1^ ?iodo*memoria.bn.br/pdf/124451/per124451_1930_00592.pdf · 2015. 5. 21. · o presente grande...
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*^5ft
medico/Yeceitamyí X. ^1 ^V WM MwMmr- B ^fl
/S^flfl\mmmmtm\W
|l , ^^Sran^^^^^^H contra
U 1||TJ|^P^H|^^^^^^H qualquer
xW^pirinaEste afamado produeto da CASA BAYER nâo
somente acalma as dores, como também resti-
tue ao organismo o seu estado normal de saúde.
A CAFIASPIRINA é preferida pelos me*
dicos por ser absolutamente inofensiva,
A CAFIASPIRINA é recommendada contra dores de
cabeça, de dentes, ouvidos, dores nevrálgicas e
rheumaticas, resfriados, conseqüências de noites (BAYER]
passadas em claro, excessos alcoólicos, etc
iu., g-ms^ij. uu-up
©1SAMPE C®IM€MlãS©
CONTOS S^ÂMI-O MALHO" — que é uma das mais
antigas revistai* nucionaes — considerando
o enorme successo que vem despertando en-
tre os novos contistas brasileiros e o pu-
blico em geral, a literatura ligeira, de fi-
cção ou reaUdatle, cheia de interesse e
emoção, resolveu abrir em suas paginas um
GRANDE CONCURSO DE CONTOS BRA-
SILE1ROS. só podendo a elle concorrer
contistas nacionaes ¦ recompensando com
prêmios em dinheiro os melhores trabalhos
classificados.
Os originaes para este certamen, que po-
derâo ser de quulquer dos gêneros — tra-
gico, humorístico, dramático ou sentimen-
ial — deverão preencher uma condição
essencial: ferem absolutamente inéditos e
originaes do autor.
Ass.m procedendo, "O MALHO" tem a
certeza de pouer amua ma»s concoirer para
a diffusào dos trabalhos literários de todos
«is escriptores da nova geração, como ainda
incentiva 1-os a maiores expansões para o
luturo, oiterecendo uos leitores, com a pu-
ni.. ação desses coutos, em suas paginas, o
melhor passa-tempo uas horas de lazer.
CONDIÇÕES:
O presente concurso se regerá nas se-
guintes condições:
1» — Poderão concorrer ao Grande Con-
curso de Contos liiasileiros de "O MALHO"
iodos e quaesquer trabalhos lteraiios de
qualquer estyio ou qualquer escola.
2u — Nenhum trabalho deverá conter
mais de 10 tiras de papel almaço dactyio-
graphadas.
3- — Serão julgados unicamente os tra-
balhos esv.riptos num só lado de pap-*l <"
em íetia legível ou á macii-na em dois
espaços.
4a Só poderão concorrer a este cer-
tamen contistas brasne.ros, e os enredos,
de preferencia, versarem sobre factos e
coisas nacionaes, podendo, no em tanto, de
passagem, citar-se íactos estrangeiros.
5u Sarão excluídos e inut lizados to-
dos e quaesquer trabalhos que contenham
em seu texto offensa ã moral ou a qual-
quer pessoa do nosso meio politico ou
social.
6a Todos os originaes deverão vir an-
signados com pseudonymo, acompanhados
de outro enveloppe fechado com a identi-
dado do autor, tendo este segundo, es-
cripto por fora, o titulo do trabalho.
7*» — Todos os originaes literários con-
correntes a esta concurso, premiados ou
não, serão de exclusiva propriedade desta
empresa, para a publicação em primeira
mão. durante o prazo de tlois annos.
8* — E' ponto essenc'al deste concurso,
que os trabalhos sejam inéditos g originaes
do autor.
PRÊMIOS:
Serão distribuídos os seguintes pre mos
aos trabalhos classificados:
P logar Js*. amUMMM»
a» logar -âm* s*<mmmmm>
»• l«»gar ¦* HMMjUioo
4«\ 5° e «« rol locados. ca«la. . Rs. 50*000
|><> 7«» ao l.V collo«a«los (Menção Hon-
rosa) Dam assignatura semestral <l«*
., • ¦. ¦ l. i ii • - ¦ das pul»li«aç«"»«*s: "O Malho",
"Para toílos...", ••Cinearte" ou ••Tico-Tico".
