1 modulo #1. parte 1 (37p) enrique ortega e mileine zanghetin como funciona a natureza? laboratório...
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Modulo #1. Parte 1 (37p)
Enrique Ortega e Mileine Zanghetin
Como funciona a natureza?
Laboratório de Engenharia Ecológica
Campinas, SP, outubro de 2008.(Revisões: abril e julho de 2009).www.unicamp.br/fea/ortega/
Conceitos básicos sobre a biosfera, os ecossistemas e a economia humana 2
O objetivo desta apresentação é explicar o mundo em que vivemos.
Um sistema é um conjunto de objetos (componentes funcionais) que estabelecem interações positivas e negativas (fluxos de energia, materiais, informação) entre si e com o exterior.
Vamos usar a abordagem sistêmica, um método de estudo que consiste em visualizar as coisas como partes ativas de um todo maior.
Todos os sistemas se relacionam entre si. Esses relacionamentos variam de forma e de intensidade com o tempo. 3
Interessa-nos descobrir como funcionam os seguintes sistemas:
3. As organizações humanas para produzir e consumir.
1. Nosso planeta,
2. A região onde vivemos,
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Vamos aprender a desenhar sistemas, mostrando as forças e os estoques externos, os componentes internos e, finalmente, as interações entre todos eles.
Usaremos a linguagem dos sistemas. Ela foi desenvolvida pelo professor H. T. Odum da Universidade da Florida.
Vamos mostrar os símbolos dessa linguagem:
Como toda linguagem ela tem símbolos e os agrupa de maneira a expressar o sentido do mundo que nos rodeia.
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Caminho Energético: Fluxo de energia ou materiais.
Fonte de Energia: Energia existente nos recursos usados pelo ecossistema, como o sol, o vento, a chuva, as marés, as ondas nas praias, as sementes trazidas pelo vento e as aves.
Depósito: É um lugar onde se armazena um recurso: biomassa florestal, solo, matéria orgânica, água subterrânea, areia, nutrientes, etc.
Sumidouro de energia degradada: Energia dispersada durante um processo que não pode mais ser utilizada, como a água evaporada durante a fotossíntese, o calor do metabolismo animal, os mortos em uma guerra, as perdas dos estoques internos de um sistema, etc. 6
Interação: Processo que combina diferentes tipos de energias e materiais para produzir uma ação ou um recurso diferente.
Consumidor: Unidade auto-catalítica que utiliza os produtos fabricados pelos produtores. Exemplos: insetos, microorganismos, animais da fauna local, gado, seres humanos, cidades, países, o consumo global.
Produtor: Unidade auto-catalítica que produz biomassa a partir de energia e materiais básicos, como as plantas das lavouras, árvores, os sítios e as fazendas.
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Transação: Intercâmbio de um recurso produzido (bens ou serviços) por outros recursos (dinheiro, energia, materiais ou serviços prestados).
$
Interruptor: Dispositivo que dispara um processo que estava inativo. Esse processo pode ser longo ou curto, pode se iniciar e terminar logo, como um incêndio ou a polinização das flores.
Caixa: Símbolo para definir os limites de um sistema, ou de um subsistema, etc.
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Vamos fazer o diagrama de uma lavoura. Temos que expressar como se fazem as coisas no sítio ou na fazenda: “o sol, a chuva, o solo e as sementes são coisas necessárias para obter uma colheita”.
A partir dessa frase podemos fazer um desenho:
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Na linguagem de sistemas ficaria assim:
Sol Fotossíntese
Chuva
Solo e estoques internos
Produto
Calor dispersado
Sementes
Sol
Chuva
Fotossíntese
Solo e estoques internos
Produto
Calor dispersado
Sementes
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Mas nessa unidade produtiva é necessário o trabalho humano, bem como o trabalho do animal que vai puxar o arado e também alguns insumos.
Vamos incluir essas coisas no desenho:
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Na linguagem de sistemas ficaria assim:
Sol Fotossíntese
Chuva
Produto
Materiais
Solo e estoques internos
Calor dispersado
Sementes
Animais
Tra-balhador
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Para completar a representação do sistema rural, ele deveria incluir a família que mora nesse lugar e que consome parte da produção e também mostrar que uma parte da produção é vendida em troca de outras coisas úteis ou de dinheiro.
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Na linguagem de sistemas ficaria assim:
Sol Fotossíntese
Chuva
Solo e estoques internos
Animais diversos
Família do agricultor
Materiais
Resíduos
$
Produtos vendidos
Dinheiro recebido
Pagamentode insumos
Sub-produtos
Resíduos que saem
Consumo interno
Reciclagem
TR
TR = tratamento de resíduosEnergia dissipada no ambiente
Sementes
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Agora vamos estudar sistemas mais complexos. Começaremos pelo diagrama de uma semente germinando.
SolProcesso
germinativo
Água
Estoquesde recursos
essenciais da semente
Ar Solo
Novas partes da planta
Retro-alimentação
Produção
Calor de baixa intensidade
Fontes externas de energia potencial
CO2O2
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Diagrama da planta como sistema independente
Sol
Processo de fotossíntese nas folhas
Chuva
Açucares e outras
substâncias
CO2 , O2, N, P do ar
Raízes
Tronco e galhos
Minerais das rochas do solo solubilizados
Flores,frutos,
sementes
Micro biota do
solo
Insetos polinizadores
Exudados biológicos com vitaminas, hormônios vegetais, antibióticos, enzimas, ácidos orgânicos, etc.
Sementes dispersadas contendo
informação genética
Biomassa para consumidores e decompositores
O2, CO2
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Agora vamos fazer o diagrama do corpo humano com seus diversos subsistemas: locomotivo (esquelético-muscular), circulatório, endócrino, nervoso, digestivo, respiratório.
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Diagrama do ser humano como sistema autônomo, com fluxos externos e internos e órgãos funcionais.
Ingestão
Sistema muscular
Sistema do corpo humano
Comida e água
Consciência do mundo
Rins
Reprodução
Trabalho e descanso
Circulação
Componentes funcionais com objetivo comum
Ar
Digestão Absorção
Respiração
Infor-mação
Sensações e emoções
Cerebro
Sentidos e sistema nervoso endócrino
Extrusão
Oxigênio
Nutrientes
Resíduos
Ações no meio
Preservação da espécie
Urina
Fezes
Suor com calor
Acoplamento entre plantas e animais (sem o homem).
Sol
Processo de fotossíntese nas folhas
Chuva
Biomassa vegetal
O2, N, P do ar
CO2
Minerais das rochas do solo solubilizados
Decom-positores
Consumidores
Nutrientes disponíveis
Biomassa animal
Resíduos orgânicos
Biomassa dos decompositores
O2
Materiais que saem do sistema
Energia degradada que sai do sistema
Materiais que entram no sistema
Energia difusa que movimenta o ciclo material
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Plantas e animais se integram em um ciclo de produção e consumo impulsionado pelas energias que a biosfera recebe do Sol, da Lua e da Terra (calor, gravitação, materiais, forma e informação),
A fotossíntese das plantas transforma a radiação solar e os nutrientes básicos em biomassa vegetal que alimenta os animais. Os decompositores usam os resíduos e devolvem os nutrientes básicos.
