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Inscrio Sala
Coloque, de imediato, o seu nmero de inscrio e o nmero de sua sala nos
retngulos abaixo.
Concurso Pblico para Provimento de Cargo Tcnico-Administrativo em Educao
Edital n 142/2016
Data: 14 de agosto de 2016.
Durao: das 9:00 s 13:00 horas.
Arquivista
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV
LEIA COM ATENO AS INSTRUES ABAIXO.
Prezado(a) Candidato(a),
Para assegurar a tranquilidade no ambiente de prova, bem como a eficincia da fiscalizao e a segurana no processo de avaliao, lembramos a indispensvel obedincia aos itens do Edital e aos que seguem:
01. Deixe sobre a carteira APENAS caneta transparente e documento de identidade.
Os demais pertences devem ser colocados embaixo da carteira em saco entregue para tal fim. Os celulares devem ser desligados, antes de guardados. O candidato que for apanhado portando celular ser automaticamente eliminado do certame.
02. Anote o seu nmero de inscrio e o nmero da sala, na capa deste Caderno de Questes.
03. Antes de iniciar a resoluo das 50 (cinquenta) questes, verifique se o Caderno est completo. Qualquer reclamao de defeito no Caderno dever ser feita nos primeiros 30 (trinta) minutos aps o incio da prova.
04. Ao receber a Folha-Resposta, confira os dados do cabealho. Havendo necessidade de correo de algum dado, chame o fiscal. No use corretivo nem rasure a Folha-Resposta.
05. A prova tem durao de 4 (quatro) horas e o tempo mnimo de permanncia em sala de prova de 1 (uma) hora.
06. terminantemente proibida a cpia do gabarito.
07. A Folha-Resposta do candidato ser disponibilizada conforme subitem 10.12 do Edital.
08. Ao terminar a prova, no esquea de assinar a Ata de Aplicao e a Folha-Resposta no campo destinado assinatura e de entregar o Caderno de Questes e a Folha-Resposta ao fiscal de sala.
Ateno! Os dois ltimos participantes s podero deixar a sala simultaneamente e aps a assinatura da Ata de Aplicao.
Boa prova!
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Prova de Lngua Portuguesa 10 questes
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Enquanto seguro meu garfo cheio de um suculento macarro, me belisco e olho para o lado,
apenas para checar se aquele momento de divindade gastronmica real. Imediatamente desejo no
ter me virado. A cena bizarra se repete novamente: uma moa bonita aciona a cmera frontal do
celular e o estica frente a seus seios fartos, realados por um vestido a vcuo, enquadrando-os junto
a um prato de sobremesa. Ao longo da ltima hora, aquele deveria ser o quinquagsimo autorretrato
(sou do tempo em que fotinha era retrato).
De repente, comeo a me sentir um extraterrestre naquele restaurante descolado e com boa
msica ao vivo. Quase ningum olhava para os msicos que tocavam um samba de gafieira a
no ser para fotograf-los e post-los em tudo quanto canto ciberntico. Ningum comia sem antes
registrar a comida, ou matava a sede antes de clicar o drink apoiado na mo e com o bar ao fundo.
Era um show de Truman voluntrio, uma bolha de registros milimetricamente calculados.
Beicinhos, caretas, piscadelas, cabelos jogados, ngulos corretos Autorretratos em grupo,
em casa, na cama, na piscina, em frente ao espelho, na academia, no funeral (!), aps o sexo (sim!,
tem isso agora), com o cachorro (milhares com o cachorro, meu Deus), com roupa de festa, com
roupa ntima, sem roupa alguma (!), virado do avesso Essa coisa de selfie tomou uma
proporo to maluca que, em 2013, foi eleita pelo dicionrio Oxford como a palavra do ano, uma
vez que sua popularidade havia crescido pasme! 17.000% em 365 dias. E c estou eu, j
alguns anos depois, mais perdida que cego em tiroteio, achando tudo meio artificial e esquisito. o
crescimento exponencial do ego.
Confesso que sempre que vejo uma selfie bem linda e so vrias em minha timeline
fico imaginando a luta da pessoa at consegui-la. Podem ser horas procurando a iluminao
adequada, treinando a cara no espelho, batendo cabelo pra l e pra c, enquanto o brao quase
gangrena de tanto segurar o celular para cima. Sei disso por experincia prpria. Precisava obter
algumas para uma divulgao e foi um martrio inesquecvel. Segurar um caro arte para poucos.
O problema no se registrar para a eternidade, a modernidade est a e no acompanhar faz
nenhum sentido. O problema retratar a vida sem realmente vivenci-la, estar presente sem estar.
preocupante que as pessoas precisem se autorretratar infinitamente para sentir que esto ali de fato,
muitas vezes crendo intimamente a qualidade daquele momento s ser convalidada a depender do
nmero de curtidas. Narcisos sofredores, narcisos drogados, embriagados de si mesmos e
embevecidos num perigoso egotrip.
O crescimento exponencial do ego costuma carregar uma mortalha pesada: o vazio existencial.
Nunca se esteve to frgil e to exposto ao mesmo tempo. Est a a depresso o mal do sculo
para comprovar. Talvez estejam sobrando registros externos e faltando os internos, num mundo com
menos autorretratos e mais autoanlises. hora de engolir a cmera e deixar que ela registre o que
h de mais importante, mas quem tem realmente coragem para fazer essa viagem?
Posso estar ficando velha, chata e ranzinza. Posso estar saindo do otimismo ciberntico para a
crtica anacrnica, mas, da prxima vez em que voc estiver saboreando um delicioso macarro,
pergunte-se sinceramente qual a necessidade de se autorretratar ao com-lo.
BRENNER, Lara. Como se tornar o idiota da selfie. Disponvel em:
. Acesso em: 28 jul. 2016.