Serão ainda publicados todos os outros
tiabalhos que a redaeçào Julgar merece-
dores,
ENCERRAMENTO:
O presente GRANDE CONCURSO DE
CONTOS BRASILEIROS será encerratlo no
dia 28 de Junho de 1930, para todo o Bra-
sil, recebendo-se, no emtanto, até 3 dias
depois dessa data, todos os originaes vin-
dos do interior do paiz, pelo correio.
JULGAMENTO:
Após o encerramento deste certamen.
será nomeada uma imparcial commissão de
intellectuaes, críticos e escriptores para o
julgamento dos trabalhos recebidos, com-
missão essa que annunciaremos antecipada-
mente.
IMPORTANTE:
Toda a correspondência e originaes refe-
rentes a este concurso deverão vir com 0
seguinte endereço:
Paia O 'GRANDE CONCURSO Dfl CONTOS
BRASILEIROS" — RedaoçftO de "O MA-
Mio" — Travessa «lo ouvidor, 21 —
Rio «l«* Janeiro.
::íal
IIWW^^^^^^^^^
PKPOIB
dor iMHnUSráe Marcoe da» eterna» chuva* de Abril,
ei» aqui Maio. trluniphRiitc.
• "in um lltido sol quente e uin.i
un»a fresca qae sabe a tolha»* tenras
e a f.oree que nascem para a v da
Màe e lüito caminham, dando-se a
mau; cliexam ao jard.m publico como
hi toaaem a uma teeia. *#•«*• uam¦».
uesM» jard.m : A m*** sentada num
uos banco», iaz a um delicado i_ordado
que a» ouiru» muiu r.z.unai. aeniaua»
a »«*u lado admiravam com exclama-**ém. Pedro brincava no cnâo cotu a
aua pá de mait«*ira; cou»tru«a castei-
lo». casteiio» oe imauc a. que adorna-
va com alguma.» lobia» que O -mmW
uerrubava ua» arvore»; u.-po»», con-
templava a aua obia a »o.iava griti-
uho» de alegria. Elle sempre brinca-
va »d, e»qu«vo a amizade do» outros
men.ii'»*. eutretinha-»*. construindo a
derrubando o» »eu* caatello»; sua »aú-
de eta dei.eadt»straa e e le era tímido.
magro. "in a» co»ia» o-.-u.iu*>. »eu
rosto palhdo. muito puilido, com doía
enormes olbo» negro... iiuiuuio». i.n-
ihuute.H. como a» .ongiaqaai caireiias
üa noite, que »e levaniavam para »or-
rir üocemeuie a »ua mae.
Ma» um dia. um do» menino» da
praça pulou »ohre o aeu caatello. e,
com luria »e vagem o esmagou e, como
h1 isto nâo tosse su me.ente, deu-lhe
a elle, um pontapé brutal.
liepo.». quauuo chegou u governun-
te que acoinpautiuva eaaa creança mal-
vaua. viron-ae para mar Padrinho a
aorriu maliguameulc.
u outro era um menino bem ve-.ii-
do. cum l'UUo» sapatos, e um tortuoso
rosltuho redondo, oh cabe. loa pareciam
lutar ueaeaperauameiite para »aü»r uc-
baixo uo gorro. «Parecia ter a mesma
idaüe que Pedro: seis uu sete annos.
— Llt 1 Outra ve* esse iiisoieute !
Que mal-educado ! . . . — exclamaram
em coio as mocinhas que olhavam
para o bordado da mae de Pedro, po-
rem. ella, pobrezinha : tinua-se .evan-
lauo com os «>mi"s . ii.«io.- ue lagrima»
e, depoi» de coliocar o trabalho numa
bo siuha. puxou o filho para »i, e lo-
ram logo embora, sem cumprimentar
ninguém. Caminhava rapidamente e
curvada, como si levasse um grande
puso sobre os honioros. Essa pobre
mulher causava uma pena mi nita em
touos que a obsei vavam . KeUzmetite,
a sua casa nao eslava longe. I ma pe-
cinlia insigiuiieaiile ao lundo de um
pateo euoime. Logo que c.icgaiain a
mae tirou o chapéo, parou em ireiite
a mesa, e dexou-se cuhir sobre uma
cadeira, desatando a ciiorar desespe-
radamente, tom soluços entrecortaaoa
que repercutiam extranhameme na pe-
quena peça. Depois, ine inou-se. aper-
tando torteinente contra o peito o seu
pequeno Pedro.
— Diremos ao papae...