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A biomassa animal tem energia disponível que é aproveitada por outros animais (os predadores). Esse consumo gera uma “cadeia trófica”.
Os resíduos dos animais ainda têm um pouco de energia disponível, a qual é aproveitada por um grupo especial de animais: os decompositores. Eles devolvem os nutrientes básicos ao sistema para que o ciclo de vida possa recomeçar.
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O mundo hoje
Sol
Capacidade de fotossíntese aumentada pela adição de fertilizantes químicos
Chuva
Biomassa vegetal
O2, N, P do ar
CO2
Minerais das rochas do solo solubilizados
Decom-positores
Consumidor de recursos não
renováveis
Nutrientes disponíveis
Resíduos tóxicos
O2
Materiais que saem do sistema
Energia degradada que sai do sistema
Materiais renováveis que entram no sistema
Energia difusa que movimenta o ciclo material
Energia fóssil
Cidades com industria e comercio
N2O,CH4, SOx
Energia e materiais de alta concentração que movimentam o ciclo material Minerais
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As coisas mudaram muito no planeta quando a humanidade desenvolveu a capacidade de extrair e usar primeiro carvão e depois petróleo e gás.
O trabalho realizado pela natureza na formação destes recursos foi muito grande (levou milhões de anos) e por tanto sua intensidade energética é alta. Acontece que esse trabalho biofísico não é considerado na contabilidade econômica.
Hoje, os custos do petróleo são apenas a extração, o transporte e o beneficiamento, por isso o petróleo custa pouco. Durante décadas seu valor monetário foi de 10 dólares/150 litros = 0,2 Reais/litro (aprox.)
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Os grupos humanos podem destruir os ecossistemas sem a ajuda da energia fóssil! Exemplos: as civilizações Maias e Anasazi (América do Norte), Acadiana (Mesopotâmia), a população da ilha de Páscoa, etc.
Derrubada de florestas, caça excessiva, uso inadequado do solo agrícola → perda de espécies, erosão, salinização, desertificação, diminuição da água disponível, mudança do clima local.
Invasão de territórios → injustiça, morte, concentração da riqueza, marginalização.
Alienação → falta de percepção do funcionamento dos ecossistemas e da interferência humana.
Forças causais → Conseqüências
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Quando o homem usa os recursos fósseis seu impacto ambiental aumenta muito!
Maior destruição das matas nativas = perda da biodiversidade, diminuição da água disponível.
Desapropriação (violência social) = concentração da riqueza, irresponsabilidade, injustiça.
Êxodo rural = marginalização (vida em favelas).Uso de substâncias tóxicas = doenças e mortes na lavoura, poluição (custo de tratamento caro).
Alienação = ignorância, perda do sentido da vida.
Mudanças climáticas globais= extinção da espécie!
O trabalho da natureza e humano é substituído pelo trabalho de produtos químicos e máquinas a motor com custos sociais e ambientais elevados:
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Ao queimar o petróleo ou transformá-lo em produtos industriais geram-se gases, muitos deles tem efeito estufa (dióxido de carbono, metano, óxidos de nitrogênio e enxofre) que aumentam a absorção do calor que a Terra emite, aumentando o Aquecimento Global.
Os resíduos gerados pelos países industriais são grandes e perigosos, tanto que eles os jogam no mar ou os depositam em outros países. É a falsa solução para evitar que suas populações vivam cercadas por imensos lixões. Os esgotos sem tratar vão para os rios e os oceanos.
Resíduos, efluentes e emissões
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Aquecimento global: situação atual e riscos futuros
Energias renováveis
Capacidade de fotossíntese aumentada pela adição de fertilizantes químicos
Biomassa vegetal
O2, N, P do ar e minerais
solubilizados do solo
CO2
Decom-positores
Consumidor de recursos não
renováveis
Nutrientes disponíveis
Resíduos tóxicos
O2
Materiais que saem do sistema
Energia degradada que sai do sistema
Materiais renováveis que entram no sistema
Energia difusa que movimenta o ciclo material
Energia fóssil
Cidades com industria e comercio
N2O,CH4, SOx
Energia e materiais de alta concentração que movimentam o ciclo material
Minerais
Reservas fósseis de C
Calor
A queima de energia fóssil e florestas libera grandes estoques de CO2 e CH4 (calotas polares, geleiras, permafrost, clatratos).
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Um ecossistema:
Animais e pessoas
matéria orgânica do solo
Sol
Vento
escoamentosuperficial
Chuva Animaisprocessos geológicos
biomassa
SoloÁgua
formação geológica
vegetação
evaporação
transpiração
mig
raçã
o
escoamento superficial
infiltraçãoprodução primária bruta percolação
Água do subsolo
produção primária líquida
Pessoas
Nitrogênio do ar,
minerais do solo
CO2, CH4, ácidos, metais
pesados
Recursos
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A chuva, o escoamento superficial e o resultado dos processos geológicos em outras regiões entram no sistema para criar estoques de solo, matéria orgânica, água e estruturas geológicas.
A vegetação local recebe a energia do sol e do vento e utiliza os estoques de água, solo e matéria orgânica do solo para criar um estoque interno de biomassa. Essa vegetação fornece alimento aos animais.
Explicação do diagrama de um ecossistema.
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Por sua vez, os resíduos desses animais e da biomassa vegetal geram matéria orgânica para o solo. Há migração de animais.
Observamos um escoamento superficial de água que arrasta parte do estoque de solo; vemos um fluxo de infiltração, e fluxos de transpiração e evaporação que, graças a ação do vento, saem do sistema.
Por último, uma parte da energia sai do sistema como energia degradada.
Há intercâmbio de pessoas e produtos.
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Usina de álcool (sem mostrar impacto sócio-ambiental):
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O diagrama representa uma usina de álcool de forma simplificada. Observamos que ha um escoamento superficial de água, que junto com a chuva gera um estoque de água. Os processos geológicos externos geram um estoque de solo.
O cultivo da cana, o corte, transporte, extração, fermentação e destilação demandam: energia do sol, água e solo, mão-de-obra, combustíveis, produtos químicos e bens econômicos.
Se produz um resíduo (vinhoto), que é reciclado como fertilizante na lavoura. A venda do etanol gera um estoque de capital (dinheiro) usado para pagar insumos, serviços externos e gerar lucro.
O sistema dispersa energia e materiais.32
Sol
Vento
atividades agrícolas
Chuva
Bens econômicos
Combus-tíveis
Processos geológicos
Solos Bens
água
Escoamento superficial
de água
fermentação,destilação
Resíduos
$
Serviços
Etanol
$
$transporte,processa-
mento
Emissões de gases de efeito estufa
Trat. Res.
Efluentes tratados
Usina de álcool mostrando o impacto sócio-ambiental:
Redução do espaço ecossistêmico de 100 para 20%: perda de funções ambientais importantes.
Aumento do espaço destinado ao consumo humano urbano. Aumento da poluição química.
Animais e pessoas
matéria orgânica do solo
Sol
Vento
escoamentosuperficial
Chuva Animaisprocessos geológicos
biomassa
SoloÁgua
formação geológica
vegetação
evaporação
transpiração
mig
raçã
o
escoamento superficial
infiltraçãoprodução primária
brutapercolação
Água do subsolo
produção primária líquida
Pessoas
Nitrogênio do ar,
minerais do solo
CO2, CH4, ácidos, metais
pesados
Êxodo rural (marginalização).Perda de espécies.Menos água no subsolo.Menos regulação hídrica, biológica e climática.