01. A aluso ao filme Show de Truman (linha 11), em que o personagem no sabe que vive numa realidade
simulada por um programa de TV, transmitido mundialmente, reala:
A) a artificialidade das situaes observadas pela autora no restaurante. B) a angustiante busca das pessoas pelo verdadeiro sentido da vida. C) o desconhecimento do paradeiro das fotos nas redes sociais. D) o carter divertido do hbito de fotografar eventos comuns. E) o desencanto das pessoas por uma existncia controlada.
http://www.revistabula.com/6896-como-se-tornar-o-idiota-da-selfie/
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02. No texto, para simular uma verdadeira interao, antecipando reaes do leitor e expressando as suas, a
autora recorre ao emprego frequente de:
A) termos da linguagem comum, como beicinhos (linha 12). B) comentrios paralelos entre parnteses e travesses, como em no funeral(!) (linha 13). C) frases populares como mais perdida que cego em tiroteio (linha 18). D) verbos na primeira pessoa e tom confessional como em Confesso (linha 20). E) formas prprias da linguagem oral como em pra l e pra c (linha 22).
03. Na sequncia com roupa de festa, com roupa ntima, sem roupa alguma (!), virado do avesso (linhas
14-15), os termos esto ordenados numa escala crescente de:
A) luxo. B) beleza. C) banalidade. D) intimidade. E) artificialidade.
04. Da leitura do sexto pargrafo, correto afirmar que:
A) as pessoas evitam o autoconhecimento. B) h menos autorretratos que autoanlises. C) a depresso provoca exposio excessiva. D) a vaidade exagerada pode provocar at a morte. E) as cmeras s fotografam coisas sem importncia.
05. A autora se ope especialmente ao comportamento comum de:
A) fotografar s situaes alegres e felizes. B) tirar autorretratos sorrindo para cmera. C) mostrar partes ntimas nos autorretratos. D) registrar momentos sem viv-los de fato. E) postar fotografias em vrias redes sociais.
06. Assinale a alternativa cuja palavra, como autorretrato (linha 05), sofreu mudana grfica no Novo Acordo
Ortogrfico (Decreto N 6.583, de 29 de setembro de 2008).
A) Bem-te-vi B) Autoanlise C) Extraterrestre D) Recm-casado E) Super-realidade
07. Assinale a alternativa que decompe corretamente o vocbulo em seus elementos mrficos mnimos.
A) Mata-va B) Re-trat-ar C) Imagin-a-ndo D) Pre-ocupan-te E) Em-bri-a-ga-dos
08. Assinale a alternativa cujo verbo se encontra no mesmo tempo e modo verbal que o sublinhado em
Talvez estejam sobrando registros externos (linha 33).
A) ou matava a sede antes de clicar o drink (linha 10). B) sempre que vejo uma selfie bem linda (linha 20). C) Podem ser horas procurando a iluminao adequada (linhas 21-22). D) para sentir que esto ali de fato (linha 27). E) e deixar que ela registre o que h... (linhas 34-35).
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09. Sobre o perodo preocupante que as pessoas precisem se autorretratar infinitamente para sentir que
esto ali de fato (linhas 26-27), correto afirmar que:
A) a ltima orao adjetiva. B) h duas oraes adverbiais. C) o sujeito do verbo ser oracional. D) existem cinco oraes subordinadas. E) todas as oraes so desenvolvidas.
10. Assinale a alternativa em que a funo sinttica do termo grifado est indicada corretamente.
A) ... meu garfo cheio de um suculento macarro (linha 01) adjunto adnominal. B) comeo a me sentir um extraterrestre (linha 07) objeto direto. C) foi eleita pelo dicionrio Oxford (linha 16) adjunto adverbial D) e foi um martrio inesquecvel (linha 24) predicativo do sujeito. E) Talvez estejam sobrando registros externos (linha 33) sujeito.
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Prova de Conhecimentos Especficos 40 questes
11. Ao descrever documentos com base na ISAD(G), o arquivista que est registrando as sucessivas
transferncias de propriedade, responsabilidade e/ou custdia da unidade de descrio e indicando
aquelas aes, tais como histria da organizao, produo de instrumentos de pesquisa, reutilizao dos
documentos para outras finalidades ou migraes de software, que tenham contribudo para sua estrutura
e organizao atuais, realiza seu trabalho com base em que rea e com que objetivo?
A) REA DE CONTROLE DA DESCRIO: Nota do arquivista/ Explicar como a descrio foi preparada e por quem.
B) REA DE CONTEDO E ESTRUTURA: Sistema de arranjo/ Fornecer informao sobre a estrutura interna, ordem e/ou sistema de arranjo da unidade de descrio.
C) REA DE FONTES RELACIONADAS: Existncia e localizao de cpias/Indicar a existncia, localizao e disponibilidade de cpias da unidade de descrio.
D) REA DE CONTEXTUALIZAO/ Histria Arquivstica/Fornecer informao sobre a histria da unidade de descrio que seja significativa para sua autenticidade, integridade e interpretao.
E) REA DE CONDIES DE ACESSO E USO: Caractersticas fsicas e requisitos tcnicos/Fornecer informao sobre quais caractersticas fsicas ou requisitos tcnicos importantes que afetem o uso da
unidade de descrio.
12. O arquivista de uma universidade precisa justificar a constituio de comisso permanente de avaliao
de documentos, que ter a responsabilidade de orientar e realizar o processo de anlise, avaliao e
seleo da documentao produzida e acumulada no seu mbito de atuao, tendo em vista a
identificao dos documentos para guarda permanente e a eliminao dos destitudos de valor. Que
fundamentao legal ele citar?
A) LEI N 8.159, de 08 de janeiro de 1991. B) LEI N 12.527, de 18 de novembro de 2011. C) DECRETO N 1.799, de 30 de janeiro de 1996. D) DECRETO N 4.073, de 3 de janeiro de 2002. E) DECRETO N 82.590, de 06 de novembro de 1978.