Depois de enxugar as lagrimas, ap-
proxnnou-«e. sentando-se numa eadei-
ra que ficava perto da Janella abeita;
suas màos cahirani abandonadas soure
os joelhos, como para rezar. Assim
esteve uni pouco, ansiosa, olhando para
fora. tremendo imperceptlvelmente. . •
Sempre cai»ia nesse abandono. áqueTa
hora do crepúsculo, antes de ae atcen-
derem as luzes.
A luz do oceaso punha sobre a sua
cabeça unia aureola que brilhava com
mil ref.exos de ouro, *|n*¦ tornavam
mais lindo o seu rosto nuguloso e pai-
lido, eom olhos negros que pareciam
sempre maiores, e unia bellissima boe-
ca em flor, que parecia tremer conti-
nua mente, pelos soluços reprimidos.
Pedro terminara de chorar. Sualina
de creança estava mortlficada e sur-
afa o l«Vrtr * \*mMÊàT
tõcÊDi:*.ItevMa ******%*%****, propriedade
da Moei«*dadr Anon>nui "O Ma-
lho". Uln-rloi-e» Álvaro More>ru
r J. i ..il-- IMrertor• gerem»'
Antônio A. da Konza e Silva.
Aiadgnatura: l!ri%«.ll—I anno.
IHMINNI; « ******* _8._#<MH>. Ha-
traiigeiro— I anin», HÕIMMMI; d
fm, 4.*W^MM>. A» assignatura.--
(eliieçum sempre no dia I do
llicz « m que forem tomadas e
serão a ceei ias annual ou s« .nes-
li aluo nte. "Para todos..." ap-
|Mirc«*e aos saldiados e publica,
todos os annos, pelo Natal, uma
«.lição extraordinária.
U01S PECCADOSpresa. Confusamente, sentia-se culpa-
do das lagrimas materna», pois esse
ma vado menino lhe estragara os brin-
quedos, além de bater-lhe. Pedro dese-
jarla exclamar: -Mamãeziniia, perdoa-
me!" mas não se atrevia. Dirigiu-
be para um canto da humilde peça. Da
parede pendia um velho almanach que
representava dois gatinhos pretos ves-
tldoa com roupa de homem. . .
Escureceu. As trevas invadiram a
salinha em todas as direcções; então,
.evantando-se, a mãe disse:
O que queres comer, Pedrinho ?
Sempre a mesma cousa: essa per-
gunta parecia desconcertar o espirito
da creança; parecia-lhe que sua mãe
era pobre, paupérrima e que nada ti-
nha para lhe dar.
Acabava pedindo O alimento mais
humilde, o que sempre têm até os mais
pobres:___- Leite. . .— Sim ? — respondia a mãe. quasi
satisfeita ante a perspectiva de nào ter
que cozinhar. Então, lhe promettia um
pedaço de chocolate.
Pedro comia o choeo*ate em peque-
nos pedaços, eomo para íazel-o durar
mais tempo.
Depois, perguntou:
Quando vem papae ?-— Mais tarde — respondia a mãe.
—. Logo que possa. E suspirava.
De facto. o pae chegou mais tarde,
qnando Pedi») dormia na sua caminha
alva. como a neve e sonhava feliz rom
0 seu mundo de infância.
Não Buccedla O mesmo eom a mãe.
que contava, mordendo O lenço para
conter o pranto, 0 doloroso acontec -
mento do jardim .
— Por mim. não. . . — dizia — que
estou resignada a todas as humilha-
ções, mas pe'.o soffrimento de ver eomo
tratam o nosso pobre filhinho... De-
veB dizer a tua mulher e a ten filho,
esse felizardo, o legitimo, que tem unia
para d »wr a &**•*]'
Aaa nmms ô Jardins... 8m. deve»
.. nn...°n.M-..» « .Ilx-rlh.-» ~»-***~ ••
vra» vaga». Elle bem sabia que nfto
.ru\« a mulher legitima, a que eus-
r»..« ...•,«. v..«i_«i....o.»«••»-„ar • a bater no outro; devia aer a
governante, es»* víbora que o odiava.
. .our* a «iu.. u-u tim-- au.or.aaa.
"'T.tlK.rf.ToriEneJà.u.lB». «Ao
angustiado, tão atormentado em aua
si não encontrasse perto delia, da ou-
tra um poiic. de paz e serenidade .....
Ê la enxugou a» lagrima», arranjou
rapidamente o» cabellos. e se dirig.u
„„.a «... P-...K».. armário !>»•'•«¦••¦•
ÍIUII» .bicara» de porcellana branca.
