tributável dos optantes pelo Simples Nacional por não
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se enquadrarem na definição de receita bruta. Para o optante pelo Simples Nacional não há
previsão de incidência do IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre o
valor originário dos indébitos restituídos e sobre o valor dos juros auferidos sobre o valor desses
indébitos. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 1º, art. 13º, §
1º; art. 18, § 3º; Resolução CGSN nº 94, de 2011, art. 2º, II, e § 6º. ASSUNTO: NORMAS DE
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA EMENTA: O processo administrativo de consulta se presta a
dirimir dúvidas relativas à interpretação da legislação tributária, não alcançando questões de
natureza procedimental Não produz efeitos a consulta formulada que não identifique o
dispositivo da legislação tributária e aduaneira sobre cuja aplicação haja dúvida. Não produz
efeitos a consulta formulada quando não descrever, completa e exatamente, a hipótese a que
se referir, ou não contiver os elementos necessários à sua solução, salvo se a inexatidão ou
omissão for escusável, a critério da autoridade competente. DISPOSITIVOS LEGAIS: Instrução
Normativa RFB Nº 1.396, de 2013, ementa e art. 18, incisos II, XI e XIV.
PIS/COFINS – VEÍCULOS ADQUIRIDOS PARA LOCAÇÃO – CRÉDITO COM BASE NA DEPRECIAÇÃO
Fonte: Receita Federal do Brasil.
Solução de Consulta 99102 Cosit
DOU de 12/09/2017
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. VEÍCULOS ADQUIRIDOS PARA LOCAÇÃO. CRÉDITO
COM BASE NOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO.
No regime de apuração não cumulativa, o desconto de créditos em relação à aquisição de
veículo por locadoras de automóveis para incorporação ao ativo imobilizado deve ser feito com
base nos encargos de depreciação do veículo. No caso de revenda do veículo antes de exaurida
a sua depreciação, o desconto de créditos deve ser feito somente em relação aos encargos de
depreciação incorridos até a data da revenda. Vinculada à Solução de Consulta Cosit nº 07, de
27 de janeiro de 2015, publicada no Diário Oficial Da União (DOU) de 02 de fevereiro de 2015
e à Solução de Divergência Cosit nº 6, de 13 de junho de 2016, publicada no DOU de 29 de
junho de 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, VI, com redação dada
pela Lei nº 11.196, de 2005, e art. 3º, § 1º, III, com redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014;
e Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, § 14, incluído pela Lei nº 10.865, de 2004, e art. 15, II, com
redação dada pela Lei nº 11.051, de 2004.
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS
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EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. VEÍCULOS ADQUIRIDOS PARA LOCAÇÃO. CRÉDITO
COM BASE NOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO.
No regime de apuração não cumulativa, o desconto de créditos em relação à aquisição de
veículo por locadoras de automóveis para incorporação ao ativo imobilizado deve ser feito com
base nos encargos de depreciação do veículo. No caso de revenda do veículo antes de exaurida
a sua depreciação, o desconto de créditos deve ser feito somente em relação aos encargos de
depreciação incorridos até a data da revenda. Vinculada à Solução de Consulta Cosit nº 07, de
27 de janeiro de 2015, publicada no Diário Oficial Da União (DOU) de 02 de fevereiro de 2015
e à Solução de Divergência Cosit nº 6, de 13 de junho de 2016, publicada no DOU de 29 de
junho de 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, VI, com redação dada
pela Lei nº 11.196, de 2005, art. 3º, § 1º, III, com redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014, e
art. 3º, § 14, incluído pela Lei nº 10.865, de 2004.
FILHO DE EXECUTADO NÃO PODE SER CONSIDERADO SÓCIO OCULTO PELA SIMPLES EXISTÊNCIA DE PROCURAÇÃO BANCÁRIA ENTRE PAI E FILHO
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Acompanhando voto do desembargador
Anemar Pereira Amaral, a 6ª Turma do TRT mineiro julgou desfavoravelmente o recurso
apresentado por um trabalhador e manteve a decisão que excluiu o filho de um sócio da
empregadora do polo passivo da execução, por entender não comprovada a sua condição de
sócio oculto da empresa.