13. De acordo com o e-ARQ Brasil, a produo de documentos digitais levou criao de sistemas
informatizados de gerenciamento de documentos. Entretanto, para se assegurar que documentos
arquivsticos digitais sejam confiveis e autnticos e que possam ser preservados com essas
caractersticas, fundamental que os sistemas acima referidos incorporem os conceitos arquivsticos e
suas implicaes no gerenciamento dos documentos digitais. Nesse sentido, importante estabelecer a
diferena entre Sistema de Informao, Gesto Arquivstica de Documentos, Sistema de Gesto
Arquivstica de Documentos, Gerenciamento Eletrnico de Documentos (GED) e Sistema Informatizado
de Gesto Arquivstica de Documentos (SIGAD). Assinale a alternativa que se refere ao seguinte
conceito: Conjunto de tecnologias utilizadas para organizao da informao no-estruturada de um
rgo ou entidade, que pode ser dividido nas seguintes funcionalidades: captura, gerenciamento,
armazenamento e distribuio.
A) GED B) SIGAD C) E-PING D) MOREQ E) Sistema de Informao
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%204.073-2002?OpenDocument
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14. Segundo Camargo & Bellotto (1996), a espcie documental a configurao que assume um documento
com a disposio e a natureza das informaes nele contidas. A espcie documental diplomtica a
espcie documental que obedece a frmulas convencionadas, em geral, estabelecidas pelo direito
administrativo ou notarial. De acordo com o Glossrio de espcies documentais proposto por Bellotto
(2008), a seguinte caracterizao diz respeito a que documento diplomtico? Caracterizao: documento
diplomtico testemunhal de assentamento, horizontal, declarado por autoridade governamental, civil,
militar, eclesistica ou notorial, a partir de realidade ou de um fato constatado.
A) DECISO B) CERTIDO C) ATESTADO D) CERTIFICADO E) DECLARAO
15. O Conselho Internacional de Arquivos (CIA) uma organizao internacional que tem como misso
difundir orientaes de boas prticas gesto de arquivos, seja por meio de eventos cientficos, materiais
educativos, sistemas de informao, entre outros. No prisma da descrio da informao, o CIA
disponibilizou no ano de 2007 o ICA-AtoM (International Council on Archives Access to Memory).
De acordo com o Manual do usurio do ICA-AtoM traduzido e adaptado em lngua portuguesa-BR por
Neiva Pavezi (2013), o ICA-AtoM foi projetado em torno de quais padres internacionais de descrio?
A) ISAD(G), ISDIAH, OAIS, ISAAR(CPF) B) MySQL, ISAD(G), ISAAR(CPF), ISDF C) ISAD(G), ISAAR(CPF), ISDIAH, ISDF D) ISAD(G), PHP, ISDIAH, ISAAR(CPF) E) ISAD(G), ISAAR(CPF), ISDF, GNU
16. Para Schellenberg (1903) o arquivista moderno, lgico, interessa-se pela qualidade dos documentos
que recebe de um rgo do Governo. Aspira a ter a integridade dos documentos preservados. Por isto,
entende-se que os documentos de um determinado rgo: a) devem ser conservados num todo como
documentos desse rgo; b) devem ser guardados, tanto quanto possvel, sob o arranjo que lhes foi dado
pelo rgo no curso de suas atividades oficiais; e c) devem ser guardados na sua totalidade, sem
mutilao, modificao ou destruio no autorizada de uma parte deles. Os princpios arquivsticos que
Schellenberg cita so, respectivamente:
A) Pertinncia territorial; Respeito ordem original; Integridade arquivstica. B) Provenincia; Respeito ordem original; Integridade arquivstica. C) Integridade arquivstica; Pertinncia; Respeito ordem original. D) Inalienabilidade; Provenincia; Respeito ordem original. E) Imprescritibilidade; Integridade arquivstica; Pertinncia.
17. Analise o trecho da descrio a seguir e indique a que rea da NOBRADE se refere: Com o exlio do
ex-presidente Joo Goulart, em abril de 1964, seu arquivo pessoal foi disperso entre alguns antigos
colaboradores, entre os quais Hugo de Faria e Raul Riff. Em 1989, durante a realizao do Guia de
Acervos Privados dos Presidentes da Repblica, o Centro de Pesquisa e Documentao de Histria
Contempornea do Brasil CPDOC, da Fundao Getlio Vargas, entrou em contato com Raul Riff,
com os filhos do ex-presidente Joo Goulart, e com o prof. Luiz Alberto Moniz Bandeira, que afirma ter
recebido por intermdio de Hugo de Farias, parte da documentao para elaborao do seu livro O
governo Goulart. Os documentos que se encontravam sob a guarda de Raul Riff foram doados ao
CPDOC, aps a sua morte, por sua esposa Beatriz Riff, no dia 28 de junho de 1990.
A) rea de notas. B) rea de identificao. C) rea de contextualizao. D) rea de contedo e estrutura. E) rea de controle da descrio.
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18. De acordo com o Manual do usurio em lngua portuguesa-BR (2013) a conta de usurio no ICA-AtoM
pode ser de cinco tipos, sendo que cada um possui permisses diferenciadas. Assinale a opo que lista
os tipos de usurios do ICA-ATOM, segundo o referido Manual.
A) administrador, editor, colaborador, tradutor, annimo. B) administrador, annimo, autenticado, tradutor, editor. C) administrador, autenticado, pesquisador, editor, annimo. D) administrador, pesquisador, colaborador, editor e tradutor. E) administrador, autenticado, tradutor, colaborador, annimo.
19. Conforme Bellotto (1990), tipos documentais representam a unio entre a funo administrativa e o
documento que a registra e que induza que ela se cumpra. Se a espcie a configurao que assume o
documento segundo sua finalidade, o tipo documental a configurao que ela assume segundo a
atividade que a gerou. Diante do exposto, assinale a opo que apresenta somente tipos documentais:
A) ata, carta, decreto, disco, filme, decretos legislativos. B) ata, carta, decretos-leis, litogravuras, fotografia, memorando. C) daguerretipos, litogravuras, serigrafias, xilogravuras, fotografia, filme. D) memorando, ofcio, planta, relatrio, cartas precatrias, decretos legislativos. E) cartas rgias, decretos sem nmero, serigrafias, xilogravuras, cartas-patentes, daguerretipos.