Sol
Vento
atividades agrícolas
Chuva
Bens econômicos
Combus-tíveis
Processos geológicos
Solos Bens
água
Escoamento superficial
de água
fermentação,destilação
Resíduos
$
Serviços
Etanol
$
$transporte,processa-
mento
Emissões de gases de efeito estufa
Trat. Res.
Efluentes tratados
Absorção do impacto ambiental:
Animais e pessoas
matéria orgânica do solo
Sol
Vento
escoamentosuperficial
Chuva Animaisprocessos geológicos
biomassa
SoloÁgua
formação geológica
vegetação
evaporação
transpiração
mig
raçã
o
escoamento superficial
infiltraçãoprodução primária
brutapercolação
Água do subsolo
produção primária líquida
Pessoas
Nitrogênio do ar,
minerais do solo
CO2, CH4, ácidos, metais
pesados
Animais e pessoas
matéria orgânica do solo
Sol
Vento
escoamentosuperficial
Chuva Animaisprocessos geológicos
biomassa
SoloÁgua
formação geológica
vegetação
evaporação
transpiração
mig
raçã
o
escoamento superficial
infiltraçãoprodução primária
brutapercolação
Água do subsolo
produção primária líquida
Pessoas
Nitrogênio do ar,
minerais do solo
CO2, CH4, ácidos, metais
pesadosAbsorção do impacto social:
Serviços ambientais a montante
Serviços ambientais a jusante
Tratamento de resíduos e Reciclagem
Mudança do modelo de produção, integração do metabolismo campo-cidade utilizando recursos renováveis e pleno emprego
Diagrama sistêmico de uma região:
Recursos renováveis Agricultura
Pessoas
Bens da economia
Combus-tíveis
Infra-estrutura
Serviços
Cidade
Pessoas
Ecossistemas naturais
Resíduos
$
Indústria e comercio
Governo
Área de suporte
Espaços verdes
CO2, CH4, ácidos
Metais pesados
Nitrogênio do ar,
minerais do solo
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Três áreas fazem fotossíntese: o setor agrícola, os ecossistemas remanescentes e os jardins da cidade. Os resíduos da indústria, do comércio e da população são reciclados. Supõe-se que o processo de estoque de resíduos inclui um processo de tratamento de resíduos.
A infra-estrutura da suporte a indústria, ao comércio e as moradias. Supõe-se que todos cidadãos participam do governo da região. A região vende produtos e compra combustíveis e bens industriais, paga impostos e recebe serviços e as pessoas circulam livremente.
O diagrama mostra um sistema não renovável, sem pessoas no espaço rural. 36
Laços de retro-alimentação nos sistemas.
Os sistemas se auto-organizam criando laços de retro-alimentação e estruturas para aproveitar a energia disponível e realizar trabalho sistêmico. A cultura, as leis, os preços, o trabalho, os gostos, as necessidades sociais constituem a retro-alimentação para a autonomia e a a auto-suficiência.
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Primeira pausa
Em breve continuaremos.
Modulo #1. Parte 2 (31)
Contabilidade Emergética dos Sistemas
Já sabemos interpretar sistemas e desenhar seus diagramas, agora vamos estudar sua contabilidade.
Contabilidade emergética dos sistemas
Para comparar coisas diferentes precisamos colocá-las na mesma base. Várias metodologias podem ser usadas. Entre elas, aquela que usa como conceito de riqueza ou valor: a emergia solar equivalente (ou, simplesmente, emergia).
“Emergia” se define como a energia total utilizada para produzir um recurso da Biosfera.
Ao colocar todos os fluxos em emergia solar podemos conhecer o custo energético integral dos produtos e comparar processos.
Na economia convencional, o preço de um produto se calcula somando as despesas com insumos e serviços mais a margem de lucro desejada.
Porque necessitamos da visão sistêmica?
Preço = Custo dos insumos e serviços + Lucro
Este preço desconsidera custos importantes:
Custo das contribuições da natureza
Custo dos serviços ambientais perdidos
Custo de subornos, coerções e subsídios
Custo das externalidades negativas
O valor dos serviços ambientais residuais
Valor = Contribuição + Custo + Serviços + Lucro da natureza dos insumos Adicionais e serviços (externalidades)
Contribuições ambientais Resíduos
Energia gasta (calor de baixa intensidade)
Processo
Matérias-primas agrícolas
Insumos e serviços
Produto
Externalidades negativas como serviços adicionais
A metodologia emergética coloca todas as entradas do sistema (energia, materiais, moeda, informação) em termos de energia solar equivalente (emergia).
Os sistemas na natureza se auto-organizam para aproveitar ao máximo a energia disponível através da criação de estruturas unitárias auto-catalíticas e da formação de redes que integram produtores e consumidores em cadeias de transformação de energia (hierarquias funcionais).
A metodologia leva em conta o princípio básico que rege os sistemas abertos:
Definições:
2. A qualidade de um recurso é medida em emergia por unidade (massa, energia, dinheiro, informação, área, pessoa, país, biosfera).
1. Emergia é a energia potencial disponível (exergia) que foi previamente utilizada, em forma direta ou indireta, para produzir um produto ou serviço.
A emergia (exergia dissipada) fornece o valor do trabalho realizado na produção de um recurso, o que constitui seu valor.
3. A emergia por dólar indica a capacidade de aquisição de riqueza de uma moeda. A serie histórica deste indicador mostra a inflação.
4. A razão (emergia/dinheiro) varia com o tempo e também entre países.
=
Ela permite converter os fluxos de emergia em fluxos de dólares emergéticos (emdólares).
E também converter os serviços humanos pagos em dólares em fluxos de emergia.
=
Os fluxos de energia e materiais da Biosfera constituem o potencial e o limite para o desenvolvimento humano.
Princípio básico:
A capacidade de suporte pode aumentar temporariamente acima da capacidade sustentável se o desenvolvimento se faz com recursos não renováveis.
Princípio básico:
Cuidado! A emergia disponível varia com o tempo, pode haver várias situações: abundância de recursos sem condições de usá-los, crescimento rápido, desaceleração devido ao esgotamento dos recursos, estancamento, declínio, tempos de grande escassez e tempos de recuperação.
Considerando esses princípios, podemos dizer que as políticas públicas terão sucesso se conseguem aproveitar a emergia disponível em cada etapa do sistema e prevêem os estágios futuros.
Cada momento exige uma política diferente que considere as etapas passadas e futuras do ciclo pois há o risco de perder a resiliência (a capacidade de recuperação do ecossistema ou da biosfera).
Além disso, as políticas públicas terão sucesso
• Se extraem os recursos naturais sem exceder sua capacidade de reposição pela natureza e se repõem os nutrientes extraídos para manter a fertilidade natural e a produtividade;
• Se beneficiam a base natural, não somente o setor humano. O trabalho da natureza deve ser reconhecido, valorizado e reforçado.
• Se retribuem adequadamente o trabalho de todos os componentes da cadeia energética;
Vejam as linhas de cor roxa no seguinte diagrama
Interação entre campo e cidade (Odum, 2007).
