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1. METODOLOGIA Para elaboração dessa proposta, a escola através da: direção, equipe pedagógica, professores, alunos, funcionários e comunidade se reuniram várias vezes para discutir o que seria preciso para montar uma Proposta que viesse atender às necessidades da Escola, Comunidade, Alunos, Professores e Funcionários. Essa proposta esta baseada na nova LDBEN, que visa a inserção do homem na sociedade, no mundo do trabalho na família, trabalhar o ser humano como um todo colocando limites, respeito, valores e costumes. Nossa proposta visa fazer um retrospecto do que foi realizado , do que deu certo, e o que precisa ser mudado, delineando metas, e estabelecendo parâmetros. Vamos valorizar o saber de cada individuo, procurando respeitar o tempo de aprendizagem, com práticas pedagógicas que garantam justiça, igualdade, aprendizagem, obedecendo a direitos e deveres. Essa proposta é flexível, podendo ser modificada de acordo com as necessidades, procuramos colocar ações responsáveis , compartilhadas com todos, respeitando o bem comum, a ética e a cidadania. Vivemos num momento de inadaptação social que afeta adultos e crianças e especialmente a sua comunicação recíproca. A inadaptação característica da sociedade de consumo, na época pós-industrial reflete-se na finalidade social da escola. A expansão da democratização do ensino, entre nós, não sendo sinônimo de democratização sociocultural, vem adicionar mais problemas. A escola alimenta a 1

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1. METODOLOGIA

Para elaboração dessa proposta, a escola através da: direção, equipe

pedagógica, professores, alunos, funcionários e comunidade se reuniram várias vezes

para discutir o que seria preciso para montar uma Proposta que viesse atender às

necessidades da Escola, Comunidade, Alunos, Professores e Funcionários.

Essa proposta esta baseada na nova LDBEN, que visa a inserção do homem

na sociedade, no mundo do trabalho na família, trabalhar o ser humano como um todo

colocando limites, respeito, valores e costumes.

Nossa proposta visa fazer um retrospecto do que foi realizado , do que deu

certo, e o que precisa ser mudado, delineando metas, e estabelecendo parâmetros.

Vamos valorizar o saber de cada individuo, procurando respeitar o tempo de

aprendizagem, com práticas pedagógicas que garantam justiça, igualdade,

aprendizagem, obedecendo a direitos e deveres.

Essa proposta é flexível, podendo ser modificada de acordo com as

necessidades, procuramos colocar ações responsáveis , compartilhadas com todos,

respeitando o bem comum, a ética e a cidadania.

Vivemos num momento de inadaptação social que afeta adultos e crianças e

especialmente a sua comunicação recíproca. A inadaptação característica da sociedade

de consumo, na época pós-industrial reflete-se na finalidade social da escola.

A expansão da democratização do ensino, entre nós, não sendo sinônimo de

democratização sociocultural, vem adicionar mais problemas. A escola alimenta a

1

sociedade de consumo e a produção de técnicos especializados e, como conseqüência,

a competição é o seu sistema básico de sobrevivência e avaliação. A escola perdeu a

sua função sócio cultural para o lugar de fabricação de competências que tendem a

"avolumar" o problema. Essa vertigem de sucesso, alimentada por poéticos, pais e

professores, impõe-se à criança, o adolescente e à educação.

O êxito escolar prevalece como condição necessária para manter o bem de

todos.

A busca do sucesso escolar é uma condição do sistema social atual, é ele que

reforça expectativas e que justifica projetos e esperanças familiares. A escola não pode

continuar a ser seletiva. A sua função é garantir um apoio inestimável a todas as

crianças, ou seja, a todos os futuros cidadãos.

A falha escolar é uma condição de "estresse emocional". Afeta a criança, afeta

a família, e afeta a escola. Mais, o insucesso escolar é sinônimo de insucesso social.

Sem as aquisições escolares, o indivíduo fica impedido de participar eficientemente no

progresso da sociedade. Um povo analfabeto não constrói nada coletivamente, só o

egocentrismo e o narcisismo o move em sentido alienado. Um povo culto e alfabetizado

é sempre livre e disponível, e só neste sentido se podem justificar todos os

investimentos econômicos possíveis.

A delinqüência não pode continuar a ser porta de saída do insucesso escolar.

As explicações domiciliares ou as clínicas de luxo só chegam aos mais favorecidos. O

insucesso escolar não deve ser o comportamento de sobrevivência ou de refúgio de

inúmeros estudantes que, sendo inteligentes, encontram-se profundamente

desmotivadas pelo que a escola oferece e proporciona.

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A aprendizagem é, por natureza, uma situação que desestabiliza

emocionalmente as crianças. Se o professor não tiver em conta esse aspecto, é

evidente que as situações escolares são vividas numa tensão tal que jamais

proporcionarão as relações interiorizadas (respectivas, integrativas e expressivas)

características do processo da aprendizagem humana.

Não se percebe por parte dos órgãos governamentais qualquer preocupação

séria com essa realidade, o que tem uma lógica, já que nosso modelo econômico é de

dependência com relação ao do primeiro mundo: não precisamos de cérebros

pensantes, envolvidos com questões nacionais e sim quadros servis à lógica do capital

internacional.

Na verdade, ganha terreno a tese de que o que interessa, de fato, à escola não

é apropriação cultural, mas a domestificação dos futuros trabalhadores.

A inserção do homem no mundo e na história passa também, pelo resgate da

história pessoal e familiar de cada um. Valorizando a descoberta e não a repetição do

velho, fazendo a reflexão teórica a partir da prática. Na busca da multiplicidade dos

conceitos e não do dogmatismo também possibilita o enfrentamento e a resolução dos

conflitos para não escamoteá-los.

Enfim, conceber a escola como ponte entre os conhecimentos individuais e os

novos conhecimentos. Através de um trabalho pedagógico no qual a preocupação

constante seja a cidadania voltada para uma atuação consciente no convívio social.

Para isso, antes de tudo, o educador deve estar consciente da sua própria

necessidade, desejos e expectativas; suas intervenções, devoluções e

encaminhamentos.

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Suas intervenções, devoluções e encaminhamentos tem por objetivo, provocar,

manter ou amenizar a ansiedade, a agonia, o mal estar da construção.

Aprender a pensar, construir conhecimento é também o aprendizado de

construir opções.

Pois aqui vale abandonar o antigo referencial a antiga hipótese, quebrar

estereótipos, contentamento cristalizados e perder a segurança do que antes parecia

estabelecido, inquestionável, na busca da construção do novo, do que ainda não se

conhece.

Concepção educacional (socio-interacionista) possibilita a apropriação do que já

se sabe e a construção do que ainda não se conhece.

Este é um espaço instrumentalizador da reflexão da construção do

conhecimento. Espaço que alicerça o processo da disciplina intelectual para o estudo

teoria prática que alicerça o processo do rigor científico. Construir conhecimento não á

algo fácil. É necessário um rigor para fazer, viver o ato apaixonado de ensinar e educar

nossos desejos e sonhos de vida.

Segundo Madalena Freire, o educador, nesta concepção, é um maestro. Um

maestro que rege uma orquestra, da coordenação sintonizada com cada diferente

instrumento. Rege a música de todos. O maestro sabe e conhece o conteúdo das

partituras de cada instrumento. Partitura: hipótese do educando; conteúdo: conteúdo da

matéria o que cada um pode oferecer.

A sinfonia de cada um com o outro. A sinfonia de cada um com o maestro. A

sintonia do maestro com cada um e com todos. É o que possibilita a execução da peça

pedagógica. Esta é a sua arte.

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2. OBJETIVO:

A presente proposta visa fazer um retrospecto do que foi realizado, o que deu

certo e o que precisa a ser melhorado, delinear metas com tempo pré-estabelecido e

estabelecer parâmetros.

Nossa Proposta visa uma educação global levando o educando a fazer uma

reflexão do passado, do presente e elaborar metas para o futuro, trabalhando com

metodologias adequadas para facilitar a aprendizagem num ambiente participativo e

colaborativo.

Vamos abordar assuntos do cotidiano que desencadeiam discussões e

pesquisas, debates e reflexões, além de sugerir atividades inovadoras, que extrapolam

o espaço da sala de aula, integrando alunos, professores, família e comunidade

proporcionando uma aprendizagem dinâmica, prazerosa e integrada à realidade.

Vivemos numa sociedade neoliberal que exige cada vez mais pessoas

dinâmicas, com espírito de liderança, capazes de lidar com situações diversificadas,

podendo superá-las com mecanismos que estão embutidos em seu caráter. Caráter

esse, formado a partir de enfoques dados à sua formação cultural e social e em boa

parte trabalhados durante a sua convivência com a família e permanência na escola.

Nossa proposta é trabalhar o ser humano como um todo, colocando limites,

respeito pela individualidade de cada um, ensinando e exigindo esse mesmo respeito

uns para com os outros.

A comunidade onde a escola está inserida é carente, o único acesso à cultura

são os meios de comunicação de massa, televisão, rádio, nossa propostas visa levar

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informações à comunidade sobre assuntos variados integrando-a com a escola e com o

saber.

Vamos valorizar o saber de cada um procurando trazer pessoas da comunidade

ligadas aos alunos para resgatar costumes, convívio e bom relacionamento, visto que

vivemos numa sociedade capitalista onde tudo é descartável, não existe mais diálogo,

ninguém tem tempo, ou por muita influencia da mídia, o qual gera um consumismo

desencadeado, levando as pessoas ao individualismo e portanto a competição. Com as

experiências dessas pessoas pretendemos valorizar sua identidade como cidadãos

capazes responsáveis por suas ações, solidárias com suas famílias, e comunidade e

ser autônomo consigo mesmo.

Nossa prática pedagógica induzirá aos educandos, comunidade, professores,

funcionários a buscarem: justiça, igualdade, uma sociedade mais humana obedecendo

aos padrões de direitos e deveres.

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3. IDENTIFICAÇÃO:

A Colégio Estadual de Vila Ajambi, Ensino Fundamental e Médio, está localizada

na Rua Professor Alfredo Valente, Nº 428, Vila Ajambi, no município de Almirante

Tamandaré, na região Metropolitana de Curitiba, área Norte Fone: (41) 3657-0809 ou

3698-2361, e-mail [email protected] ou [email protected] ,.

Mantida pelo Governo do Estado do Paraná e administrada pela Secretaria Estadual de

Educação.

Em 1990 no dia 10 de dezembro recebemos reconhecimento de curso n.º

797/90 de 26 de março de 1990.

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4. ASPECTOS HiSTÓRICOS:

A Escola Estadual de Vila Ajambi, foi iniciada em 1983, com a construção de

duas salas de aula, a partir de um abaixo assinado de moradores.

Em 1984 no dia 24 de setembro recebemos a autorização de funcionamento n.º

7.489/84 para 1ª a 4ª série, tendo as professoras Geni Genésia Prado, Elvira Oyama,

Ana Lucia Pereira, Jefferson da Silva, Gizela Guimarães Pereira e Lucimeri Costa dado

todo o impulso para construir o dinamismo que hoje é o Ajambi.

Pouco a Pouco, as duas salas já não comportavam tanta criança. Em certo

tempo foi preciso 4 períodos de aula para dar conta. Ao mesmo tempo uma comissão

de educação Comunidade/escola se esforçavam para encontrar uma solução. Foram

muitas reuniões de comissão dos pais, idas e vindas a Fundepar, Secretaria de

Educação, pesquisas, abaixo-assinados e a solução não tardou a chegar.

Até construir a nova sala o jeito era achar um lugar onde pudéssemos continuar

as aulas. Com um documento de cedência, ocupamos as instalações da Capela Anjo

da Guarda, onde foi improvisado tudo: salas de aula. Carteiras, etc.

Os construtores foram os desempregados da comunidade contratados pela

Prefeitura que coordenaram o mutirão. Durante a construção quem tinha um tempo

disponível vinha dar uma mão. Construindo assim seis novas salas d aula, biblioteca,

sala dos professores, cozinha e banheiros.

Em 1988 foi iniciado com o ciclo básico, foi trabalhado também durante muito

tempo com o Mobral e Educação Educar, na educação de adultos

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Em 1991 houve a municipalização das escolas. Sendo que a nossa continuou

funcionando de Pré a 8ª séries. Sendo que Pré a 4º com administração municipal

passando a chamar-se Escola Municipal Jardim Gramado e 5ª a 8ª série Escola

Estadual de Vila Ajambi.

Em 1992 forma construídas duas salas de madeira. Sendo que o ginásio só

funcionava até então somente no período noturno.

Em 1993 com a criação do CAIC – CENTRO DE ATENDIMENTO INTEGRAL À

CRIANÇA, pudemos abrir matrícula para 5ª a 8ª séries no período diurno, funcionando

então em três turnos.

Em 30/12/97 foi celebrado entre a Fundepar e a Associação de Pais e Mestres o

Convênio n.º 2225/97, que permitiu a liberação de recursos para a construção de duas

salas emergenciais que totalizaram 117,00m².

Em 16/10/97 foi celebrado o Convênio n.º 1837/97, entre a Fundepar e a

Associação de Pais e Mestres, o qual possibilitou a construção da quadra de esportes

com uma área de 348,00m².

A Resolução n.º 1481/2000 autorizou o funcionamento do Curso Supletivo de

Ensino Fundamental Fase II na Escola Estadual de Vila Ajambi. A referida Resolução

foi publicada na página 19 do Diário Oficial de 18/05/2000.

Em 2006 a Resolução no. 4224 de 26/09/2006 – DOE 25/10/2006, autorizou o

funcionamento do Ensino Médio no estabelecimento de ensino, o que beneficiou em

muito a comunidade que ansiava por esta modalidade de ensino.

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5. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA:

5.1. Das normas gerais:

1 Os horários de aulas serão os seguintes:

MANHÃ (5ª a 8ª Série) – das 7:30 às 11:50 horas, sendo assim distribuídas:

1ª aula – das 7:30 às 8:20 horas

2ª aula – das 8:20 às 9:10 horas

3ª aula – das 9:10 às 10:15 horas

RECREIO - das 10:00 às 10:15 horas

4ª aula – das 10:15 às 11:05 horas

5ª aula – das 11:05 às 11:50 horas

TARDE ( 5ª a 8ª Série) – das 13:00 às 17:20 horas, sendo assim distribuídas:

1ª aula – das 13:00 às 13:50 horas

2ª aula – das 13:50 às 14:40 horas

3ª aula – das 14:40 às 15:30 horas

RECREIO - das 15:30 às 15:45 horas

4ª aula – das 15:45 às 16:30 horas

5ª aula – das 16:30 às 17:20 horas

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NOITE ( 5ª série do Ensino Fundamental a 3º. ano do Ensino Médio) – das

19:00 às 22:30 horas, sendo assim distribuídas:

1ª aula – das 19:00 às 19:50 horas

2ª aula – das 19:50 às 20:40 horas

RECREIO - das 20:40 às 20:50 horas

3ª aula – das 20:50 às 21:40 horas

4ª aula – das 21:40 às 22:30 horas

7.Haverá tolerância de 10 minutos para atraso de alunos.

8.O aluno que chegar à escola com atraso será encaminhado ao Serviço de

Orientação Educacional para comunicação aos pais ou responsáveis.

9.O aluno não poderá entrar na sala de aula após o professor.

10.A entrada e saída dos alunos serão feitas pelo portão principal.

11.O recreio terá duração de 15 (quinze) minutos no período diurno e 10 (dez)

minutos no período noturno, sendo nos seguintes horários:

MANHÃ: DAS 10:00 ÀS 10:15 HORAS

TARDE: DAS 15:30 ÀS 15:45 HORAS

NOITE: DAS 20:40 ÀS 20:50 HORAS

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12.A merenda será servida na cantina.

13.A saída antecipada do aluno da Escola somente será permitida com a presença

do pai, mãe ou responsável, ou com a solicitação assinada pelo pai ou

responsável.

OBS: O aluno deverá solicitar ao serviço de Orientação,Supervisão ou a Direção

a sua saída antecipada e assinar o livro ou ficha de dispensa de aluno ao sair da

Escola.

14.O aluno que faltar a aula por motivo de doença deverá apresentar atestado

médico ao supervisor (a) ou orientador (a), o (a) qual dará ciência ao professor, e

depois será encaminhado para a Secretaria para arquiva-lo na pasta do aluno.

15.O aluno que não comparecer no dia da avaliação deverá estar preparado para

realiza-la em 2ª chamada de acordo com a data especificada pelo professor.As

avaliações serão realizadas durante os últimos 15 (quinze) dias do bimestre.

OBS: Para realização da 2ª chamada, o aluno deverá dirigir-se a Secretaria da

Escola, fazer um requerimento, anexar o atestado, ou justificativa. O aluno

somente poderá realizar a avaliação, em segunda chamada, se a Equipe

Pedagógica deferir seu requerimento. Se o motivo não for justificativo a Equipe

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poderá indeferir tal pedido. O requerimento deverá ser encaminhado até 48

(quarenta oito ) horas após o retorno às aulas.

16.Os alunos poderão realizar até 02 (duas) provas no mesmo dia.

17.Objetos alheios às atividades escolares não deverão ser trazidos para a Escola,

pois esta não se responsabilizará em caso de extravio ou dano.

OBS: Objetos de valor ou de caráter periculoso que eventualmente sejam

trazidos ficarão guardados no Serviço de Orientação Educacional e somente

serão devolvidos aos pais ou responsáveis, revistas ou bebidas de qualquer

natureza não serão devolvidas.

18.Não serão emprestados diretamente ao aluno quaisquer objetos tais como TV e

Vídeo e material de laboratório.

19.No ato da matricula o aluno deverá entregar duas fotos 3x4, e todos os

documentos necessários, tais como, registro de nascimento, Histórico Escolar ou

declaração. Todos os alunos deverão portar a caderneta de identificação

escolar.

20.Danos causados ao patrimônio da escola pelo aluno serão reparados pelos

mesmos ou pelos responsáveis.

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21.Os alunos não poderão permanecer nas salas de aula nos horários de recreio e

término de aula.

a)Deixar as salas em ordem – o professor poderá dar cinco minutos para os

alunos, na última aula, organizar as salas.

22.Na entrada da Escola o aluno deixará a carteirinha de estudante, a qual será

devolvida no final da aula.

23.É vedado ao professor dispensar alunos antes do sinal.

24.Evitar acesso de vendedores, publicitários em sala de aula.

25.O aluno somente poderá ser dispensado das aulas de Educação Física mediante

atestado médico ou em conformidade com a lei.

26.As aulas de Educação Física em dias de chuva serão realizadas em sala de aula

no período diurno e noturno.

27.Cada turma de 5ªa 8ª série contará com um professor responsável para dar-lhe

atendimento especial sendo denominado “PROFESSOR CONSELHEIRO”.

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28.O serviço de Orientação Educacional e Supervisão de Ensino atenderão os pais

ou responsáveis nos dias e horários abaixo indicados, e excepcionalmente

quando for necessário alguma convocação.

5.2. Supervisão / Orientação:

OBS: No horário de entrada e saída das aulas os serviços de Orientação

Educacional e Supervisão de Ensino não poderão atender pais ou responsáveis

uma vez que estarão atendendo o fluxo e refluxo de alunos e professores.

1 O professor não deve adiantar aula, pois serão estabelecidos horários especiais

quando a situação assim o exigir.

2. Os pais ou responsáveis e estranhos do corpo docente deverão identificar-se na

Secretaria da Escola e receber autorização.

3. A biblioteca ficará aberta durante o horário de funcionamento da Escola.

4. A escola contará com A. P. M. – Associação de Pais e Mestres como Instituição

Auxiliar.

5. O aluno que não apresentar toda a documentação por lei até sessenta dias

letivos após a matricula poderá ter a mesma indeferida.

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6. A Escola não fornecerá qualquer tipo de medicamento aos alunos.

7. O professor ou funcionário que tiver necessidade de faltar terá o prazo de 30

(trinta) dias para repor a falta.

8. O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e

fiscal, com o objetivo de estabelecer, o Projeto Pedagógico da escola, critérios

relativos à sua ação, organização , funcionamento e relacionamento com a

comunidade, nos limites da legislação em vigor traçadas pela Secretaria de

Estado da Educação.

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6. COM RELAÇÃO À ORGANIZAÇÃO DO ENSINO:

6.1. Analise da proposta pedagógica da Escola Estadual de Vila Ajambi:

Os princípios da moral e da ética, afeta a vida em sociedade buscando

sempre a felicidade, buscando transmitir aos educandos os conceitos necessários a

sua auto-suficiência de maneira contextualizada.

O currículo foi dividido em 2 partes, a base nacional comum e mais uma

parte diversificada sendo um total de 3840 h/aula para os 4 anos (Quinta a oitava

séries respectivamente) divididos em 4 bimestres cada. A grade curricular é

composta por 16 disciplinas, o ensino religioso faz parte da grade da 5ª série e

filosofia da 7ª e 8ª séries.

Em relação à metodologia de ensino, cada disciplina tem um formato que

mais se adapte ao assunto dado de forma que os alunos tenham o melhor

rendimento possível, entretanto sabe-se que os Pais estão cada vez menos

presentes na educação de seus filhos e que esses estão cada vez mais expostos a

programas que desvirtuam o comportamento e derrubam valores sociais, a PPP tem

em seu texto formas de no mínimo amenizar tal fato, como plantar sementes da

felicidade, ter humildade e persistência para aprender e saber repassar o que

aprendeu.

Na Escola Estadual de Vila Ajambi, o trabalho principal não é fazer os

alunos se debruçarem em livros didáticos, mas sim se debruçarem sobre a

realidade, tentando entende-la.

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Para isso as disciplinas são trabalhadas de forma conjunta fazendo com

que o aluno perceba as suas relações e inter-relações de modo que um

conhecimento não fique perdido no tempo e no espaço.

Quanto à avaliação, a qualitativa tem prevalência sobre a quantitativa num

processo contínuo, Global visando interpretar conhecimentos, habilidades e atitudes

dos alunos. A avaliação é realizada de tal forma a obter-se o rendimento escolar

desejado, diminuindo o índice de reprovação e a evasão escolar. A avaliação é

contínua, diagnostica, considerando o avanço progressivo de cada aluno,dentro de

suas possibilidades pessoais, conferindo-lhe um resultado bimestral, sempre de

forma contínua, cumulativa e vista como um tomada de decisões e não meramente

classificatórias.

Os formatos de avaliação são os mais diversos possíveis para que o

professor tenha uma base melhor de avaliação.

Para os alunos que não conseguiram um mínimo necessário para o

entendimento do assunto dado, será feito no primeiro momento em que for

diagnosticada a dificuldade, uma recuperação paralela, que deve ser feita sempre

que o professor verificar a não apropriação de um determinado conteúdo.

A recuperação tem como objetivo, proporcionar aos alunos que

demonstram rendimento insuficiente, a oportunidade de melhoria de aproveitamento.

Ainda assim o aluno não conseguindo o mínimo suficiente é repassado o assunto

com outra estratégia no final do bimestre e será feita outra avaliação para saber se o

aluno conseguiu recuperar-se. Continuando o aluno com o baixo rendimento, poderá

este melhorar no bimestre seguinte, se no final do ano letivo a dificuldade continuar,

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será feita uma revisão com os principais assuntos que serão pré-requisitos na série

seguinte, se o aluno não conseguir demonstrar que está apto a ser promovido, o

mesmo será avaliado pelo conselho escolar o qual dará o veredicto final após

verificar se o aluno nas outras disciplinas tem um rendimento melhor e se a

dificuldade do mesmo poderá ser sanada na série seguinte, só após esses passos é

que o aluno será retido, sempre tendo em mente que é para o bem do aluno, já que

o mesmo não iria ter condições de acompanhar a série seguinte. Para a promoção,

ele será considerado promovido sempre que tiver comparecido a mais de 75% do

total de aulas dadas e rendimento em cada disciplina superior a 60% ou se o

conselho de classe entender que ele terá condições de recuperar-se na série

seguinte.

A Supervisão e Orientação trabalham de forma conjunta com professores

para que seja alcançado o objetivo primeiro da escola, que é formar o aluno em

todos os aspectos.

É a equipe pedagógica que deverá identificar possíveis problemas nas

relações pessoais na escola e sugerir mudanças de comportamento por parte dos

alunos, professores, funcionários, pais ou responsáveis.

Nas reuniões periódicas do conselho de classe é que serão trabalhados

os professores e a qualquer momento os alunos.

A Orientação fará dinâmicas de grupo, onde serão trabalhadas a auto

estima dos alunos, primeiro no grupo e se não surtir o efeito desejado,

individualmente.

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Em problemas mais sérios será de responsabilidade da Orientação

encaminhar o aluno a lugares especializados.

A equipe pedagógica junto com professores, promoverão atividades

pedagógicas integradas, contínua , progressivas e harmônicas, que concorram para

o desenvolvimento integral do educando, oferecendo oportunidades para que o

educando desenvolva o respeito para consigo mesmo, o outro, as autoridades

constituídas, o Estado e a família e os diferentes grupos sociais e étnicos.

O Ajambi parte do pressuposto de que a função da escola é dúplice sendo

uma das funções transmitir às novas gerações o acervo cultural do grupo, a

segunda é promover pelo estudo do meio e das técnicas a mudança social. Cada

membro da comunidade escolar, além da responsabilidade pessoal e social, tem

compromisso com as novas gerações. A escola dever ser o receptáculo da

experiência social, ser o centro da comunidade e para ela deverão convergir todos

os empreendimentos e dela partir do impulso de melhoria social.

Para isto, deverão:

a) Centralizar as comemorações cívicas da comunidade;

b) Pesquisar e manter vivo o folclore regional;

c) Abrir a biblioteca para uso da comunidade;

d) Promover a vida social e recreativa do meio;

e) Tomar iniciativa de campanhas para o bem da comunidade;

f) Constituir-se um centro de atividade esportiva e recreativa da juventude.

O projeto pedagógico da escola é dinâmico de forma que todo final de

ano letivo é avaliado para corroborar ou não o seu texto e sua prática, analisando

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seus pontos positivos e negativo, propondo alterações, tomando-se o cuidado para

que uma mudança tenha tempo de surtir o efeito desejado, num processo que visa

não parar no tempo, estando sempre se atualizando com a sociedade.

Para elaboração dessa proposta, a Escola através da direção, equipe

pedagógica, professores, alunos, funcionários e a comunidade através da APM se

reuniram várias vezes para discutir , o que a comunidade local precisava como

política pedagógica dando uma melhor visão de onde a escola está inserida, com

isso o PPP foi feito de forma democrática e compartilhada.

Por ser uma proposta ampla e dinâmica aonde a falhas que vão

aparecendo são discutidas e corrigidas para o ano seguinte as sugestões de

intervenção são restritas, cito algumas.

7.diminuir o número de disciplinas, para que seja mais fácil fazer a

interdisciplinaridade e o aluno não perceba as disciplinas de forma

isolada.

8.Deixar mais claro quando o aluno é retido, dando no ano seguinte um

apoio maior a ele.

9.Incluir formas de reposição de aulas, para eventuais faltas do docente.

Com relação à formação dos professores 40% , são graduados, alguns

com duas graduações e 60%, pós – graduados, a escola não possui especialista

em nenhuma área.

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A Escola mantém um formato tradicional, com aula de 50 minutos, sinal

sonoro, com uma sala por turma, sendo que o professor desloca-se até ela, e

intervalo de 15 minutos para o lanche.

6.2. Com relação à interação dos envolvidos no processo ensino –

aprendizagem:

A relação entre professores, coordenador, supervisor e a direção, é de

cooperação, onde todos em suas respectivas funções trabalham para o melhor

rendimento escolar do aluno. Até mesmo nas reuniões pedagógicas existem trabalhos

conjuntos para que a interdisciplinaridade seja um fato, onde professores compartilham

suas experiências com a finalidade de melhorar sua prática pedagógica.

Já a relação entre pais e professores é harmônica, já que a escola foi

construída e melhorada pela comunidade. A relação entre professores e alunos, é bem

diversificada, pois existem alunos que praticamente não tem família e nem valores

familiares, que complicam essa relação por não conhecerem limites de uma boa

convivência, isso torna o trabalho do professor um tanto estressante, porque muitas

vezes é preciso fazer o papel de pai ou mãe. A falta de limites de alguns faz com que o

rendimento geral seja sacrificado em prol de ensinar regras sociais.

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6.3. Com relação ao perfil do aluno:

Por ser uma região de periferia e em crescimento, existe uma grande

diferença socioeconômica, que trás grandes problemas de relacionamento entre alunos,

onde tem alunos com certo padrão econômico e outros em nível de miséria.

Essa diferença faz com que os atritos seja inevitáveis, principalmente na

5ª e 6ª série e que devem ser minimizados pela escola. Muitos alunos têm graves

problemas familiares inclusive com drogas, mãe ou pai ausente ou sem condições de

cria-lo, moram com avos ou tios.

A faixa etária para os alunos do ensino regular é de 13 anos e do EJA 25

anos, sendo que muitos alunos do EJA são pais de alunos do regular, já que o nível de

escolarização de modo geral é baixo.

A Escola foi construída em um terreno doado pela prefeitura sendo um

terreno impróprio para uma escola, já que é pequeno e em declive, mas atende toda

uma comunidade da melhor forma possível, mas não tem condições de trabalhar com

alunos especiais por ter muitas escadas e corredores.

6.4. Com relação à metodologia adotada pelo professor:

O projeto político pedagógico foi elaborado pela direção e professores,

isso faz com que a maioria do corpo docente tenha conhecimento do mesmo. No

próprio corpo do projeto consta trabalhos diversificados que dão uma certa autonomia

ao docente para trabalhar com dinâmicas, teatros, concurso de leitura, passeios

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culturais, auto-estima em especial trabalhos contra a violência, que é um grave

problema local, entre outros trabalhos, inclusive com materiais recicláveis.