20. De acordo com o DIBRATE, Exposio de documentos a vapores qumicos, geralmente em cmaras
especiais, a vcuo ou no, para destruio de insetos, fungos e outros microrganismos o conceito de
que termo?
A) Velatura. B) Fumigao. C) Laminao. D) Desinfeco. E) Desinfestao.
21. Segundo a Resoluo do Conarq n 43, de 04 de setembro de 2015, um repositrio digital que capaz
de manter autnticos os materiais digitais, de preserv-los e prover acesso a eles pelo tempo necessrio
o conceito de:
A) RCD-Arq B) ICA ATOM C) Repositrio digital D) Repositrio digital confivel E) Repositrio arquivstico digital
22. O arquivista de uma instituio federal de ensino est orientando os tcnicos de arquivo na atividade de
destinao de documentos para eliminao aps cumprimento do prazo de guarda. Ele precisar orientar
os procedimentos em conformidade com qual Resoluo do Conarq?
A) Resoluo n 4, de 28 de maro de 1996. B) Resoluo n 5, de 30 de setembro de 1996. C) Resoluo n 7, de 20 de maio de 1997. D) Resoluo n 14, de 24 de outubro de 2001. E) Resoluo n 40, de 9 de dezembro de 2014.
23. Segundo Jos Maria Jardim (1998) Chegamos aos anos 90 com a aprovao da lei que dispe sobre a
poltica nacional de arquivos pblicos e privados, sancionada em 8 de janeiro de 1991. Diversos aspectos,
porm, carecem ainda de regulamentao e as correspondentes polticas pblicas. Que outra lei pode ser
considerada um marco para legislao arquivstica brasileira?
A) Lei n 12.343 B) Lei n 12.527 C) Lei n 12.528 D) Lei n 12.865 E) Lei n 12.965
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/legislacao/leis-e-decretos-leis/74-lei-n-12-965,-de-23-de-abril-de-2014.html
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24. De acordo com a Resoluo Conarq n 42, de 9 de dezembro de 2014, que dispe sobre a anlise do
papel reciclado fabricado no Brasil para produo de documentos arquivsticos, o Brasil no tem
legislao que descreva as caractersticas de qualidade do papel permanente para uso na produo de
documentos de arquivo e correlatos. Estes devem ter longevidade e, portanto, ser produzidos em papis
de longa permanncia. O estudo da Cmara Tcnica de Preservao de Documentos alerta que, enquanto o
papel reciclado brasileiro for fabricado com fibras de celulose lignificadas oriundas apenas de rvores de
eucalipto, classificadas como fibras curtas, ele no atender as especificaes das normas internacionais:
A) ISO 5963/1985 e ISO 2788/1986 B) ISO 9706/1994 e ISO 11108/1996 C) ISO 14721/2003 e ISO 16363/2012 D) ISO 15408/2005 e ISO 23081-1/2006 E) AS ISO 15489-2/2002 e ISO 14721/2003
25. De acordo com Joo Eurpedes Franklin Leal (2012), a cincia que nos permite distinguir os
documentos autnticos dos falsos ou falsificados e a analisar sua tipologia.
A) Herldica. B) Paleografia. C) Diplomtica. D) Numismtica. E) Direito Notorial.
26. De acordo com Ana Regina Berwanger (2012), o documento diplomtico pode ser decomposto em:
A) Gnese e Tipologia. B) Protocolo inicial; Texto; Escatocolo. C) Caractersticas do material; Caractersticas da lngua. D) Funo crtica; Funo jurdica; Funo classificadora. E) Caracteres extrinsecos ou externos; Caracteres intrnsecos ou internos.
27. O que Carmona Mendo (2004) explica como sendo [...] o processo de investigao e sistematizao de
categorias administrativas e arquivsticas nas quais se sustenta a estrutura de um fundo, sendo um dos
seus objetivos principais, assegurar atravs dos seus resultados a avaliao das sries documentais, O
Dicionrio Brasileiro de Terminologia Arquivstica (2005) define como processo de reconhecimento,
sistematizao e registro de informaes sobre arquivos, com vistas ao seu controle fsico e/ou intelectual.
Assinale a opo que apresenta o processo citado.
A) Gesto documental. B) Arranjo documental. C) Descrio arquivstica. D) Identificao arquivstica. E) Diplomtica contempornea.
28. Segundo Katia Isabelli (2011), o movimento associativo dos arquivistas no Brasil teve dois grandes
momentos. O primeiro com a criao da AAB e seus Ncleos Regionais; e o segundo, com a extino
dos Ncleos Regionais e o surgimento de novas associaes. Assinale a opo que apresenta a
sequncia correta de criao das primeiras associaes de arquivistas ou de Arquivologia no Brasil.
A) ArqSP; AABA; Abarq B) Abarq; ArqSP; AAERJ C) Abarq; AARGS; ArqSP D) AAERGS; ArqSP; Abarq E) ArqSP; Abarq; AAERGS
29. Para efeitos da Lei de Acesso Informao, considera-se como o conjunto de aes referentes
produo, recepo, classificao, utilizao, acesso, reproduo, transporte, transmisso, distribuio,
arquivamento, armazenamento, eliminao, avaliao, destinao ou controle da informao:
A) gesto documental. B) arquivstica integrada. C) tratamento da informao. D) diplomtica contempornea. E) gerenciamento eletrnico de documentos.