P eteadas de ouro. e uma machlna de
fazer café. O engenheiro mesmo o fa-
zia; era uma munia, e toda» as vezes
;.,e ensinava como se devia fazer para
ontel-o exqu.sitamente pertumado e
saboroso.
Klla approvava, com um gesto aífli-
inativo; mas coutinuava d strahtda,
com uma contracção nos abios ainda
InfanUa. Sua graciosa e ingênua mo-
c dade se revelava em seus gestos e na
delicadeza do seu corpo. A sua pro-
pria innocencia fora a causa daqulllo
tudo; quando o engenheiro a viu pela
primeira vez. numa aldeia perdida en-
tre as montanhas, certo dia em que
ei a estava á porta de sua casa, traba-
lhando; então, elle descobrira de re-
pente, motivo para uma nova conquis-
ta com muita arte e lábia estendeu
oa' laços; disse que era solteiro, em-
quanto que na cidade tinha muher e
filho... Depois, quando ella compre-
hendeu o engano e o mal que tinha
causado, jã era tarde.
Elle agora deixava que ei a se des-
afogasse, reeriminaiido-o. E aquella
pobre creança ? Sabia que o problema
a resolver era gravíssimo, terrive*; en-
tão não queria pensar... E mesmo:
estava tào cansado da vida !
Ha poucos annos antes, ainda era
um homem de apparenc a agradável,
desses que parecem dominar os obsta-
culos e as circurnstancias imprevistas,
desses que já viveram sua vida, de re-
soluções rápidas e que constituem uma
grande fascinação. A elegância no ves-
tuario e o gamo das attitudes, o rosto
de traços nobres iUuniinados por duas
pupi Ias claras que faz am delle uni
homem irresistível, mesmo á beira da
velhice, tudo isso tinha desapparecdo.
Já era um velho. Uma doença re-
cante, uma pleurisia gravíssima tinha-o
levado para mais além do circulo en-
cantado, em que o amor é sempre O
motivo de viver mais forte, e que so-
brepuja todas as questões de negócios
OU os aços de familia.
Já era um velho, um velho sem de-sejos, sem i ilusões, cheio de tr stezase de doenças, curvado, indifferente.as tacei enrugadas, mergulhado num
grande ahat imento . lina tosse conti-nua e convulsa agitava-lhe o peito.
Sentado perto de Ia, bebendo essecafé que era a sua ultima guloseimade velho .parecia antes o pae de que
O amante dessa mulher que não cessa-va de chorar. De quando em quando,passava a mão sobre a loura cabeçatlespenteada delia.
A pobre creatura nada dizia a essascaricias; caava, eomo tivesse piedade,sabendo que elle precisava esquecer.
Ah ! Esquecer ! Mesmo quando ellacalava por piedade., elle não esquecianunca; os erros eommettidos, o des-gosto que lhe causava a vida eram-lhe
-J., "i ' i1 wmm ^PÍPíp|flÇ^pTj ¦Pfppwpii. n ' !w«i':. -jwwimp"**^t^^y^w^^
l»..r ílemnli pesados. Julgará poder do-
minar o destino e hó agora via clara-
meni o que o* únicos dominados somos
i.i- mesmos !
im ¦in... remorso lho inrrola u alma
ao recordar-se Ue que laulas infeliz*
o tm In iu amado e que elle gozara, fa-
sondo-as chorar e soffrer.
.M.i.-. tudo lato uào se comparava ao
seu ultimo peccado, o dessus duas erca-
turas pequenas aluda, para lutar con-
tru u brutalidade da vida...
Casàra-se tarde demais; e tambem
nisto, o destino xombúra delle. Uma
especulação Infeliz do sogro, terminara
com o dote de sua mulher. Ent Ao. O-
cou pobre, com uma miCher muito
mais moça que elle. que de -I .. e noi-
te lhe censurava as suas culpas, sua
velhice, suas desgraças. Ria-se do ma-
rido e sabia A procura de prazeres que
elle nào lhe podia dar. Seu filho le-
gitimo era o retrai»» vivo da mAe: vio-
lento, egoísta, brutal. Em troca. Fe-
dro, que tambem BB assemelhava A
aua. a doce victima, era affectuoso.
rfetieivel.
O destino nfto quisera que seus fi-
líios se parecessem tom o pae ! Estas
idéus submrgiam-no em um mar de
me ancolia, e sua garganta se aperta-
ra, com o pranto da amargura.
Oh ! As lagrimas ! Só agora, depois
de velho, conhecera o sabor das la-
grimas !
Desde os últimos dias de Maio, o
engenheiro não toruára a apparecer ua
casinha do pateo enorme.