Sabendo da grande diversidade dos alunos e muitas vezes vivenciando

seus dramas pessoais é necessário que a escola mantenha uma atenção maior aos

alunos que podem estar com dificuldades inclusive alimentar e alertar a ação social

para dar apoio não só ao aluno, mas também aos familiares.

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7.PROFESSORES , FUNCIONARIOS, DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA:

7.1. Professores Ensino Fundamental e Médio:

NOME FORMAÇÃOÂngela Misga Letras

Angelita de Lima Educação Artistica

Antonio Ilson Kotoviski Filho História

Aselma Terezinha Magalhães Matemática

Beariz Scremin Lisboa Educação Artística

Bruno Brunaldo Galvan Química

Clodomir Chevonica Junior Educação Física

Creuza Pereira dos Santos Geografia

Dailde Silva Gonçalves Ciências

Denis da Silva Pinto Física

Dolores Manfron Letras

Elisangela Nascimento Soares Buss Ciências

João Batista Silva Dourado Geografia

João Procópio Noerenber Biologia

Jocenir de Barros Stepemowski Matemática

Luiz Romero Piva História

Makoto Oyama Matemática

Márcia Elizangela Fiurini Ciências

Márcia Martins da Rocha História

Maria Aparecida de Andrade Letras

Maria Luiza da Silveira História

Mery Ellen de Siqueira Educação Física

Mônica Messias da Silva Filosofia

Natalino Fernandes Letras

Pedro Luiz dos Santos Educação Física

Sarlete Antunes Walter Letras

Valdecir Ramos Letras

Vanderlei de Souza Geografia

Zenir José Fontoura Educação Artística

25

7.2. Funcionários:

NOME FUNÇÃO

Ana Roseli Mosko Rodrigues Aux. Serviços Gerais

Andréa de Fátima Kalinoski Téc. Administrativa

Cristiane Santos da Silva Téc. Administrativa

Eliane Ribeiro da Silva Aux. Serviços Gerais

Elizete da Silva Lacerda Aux. Serviços Gerais

Florivaldo Nunes da Rosa Aux. Serviços Gerais

Isaide Pereira Santos Sagioneti Téc. Administrativa

Luis Fernando Ribeiro Téc. Administrativo

Maria Aparecida Izabel da Silva Aux. Serviços Gerais

Maria de Lourdes Holm Aux. Serviços Gerais

Maria José Pereira Alves Aux. Serviços Gerais

Neodete Xavier Téc. Administrativa

Nidelce Gonçalves da Silva Téc. Administrativa

Ricardo Mauricio de Freitas Andrade Téc. Administrativo

Sandra dos Santos Dobkowski Secretária

Vasni Martins Camargo Aux. Serviços Gerais

26

7.3. Direção e Equipe Pedagógica

NOME FUNÇÃO

Nelson Nascimento Diretor

Maria Aparecida de Andrade Diretora-Auxiliar

Gesiane Machado Pedagoga

Jacqueline da Luz Schlichta de Gouveia Pedagoga

Amarildo Antonio Natel Pedagoga

Marilda Fernandes Subtil Pedagoga

Patrícia Kobachuk Pedagoga

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8. ESPAÇO FÍSICO DO ESTABELECIMENTO:

Sala Dependência

Salas de 01 Sala de Informática

Salas de 02 a 09 Sala de Aula

Sala 10 Biblioteca

Sala 11 Secretaria

Sala 12 Sala dos Professores

Sala 13 Sala da Supervisão e Orientação

Sala 14 Cozinha

Sala 15 Depósito de Alimentos

Sanitários

Masculino Feminino

3 6

Quadra Poliesportiva

1

28

8.1. Com relação ao prédio escolar:

A escola está localizada no bairro de Vila ajambi, a 6 Km do centro de Almirante

Tamandaré e 8 Km do centro de Curitiba.

8.2. Espaço Físico / Equipamentos:

• Área Total de aproximadamente 2100 m2

• Área construída de aproximadamente 900 m2

• Área de quadra de esportes 350 m2

• Área de Pátio aproximadamente 200 m2

• Corredores e espaços perdidos 200 m2

• Nos três turnos há 1040 alunos matriculados

• 8 salas de aula sendo 7 delas padrão

• 1 biblioteca com razoável acervo

• 01 Sala de Informática c/ 5 CPU e 20 Monitores 17” e 2 Impressoras SANSUNG

– Laser.

• 1 cantina da escola .

• 01 Salas dos professores, supervisão, direção

• 01 Secretaria c/ 1 CPU e 4 Monitores 17” e 1 Impressora SANSUNG – Laser.

• 01 televisor a cores 20" LG

• 01 televisor cineral 20"

• 01 televisor a cores 21" – FUNDEF

29

• 01 TV a cores Panasonic

• 01 Vídeo Cassete 4 cabeça cineral

• 01 Vídeo Cassete 4 Cineral – N. 10

• 01 Vídeo Cassete 5 cabeças – FUNDEF

• DVD RJ 1500 DVX - Omnicon

• 01 Batedeira Semi- Ind. 12 Lts. FUNDEF

• 01 Fotocopiadora Mita DC 1415

• 01 Fotocopiadora RICOH FT 3713

• 01 Fax Fone Panasonic

• 01 Fone Fax Sharp UX-44

• 01 Fone Padrão Apollo

• 01 Radio Toshiba – CD-R/RW

• 01 Radio Aiwa CD-R

• 01 Radio Philips CD-R

• 01 Impressora Matricial Epson FX 1170

• 01 Impressora HP 3745

• 01 Fogão S/Ind. 4 B. C/ Forna C. Tec.

• 01 Freezer 300 Litros – PLC

• 01 Geladeira Res. 270 Lts. – FUNDEF

• 01 Liquidificador Ind. 8 Lts. FUNDEF

• 02 Ventilador de Parede – FUNDEF

• 03 Estante Aço c/6 prateleiras

• 01 Máq. Esc. Eletrônica Olivetti

30

• 01 Mimeografo Manual a Tinta Rec

• 01 Microcomputqador Genuine Intel 486 ; c/ monitor Unisys colorido 15”.

• 01 Armário Aço com 2 porta

• 01 Armário Aço 16 portas

• 02 Arquivo Aço 4 gavetas

• 16 Cadeira Estofada Fixa C-1

• 02 Mesa Escrivaninha C/2 Gavetas

• 01 Mesa Escrivaninha C/3 Gavetas

• 10 Carteira do professor verde

• 03 Mesa de leitura e biblioteca

• 01 mesa de reunião mod. MR-FMI – 1

• 02 Armario Aço 2 portas

• 01 Caldeirão Alum. Cap. 20 litros

• 01 Colher de Servr alun. 30x5 cm

• 02 Concha Alum. Cap. 200 a 250 ML

• 02 Escumadeira Alum. Bojo C/ 8 cm

• 02 Escumadeira Alum. Bojo c/ 12 cm

• 01 Caçarola alum. Cap. 9,5 litros

• 01 Panela pressão cap. 10 litros

• 02 Jarra Plástica Cap. 1 litro

• 01 Abridor de latas em aço inox

• 01 Escorredor p / Massa Alum. 40 cm

• 01 Chaleira Alum. Cap. 4 Litros

31

• 02 Tabua de Corte em Polietileno

• 01 Pa p/ caldeirão em polietileno

• 01 Bale Plástico cap. 20 Litros

• 01 Cortador de legumes Gr. C/ tripé

• Existe salas com um número de alunos maior que o previsto

• Uma das salas está fora de padrão sendo muito pequena (3X6).

• A área coberta é menor que a necessária (consta na Proposta Pedagógica a

adequação).

• O número de torneiras e vasos são insuficientes para o número de alunos.

• O espaço do pátio é reduzido.

• A sala da supervisão/orientação é de apenas 3m2.

32

9. QUADRO SÍNTESE DO ATO SITUACIONAL:

O que temos O que queremos

Sociedade

- Desigualdade Social;

- Baixa renda;

- Famílias numerosas e

desestruturadas

sem valores morais, violência ,

desemprego e Preconceito;

- Igualdade democrática ;

- Critica social;

- Politizada;

- Responsável;

- Otimista.

Escola

- Desestruturada;

- Fragmentada;

- Desigual;

- Inadequada para a inclusão;

- Superlotação.

- Qualidade em infra-estrutura;

- Adequado apoio profissional

(Psicólogos e Fonoaudiólogo, etc);

- Material pedagógico.

Alunos

- Sem valores;

- Indisciplinados;

- Desmotivados;

- Sem limites;

- Com problemas emocionais.

Com motivação familiar;

Com perspectiva de vida;

Participativos com as soluções dos

problemas sociais, portanto um

pouco mais responsáveis;

Professores

- Desvalorizados;

- Submissos;

- Desunidos;

- Mal – remunerados;

- Assistência médica Hospitalar

precária

Valorização salarial e profissional;

Mais cursos complementares;

Assistência médica hospitalar;

Funcionários

- Falta cursos de aperfeiçoamento na

área;

- Número insuficiente de profissionais

para determinadas funções

administrativas e de serviços gerais;

- Mal – remunerados;

- Falta de Assistência médica

hospitalar;

Valorização salarial e profissional;

Mais cursos de capacitação;

Regras trabalhistas claras;

Igualdade trabalhista, perante a

classe dos professores;

Assistência médica hospitalar;

Concurso Público para regularizar a

situação trabalhista dos

33

- Funções não condizentes;

- Terceirização da força de trabalho

dos funcionários administrativos e de

serviços gerais.

- Desvalorizados, submissos e

desunidos;

- Falta de respeito aos direitos

sindicais;

funcionários, como parte

integrante do estado;

10. DESCRIÇÃO DA REALIDADE:

Na atual conjuntura política e econômica Nacional, a educação vem sofrendo

desgaste de valorização ao longo de sua história nas últimas décadas.

Programas Sociais do governo, por um lado beneficiam, por outro, acabam com

a auto- estima de quem as recebe e faz com que as crianças ache normal receber

ajuda governamental e não tenha vontade de dedicar-se para melhorar sua condição

social, destruindo assim a perspectiva de futuro dos alunos que se sentem

desestimulados a estudar.

A sociedade vendo suas perspectivas de vida sendo defasadas, vê na escola a

solução para o dilema, passando a refletir um ambiente desgastado, assistencialista e

não de aprendizagem, não dando conta do seu real objetivo, que é transmitir

conhecimento e troca de experiências, tendo que fazer o papel da família, psicólogo,

medico, etc, sobrecarregando-se.

34

O nosso município de Almirante Tamandaré é considerado cidade dormitório,

decorrente de sua localização na Região Metropolitana de Curitiba.

A maioria dos moradores vive em dificuldades financeiras, devido ao

desemprego, ou , ao baixo rendimento familiar (subemprego), com famílias

desestruturadas, que refletem na conduta de nossos alunos (indisciplina, desinteresse,

falta de objetivo e ambição).

A Escola Estadual de Vila Ajambi, está inserida numa comunidade carente de

infra-estrutura, o espaço físico escolar é reduzido para a demanda existente,

principalmente no que diz respeito a prática da inclusão, não havendo biblioteca,

refeitório, laboratório, quadra poli-esportiva, sala de professores, supervisão e pátio.

Apesar dos últimos anos a qualidade do professor tinha aumentado, não existe

uma autonomia para que a escola possa organizar suas práticas de acordo com a sua

realidade.

( reuniões com professores, pais e alunos, debates sobre a prática pedagógica), pois

este tempo, considerando 'desperdiçado' é necessário, se efetivamente nos

preocupamos com a qualidade do ensino que efetivamos.

Sentimos que o tempo disponível para troca de experiência ou informações, tem

sido irrelevantes quanto ao necessário. Não há incentivo quanto à formação continuada,

devido aos baixos salários, sendo necessário aplica-los nas necessidades básicas

(moradia, roupas, alimentos etc).

35

11. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO:

A comunidade em sua maioria tem um lugar fixo para morar, sendo uma

pequena porcentagem itinerante.

A clientela da escola é composta em grande maioria de pessoas pobres, com

subempregos, as mães trabalham de diaristas e domésticas, os pais são pedreiros,

motoristas de ônibus, cobradores entre outras profissões, é comum o desemprego entre

eles.

Os adolescentes ficam sozinhos e cuidam dos irmãos menores, dividindo entre

eles os afazeres domésticos. É comum entre eles haver remanejamento de horário,

hora o aluno estuda à tarde, hora manhã, hora noite.

As moradias são pequenas para várias pessoas, não existe saneamento básico

no bairro, muitos moram em favelas onde as condições são péssimas. Algumas

moradias são confortáveis, onde há um, ou dois filhos, sendo que os pais têm uma

melhor condição de vida.

A maioria dos adolescentes, estão acostumados com cenas de violência no

bairro, sendo que muitos já perderam vizinhos, amigos e parentes assassinados.

Os moradores muitos são jovens, desempregados, e por ficarem a maior parte

do tempo ocioso, acabam por se envolverem em crimes, drogas, etc.

Percebemos também que os pais de nossos alunos, as grandes maiorias não

estão conscientes de suas responsabilidades, alguns não sabem o que fazer com os

filhos, deram tanta liberdade que se transformou em libertinagem.

36

Outras famílias, a educação fica por conta da mulher, deixando um vácuo

quanto à presença do pai. Entre os familiares é comum o pai ter o vício do álcool.

Aspectos negativos - Os adolescentes ficam sozinhos em casa, não recebem

acompanhamento, os pais não têm tempo para o diálogo, não sabem como trabalhar as

questões da mudanças físicas e psicológicas, muitos perdem o controle sobre seus

filhos, chegam a dizer que não sabem o que fazer com os mesmos e jogam toda a

responsabilidade sobre a escola.

Podemos perceber através de entrevista com os pais que os mesmos deram

muita liberdade ou tentaram suprir as suas ausências com "coisas materiais", fazendo

sacrifícios enormes para dar algo que os recompense. Quando os pais são chamados

para conversar, percebemos que eles estão sem direção, não sabem o que fazer para

resolver, quando tomam conhecimento do problema, jogam toda a responsabilidade na

escola.

Tendo como um único meio de acesso a "cultura de massa" ou seja, os meios

de comunicações TV, rádios e outros mais baratos, a comunidade fica destituída de

alguns valores essenciais ao seu pleno desenvolvimento como cidadão consciente.

Sendo uma comunidade carente, os alunos vêem a escola como uma válvula

de escape para seus problemas familiares. Nossa clientela vem de famílias

desestruturadas, são filhos de mães solteiras, outros moram sós com o pai, outros já

enfrentaram vários "casamentos" de seus pais. Problemas com padrasto ou madrasta,

ou simplesmente moram com algum parente, que mostram a eles que estão ali de

favor.

37

Quanto à cultura, nossa clientela vem de famílias com pouca ou nenhuma

instrução, semi-analfabetos, primários, educação de adultos, poucos com primeiro e

segundo grau. Sendo uma clientela de periferia e com baixa renda não tem acesso do

lazer, cultura, teatro, leitura, jornais.

Como em qualquer sociedade de periferia, devida às famílias desestruturadas,

onde cada qual buscam sua sobrevivência da mais variadas formas, aqui, os valores

morais também estão corrompidos pela "cultura de massa".

O aspecto positivo de nossa comunidade é a confiança que os pais depositam

no Estabelecimento de Ensino, onde a grande maioria dos alunos não faltam às

aulas.

A visão que os pais tem da instituição de ensino, reflete o modelo arcaico ,

onde o estudo e a escola, são uma plataforma de ascensão social.

Embora saiba que as dificuldades em ter acesso a uma Educação constituída

de uma melhor qualidade, observa-se que os pais de nossos alunos se preocupam com

sua educação e prima que eles possam ter um futuro diferente do seu, porque não

tiveram oportunidades de estudar e não querem para seus filhos, as mesmas

dificuldades que eles tiveram e ainda têm suas vidas.

Lutam para sair do ostracismo que a sociedade os colocam, na retomada de

"Valores" perdidos.

Buscam na Escola um meio para que seus filhos tenham chance de lutar por

uma vida com mais oportunidades.

Embora, a Escola Estadual de Vila Ajambi esteja localizada em uma

comunidade de periferia, ela tem como prioridade levar a seu Educando uma educação

38

com qualidade, respeitando seus educandos, com um ser em permanente aprendizado,

não podendo negar a ele todas as oportunidades que lhes é de direito e de fato. A

escola tem o dever de priorizar seus educandos, buscando qualificá-los para a "vida".

Compete a nós Educadores dar ao aprendiz estímulo para que ele busque

cada vez mais se aprimorar sua Educação, preparando-o com proficiência.

Quanto à religião, a comunidade professa por diferentes filosofias religiosas, a

comunidade é muito eclética, há católicos e protestantes pertencentes a várias Igrejas.

Como Presbiteriana, Quadrangular, Adventista do Sétimo Dia, Assembléia de Deus,

Deus e Amor etc.

Cada qual profetizando sua fé, buscando respostas para seus problemas, ou,

congratulando suas bênçãos com Deus.

39

"A EDUCAÇÃO É DIREITO DE TODOS, É NOSSO DEVER

DÁ-LOS COM DIGNIDADE E AMOR"

12. O QUE FUNCIONA BEM:

• Crescente interação dos pais na escola.

• Professores habilitados na área em que atuam, havendo comprometimento,

cooperação, participação e respeito entre seus (integrantes) pares.

• Desenvolvimento de vários projetos, incentivando a criatividade, a reflexão, a

participação e o civismo.

• Realização de atividades (festas, etc) para arrecadação de verbas com intuito de

promover reformas e aquisição de materiais diversos para o desempenho das

atividades propostas pela escola e conforto de seus integrantes.

• Preocupação de todos os membros da instituição com o bom desempenho de seus

alunos.

• O comprometimento e participação da equipe administrativa e de serviços gerais em

todas as atividades realizadas na escola

40

13. O QUE PRECISA FAZER:

• Ter consciência da flexibilidade.

• Estar aberto a mudanças.

• Trabalhar a interdisciplinaridade

• Aumentar o número de integrantes da equipe pedagógica.

• Construção de nova escola, com espaço físico condizente com a demanda atual,

para desenvolver atividades diferenciadas que despertem no aluno seu espírito de

coletividade e cooperação para pleno exercício da cidadania.

41

14. A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - P.P.P:

A Escola Estadual de Vila Ajambi, pretende formar cidadãos críticos,

participativos, responsáveis, conscientes de seus direitos e deveres, com perspectivas,

imbuídos de saberes para que possam construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Saberes estes ligados à realidade do educando interagindo com a sociedade de modo

a ser um cidadão atuante para transformá-la de forma democrática e de valores

constituídos, tendo a escola como instrumento desta modificação, evidenciando uma

educação que instrumentalize o aluno a ser crítico e atuante, respeitando sua

realidade e diversidade cultural, através de conhecimentos que os prepare para

encarar e superar obstáculos ciente do poder que o conhecimento lhe traz.

Isto tudo porém, só se tornará realidade através de novas formas de trabalha

criativo e inovador que atenda as suas reais necessidades, evidenciando uma

avaliação contínua que favoreça o aprendizado do educando.

Para que nossos alunos possam incorporar conhecimentos e comportamentos

que levem a uma transformação para uma sociedade mais justa e humana, torna-se

necessário à efetivação da proposta educacional de maneira que possa atingir os

objetivos do projeto através de uma seqüência gradativa proporcionando a assimilação

do “saber” explorando novas possibilidades e estabelecendo metas, com definições de

ações e com a participação de todos para a atuação do ser dentro da sociedade.

42

15. DIRETRIZES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL:

Conscientizar professores e alunos para lutarem contra as desigualdades,

reconhecer as diferenças sociais e culturais e usá-las para que seja um bem que virá

contribuir e enriquecer o dia-a-dia da sala de aula.

Fazer da escola um espaço acolhedor, democrático levando o

conhecimento do singular a pluralidade, e também partilhando e compartilhando os

deveres.

Tornar o conhecimento algo significativo para o dia-a-dia do aluno que o

ajude a solucionar os pequenos e grandes problemas

Procurar resgatar os valores morais , sociais e o respeito que são a

essência de toda instituição escolar.

Oportunizar o conhecimento, cultura e cidadania diferentemente dos

métodos, que não podem ser polarizados, respeitando o individualismo do educando.

Respeito às normas e disciplina;

Conhecer seus direitos , deveres e valores;

Fazer valer o seu regimento.

43

16. REGIMENTO ESCOLAR:

TITULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DA LOCALIZAÇÃO E PROPRIEDADE

Art 1º - A Escola Estadual de Vila Ajambi está localizada na Rua

Professor Alfredo Valente, 50, no município de Almirante Tamandaré, sob a jurisdição

do Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana Norte.

Art. 2º - A Escola Estadual de Vila Ajambi é mantida pelo Governo do

Estado do Paraná e administrada pela Secretaria Estadual de Educação.

CAPÍTULO II

DAS FINALIDADES

Art. 3º - A Escola Estadual de Vila Ajambi tem por finalidade atendendo os

dispostos nas Constituições Federal e Estadual e na Lei das Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, ministrar o ensino Fundamental e Supletivo de 5ª a 8ª séries,

observadas a legislação e as normas aplicadas.

44

Art. 4º - Este estabelecimento de ensino oferece aos seus alunos,

serviços educacionais com base nos seguintes princípios, emanados das Constituições

Federal e Estadual e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:

I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola,

vedada qualquer forma de discriminação e segregação;

II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a

arte e o saber;

III - Gratuidade do ensino com isenção de taxas e contribuições de

qualquer natureza;

IV - Valorização dos profissionais de ensino;

V - Gestão democrática e colegiada da escola;

VI - Garantia de uma educação básica e unitária.

CAPÍTULO III

DOS OBJETIVOS E MODALIDADES

Art. 5º - A Escola Estadual de Vila Ajambi, ensino Fundamental e

Supletivo de 5ª e 8ª séries, tem os seguintes objetivos:

I - Instrumentalizar o aluno com conteúdos significativos, relacionando-os

a sua prática social, procurando prepara-lo para atuar na sociedade;

45

II - Assegurar ao aluno o processo de transmissão e assimilação dos

conhecimentos sistematizados e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e

intelectuais e consonância às condições sociais e culturais da clientela, atendendo

suas necessidades;

III - Assegurar ao aluno a formação de alunos e convicções frente à escola

e à prática social para que possa tornar-se agente de mudanças;

IV - Organizar internamente a escola de modo que os processos de

gestão e administração sejam comprometidos com o ensino democrático e de

qualidade.

TÍTULO II

DA GESTÃO ESCOLAR

Art. 6º - A Gestão Escolar é o processo que rege o funcionamento da

escola, compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo

a participação de toda a comunidade escolar.

PARÁGRAFO ÚNICO - A comunidade escolar é o conjunto constituído

pelos profissionais da educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários que

protagonizam a ação educativa da escola.

46

Art. 7º - A Gestão Escolar, como decorrência do princípio constitucional

de democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção o Conselho

Escolar.

CAPÍTULO I

DA COMPOSIÇÃO

Art. 8º - A estrutura organizacional do estabelecimento tem a seguinte

composição;

I - Conselho Escolar

II - Equipe de Direção

Direção

Direção - auxiliar

III - Equipe Pedagógica

Supervisão de Ensino

Orientação Educacional

Corpo Docente

Conselho de Classe

IV - Equipe Administrativa

Secretaria

Serviços Gerais

Biblioteca

47

Órgãos complementares

Associação de Pais

CAPÍTULO II

DO CONSELHO ESCOLAR

Art. 9º - O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,

deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer, o Projeto Político Pedagógico da

escola, critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento

com a comunidade, nos limites da legislação em vigor traçadas pela Secretaria de

Estado da Educação.

Art. 10 - O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação

entre os vários segmentos organizados da sociedade e os setores da Escola, a fim de

garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

SEÇÃO I

DA CONSTITUIÇÃO E REPRESENTAÇÃO

Art. 11 - O Conselho Escolar será constituído pelas seguintes categorias:

a. Diretor;

48

b. Representantes da Supervisão de Ensino ou da Orientação Educacional;

c. Representantes da Equipe administrativa;

d. Representantes dos professores atuantes em sala de aula, por grau e modalidade

de ensino;

e. Representantes dos alunos, convocados pelo Grêmio Estudantil por grau e

modalidade de ensino.

f. Representantes dos pais ou responsáveis por alunos regularmente matriculados, por

grau e modalidade de ensino:

§ 1º. Poderão participar do órgão colegiado de direção, representantes dos

segmentos sociais organizados comprometidos com a escola pública, assegurando-

se que sua representação não ultrapasse 1/5 (um quinto) do colegiado.

§ 2º. No caso do estabelecimento de ensino não poder contar com a representação

de uma ou mais categorias, o Conselho Escolar prescindirá desta.

Art. 12 - Os membros do Conselho Escolar, bem como seus suplentes, serão

escolhidos por seus pares, nos termos das categorias contidas no artigo anterior.

§ 1º. A categoria contida no § 1º do artigo anterior terá reunião própria com o fim de

escolher seus representantes.

49

Art. 13 - A presidência do Conselho Escolar será exercida pelo diretor do

estabelecimento de ensino, na qualidade de membro nato.

Art. 14 - O mandato dos integrantes do Conselho Escolar será de dois anos, não

coincidente com o do Diretor.

Art. 15 - Os representantes das categorias que foram escolhidos por seus pares,

terão seus nomes relacionados e encaminhados pelo Diretor do estabelecimento de

ensino enviado ao Núcleo Regional de Educação para homologação dos nomes dos

membros do Conselho Escolar, repetindo-se o procedimento sempre que houver

alteração.

Art. 16 - Os membros do Conselho Escolar não receberão qualquer tipo de

remuneração, nem de representantes das categorias contidas nas alíneas e, f e g

não terão qualquer vínculo empregatício com o Estado.

Art. 17 - No caso de um dos conselheiros infringir as normas estabelecidas neste

regimento, o Secretário de Estado da Educação, no uso de suas atribuições, após

apuração e comprovação das irregularidades, poderá destituí-lo.

50

SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 18 - São atribuições do Conselho Escolar:

I - analisar e aprovar o Plano Anual do estabelecimento de ensino:

II - acompanhar e avaliar o desempenho do estabelecimento face às diretrizes,

prioridades e metas estabelecidas no Plano Anual;

III - analisar projetos propostos por todas as categorias que compõem a comunidade

escolar, no sentido de avaliar sua necessidade de implantação, e aprovar se for o

caso;

IV - apreciar e julgar em grau de recurso os casos dos alunos que forem punidos por

infringirem as normas no estabelecimento de ensino;

V - apreciar e emitir parecer quanto às reivindicações - consultas da comunidade

escolar sobre questões de seu interesse ou que digam respeito ao cumprimento do

Regimento Escolar;

VI - apreciar e aprovar o Plano de Aplicação e Prestação de Contas de Recursos

Financeiros;

VII- apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um ou mais membros do

Conselho Escolar, quando do não cumprimento das normas estabelecidas neste

regimento, encaminhando-o ao órgão competente;

VIII- supervisionar, juntamente com o Diretor, a exploração da Cantina Comercial,

conforme a Lei Vigente;

51

IX - aprovar o calendário da unidade escolar e enviar ao Núcleo Regional de Ensino

para homologação;

X - deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela Direção pertinentes ao

âmbito de ação do estabelecimento.

SEÇÃO III

DO FUNCIONAMENTO

Art. 19 - O funcionamento do Conselho Escolar, segue as normas estabelecidas em

regulamento próprio, neste regimento.

I - reuniões ordinárias bimestrais, convocadas pelo presidente com 72 horas de

antecedência, com pauta claramente definida no ato da convocação.

II - reuniões extraordinárias sempre que necessário por convocação do presidente

ou a pedido de 2/3 ( dois terços ) de seus membros em requerimento dirigido ao

presidente especificando o motivo da convocação com o mínimo de 48 ( quarenta e

oito ) horas de antecedência.

Art. 20 - As reuniões realizar-se-ão em primeira convocação com l/3 ( um terço) de

seus membros e em segunda convocação, 30 (trinta) minutos após com qualquer

quorum.

Art. 21 - As reuniões serão lavradas em livro próprio por Secretário ad hoc.

52

CAPÍTULO III

DA EQUIPE DE DIREÇÃO

Art. 22 - A Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino,

definidos no Projeto político Pedagógico.

PARÁGRAFO ÚNICO - a Equipe de Direção mencionada no capítulo deste artigo é

composta por Diretor e Diretor Auxiliar, designados por ato próprio.

Art. 23 - COMPETE AO DIRETOR:

I - submeter o Plano Anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar;

II - convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto,

somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;

III - elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e

submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

IV - elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar às diretrizes específicas

da administração do estabelecimento, em consonância com as normas e

orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

V - elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, as propostas de

modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

VI - submeter o calendário escolar à aprovação do Conselho Escolar;

53

VII - instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor

alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais;

VIII - propor a Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho

Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola,

extinguindo ou abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas

e a composição das classes;

IX - propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho

Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão

administrativa;

X - coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria

de Estado da Educação;

XI - aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

XII - analisar o Regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao Conselho

Escolar para aprovação;

XIII - manter o fluxo de informações entre o estabelecimento e os órgãos da

administração estadual de ensino;

XIV - supervisionar a exploração da Cantina Comercial, onde tiverem autorização de

funcionamento, respeitada a lei vigente;

54

XV - cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar e aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e

outros eventos;

XVI - exercer as reais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne à

especificidade de sua função.