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30. Segundo Duranti apud Innarelli e Piconi (2005), um dos fatores que auxiliam no acesso e preservao
de documentos digitais o estabelecimento de formatos, tanto para a captura de documentos atravs de
equipamentos de digitalizao, como para os documentos que j nasceram em meio digital. Estabelecer
formatos padro para documentos digitais uma das alternativas que garantem seu acesso no futuro,
diminuindo problemas em relao preservao digital. Brown apud Innarelli e Piconi (2005) define
critrios para a seleo dos padres. Assinale a alternativa compatvel com os padres propostos por
Brown apud Innarelli e Piconi (2005).
A) Acessibilidade, estabilidade, interoperabilidade, autenticidade, processabilidade. B) Capacidade, interoperabilidade, compatibilidade, estabilidade, disponibilidade. C) Disponibilidade, integridade, confidencialidade, acessibilidade, autenticidade. D) Organicidade, confiabilidade, autenticidade; organicidade, unicidade. E) Apresentao, autenticidade, organicidade, unicidade, acessibilidade.
31. De acordo com o Decreto n 4.915/2003, ficam organizadas sob a forma de sistema, as atividades de
gesto de documentos no mbito dos rgos e entidades da administrao pblica federal, com a
denominao de:
A) SIGA B) SISG C) SINAR D) SIGAD E) SEGAD
32. Para Marilena Leite Paes (2004), h dvidas quanto origem do termo arquivo. Alguns afirmam ter
surgido na antiga Grcia, como a denominao arch, atribuda ao palcio dos magistrados, tendo
evoludo para acheion, local de guarda e depsito dos documentos. Benjamim Franklin Ramiz Galvo
(1909) considera o termo arquivo como procedente de archivum, palavra de origem latina, que no
sentido antigo identifica o lugar de guarda de documentos e outros ttulos. H registros do termo arquivo
com o conceito de local de guarda de documentos, na Bblia Sagrada, no livro de Esdras, captulo 6,
versculo 1, escrito entre 456 e 444 antes de Cristo: Foi ento que o rei Dario emitiu um decreto
ordenando que se fizessem verificaes em Babilnia, na casa dos arquivos, onde os tesouros estavam
depositados. Bellotto (1996) afirma que historicamente, os arquivos esto presentes desde as mais
primitivas e antigas sociedades. Rondinelli (2002, p. 39-41) concorda com Bellotto, quando afirma que o
nascimento dos arquivos remonta Antiguidade, quando surgiram os primeiros documentos resultantes
de atividades exercidas pelo poder constitudo. Entretanto, a autora afirma que embora tenham surgido j
com as civilizaes antigas da sia Menor, no Ocidente, mais precisamente a partir da segunda metade
do sculo XVIII, que a histria dos arquivos e arquivologia registra 5 momentos significativos. Assinale
a opo que apresenta 3 desses 5 momentos apresentados por Rosely:
A) Criao do Arquivo Nacional da Frana, Promulgao do princpio da provenincia, Publicao do Manual dos Arquivistas Prussianos.
B) Criao do Arquivo Nacional da Frana, Advento da Imprensa, Ampliao do uso dos documentos eletrnicos pelas instituies pblicas.
C) Criao da cole Nationale des Chartes, Publicao do Manual dos Arquivistas Prussianos, Promulgao do princpio da provenincia.
D) Criao da cole Nationale des Chartes, Promulgao do princpio da provenincia, Ampliao do uso dos documentos eletrnicos pelas instituies pblicas.
E) Criao do Arquivo Nacional da Frana, Advento da Imprensa, Aumento do volume de documentos e necessidade de racionalizao da produo e do tratamento dos mesmos.
33. Conforme Rousseau e Couture (1998, p. 52), h em arquivstica trs princpios que constituem o
fundamento da disciplina. Assinale a opo que apresenta os trs princpios utilizados desde o final do
sculo XIX e, sobretudo, no sculo XX, constituindo a prpria base da arquivstica moderna.
A) Pertinncia, provenincia e teoria das trs idades. B) Territorialidade, provenincia e teoria das trs idades. C) Respeito aos fundos, territorialidade, respeito a ordem original. D) Teoria das trs idades, provenincia e respeito a ordem original. E) Respeito a ordem original, respeito aos fundos e teoria das trs idades.
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34. De acordo com Marques & Roncaglio apud Mariz, Jardim e Albite Silva (2012, p.74), as prticas
arquivsticas so bastante antigas, mas configurao cientfica da Arquivologia recente. Enquanto no
contexto internacional o delineamento de um estatuto cientfico se deu no final do sculo XIX, no Brasil, as
primeiras iniciativas surgiram na dcada de 1970. Nesse perodo intensifica-se a cooperao arquivstica
internacional, com a vinda de professores e pesquisadores estrangeiros (franceses, italianos, espanhis,
norte-americanos, mexicanos, argentinos, colombianos, alemes); aumenta significativamente o nmero de
inscritos no Curso Permanente de Arquivos (CPA) e o seu currculo reformado; sistematizam-se as
preocupaes quanto transferncia desse curso para a universidade, por meio de negociaes e acordos entre
vrias instituies pblicas. Assinale a opo que apresenta outros acontecimentos importantes para a
Arquivologia brasileira na dcada de 70:
A) Criao do SINAR; Criao da AAB; Criao da CONAR Comisso Nacional de Arquivos. B) Criao da AAB, Criao do curso de Organizao de Arquivos do IEB/USP; Criao da APHA. C) Criao da APHA e da AAB; autorizao para a criao de cursos de Arquivologia em nvel superior. D) O Brasil participa da I Semana Internacional de Arquivos; publicao do anteprojeto de lei dos arquivos. E) Criao da AAB; Realizao do I CNA; Regulamentao das profisses de Arquivista e Tcnico de Arquivo.
35. Segundo Rousseau e Couture (1998, p. 48), a prtica da arquivstica est intimamente ligada
existncia dos arquivos. Porm, a estruturao desses hbitos de trabalho em torno de um mesmo objeto
e o aparecimento de princpios prprios aos arquivos constituem um fenmeno contemporneo. Quais
foram as primeiras prticas arquivsticas? De que necessidades nasceram os princpios arquivsticos?