Sol, calor interno,
marés
Combustíveis e minerais
Cidades Agricultura, pecuária, aqüicultura, silvicultura
Extração, beneficiamento e transformação
Biodiversidade
Energia degradada
Economia da Terra
Natureza
Informação pública
$
$
$
$
$
Conceitos básicos da metodologia emergética
Se considerarmos que em tudo há energia, a energia pode ser usada para avaliar a riqueza.
Para comparar diversos tipos de energia, temos que colocá-las “na mesma base de medida”.
O conceito de emergia resolve esse problema ao reconhecer a posição de cada energia na hierarquia universal de energia e expressar isso como intensidade energética.
Assim, se consegue a resposta a pergunta: Um Joule desse tipo de energia equivale a quantos Joules de energia solar?
A natureza e a humanidade são partes de uma hierarquia universal de energia, estão imersos em uma rede de transformação de energia, que une os sistemas pequenos aos grandes sistemas, e estes, à sistemas ainda maiores.
Para medir a qualidade (funcionalidade) de cada tipo de energia deve-se avaliar o trabalho que foi realizado na sua formação. Com essa informação é possível calcular a eficiência ecossistêmica.
O valor inverso da eficiência ecossistêmica se denomina transformidade, e indica a posição do recurso na hierarquia universal de energia. A transformidade mede a conversão de energia.
Cadeia alimentar da floresta (visão simples).
O valor energético da biomassa é diferente em cada estágio da cadeia alimentar da floresta.
Tr = ----------------------------------------------- = -------Joules da biomassa em cada estágio
Joules que entram no sistema seJ
J
Hierarquia da transformação de energia:
(a)
Fluxo de energia solar: 6.109 6.1096.1096.109 6.109
sej/unidade de tempo
Sol
Energia solar (6.104 J/t)
600000
500
500
1000
1000
(b) 1000
2000250
100
150
100
6
40
20
Sol
(c)
6.109 6.107 6.106 6.105
6.109 sej/tempo
6.107
6.106
6.1046.105
(d)
0 1 2 3 4
100000
10000
10001001
(e)
Tra
nsf
erê
nci
a d
e e
nerg
ia,
J/te
mp
oT
ran
sfo
rmid
ade
so
lar,
se
j/J
Agregados:
(a) Ocupação do território pelas unidades da rede de energia;
(b) Rede de energia incluindo transformação e retroalimentação;
(c) Cadeia de emergia com símbolos que indicam unidades agregadas;
(d) Diagrama de barras dos fluxos de energia entre os diversos níveis da cadeia trófica;
(e) Gráfico dos valores das transformidades.
Cadeia trófica gerada pela energia captada na fotossíntese.
energia externa
recursos renováveis
produtores fotossíntese
Biosfera
cons. sus.consumidores sustentáveis
cons. sus.
decompositores
resíduos
materiais
respiração dos
autótrofos
autótrofos(energia fixada)
energia disponível para a cadeia trófica
consumidor primárioconsumidor secundário
consumidor terciário
decompositor
Cadeia trófica gerada pela energia captada dos energéticos fósseis.
recursos renováveis
produtores fotossíntese
Biosfera
cons. hum. 2
consumidorhumano 1
ch3decom-positores
materiais recursos não renováveis
ch4 5 6
resíduos
energia externa
1
respiração dos
autótrofos
autótrofos(energia fixada) 32
energia renovável disponível para a cadeia trófica
consumidor primário
consumidor secundário
consumidor terciário
decom-positores
4
3
energia não renovável disponível para a cadeia trófica
consumidor adicional
421
consumidor adicional
consumidor adicional
5
6
A conversão de energia que se estabelece no oceano e a transformidade como indicador da hierarquia energética.Sol
Energia do estrato
transformidade
fitoplâncton
zooplâncton
peixes pequenos
peixes medianos
peixes grandes
peixes muito grandes
resíduos
sedimento oceânico
calor dissipado
CO2 e outros gases
108
105
104
103
102
10
1
1
1000
10 000
100 000
1 000 000
10 000 000
100 000 000
Diagrama de um sistema agroecológico completo:
Os diagramas de energia devem mostrar os elementos importantes para o funcionamento de um sistema.
A energia potencial disponível é transformada para produzir energias diferentes, em quantidade menor, esses novos recursos são aproveitados nas etapas seguintes do sistema ou em outros sistemas.
Os fluxos simples, ou de menor intensidade, se colocam à esquerda, os fluxos de maior intensidade e mais complexos, à direita.
Considerações sobre a elaboração do diagrama;
A auto-organização do sistema se consegue pelos laços de retroalimentação que reforçam o funcionamento das estruturas primárias (à esquerda no diagrama), fornecendo energias de maior qualidade vindas dos elementos no topo da cadeia trófica (à direita no diagrama) e buscam o aumento da captação de energia.
As energias de tipo diferente diferem em sua capacidade de fornecer trabalho útil.
Este enunciado se explica a seguir:
Cadeia energética que inclui uma usina termoelétrica.
Produção de matéria
orgânica nos ecossistemas
R
M + S
10 000 000 Joules solares
Produção geológica de carvão
Extração, transporte e
conversão do carvão na
termo-elétrica
Uso da energia electrica para
produzir trabalho
M + S
5 000 Joules de biomassa
125 Joules de carvão
33 Joules de eletricidade
1 Joule de trabalho humano
Nestes cálculos a contribuição dos materiais e serviços da economia humana foi desconsiderada.
Tr = ---------------------------- = 2000 ------5 000 Joules
10 000 000 Joules seJ
J
Biomassa
33 Joules
10 000 000 Joules seJ
JTr = ---------------------------- = 300 000 ------
Eletricidade
125 Joules
10 000 000 Joules seJ
JTr = ---------------------------- = 80 000 ------
Carvão
1 Joule
10 000 000 Joules seJ
JTr = ---------------------------- = 10 000 000 ------
Trabalho humano
Comparação de tipos de energia:
1 Joule de matéria orgânica = 2000 Joules de energia solar; 1 Joule de carvão = 80000 Joules solares; 1 Joule de eletricidade = 300000 Joules solares1 J de trabalho humano = 10 x 106 de Joules solares.
Produção de matéria
orgânica nos ecossistemas
R
M + S
10 000 000 Joules solares
Produção geológica de carvão
Extração, transporte e
conversão do carvão na
termo-elétrica
Uso da energia electrica para
produzir trabalho
M + S
5 000 Joules de biomassa
125 Joules de carvão
33 Joules de eletricidade
1 Joule de trabalho humano
Um Joule difere em sua capacidade de fornecer trabalho útil dependendo do tipo de energia desse joule.
A funcionalidade da energia depende de sua transformidade, assim como sua posição na jerarquia de energia da Biosfera.
Há menos energia, porém mais emergia por unidade, nas coisas que exigem mais etapas nas cadeias de transformação.
A metodologia emergética usa como unidade a energia solar equivalente (emergia solar).
Para não confundir a energia (exergia) que existe em um produto (Joules) com a exergia total empregada para fazê-lo (emergia), se especifica que as unidades da emergia são emjoules solares (sej).
Quanto maior o espaço-tempo necessário para a produção de um recurso, maior a qualidade da energia produzida.