Art. 24 - Compete ao Diretor Auxiliar:

I - assessorar o diretor em todas as suas atribuições;

II - exercer as demais atribuições decorrentes deste regimento e no que concerne a

especificidade de sua função.

CAPÍTULO IV

DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Art. 25 - A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação,

implantação e implementação, no estabelecimento de ensino, das diretrizes

pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Art. 26 - A Equipe Pedagógica, mencionada no artigo anterior é composta por

Supervisor de Ensino, Orientador Educacional, Corpo Docente e responsável pela

biblioteca Escolar.

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SEÇÃO I

DA SUPERVISÃO DE ENSINO E DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Art. 27 - Compete à Supervisão de Ensino e à Orientação Educacional:

I - subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar,

organização das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;

II - elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do estabelecimento de ensino,

em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da

Educação;

III - assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos

pedagógicos desenvolvidos no estabelecimento de ensino;

IV - elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu

responsável;

V - orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço

pedagógico;

VI - acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido

de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria;

VII - subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações relativas aos

serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do trabalho

escolar;

VIII - promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o

aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;

56

IX - elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem

proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos

desejados;

X - analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento

de transferências, de acordo com a legislação vigente;

XI - propor à Direção a implementação de projetos de enriquecimento curricular a

serem desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

XII - coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados pelo

estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela

Secretaria de Estado da Educação;

XIII - instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do

estabelecimento de ensino, a partir do rendimento escolar, do acompanhamento de

apreços, de consultas junto à comunidade;

XIV - participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,

grupos de estudo e outros eventos;

XV - exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne

à especificidade de cada função.

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SEÇÃO II

DO CORPO DOCENTE

I - elaborar com a Supervisão de Ensino e a Orientação Educacional, o Currículo

Pleno do estabelecimento de ensino, em consonância com as diretrizes

pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;

II - escolher juntamente com a Supervisão de Ensino e orientação Educacionais

livros e materiais didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria

de Estado da Educação;

III - desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do

conhecimento pelo aluno;

IV - proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica

do conhecimento filosófico - científico pelo aluno;

V - promover e participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e

outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

VI - assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor,

raça, sexo, religião e classe social;

VII - estabelecer processos de ensino - aprendizagem resguardando sempre o

respeito humano ao aluno;

VIII - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com seus colegas,

com alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;

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IX - participar da elaboração dos planos de recuperação a serem proporcionados

aos alunos, que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;

X - proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola com

vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem.

SEÇÃO III

DO CONSELHO DE CLASSE

Art. 28 - O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe

do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-

aprendizagem na relação professor-aluno e procedimentos adequados a cada caso.

PARÁGRAFO ÚNICO - Haverá tantos Conselhos de Classes quantas forem às

turmas do estabelecimento de ensino.

Art. 29 - O Conselho de classe tem por finalidade:

g. estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação

com o trabalho do professor, na direção do processo ensino-

aprendizagem proposto pelo plano curricular;

h. acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

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i. analisar os resultados da aprendizagem na relação com o

desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o

encaminhamento metodológico;

j. utilizar procedimentos que assegurem a comparação com

parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,

evitando a comparação dos alunos entre si.

Art. 30 - O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pelo Supervisor

de Ensino, pelo Orientador Educacional, pela Secretária e por todos os professores que

atuam numa mesma classe.

Art. 31- A presidência do Conselho de Classe está á cargo do Diretor que,

em sua falta ou impedimento, será substituído pelo Supervisor de Ensino ou Orientador

Educacional.

Art. 32 - O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada

bimestre, em datas previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que

um fato relevante assim o exigir.

PARÁGRAFO ÚNICO - A convocação para as reuniões será feita através

de edital, com antecedência de 48 horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos

os convocados, ficando os faltosos passíveis de desconto no vencimento.

60

Art. 33 - São atribuições do Conselho de Classe:

I - emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-

aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;

II - analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento

escolar;

III - propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar,

tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os

alunos na classe;

IV - estabelecer planos viáveis de recuperação de alunos, em consonância

com o plano curricular do estabelecimento de ensino;

V - colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos

planos de adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário;

VI - decidir sobre a aprovação ou reprovação de alunos que após a

apuração dos resultados finais atinja o mínimo solicitado pelo estabelecimento levando-

se em consideração o desenvolvimento do aluno, até então.

Art. 34 - Das reuniões do Conselho de Classe deve ser lavrada ata por

secretário ad hoc, em livro próprio de registro, divulgação ou comunicação aos

interessados.

61

SEÇÃO IV

DA BIBLIOTECA

Art. 35 - A biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo

estará à disposição de toda Comunidade Escolar.

Art. 36 - A biblioteca estará a cargo de profissional qualificado, de acordo

com a legislação em vigor.

Art. 37 - A biblioteca deverá ter regulamento próprio, onde estarão

explicados sua organização, funcionamento e atribuições do responsável.

PARÁGRAFO ÚNICO - O regulamento da biblioteca será elaborado pelo

seu responsável, sob orientação da equipe Pedagógica, com aprovação da Direção e

do Conselho Escolar.

CAPÍTULO V

DA EQUIPE ADMINISTRATIVA

Art. 38 - A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao

funcionamento de todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando

condições para que os mesmos cumpram suas reais funções.

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PARÁGRAFO ÚNICO - A Equipe Administrativa, mencionada no capítulo

deste artigo, é composta por Secretaria e Serviços Gerais.

SEÇÃO I

DA SECRETARIA

Art. 39 - A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de

escrituração escolar e correspondência do estabelecimento.

Art. 40 - Os serviços da Secretaria são coordenados e supervisionados

pela Direção, ficando a ela subordinados.

Art. 41 - O cargo do Secretário é exercido por um profissional devidamente

qualificado para o exercício dessa função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de

acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.

Art. 42 - Compete ao Secretário:

I - cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores

hierárquicos;

II - distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus

auxiliares;

III - redigir a correspondência que lhe for confiada;

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IV - organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos,

diretrizes, ordens de serviços, circulares, resoluções e demais documentos;

V - rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

VI - elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades

competentes;

VII - apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que

devam ser assinados;

VIII - organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro

de assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação;

a) da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

b) da autenticidade dos documentos escolares.

IX - coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso;

X - zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais

distribuídos à Secretaria.

XI - comunicar à Direção toda irregularidade que venha a ocorrer na

Secretaria.

Art. 43 - A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma

que o expediente da Secretaria conte com a presença de um responsável,

independente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do

estabelecimento.

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SEÇÃO II

DOS SERVIÇOS GERAIS

Art. 44 - Os Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo

coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

Art. 45 - Compõem os Serviços Gerais: servente, merendeira, vigia,

inspetor de alunos e outros previstos em ato específico da Secretaria de Estado da

Educação.

Art. 46 - Compete ao Servente:

I - efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,

providenciando o material e produtos necessários;

II - efetuar tarefas correlatas à sua função.

Art. 47 - Compete à Merendeira.

I - preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e

qualitativamente;

II - informar ao Diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de

reposição do estoque;

III - conservar o local de preparação da merenda em boas condições de

trabalho, procedendo à limpeza e arrumação;

65

IV - efetuar tarefas correlatas à sua função.

Art. 48 - Compete ao vigia.

I - efetuar rondas periódicas de inspeção, com vistas a zelar pela

segurança do estabelecimento de ensino;

II - impedir a entrada, no prédio ou áreas adjacentes, de pessoas

estranhas e sem autorização, fora do horário de trabalho, como medida de segurança;

III - comunicar à chefia imediata qualquer irregularidade ocorrida durante

seu plantão, para que sejam tomadas as devidas providências;

IV - zelar pelo prédio e suas instalações, procedendo aos reparos que se

fizerem necessários e levando ao conhecimento de seu superior, qualquer fato que

dependa de serviços especializados para reparo e manutenção.

V - efetuar tarefas correlatas à sua função.

Art. 49 - Compete ao Inspetor de Alunos.

I - zelar pela segurança e disciplina individual e coletiva, orientando os

alunos sobre as normas disciplinares para manter a ordem e evitar acidentes, no

estabelecimento de ensino;

II - percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando

nos alunos para detectar irregularidades, necessidades de orientação e auxílio;

III - encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os

alunos que apresentem problemas, para receberem a devida orientação ou

atendimento;

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IV - auxiliar a Direção do estabelecimento de ensino no controle de

horários, acionando o sinal, para determinar o início e o término das aulas;

V - observar a entrada e a saída dos alunos, permanecendo nas

imediações dos portões, para prevenir acidentes e irregularidades;

VI - efetuar tarefas correlatas à sua função.

Art. 50 - Compete ao inspetor de Alunos:

I - zelar pela segurança e disciplina individual e coletiva, orientando aos

alunos sobre as normas disciplinares para manter a ordem e evitar acidentes, no

estabelecimento de ensino;

II - percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando

nos alunos para detectar irregularidades, necessidades de orientação e auxilio;

III - encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os

alunos que apresentarem problemas, para receberem a devida orientação ou

atendimento;

IV - auxiliar a Direção do estabelecimento de ensino no controle de

horários, acionando o sinal, para determinar o início e o término das aulas;

V - observar a entrada e a saída dos alunos, permanecendo nas

imediações dos portões, para prevenir acidentes e irregularidades;

VI - efetuar tarefas correlatas à sua função.

67

17. REGULAMENTO GERAL DO ALUNO

"O cumprimento da cidadania é um processo que se dá

durante toda a nossa vida.

Percorrendo este caminho conheceremos nossos direitos

essenciais e nossas obrigações enquanto pessoas,

perante a sociedade e na relação que construirmos com o

próximo. Sendo assim caberá aos alunos, os seguintes

critérios."

I - Respeito:

O respeito é um valor humano fundamental para o bom relacionamento professor -

aluno, aluno - aluno, aluno - funcionário...; sempre que ocorrer uma situação de falta

de respeito ( palavrões, brincadeira de mau gosto, expor as pessoas ao ridículo, etc)

e não houver a solução adequada, deve-se procurar a orientação ou direção da

escola.

II - Atrasos:

O aluno tem tolerância de 10 minutos de atraso no máximo 03 vezes durante o

bimestre, entrando imediatamente para sala de aula sem atrapalhar a mesma. Após o

3 (terceiro) , atraso, o aluno receberá uma advertência por escrito, e os pais serão

chamados.

III - Brigas:

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Não serão toleradas brigas ou atos de violência dentro e nas imediações da Escola.

Os alunos que se envolverem em tais incidentes estarão sujeitos a sanções cabíveis,

tais como: suspensão de 1 a 3 dias ou outras medidas.

IV - Intervalos de Aulas:

Os alunos deverão permanecer em sala de aula, durante o intervalo entre as aulas.

V - Recreios:

Os alunos não poderão durante o recreio e na saída, permanecer em sala de aula,

nos corredores, nas escadarias e nos banheiros no bloco das salas de aula.

VI - Responsabilidades dos Pais:

A Escola, não se responsabilizara pelos alunos sem atividade, após o encerramento

do respectivo turno: Matutino, Vespertino e Noturno, após a última aula vaga.

VII - Bebidas alcoólicas e outras drogas:

É terminantemente proibido o uso de bebidas alcoólicas e outras drogas na Escola, ou

em atividades extra classe.

VIII - Namoro:

Não é permitido qualquer demonstração ostensiva nas dependências da escola.

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IX - Uso da Autorização:

Não é permitido sair da sala de aula sem a autorização do professor.

X - Dano ao Patrimônio:

Danos causados ao patrimônio, deverão ser ressarcidos independente das sanções

disciplinares cabíveis.

XI - Uniforme:

É obrigatório o uso do uniforme aos alunos do turno da manhã, e da tarde. Caso haja

algum incidente, tal como: o uniforme não estar seco, ou outro fato. Favor os pais

comunicar através da CarteIrinha.

XII - Materiais:

Fica proibido os alunos utilizarem quaisquer materiais que não condigam com a

seriedade das atividades escolares, tais como: Wolkman, Celulares, Chaveiros ou

Canetas com lazer, Corretivos, etc.

XIII - Atividades Extra-classe:

A participação de alunos em atividades extra-classe, será vinculada a análise do seu

comportamento.

70

XIV - Perdidos e Achados:

Esses materiais encontrados poderão ser entregues na sala da vice - direção. Para

facilitar este serviço, marque todo o seu material, inclusive uniforme

com seu nome e sua turma.

XV - Saída Antecipada:

Só será permitida com autorização ou presença dos pais.

XVI - Faltas:

O aluno que faltar deverá trazer atestado médico e requerer a 2ª chamada feita pelos

pais em caso de avaliação no dia da falta.

XVII - Entrada sem Carteirinha:

Não será permitida a entrada do aluno sem a Carteirinha, em caso de perda, os pais

deverão comunicar a escola por escrito e providenciar outra em 48 horas.

XVIII - O aluno que tiver seus pais chamados à escola, por motivo de brigas, mau

comportamento, notas, etc; não entrará para sala de aula enquanto seus responsáveis

não comparecerem.

71

18. AVALIAÇÃO UMA NOVA ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

"A avaliação da aprendizagem é a parte final do processo de ensino, iniciado

com o planejamento de curso. Deve ela merecer por parte do professor, toda a

atenção possível; é através dela que se chega à conclusão sobre a utilidade ou não

dos esforços despendidos, pelo professor e aluno, nos trabalhos escolares. É

através dela que se fica sabendo-se a escola está ou não cumprindo a sua missão

e, principalmente, se está enriquecendo a vida do educando.

Outro aspectos importante da verificação da aprendizagem é a possibilidade

objetiva que oferece de reorientação e recuperação dos alunos que foram se

atrasando nos estudos. "

NÉRICI ( 1968, P. 399 )

A avaliação na Escola Estadual de Vila Ajambi é realizada de tal forma obter-

se o rendimento escolar desejado, diminuindo o índice de reprovação e a evasão

escolar. A avaliação é contínua, diagnóstica, considerando o avanço progressivo de

cada aluno, dentro de suas possibilidades pessoais, conferindo-lhe um resultado

bimestral.

Nosso sistema de avaliação é permanente acompanhado passo a passo o

processo de ensino e aprendizagem. Através dos resultados obtidos no decorrer do

trabalho conjunto do professor e dos alunos os mesmos são comparados com os

objetivos propostos, a fim de constatar progresso, dificuldades e reorientar o

trabalho para as correções necessárias.

72

Os dados coletados no universo disciplinar são graficamente analisados e

interpretados seguido um padrão de desempenho, traduzidos em conceitos,

mediante as porcentagens obtidas.

Chegamos a estes resultados após os alunos terem sidos submetidos a uma

série de avaliações tais como: testes orais e escrito, relatórios, pesquisas, trabalhos

em grupos e individuais, dramatizações, apresentações, debates sempre em

harmonia com o trabalho realizados em sala de aula onde professor e alunos

refletem sobre a realidade.

Esta avaliação é feita de forma contínua, cumulativa e vista como uma

tomada de decisões e não meramente classificatória.

73

19. RECUPERAÇÃO PARALELA:

Para realizar a recuperação paralela, será necessário em primeiro plano,

uma avaliação da apreensão de conhecimentos dos alunos.

A avaliação torna-se instrumento fundamental, na medida em que ela seja

exercida segundo o seu significado constituído o mecanismo ação - reflexão - ação é

importante para que a avaliação cumpra o seu papel ontológico.

O julgamento qualitativo da ação deve estar em função do aprimoramento

dessa mesma ação.

Visto que em nossa escola, a avaliação não é meramente um meio

quantitativo, busca-se a retomada do estudo não apropriado pelos alunos, buscando

através de método diferentes do anterior para que o educando possa aprender os

conteúdos anteriormente não compreendidos.

Para que se atinja os objetivos propostos educador e educando passam a

trabalhar com novas propostas, como atividades em equipes, pesquisas, resoluções

de atividades em sala, atividades de casas, para solucionar o problema da

aprendizagem.

A Recuperação Paralela deve ser feita sempre que o professor verificar a

não apropriação de um determinado conteúdo.

A recuperação tem como objetivo, proporcionar aos alunos que

demonstraram rendimento insuficiente, a oportunidade de melhoria de

aproveitamento.

E para isso ela será:

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Preventiva Imediata: É feita no decorrer do bimestre, onde os conteúdos não

atingidos, são recuperados imediatamente o professor refaz a apresentação dos

conteúdos defasados, elaborando novas estratégias; provocando debates,

incentivando leituras, produções de textos para que o aprendizado se faça de forma

natural e integral.

Após a recuperação paralela o aluno que não obtiver a média (seis) poderá

participar de recuperação feita no final do bimestre.

Os resultados obtidos serão registrados nos livros de chamada dos

professores e posteriormente nos boletins que serão entregues aos responsáveis

pelos alunos em reunião previamente agendadas, dando oportunidades aos pais e

aos educandos de se informarem sobre seus resultados e também dialogar sobre

possíveis problemas e apontar soluções para os mesmos.

75

20. AVALIAÇÃO DA ESCOLA:

O trabalho desenvolvido pela escola será avaliados através de reuniões

periódicas, onde professores, equipe pedagógica e direção discutirão atividades

realizadas com os alunos e seu real aproveitamento, pontos positivos e pontos

negativos. Após detectados as deficiências, estas sofrerão uma nova abordagem

para que se efetive o seu total aproveitamento.

76

21. DA ORGANIZAÇÃO E REGIME DIDÁTICOS:

21.1. Da Verificação do Rendimento Escolar

21.1.1.Da Avaliação da Aprendizagem

Como parte constitutiva do processo ensino-aprendizagem, a Avaliação é

"um processo contínuo e sistemático de obter informações, de diagnosticar

processos, capacidades e habilidades", de identificar dificuldades de aprendizagem

com vistas à tomada de decisões a respeito da comunidade do processo

pedagógico.

A Escola Estadual de Vila Ajambi pretende, com esta concepção, superar as

formas de avaliação arbitrarias, autoritárias que têm por objetivo a classificação dos

alunos em talentosos ou incapazes.

De caráter diagnóstico, a Avaliação verifica, não só o aproveitamento do

aluno mas, sobretudo, a eficácia da prática pedagógica desenvolvida pelo professor.

A Avaliação deve ser dinâmica, contínua e cooperativa, acompanhando toda

a prática pedagógica e exige a participação de todos os envolvidos no processo

educacional.

Para alcançar os objetivos, a Avaliação deve ser contínua, permanente e

cumulativa e incidirá sobre o desempenho do aluno em todas as experiências de

aprendizagem, fazendo preponderar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos,

77

a atividade crítica, a capacidade de síntese, a elaboração pessoal sobre a

memorização.

Na Avaliação, o professor deve considerar o caminho percorrido pelo aluno, o

seu processo de apropriação de conhecimentos, as mudanças comportamentais,

evitando a comparação com outros alunos.

Como parte de um projeto político-pedagógico, devem ser considerados como

fundamentais os conteúdos mínimos fixados para cada disciplina.

Além dos conteúdos do saber sistematizado, a Escola como um todo trabalha,

hábitos e atitudes de valorização do trabalho, a responsabilidade, assiduidade, a

pontualidade, o comprometimento, a honestidade, a criticidade, a criatividade, a

iniciativa, a organização e a ordem, a cordialidade, o respeito, a justiça e a

moralidade, as habilidades de boa comunicação oral e expressão escrita, raciocínio

lógico e rapidez de raciocínio, as convicções de solidariedade e igualdade entre

todos os seres humanos.

Devem ser utilizadas como técnicas e instrumentos de Avaliação:

I - observação contínua e permanente do desempenho do aluno nas

diversas atividades escolares desenvolvidas;

II - utilização de testes complementares, trabalhos individuais e em

grupo, pesquisas, debates, entrevistas, auto - avaliação, elaboração de textos,

relatórios e provas.

As Avaliações Bimestrais devem ser expressas em notas de 0,0 a 10,0 ( zero

a dez ), devendo ser considerados os resultados obtidos, num processo contínuo

que expresse a totalidade do aproveitamento.

78

A nota do bimestre deve ser resultante da somatória dos valores atribuídos

em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições,

na seqüência e ordenação dos conteúdos.

Não deve ser permitido submeter o aluno a uma única oportunidade de

aferição.

21.2. Da recuperação de estudos de forma paralela imediata

Ao contatar que o caminho percorrido com alguns alunos não resultou em

apropriação do conhecimento, o professor não deve aceitar que fiquem à margem

do grupo, no domínio daquele conteúdo, devendo considerar:

I - a metodologia adotada;

II - a profundidade do tratamento do conteúdo trabalhado;

III - a origem das tentativas apresentadas pelo aluno no percurso da

construção do seu conhecimento;

IV - feito o diagnóstico em parceria com o aluno, de retomar os

conteúdos que ele não conseguiu apreender /compreender (Reavaliação).

A Recuperação de Estudos de Forma Paralela Imediata deve ser ofertada

concomitantemente às atividades letivas, sendo integrada ao processo de ensino,

estando incluída nas oitocentas (800) horas letivas.

79

Entende-se por Recuperação Paralela de Forma Imediata aquela

desenvolvida durante a série ou período letivo.

Para os alunos que não assimilaram os conteúdos propostos, esta Escola

deve proporcionar reavaliação dos conteúdos durante as aulas caracterizando, mais

uma vez, a recuperação Paralela de Forma Imediata.

Para que todo o trabalho de ensino-aprendizagem seja desenvolvido com

maior sucesso, o aluno deve ter o acompanhamento da Equipe Técnico-Pedagógica.

21.3. Da Promoção:

Deve ser considerado aprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento ) do total da carga horária do período

letivo e média anual igual ou superior a 6,0 ( seis ), resultante da média aritmética

dos bimestres, nas respectivas disciplinas, como está disposto a seguir:

1º B + 2º B + 3º B + 4º B = 6,0

4

Deve ser considerado reprovado o aluno que apresentar freqüência inferior a

75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária da série ou período

letivo, com qualquer média anual.

80

O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75% ( setenta e cinco

por cento ) e média anual inferior a 6,0 ( cinco ), ao longo da série ou período letivo,

deve ter seu caso submetido à análise do Conselho de Classe que deve definir pela

sua aprovação ou não.

22. DA MATRÍCULA, TRANSFERÊNCIA, ADAPTAÇÃO, APROVEITAMENTO DE

ESTUDOS, REVALIDAÇÃO E EQUIVALÊNCIA DE ESTUDOS FEITOS NO

EXTERIOR, REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR E ESTÁGIO

SUPERVISIONADO

22.1. Da Matrícula:

ð DOS PRINCÍPIOS GERAIS

A Matrícula é o ato formal que vincula o educando a um Estabelecimento de

Ensino autorizado, conferindo-lhe a condição de aluno.

A Matrícula será requerida pelo interessado ou por seus pais ou

responsáveis, quando menor de 18 anos, e deferido pelo Diretor deste

Estabelecimento, em conformidade com a legislação vigente.

81

Em caso de impedimento do interessado ou de seus pais ou responsáveis, a

Matrícula poderá ser requerida por procurador.

O requerimento de Matrícula deverá ser acompanhado de cópia autêntica dos

documentos exigidos.

O pretendente à Matrícula deverá apresentar os seguintes documentos:

I - requerimento de Matrícula assinado pelo interessado ou por seus

responsáveis, quando for menor de 18 ( dezoito ) anos;

II - Histórico Escolar original;

III - documentos de identificação: certidão de nascimento ou casamento

(fotocópia autêntica); carteira de identidade, quando maior de 16 (dezesseis) anos

( fotocópia autêntica ); 2 ( duas ) fotos 3x4; comprovante de residência ( fotocópia );

certificado de reservista, se for o caso( fotocópia autêntica ).

A Matrícula será deferida pela Direção deste estabelecimento no prazo

máximo de sessenta ( 60 ) dias, mediante a apresentação dos documentos previstos

na legislação vigente.

Na falta de qualquer um desses documentos, a Matrícula não poderá ser

deferida, ficando sem efeito a freqüência e a avaliação do período.

82

Deferida a Matrícula, os documentos passarão a integrar, obrigatoriamente, a

pasta individual do aluno.

O período de Matrícula será estabelecido no Calendário Escolar deste

Estabelecimento de Ensino.

Enquanto não tiverem transcorrido vinte e cinco por cento ( 25% ) das horas

previstas, este Estabelecimento de Ensino poderá receber Matrícula, desde que haja

vaga.

Fica assegurada ao aluno não vinculado ao Estabelecimento de Ensino, a

possibilidade de ingressar na escola a qualquer tempo, desde que se submeta a

processo de classificação, previsto no Regimento Escolar, sendo que o controle de

freqüência se fará a partir da data efetiva da matrícula.

A efetivação de Matrícula implica, necessariamente, o direito e o dever por

parte dos alunos e pais ou responsáveis, de conhecer os dispositivos regimentais

deste Estabelecimento de Ensino, bem como o compromisso de cumpri-los

integralmente.

Os alunos portadores de necessidades especiais serão preferencialmente

matriculados na rede regular de ensino, respeitado o seu direito a atendimento

adequado, também em instituições especializadas.

83

A Matrícula neste estabelecimento de Ensino será:

I - quanto à natureza:

a) inicial;

b) renovada;

c) para prosseguimento de estudos interrompidos em outro

estabelecimento de Ensino;

d) por transferência;

II - quanto ao regime escolar:

e) por série ou período;

III - quanto à periodização:

f) anual;

g) semestral;

IV - quanto à forma de promoção para série subseqüente:

h) sem Dependência;

i) com Dependência;

84

22.2. Da Matrícula Inicial

Este Estabelecimento de Ensino ofertará Matrícula Inicial:

I - para 5ª série do Ensino Fundamental;

II - por exame Classificatório;

III- para o 3º Período do Supletivo do Ensino Fundamental.

Para a Matrícula Inicial na 5ª série do Ensino Fundamental o candidato deverá

ter idade mínima de 11 (onze) anos completos ou a completar até o final do ano

letivo.

Para ingresso no Curso de Educação de Jovens e Adultos, o candidato

deverá ter idade mínima de 14 (quatorze) anos completos.

22.3. Da matrícula inicial no ensino fundamental por exame classificatório

A Matrícula Inicial na 5ª série do Ensino Fundamental por Exame

Classificatório deve ser permitida a aluno, que por motivo específico, tenha realizado

estudos fora do processo regular e não possa comprovar sua realização de modo

cabal, ou seja egresso de programa especial realizado pela SEED ou sob sua

supervisão.

85

PARÁGRAFO ÚNICO - A Matrícula Inicial a que se refere o caput deste artigo

deve ser feita após Exame Classificatório destinado a avaliar o aproveitamento dos

estudos realizados.

Os motivos específicos que permitem a Matrícula Inicial por Exame

Classificatório são:

I - deficiência, moléstia ou doença prolongada, comprovadas por laudo

médico, que impeça a freqüência às aulas no Ensino Regular;

II - impossibilidade de apresentação de documentação escolar devido

a sinistro ou furto ocorrido no Estabelecimento de Ensino freqüentado, atentado por

autoridade competente.

Aos alunos egressos do programa de Educação Especial deve ser permitida

Matrícula inicial na 6ª, 7ª e 8ª série do Ensino Fundamental, condicionada às idades

mínimas completas ou a completar no decorrer do ano civil em curso, da seguinte

forma:

a) para Matrícula na 5ª série: onze anos;

b) para Matrícula na 6ª série: doze anos;

c) para Matrícula na 7ª série: treze anos;

d) para Matrícula na 8ª série: quatorze anos.

A avaliação do aproveitamento dos estudos realizados fora do processo

regular de ensino, com vistas a ingresso ou reingresso no sistema formal, é de

86

competência da SEED, a quem cabe o deferimento do pedido e a coordenação do

Exame Classificatório, pelos seus órgãos descentralizados.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quando o aluno for egresso de programa de

educação Especial, o deferimento do pedido e a coordenação do Exame

Classificatório cabe à Direção deste estabelecimento de Ensino que recebe a

Matrícula Inicial.

O pretendente, ou seja responsável, em se tratando de menor de idade, deve

firmar requerimento dirigido à Direção deste Estabelecimento, solicitando Exame

Classificatório com vistas à Matrícula Inicial, indicando a série pretendida e

instruindo o processo com os seguintes documentos:

I - em se tratando de alunos que não tenham comprovação da vida

escolar pregressa:

a) prova de idade;

b) prova de, conforme o caso, deficiência, moléstia, doença ou falta de

documentos de vida escolar por sinistro ou furto ocorrido com o

estabelecimento;

II - em se tratando de aluno egresso de programa de Educação

Especial:

a) prova de idade;

87

b) declaração subscrita pelo docente responsável pelo programa de

Educação Especial freqüentado, assegurando sua condição para

ingresso no Ensino regular;

c) documentação relativa à escolaridade anterior, se for o caso.

O requerimento de Exame Classificatório deve ser encaminhado pela

Direção, ao órgão da SEED responsável pelas medidas a serem adotadas, após o

deferimento.

Analisada a documentação e comprovando-se a situação prevista na

legislação vigente, a SEED deve deferir o pedido e deve designar Banca

Examinadora para avaliação do aproveitamento dos estudos realizados pelo

requerente.

A Banca Examinadora a que se refere o parágrafo único do artigo anterior

deve ser composta por 03 ( três ) professores habilitados na forma da lei,

designados por ato próprio do órgão competente da SEED.

Cabe à Banca Examinadora a elaboração dos instrumentos de avaliação

adequados envolvendo os conteúdos das séries anteriores à pretendida, bem como

sua aplicação e correção.