Como se constituiu o corpus cientfico? Eis outras tantas interrogaes a que possvel fornecer alguns
elementos de resposta a partir das informaes que a histria nos transmitiu. A disciplina arquivstica
desenvolveu-se em funo das necessidades de cada poca. Ela constituda por um savoir-faire que se
foi acumulando ao longo dos anos. Os mtodos de trabalho mudaram, mas encontramos geralmente as
mesmas preocupaes funcionais. A histria permite definir quatro grandes setores principais que foram
objeto dos trabalhos dos especialistas dos arquivos. Assinale a opo que indica os quatro grandes setores.
A) Produo, tramitao, uso e avaliao. B) Tratamento, conservao, criao e difuso. C) Produo, utilizao, acesso e distribuio. D) Recepo, armazenamento, avaliao e destinao. E) Produo, classificao, transmisso e arquivamento.
36. No e-ARQ Brasil (2006, p. 12), os requisitos foram considerados da seguinte forma: so obrigatrios
quando indicados pela frase: O SIGAD tem que...; altamente desejveis quando indicados pela frase:
O SIGAD deve...; facultativos quando indicados pela frase: O SIGAD pode.... Cada requisito
numerado classificado como: (O) = Obrigatrio = O SIGAD tem que ...; (AD) = Altamente
Desejvel = O SIGAD deve ...; (F) = Facultativo = O SIGAD pode .... TEM = significa que o
requisito imprescindvel. DEVE = significa que podem existir razes vlidas em circunstncias
particulares para ignorar um determinado item, mas a totalidade das implicaes deve ser
cuidadosamente examinada antes de escolher uma proposta diferente. PODE = significa que o requisito
opcional. O registro consiste em formalizar a captura do documento arquivstico dentro do sistema de
gesto arquivstica por meio da atribuio de um nmero identificador e de uma descrio informativa.
Em um SIGAD, essa descrio informativa a atribuio de metadados. Assinale a opo que apresenta
somente metadados obrigatrios para o registro de um documento em um SIGAD.
A) Data e hora do registro; nmero identificador atribudo pelo sistema; originador. B) Restrio de acesso; data e hora da transmisso e recebimento; originador. C) Data de produo; data e hora da transmisso e recebimento; destinatrio. D) Descritor; produtor; nmero identificador atribudo pelo sistema. E) Espcie documental; data e hora do registro; data de produo.
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37. Rousseau & Couture (1998, p. 51) afirmam que desde o incio do sculo XIX que os arquivistas
comearam a sentir que a difuso dos arquivos lhes dizia respeito, difuso essa que assumiu diversas
formas como:
A) rdio, TV, Internet. B) SIC, e-SIC, Ouvidoria. C) campanhas informativas, mala-direta, eventos. D) cpia, reproduo, exposio temtica, microfilme. E) marketing institucional, atendimento ao usurio; portal.
38. Em artigo publicado na Revista Acervo, Marilena Leite Paes afirma que em razo da ambiguidade da
legislao que rege os dois sistemas, a indispensvel interao entre os estgios de evoluo dos arquivos
torna-se muito complicada, pois exige de seus responsveis um desempenho que poderamos chamar de
diplomtico, uma vez que se fundamenta no entendimento, na colaborao e no acordo mtuo.
Entretanto, no se pode negar que a criao de ambos, a despeito das inmeras dificuldades geradas a
partir dessa duplicidade de comandos, despertou interesse sobre os arquivos, fazendo surgir algumas
iniciativas tanto nas instituies pblicas quanto nas empresas privadas. A que sistemas a autora est se
referindo?
A) SNA e SISG B) SISG e SIGA C) DASP e SNA D) SISG e SINAR E) SINAR e CONARQ
39. Segundo o historiador norte-americado Lawrence Burner, apud JARDIM (1987), o processo de reduzir
seletivamente a proposies manipulveis a massa de documentos, que caracterstica da civilizao
moderna, de forma a conservar permanentemente os que tem um valor cultural futuro sem menosprezar a
integridade substantiva da massa documental para efeitos de pesquisa o conceito de que atividade
arquivstica?
A) Difuso cultural. B) Arranjo documental. C) Gesto de documentos. D) Avaliao de documentos. E) Identificao de documentos.
40. Por meio do estudo RAMP, a Unesco procurou abordar o tema A funo da gesto de documentos e
arquivos nos sistemas nacionais de informao, conforme o trabalho de James Rhoads, apud JARDIM
(1987), um programa geral de gesto de documentos para alcanar economia e eficcia, envolve as
seguintes fases:
A) tratamento, conservao, criao e difuso. B) identificao, avaliao, seleo e destinao. C) produo, utilizao e conservao, destinao. D) produo, tramitao, uso, avaliao e destinao. E) captura, registro, classificao, indexao, arquivamento, pesquisa e preservao.
41. De acordo com Rondinelli (2013, p. 206), a questo terminolgica envolvendo o conceito de arquivo foi
amplamente abordada por Lodolini no seu clssico Arquivstica: princpios e problemas. Na verdade, o
autor italiano vinculou o tema s diferentes vises sobre o momento em que os arquivos nascem. A partir
da identificou duas teorias cujos partidrios, no seu entendimento, no conhecem possibilidade de
consenso (Lodolini apud Rondinelli). De um lado, estariam os defensores da teoria de que o arquivo
nasce no mesmo instante e no mesmo local em que os documentos so produzidos; de outro, os que
entendem que:
A) o arquivo nasce somente quando os documentos foram classificados como ostensivos. B) o arquivo nasce somente quando os documentos foram declarados como de interesse pblico. C) o arquivo nasce somente quando os documentos foram usados como fonte de pesquisa historica. D) o arquivo nasce somente quando os documentos foram selecionados para preservao permanente. E) o arquivo nasce somente quando os documentos foram recolhidos s instituies arquivsticas pblicas.