A “transformidade” é uma medida da eficiência, da conversão de emergia em exergia:
dadetransformiproduzidorecursodoExergia
sistema noentra queEmergia
EmergiadadetransformiExergia
A transformidade da chuva é 1,53 x 108 joules de energia solar por quilograma de água.
O petróleo tem uma transformidade de 110000 joules de energia solar por Joule de petróleo.
Conhecida a transformidade de um recurso é possível calcular a emergia solar equivalente.
Transformidades dos recursos da biosfera
matéria orgânica simples
águachuva
produção agroindustrial
produtos metálicos
produtos químicosfertilizantes
minerais sedmentaresevaporitos
conhecimento e informação da sociedade
100101102103104105106107108
10101011
109
1012101310141015
sistemas geológicos globais
formação de espécies biológicas
Sol
plantas
animais terrestres
seJ/J
vento
animais aquaticosatividades humanas simples
derivados do petróleorochasenergia fóssil
conhecimento digital
produtos eletrônica
Transformidade = Energia incorporada / Energia do recurso
atividades humanas industriais
Usamos transformidades solares: emergia solar por unidade de energia [emjoules solares por Joule ou (sej/J)].
Cálculo da relação [emergia utilizada/dinheiro circulante]
Energias renováveis
diretas
Agricultura
Investimentos e créditosEstoques
renováveis
Bens e serviços da economia externa
Minerais e energéticos
fósseis
Ecossistemas naturais PIB
$
MineraisEnergéticos
fósseis
Economia
Serviços ambientais
Matérias-primasMinerais
País
Produtos e serviços
Emissões e resíduos
Minerais do ar e do solo
Recursos naturais e serviços ambientais de ecossistemas de
outros países
Emdolar = [emergia/dinheiro]
Emergia=soma de exergia
Como as pessoas têm dificuldades de lidar com números grandes (como os valores em emergia solar) se recomenda o uso do emdólar.
Emdolar do país nesse ano = [emergia/dinheiro].
Essa taxa varia com o tempo e o perfil da economia da região.
Essa informação nos permite converter o valor de um fluxo de emergia em fluxo de emdólares (e vice-versa).
O valor do emdólar se obtêm ao fazer a análise emergética da economia local.
Fluxo de emdolares = dinheiro/(emergia/USD)
A relação emergia/dinheiro da Biosfera foi avaliada em 3.4 x 1012 seJ/dólar (Odum, 1996) .
No início da década dos anos 90, 70% da riqueza global vinha de recursos não renováveis e apenas 30% de energias renováveis (Brown e Ulgiati, 1994).
Energias renováveis
diretas
Agricultura
Estoques renováveis
Ecossistemas naturais PIB
$
Minerais Energéticos fósseis
Economias periféricas e
centrais
Biosfera
Minerais do ar e do solo
Recursos naturais e serviços ambientais
globais
Segunda pausa
Continuaremos em breve.
Modulo #1.Parte 3 (42)
Análise Emergética dos Sistemas
Enrique Ortega e Fábio Takahashi
A análise “emergética” de sistemas
A análise “emergética” visa ser uma Economia Biofísica com visão crítica e política. Capaz de analisar, comparar, diagnosticar, formular e atuar.
É o fruto de muitos anos de pesquisa liderada pelo professor Howard T. Odum. Hoje, ela é usada por cientistas de diversas áreas, no mundo inteiro.
Objetivos:A análise emergética consegue avaliar a renovabilidade, a emergia líquida, a carga ambiental e a relação de troca entre sistemas.
Os índices emergéticos permitem analisar as opções da sociedade e apontar as melhores.
“Emergia” como conceito de valorA emergia considerar a contribuição da natureza, o trabalho humano e os custos adicionais das externalidades negativas.
REnergias e materiais
renováveis
Força de trabalho
Fotossíntese
$
Vendas dos Produtos
Cobrança: poluição de efluentes, resíduos, emissões de gases de efeito estufa, etc.
Processamentos
FMateriais e serviços da economia humana
“Emergia” como conceito de valorA emergia considerar a contribuição da natureza, o trabalho humano e os custos adicionais das externalidades negativas.
Bio-diversidade,
recursos internos e cultura
REnergias e materiais
renováveis
Recursos da Biosfera
Força de trabalho
Fotossíntese
$
Solo
R1 = Recursos renováveis diretos
Êxodo rural
Ocupação externa
Serviços ambientais
Perda dos estoques (erosão)ProdutosPoluição, resíduos, emissões de gases de efeito estufa, etc.
N = Perda do estoque
(Externalidades negativas)
R2= Recursos renováveis indiretos F= Feedback da economia humana urbana
Processamentos
FMateriais e serviços da economia humana
“Emergia” = (R+N) + (M+S + S adicionais)
Bio-diversidade,
recursos internos e cultura
REnergias e materiais
renováveis
Recursos da Biosfera(dados difíceis
de obter)
Força de trabalho
Fotossíntese
M materiais da economia industrial
(baseada no petróleo)
$
S serviços da
economia humana (baseada no
petróleo)
Solo
R1 = Recursos renováveis diretos
Êxodo rural
Ocupação externa
Serviços ambientaisPerda de estoques (erosão)ProdutosPoluição, resíduos, emissões de gases de efeito estufa, etc.
N = Perda do estoque
(Externalidades negativas)
R2= Recursos renováveis indiretos
M= Materiais S= Serviços
F= M+S Feedback da economia humana urbana
Processamentos
E, quando os recursos naturais se esgotam (e a demanda se mantém), o preço aumenta e acelera a extração dos recursos remanescentes colocando em risco sua preservação.
A tendência da economia é mobilizar tão rápido quanto possível os estoques de alta qualidade. No caso dos recursos naturais se apresentam dois casos extremos: o da abundância e o da escassez.
Quando os recursos são abundantes o trabalho da natureza é considerado gratuito! Nesse caso, o valor dos recursos naturais é inversamente proporcional ao preço. O valor monetário recebido é menor que o valor real (o trabalho da natureza).
Como a disponibilidade dos recursos varia com o tempo, as políticas devem mudar a cada etapa dos ciclos de evolução.
Para garantir o aporte de recursos da natureza deve-se reconhecer seu trabalho e investir para que possa seguir oferecendo os serviços ambientais, entre eles:
A absorção dos resíduos, A infiltração da água da chuva, A fixação biológica de nitrogênio, A mobilização de nutrientes do solo agrícola A manutenção da qualidade do clima.
O trabalho da natureza deve ser valorizado e o dinheiro relativo à sua contribuição deve ser usado para garantir a sustentabilidade e governança do sistema, cuidando da reposição do foi extraído e de manter a fertilidade e qualidade do ecossistema.
Sol, calor interno,
marés
Combustíveis e minerais
Cidades Agricultura, pecuária, aqüicultura, silvicultura
Extração, beneficiamento e transformação
Biodiversidade
Energia degradada
Economia da Terra
Natureza
Informação pública
$
$
$
$
$
1.Prepara-se o diagrama de fluxos de energia, materiais e serviços do sistema;
2.Obtenção dos valores dos fluxos das entradas e dos estoques utilizados;
Cálculo do desempenho emergético de um sistema
3.Conversão desses valores em fluxos de emergia solar (mediante a multiplicação com fatores de conversão de energia ou “transformidades”);
4.Ao ter todos os fluxos expressos na mesma unidade (emergia solar) surge a possibilidade de agregar os fluxos conforme seu tipo e calcular os índices de desempenho.