Sempre que a Banca Examinadora considerar o aproveitamento do

requerente insuficiente para a série pretendida, ou suficiente para série superior à

88

desejada, deve proceder a nova avaliação com a finalidade de indicar a série que

melhor se adapte às condições de aprendizagem do aluno.

O julgamento final da Banca Examinadora, inscrito em ata circunstanciada,

lavrada e assinada pelos seus componentes, deve ser expresso pelo termo "APTO"

e pela indicação da série na qual o requerente pode matricular-se.

A aprovação em Exame Classificatório deve suprir, para todos os efeitos

escolares, a inexistência de documentos de vida escolar pregressa, devendo a

circunstância ser inscrita nos assentamentos do aluno.

Os documentos referentes ao Exame Classificatório devem ficar arquivados

neste estabelecimento onde foi deferida a Matrícula Inicial.

Cópia da ata do Exame Classificatório deve ser remetida ao órgão próprio da

SEED.

O processo do Exame Classificatório deve ser concluído de modo a permitir a

Matrícula do requerente em tempo hábil.

Em se tratando de aluno egresso de Programa de Educação especial, o

ingresso ou reingresso no Sistema Regular pode ocorrer em qualquer época do ano,

computando-se a freqüência já obtida ao longo do ano letivo em curso, e conferindo-

89

se, para efeito de aproveitamento, as notas ou menções obtidas no Exame

Classificatório.

O Exame Classificatório deve ter validade de um ano, a contar da ata final,

habilitando o candidato a matricular-se, exclusivamente, na Escola para a qual o

requerimento foi endereçado.

22.4. Da Matricula Renovada:

Entende-se por Matrícula Renovada aquela pela qual o aluno confirma sua

permanência neste Estabelecimento de Ensino, na condição de promovido ou

reprovado, após ter cursado o período imediatamente anterior ou quando retornar a

este Estabelecimento após um interregno de um ou mais períodos letivos, para

prosseguir os estudos.

A Renovação de Matrícula far-se-á mediante manifestação expressa do

interessado, na época prevista no Calendário Escolar e respeitadas as normas

regimentais deste Estabelecimento.

Devem ser necessariamente anexados aos requerimentos de Renovação de

Matrícula documentos que:

I - atualizem as informações já registradas sobre o aluno e que não

sejam do conhecimento da Escola;

II - garantam ao aluno tratamento especial, se for o caso.

90

A Direção deste Estabelecimento somente deve confirmar a Renovação da

Matrícula após ter procedido à verificação da documentação escolar do aluno.

22.5. Da Matrícula para Prosseguimento de Estudos Interrompidos em Outro

Estabelecimento de Ensino:

A Matrícula para Prosseguimento de Estudos é facultada ao interessado que,

por não haver renovado em tempo hábil ou por ter desistido dos estudos no decorrer

do ano letivo, não mais mantém vínculo no Estabelecimento no qual estava

matriculado, mas pretende prosseguir seus estudos neste Estabelecimento.

O pretendente à Matrícula citada no artigo anterior deve apresentar neste

Estabelecimento os seguintes documentos:

I - requerimento de Matrícula assinado pelo interessado ou seu

responsável, quando for menor de dezoito anos;

II - documentos de identificação explicitado no requerimento;

III - Histórico Escolar.

91

22.6. Da Matrícula por Transferência:

Matrícula por transferência é aquela pela qual o aluno, ao se desvincular de

um estabelecimento de ensino, vincula-se ato contínuo, a outro congênere, para

prosseguimento dos estudos em curso.

A transferência feita para estabelecimento não autorizado estará

automaticamente invalidada, permanecendo o vínculo do aluno com o

estabelecimento de origem.

Os registros referentes ao aproveitamento e a assiduidade do aluno, até a

época da transferência, são atribuições exclusivas do estabelecimento de origem,

devendo ser transpostos para a documentação escolar do aluno no estabelecimento

de destino, sem modificações.

Em caso de dúvida quanto à interpretação dos documentos, o

estabelecimento de destino deverá solicitar ao de origem, antes de efetivar a

matrícula, os elementos indispensáveis ao seu julgamento.

Respeitadas as disposições legais que regem a matéria e os limites

estabelecidos pelo regimento, nenhum estabelecimento poderá recusar-se a

conceder transferência a qualquer de seus alunos para outro estabelecimento de

ensino.

92

O aluno, ao se transferir, em qualquer época deverá receber do

estabelecimento de origem o histórico escolar contendo:

I - identificação completa do estabelecimento de ensino;

II - identificação completa do aluno;

III- informação sobre:

a) todas as séries ou períodos, etapas, ciclos ou fases cursadas no

estabelecimento ou em outros freqüentados anteriormente;

b) aproveitamento relativo ao ano, série, período letivo, ciclo ou fase;

c) declaração de aprovação ou reprovação.

IV - síntese do sistema de avaliação do rendimento escolar adotado

pelo estabelecimento;

V - assinatura do diretor e do secretário do estabelecimento, e também

os nomes por extenso, à máquina, por carimbo, ou em letra de forma,

bem como o número e o ano dos respectivos atos de designação ou

indicação ressaltados os casos de escolas rurais.

No caso de transferência em curso, o aluno deverá receber, além do histórico

escolar, sua ficha individual de transferência, com a síntese do respectivo sistema

de avaliação.

Art. 92 - O estabelecimento de origem tem o prazo de trinta (30) dias, a

partir da data de recebimento do requerimento, para fornecer a transferência.

93

Em caso de impossibilidade de cumprimento do prazo acima, o

estabelecimento deverá fornecer declaração, na qual consta a série para qual o

aluno está apto a se matricular, anexando cópia de grade curricular e compromisso

de expedição de documento definitivo com prazo prorrogado por mais trinta (30)

dias.

A direção do estabelecimento de ensino é responsável pela observância dos

prazos estipulados, sob pena de representação junto à SEED, e quando for o caso,

de outras comunicações legais;

Transferência é a passagem do vínculo do aluno do Estabelecimento de

Ensino e que se encontrava regularmente matriculado para outro.

Entende-se também como transferência a passagem de uma modalidade de

ensino para outra ou de um curso para outro, no mesmo tipo de ensino, dentro de

um mesmo Estabelecimento de Ensino.

A Transferência de alunos de Ensino Fundamental, inclusive de oriundos de

país estrangeiro, de um para outro Estabelecimento de Ensino, dar-se-á, nos termos

da legislação, respeitada a integralização do currículo em vigor nesta Escola.

A Transferência de alunos somente deve ser concretizada de um para outro

Estabelecimento integrante do Sistema, se o Ensino, modalidade ou habilitação

profissional estiver devidamente autorizado pela autoridade competente.

94

A Transferência feita para Estabelecimento não autorizado estará

automaticamente invalidada, permanecendo o vínculo do aluno com o

Estabelecimento de Origem.

A Transferência far-se-á pelo Núcleo Comum fixado em âmbito nacional e,

quando for o caso, pelos mínimos estabelecimentos para as habilitações

profissionais.

A divergência do currículo em relação às disciplinas complementares da parte

diversificada e nas disciplinas de Educação Artística, educação Física e Ensino

Religioso (se houver), não deve ser impedimento para a aceitação da Matrícula por

Transferência.

A circulação de estudos entre o Ensino Regular e o Supletivo é normal e

permitida, nos limites da legislação em vigor.

Para efeito de Transferência, são válidos os estudos realizados em outra

Unidade da Federação, desde que obedecida a respectiva legislação.

Os registros referentes ao aproveitamento e assiduidade do aluno, na época

da transferência são atribuições exclusivas do estabelecimento de origem, devendo

ser transpostos para a documentação escolar do aluno, sem modificação.

95

Não deve ser recebido, como aprovado, o aluno que tenha sido reprovado,

segundo os critérios regimentais do Estabelecimento de origem em qualquer

disciplina.

Considera-se o aluno promovido, se neste Estabelecimento inexistir, na série

que deve repetir ou naquelas anteriormente cursadas, a disciplina em que tenha sido

reprovado no Estabelecimento de origem, desde que seja possível a adaptação ao

novo currículo.

No caso de recolhimento de arquivos escolares pelo órgão local ou regional

de ensino, a este caberá expedir a documentação de transferência, até que haja o

credenciamento de um estabelecimento de ensino para tal.

Não será admitida a figura do aluno ouvinte.

22.7. Do Recebimento de Transferência:

Este Estabelecimento de ensino somente deve aceitar transferência se:

I - houver vaga;

II - for possível adaptar o aluno ao currículo atual proposto, segundo

as disposições legais;

III- a documentação exigida estiver completa.

96

Deve ser aceita a transferência de um Estabelecimento de Ensino situado em

outra localidade, independentemente de vaga, quando se tratar:

a) de aluno na faixa de obrigatoriedade escolar, quando não houver na

localidade estabelecimento em que haja vaga;

b) de servidor público federal ou estadual, ou membro das Forças

Armadas, inclusive seus dependentes, quando requerida em função

de remoção ou transferência de ofício que acarrete mudança de

residência para este Município.

Serão aceitas Transferências de alunos

provenientes do regime semestral para o anual e vice-versa, desde que observadas

as normas vigentes e as exigências legais de freqüência, carga horária, número de

dias letivos e idade.

Quando a Transferência ocorrer em regime semestral para o anual e tendo o

aluno sido aprovado num semestre completo:

I - deve ser matriculado no semestre seguinte na série a que tiver

direito, quando houver coincidência de calendário nos dois estabelecimentos;

II - deve aguardar o início do ano letivo seguinte, quando não houver

coincidência de calendário nos dois estabelecimentos.

Quando Transferência ocorrer do regime anual para o semestral, o aluno

será mantido no semestre a que tenha direito, à vista da documentação

apresentada.

97

22.8. Da Concessão de Transferência:

A Transferência deve ser concedida mediante requerimento do aluno, ou se

for menor de dezoito anos, mediante requerimento assinado por seu responsável.

Para a concessão de Transferência, não deve ser exigida declaração de

existência de vaga em outro Estabelecimento.

Este Estabelecimento de Ensino, deve fornecer a Transferência mediante a

apresentação do Histórico Escolar do aluno, até o prazo máximo de trinta (30) dias,

a partir do recebimento do requerimento.

Excepcionalmente, não sendo possível a apresentação imediata dos

documentos formais e definitivos para a transferência ao interessado, ser-lhe-á

fornecida uma declaração provisória, na qual constem os seguintes dados;

a) identificação do estabelecimento;

b) identificação do aluno;

c) série em curso;

d) série concluída com aprovação ou reprovação;

e) compromisso de expedição da documentação completa no prazo

máximo de trinta (30) dias;

98

A Direção da Escola Estadual de Vila Ajambi é responsável pela observância

dos prazos estipulados, sob pena de representação junto à SEED, e quando for o

caso, de outras comunicações legais.

No caso de recolhimento de arquivos escolares pelo órgão local ou regional

de ensino, a este cabe expedir a documentação de Transferência, observadas as

normas vigentes.

Este Estabelecimento não deve conceder Transferência a aluno que com ele

não tenha mais vínculo.

Não deve ser negado, entretanto, a expedição de Histórico Escolar, sempre

que requerido.

22.9. Da Documentação para Transferência:

Para Matrícula de um aluno transferido deve ser necessária a apresentação

de requerimento, de guia de Transferência e de documento de identidade,

acompanhados, ainda:

I - quando a Matrícula ocorre durante o ano letivo:

a) do Histórico Escolar das séries ou períodos cursados, exceto para

a 1ª série do Ensino Fundamental;

b) da ficha individual correspondente à série ou ao período em curso

naquele semestre ou ano letivo;

99

II - quando a Matrícula ocorrer no final do ano letivo: do Histórico

escolar das séries ou períodos concluídos.

O aluno, ao se transferir, deve receber do Estabelecimento de origem o

Histórico escolar, contendo:

I - identificação do Estabelecimento de Ensino;

II - identificação completa do aluno;

III- informação sobre;

c) todas as séries cursadas no Estabelecimento ou em outros

freqüentados anteriormente;

d) o aproveitamento relativo ao ano ou período letivo em cada

componente curricular;

e) declaração explícita de aprovação, Dependência ou reprovação;

IV- síntese do sistema de avaliação do rendimento escolar adotado

pelo Estabelecimento;

V - assinatura do Diretor e do Secretário do Estabelecimento,

sotopostos os nomes por extenso, à máquina, por carimbo, ou em letra de forma,

bem como o número e o ano dos respectivos Atos de Designação.

A Matrícula do aluno transferido só se concretiza com a apresentação da

documentação exigida.

100

Excepcionalmente, deve ser aceita a Matrícula em caráter condicional, pelo

prazo máximo de trinta (30) dias, no curso do ano letivo, mediante a declaração

provisória de transferência.

Esgotado o prazo a que se refere o parágrafo anterior, a Matrícula condicional

fica automaticamente cancelada.

O prazo de que trata o Parágrafo 1º não se aplica a transferência de aluno

oriundo de Estabelecimento do exterior.

22.10. Do Aproveitamento de Estudos e Adaptações:

As Transferências de alunos matriculados em Estabelecimentos de Ensino,

nacionais ou estrangeiros, para qualquer série dos Cursos do Sistema Estadual de

Ensino, far-se-ão mediante Aproveitamento de Estudos e/ou Adaptações, na forma

da legislação.

Aproveitamento de Estudos é a validação conferida por este Estabelecimento

aos Estudos realizados com êxito pelo aluno, mediante o cotejo dos dois currículos.

Adaptação é o conjunto de atividades didático - pedagógicas desenvolvidas,

sem prejuízo das atividades normais da série em que o aluno se matricular, para que

possa seguir, com proveito, o novo currículo.

101

A Adaptação de Estudos deve ser exigida sempre que o novo currículo a ser

desenvolvido pelo aluno neste Estabelecimento de Ensino, for diferente do cursado,

no Estabelecimento de origem.

Quando a Transferência ocorrer durante o período letivo, deve haver, sempre

que necessário, Adaptação de Conteúdos Programáticos e de carga horária de

disciplinas não concluídas ou não cursadas no Estabelecimento de origem, a fim de

atender às exigências do novo currículo.

Em nenhum processo de Adaptação deve ser dispensada ou substituída

qualquer disciplina, de acordo com a legislação vigente.

A Adaptação dar-se-á no máximo em cinco disciplinas.

Cada disciplina deve ser contada apenas uma vez, mesmo que passível de

adaptação em mais de uma série.

Se o número de Adaptações necessárias for superior a cinco, o aluno

permanece na série anterior, sendo dispensado das disciplinas em que já tenha

obtido aprovação nessa série.

As Adaptações devem ser concluídas no mesmo ano letivo para o qual for

aceita a Transferência, antes do resultado final da avaliação do rendimento escolar.

102

Não estão isentos de Adaptação os alunos beneficiados legalmente com

Transferências em qualquer época e independentemente da existência de vaga.

22.11. Do Aproveitamento de Estudos:

O Aproveitamento de Estudos concluídos na série ou período com aprovação

numa disciplina será concedido, mesmo que haja diferenças de programa e de carga

horária.

Não podem ser aproveitados estudos de Disciplinas em que o aluno houver

sido reprovado, na série ou período, quer por freqüência insuficiente, quer por falta

de aproveitamento mínimo, tanto neste como em outro Estabelecimento.

O Aproveitamento de Estudos de uma Disciplina para outra equivalente,

porém com nome diverso, somente pode ser realizado mediante o cotejo dos

conteúdos programáticos de uma e outra.

O aluno transferido é obrigado a cursar todas as Disciplinas do currículo pleno

deste Estabelecimento, excetuadas aquelas em que, com ou sem exigência de

Adaptação, obteve aproveitamento.

Havendo Aproveitamento de Estudos, deve ser transcrito no Histórico Escolar

a carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, nas séries ou períodos concluídos

103

com aproveitamento no Estabelecimento de origem, para fins de cálculo da carga

horária total do curso.

No caso de Transferência no decorrer do período letivo, deve ser aproveitada

a freqüência do Estabelecimento de origem e os resultados das avaliações

realizadas.

22.12. Da Adaptação:

A Adaptação far-se-á, conforme o caso, mediante:

I - suplementação de estudos;

II - complementação de estudos.

Deve ser necessário a elaboração de Planos de Adaptação, onde devem ser

preservados a seqüência do currículo e o sistema de pré-requisitos, não devendo

ser realizada a Adaptação em disciplinas que se constituem pré-requisitos de outras

em séries subseqüentes.

Ocorre Adaptação mediante Suplementação quando o estudo de qualquer

disciplina do currículo desta Escola não tiver sido feito em qualquer série ou período

da Escola de origem e não vier a ser ministrado, para o aluno, em pelo menos uma

série ou período nesta escola, realizando-se de forma extraordinária, sem freqüência

às aulas.

104

No processo de Adaptação por Suplementação de Estudos sem freqüência de

aulas, o aluno cumpre determinadas atividades tendo como base um plano

elaborado especificamente para ele, compreendendo: leituras, resolução de

exercícios, estudos de módulos ou outras atividades.

As atividades devem ser acompanhadas pelo professor da disciplina, que fará

a avaliação do aproveitamento, obrigatoriamente, através de instrumentos

diversificados, de acordo com a legislação, sob a orientação da Supervisão de

Ensino.

As atividades, quanto a extensão, devem ser proporcionais à carga horária da

disciplina da série não cursada.

Ocorre Adaptação por Complementação de Estudos quando a carga horária

dos estudos aproveitados do Estabelecimento de Ensino de origem somados à

carga horária deste Estabelecimento de Ensino, for insuficiente para cumprimento do

mínimo exigido por lei para conclusão de curso.

Não devem ser complementados estudos de disciplinas em que o aluno

estiver reprovado.

A Complementação obedece a um plano individual de estudos, conforme a

peculiaridade de cada caso.

A carga horária da Complementação deve ser consignada no histórico escolar

do aluno.

A Complementação de Estudos pode ser feita nos períodos letivos ou entre

eles.

105

Para efetivação do processo de Adaptação são necessários os seguintes

procedimentos:

I - comparação dos conteúdos curriculares, de cargas horárias e,

quando, a meio do ano, de conteúdos programáticos;

II - especificação das Adaptações a que estará sujeito o aluno

recebido por transferência;

III - elaboração de plano próprio, flexível e adequado a cada caso, pela

Supervisão de Ensino, ouvidos os professores das respectivas disciplinas;

IV - elaboração da ata referente aos resultados da Adaptação

realizada.

O processo de Adaptação garante a seqüência dos conteúdos programáticos

e assegura o mínimo de conteúdos curriculares e de carga horária estabelecidos

para o Ensino Fundamental.

A realização da Adaptação com êxito, confere ao aluno o direito de disciplina

concluída, para todos os efeitos legais, devendo seu registro constar

obrigatoriamente do Histórico Escolar do aluno e do Relatório Final encaminhado à

SEED.

106

22.13. Revalidação e Equivalência de Estudos Feitos no Exterior:

A Equivalência e a Revalidação de série completa ou não; de ano ou

semestre letivo; de diploma ou certificado correspondente ao término de curso

equivalente aos de Ensino Fundamental, quando efetuado em Estabelecimento de

Ensino estrangeiro, obedecerão às normas legais vigentes.

A Revalidação de certificados e diplomas ou reconhecimento de estudos

completos realizados em Estabelecimento situado no exterior, será feita no

Estabelecimento de Ensino credenciado pelo CEE.

A Equivalência de Estudos incompletos de Ensino Fundamental E Médio

feitas em Estabelecimentos de Ensino de país estrangeiro, deve ser realizada por

Estabelecimento de Ensino autorizado ou reconhecido.

O NRE designará comissão de professores para proceder a Equivalência,

cabendo-lhe acompanhar e supervisionar o processo.

As Comissões de Professores a que se refere o parágrafo do artigo anterior

deverão observar atentamente:

I - as normas de transferência e de aproveitamento de estudos

constantes na legislação vigente;

II - as precauções indispensáveis ao exame da documentação do

processo, cujas peças, quando produzidas no exterior, devem ser autenticadas pelo

cônsul brasileiro da jurisdição do local onde foram realizados os estudos ou, na

impossibilidade disso, pelo Cônsul do país de origem no Brasil;

III - existência de acordos e convênios internacionais;

107

IV - na falta de qualquer disciplina, obrigatoriamente, será organizado

processo apropriado às adaptações exigidas para integralização do currículo até a

data de conclusão do curso, observada a legislação;

V - todos os documentos escolares originais, à exceção de Língua

Espanhola, deverão conter tradução para o Português por tradutor juramentado.

Cabe ao CEE decidir sobre a Equivalência de Estudos ou de curso que não

tenha similar no Sistema de Ensino no Brasil.

A este Estabelecimento de ensino, tendo realizada a Equivalência ou

Revalidação de Estudos, compete a emissão da respectiva documentação resultante

dos mesmos.

Efetuada a Revalidação ou declarada a Equivalência, o ato pertinente será

registrado no órgão competente e os resultados a integrar a documentação do

aluno.

O aluno que tenha iniciado seus estudos no Brasil, transferindo-se para o

exterior, em seu retorno, deverá ajustar-se ao Sistema Brasileiro quanto à

integralização do currículo e duração do Ensino Fundamental.

22.14. Da Regularização de Vida Escolar:

Deve ser montado processo de Regularização de Vida Escolar, que

procederá à verificação necessária, no caso de denúncia ou suspeita de

irregularidade na vida escolar do aluno matriculado neste Estabelecimento de

Ensino.

108

Uma vez assegurado o direito de ampla defesa aos implicados e confirmada a

irregularidade, serão impostas aos responsáveis as sanções cabíveis.

Cabe ao CEE, salvo nos casos expressamente delegados à SEED,

determinar a forma de Regularização de Vida Escolar.

Comprovado o dolo por parte do aluno ou seu responsável, devem ser

declaradas nulas, para todos os efeitos, as séries cursadas a partir da irregularidade,

sem prejuízo de outras conseqüências legais.

Provada culpa ou dolo por parte da Direção deste Estabelecimento, devem

ser impostas aos responsáveis, de acordo com a natureza da infração, as sanções

previstas na legislação.

O ato de Regularização e os resultados finais do processo devem constar no

Histórico Escolar e no Relatório Final deste Estabelecimento.

A expedição do certificado assinado pelo Diretor e Secretário deste

Estabelecimento será revestido das garantias oficiais.

A Regularização de Vida Escolar será feita em Estabelecimento reconhecido

que oferte o mesmo curso ou habilitação, indicado pelo NRE.

22.15. Da Regularização do Ensino Fundamental:

O processo de Regularização de Vida Escolar é de responsabilidade do

Diretor deste Estabelecimento, sob a supervisão do NRE.

O Diretor, constatada a irregularidade, dará imediatamente ciência ao NRE.

109

O NRE instaurará o processo pedagógico e administrativo, desde a

comunicação do fato até a sua conclusão.

Ao NRE cabe a emissão do Ato de Regularização.

Na transferência com irregularidade, cabe à Direção que detiver a Matrícula

do aluno, o processo de Regularização de Vida Escolar, assim como, ao seu final,

conferir ao ato decorrente as características de autenticidade previstas na legislação

pertinentes.

Os alunos que comprovarem a conclusão da 5ª série do Ensino Fundamental

e tenham cursado de 1ª a 4ª série pela Lei 4024/61, devem ter seus estudos

convalidados desde que comprovem, mediante a apresentação de documento, sua

passagem por um Estabelecimento de Ensino.

No Ensino Fundamental, da 1ª a 8ª séries, a Regularização de Vida Escolar

deve ser desenvolvida mediante um programa Especial de Regularização de vida

Escolar.

O programa Especial de Regularização de Vida Escolar, aplicado em cada

caso, constitui-se de um conjunto de atividades adequadas à situação de

irregularidade.

Nas séries de 5ª a 8ª, o Programa de Regularização de Vida Escolar deve ser

estabelecido por uma comissão integrada por Professores e pela Equipe Técnico-

Pedagógica deste Estabelecimento.

Programa Especial de Regularização de Vida Escolar deve ser precedido de

avaliação diagnostica para indicar a real situação de aprendizagem do aluno.

O Programa Especial de Regularização de Vida Escolar não coincidirá com o

horário de aula do aluno.

110

A avaliação final de Programa Especial de Regularização de Vida Escolar

deve possibilitar a superação das dificuldades constadas na avaliação diagnostica.

No caso de irregularidade detectada após o encerramento do Curso, o aluno

deve ser convocado para Exames Especiais a serem feitos neste Estabelecimento

de Ensino, sob a supervisão do NRE.

No caso de não haver possibilidade de serem efetuadas os Exames Especiais

neste Estabelecimento de ensino, deverá ser credenciado pelo NRE, o

Estabelecimento de Ensino devidamente reconhecido.

Em nenhuma hipótese a Regularização de Vida Escolar deve acarretar ônus

financeiro para o aluno.

No caso de insucesso nos Exames Especiais, o aluno poderá requerer nova

oportunidade decorridos, no mínimo, 60 (sessenta) dias a partir da publicação dos

resultados.

É de competência exclusiva do CEE, a regularização de vida escolar no caso

de:

I - documentos escolares com suspeita de falsificação;

II - aluno proveniente de estabelecimento não autorizado.

É vedada a Regularização de Vida Escolar no caso de:

I - documentos escolares com falsificação comprovada;

II - aluno considerado ouvinte;

III - situação que caracterize aceleração de estudos, quando esta não

for prevista pela legislação;

IV - aluno proveniente de Estabelecimento não autorizado.

111

O ato de regularização e os resultados finais do processo deverão constar do

Histórico Escolar e do Relatório Final do Estabelecimento.

Este Estabelecimento de Ensino, ao receber a Transferência do aluno, em

qualquer época do ano, deverá respeitar a forma de avaliação feita pelo

Estabelecimento de origem, com as notas e menções ou descrições das atividades

escolares, não podendo, em nenhuma hipótese, retornar o aluno às séries

anteriores.

Nos casos de Transferência de alunos retidos na Escola de origem, em

Educação Física, Educação Artística, Ensino Religioso e Programas de Saúde ou

outros componentes curriculares que exijam para a promoção apenas a apuração de

assiduidade, os mesmos podem ser matriculados na série subseqüente àquela

cursada na Escola de origem.

112

23. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 5ª À 8ª SÉRIE:

Comprovado em qualquer tempo o uso de meios fraudulentos para obtenção

de benefícios legais, ou existência de infringência às determinações legais, todos os

atos escolares praticados pelo favorecido serão nulos para qualquer fim de direito.

Não será admitida a figura do aluno ouvinte.

Os casos omissos serão resolvidos pelo CEE, bem como os recursos que,

eventualmente, venham a ser interpostos.

Os pedidos de recursos ao CEE deverão ser encaminhados por intermédio

dos órgãos próprios da SEED, não podendo ser denegado o seu andamento.

113

24. NORMAS DE CONVIVÊNCIA:

A Escola deve ser o centro da comunidade para ela deverão convergir

todos os empreendimentos e dela partir o impulso de melhoria social, para que isso

ocorra, torna-se necessário que a o diretor, professores, equipe pedagógica,

administrativa e serviços gerais , conheçam , participem e respeitem o Projeto

Político Pedagógico, pois todos fazem parte da escola que funciona com este

trabalho, e para ser realizado a contento é que os objetivos, as finalidades e as

expectativas em consonância com a função desempenhada por cada um, criará

condições para que venham a colaborar na obra da educação.

O diálogo devem ser constantes entre direção e todos os membros da

escola, para que alunos e pais tenham confiança na escola e participem de sua

ações em prol da preservação e o progresso da comunidade.

46. O Diretor:

As atuais exigências do mundo hodierno, requer que o diretor de escola tenha

preparação pedagógica adequada, com base em cursos especiais em que sejam

tratados os problemas da escola.

Um diretor tem de estar a par dos problemas de educação referentes a todos os

níveis de ensino porque, representando uma escola, uma unidade educacional, ela,

praticamente, se articula com todos as demais escolas, e sobre ela se refletem

direta ou indiretamente, todos aqueles problemas.

114

Não se compreende um diretor que não tenha confiança na ação da escola, não

aludimos à sua escola, em particular, pois esta, por circunstâncias várias poderia

fracassar . Referimo-nos à ação da escola em sentido geral, como sinônimo de

educação. Esta confiança deveria traduzir-se em fé na educação, pois é

fundamental esta crença, por parte do diretor, a fim de dinamizar toda a escola e

dar-lhe um cunho de autenticidade.

O diretor deve ter uma liderança democrática. Esta forma de liderança, é a que

conduz no sentido de satisfação das necessidades e aspirações dos liderados,

tendo em vista o bem comum. É a que congrega esforços, distribui estímulos,

harmoniza e dinamiza vontades para realizações coletivas. Assim, o diretor tem de

ser um líder democrático, a fim de harmonizar alunos, professores, pais e

comunidade, para que trabalhem juntos considerando os mesmos interesses e os

mesmos objetivos. O diretor não deve procurar aparecer; deve fazer aparecer os

seus dirigidos. A função do diretor não é mandar, propriamente, mas suscitar

vontades, criar condições para que todos queiram colaborar na obra da educação.

O diretor deve tornar-se amigo dos professores, conversar com eles o mais possível,

para sentir os problemas que os afligem, tendo em vista auxiliá-los, na medida do

possível, a resolver os mesmos. Deve conversar com os professores, também, para

informar-se sobre o rendimento das turmas e sobre alunos que apresentam

características especiais de comportamento.

Evite o diretor a formação do clássico grupo de professores, tão conhecido em todas

as escolas — o grupo que está sempre a favor do diretor — uma vez que este

determina a formação de outro, o grupo que está sempre contra o diretor... O diretor

deve evitar os “conselheiros”; deve, sim, fazer que todos participem na direção,

115

dando opiniões, sugerindo, criticando, buscando a melhoria da escola. Assim, se

possível, que todos sejam conselheiros...