O julgador destacou que as informações obtidas por meio de pesquisa junto ao Cadastro de
Clientes do Sistema Financeiro Nacional são importantes para detectar pessoas interpostas que
porventura venham a emprestar seus nomes, a fim de ocultar o real proprietário de valores.
Advertiu, porém, que o mero vínculo de procuração bancária entre o sócio da empresa
executada e a pessoa física não é capaz de comprovar a confusão patrimonial e a caracterização
de sócio oculto.
No caso, o julgador apurou que a relação bancária entre o sócio da executada e seu filho
decorreu, simplesmente, do grau de parentesco existente entre eles, especialmente em razão
de ser esse último menor à época da interposição da demanda trabalhista e necessitar de
recursos financeiros para a sua subsistência. Outro ponto abordado na decisão foi o de que,
desde os 18 anos de idade, o filho mantém vínculo empregatício com empresas de ramos
totalmente diversos do da empresa executada.
Nesse contexto, na falta de provas claras da condição de sócio oculto do filho, condição essa
que não pode ser presumida, o desembargador entendeu acertada a decisão de primeiro grau,
no sentido de que este não pode ser chamado a responder pela execução trabalhista.
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Processo
PJe: 0051700-41.2003.5.03.0021 (AP) — Acórdão em 08/08/2017
COMISSÃO EXCLUI INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE AVISO PRÉVIO EM DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA
Fonte: Câmara Legislativa. A Comissão de Finanças e Tributação aprovou proposta que exclui
explicitamente da Lei Orgânica da Seguridade Social (8.212/91) a incidência de contribuição
previdenciária sobre o aviso prévio indenizado, que é pago pelo empregador ao funcionário
demitido sem justa causa.
O relator da matéria, deputado João Paulo Kleinübing (PSD-SC), concluiu que a medida, prevista
no Projeto de Lei 5574/09, do deputado Afonso Hamm (PP-RS), não implica aumento ou
diminuição de receita ou despesa públicas.
“O projeto não possui impacto financeiro e orçamentário”, afirmou Kleinübing.
Mesmo não cabendo manifestação quanto ao mérito, o relator argumenta no parecer que a
inclusão do aviso prévio indenizado na base de cálculo da contribuição previdenciária “contraria
o texto constitucional, desconsidera a jurisprudência dos tribunais superiores, aumenta o
encargo tributário do empregador e, por consequência, desestimula a contratação de novos
empregados”.
Compensação
O aviso prévio indenizado é uma compensação paga pelo empregador quando este decide
demitir sem justa causa o funcionário contratado por tempo indeterminado, sendo o mesmo
liberado de imediato de comparecer à empresa.
Conforme o entendimento dos tribunais, o aviso prévio não se caracteriza como uma retribuição
recebida pelo empregado por uma atividade efetivamente realizada.
Tramitação
O projeto segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania; depois,
precisa ser votado ainda pelo Plenário.
GOVERNO DE MINAS GERAIS PROMOVE A MAIOR COMPETIÇÃO DO MUNDO DOS NEGÓCIOS
Fonte: Agência Minas Gerais. Em parceria com o Consulado Britânico, a Secretaria de Estado
de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) promove,
pela primeira vez em Minas Gerais, o Startup Games - competição internacional que se tornou
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vitrine mundial para os negócios. O torneio será realizado de 15 a 17 de setembro, durante o
Inova Minas Fapemig.
Realizada pelo governo britânico, a primeira edição do Startup Games aconteceu durante os
Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Desde então, Sydney, Singapura, Buenos Aires e
Santiago recepcionaram o evento.
Em 2016, foi a vez do Rio de Janeiro acolher a competição. Na ocasião, a maior delegação era
mineira, totalizando 22 startups, entre elas as quatro primeiras colocadas da disputa:
BeerOrCoffee, Virturian, Lett e Pris, respectivamente. As quatro empresas estavam participando
da terceira rodada do programa de aceleração do Governo de Minas Gerais, o Seed.