Exemplo simples de cálculo:
Os fluxos desses materiais estão expressos em diversas unidades: kg de madeira/lápis, kg de tinta/lápis, kg de grafite/lápis, $ de serviços/lápis.
Para calcular a energia agregada na produção de um lápis devemos considerar a madeira, a tinta, o grafite, a mão de obra e os serviços utilizados na sua produção.
Para fazer a conversão para os fluxos equivalentes expressos em Joules de energia solar devemos usar os fatores de conversão: as transformidades solares.
Elas expressam essas relações em termos de Joules equivalentes de energia solar (sej) por unidade de recurso (J, kg, $).
Temos que conseguir as transformidades da madeira, da tinta, do grafite, do trabalho humano, e dos serviços em termos de sej/J,sej/kg, sej/$.
Depois de obter os valores dos fluxos de emergia, é possível somar os fluxos (pois todos eles estão na mesma unidade: emergia solar equivalente).
Os valores em emergia representam os verdadeiros valores dos recursos.
Assim podemos obter o valor da energia necessária para produzir o lápis, ou, de acordo com a metodologia empregada, a "emergia" do lápis, expressa em Joules de energia solar equivalente (seJ/lápis) ou emdolares/lápis.
Para entender um sistema deve fazer-se a análise de ciclo de vida (desde as origens das matérias primas até o consumo dos produtos).
Vento
Chuva
SolPlantação
Solo e água
Biomassa
$
Pessoas na cidade
$
Resíduos
Sistema Rural
Sistema urbano
Produtos agrícolas
Reciclagem de nutrientes, Insumos e Serviços Urbanos
Floresta nativa
Biodiversidade
NPK insolúvel no solo
N atm
Pessoas e IE*
IE
Nutrientes
Estoques: calotas polares, glaciares, geleiras, permafrost, recifes, etc.
Serviços ambientais
Serviços biosféricos:
* IE = infra-estrutura
Produtos industriaisMinerais
Pessoas na cidade
$
Resíduos
IE
manutenção da temperatura, da umidade, das composições da atmosfera, dos oceanos e da superfície terrestre.
Sistema urbano
Esto-ques
Combus-tíveis Serviços
urbanos
Estoques críticos da biosfera
periférico central
Vento
Chuva
SolPlantação
Solo e água
Biomassa
$
Pessoas na cidade
$
Resíduos
Sistema Rural
Sistema Urbano
Produtos agrícolas
Reciclagem de nutrientes, Insumos e Serviços Urbanos
Floresta nativa
Biodiver-sidade
NPK insolúvel no solo
N atm
Pessoas e IE*
IE
Nutrientes
Ecossistemas globais preservados
Estoques
Estoques: calotas polares, glaciares, geleiras, permafrost, recifes, etc.
Serviços ambientais
Serviços biosféricos:
* IE = infra-estrutura
Sol
Materiais da
natureza
Fotossíntese
Biomassa vegetal
Decom-positores
Sedi-mento
Reações
Biomassa sepultada
Hidro-carbonetos
Petróleo, gás, carvão
Extração e transporte
Estoques
Refinação
Produção primária de
petróleoIndústria
petroquímica
Produtos petro-
químicosIndustrias diversas
Produtos industriais
Minerais Extração
Pessoas na cidade
$
Resíduos
IE
Reações Reações
manutenção da temperatura, da umidade, das composições
da atmosfera, dos oceanos e da superfície terrestre.
Sistema Urbano
Esto-ques
CO2Calor
Redução da dissipaçãoa atmosfera
Aquecimento global
Análise de ciclo de vida (desde as matérias primas do lápis até o consumo do produto).
Emergia de um lapis:
0,006 kg de madeira/lápis = 3 x 1011 sej = 0,01 emdolares
=
0,001 kg de tinta/lápis = 1 x 1011 sej = 0,006 emdolares
0,005 kg de grafite/lápis = 2 x 1011 sej = 0,02 emdolares
0,02 $ de serviços/lápis = 6 x 1011 sej = 0,026 emdolares
++ +
= 12 x 1011 sej = 0,042 emdolares
Diagrama simplificado de fluxos agregados
Recursos renováveis da natureza: RRecursos não renováveis da natureza: NContribuição da natureza: I = R + N
Materiais comprados: MServiços comprados: SFeedback da economia: F = M + S
Cálculo dos fluxos de Emergia das Entradas, Perdas e da Energia dos Produtos
Emergia usada: Y = I + FEnergia produzida: Ep = energia dos produtos
Renováveis da natureza: R = Σ (Jei * Tri)Naturais não renováveis: N = Σ (Jei * Tri)
Contribuição da natureza: I = R + N
Materiais comprados: MR = Σ (Jei*Tri) (Reni) MN = Σ (Jei*Tri) (1-Reni)Serviços comprados: SR = Σ ($i*(Em/$)) (Reni) SN = Σ ($i*(Em/$)) (1-Reni)
Feedback da economia: F = (MR+MN)+(SR +SN)
Índices de desempenho emergético
Taxa de intercâmbio emergético: EER = [Y] / {(produto)*(preço de venda) * (emergia/USD)}
Transformidade: Tr = Y/E: Renovabilidade: %Ren = 100 (R/Y) Taxa de benefício custo ambiental: BCR = R/F
Taxa de rendimento emergético: EYR = Y/F Taxa de intensidade emergética: EIR= F/I: Taxa de carga ambiental: ELR = (N+F)/R Índice de Sustentabilidade Emergético: ESI = EYR/ELR
A transformidade (“transformity”) é o valor inverso da eficiência ecossistêmica. Avalia a intensidade da energia produzida. É obtida dividindo a emergia total (Y) entre a energia (ou a massa) do recurso produzido (E). Costuma-se considerar apenas o produto principal, porém a tendência é considerar a soma das energias de todos os produtos.
Indicadores de desempenho emergético
Transformidade: Tr = Y/E
Uma idéia interessante é usar duas transformidades complementárias para denotar a parte renovável e a não renovável:
Tr = (YR/E) + (YN/E)
Pode-se calcular a renovabilidade dividindo a emergia dos recursos renováveis (R) entre a emergia total usada no sistema (Y). É uma medida da sustentabilidade.
%Ren = (R / Y)*100.
Subsídio de sustentabilidade.
Porcentagem de renovabilidade:
Como a renovabilidade dos países industriais é baixa e dos países subdesenvolvidos é alta, no intercâmbio internacional há uma transferência da riqueza ambiental da periferia aos países centrais.
No decorrer de um século a renovabilidade da biosfera que era de 95 caiu a 28% e nos países industriais a renovabilidade caiu mais (5-10%) (Brown, 1998).
Ren = (R + MR + SR) / Y
Este índice pode ser aprimorado, se considerarmos que os materiais e os serviços da economia são em parte renováveis:
Para conhecer o benefício líquido, calcula-se a razão de rendimento emergético (“emergy yield ratio” ou “net emergy ratio”) dividindo a emergia total pela emergia das entradas da economia (F).