As medidas gerais da vida da escola devem ser tomadas em conjunto, com todos os

professores, de sorte que eles se sintam responsáveis pelas mesmas.

Estabeleça o diretor o bom hábito de convocar reuniões pedagógicas, pelo menos

uma por mês. Mas que sejam reuniões pedagógicas de verdade e tratem, realmente,

de problemas de educação, da escola.

Na primeira reunião pedagógica do ano deve ser encarecida a necessidade de os

professores apresentarem os seus planejamentos iniciais de curso, como um

apanhado geral do que o professor julga possível realizar durante o ano letivo.

É necessário habituar o professor a apresentar o seu plano de curso. É interessante

que sejam apresentados planejamentos semestrais, para facilitar, ao diretor, o

acompanhamento das atividades dos professores.

Prática bastante interessante e útil é fazer constar, em cada reunião, a exposição,

por parte de um professor, dos objetivos de ensino da sua disciplina, bem como a

participação da mesma na formação de seus alunos, segundo o nível da escola.

Com esta prática, vão os professores tomando conhecimento da importância das

outras disciplinas e da necessidade de entrosamento das ditas na tarefa comum de

educar as criaturas que lhes são confiadas.

Assim, aos poucos, todos os professores irão situando-se nas funções que têm de

desempenhar, não exagerando ou subestimando a importância da sua disciplina, no

conjunto de ação da sua escola.

116

Poder-se-ia sugerir, nestas reuniões, que se iniciassem planejamentos globais da

escola e de disciplinas afins, tendendo, aos poucos, para uma interdependência de

planejamento de todas as disciplinas.

Planejamentos em conjunto, de disciplina afins, representariam, já, grande passo, no

sentido de racional e exeqüível planejamento de ensino da escola.

Todo diretor deveria perguntar, a si mesmo, se está mantendo contatos suficientes

com seus alunos; se tem mantido isolado, em sua diretoria, ou se tem estado

ausente da escola, tratando de assuntos outros que não sejam da própria escola.

Impõe-se ao diretor forjar oportunidades para estar junto dos alunos, conversar com

eles, em grupo ou separadamente, a fim de se inteirar dos problemas deles e da

escola. O tratamento dispensado ao aluno deve ser de camaradagem e de respeito.

Que bom se o aluno reconhecesse em seu diretor uma autoridade e um amigo, e o

fosse procurar em horas de dificuldades!

Deveria desaparecer aquela figura de diretor todo posudo, que recebe os alunos aos

berros, e por isso mesmo todos fogem dele ou que, a toda hora, está pronto a dizer,

a fazer alarde dos seus poderes, da sua força, da sua autoridade...

A intimidação não orienta; desorienta!

Que todo aluno tenha coragem e encontre oportunidade de falar, livremente, diante

do seu diretor. Que traga este a marca da confiança, sem vaidades nem

prepotências. Que traga o indício da justiça, para impor (agora, sim, impor) confiança

a todos.

O diretor, diante de um aluno, o menos comportado, o mais difícil de todos, deve

olhá-lo como aquele que mais precisa de sua ajuda, e, ao invés de estar interessado

117

em punir, deve ficar preocupado em encontrar uma forma de recuperá-lo, de

proporcionar-lhe oportunidade para que se realize como pessoa e como cidadão.

O diretor deve estar sempre à disposição de seus alunos, no instante mesmo que

precisem dele, sejam quais forem os outros afazeres.

Não permita, nunca, que outros indiquem ou estabeleçam punições que devem ser

por ele sancionadas. Que as punições, quando necessárias, sejam fruto de

ponderação e de equilíbrio, fazendo sentir ao aluno que é justa a medida que está

tomando.

Esteja atento o diretor a possíveis manifestações de sadismo que possam eclodir

sobre o aluno, por parte de professores, funcionários e mesmo colegas. Estas

ocorrências são bem mais freqüentes do que se pode imaginar.

Cabe ao diretor acompanhar o trabalho dos seus professores, assistindo,

seguidamente, às suas aulas, inteirando-se de exigências para com os alunos,

apreciando e incentivando iniciativas.

É importante que o diretor aprecie e incentive as iniciativas dos professores, e

procure ressaltar e elogiar o esforço e os resultados excepcionais.

Boa prática é a de o diretor, todos os dias, manter uma conversa, nem que seja de

poucos minutos, com os alunos, em forma de relato vivo sobre a vida diária da

escola, o que nela se passa, avisos, convites, ocorrências, elogios etc. Estas

conversas podem tender para o diálogo

Mantenha o diretor a sua escola fora das lutas político-partidário. Ele próprio deve

ser discretíssimo em suas manifestações e em suas atitudes desta natureza.

Deveria, mesmo, fazer com que assuntos de política partidária não fossem

discutidos ou tratados pelos professores.

118

Deve, sim, a escola formar, politicamente; mas sem se envolver nas disputas de

partidos ou de candidatos.

É obrigação do diretor conservar a escola fora das explorações políticas e não

permitir que ela venha a ser veículo de propaganda para quem quer que seja, com

finalidades eleitoreiras. É lastimável ver como certas escolas se atrelam a partidos

políticos, perseguindo magras subvenções...

Agora, assunto muito sério para o diretor!

Que não queira transformar a escola em setor de exercício da sua vontade ou de

seus caprichos, como autêntico ditador. É preciso não identificar vontade e

interesses da pessoa do diretor com os do diretor. Em outras palavras, não

identificar a pessoa do diretor com a escola.

Os interesses da escola são sempre públicos.

Assim sendo, na escola particular ou estatal, os interesses do diretor com relação a

ela só podem ser em termos de interesse público. Erra o diretor que transforma a

sua escola em propriedade particular, quanto ao exercício da sua vontade e dos

seus interesses.

Ao diretor, como administrador, compete procurar descentralizar, o mais possível, os

serviços da escola. Ele não deve ser um monopolizador de todas as atividades. Não

deve ser o insubstituível, no despacho e arrumação de papéis. Deve distribuir os

trabalhos de administração e secretaria entre seus auxiliares e fazer rodízio de

trabalho entre eles, de modo a desaparecer a figura do insubstituível, daquele que,

quando falta, é mal para a escola, porque é o único que entende disto ou daquilo.

119

Descentralizando, o diretor disporá de mais tempo para pensar nos problemas da

escola, bem como para entrar em contato com alunos, professores, funcionários,

pais de alunos e entidades sociais.

Descentralizando, poderá o diretor habituar a escola com a sua presença, fazendo

que seja abolida a célebre referência, cochichada por todos os cantos, quando ele

põe o nariz fora da diretoria: “Cuidado, o diretor vem aí”, isto entre os alunos,

professores e demais pessoas que convivem na escola...

O diretor tem obrigação de estar presente em toda a escola, deixando de ser a figura

repressiva para tornar-se a figura assistencial por excelência.

O diretor deve fazer o possível para eliminar, no aluno, o temor de ser mandado à

diretoria. Sabemos muito bem o valor negativo que tem, em nossos dias, o fato de o

aluno ir à diretoria... Pelo contrário, o ir à diretoria deveria ser meritório, uma vez que

o aluno vai conversar e tratar assuntos com o seu diretor!

Jamais o diretor deve punir sem estar realmente inteirado dos fatos. Assim mesmo,

não punir, nunca, friamente. Que o diretor entre em contato com o aluno faltoso, que

lhe fale como pai, como amigo, como autêntico diretor. E, diríamos mesmo, só punir

quando o aluno estiver convencido de que precisa ser punido. Mas não esquecer:

amparar na própria punição.

Punir e desamparar é pior do que não punir.

Pense o diretor no planejamento das atividades da escola, inclusive as provas

mensais e parciais, a fim de que sejam distribuídas de forma racional e melhor se

ajustem às condições dos alunos.

Deve o diretor, continuamente, procurar melhorar as condições materiais da escola,

tendo em vista torná-la cada vez mais cômoda, higiênica e funcional. Não devem ser

120

esquecidas as necessidades dos alunos quanto à água potável, às condições das

instalações sanitárias, à limpeza dos pátios, à ventilação das salas de aula, à

luminosidade e limpeza das mesmas.

Todos os excessos quanto à limpeza, isto é, quanto à sujeita em demasia, pelas

dependências da escola, por culpa dos alunos, devem recair sobre os próprios

alunos, de modo que eles mesmos providenciem as devidas medidas de limpeza

etc., isto sem discussões, nem brigas, tão-só fazendo-os responder pelos seus

atos...

É imperativo o diretor estimular e prestigiar as atividades extra-classe, pois estas

representam caminho seguro para a escola ganhar dimensão na sua ação

educadora.

É dever do diretor estar a par do que se passa dentro e fora da escola. Deve estar a

par de toda a vida escolar, não pelo espírito de bisbilhotice, mas para estar em

condições de agir, conscientemente, nas ocorrências escolares de todas as horas.

Deve estar a par do que se passa fora da escola, a fim de orientar a mesma no

sentido de preservá-la de certos acontecimentos, de articulá-la com outros e de

aproveitar-se de todos eles como casos concretos da vida social, para os quais a

escola tem de preparar seus alunos.

E, para finalizar, o diretor tem o dever de estar sempre disponível para os seus

alunos, em todos os momentos em que eles precisarem dele.

121

47.A Escola e a Sociedade:

Escola e sociedade têm sido dois termos divorciados, sendo que um teima em não

tomar conhecimento do outro.

Não se pode falar qual dos dois é fundamental, uma vez que se interdependem, não

podendo subsistir um sem o outro.

A sociedade moderna, com a sua complexa estrutura, não poderia sobreviver sem

que a escola lhe fornecesse pessoal habilitado para sustentá-la. A escola, por sua

vez, com suas finalidades e organização atuais, não teria razão de ser, se, não fosse

para atender às necessidades sociais.

Um aspecto ressalta, evidente: a educação não é obrigação exclusiva da escola.

Não é só a escola que tem de se preocupar com a educação, mas todas as

instituições, toda a sociedade!

Não há exagero em frisar que a sociedade não teria continuidade se não fosse a

educação. Não haveria substituição do elemento humano para dar continuidade e

vitalizar as próprias instituições.

Assim, a educação não é somente obrigação da escola, mas, também, de todas as

instituições sociais, mesmo daquelas que se julgam mais afastadas das lides

educacionais.

É desta verdade que os responsáveis de todas as instituições deveriam convencer-

se, para não deixarem a escola sozinha, isolada, na imensa tarefa de educar

gerações imaturas, porquanto é da sua ação que decorrem a preservação e o

progresso da sociedade.

122

48. Os Pais e a Escola:

1

Ao entregar os filhos à escola, não devem os pais renunciar ao direito de continuar a

orientar-lhes a educação, mesmo porque a real influência da escola é mínima com

relação à da família.

2

Supor que a escola substitui os pais é atitude de “escape”, adotada por aqueles que

não desejam assumir responsabilidades na educação dos filhos. Os pais devem

reaprender a educar os filhos diante de novas exigências do mundo contemporâneo.

3

Os pais têm o direito e o dever de interferir, continuamente, no trabalho escolar da

escola, pois a missão dos professores é educar os jovens dentro da filosofia da vida

da família, sob pena de provocar-se nos jovens perigosa ambivalência nos padrões

de conduta.

4

Demorando-se os jovens apenas 1/6 do dia, durante 2/3 do ano, nos

estabelecimentos de ensino, não podem os pais esperar que os educadores tenham

influência decisiva sobre alunos que passam a maior parte do tempo em contato

com poderosas outras influências sociais. Certo ou errado, é ainda a família que

determina os padrões de conduta dos jovens.

123

5

É dever dos pais colaborar para a melhoria das condições materiais das escolas,

pois os modernos recursos de educação são caríssimos e serão seus filhos os

beneficiados com o emprego de meios mais eficientes. Enquanto o poder público

não destinar à educação da juventude a maior parcela do orçamento, cabe às

famílias prover às necessidades da escola.

6

Os educadores têm direito de receber, com toda a lealdade, minuciosas informações

da família sobre seus filhos, a fim de facilitar a tarefa de orientação de seus alunos.

É na vivência familiar que o educador encontra explicação para os tipos de reação

dos jovens.

7

O regulamento das escolas deve ser estabelecido mediante prévia consulta às

famílias a que deseja servir a instituição. Numa sociedade de classe não se pode

fugir à diversificação dos padrões de conduta.

8

Os pais têm direito de receber, continuamente, informações sobre os progressos

intelectuais de seus filhos e sobre as atitudes de ajustamento ao trabalho escolar a

fim de que não se gere uma dupla personalidade: escolar e familiar.

9

Devem os pais conhecer, previamente, o regulamento do estabelecimento onde

matriculam seus filhos e dispor-se a atendê-lo, em todas as circunstâncias. Num

124

regime pluralista, cada escola tem objetivos bem definidos que devem ser

proclamados.

10

Os pais devem exigir que as escolas propiciem as melhores oportunidades de

educação, através dos recursos mais modernos, a fim de que seus filhos

desenvolvam todas as suas aptidões. Os pais devem estar vigilantes sobre os

padrões de ensino fornecidos pela escola.

11

Os pais devem fiscalizar, permanentemente, o ambiente que os colégios oferecem a

seus filhos, tanto do ponto de vista material quanto do ponto de vista mora. A

existência de escolas deformadoras só é possível por omissão dos pais.

12

Os pais devem evitar matricular seus filhos nas escolas em que é patente o fito

comercial de lucro de seus dirigentes, para evitar grave perigo de desviar-lhes,

moralmente, a educação. Os pais que preferem escolas onde se pode comprar a

condescendência representam verdadeiro perigo social.

125

49. Os Pais e os Professores:

1

Desconhecerem os pais as pessoas que dirigem a educação de seus filhos nas

escolas á atitude de irresponsabilidade perante seus deveres de velar pelas relações

que seus filhos estabelecem fora do lar.

Pais e mestres beneficiam-se com estas relações.

2

É dever dos pais contribuir para o bem-estar e a melhoria das condições de vida dos

professores que dirigem a educação de seus filhos nas escolas, pois não se pode

esperar atitudes saudáveis de pessoas em contínuas dificuldades econômicas. Os

professores, em geral, são pessimamente remunerados apesar de educarem

crianças milionárias. As crianças logo percebem estas diferenças, tratando os

professores como serviçais de suas famílias.

3

A função de educar deve ser prestigiada, socialmente, para que adquira a escola,

aos olhos da juventude, poderosa força orientadora. Os pais devem prestigiar os

mestres de seus filhos.

4

Os pais que não estão, intelectualmente, preparados para dirigir a educação de seus

filhos devem valer-se, continuamente, dos conselhos dos educadores. Os

comerciantes e industriais... devem admitir que não são especialistas em pedagogia.

126

5

Os pais devem exigir que os professores de seus filhos sejam altamente

credenciados, tanto do ponto de vista profissional quanto do ponto de vista moral.

Mas não esquecer que a função de magistério é altamente desprestigiada pela

sociedade.

6

Devem os pais contribuir para facilitar o aperfeiçoamento intelectual e técnico dos

professores, com o que se beneficiarão seus filhos, nas escolas. Os pais deveriam

manter um fundo de aperfeiçoamento do magistério.

7

A ação dos pais e dos professores, visando ao mesmo fim — a educação dos

jovens, — deve ser planejada conjuntamente. Os pais devem aceitar a orientação

dos especialistas.

8

Devem os pais estabelecer relações familiares com os professores de seus filhos,

para que eles sintam que a família delegou-lhes, realmente, poderes para educá-los.

Os pais devem vir às escolas e os professores devem freqüentar os lares.

9

Devem os pais evitar supor que o educador de seus filhos, nas escolas, é

exclusivamente o Diretor do estabelecimento, uma vez que com os professores e os

alunos estão em permanente contato.

10

Devem os pais velar para que seus filhos não fiquem em contato, nas escolas, com

auxiliares sem nenhum preparo para a tarefa educativa, uma vez que se verifica

127

forte influência destes elementos sobre as atitudes dos jovens. Por vezes, pessoas

assim têm profunda influência sobre os adolescentes.

11

Sem pretender dar sempre razão a uns ou a outros, devem os pais procurar explicar

certas atitudes dos professores ou de seus filhos, por vezes incompreensíveis a uma

das partes, a fim de que reine sempre mútua compreensão no trabalho educativo.

Lembrar que os objetivos das duas partes é educar os jovens.

12

Devem os pais exigir que os professores mantenham seus filhos razoavelmente

ocupados com tarefas extra-classe para compensar o tempo diminuto que os alunos

permanecerem na escola. O tempo parcial da escola é insuficiente para conduzir os

trabalhos escolares.

50. Os Pais e os Alunos:

1

Os adolescente têm direito a possuir no lar condições favoráveis ao estudo, tanto

pelo prestígio que os familiares dêem às atividades escolares, quando pela criação

de clima propício ao trabalho intelectual. Os jovens demonstram na escola o tipo de

vida familiar que possuem.

2

Os jovens têm direito ao material indispensável ao trabalho escolar, bem como às

fontes gerais de pesquisa e estudo como instrumento, dicionários, obras gerais e

128

publicações especializadas. Grande percentagem de jovens não dispõe deste

material.

3

Os pais devem acompanhar os progressos escolares dos filhos não como fiscais,

mas como estimuladores dos resultados alcançados, diariamente. Não devem fazer

da escola uma rinha em que se discutam classificações.

4

O interesse que os pais demonstram pelos progressos escolares dos filhos é para

eles motivo de justo orgulho e o melhor estímulo que se lhes pode dar. Os pais

devem conversar com os filhos sobre as ocorrências escolares.

5

O contato permanente dos pais com a escola dá aos alunos a convicção de que há

perfeita harmonia entre o lar e a escola em torno dos trabalhos escolares. Os pais

que não têm tempo para isto não deviam ter filhos.

6

os pais devem acostumar-se a premiar os filhos com livros, obras de divulgação,

enciclopédias, obras de consulta e de divertimento intelectual. Existe hoje vasta

bibliografia suplementar das atividades didáticas comuns.

7

Devem os pais determinar, em casa, lugar reservado para os filhos estudarem e

abster-se de fiscalizar, acintosamente, seus objetivos e livros de uso pessoal,

respeitando a natural tendência do adolescente para subtrair à família seus projetos

de vida, suas coleções e suas produções intelectuais. Violar o segredo e a

intimidade é um ato de desrespeito à pessoa humana.

129

8

Devem os pais aceitar que os filhos adolescentes têm natural tendência para viver

por si próprios, facilitando, gradualmente, este processo de “independização”. Os

pais devem estimular as amizades entre os adolescentes.

9

Devem os pais criar condições para a incorporação dos filhos adolescentes ao

círculo dos adultos, fazendo-os participar, gradativamente, nas decisões tomadas

pela família. Não devem haver atividades de adultos proibidas aos jovens.

10

Devem os pais velar pela freqüência integral dos filhos à escola, evitando que, por

motivos de ordem familiar, faltem às aulas ou sejam impontuais. As faltas

desorganizam profundamente a vida escolar.

11

Os filhos têm direito a que os pais examinem, desapaixonadamente, seus problemas

pessoais e os conflitos surgidos nas relações escolares. Os problemas não devem

ter solução padronizada.

12

Devem os pais acompanhar os trabalhos escolares dos filhos e velar para que

tenham eles, em perfeita ordem e em dia, as obrigações escolares, informando-se,

minuciosamente, dos métodos de trabalho de cada professor. Mas não devem

poupar os filhos das tarefas comuns a todos os jovens.

13

Sem que tenha caráter absolutamente rígido, devem os pais estabelecer um roteiro

de horário para as tarefas escolares dos filhos no lar, de modo a criar nele hábitos

130

regulares de trabalho. Este horário não deve parecer um castigo, mas um direito

elementar do membro da comunidade familiar.

51. Os Professores e os Alunos:

1

Ter prestígio entre os alunos: estes só imitam e obedecem a quem admiram.

O prestígio deve referir-se à capacidade intelectual: não se transfere o prestígio de

uma área para outra. O prestígio social ou político nada significa como estímulo aos

alunos.

2

Entusiasmar os alunos pelo trabalho que está sendo realizado; eles

carregarão até pedra se o professor souber entusiasmá-los. Daí a importância

didática da capacidade de dramatização do professor.

3

Elogiar tudo que for elogiável. O elogio é uma prova de que o aluno está

tendo bom êxito. Todos nós queremos ter bom êxito, isto é, auto-realização, auto-

afirmação. Em vez de destacar erros, o professor deve destacar acertos: o êxito

dinamiza o psiquismo.

4

Considerar o êxito do aluno como a comprovação da capacidade do

professor. Uma turma que fracassa teve um mau professor. Um menino mal-

131

educado teve uma família incompetente. A especialidade do professor é saber levar

o aluno a aprender.

5

Reconhecer que uma classe é um arquipélago de grupos naturais. Não são

um grupo de indivíduos independentes. Não impedir a atividade natural dos grupos,

mas usá-la para o trabalho didático (equipes de estudo).

6

Não esquecer que é professor de todos. Estar sempre atento a todos os

alunos: que diria você de um médico que deixasse uma parte da enfermaria sem

assistência? Não mostrar preferências por determinados alunos. Fazer contato

direto com todos.

7

Não aproveitar-se dos alunos para “projetar” sua própria personalidade.

Importante na classe são os alunos. Só um professor anormal utiliza a classe para

dar razão a narcisismo doentio. Fazer “discursos” na classe é uma das formas

características mais usadas para esta projeção neurótica. O professor deve escolher

para si um discreto recanto da classe de onde observa e incentiva.

8

Cuidar dos fracos: os fortes cuidarão de si próprios. Quem está doente é que

precisa de médico... Identifique os que têm maiores dificuldades, para ajudá-los,

como o médico atende primeiro aos doentes mais graves.

9

Usar os bons alunos para auxiliar os fracos: quem melhor ensina é quem

acaba de aprender. Ensinando, os melhores ficarão cada vez melhores.

132

10

Fazer os alunos discutirem suas opiniões: o “magister dixit” é coisa

superada. A crença deve vir da evidência e não da autoridade, salvo no campo

religioso. Criar nos alunos o senso crítico. Na vida precisará muito disto. Muita vez,

dê a impressão de que não sabe, solicitando ao aluno que o ajude, pesquisando.

25. GESTÃO DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA:

O grande problema da Escola Estadual de Vila Ajambi é o reduzido espaço

físico, o qual é incompatível com o elevado número de alunos. O problema se

agrava nas épocas de chuva, pois não existe um pátio coberto para abrigar os

alunos. A única solução para resolver este problema é colocar uma cobertura na

quadra de esportes. Acreditamos que esta melhoria iria assegurar um ambiente mais

propício para a aprendizagem e garantir a realização de eventos da Escola e da

comunidade.

No final do período letivo é realizado uma reunião com os pais de alunos, na

qual a Direção e a APM prestam contas à comunidade e repassam os informes

referentes ao ano letivo em curso e aquele que está por vir. Sempre aproveitamos a

oportunidade para solicitar o auxílio dos pais e dos alunos para tentar reparar os

danos ao patrimônio da Escola.

133

26. GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS:

O objetivo desta e certamente de qualquer outra instituição de ensino é dar

ao aluno uma educação de qualidade, procurando melhorar as condições físicas e

pedagógicas da Escola.

No presente momento nossa meta é cobrir a quadra de esportes. Vamos

procurar firmar uma parceria entre o Estado, Escola e Comunidade, para a

concretização de nosso projeto.

A Escola promoverá festas, bingos, bazares visando cumprir a cota que lhe

for destinada.

A Direção e a APM farão reuniões periódicas e estarão prestando contas à

Comunidade dos recursos financeiros angariados pelos eventos promovidos. As

verbas liberadas pelos órgãos públicos serão fiscalizadas pela análise das

prestações enviadas ao Tribunal de Contas do Estado.

134

27. SUPERVISÃO / ORIENTAÇÃO:

27.1. Relacionamento entre Professores, Diretor, Supervisores, Orientador,

Alunos Pais e Secretaria:

Nossa escola é democrática existe um ambiente de cooperação entre todos

os funcionários. Partimos do princípio de respeito mútuo, todas as ações a serem

tomadas são decididas em reuniões com a participação de todos.

O Diretor é uma pessoa democrática, responsável, cumpridor do seu dever,

delega funções, propicia um ambiente adequado para que as funções se realizem da

melhor forma possível, sempre contribuindo para que os objetivos e expectativas

sejam totalmente atingidas. Possui um senso de liderança, não mede esforços para

manter a harmonia ente professores, pais, alunos e funcionários. Sempre está

disposto ao diálogo, incentivando e elogiando as iniciativas de todos.

A Supervisão mantém um relacionamento harmonioso com professores,

alunos, funcionários e pais, com democracia consegue com que cada cumpra com

seus deveres, sem nunca deixar de respeitar seus diretos. É feito reuniões

pedagógicas no mínimo uma por bimestre, onde são feitas troca de experiência

entre os professores comparando rendimento de cada disciplina, analisando o que

deu certo e o que precisa ser mudado. O papel da supervisão é manter todos os

professores informados a respeito dos rendimentos, ajudá-los a tomar iniciativas de

mudanças, proporcionar um ambiente de trabalho tranqüilo, produtivo, visando a

melhora do aprendizado do aluno.

135

A Orientadora entrará em sala de aula para conhecer o aluno no grupo em

que ele está inserido, com isso terá conhecimento das necessidades a serem

trabalhadas em cada turma.

Fará dinâmicas de grupo, onde serão detectados a auto-estima do aluno.

Depois do levantamento de dados trabalhará em cima das reais necessidades de

cada um, fazendo trabalhos em grupo ou atendendo o aluno individualmente.

Através do diálogo com professores, levantará dados sobre o aluno e poderá

fazer a medição entre professores, pais e alunos. Cabe a orientadora participar dos

Conselhos de Classe, ajudar no processo de recuperação dos educandos.

A orientadora fará encaminhamentos de alunos para lugares especializados

quando necessário. A orientadora com a equipe técnica pedagógica e professores

promoverá atividades pedagógicas integradas, contínuas, progressivas e

harmônicas, que concorram para o desenvolvimento integral do educando;

oferecendo oportunidades para que o educando desenvolva o respeito para consigo

mesmo, o outro, as autoridades constituídas, o Estado e a família e os diferentes

grupos sociais e étnicos.

27.2. A Escola e a Comunidade:

1. Do ponto de vista sociológico, a função da escola é dúplice:

2. Transmitir às novas gerações o acervo cultural do grupo.

3. Promover pelo estudo do meio e das técnicas a mudança social.

136

4. Num e noutro caso, não pode a escola dissociar-se do meio em que está

inserido, sob pena de não cumprir sua missão. Sem este contato, não

contaria:

5. Com as vivências que mantenham a tradição.

6. Com os elementos mesológicos sobre os quais tente a mudança.

7. A função histórica da escola é preparar o indivíduo para participar da construção

social.

8. A escola atual perdeu seu sentido funcional, para não dizer pragmático. Raro o

professor capaz de dizer aos alunos por que se lhes exige tal esforço. Não

tem objetivo: tem um currículo.

9. A escola atual é esforço sem motivação: nada ali tem objetivo claro e capaz de

entusiasmar ou ao menos interessar o aluno. Funciona mediante sistema de

coação. O aluno, ao transpor seus umbrais, tem como que aberto um parêntese

na vida que ficou lá fora.

27.3. A Comunidade deverá vir a escola:

a) Cada membro da comunidade, além da responsabilidade pessoal e social, tem

compromisso com as novas gerações. A escola deve ser o receptáculo da

experiência social.

b) Os líderes da comunidade deveriam estar, permanentemente, em contato com

as escolas, transmitindo experiências e propondo reformulação dos

programas.

137

c) A comunidade deveria funcionar como rádio-sonda em busca de experiências

novas, para trazê-las para a escola.

d) Todo aluno deveria estagiar durante algum tempo em alguma atividade produtiva

existente no meio social onde a escola está inserida. Sabe-se que quanto

mais cedo os jovens entrarem em contato com o trabalho, mais cedo ganham

o senso de responsabilidade.

e) A própria comunidade deverá ser o laboratório de escola, pois desta forma a

teoria se confrontaria com a prática.

27.4. A Escola como centro da comunidade:

A escola deve ser o centro da comunidade. Para ela deverão convergir todos

os empreendimentos e dela partir o impulso de melhoria social. Para isto, deverão:

a) centralizar as comemorações cívicas da comunidade.

b) pesquisar e manter vivo o folclore regional.

c) abrir a biblioteca para uso da comunidade.

d) promover a vida social e recreativa do meio.

e) tomar iniciativa de campanhas para o bem da comunidade.

f) constituir-se em centro de atividade esportiva e recreativa da juventude.

138

27.5. A escola como instituição da comunidade:

Muitas escola funcionam com verdadeiros quistos sociais, sem nenhuma

ligação com o meio onde estão inseridas. É necessário que a comunidade se

convença de que a escola lhe pertence e portanto são responsáveis pelo padrão de

funcionamento da instituição. Para tanto é necessário:

a) Criar um Conselho de Educação na localidade, responsável pela

manutenção e aperfeiçoamento da escola.

b) Fazer o Regimento da escola ser discutido e aprovado pela comunidade.

c) Fazer funcionar a Associação de Pais e Mestres.

d) Fazer os alunos participarem da conservação das várias repartições da

escola através de equipes para cada setor.

27.6. Atividade escolar em geral:

27.6.1.Atividades que envolvem a comunidade:

λ Nenhum processo de ensino e aprendizagem consegue obter êxito se caminhar

sozinho.