Devido ao sucesso das participantes mineiras e do contexto favorável de Minas Gerais no
cenário do empreendedorismo e inovação mundial, a capital mineira foi escolhida para receber
a próxima edição do Startup Games. O estado possui o maior número de universidades federais
do Brasil; cinco parques tecnológicos; 20 incubadoras; sede do San Pedro Valley, e o segundo
maior ecossistema de startups do Brasil.
O evento reunirá empreendedores, mentores, investidores, aceleradoras e instituições de
empreendedorismo nacionais e internacionais, buscando conhecer e incentivar projetos que
apresentem soluções para dores da sociedade e do mercado.
O maior objetivo do jogo é o encontro entre investidores e startups, de forma a gerar negócios.
Na prática, funciona como uma bolsa de valores: as 50 startups brasileiras e estrangeiras
recebem 100 ações virtuais e, cada investidor, $1 milhão virtual. A meta de cada startup é
vender ações, de forma a aumentar o valor da empresa. Já o objetivo dos investidores é comprar
ações de baixo valor, mas com futuro promissor.
Durante o evento, os participantes também recebem dicas e estratégias para transformar suas
startups em negócios bem-sucedidos. O vencedor ganha grande visibilidade diante do cenário
empreendedor, além de criar uma forte rede de networking para seu projeto.
Thomas Nemes, cônsul do Reino Unido em Belo Horizonte, afirma que a iniciativa busca atrair
startups de diferentes setores e nacionalidades. “Nosso objetivo é atrair startups do mundo
todo, criando um grupo diverso e representativo. Muitas startups brasileiras estão prontas para
internacionalização e temos uma equipe especializada para ajudar essas empresas a expandirem
seus negócios para o Reino Unido”.
Link de inscrições para o Startup Games Brasil: https://ioasys.com.br/startupgames/
Inova Minas
A mostra Inova Minas Fapemig chega à sua terceira edição em 2017. O evento, realizado pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, com apoio do Sistema Mineiro de
Inovação (Simi) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior (Sedectes), será realizado nos dias 15, 16 e 17 de setembro, no Circuito
Liberdade.
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O objetivo da feira é mostrar que Minas Gerais faz ciência de alta qualidade, que traz impacto
para a economia e resulta em oportunidades de renda.
Serviço/Startup Games
Data: 15 a 17 de setembro
Horário: 10h às 17h
Local: Arena HUB Minas Digital, Praça da Liberdade – antigo Prédio Rainha da Sucata
PRODUÇÃO DE 'BERRIES' AVANÇA E EXPORTAÇÕES DE FRUTAS TRADICIONAIS CRESCEM EM MINAS GERAIS
Fonte: Agência Minas Gerais. Frutas que até pouco tempo só ocupavam as prateleiras de
produtos importados caíram no gosto dos brasileiros. De olho nesse mercado, produtores
mineiros têm apostado e obtido sucesso no cultivo de frutas do grupo das berries, populares
nos Estados Unidos.
O strawberry (morango) é um velho conhecido no Brasil, e sua produção em Minas Gerais está
em escala ascendente. Agora, entraram em cena a raspberry (framboesa), o blueberry (mirtilo) e
a blackberry (amora-preta). Enquanto esse mercado desponta no estado, as exportações
mineiras de frutas consideradas tradicionais, como limão, abacate e abacaxi crescem.
Há dez anos, Ricardo Savi Sacarponi Chermont trocou a vida agitada na capital paulista, onde
trabalhava no mercado financeiro, pelo campo. “Fui morar em Atibaia, no interior de São Paulo,
e comecei a procurar uma terra boa para plantar eucalipto, até que cheguei a Minas e comprei
um sítio de 30 alqueires”, conta. Hoje, ele cultiva morango, blueberry e blackberry no município
de Cambuí, no Território Sul.