EYR = Y/FTaxa emergética de rendimento líquido:
EYR = (I + F) / F = ((R+N) + (M+S)) / F
Indica se o processo pode competir com outros no fornecimento de energia primária para a economia (o conjunto de consumidores).
Este indicador pode ser aprimorado:
Os recursos energéticos fósseis, dependendo da concentração, localização, preço e situação política fornecem 3 a 15 vezes mais emergia (valor alto de N) que a investida na extração e processamento. Porém a tendência é a queda no valor do EYR do petróleo, pois valor de F está aumentando.
Os produtos florestais rendem entre 2 e 10 vezes o investimento feito.
Os produtos agrícolas obtidos com insumos agro-químicos apresentam valores pequenos (entre 1,1 e 2). Os produtos agro-ecológicos apresentam valores maiores.
Quando o valor de EYR é próximo da unidade, não há emergia líquida, pois a captura da energia da natureza (I/F) é mínima:
EYR = Y/F = (R+N+F)/F = 1.0+[(R+N)/F] EYR = 1.0 + (I/F)
Pode-se aprimorar separando o saldo renovável e o saldo não renovável:
EYR = (I+F)/F = ((R+FR)/F)+((N+FN)/F) EYR = EYRR+EYRN
Em certa forma mede a viabilidade econômica. Quando a contribuição da fonte ambiental é alta e os custos de produção são baixos.
Para sobreviver, os países industriais com produtos de EIR alto taxam as importações de países da periferia que usam mais recursos naturais (EIR menor).
Taxa emergética de investimento:
Esse índice mede a proporção entre os recursos da economia com custo monetário (F) e a emergia da natureza gratuita (I).
EIR = F/I
A taxa de carga ambiental (“emergy loading ratio”) mede a proporção entre recursos não renováveis e os renováveis.
ELR = (N+F)/R
ELR= (renováveis)/(não renováveis) = (N+MN+SN)/(R+MR+SR)
Taxa de carga ambiental:
Este indicador pode ser aprimorado:
Os processos ecológicos apresentam um valor baixo, já os processos que usam intensamente os recursos não renováveis possuem valores altos.
A razão de intercâmbio de emergia (“emergy exchange ratio”) é a proporção entre a emergia cedida e a emergia recebida na transação.
Taxa de intercâmbio emergético:
As matérias-primas (minerais, produtos agrícolas, pesqueiros e da silvicultura), apresentam valores altos de EER. O dinheiro recebido somente paga parte dos serviços humanos e não retribui o trabalho da natureza.
EER = Y / Σ [(produção anual*preço)*(emergia/USD)]
Para o consumidor quanto maior o valor melhor.
Este índice permite avaliar o intercâmbio internacional.
Ao comprar matérias-primas de países menos desenvolvidos as nações industriais transferem um saldo de emergia, pois a emergia dos recursos monetários recebidos é muito menor que a contida nas matérias-primas vendidas.
Hoje há uma grande falta de equidade no intercâmbio da riqueza real no comércio internacional.
Tendências dos índices ao mudar o modelo global
Tendência ao aumento:N/F, ELR, EIR, Tr, EER
Tendência a diminuição:Ren, R/F
Individualismo, competiçãocapitalismo & exclusão
Fim do Petróleo = CO2 Redução de
Bilhões de barris por ano
Devem decrescer:N/F, ELR, EIR, Tr, EER
Esforços sociais e ecológicos para
Aumento: Ren, R/F
Soluções comunitárias
2000
As reflexões de H.T Odum e E.C. Odum sobre o futuro (após a era do crescimento) podem ser lidas no livro: “Prosperous Way Down”, publicado em 2001
Unicamp
Maçã EmDollar: 3.05 E12 sej/US$
Sustentabilidade Proporção dos recursos utilizados
Recursos renováveis 30.5%
Recursos não renováveis da natureza 1.6%
Recursos não renováveis da economia urbana 67.9%
Obs. Item Fração
renovávelQuantidade Unidade
Fator de conversão
Transformidade
dos fluxos (sej/unidade)
Emergia renovável
E12 sej/ha/ano
Emergia não renovável
E12 sej/ha/yr
Emergia total E12 sej/ha/ano
R1 Sol 1.0 31000000000 J/ha/ano 1 1 0.031 0.000 0.031
R2 Vento 1.0 31600000 J/ha/ano 1 2450 0.077 0.000 0.077
R3 Chuva 1.0 63300000000 J/ha/ano 1 31000 1962.300 0.000 1962.300
R4 Água de Córrego 1.0 47200000 J/ha/ano 1 176000 8.307 0.000 8.307
R5Fósforo atmosférico
1.0 4.53 kg/ha/ano 12200000000000
099.660 0.000 99.660
R6Nitrogênio atmosférico
1.0 3.4 kg/ha/ano 12410000000000
081.940 0.000 81.940
N1 Perda do solo 0 904000000 J/ha/ano 1 124000 0.000 112.096 112.096
M1Combustível Fóssil
0.01 445047148 J/ha/ano 1 110000 0.490 48.466 48.955
M2 Eletricidade 0.05 815000000 J/ha/ano 1 269000 10.962 208.273 219.235
M3Cálcio Queletizado
0.01 0.765 kg/ha/ano 1 380000000000 0.003 0.288 0.291
M4Sulfato de Magnésio
0.01 8.15 kg/ha/ano 1 380000000000 0.031 3.066 3.097
M5 Calcário 0.01 226.42 kg/ha/ano 1 1000000000000 2.264 224.156 226.420
Exemplo de cálculo
M6 Sementes 0.01 2.11 kg/ha/ano 1 1480000000000 0.031 3.092 3.123
M7 Concreto 0.01 90 kg/ha/ano 1 1540000000000 1.386 137.214 138.600
M8 Potássio 0.01 45.28 kg/ha/ano 1 1740000000000 0.788 77.999 78.787
M9 Aço 0.01 19.2 kg/ha/ano 1 2200000000000 0.422 41.818 42.240
M10 Mudas Frutíferas 0.01 36.8 US$/ha/ano 1 3110000000000 1.144 113.304 114.448
M11 Hormônios 0.01 52.7 US$/ha/ano 1 3110000000000 1.639 162.258 163.897
M12 Sulfato de Cobre 0.01 0.86 kg/ha/ano 1 6380000000000 0.055 5.432 5.487
M13 Fósforo 0.01 45.28 kg/ha/ano 1 22000000000000 9.962 986.198 996.160
M14 Nitrogênio 0.01 33.96 kg/ha/ano 1 24100000000000 8.184 810.252 818.436
M15 Fungicida 0.01 17.92 kg/ha/ano 1 24900000000000 4.462 441.746 446.208
M16 Herbicida 0.01 2.51 kg/ha/ano 1 24900000000000 0.625 61.874 62.499
M17 Inseticida 0.01 1.584 kg/ha/ano 1 24900000000000 0.394 39.047 39.442
S1 Mão de Obra 0.6 75700000 J/ha/ano 1 2800000 127.176 84.784 211.960
S2 Impostos 0.05 66.9 US$/ha/ano 1 3110000000000 10.403 197.656 208.059
S3 Externalidades 0 360 US$/ha/ano 1 3110000000000 0.000 1119.600 1119.600
Produto valor Valor calórico
Maçã
Massa 7188.68 kg/ha/ano
Umidade 84.3 %
Proteína 25 % 24000000 J/kg