λ Procuramos fazer a integração escola, pais, comunidade, filhos através de:

λ Reunião no início do ano com os pais para informar sobre a filosofia da escola,

como será desenvolvido o trabalho educacional, ressaltar a importância da

participação dos mesmos no processo ensino e aprendizagem de seus filhos.

139

λ Palestras educativas com temas vão ao encontro às necessidades da

comunidade, drogas, gravidez precoce, meio ambiente, relacionamento

familiar, doenças sexualmente transmissíveis, trabalhos sobre prevenção de

doenças, como: AIDS, câncer de mama, anti-tabagismo, utilização dos

recursos naturais.

λ Eventos nas datas comemorativas.

λ Homenagens às mães, com a participação da comunidade, pais e alunos,

professores. Com apresentações musicais, mensagens, peças teatrais,

brincadeiras, sorteios. O papel da mãe como a primeira educadora de seus

filhos.

λ Clube das mães: onde são discutidos, problemas disciplinares, relacionamento

pais e filhos.

λ Homenagem aos pais.

ð Trazer profissionais que falem sobre relacionamento pais e filhos, etapas do

desenvolvimento dos adolescentes.

ð Sorteios de brindes doados pelo comércio local.

ð Brincadeiras, peças teatrais.

27.6.2. Atividades escolares:

λ Festa do Folclore.

λ Danças, comidas típicas, lendas, concursos de: piadas, trava-língua,

provérbios.

140

λ Medicina popular, servir chás e explicar suas funções, medicinais.

λ Brincadeiras populares

λ Cantigas de roda.

λ Gincana "atividades variadas".

λ Homenagem aos estudantes

λ Peças teatrais valorizando o estudo.

λ Brincadeiras, jogos, gincana.

λ Semana da Pátria

λ Decoração de salas

λ Peças teatrais mostrando a valorização da Pátria.

λ Exposição de trabalhos mostrando o Brasil de ontem e o Brasil de hoje.

λ Feira Cultural

λ História do Município

λ Cultura

λ Economia (agricultura, indústria, comércio)

λ Curiosidades (guines, objetos)

λ Pontos turísticos do município.

λ Trabalhos artesanais (venda dos mesmos)

λ Exposição por disciplinas trabalhando a interdisciplinaridade.

λ MATEMÁTICA: surgimento do sistema capitalista, as várias formas de

representação do dinheiro no mundo até chegar ao nosso país nos dias de

hoje.

λ PORTUGUÊS: histórico do consumo, como se vestiam, como se vestem

atualmente, como eram feita as vestimentas e como são feitas hoje.

141

λ GEOGRAFIA E HISTÓRIA: resgatar a valorização do trabalho, trabalho

feminino, histórico, a discriminação, salário, trabalho feminino no Brasil e

em outros países.

λ CIÊNCIAS: tecnologia, Revolução Industrial, vantagens e desvantagens, Meio

ambiente e tecnologia.

λ ARTES: meios de comunicação dos povos antigos, surgimento da escrita,

cartazes, maquetes sobre a influência da propaganda.

λ INGLÊS: importância do Inglês como meio de trabalho, comunicação. Montar

maquete de um computador mostrando as palavras em Inglês e sua

funções. Teatro com tradução simultânea sobre profissões.

27.6.3. Projetos:

λ Meio Ambiente é Vida

λ Centro de coletas de lixos recicláveis.

λ Viveiro de mudas de árvores frutíferas para serem distribuídas à comunidade.

λ Caminhadas ecológicas de conscientização sobre o lixo e separação dos

mesmos, informação sobre o tempo de decomposição, mostrar que restos

de frutas, legumes, verduras podem ser transformados em adubos.

λ Artes Manuais

λ Trabalhos com jornais, cascas de frutas, madeira, palha de milho, pano, flores

secas.

λ Feira do Escritor

λ O escritor é você "Noite de autógrafos".

λ Poesias, acrósticos, poemas, contos crônicas.

142

λ Visita a Universidade do Meio ambiente.

λ Visita a museu egípcio, teatro

λ Palestras sobre: drogas, saúde, meio ambiente, educação sexual, cidadania

- Ética, trabalho e consumo.

ð Visita a asilos

ð Visita a idosos da comunidade e verificar se precisam de ajuda.

ð Trazer pessoas idosas ligadas aos alunos para falar sobre a comunidade,

como era o meio de transporte, população, costumes, meios de

comunicação, consumo.

143

27.7. Conselho de Classe / Pedagógico

Para avaliar as causas que conduzem ao fracasso escolar levamos em

consideração vários aspectos como: orgânicos, cognitivos, emocionais, sociais e

pedagógicos.

ð Aspectos Orgânicos

Construção das estruturas cognoscitivas se processa num ritmo diferente

entre os indivíduos normais e os portadores de algum tipo de deficiências sensoriais,

sistema nervoso, educação diferenciada por parte da família.

ð Aspectos Cognitivos

Abrange as estruturas do conhecimento, memória, antecipação chamados

de fatores intelectuais.

ð Aspectos Emocionais

Estão ligados ao desenvolvimento afetivo e sua relação com o

conhecimento e a expressão deste através da produção escolar.

Remete aos aspectos inconscientes envolvidos no ato de aprender.

O não aprender pode por exemplo expressar uma dificuldade na relação da

criança com a sua família. Daí vem a rejeição ao conhecimento a omissão e

distorção na leitura, na escrita.

144

ð Aspectos Pedagógicos

Estão ligados a metodologia do ensino, à avaliação, à dosagem de

informações e à estrutura da turma.

Se levarmos em conta os aspectos pedagógicos vamos desmistificar o fato

de que o fracasso escolar seja sempre do aluno ou da família. Muitas vezes, a

maneira da escola ensinar, seu modo de explicar e sua linguagem podem ser os

verdadeiros responsáveis pelo fracasso.

Após o Conhecimento das Causas que podem levar o aluno ao fracasso

Escolar é feito um diagnóstico de aluno por aluno tomando as seguintes atitudes

estimulantes para o aprender.

λ Melhorar as condições de ensino para o crescimento constante do processo

ensino aprendizagem, assim prevenir as dificuldades na produção escolar;

λ Fornecer meios dentro da escola para que os alunos possam superar as

dificuldades;

λ Atenuar ou no mínimo contribuir para não agravar os problemas de

aprendizagem nascidos ao longo da história do aluno e de sua vida

familiar;

λ Motivar os alunos para a aprendizagem através de conteúdos significativos e

compreensíveis para eles;

λ Prender a atenção e concentração dos alunos com conteúdos

essenciais ao cotidiano vivencial.

145

27.8. Direitos do Aluno:

1 Além daqueles que lhes serão outorgados por toda a legislação aplicável

constituirão também direitos dos alunos:

a)Tomar conhecimento no ato da matricula, das disposições do Regimento

Interno do estabelecimento de ensino bem como do Regimento Escolar.

b) Solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino,

especialmente de supervisores, orientadores e professores.

c) Utilizar os serviços e dependências escolares de acordo com as normas

estabelecidas no Regimento Interno.

d) Tomar conhecimento por meio de boletins ou outras formas de

comunicação do seu rendimento escolar e de sua freqüência.

e) Solicitar revisão de notas por intermédio dos pais ou responsáveis.

f) Requerer transferência ou cancelamento de matriculas através dos pais ou

responsáveis.

g) Manter e promover relações cooperativas com professores, colegas e

comunidade.

2 Constituirão DEVERES DO ALUNO, além daqueles previstos na legislação e

normas do ensino aplicáveis.

a) Portar todo material didático individual exigido, observando a capa, ordem

e limpeza.

b) Atender as determinações dos diversos setores do estabelecimento de

ensino, nos respectivos âmbito de competência.

146

c) Comparecer pontualmente às aulas e demais atividades escolares.

d) Participar de todas as atividades programadas pela Escola, sejam estas

cívicas, sociais, culturais, didáticas ou esportivas.

OBS: Uma vez por mês será programada uma atividade cívica.

e) Cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações

escolares.

f) Cumprir as disposições constantes no Regimento Escolar e Regimento

Interno no que lhe couber.

g) Vir para a Escola, diariamente, com o uniforme adotado e padronizado.

3 É VEDADO AOS ALUNOS:

a)Entrar e sair da sala de aula sem autorização do professor.

b) Entrar na sala de aula após o professor. O aluno deverá aguardar em sala

a troca de professores.

c) Sair da escola em horário de aula sem autorização prévia da Direção,

Orientação Educacional ou Supervisão de Ensino.

d) Deixar de assistir aula estando no estabelecimento.

e) Impedir a entrada de colegas ou incitá-los à ausência coletiva.

f) Portar ou introduzir no estabelecimento escolar arma, objetos perigosos,

substâncias químicas reagentes, materiais inflamáveis ou explosivos.

147

g) Ocupar-se durante a aula com atividades alheias às da disciplina. É

proibido mascar chiclete, balas, doces ou outras guloseimas durante as aulas

e fumar dentro do estabelecimento escolar.

h) Usar de meios fraudulentos em provas e trabalhos escolares.

i)Fazer-se acompanhar de elementos estranhos nas dependências internas

da Escola.

j) Ofender ou agredir colegas, pais ou responsáveis de colegas, professores

e funcionários da escola.

k) Promover nas imediações da Escola ou na frente dela, atividades que

configurem arruaça.

l) Causar problemas de qualquer natureza aos vizinhos da Escola.

m) Gravar nas paredes, carteiras ou qualquer parte do prédio nomes,

desenhos ou outros sinais.

n) Divulgar por qualquer meio de publicidade assuntos que envolvam direta

ou indiretamente o nome da escola, de professores ou funcionários sem

autorização da Direção.

o) Falsificar assinatura do pai, mãe ou responsável em documentos ou

comunicados.

p) Ingerir bebidas alcoólicas, fazer uso de qualquer alucinógeno nas

dependências escolares.

q) Promover jogos, excursões, coletas, listas de pedidos ou campanhas de

qualquer natureza sem a prévia autorização da Direção.

r) Participar de jogos de azar nas dependências da escola.

148

s) Retirar ou utilizar qualquer objetos ou material da Escola sem a devida

autorização.

t) Usar linguagem imprópria, praticar atos indecorosos ou portar materiais que

atentem a moral e aos bons costumes.

4 DAS SANÇÕES:

Nenhum aluno será punido sem o devido processo legal, mas o não

cumprimento das normas de conduta, isto é, ato indisciplinar ou até

infracional, implicará em:

a)Advertência verbal e individualmente, por quem de direito : diretor,

orientador, supervisor, professor .

b) Após advertência verbal, persistindo a indisciplina, quem de direito

encaminhará o aluno juntamente com a Ficha de Encaminhamento ao SOE

para providências e advertência por escrito.

c) Havendo reincidência o SOE e a Direção, solicitará a presença dos pais

ou responsáveis para o contato necessário, devendo os mesmos assinarem

em termo de compromisso para tomar ciência e providências na correção do

ato indisciplinar ou infracional.

d) Se não houver melhora na conduta, o aluno será suspenso e o fato será

comunicado ao Conselho Escolar, o qual decidirá sobre as providências a

serem tomadas.

OBS : A suspensão deve ocorrer somente em conjunto com a equipe

pedagógica administrativa e conjuntamente com o professor envolvido.

149

5 DIREITOS E DEVERES DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS:

a) Ser respeitada na condição de pai, mãe ou responsável interessado no

processo educacional desenvolvido na escola.

b) Participar das discussões da implementação da proposta pedagógica da

escola, de acordo com a legislação vigente por intermédio de seus

representantes no Conselho Escolar.

c) Sugerir aos diversos setores da escola medidas que viabilizem um melhor

funcionamento das atividades escolares.

d) Ter conhecimento efetivo das disposições contidas no Regimento Interno no

ato da matricula.

e) Ser informado sobre o Sistema de Avaliação da Escola.

f) Ser informado no decorrer do ano letivo sobre a freqüência e rendimento

escolar obtido pelo aluno sob sua responsabilidade.

g) Requerer no prazo devido o pedido de revisão de notas do aluno sob sua

responsabilidade, ou seja, 72 (setenta e duas) horas após a prova.

h) Assegurar autonomia na definição de seu representante no Conselho

Escolar.

i) Participar de associação e/ ou agremiação afins.

6 AO PAI, A MÃE OU RESPONSÁVEL, ALÉM DE OUTRAS ATRIBUIÇÕES

LEGAIS COMPETE:

a) Manter e promover relações cooperativas no ambiente escolar.

150

b) Propiciar condições para o comparecimento e permanência do aluno na

Escola.

c) Cumprir e fazer cumprir os horários e calendários escolares.

d) Respeitar os horários estabelecidos pela escola para sua comunicação com

todo o pessoal envolvido na aprendizagem de seu filho ou aluno sob sua

responsabilidade.

e) Requerer transferência ou cancelamento da matricula de seu filho ou aluno

sob sua responsabilidade.

f) Identificar-se na Secretaria da Escola para ser encaminhado, ao setor

competente.

g) Comparecer às convocações feitas pelo Serviço de Orientação Educacional,

Supervisão de Ensino, Professores e Diretor.

h) Orientar seu filho ou aluno sob sua responsabilidade quanto a hábitos de

higiene pessoal e de cuidados na conservação tanto das instalações

escolares como no uso do material escolar.

i) Cumprir as disposições contidas no Regimento Escolar e no Regimento

Interno no que lhe couber.

7 É VEDADO AO PAI, MÃE OU RESPONSÁVEL:

a) Tomar decisões individuais que venham prejudicar o processo pedagógico.

b) Entrar em sala de aula sem autorização da direção, interferindo ou

perturbando o trabalho dos professores.

a) Retirar e/ ou utilizar sem a devida permissão de órgão competente, qualquer

material pertencente à escola.

151

b) Divulgar por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou

indiretamente o nome da escola, de professores ou funcionários sem a

prévia autorização da direção.

c) Promover jogos, excursões, coletas, listas de pedido ou campanhas de

qualquer natureza sem prévia autorização da direção.

d) Aplicar penalidades ao seu filho ou aluno sob sua responsabilidade no interior

da escola.

e) Expor alunos, pais ou responsáveis de alunos, professores e funcionários da

escola a situação vexatória.

8 Os pais ou responsáveis que deixarem de cumprir seus deveres ou

transgredirem as proibições contidas no Regulamento Interno ficarão sujeitos às

seguintes penalidades:

a)Advertência verbal feita pelo Diretor

b) Repreensão por escrito, feita pelo Diretor com ciência.

c) Comunicação do fato ao Conselho Escolar para adoção de medidas

cabíveis.

d) Encaminhamento ao Conselho Tutelar para a adoção de medidas cabíveis.

9 DEVERES DO PROFESSOR:

a) Assinar o ponto todos os dias.

b) No caso de falta por motivo de doença, apresentar atestado médico à Direção

da Escola – não assinar livro ponto.

152

a) O professor deverá estar sempre atento para o edital onde os avisos

permanecerão por três dias úteis e posteriormente arquivados na

Secretaria.

b) Manter sempre em dia os livros de chamada.

c) Procurar manter sempre em ordem a sala dos professores e os armários.

d) Manter sempre consigo seu apagador, pois não haverá reposição.

e) Se o aluno for excluído da sala de aula pelo professor, este deverá envia-lo

ao SOE juntamente com a “guia de encaminhamento”.

f) Se houver necessidade do professor faltar, procurar avisar com antecedência

e deixar tarefas a serem repassadas. Essas tarefas deverão ser suficientes

para cumprir toda a carga horária do dia.

OBS : Caso seja feita uma falta emergencial procurar sempre comunicar – se

com a Escola em tempo hábil para organização desta.

i) Caberá ao professor levar ao conhecimento da Direção e Orientação o nome

do aluno cujas faltas excederam 3 dias consecutivos ou várias alternadas,

portanto faz-se necessário e chamada diária.

ii) É tarefa do professor colaborar para que os alunos cumpram as normas.

iii) Usar diariamente o guarda – pó branco.

iv) Os professores devem chegar pontualmente às aulas.

v) O professor ( a ) ao término de sua aula deverá deixar o quadro – de – giz em

condições de trabalho para o próximo professor(a).

153

28. FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICOS:

A sociedade "caminha" para um indivíduo cada vez mais independente,

auto-suficiente, o que por sua vez traz mais competitividade e menos solidariedade,

que então traz maior isolamento.

Com isso a sociedade vem deteriorando, há uma degradação funcional e

moral das famílias, com acentuados aumentos de crimes violentos, suicídios e

abuso de drogas.

Pais que enfrentam uma nova realidade na vida familiar, pressionados pela

sociedade capitalista que exige cada vez mais, com ritmo acelerado da vida não

tendo tempo disponível para acompanhar as emoções de seus filhos.

Confiantes que a babá eletrônica está cuidando da educação das crianças e

adolescentes, pais mal percebem que a maioria dos programas exibem diariamente

cenas de assédio, abuso sexual, preconceitos variados, violência, individualismo etc.

O nosso objetivo como educadores é implantar um projeto em que os

educandos possam plantar a semente da felicidade em cada lugar, a cada momento

com todas as pessoas. Ter humildade e persistência para aprender. Aprender para

crescer e ensinar o que aprende sempre, pois o conhecimento que fica restrito

apenas para si, morre com o tempo.

Só aquele que é transmitido para o maior número de pessoas é que

sobrevive e participa do processo de evolução do homem e da vida. Viver é buscar

constantemente a concretização de um mundo melhor. Pois o verdadeiro educador

não se satisfaz com o trabalho de segunda ordem, não se contenta em comunicar-

lhe conhecimento técnico, e sim, em incutir-lhes os princípios da verdade,

154

obediência, honra, integridade, pureza, princípios que deles farão uma força positiva

para a estabilidade e o erguimento da sociedade.

Buscaremos caminhos para construir um ensino comprometido com a

realidade comunitária visando a qualidade educativa. Buscaremos junto a

comunidade, clientela, corpo docente, um avanço para romper com o atual e criar

perspectivas futuras. Com essa integração almejamos que o educando tenha uma

visão crítica, ampla, integrada com a realidade, centrada na valorização do ser

humano.

Buscar a colaboração dos pais para preservar o patrimônio através de

conscientização, mostrar que a escola pode funcionar bem, quando todos estão

embuidos para alcançar um ideal.

Para conseguimos alcançar um ideal temos por princípios a solidariedade

humana, a valorização das experiências extra-escolar, respeitar as diferenças

individuais, dar condições ao educando para que ele aprenda a aprender tendo

finalidade o pleno desenvolvimento e a preparação para exercer cidadania e

qualificação para o trabalho.

No tratamento dos conteúdos procuramos trabalhar assuntos que

estabelecem relações com o cotidiano do educando para que o mesmo possa

utilizá-lo na prática.

Visando uma Educação plena de nossa clientela, não obstante repassarmos

informações desconexas que nada dizem a eles, sendo que na sua totalidade dizem

"O que vamos fazer com isso" ou "Onde vamos usar". Deve-se orientar nosso

Educando para a "Vida", mostrar a eles que todo saber é importante, e com ele,

cada qual fará o melhor uso que estiver no seu alcance.

155

Erroneamente, há um velho discurso "Estudar para subir na vida". Na qual

muitos nos dizem, que alguém da família não estudou e subiu na vida. Cabe-nos

nesse momento salientar que noutros tempos era possível, hoje, com a tecnologia

avançada o mercado busca sempre pessoas competentes e aptas ao trabalho, ou se

está preparada, ou fica-se parado a espera de que algo aconteça.

A Escola também fica a desejar quando tenta driblar a realidade de sua

clientela, ao dizer, ou se estuda ou vai ser "doméstica ou pedreiro etc", sabendo que

sua maioria a comunidade tem empregos humildes e que na maioria das vezes,

nossos alunos sentem-se envergonhados em dizer a profissão de seus familiares,

cabe a nós, fazer um trabalho de valorização pessoal, de auto-estima e valorização

profissional. O que seria do mundo se todos se tornassem dentistas, médicos,

advogados? Quem iria construir, dirigir e manter a iluminação pública funcionando,

etc.

Temos que mostrar ao nosso Educando que a magnitude não está no que

faz, mas como se faz.

156

29 . FINS EDUCATIVOS DA ESCOLA:

O sistema educacional brasileiro passa por uma evolução que não

representa apenas uma exigência, é um fato concreto evidenciado pelo

desenvolvimento de novas propostas pedagógicas que inovam cada vez mais. Este

processo de inovação de romper com o tradicional de repensar a prática

pedagógica, de procurar novos caminhos que levem a uma ação inovadora e eficaz,

tem sido a preocupação constante de nossos educadores.

A cada dia procuramos autores e projetos inovadores para que possamos

abrir janelas para o mundo, criando condições para que o educando participe

efetivamente da sociedade brasileira dando sua contribuição para melhorar cada vez

mais a convivência em grupo.

O êxito em qualquer coisa que empreendamos exige um objetivo definido.

Aquele que desejar alcançar o verdadeiros êxito na vida deve, conservar firmemente

em vista o alvo a ser alcançado. Procuramos levar nossos educandos a ter este

alvo, mostrando-lhes o porque e para que devemos estudar, para que possam a

cada dia irem modificando a maneira de ver o mundo tendo uma visão crítica,

inovadora para serem capazes de se saírem de qualquer situação embaraçosa em

que se encontrem. Mostrar que o mundo tem sido a nossa maior escola, que é

vivendo fazendo, praticando, questionando é que se produz o verdadeiro

conhecimento.

O educador prudente, trata seus discípulos, com integridade e procura

promover a confiança e fortalecer o sentimento de hora, ensina a criança o governo

157

de si mesma, formar um caráter íntegro e viver uma vida de utilidade para si e para

os outros.

Nós, como educadores mostramos a utilidade do ensino através de

conteúdos que são úteis aos nossos educandos conteúdos cheios de significados,

para que despertem o interesse, o compromisso e a responsabilidade com sua

própria aprendizagem. Procuramos trabalhar com temas sociais urgentes e assuntos

tratados diariamente nos jornais, rádios, televisões, apontando as necessidades de

mudanças, criticando e participando das transformações.

Sendo a escola uma instância de luta pela transformação da sociedade,

estamos entendendo que a escola é um lugar onde também, se dão as contradições

sociais que ocorrem na sociedade em que ela está inserida. Por isso ela participa

dos processos sociais, contraditórios, de reprodução e transformação tendo

habilidades para trabalhar o lado conservador e o inovador. O espaço escolar deve

ser usado na ação de transformação da sociedade, e ela que dá perspectivas e

abertura na preparação de novos caminhos da sociedade servindo de instrumento

inovador na construção de um novo futuro.

Para alcançar um padrão de qualidade, nós desenvolvemos atitudes

favoráveis a aprendizagem, valorizando a troca de experiência, curiosidades,

reconhecer as diferenças e tratá-las com sensibilidades para promover um

aprendizado eficaz.

Buscar junto a comunidade as contribuições para melhorar o processo de

integração comunidade, família, escola, visando uma educação participativa, com

cidadãos críticos capazes de modificar, melhorar a qualidade de ensino, um ensino

voltado para o ser humano, preocupado com a preparação para a vida.

158

Na Escola Estadual de Vila Ajambi, nosso trabalho principal não é fazer os

alunos se debruçarem sobre os livros didáticos, mas sim debruçarem-se sobre a

realidade, tentando entendê-la. A colocação da prática social como perspectiva para

o processo de conhecimento é importante para o professor ter consciência que seu

papel primeiro não é cumprir um programa, não é dar determinado rol de conteúdos:

antes de mais nada, seu papel é ajudar os alunos a entenderem a realidade em que

se encontram, tendo como mediação para isto os conteúdos.

Para ajudar o aluno a entender a realidade, a se posicionar, o professor

lança mão da cultura acumulada pela humanidade; diante dos desafios da realidade,

coloca o aluno em contato com este saber. O papel do professor, portanto, é ajudar

a mediação aluno - conhecimento - realidade. Estaremos atentos, diante da

preocupação de construir o conhecimento sem perder de vista a finalidade deste

conhecimento.

Segundo Petrovski, Psicologia Evolutiva a Construção do Conhecimento no

sujeito acontece da seguinte forma:

a) Condição necessária para conhecer:

b) O sujeito precisa querer, sentir necessidade.

c) O sujeito precisa ter estrutura de assimilação, precisa ter certos conhecimentos

anteriores relacionados aos novos.

d) O conhecimento novo se constrói a partir do anterior, prévio, antigo (seja para

ampliar ou negar, superado).

e) O conhecimento conceitual (em particular o científico e o filosófico) são

construídos a partir da linguagem verbal.

f) O conhecimento é estabelecido no sujeito por sua ação sobre o objeto.

159

g) Esta ação pode ser em termos motores perceptiva ou reflexiva.

h) O conhecimento não se dá de uma vez (não é linear), mas por aproximações

sucessivas (sínteses em níveis cada vez mais elevados).

i) Para poder captar as relações de constituição do objeto, o sujeito precisa

analisá-lo, o que significa dizer que deve "decompô-lo" em suas partes

constituintes. No processo de análise, o sujeito precisa ir além da aparência.

j) Diante de situações problematizadoras, o sujeito elabora hipóteses explicativas.

Observando várias teorias sobre a educação, procuraremos adotar uma

metodologia na perspectiva dialética baseado numa concepção de homem e de

conhecimento onde se entende o homem como ser ativo e de relações. Assim,

compreende-se que o conhecimento não é "transferido" ou "depositado" pelo outro

(conforme a concepção tradicional), nem é inventado pelo sujeito, mas sim

construído pelo sujeito na sua relação com os outros e com o mundo.

Significa que o conteúdo trabalhado, refletido, reelaborado, pelo aluno, para

se construir em conhecimento dele.

160

30. GRÊMIO ESTUDANTIL:

Para que a escola seja estruturada de forma a proporcionar aos alunos uma

educação de altíssima qualidade, se faz-se necessário a inserção deste alunos no

cotidiano da escola, tomando parte das ações programadas de forma a conhecer os

problemas e necessidade da mesma, objetivando realizações que proporcionem o

crescimento conjunto de todos os seus membros sob todos os aspectos.

Para que isto ocorra a contento a cada dias torna-se mais evidente a

necessidade da presença do Grêmio Estudantil o qual acontecerá observando as

seguintes normas.

46.O Grêmio tem por objetivos:

a) Congregar o corpo discente do "CIEP 476 – Santa Cruz da Serra".

b) Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos da escola.

c) Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros; assim

como contribuir na formação de sujeitos críticos da realidade e com

capacidade de intervenção.

d) Promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e

alunos, no trabalho escolar, buscando seu aprimoramento.

e) Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural, educacional, cívico,

desportivo e social, com entidades congêneres, assim como a filiação à

entidades gerias (municipal, estadual e UBES – União Brasileira dos

Estudantes Secundaristas).

161

f) Pugnar pela adequação do sentido às reais necessidades da juventude e do

povo, bem como pelo Ensino Público e Gratuito.

g) Pugnar pela democracia, pela independência e respeito as liberdade

fundamentais do homem, sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade,

convicção política ou religiosa.

31. CONSELHO ESCOLAR:

O conselho escolar é um órgão Colegiado composto por representantes da

comunidade local e escolar, que tem como atribuições deliberar sobre questões

político - pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da escola. Cave ao

Conselho, também analisar ações para o cumprimentos das finalidades da escola.

Ele representa a comunidade local e escolar atuando em conjunto e definindo

caminhos para tomar as deliberações que são de sua responsabilidade, tendo

funções deliberativas, consultivas, fiscais e mobilizadoras.

O Conselho Escolar será constituído por um número ímpar de integrantes,

tendo como membros o diretor, representantes da equipe pedagógica,

administrativa, professores, serviços gerias, pais e alunos, sendo eleito através de

voto por período vigente de 02 anos.

São atribuições do Conselho Escolar:

ð Elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar;

ð Coordenar o processo de discussão, elaboração ou alteração do Regimento

Escolar;

162

ð Convocar assembléias - gerais da comunidade escolar ou de seus segmentos;

ð Garantir a participação das comunidade escolar e local na definição do projeto

político - pedagógico da unidade escolar;

ð Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito aos sabendo

estudante e valoriza a cultura da comunidade local;

ð Propor e coordenar alterações curriculares na unidade escolar, respeitada a

legislação vigente, a partir da análise, entre outros aspectos, do

aproveitamento significativo do tempo e dos espaços pedagógicos na escola

ð Propor e coordenar discussões junto aos segmentos e votar as alterações

metodológicas, didáticas e administrativas na escola, respeitada a legislação

vigente;

ð Participar da elaboração do calendário escolar, no que competir à unidade

escolar, observada a legislação vigente;

ð Acompanhar a evolução dos indicadores educacionais (abandono escolar,

aprovação, aprendizagem, entre outros) propondo , quando se fizerem

necessárias, intervenções pedagógicas e/ou medidas sócio-educativas

visando à melhoria da qualidade social da educação escolar;

ð Elaborar o plano de formação continuada dos conselheiros escolares, visando

ampliar a qualificação de sua atuação;

ð Aprovar o plano administrativo anual, elaborado pela direção da escola, sobre a

programação e a aplicação de recursos financeiros, promovendo alterações,

se for o caso;

ð Fiscalizar a gestão administrativa, pedagógica e financeira da unidade escolar;

163

ð Promover relações de cooperação e intercâmbio com outros Conselhos

Escolares.