Com o sucesso da iniciativa, Ricardo criou uma marca própria e abriu uma loja em Atibaia. “Tenho
quatro câmaras frias com capacidade para estocar até 50 toneladas de frutas, que vendo
congeladas. Meu próximo plano é abrir uma franquia da loja”, comemora.
O cultivo de berries é feito em pequena escala nas propriedades, mas o alto valor agregado
dessas frutas tem atraído cada vez mais produtores. De acordo o pesquisador da Empresa de
Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Emerson Dias Gonçalves, o quilo de
blackberry chega a ser vendido por R$ 15 no mercado, e o de raspberry por até R$ 25.
O produtor Francisco de Assis Vilas Boas abandonou a plantação de batatas na cidade de Maria
da Fé, no Território Sul, para produzir as duas berries. “A mudança valeu a pena. Hoje, eu e meu
sócio colhemos, por ano, duas toneladas de raspberry e cerca de três toneladas de blackberry.
Vendemos tudo congelado. Agora, estamos pensando em produzir geleia e suco dessas frutas”,
diz.
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Futuro promissor
Histórias de sucesso como as de Ricardo e de Francisco entusiasmam os novos produtores de
berries. Em 2013, o turismólogo Daniel Batagin Humada iniciou o cultivo de strawberry,
blueberry e blackberry em Marmelópolis, no Sul do estado. A produção ainda é incipiente, mas
ele acredita em um futuro promissor.
“Plantei cem mudas de blueberry e agora vou plantar mais cem. A primeira colheita só deve
acontecer daqui a três anos. Vale a pena esperar, porque o preço de um quilo sai a R$ 70.
Enquanto isso, vivemos da lavoura de strawberry orgânico, que tem um preço melhor e retorno
mais rápido”
Diversificação
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-
MG) incentiva a diversificação da fruticultura no estado. Segundo o coordenador de Fruticultura
da Emater-MG, Deny Sanábio, o cultivo de berries tende a crescer em Minas.
“Temos condições para produzir frutas tropicais, subtropicais e temperadas e situações especiais
durante o ano todo. Hoje, já é possível produzir strawberry até em localidades com altas
temperaturas, como Montes Claros”, assinala.
De Minas para o mundo
Enquanto novas culturas avançam no estado, as exportações de frutas cujo cultivo já é
tradicional em Minas estão em ritmo acelerado. De acordo com dados da Secretaria de Estado
de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e do Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as vendas mineiras de frutas e seus derivados para o
mercado externo aumentaram 30,3% entre janeiro e maio deste ano, em relação ao mesmo
período de 2016, totalizando US$ 2,8 milhões. Holanda (31%) e Espanha (15%) foram os
maiores compradores. O limão liderou as vendas externas, sendo responsável por 54,9% do
total, somando US$ 1,5 milhão. Em seguida, vieram abacate, abacaxi e manga.
O Território Norte lidera a produção mineira de limão, graças aos produtores do Projeto de
Irrigação do Jaíba. No maior projeto de agricultura irrigada da América Latina, o volume de limão
exportado chega a 4 mil toneladas por ano, segundo o presidente da Associação dos Produtores
de Limão do Jaíba, Randolfo Diniz Rabelo.
Os principais compradores são de países da Europa e do Oriente Médio, que pagam pelo
produto valores que chegam ao dobro do preço praticado no mercado interno. “Temos
capacidade para exportar até oito contêineres por semana”, destaca Rabelo.
Mercado interno
Minas lidera o cultivo de morangos no país. A colheita anual é de 88 mil toneladas. O Território
Sul concentra 81,5% da produção. O estado também responde por 11,5% da produção nacional
de bananas, totalizando 812 mil toneladas por ano, atrás apenas da Bahia e de São Paulo. O
Território Norte é o maior produtor.
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Já a lavoura mineira de citros é a terceira maior do país, tanto no cultivo de laranja (893 mil
toneladas) quanto de limão (127,8 mil toneladas). O estado produz 236 milhões de abacaxis por
ano e é o segundo maior produtor nacional, com uma participação de 15,2%. O Triângulo
responde por 94% do que é colhido em Minas.
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