Lipídios 25 % 39000000 J/kg
Carboidratos 7 % 17000000 J/kg
Preço 0.3 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Nectarina
Massa 471.70 kg/ha/ano
Umidade 87.6 %
Proteína 8.5 % 24000000 J/kg
Lipídios 2.6 % 39000000 J/kg
Carboidratos 85 % 17000000 J/kg
Preço 0.4 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Cebola
Massa 5.66 kg/ha/ano
Umidade 88.9 %
Proteína 15.3 % 24000000 J/kg
Lipídios 0.9 % 39000000 J/kg
Carboidratos 80.2 % 17000000 J/kg
Preço 0.37 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Pêssego
Massa 3.77 kg/ha/ano
Umidade 87.87 %
Proteína 8.2 % 24000000 J/kg
Lipídios 2.2 % 39000000 J/kg
Carboidratos 85.7 % 17000000 J/kg
Preço 0.43 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Ameixa
Massa 7.55 kg/ha/ano
Umidade 87.23 %
Proteína 5.5 % 24000000 J/kg
Lipídios 2.2 % 39000000 J/kg
Carboidratos 89.4 % 17000000 J/kg
Preço 0.8 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Goiaba
Massa 33.96 kg/ha/ano
Umidade 80.8 %
Proteína 13.3 % 24000000 J/kg
Lipídios 4.9 % 39000000 J/kg
Carboidratos 74.6 % 17000000 J/kg
Preço 1.25 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Milho
Massa 588.68 kg/ha/ano
Umidade 75.96 %
Proteína 13.4 % 24000000 J/kg
Lipídios 4.9 % 39000000 J/kg
Carboidratos 79.1 % 17000000 J/kg
Preço 0.15 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Feijão
Massa 13.58 kg/ha/ano
Umidade 14 %
Proteína 23.3 % 24000000 J/kg
Lipídios 1.5 % 39000000 J/kg
Carboidratos 71.2 % 17000000 J/kg
Preço 0.33 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Pipoca
Massa 0.94 kg/ha/ano
Umidade 35 %
Proteína 42 % 24000000 J/kg
Lipídios 23 % 39000000 J/kg
Carboidratos 7 % 17000000 J/kg
Preço 0.6 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Mandioca
Massa 3.77 kg/ha/ano
Umidade 61.8 %
Proteína 2.9 % 24000000 J/kg
Lipídios 0.8 % 39000000 J/kg
Carboidratos 94.8 % 17000000 J/kg
Preço 0.05 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Batata
Massa 2.83 kg/ha/ano
Umidade 82.9 %
Proteína 10.5 % 24000000 J/kg
Lipídios 0 % 39000000 J/kg
Carboidratos 86 % 17000000 J/kg
Preço 0.37 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Batata doce
Massa 3.77 kg/ha/ano
Umidade 69.5 %
Proteína 4.3 % 24000000 J/kg
Lipídios 0.3 % 39000000 J/kg
Carboidratos 92.5 % 17000000 J/kg
Preço 0.4 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Amendoim
Massa 1.51 kg/ha/ano
Umidade 6.4 %
Proteína 25.9 % 24000000 J/kg
Lipídios 46.9 % 39000000 J/kg
Carboidratos 21.7 % 17000000 J/kg
Preço 1 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Abóbora
Massa 13.58 kg/ha/ano
Umidade 95.7 %
Proteína 14 % 24000000 J/kg
Lipídios 0 % 39000000 J/kg
Carboidratos 76.7 % 17000000 J/kg
Preço 0.2 US$/kg
Produto valor Valor calórico
Pepino
Massa 3.77 kg/ha/ano
Umidade 96.8 %
Proteína 28.1 % 24000000 J/kg
Lipídios 0 % 39000000 J/kg
Carboidratos 62.5 % 17000000 J/kg
Preço 0.34 US$/kg
Classificação das entradas Equação Fluxos agregados x E13 sej/ha/ano
Recursos renováveis da natureza R = Soma (Renováveis) 196.24
Recursos não renováveis da natureza N = Soma (Não renováveis) 11.21
I = R + N 207.45
Materiais da Economia M = Soma (Materiais) 336.45
Serviços da Economia S =Soma (Serviços) 140.20
F = M + S 494.69
Emergy usada Y = I + F 702.14
Sistema geral Valores Unidades
Área 26.5 ha
Massa seca total 1354.68 kg/ha/ano
Energia do produto 2.08 E10 J/ha/ano
Vendas 66225.83 US$/ano
Emergia recebida na venda 7.62 E13 sej/ha/yr
Valor real do produto 2302.11 em-US$/ha/yr
Índices de desempenho emergético
Equação ValorComentário
Transformidade (sej/J) Tr=Y/E=Emergia/Energia 337417 Bom
Transformidade (sej/kg) Tr=Y/M=Emergia/Massa seca 5.18 E12 -
Renovabilidade Ren=(100)*((R+Mr+Sr)/Y) 30.52% Baixa
Taxa de rendimento EYR=Y/(Mn + Sn) 1.47 Razoável
Taxa de investimento EIR=(Mn+Sn)/(R + Mr +Sr +N) 2.22 Razoável
Taxa de intercâmbio EER=Y/(Emergia recebida nas vendas) 0.92 Quase bom
Taxa de carga ambiental ELR=(N+Mn+Sn)/(R+Mr+Sr) 2.28 Exige cuidados
A renovabilidade é baixa (30%) em comparação a sistemas agro-florestais e agrosilvopastoris que valores entre 60 e 95%. Os valores de taxa de rendimento e de investimento são razoáveis. O produtor vende seus produtos a bom preço e quase atinge a igualdade entre a emergia do produto vendido e a emergia do dinheiro recebido.
Deve começar a se preocupar com os insumos que usa, pois são do tipo não renovável (derivados do petróleo).
Hoje usamos o computador para facilitar nossa vida. É possível fazer compras, acessar a conta bancária, consultar informações, etc.
Software para a avaliação emergética
Na página web do Laboratório de Engenharia Ecológica se explicações sobre a metodologia emergética, acesse: www.unicamp.br/fea/ortega.
Nessa página web pode acessar um sistema de avaliação emergética on-line de sistemas agrícolas.
Ao acessar o sistema, se abre uma página com explicações. Depois de ler elas, clique no link como indicado na figura.
Você será redirecionado para a página do sistema, onde poderá se cadastrar e começar sua análise.
Você poderá usar tabelas de modelos já estudados ou usar uma tabela geral (útil para qualquer sistema).
Pode usar ela para criar uma nova análise. Preencha as caixas de texto com os valores dos insumos utilizados no seu sistema.
Após o usuário colocar os dados o programa mostra uma nova página web com um gráfico que da as porcentagens de recursos renováveis e não renováveis utilizados e uma tabela com os indicadores emergéticos.
Desta forma podemos obter os índices emergéticos de uma forma fácil e rápida.
Qualquer pessoa pode acessar o sistema, modificar os valores existentes e verificar como a sustentabilidade é modificada com o aumento ou diminuição do uso de um insumo.
Acesse já e veja como é fácil!