31.1. MEMBROS DO CONSELHO ESCOLAR:

Presidente: Nelson Nascimento

Equipe Pedagógica:

Gesiane Machdo

Jacqueline da Luz Schlichta de Gouveia

Professores:

Makoto Oyama

Creuza Pereira dos Santos

Vanderlei de Souza

Maria Aparecida de Andrade

Eq. Administrativa:

Sandra dos Santos Dobkowski

Luís Fernando Ribeiro

Serviços Gerais:

Ana Roseli Mosko

Maria José Pereira Alves

Alunos:

Florivaldo Nunes

Eder Coelho de Araujo

164

Membros da APMF:

Vasni Martins Camargo

Vanderlei de Souza

Pais:

Andréa de Fátima Kalinoski

Ana Roseli Mosko

Comunidade:

José Edson de Farias

Modesto Stelzner

32. APMF:

A APMF, ou similares, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de

representação dos Pais, Mestre e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não

tendo caráter político - partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituídos por prazo

indeterminado.

46.Os objetivos da APMF são:

ð Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistências ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade,

165

enviando sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para

apreciação do Conselho Escolar e equipe - pedagógica - administrativa;

ð Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-

lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a

Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

ð Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa

comunidade.

ð Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo escolar,

estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e

do Conselho Escolar;

ð Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa

forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,

gratuita e universal;

ð Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e todas

a comunidade, através de atividades sócio-educativas e culturais e

desportivas, ouvido o Conselho Escolar;

ð Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridade estabelecidas

em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;

ð Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta

ação.

A Diretoria da Associação de pais, Mestres e Funcionários será composta de:

166

ð Presidente;

ð Vice - Presidente;

ð 1º Secretário;

ð 2º Secretário;

ð 1º Tesoureiro;

ð 2º Tesoureiro;

ð 1º Diretor Sociocultural e Esportivo;

ð 2º Diretor Sociocultural e Esportivo.

Os Cargos de Diretoria serão ocupados somente por integrantes efetivos, eleitos

em Assembléia Geral convocada especificamente para este fim:

ð Os cargos de Presidente, Vice-Presidente, 1º Tesoureiro e 2º Tesoureiro serão

privativos de pais e/ou responsáveis legais de alunos matriculados com

freqüência regular, vedados aos Servidores Públicos Estaduais.

ð Os cargos de 1º e 2º Secretários e 1º e 2º Diretor Sociocultural e Esportivo

serão privativos de professores e ou funcionários do Estabelecimento de Ensino,

desde que respeitada a paridade.

167

32.2. Membros da APMF:

Presidente: José Augusto da Silva

Vice- Presidente: Regiane Cordeiro

Primeiro Tesoureiro: José Cícero Rocha

Segundo Tesoureiro: Leidemar Ruviaro de Oliveira

Primeira Secretária: Andréa de Fátima Kalinoski

Segunda Secretária: Sandra dos Santos Dobkowski

1º. Diretor Sócio Cultural e Esportivo: Vanderlei de Souza

2º. Diretor Sócio Cultural e Esportivo: Valéria da Silva Trindade

Conselho Deliberativo e Fiscal: Dailde da Silva Gonçalves

Makoto Oyama

Neodete Xavier de Lima

Vasni Martins de Camargo

Maria de Lurdes Holm

Valtermir Honório dos Santos

Andréia Rosinalva dos Santos

Adriana de França Vaz

Assessoria Técnica: Nelson Nascimento

Gesiane Machado

168

33. INCLUSÃO EDUCACIONAL:

Tendo como ponto de partida a Lei 9394/96 (LDB-EM) que aponta em seu

capítulo V que a educação dos portadores de necessidade especiais deve acontecer

preferencialmente em rede regular de ensino.

Para compreendermos a importância da Educação de Alunos Portadores de

Necessidade Educativas Especiais, ou seja, a Educação Especial no ensino regular ,

foi necessário pesquisar sobre a realidade da Educação Inclusa, detectar os

princípios dessa Educação, as dificuldades e os desafios que ocorrem nesse

processo de inclusão.

A Educação Inclusiva teve seu despertar em Salamanca, na Espanha, no ano

de 1994, quando ocorreu a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas

Especiais. Essa Conferência surgiu com o intuito de garantir o aceso e a

permanência à todas as crianças sem exceção, com qualidade e igualdade de

direitos, visando o pleno desenvolvimento e o preparo para o exercício da cidadania.

Percebemos que na prática, a realidade da inclusão tem apresentado

enormes dificuldades, como: a falta de informações sobre o desenvolvimento

educacional desses alunos incluídos, o despreparo do sistema escolar, a resistência

da comunidade escolar diante de diversidade.

Em síntese, a pesquisa mostrou que a inclusão é possível, porém, que ainda

resta um grande percurso a ser vencido, principalmente no que concerne à

capacitação profissional, além de uma gama incrível de vivências e relatos

importantes para o sucesso da Escola Inclusiva.

169

O ensino regular poderá "caminhar" lada a lado com a Educação Inclusiva

desde que haja um auxílio no desenvolvimento do aluno tanto em relação à escola

quanto em relação ao professor, fornecendo os subsídio necessários à melhoria da

aprendizagem em sala de aula, é necessário também que a escola conte com um

suporte pedagógico aos professores, aos alunos incluídos e aos pais, mostrando os

caminhos possíveis, respeitando as diferenças e limitações.

34. A FILOSOFIA E OS PRINCIPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO

DE JOVENS E ADULTOS

A educação de adultos torna-se mais que

um direito: é a chave para o século XXI, é

tanto conseqüência do exercício da

cidadania como condição para uma plena

participação na sociedade. Além do mais,

é um poderoso argumento em favor do

desenvolvimento ecológico sustentável,

da democracia, da justiça, da igualdade

entre os sexos, do desenvolvimento

socioeconômico e científico, além de um

requisito fundamental para construção de

um mundo onde a violência cede lugar ao

dialogo e a cultura de paz baseada na

170

justiça. (Declaração de Hamburgo sobre a

EJA)

A educação de jovens e adultos, visando a transformação necessária, com o

objetivo de cumprir de maneira satisfatória sua função de preparar jovens e adultos

para o exercício da cidadania e para o mundo do trabalho, necessita de mudanças

significativas.

Essas mudanças serão norteadas pelos valores apresentados na Conferencia

Internacional de Hamburgo, na Lei 9394/96, no Parecer CEB 11/00, que estabelece

as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos e na

Deliberação 08/00 CEB.

Sendo assim, e de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para a

concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada

para o cidadão, é necessário que o processo de ensino-aprendizagem, na Educação

de Jovens e Adultos seja coerente com:

a os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da

solidariedade e do respeito ao bem comum,

b os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício

da criticidade e do respeito à ordem democrática,

c os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e da

diversidade de manifestações artísticas e culturais,

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais:

I – A Estética da Sensibilidade, que deverá substituir a da repetição e

padronização, estimulando a criatividade, o espírito incentivo, a curiosidade pelo

171

inusitado, e a afetividade, bem como facilitar a constituição de identidades capazes

de suportar a inquietação, conviver com o incerto e o imprevisível, acolher e conviver

com a diversidade, valorizar a qualidade, a delicadeza, a sutileza, as formas lúdicas

e alegóricas de conhecer o mundo e fazer do lazer, da sexualidade e da imaginação

um exercício de liberdade responsável.

II – A política da igualdade, tendo como ponto de partida o reconhecimento

dos direitos humanos e dos deveres e direitos da cidadania, visando a constituição

de identidades que busquem e pratiquem a igualdade no acesso aos bens sociais e

culturais, o respeito ao bem comum, o protagonismo e a responsabilidade no âmbito

público e privado, o combate a todas as formas discriminatórias e o respeito aos

princípios do estado de Direito na forma do sistema federativo e do regime

democrático e republicano,

III – A ética da identidade, buscando superar dicotomias entre o mundo da

moral e o mundo da matéria, o público e o privado, para constituir identidades

sensíveis e igualitárias no testemunho de valores de seu tempo, praticando um

humanismo contemporâneo, pelo reconhecimento, respeito e responsabilidade e da

reciprocidade como orientadoras de seus atos na vida profissional, social, civil e

pessoal.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o

desenvolvimento de competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos

conteúdos que busquem chegar as finalidades da educação de jovens e adultos, a

saber:

I – Desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo, da

autonomia intelectual e do pensamento crítico,

172

II – Constituição de significados socialmente construídos e reconhecidos

como verdadeiro sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e política,

III – Domínio de competências e habilidades necessários ao exercício da

cidadania e do trabalho,

IV – Desenvolvimento da capacidade de relacionar a teoria a pratica e o

desenvolvimento da flexibilidade para novas condições de ocupação ou

aperfeiçoamento posteriores,

V – Uso das várias linguagens como instrumentos de comunicação e como

processos de constituição de conhecimento e de exercício da cidadania.

(Parâmetro Curriculares Nacionais)

Fundamentado no principio pedagógico da interdisciplinaridade, tem-se

presente que a mesma pressupõe que todo conhecimento mantém um dialogo

permanente com outros conhecimentos e que o aluno deverá ter desenvolvida sua

capacidade de perceber essa relação entre os vários conhecimentos, entendendo as

disciplinas como partes das áreas de conhecimento que carregam sempre um certo

grau de arbitrariedade e não esgotam isolamento a realidade dos fatos físicos e

sociais, sendo necessário buscar uma compreensão mais ampla da realidade.

E, na observância da contextualidade a escola terá presente que:

I – Na situação de ensino e aprendizagem, o conhecimento é transposto da

situação em que foi criado, inventado ou produzido, e por causa desta transposição

didática deve ser relacionado com a pratica ou a experiência do aluno a fim de

adquirir significado,

173

II – A relação entre teoria e prática requer a concretização dos conteúdos

curriculares em situações mais próximas e familiares do aluno, nas quais se incluem

as do trabalho e do exercício da cidadania,

III – A aplicação de conhecimento constituídos na escola às situações da vida

cotidiana e da experiência espontânea permite seu entendimento, crítica e revisão.

(Parâmetros Curriculares Nacionais)

Diante do mundo globalizado, que apresenta múltiplos desafios para o

homem, a educação surge como uma utopia necessária indispensável a

humanidade na construção da paz, da liberdade e da justiça social. Deve ser

encarada, conforme o Relatório da Comissão Internacional sobre a Educação para o

século XXI, da UNESCO, “entre outros caminhos e para além deles, como uma via

que conduz a um desenvolvimento mais harmonioso, mais autentico, de modo a

fazer recuar a pobreza, a exclusão social, as incompreensões, as opressões e as

guerras.”

A nova concepção deve fazer com que todos possam descobrir, reanimar e

fortalecer seu potencial criativo. Isto supõe que se ultrapasse a visão puramente

instrumental da educação, considerada como a via obrigatória para obter certos

resultados (saber – fazer, aquisição de capacidades diversas, fins de ordem

econômica) e se passe a considerá-la em toda sua plenitude: como realização da

pessoa que, na sua totalidade, aprende a ser.

Nessa perspectiva, a educação deve organizar-se em torno de quatro

aprendizagens fundamentais: aprender a conhecer adquirindo instrumentos de

compreensão, aprender a fazer para agir sobre o meio envolvente, aprender a

174

viver juntos, para participar e cooperar com os outros em todas a atividades

humanas, aprender a ser para melhor desenvolver a sua personalidade.

(Jaques Delors)

Desta forma,a educação de jovens e adultos deve ser pensada como um

modelo pedagógico próprio, com o objetivo de criar situações de ensino-

aprendizagem adequadas as necessidades educacionais de jovens e adultos,

englobando as três funções: a reparadora, a equalizadora e a permanente, citadas

no Parecer 11/00 da CEB/CNE.

Segundo o Parecer, a função reparadora significa a entrada no circuito dos

direitos civis pela restauração de um direito negado: o direito a uma escola de

qualidade e o reconhecimento de igualdade de todo e qualquer ser humano. A

função equalizadora dará cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos da

sociedade possibilitando-lhes a reentrada no sistema educacional.

Finalmente, a educação de jovens e adultos deve ser vista como uma

promessa de qualificação de vida para todos, propiciando a atualização de

conhecimentos por toda a vida. Isto é a função permanente da educação de jovens e

adultos.

175

35. ENSINO INTEGRADO A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL:

A formação integrada prepara o ser humano para “pensar”, dirigir e executar,

ela supera a redução da preparação para o trabalho no seu aspecto operacional e

simplificada. Busca garantir uma formação completa para a leitura do mundo e

atuação como cidadão.

Atualmente a educação tecnológica está voltada para o mundo do trabalho

com a geração de riquezas, onde os menos favorecidos ficam excluídos tendo que

se dedicar à atividades precárias, ao subemprego e ao desemprego perdendo sua

própria identidade.

Há que se dar ao aluno horizontes e captação do mundo além das rotinas

escolares, dos limites do estabelecido e do normalizado, para que ele se aproprie da

teoria e da prática que tornam o trabalho uma atividade criadora, fundamental ao ser

humano.

Não se faz boa educação e nenhum país oferece aos seus cidadãos bons

serviços sociais sem uma opção clara pela garantia dos investimentos que permitam

a oferta pública e gratuita dos mesmos. Nosso país se ressente do cumprimento das

leis, entre as quais os investimentos mínimos para a educação, pela União e pelos

estados, previstos na Constituição Federal. Ressente-se da distribuição de recursos

para o Ensino Médio publico e gratuito, para a educação de jovens e adultos,

incluindo a Educação Profissional.

Estes são pressupostos que supõem a valorização e a integração das

diversas instâncias responsáveis pela educação no país como um todo e nos

estados. Supõem investimentos intelectuais, morais e financeiros, morais e

176

financeiros , supõem a administração inteligente de todo o processo e o

envolvimento de alunos e professores em um horizonte comum. Deslindar a

realidade do possível na formação integrada supõe o desafio da experimentação, da

avaliação e da pesquisa de acompanhamento dos sucessos e dos limites de cada

experiência.

No Brasil, hoje, há um déficit de pesquisa para conhecer os estragos e as

conquistas deflagradas com a imposição do Decreto n. 2.208/97. A sua revogação e

a aprovação do Decreto n. 5.154/2004 trouxe a abertura e o estimulo à formação

integrada, mas não trouxe a garantia de sua implementação. Seu horizonte está na

sociedade, na adesão ou recusa de escolas, gestoras, professores e alunos (com

suas famílias) de avançar para a ruptura com todas as formas duas que permeiam a

sociedade brasileira. Ms está, também, em uma sinalização clara e efetiva do

Ministério da Educação orientando e apoiando os projetos de formação integrada.

Há a urgência das massas a demandar um novo ordenamento social. A educação é

a instituição visível para todo tipo de transformação que se pretenda. Se ela, como é

sobejamente conhecido, é incapaz de mudar a sociedade desigual em que vivemos,

ela é uma porta relevante para compreensão dos fundamentos da desigualdade e

para a geração de uma nova institucionalidade no país.

177

36. AGENDA 21:

A Escola Estadual de Vila Ajambi, tem plena consciência de sua influência,

nos momentos formais de formação a seus alunos, como também em toda a

comunidade, por isso, a " Agenda 21" deve ser um processo iniciado dentro da

âmbito de atuação direta e indireta da escola, uma vez que um dos seus objetivos é

a identificação de problemas que afetam a qualidade de vida de seus Alunos,

familiares e comunidade em geral, pois o ensino é fundamental para conferir

consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e comportamentos, com o

objetivo de promover um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de

proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica, promovendo o

desenvolvimento sustentável e aumentando a capacidade do povo para abordar

questões de meio ambiente e desenvolvimento

178

37. EDUCAÇÃO INDÍGENA:

O trabalho realizado com alunos provenientes de tribos indígenas deve estar

orientado para a mais rigorosa preservação da tradição oral, dos caracteres sociais,

culturais, econômicos e espirituais de cada étnica indígena, sendo imprescindível

que a escola seja um fator de convergência entre a educação tradicional e a

educação não tradicional, obedecendo a Constituição Federal no parágrafo 2º de

seu artigo 21, onde lê-se que "O ensino fundamental regular será ministrado em

língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de

suas língua maternas e processo próprios de aprendizagem". Garantido assim o

direito das sociedades indígenas, especifica, in, inter-cultural e bilíngüe".

A escola deve sempre levar o aluno a valorizar e conservar sua própria

cultura e manter o uso da sua língua materna nas três modalidades, oral, escrita e

literária, enquanto a língua portuguesa está sendo aprendida e desenvolvida. Assim

o aluno e o ambiente escolar serão enriquecidos cultural e lingüisticamente. O

objetivo é que os alunos desenvolvam sua capacidade cognitiva, visando obter

fluência oral e escrita nas duas línguas, em todas as áreas de aprendizagem, assim

colocando a língua materna em pé de igualdade com língua oficial.

179

38. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA:

De acordo com o Lei Nº 10639/05 deverão ser incluídos conteúdos

relacionados a História e Cultura Afro-brasileira no ensino das disciplinas de Artes,

Português, Geografia e História, preferencialmente.

De acordo com as Leis vigente, que estabelece a obrigatoriedade do ensino

de História e Cultura Afro-brasileira e africanas, que reconhece e implica justiça e

iguais direitos sociais e civis, culturais e econômicas, bem como valorização da

diversidade que distingue os negros dos outros grupos que compõem a população

brasileira.

Trata de fomentar uma política curricular, fundamentada em dimensões

históricos, sociais e antropológicas oriundas da realidade brasileira, na busca ao

combate do racismo e as discriminações que atingem particularmente os negros.

Nesta perspectiva, propõe à divulgação e produção de conhecimentos, a

formação de atitudes, posturas e valore que eduquem cidadãos orgulhosos de seu

pertencimento étnico-racial, descentes de africanos, povos indígenas, descendentes

de europeus, de asiáticos – para interagirem na construção de uma nação

democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos garantidos e sua

identidade valorizada.

É importante salientar que as políticas públicas e as propostas pedagógicas

têm como meta o direito dos negros se reconhecem na cultura nacional, de

expressarem visões de mundo próprias, manifestarem com autonomia, individual e

coletiva seus pensamentos, e que essas políticas, têm como meta o direito dos

negros, bem como todos os cidadãos brasileiros, cursarem cad um dos níveis de

180

ensino em escolar devidamente instalados e equipados, com professores

qualificados para o ensino das diferentes áreas de conhecimentos, com formação

para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e discriminações,

sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações dos diferentes grupos

étnicos – raciais.

Cabe ao Estado promover e incentivar políticas de reparações, no que

cumpre ao disposto na Constituição federal, Art. 205, que assinala o dever do estado

de garantir indistintamente, por meio da Educação, iguais direitos para o pleno

desenvolvimento de cada um, enquanto pessoa, cidadão ou profissional.

Políticas de reparações voltadas para a educação dos negros deve oferecer

garantia a essa população de ingresso e permanência e sucesso na educação

escolar, de valorização do patrimônio histórico – cultural afro-brasileiro, de aquisição

das competências, e dos conhecimentos tidos como indispensáveis para a

continuidade nos estudos, de condições para alcançar todos os requisitos para a

conclusão de cada etapa, ou níveis de ensino e para atuar como cidadãos

responsáveis e participantes e desempenhar com qualificação uma profissão.

Para que haja democratização e qualidade no ensino étnico – racial, requer

mudanças nos discursos, raciocínios lógicos, gestos, posturas, modos de tratar as

pessoas negras. Requer que se reconheça a sua história e cultura apresentadas,

explicadas, buscando especificamente desconstruir o mito da democracia racial na

sociedade brasileira; mitos este que defende a crença de que:

"Se os negros não atingem os mesmo patamares que os não negros é por falta de

competência ou de interesse deles mesmo."

181

Desconsidera que a desigualdades seculares que a estrutura social

hierárquica cria com prejuízos para os negros .

38.1 Situação do Problema:

a) A adoção de políticas educacionais e de estratégias pedagógicas de

valorização da diversidade, para superar as desigualdades étnicas

– racial presente na educação brasileira em todos os níveis.

b) Exige-se que se questionem relações étnica – raciais baseadas em

preconceitos que desqualificam os negros e salientam estereótipos

depreciativos, palavras e atitudes que, velada ou explicitamente

violenta, expressam sentidos de superioridade em relação aos

negros, próprios de uma sociedade hierárquica e desigual.

c) É valorizar, divulgar e respeitar os processo histórico de resistência

negra desencadeada pelos africanos escravizados no Brasil e por

seus descendentes na contemporaneidade, desde as formas

individuais até as coletivas.

d) Exige a valorização e respeito as pessoa negras, à sua descendência

africana, sua cultura e sua história.

46.Intervenções Pedagógicas:

Inserir no âmago do projeto político pedagógico escolar o estudo da história e

cultura afro-brasileiro e africano, requer medidas políticas públicas de reparação,

não no contexto social e econômico, mas apoio pedagógico e material didático que

182

tenha qualidade, que proporcione ao professor fonte de pesquisa acessível e que

garanta o acesso e a permanência do grupo na Escola.

Não só a permanência dos afro - descendentes, mas de todos os excluídos,

que vivem à margem da sociedade.

Ex: moradores de favelas.

Esta inclusão tem o objetivo de conhecer e aprofundar estudos relacionados à

África e a Migração forçada que seus antepassados sofreram no período colonial da

História brasileira ocasionando a escravidão.

Bem como divulgar e valorizar a identidade negra, trabalhando diversidade

racial.

Essa tarefa compete a todo conjunto de professores e funcionários da escola

deverão adotar medidas nesse sentido. Para isso cabe a equipe conhecer e

aprofundar o tema.

No entanto, antes de qualquer coisa é necessários identificarmos e lidarmos

com os estigmas, preconceitos e desigualdade existentes na comunidade e na

escola.

Podem ser realizadas algumas das atividades abaixo:

ð Leitura e interpretação de textos, poesias, músicas.

ð Promover feiras, exposições;

ð Realizar trabalhos de pesquisas com artistas, pesquisadores ... negros;

ð Aprofundar sobre ritmos, arte africanas;

ð Conhecer e estudar o continente africano;

ð Debater o Apartheid;

183

ð Trabalhar os alunos no sentido de identificarem e não fazerem piadas

preconceituosa;

ð Identificar palavras e expressões preconceituosa em nosso dia - a - dia;

ð Rever a postura em sala de aula e da escola com relação aos estudantes;

ð Incluir, como prevê a lei o dia 20 de novembro no Calendário Escolar

184

39. EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

O trabalho educativo com o tema "Meio Ambiente", tem como função básica

contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir a atuar na

(sociedade) realidade sócio - ambiental de modo comprometido com a vida, com o

bem estar de cada um e da sociedade, local e global.

O principal desafio educacional em nossa Escola é contribuir para formação

de valores e atitudes que estabelecem uma co - relação: homem, natureza de modo

que os educandos perceba a importância de suas ações na construção de um

ambiente favorável. Isso refletirá positivamente sobre a sua própria vida, afetando

diretamente sua comunidade, seu país e seu Planeta.

Portanto para desenvolver esta postura positiva e crítica em nosso

educandos o tema Educação Ambiental será trabalhado nas diversas áreas de

conhecimentos associados aos conteúdos específicos de cada disciplina,

possibilitando o sujeito a:

ð Entender a realidade, situar-se no mundo e dele participar de forma ativa.

ð Construir conhecimentos e habilidade mínimas necessárias para que os

indivíduos se sintam alfabetizados ambientalmente, facilitando um leitura crítica

do mundo, bem como entender as necessidade das utilizações, preservações e

cuidados com os recursos naturais, garantindo assim a sobrevivência das

espécies.

185

40. ENSINO RELIGIOSO:

40.1. Fundamentação:

A função básica da escola é a construção do conhecimento historicamente

produzido e acumulado pela humanidade.

A escola deve instrumentalizar o educando favorecendo-lhe sua função

integral. O aluno como sujeito do processo contínuo de educação, sem direito de

acesso a universalidade da educação, a corrupção de formação em seus diferentes

aspectos: estáticos, éticos, cognitivo, afetivo, cultural, biológico, social e religioso,

ou seja a completude e significância como pressupões a LDBEN 9394/96, art. 32

sobre os princípios para o Ensino Fundamental.

Estudar as manifestações culturais e religiosas no nosso contexto social e no

mundo, possibilita a compreensão do que é cultura, o que é fenômeno religioso, a

importância e influência da Religião no cotidiano das pessoas, como-se

estabelecem as relações na convivência dom diferentes grupos religiosos.

A escola tem como função "ajudar o educando a ser libertar de estruturas

opressoras que o impedem de progredir e avançar. Através da reflexão, educador e

educando romperam com as prisões que prendem à segurança ilusória ofendido por

objetos, situações e autoridade não legitimas.

Os objetivos devem ser definidos com clareza observando as inovações do

Ensino Religioso para que se atinjam os seu fins.

"O Ensino Religioso, valorizando o pluralismo e a diversidade cultural presentes na

sociedade brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem a

186

transcendência na superação da finitude humana e que determinam,

subjacentemente , o processo histórico da humanidade. Por isso necessita:

ð Proporcionar o conhecimento das elementos básicos que compõem o fenômeno

religiosos, a partir das experiências religiosos percebidas no contexto do

educando;

ð Subsidiar o educando na formulação do questionamento existencial, em

profundidade, para dar sus respostas devidamente informado;

ð Analisar o papel das tradições religiosos na estruturação e manutenção das

diferentes culturas e manifestações socioculturais.

ð Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das

tradições religiosos;

ð Refletir o sentido da atitude moral como conseqüência do fenômeno religioso e

expressão da consciência e da resposta e comunitária do ser humano;

ð Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção da

estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.

187

41. EDUCAÇÃO NO CAMPO:

Ao elaborar um projeto de trabalho, deve-se explicitar o quê para quê? E qual

o campo de abrangência.

A educação no campo, deve priorizar um conhecimento cientifico e

tecnológico que proporcione ao aluno condições para que ele perceba sua inserção

num contexto mais amplo.

É relevante pensar o local de convívio e interação do aluno e a valorização do

trabalho e da cultura desse educando.

Considerar o espaço do campo como um espaço de vida, onde o educando

atua, produz conhecimento, cultura, as suas necessidade humanas e sociais.

Trabalhar para a superação do conceito e visão do rural como um lugar atrasado e

que não há necessidade de uma educação especifica que valoriza seu

conhecimento. Este universo é composto por diferentes etnias, cada qual com sua

cultura e conhecimento específico.

Trabalhar os conteúdos significativos inseridos nas diferentes disciplinas da

Base Nacional Comum, instrumentando os alunos a compreender o mundo em que

vivem e relacionar os sabores dos povos do campo, garantir assim que a realidade

do campo, com todas sua diversidade seja organizada na escola.

É necessário romper com o estigma que campo é sinônimo de atraso e de

sub - cultura.

È relevante a reflexão do espaço escolar amplo e romper com barreiras pré -

concebidas ao longo da história.

188

Levar em consideração que o tempo dos povos do campo difere do tempo,

das sociedade urbanas. Que o tempo desse povo rígido pelo trabalho desenvolvidos

menos área econômica produtivas.

Ao se propor alternativas, deve-se respeitar a viabilidade de ser colocados em

prática em cada realidade.

Como que um aluno do campo vai sentir que a Escola é importante, se "ele"

não é respeitado no seu tempo de estudo e trabalho.

Cada conteúdo trabalhado deve resgatar e respeitar o saber de cada

"sociedade".

Como manter um aluno em sala, se o que transmitimos a eles, está longe de

sua realidade. Mostrar que outras visões do mundo é mais importante, que a sua

visão.

"É como tentar tirar leite de pedra".

189

42. PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA:

O ensino da Língua Portuguesa precisa estar comprometido, tanto na

oralidade quanto na escrita, a prática deve estar relacionada a situações reais de

comunicação.

Proporcionar situações de leitura em que os alunos, de forma compartilhada,

apontem e reflitam sobre os significados e sentidos do texto. Assim buscamos

desenvolver em nossos educandos, as capacidades de: observação, reflexão,

criação, descriminação de valores, julgamento, comunicação, convívio, cooperação,

decisão e ação, valorizar as habilidades de ouvir, falar, ler, interpretar, escrever,

criticar e apresentar soluções.

Respeitar as diferenças regionais e culturais de cada aluno levando-o ao

conhecimento da norma culta, sem discriminá-la . Promover progressivamente a

interpretar diferentes tipos de textos e situações cotidianas, tornando-o um cidadão

participativo e produtivo.

Os tema sociais contemporâneos, são trabalhados de forma: oral, escrita,

debates, cartazes, música, filme e peças teatrais representando concepções e

valores sócio-culturais, como meio de intervenção social.

Dentro dos temas sociais contemporâneos, procuramos desenvolver a

compreensão do outro, fortalecendo a amizade, respeito, hábito saudáveis de vida.

Aprender a viver e conviver com os problemas sociais da comunidade sem causar

conflitos, respeitando os valores, buscar a paz e a socialização com o meio.

190

Incuti-lhe valores de respeito ao próximo, a si mesmo,ao meio ambiente com

ações capazes de transformar a forma de pensar e agir no meio em que vive.

A avaliação é feita por meio de instrumentos variados de forma que

aponte caminhos, valorizando o conhecimento do aluno.

43.PRINCIPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA:

A Humanidade em seu processo de transformação, foi produzindo os

conceitos, leis e aplicações matemáticas que compõem a matemática como ciência

universal, um bem cultural da humanidade. Sendo organizada por meio de signos, a

matemática torna-se uma linguagem e instrumento importante para resolução e

compreensão dos problemas dos problemas e necessidades sociais dentro de cada

contexto.

Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão

e intervenção para a transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na

política, na economia, nas relações sociais e culturais.

Através do conhecimento matemático, o homem quantifica, mede e organiza

informações. Assim sendo, é impossível não reconhecer o valor educativo desta

ciência como indispensável para resolução e compreensão de diversas situações do

cotidiano (e para além dele), desde uma simples compra de supermercado até o

mais complexo projeto de desenvolvimento econômico.