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42. Segundo o arquivista portugus Armando Malheiro Silva (1999, p. 103), a evoluo poltica da Frana,
designadamente a tomada do poder por Napoleo I e a sua estratgia expansionista visando a criao do
Imprio, no deixou de ter reflexos importantes na situao dos arquivos. O entendimento que o
imperador fazia do governo, atravs de uma forma personalizada e centralizadora de dirigir, levou-o a
uma atitude centralizadora relativamente aos arquivos dos pases dominados. A partir de 1808, ele
legislou no sentido de obrigar a transferncia para Paris de centenas de milhares de documentos dos
arquivos das administraes dos territrios anexados ou ocupados (ustria, Alemanha, Itlia, Espanha,
Blgica, etc). Assistimos, pois, mais uma vez, a uma concentrao de inmeros arquivos devido a causas
polticas, mas tambm por uma necessidade essencialmente administrativa. Todavia, esta concentrao
teve consequncias nefastas relativamente integridade dos arquivos reunidos. (...) Os documentos de
todos os arquivos incorporados foram tratados como um s conjunto, sendo fisicamente distribudos por
cinco sees cronolgico-metdicas, ou seja, sries sistemticas, muito moda das concepes tericas
herdadas do iluminismo e do enciclopedismo. (...) Este mpeto intervencionista, fruto da administrao
napolenica, no foi um mero acidente conjuntural, mas manteve-se em vigor e tem perdurado at os dias
de hoje. Esse modelo de organizao adultera que qualidade do documento arquivstico e princpio da
Arquivologia?
A) Confiabilidade e provenincia. B) Unicidade e pertinncia territorial. C) Acessibilidade e respeito aos fundos. D) Autenticidade e teoria das trs idades. E) Organicidade e ordem original dos arquivos.
43. Schellenberg (1974) afirma que os arquivos como instituio, provavelmente, tiveram origem na antiga
civilizao grega. Nos sculos V e VI a . C. os atenienses guardavam seus documentos de valor no
templo da me dos deuses, isto , no Metroon, junto a corte de justia na praa pblica em Atenas. No
templo conservavam-se tratados, leis, minutas da assembleia popular e demais documentos oficiais.
Entre outros, havia o discurso que Scrates escrevera em sua prpria defesa, manuscritos de peas de
squilo, Sfocles e Eurpedes e as listas dos vencedores das olimpadas. Esses documentos foram
conservados e transmitidos desde os tempos primitivos, at talvez o sculo III da era crist, na forma de
rolos de papiro. Embora no sejam atualmente guardados em arquivos, a sua preservao inicial ocorreu
em tais circunstncias. (SCHELLENBERG, 1974: 3) Segundo o mesmo autor, arquivista americano
criador dos conceitos de valor primrio e secundrio dos documentos, o desenvolvimento dos arquivos
durante o declnio das civilizaes antigas e na Idade Mdia, exerceram alguma influncia no carter dos
arquivos que apareceram no incio da Idade Moderna. Em seu livro Arquivos Modernos, Schellenberg
(1974) considera como arquivos modernos:
A) os pases de tradio ibrica. B) os dos pases de lngua inglesa. C) os dos Estados Unidos e Canad. D) os dos Estados Unidos, Canad e Frana. E) os da Frana, Inglaterra e Estados Unidos.
44. Em relao aos arquivos e s suas funes nas diferentes civilizaes, Rousseau e Couture (1998)
questiona partida, que significa a palavra arquivos? O termo archeion, utilizado inicialmente pelos
Gregos no sculo III ou II a. C., designa simultaneamente government palace, general administrator,
office of the magisteater, records office, original records, repository for original records, authority. A
palavra arch, de onde provem, tem por sua vez o sentido mais lato de foundation command, power,
autority. Refere-se pois s atividades administrativas. A sua utilizao varia posteriormente. Fica,
porm estabelecido que os documentos administrativos fazem parte de todas as pocas. Eles regem as
relaes entre os governos, s organizaes e as pessoas. (ROUSSEAU E COUTURE, 1998, p.32).
Segundo os autores canadenses, ao longo das pocas e dos regimes, os documentos serviram para:
A) servir administrao e histria. B) provar atos sobre lugares, pessoas e fatos. C) registrar os atos decorrentes do exerccio das atividades. D) atender s necessidades funcionais e culturais dos usurios. E) o exerccio do poder, o reconhecimento dos direitos, o registro da memria e para sua utilizao futura.
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45. Em seu livro Ecologia da Informao, Davenport questiona por que precisamos de uma estratgia da
informao: verdade que muitas organizaes no possuem estratgias de informao, e a maioria
sobrevive mesmo assim. Ento por que a preocupao? Embora eu odeie a proliferao de memorandos e
reunies, h no mnimo cinco bons motivos para pensar estrategicamente acerca da informao: os
ambientes informacionais, na maioria das empresas, so um desastre; os recursos informacionais sempre
podem ser mais bem alocados; as estratgias da informao ajudam as empresas a se adaptar s
mudanas; as estratgias informacionais tornam a informao mais significativa; o tipo de estratgia que
proponho no um fardo incmodo. Segundo Davenport, sem uma estratgia de informao para lidar
com esse problema, o resultado a sobrecarga de informaes. Rousseau e Couture (1998, p.63-65)
afirmam que qualquer organismo, independentemente de tamanho, misso ou setor de atividade, para
existir, funcionar e se desenvolver, necessita de informao. Nesse sentido, todos os membros do
organismo tm necessidade de informao para desempenhar suas funes. Para tanto, arranjam a
informao necessria tanto no exterior como no interior do organismo. Para os autores canadenses,
qualquer organismo que pretenda encontrar uma soluo duradoura para as dificuldades geradas pela
informao que detm, deve faz-lo de modo ordenado. atravs de um programa em trs fases,
centrado na misso do organismo e integrado na sua poltica de gesto da informao, que a arquivstica
consegue dar uma contribuio nica, sendo pela sua especificidade, capaz de agir eficazmente na
informao registrada orgnica. Quais so as trs fases apresentadas pelos autores?