A educação matemática entendida desse modo terá como meta a

incorporação do conhecimento matemático, objetivando que o aluno seja capaz de

superar o senso comum. Assim a alfabetização matemática, como processo

191

educativo, tem como função desenvolver a consciência crítica, provocando

alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a

compreensão das relações sociais.

Há necessidade de que o professor se preocupe em discutir e trabalhar

com seus alunos o valor cientifico da matemática, fazendo a relação entre a teoria

(abstrata, plena de conceitos e definições e a prática (concreta, plena de atividades

explicativas do cotidiano). Para isso, cabe ao professor buscar diferentes

metodologias para embasar o seu fazer pedagógico, desenvolvendo nos seus

alunos conceitos fundamentais e conhecimentos matemáticos que lhes

proporcionem uma melhor compreensão da sua realidade e da realidade do outro.

44. PRINCIPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCPLINA DE HISTÓRIA:

A História é um conhecimento construído em constante construção, por

isso a produção da história não resulta do desenvolvimento de um método que

esgote o que há para saber sobre os objetos no passado, mas sim de sucessivas

perguntas que as gerações fazem, tornando o saber passível de novas

interpretações.

A história é expressão de um conhecimento vital, cotidiano e inerente a

todos, pelo qual as pessoas se orientam no tempo, desde a mais complexas,

refletindo sobre si mesmas, seus grupos e outras sociedades. O conhecimento de

História é feito através da síntese dos saberes científicos com os saberes

cotidianos, oriundos da experiência pessoal, familiar, religiosa, da participação em

entidades da sociedade civil.

192

A História destaca os compromissos e as atitudes de indivíduos , de grupos

e de povos na construção e na re – construção das sociedades, propondo estudos

das questões locais, regionais, nacionais e mundiais, das diferentes mudanças e

permanências no modo de viver , de pensar, de fazer e das heranças legadas por

gerações.

44.1. Metodologia:

Na metodologia a preocupação geral é a integração do aluno com o meio em

que ele vive.

Para uso na sua aprendizagem ele precisa de várias relações diferentes

através de suas experiências próprias e as novas e presentes que está vivendo para

a sua transformação que será constante e sua integração perante a sociedade em

que vive.

O meio em que ele precisa para essa ampliação será a sala de aula e sua

própria experiência, além é claro da escola e todos os seus integrantes, pois é dela

que ele irá fazer a integração e percepção do mundo, transformando, no seu interior

através do conhecimento recebido e de acordo com sua própria maturidade. As

fontes e imagens utilizadas como recursos didáticos em sala de aula deverão estar

inseridos de acordo com a realidade de cada aluno, preocupando-se com o espaço

em que vive.

Deverá ser importante:

193

λ Preocupar-se com o desenvolvimento intelectual baseado no respeito

e no saber compartilhar as coisas, para a ampliação do

conhecimento e aplicação na vida e no trabalho futuro.

λ Organizar a construção do seu potencial e capacidade de participação

na construção da sociedade em que ele vive.

λ Elaborar atividades variadas para que haja a participação crítica

através das oportunidades que virão a seguir, mostrando que ele é

um agente transformador e integrante, que o seu papel na

sociedade é importante, estimulando assim suas vontades,

desejos e críticas no meio em que vive, valorizando e aumentando

sua auto-estima.

λ Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes

bibliográficas, organização das informações coletadas, como obter

informações de documentos para ampliação e uso do

conhecimento.

λ Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas idéias, opiniões,

dúvidas ou hipóteses sobre o tema em questão na sala,

valorizando assim seus conhecimentos adquiridos antes e depois

dos temas trabalhados.

λ Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação (livros,

jornais, revistas, fotografias, etc.) e confrontar os dados para a

ampliação de uma análise.

Para isso é importante que o professor explique sua proposta de trabalho

para os alunos e retome algumas vezes para que eles possam decidir novos

194

procedimentos no decorrer das atividades. As propostas feitas em sala de aula

também deve respeitar a faixa etária do aluno, respeitando o limite de

intelectualidade de cada um e tem que estar de acordo com a sua realidade, não

esquecendo das disponibilidades de materiais que a escola pode oferecer, do

professor e do próprio aluno.

45. PRINCIPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCPLINA DE GEOGRAFIA:

A Geografia procura garantir, como objeto de estudo, a análise da forma

pela qual o homem se apropria , produz e organiza seu espaço. A concepção de

espaço geográfico não pode existir dissociada da existência humana. O homem, a

partir de suas necessidades, situado historicamente, ocupa o espaço da forma que

lhe parece apropriada, organizando-se e tornando-a produtiva, essas apropriação

do espaço pelo homem se concretiza através do trabalho.

A Geografia necessária não pode ser vista como estudo de um espaço

estática, de formas imutáveis, isento da ação do homem. Ao contrário, ela deve

oferecer subsídios que instrumentalizem o individuo para fazer uma leitura da

realidade, decodificar suas nuanças e situar-se, enquanto agente transformador de

um espaço em movimento.

O mundo contemporânea impõe desafios a seus habitantes, a velocidade

em que circula a informação, o complexo jogo político entre as nações, a dinâmica

que re - arranja as fronteiras entre os países, o crescimento das cidades e a

qualidade da vida urbana, as transformações da vida no campo, as questões

ambientais. A Geografia fornece instrumentos ao aluno para a leitura da diversidade

195

do mundo, contribui para a formação do cidadão crítico e ativo, e a formação como

desenvolvimento de formas e estratégias de pensamento desse sujeito crítico.

Segundo Rubem Alves, “ é evidente que nem as redes dos pescadores,

nem as redes dos cientistas caem dos céus. Ela tem de ser construídas. O

pescador faz suas redes com fios. O cientista faz suas redes com palavras, as

teorias”.

Podemos acrescentar a essa analogia o nosso papel de professores de

Geografia, onde ensinamos os alunos, a olhar para e através dessas redes. Redes

tecidas pela ciência, pela arte, mas também pelas mãos dos pescadores. Os alunos

aprendem a tecer suas próprias redes e a lançá-las ao mar, enquanto desenvolvem

a consciência de si mesmos e dos desafios que a natureza e a humanidade lhes

outorgam.

45.1 Metodologia:

A concepção de aprendizagem e opção de ensino deverão estar voltadas à

formação plena do educando.

Fazer uma relação de conteúdos não garante a formação plena do aluno.

Porque cada aluno é único, com suas experiências vividas, sendo assim, cada um

interagirá de forma diferente. “A diversidade é inerente à natureza humana”.

Sendo a sala de aula um universo complexo, muitos são os fatores que

estão interagindo em seu interior, na afetividade entre os alunos, deles com a escola

e com o professor, o nível de maturidade e individualidade de cada um dos alunos e

com os conhecimentos prévios que cada um carrega, levar em consideração o

196

espaço físico, os materiais e recursos didáticos na sala de aula e saber utilizar os

acontecimentos no cotidiano dos educandos.

É importante:

a Desenvolver um clima de aceitação e respeito mútuo, onde o erro seja um

desafio para o aprimoramento do conhecimento e construção de

personalidade e que todos se sintam seguros e confiantes para pedir

ajuda.

b Que a organização de aula estimule a ação individualizada do aluno para que

possa desenvolver sua potencialidade criadora, e que esteja aberto a

compartilhar com o outro suas experiências vividas na escola e fora dela.

c Oferecer oportunidades, por meio de tarefas organizadas para a aula, em que

vários possam ser os pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento

autônomo, fortalecendo sua auto-estima, atribuindo significados ao produto

do seu trabalho intelectual.

Para que haja aprendizagem, é importante estar atento a adequação da

quantidade de informações selecionadas, sua programação e a disponibilidade de

tempo.

O professor deve assumir a atitude de sugerir caminhos para o educando no

processo de aprendizagem dos conteúdos ministrados, mas deve-se ter clareza dos

limites de sua intervenção para não anular a criatividade dos alunos, deve-se

interagir, proporcionando desafios perante os conteúdos apresentados, sempre

respeitando a individualidade do educando, respeitando-o em sua amplitude.

“A mudança do milênio, tem que levar as pessoas para a oração”.

“Deus não deixa uma obra incompleta”.

197

46. PRINCIPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS:

O ensino de Ciências tem como desafio oportunizar a todos os alunos, por

meio de conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos,

fenômenos relacionados a vida, a diversidade cultural, social e da produção

cientifica. Com isso a disciplina de ciências favorecerá a compreensão da inter

relações e transformações manifestadas no meio, bem como , instigará reflexos e a

buscar soluções a respeito das tensões contemporâneas.

A disciplina de ciências exprimem a sua especificidade, caracterizando assim

as ações relacionadas aos conteúdos e estratégias próprias da área, que configuram

o processo de ensino e de aprendizagem.

Sendo a ciência fruto da construção humana tratando-se do avanço quando

coloca o aprender e o ensinar como processo inacabável para que os seres

humanos, processo no qual a ação de resolver problemas tem um papel

fundamental. Isto implica ver o aluno como sujeito de sua aprendizagem , capaz de

produzir idéias , pensamentos , cuja aparte de sua operacionalidade se dá a

partir do contexto sócio-cultural. Apreender portanto, não é meramente repetir o que

os outros, mas sim, referendar o que já foi feito, criar nos novos pensamentos

avançar.

Estas conceituações desafiam os profissionais da escola a trabalharem com

os aspectos relativos ao desenvolvimento biológico do aluno, à dimensão social e

cultural do conhecimento e sua capacidade de gerar autonomia, e assim facilitar as

aprendizagens previstas para a escolaridade, dando ao educando condições para

198

que construa idéias contemporâneas, alicerçando-se no saber já acumulado pela

humanidade.

Temas sociais Contemporâneos:

λ Saúde;

λ Sexualidade;

λ A Vida familiar e social;

λ O Meio Ambiente;

λ O Trabalho;

λ A Ciência e a tecnologia;

λ A Cultura;

λ As Linguagens.

46.Metodologia:

Trabalhamos os conteúdos do ensino de ciências levando em conta o

progresso reativo que essa proposta representa.

Especialmente a partir dos anos 80, o ensino de ciências naturais se

aproxima das ciências humanas e sociais, reforçando a percepção da ciência como

construção humana e não como “verdade natural”.

Desde então, também o processo de construção do conhecimento científico

pelo estudante passou a ser a tônica da discussão do aprendizado, especialmente a

partir de pesquisas, realizadas desde a década anterior, que comprovaram que os

estudantes possuíam idéias sobre os fenômenos naturais e tecnológicos.

199

A partir desta idéia de pesquisa, formulamos a ciência como metodologia de

pesquisa científica. Essas idéias são independentes do ensino formal da escola, pois

são construídos ativamente pelos estudantes em seu meio social.

A história da ciência tem sido útil nessa proposta de ensino, pois o

conhecimento das teorias do passado pode ajudar a compreender as concepções

dos estudantes do presente, além de também construir conteúdo relevante do

aprendizado.

46.2. Tópicos a serem associados na disciplina de ciências naturais de 5ª a 8ª

séries:

46.2.2. Temas transversais

• Terra e Universo;

• Vida e Meio Ambiente;

• Ser Humano e Saúde;

• Tecnologia, sociedade, cidadania e ética;

• Trabalho de Campo;

• Experimentação;

• Informática e Ciências.

200

47. PRINCIPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCPLINA DE EDUCAÇÃO

FÍSICA

A Educação Física, como disciplina introduz e integra o aluno na

cultura corporal do movimento, formando o cidadão que vai produzi-la reproduzi-la e

transformá-la, instrumentando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças,

ginásticas em benefícios do exercício crítico da cidadania e da melhoria de

qualidade de vida.

A redescoberta do valor dos exercícios, a importância da prática da

Educação Física, e de sua história e das atividades, por benefícios que podem trazer

a saúde e ao mesmo tempo proporcionar um momento de descontração e

integração dos alunos. O corpo como construção histórico – social, o corpo saudável

e doente, a sexualidade, o corpo como sujeito e vítima da violência, o corpo

diferente, gênero, etnias, classes sociais, religiões, etc.

O conhecimento do corpo, o auto conhecimento corporal, relaxamento

e descontração, a movimentação do corpo. A origem dos diferentes esportes e sua

mudança na história. A construção coletiva de jogos e brincadeiras, por que

brincamos, diferentes brinquedos e brincadeiras. As danças e o teatro como

possibilidade de manifestações corporais.

A Educação Física escolar, dará oportunidade a todos os alunos para

que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva,

visando seu aprimoramento como seres humanos. Estamos numa constante busca

da alegria, diversão, brincadeiras, prazer, sociabilidade, comunicação, descontração,

equilíbrio, recreação e saúde.

201

Com atividades variadas, com grupamentos independentes de idade,

sexo, rendimento, estando assim livres de preocupações, podendo assim realizar

interações sociais, comunicações, solidariedade, companheirismo, cooperação

como abertura de vida, elevando a qualidade de vida.

λ A Saúde;

λ A Sexualidade;

λ A Vida Familiar e Social;

λ O Meio Ambiente;

λ O Trabalho;

λ A Ciência e a Tecnologia;

λ A Cultura;

λ As Linguagens.

47.1. Justificativa:

Justifica-se pela importância da prática da educação física, de sua história, e

das atividades, dos benefícios que podem trazer a saúde e ao mesmo tempo

proporcionar um momento de descontração e integração dos alunos.

Proporcionar aos alunos formação cultural e esportiva vivenciando

atividades que proporcionem á partir de suas de suas próprias experiências, novas

formas de movimento, desenvolver o indivíduo em seu todo, emocionalmente,

fisicamente, corpo e mente.

A educação Física visa o desenvolvimento geral do indivíduo, não fazendo

movimentos repetitivos, ou formando atletas, mas fazendo com prazer.

202

O indivíduo será capaz de ter domínio e consciências corporal, e a partir daí

contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem, vivendo

através das atividades propostas momentos que lhe dêem condições de criar novos

caminhos a partir das experiências vivenciadas, assim podendo atingir níveis mais

elevados em seu conhecimento.

O estudo do corpo em movimento na Educação Física, objetivo atingir a

consciências e domínio corporal, trabalhada através dos pressupostos do

movimento expressos através da ginástica, dança, jogos, esportes.

47.2. Metodologia da Educação Física:

O ensino da Educação Física tem por objetivo conduzir os alunos a

desenvolver s capacidades de:

a) desenvolver através de caminhadas ecológicas; o reconhecimento e

construção da necessidade de locais adequados para promover

atividades corporais de lazer como necessidade e direito de todo o

cidadão para uma melhor qualidade de vida.

b) oferecer ao indivíduo, em seu todo, emocionalmente, fisicamente, corpo e

mente, através das atividades físicas, recreativas, desportivas,

corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e

melhoria da saúde coletiva da sua comunidade, adotando através disso

hábitos saudáveis de higiene e alimentação;

c) desenvolver e solucionar problemas de ordem corporal em diferentes

contextos, regulando, e dosando o esforço em um nível compatível com

203

as possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o

desenvolvimento das competências corporais decorrem de

perseverança e regularidade e que devem ocorrer de modo saudável e

equilibrado.

d) desenvolver atividades corporais, usando o equilíbrio e construção com

outros colegas para reconhecer e respeitar característica físicas,

desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminação por

característica físicas, social ou sexuais, adotando atitude de respeito mútuo,

dignidade e solidariedade.

204

48. PRINCIPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCPLINA DE ARTES:

Segundo a versão preliminar das Diretrizes Curriculares da Educação

Fundamental do estado do Paraná, o “objetivo da Educação Artística no Ensino

Fundamental é instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que o

permitam utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas

manifestações culturais”. Dessa forma o ensino em artes deverá oportunizar ao

aluno a análise , a interpretação das diferentes manifestações culturais

historicamente construídas pelo homem, revelando, assim , a infinidade de modos

do mesmo ver e representar seus sentimentos acerta do meio que o cerca, sem

julgamento de valores, favorecendo a democratização da produção cultural

Assim , o valor educativo da Educação Artística da Educação Artística

no Ensino Fundamental se destaca, na medida em que se reconhece este

componente curricular como imprescindível na formação do individuo e para o

exercício de sua cidadania. Em sua especificidade , o objeto de estudo de

Educação Artística é o reconhecimento estético.

48.1. Encaminhamentos Metodológicos:

A arte é uma criação humana com valores estéticos, que sintetizam as

emoções, os sentimentos da cultura da humanidade apresentada nas mais variadas

formas como: artes plásticas, músicas, cinema, teatro, dança, etc e pode ser vista ou

205

percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas

(audiovisuais).

A arte encarada de modo profundo, intricada à própria história do homem e

intrínseca a este, pode servir como espelho da humanidade, ajudando a explicar e

descrever sua história. Além de implicações políticas, religiosas e cientificas

inerentes à arte, sua prática ainda pode ser associada à busca de equilíbrio e saúde

emocional.

Portanto é inesgotável o aprendizado da arte, há sempre novas coisas a

descobrir, pois é através da educação artística que o aluno desenvolve sua

sensibilidade, mostrando através dela, seus anseios, seu pensar e suas crenças.

O professor da disciplina de Educação Artística, deve explorar ao máximo o

potencial do aluo, valorizando e percebendo que o aluno através desta disciplina

expõe toda sua essência, suas emoções e acima de tudo sua visão sobre o mundo

que o rodeia.

48.2. Avaliação:

O professor precisa considerar o histórico de cada aluno e sua relação com

as atividades desenvolvidas na escola, observando a qualidade dos trabalhos em

seus diversos registros (sonoros, textuais ou audiovisuais).

Perante os resultados obtidos, ele pode planejar algumas formas criativas de

avaliação uma roda de leitura de textos dos alunos ou a avaliação de pastas de

trabalho, audição musical, produção de vídeos, dramatização ou trabalhos tendo por

206

fonte jornais e revistas e podem favorecer a compreensão dos conteúdos envolvidos

na aprendizagem.

Será interessante que os alunos também participem da avaliação de cada

colega, inclusive manifestando seus pontos de vista, o que contribuíra para ampliar o

processo de aprendizagem de cada um.

207

49. PRINCIPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCPLINA LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA INGLESA:

Esse projeto visa informar e esclarecer aos alunos a respeito de temas

atuais, polêmicos e do interesse de cada um, despertando-lhes a curiosidade e o

interesse pela pesquisa e a leitura.

• Diversidade cultural: Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio

sociocultural brasileiro bem como os aspectos socioculturais de outros povos

e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em

diferenças culturais de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras

características individuais e sociais.

• Meio ambiente: Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do

ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles,

contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.

• Auto-estima: Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento

de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, de inter-

relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca

de conhecimento e no exercício da cidadania.

• Saúde: Conhecer a próprio corpo e dele saber cuidar, valorizando-o e adotando

hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida,

agindo com responsabilidade em relação à própria saúde e a saúde coletiva.

• Linguagem: Utilizar diferentes linguagens – verbal, musical, matemática, gráfica,

artes plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar

suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos

208

públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de

comunicação.

• Tecnologia: Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos

tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

• Dia-a-dia: Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvê-

los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a

capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua

adequação.

49.1. Metodologia:

A maioria de nossos alunos tem pouco contato ou nenhum acesso aos

meios de comunicação e informações, tais como: noticiários, revistas, jornais,

Internet, etc. em Língua Inglesa e carecem do hábito de leitura, pesquisa e de

conhecimento ou curiosidade quanto aos fatos mundiais, modos de vida de outros

povos e suas culturas, etc. Tais hábitos e conhecimentos são proveitosos ao

desenvolvimento pessoal e profissional, pois auxiliam na compreensão de

fatos, na capacidade de análise e busca de soluções criativas. Nesse confronto de

interesses e opiniões é que deverão ser lembrados e discutidos os temas

transversais. Lembrando sempre que as aulas de LI, são apenas 02 semanais de 50

min. Em cada turma.

209

50. PRINCIPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA DISCIPLINA DE ENSINO

RELIGIOSO:

Nosso compromisso com a Educação busca assegurar o

desenvolvimento global da personalidade do educando tratando com igual lisura dos

aspectos instrucionais (conhecimento) técnico (habilidade) e axiológicos (valores).

Na inter-relação desses aspectos, a própria natureza da Educação

Religiosa (religar-se) favorece o desabrochar da consciência do ser humano, não só

crítica mas também mística. Que o anseio pela justiça e fraternidade sociais sejam

decorrentes da justiça e fraternidade cultivadas e expressas em gestos e palavras,

no cotidiano de cada cidadão e que, dentro de uma ótica planetária, esta seja a

condição única e urgente para nossa própria sobrevivência.

Nesse contexto, o Ensino Religioso permeia a busca de valores

essenciais na contribuição de uma sociedade em transformação e na busca

constante da compreensão e assimilação desse momento histórico que a

humanidade está vivenciando.

A função básica da escola é a construção do conhecimento

historicamente produzido e acumulado pela humanidade.

A escola deve instrumentalizar o educando favorecendo-lhe o

desenvolvimento integral, ou seja, contemplando todos os aspectos da pessoa:

físico, mental, emocional, intuitivo, espiritual, racional e social. Assim, a escola deve

possibilitar condições para aprendizagens múltiplas.

"Conhecer significa captar e expressar as dimensões da

210

comunidade de forma cada vez mais ampla e integral. Assim

entendendo a educação escolar como um processo de

desenvolvimento global da consciência e da comunicação

entre educador e educando, à escola compete integrar dentro

de uma visão de totalidade, os vários níveis de conhecimento:

o sensorial, o intuitivo, o afetivo, o racional e o religioso"

(PCNs - Ensino Religioso, p. 29).

A escola é um espaço privilegiado de construção de conhecimentos,

expansão da criatividade, desenvolvimento da humanização, vivência de valores

universais, promoção do diálogo inter-religioso, valorização da vida e educação

para a paz. Sendo assim, não pode ignorar a importância da disciplina Ensino

Religioso como "parte integrante da formação básica do cidadão". (LDB - art. 33).

Através de uma metodologia que atenda todos os aspectos ou

dimensões do educando, o Ensino Religioso tem em vista o compromisso com a

transformação social e histórica diante da vida e do Transcendente. E dessa forma,

contribui para estabelecer novas relações do ser humano com os outros, com a

natureza e com o Transcendente. Através da observação, reflexão e informação

sobre o fenômeno religioso presente no contexto social do educando e no mundo, o

Ensino Religioso possibilita o diálogo e respeito na convivência com as diferenças.

O Ensino Religioso com a disciplina requer um tratamento didático -

pedagógico adequado, de acordo com as exigências de todo o ensino escolar.

211

50.1. Justificativa:

Cada disciplina possui seu próprio objeto de estudo. A Matemática

tem como objeto de estudo a mensuração; a História estuda as conquistas e

realizações humanas no decorrer dos tempos; a Geografia se ocupa com o espaço

natural e espaço organizado pelo homem e assim por diante. O Ensino Religioso

tem como objeto de estudo o fenômeno religioso, que compreende um conjunto de

fatos, acontecimentos, manifestações e expressões tanto de ordem material como

espiritual, e que envolvem o ser humano na sua busca e relação com o

Transcendente. Essa busca e relação pode ter caráter individual e comunitário.

O fenômeno acontece no universo de uma cultura, é influenciado por

ela e, por sua vez, também influencia a cultura. Tal fenômeno é inerente ao ser

humano e tem como pressuposto a Transcendência, a qual está na raiz de toda a

produção cultural.

50.2. Eixos organizadores do conteúdo:

Culturas e Tradições Religiosas

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Religioso, o eixo Culturas e Tradições Religiosas.

"é o estudo do fenômeno religioso à luz da razão

humana, analisando questões como: função e valores da

Tradição Religiosa, relação entre a Tradição Religiosa e

ética, teodicéia*, Tradição Religiosa natural e revelada,

212

existência e destino do ser humano. Esse estudo reúne o

conjunto de conhecimento ligados ao fenômeno religioso,

em um número reduzido de princípios que lhe servem de

fundamento e lhe delimita o âmbito da compreensão. "

(PCNs - Ensino Religioso, p. 33).

O estudo das Culturas e Tradições Religiosas tem o intuito de

analisar a raiz das manifestações religiosas, buscando compreender o modo de ser,

pensar e agir das pessoas, pois, as determinações religiosas permeiam o

inconsciente pessoal e coletivo.

Estudar as manifestações culturais e religiosas no nosso contexto

social e no mundo, possibilita a compreensão do que é cultura, o que é fenômeno

religioso, a importância e influência da Religião no cotidiano das pessoas, como se

estabelecem às relações na convivência com diferentes grupos religiosos. A escola

tem como função "ajudar o educando a se libertar de estruturas opressoras que o

impedem de progredir e avançar. Através da reflexão, educador e educando

rompem com as prisões que prendem à segurança ilusória oferecida por objetos,

situações e autoridades não legítimas. "

(PCNs - Ensino Religioso, p. 27).

A Religião é a forma concreta, visível e social de relacionamento

pessoal e comunitário da pessoa com o Transcendente.

A função primordial da Religião é educar o ser humano para a vida e

conduzi-lo Deus, para que ele possas compreender o sentido da vida e vivê-la em

plenitude.

213

As tradições Religiosas fazem parte das maiores realizações

humanas. São sistemas organizados para preservar o conhecimento herdado ou

adquiridos e passá-lo de uma geração a outra.

As tradições Religiosas são o contexto e a mola propulsora das

descobertas da mente sobre a natureza e o destino dos seres humanos. São fontes

inspiradoras da arquitetura, da música, da dança, do teatro, da pintura, da poesia,

entre outras.

O ser humano é essencialmente religioso, tem necessidade do

sagrado e busca de uma ou de outro maneira o sentido mais profundo de sua

existência, sendo assim, as Tradições Religiosas nunca vão desaparecer.

Conforme se constata ao longo dos séculos, há pessoas e grupos

que morrem e matam por sua Religião. Por esse motivo, as Tradições Religiosas se

envolvem em disputas sangrentas e intransigentes, em nome de Deus. Esse é o

paradoxo das Tradições Religiosas, aquilo que deveria aproximar mais os povos e

as pessoas muitas vezes é o que as afasta. A saída para essa incoerência é

procurar reconhecer os aspectos destrutivos das Tradições Religiosas, reelaborar

suas crenças e mitos de forma a defender e preservar toda forma de vida, e voltar-

se para uma nova consciência.

214

50.3. Metodologia:

O tratamento didático realiza-se em nível de análise e conhecimento,

considerando a pluralidade cultural e religiosa dos alunos, bem como, o direito de

sua expressão religiosa.

A abordagem didática se dá numa seqüência cognitiva,

possibilitando a continuidade da aprendizagem e deve considerar:

" a bagagem cultural religiosa dos educandos , seus

conhecimentos anteriores".

A complexidade dos assuntos religiosos, principalmente devido à

pluralidade.

A possibilidade de aprofundamento. " (PCNs - Ensino Religioso,

p. 39).

O tratamento didático prevê ainda a organização social das

atividades, organização do espaço e do tempo, seleção e critérios de uso de

materiais e recursos.

215

51. AVALIAÇÃO:

Os profissionais da Educação do Colégio Estadual de Vila Ajambi

consideraram a elaboração do Projeto Político Pedagógico extremamente

significante, pois promoveu uma maior aproximação entre funcionários e

professores, havendo reflexão do nosso papel enquanto transmissores do

conhecimento para a transformação da nossa sociedade, onde nosso aluno possa

atuar como cidadão consciente, crítico e responsável e não apenas como mero

espectador.

Os trabalhos realizados promoveram a interação e a integração de todos os

segmentos do âmbito escolar, dando oportunidade aos participantes de expor sua

visão sobre os assuntos abordados, propiciando a troca de experiência e ampliando

o leque de conhecimentos.

A troca de informações, a interação, o comprometimento, o dialogo foram de

suma importância para a construção de nosso projeto, o qual será flexível, sofrendo

alterações sempre que necessário.

216

52. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

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Educação, Secretária de Educação Básica, Brasília – DF; novembro de 2004.

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Dourados (MT), 23 - 27/03/1998. Uma versão anterior “ Ação Pedagógica e

alteridade: Por uma pedagogia da diferença”, foi apresentada na Conferência

Ameríndia de Educação. Cuiabá, 17- 21/11/1997.

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Superintendência de Educação, coordenação de apoio à direção e equipe

pedagógica .

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Nº 9394/96 – capítulo V – art.

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• LIMA FILHO, DOMINGOS LEITE, As recentes políticas publicas para a educação

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• CALDART, ROSELI S. Por uma educação do campo: Traços de uma identidade

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Educação Ambiental. Agenda 21 Escolar. Recursos Hídricos e Cidadania.

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Yvelise Freitas de Souza Arco - Verde – Superintendente da Educação de

SEED>

• Seminário de Ensino Religioso – 02 a 05 de agosto, fundamentação teórica –

Secretária de Estado de Educação, Superintendência da Educação,

Departamento de Ensino Fundamental.

• WHITE, ELLEN G. Educação Editora: Casa Publicadora Brasileira ,1977.

• DEMO, PEDRO. Desafios modernos da Educação. Editora Vozes, LTDA ,1993-

2ª edição.

• Parâmetros Curriculares Nacionais. Temas Transversais 5ª a 8ª séries. Terceiro

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• Parâmetros Curriculares Nacionais Introdução- Terceiro e Quarto Ciclos do

Ensino Fundamental. Edição Secretaria de Educação Fundamental.

• VASCONCELLOS, CELSO DOS SANTOS. Construção de Conhecimento em

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• MOCHCOVITTH, LUNA GALANO. Gramsci e a Escola 3ª Edição. Editora Ática,

1992.

• RIOS, TEREZINHA AZEVEDO. Ètica e Competência. Editora Cortez, 1993

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