A) A primeira fase do programa visa a criao, a difuso e o acesso; a segunda diz respeito classificao e recuperao da informao; a terceira basea-se na proteo e e na conservao da informao.
B) A primeira fase do programa constituda por produo, tramitao e uso; a segunda relativa avaliao, arquivamento e destinao; e a terceira visa a preservao da memria e o acesso informao.
C) A primeira fase do programa relativa aos documentos frequentemente consultados; a segunda se refere aos documentos que aguardam o cumprimento de prazos legais e/ou fiscais; a terceira visa
preservar a memria institucional.
D) A primeira fase do programa visa a identificao dos documentos produzidos e recebidos; a segunda fase se prope a selecionar os documentos para descarte; a terceira e ltima trabalha os documentos
de valor permanente com as atividades de arranjo e descrio.
E) A primeira fase do programa constitui-se na captura e incorporao do documento ao sistema de gesto arquivstica; a segunda visa a avaliao que uma atividade vital em um programa; a terceira
fase deve prever funes de recuperao e acesso aos documentos arquivsticos e s informaes
neles contidas, de forma a satisfazer a conduo das atividades e os requisitos relativos
transparncia do rgo ou entidade.
46. Katia Isabelli Melo de Souza afirma em seu livro Arquivista, visibilidade profissional: Formao,
Associativismo e Mercado de Trabalho (2011, p.167), que no Brasil, reconhece-se o exerccio laboral
legal aos profissionais que contam com formao superior, alm do registro nos conselhos da categoria.
A criao de um Conselho Profissional para os arquivistas foi proposta no projeto de lei de
regulamentao da profisso, mas o projeto foi aprovado sem que se houvera constitudo o rgo.
(Esposel, 2008 apud Souza, 2011). Por iniciativa das associaes profissionais, os arquivistas
apresentaram propostas para a criao do Conselho Federal de Arquivologia trs vezes, concretamente
em 1996, 2000 e 2004. O dito conselho tem como funo atuar na fiscalizao do exerccio profissional e
defender a categoria entre outras aes. A ausncia de um conselho profissional exige que os arquivistas
efetuem seu registro como profissionais no Ministrio do Trabalho e Emprego, de acordo com a
legislao pertinente, onde se estabelece: Art. 1 - Para efeitos de reclassificao e de ingresso nas
categoriais funcionais de Arquivista e Tcnico de Arquivo do Grupo-Arquivo do Servio Civil do Poder
Executivo, se exigir o registro profissional. A que legislao pertinente a autora se refere?
A) Lei n 6.546/1978 B) Lei n 8.159/1991 C) Decreto n 1094/1994 D) Decreto n 82.590/1978 E) Decreto n 93.480/1986
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47. O arquivista de uma instituio de ensino superior realiza a eliminao de documentos em conformidade
com a Resoluo Conarq n 40/2014. Que documento ele dever elaborar e submeter instituio
arquivstica pblica, na sua especfica esfera de competncia, para autorizao da eliminao?
A) O Termo de Eliminao de Documentos. B) A Listagem de Eliminao de Documentos. C) O Edital de Cincia de Eliminao de Documentos. D) O Termo de Eliminao de Documentos e o Edital de Cincia de Eliminao. E) A Listagem de Eliminao de Documentos e o Termo de Eliminao de Documentos.
48. De acordo com Marilena Leite Paes, a correspondncia merece tratamento especial por se constituir
numa parte considervel dos acervos arquivsticos, uma vez que as aes administrativas so, em geral,
desencadeadas por seu intermdio. A classificao e a caracterizao da correspondncia so dois fatores
da maior importncia no desenvolvimento das tarefas de registro e protocolo. Diante do exposto,
podemos afirmar que ofcios, cartas e telegramas so classificados como documentos:
A) textual e externo. B) textual e opistgrafo. C) manuscrito e externo. D) ostensivo e holgrafo. E) escrito e anopistgrafo.
49. Segundo Schellenberg (1974, p. 45) o volume de documentos oficiais produzidos num pas tambm
determinado pela maneira como os rgos do governo os empregam em suas atividades. Este ponto pode
ser ilustrando comparando-se a situao dos documentos nos Estados Unidos com a de outros pases. Os
primeiros sistemas americanos de arquivamento eram muito simples e correspondiam, de certo modo, ao
sistema de registro usado na Europa durante o mesmo perodo. Aos poucos, entretanto, os simples
sistemas alfabticos e numricos foram dando lugar a sistemas mais complexos Sistema Decimal de
Dewey, assunto-numrico e outros. Cada rgo ou repartio adotou o sistema de sua preferncia, de
modo que no havia uniformidade entre os diversos rgos, nem mesmo dentro de um s rgo, entre as
diversas sees e, tampouco, havia uniformidade na maneira de aplicar os diversos sistemas.
Analisando o contexto apresentado pelo autor, assinale a opo que apresenta o(s) arquivo(s) que tem por
objetivo fazer com que os documentos sirvam s finalidades para as quais foram criados, da maneira
mais eficiente e econmica possvel, e concorrer para a destinao adequada dos mesmos, depois que
tenham servido a seus fins:
A) Arquivo corrente. B) Arquivo central. C) Arquivo intermedirio. D) Arquivo administrativo. E) Arquivo corrente e Arquivo Intermedirio.
50. De acordo com o Dicionrio Brasileiro de Terminologia Arquivstica, a instituio ou servio responsvel
pela orientao de usurios quanto localizao e ao acesso a informaes denominado:
A) Arquivo central. B) Arquivo pblico. C) Centro de referncia. D) Centro de informao. E) Centro de documentao.