Isto só acontecia quando »••'•¦ estava
doente.
Ella, então, tomou o seu filhinho e
sahiu em busca de uofeias. Elle mo-
rava longe, num dos bairros mais an-
tigos da cidade, onde as sa as são pe-
quenas e envoltas em trevas, as esca-
das estreitas e escuras, mas os quar-
tos internos grandes, immensos, nos
quaes dansa um "não-sei-quê" de se-
creto e mysterioso; paredes e tecto de-
curados, portas sólidas e euormes...
Kmfim, uma casa senhorial.
A máezinha, levando Pedro pela
mào, nem sequer ousava approximar-
se daquella mansão; caminhava para
cima B para baixo, com um certo me-
do de ver a mu.her do engenheiro aa-
íiir por uma das portas.Olhava ansiosamente para todas as
pessoas que sabiam pela porta princi-
pai, como si quizesse ler em seus ros-
tos a noticia que procurava; mas ne-
nhum desses rostos lhe dizia nada:
eram impenetráveis...
Quando as trevas da noite começa-
ram a invadir a cidade, ella se decidiu.
Quasi com fúria atravessou a ca'ça-
da, depois 0 portão e, arrastando o
seu pobre filhinho, subiu rapidamente
a escada da direita. O engenheiro mo-
rava no primeiro andar. Ao subir, ella
pensava que bateria á porta enérgica-
mente, com a coragem de quem se ati-
ra ás águas de um rio. . .
Depois, perguntaria, sabe Deus com
que voz:— "Como está o engenheiro ?"
Não precisou chamar. A porta es-
tava aberta; e tambem a outra, de vi-
dros. Através delia, via-se uma peça
adornada com plantas e rápidas som-
bras que se cruzavam em todas as di-
recções. Dali vinha um cheiro exqui-
sito, acre, de remédios talvez; um
cheiro característico que falava de do-
enças graves de morte, talvez.
Ella se deteve, desconcertada, perdi-
da, quando a porta envidraçada se
abriu, dando passagem a dois homens,
de aapacto imponente. Não seriam os
médicos ? Uni terceiro a cumprimen-
itõcLortt.T«mIm a rori-<-»|M»iMlcm*Íji, como
toda m PHB*BBB de dinheiro
(que |mmU> Bf* feita |M»r va!e
|Hi*.tal ou «arla m*_.íh|rada com
valor declarado), deve wt dlri-
l.i'1.1 A Sociedade Anoti} ma " O
Malho", Traveera do Owtdar,
21. Rio d«* .laneiro. Endrrcro
teleurapliico "O Malho • Rio".
Telephoiies: (òrniria: 2-05IM.
Eneriptoiio: ¦_ io;t7. Redacção:
2-1017. OfflllMBI MMt. Sue-
cursai em São 1'aulo 'In mi '.»
|wlo Sr. Plínio Cavalcanti, rua
Senador Feijó, 27, H* andar.
salas H."» e 87.
Carola Pròsperitou. Vinha descendo as escadas; e
ella o observava com a bocea aberta,
indecisa.
Mas. . . não era justamente o enge-
nheiro esse homem que acabava de
descer ?
Sim. de facto... mas com quinzeou vinte annos menos, quando cami-
nliava com a cabeça a ta. o corpo er-
guido, com todo o ar de quem des-
preza os fracos e domina a vida: pas-sos fortes, seguros, flexíveis, elegantes,
dos que sabem se fazer amar pelasmulheres e que as fazem chorar du-
rante annos... quando as abandonam.
Sim, o que acabava de descer era
o irmão mais novo do engenheiro; elle
lhe falara muitas vezes nesse irmão.
Então, ella correu atraz delle, que
parou e poz-se a olhal-a fixamente.
Procura ?
0 engenheiro — murmurou en-
tre suspiros. — O engenheiro. . . como
está ? Ha uma semana que não o vejo.'Pedro olhou para o sen bor, que se
inclinou para elle. acariciando-lhe a
cabeça.E' Pedro — disse a mãe, sim-
plesmente. — Talvez o engenheiro lhe
tenha falado. Eu sou Clotilde...
0 irmão fez um gesto affirmativo;
mas virou-se para a porta. Receava
a presença da cunhada ?
Meu irmão está em estado gra-vissimo — disse em voz baixa e af-
feetftoea.E os médicos ?Os médicos perderam as espe-
ranças.
Da porta, uma enfermeira de ca-
bello, chama em voz baixa:Senhor doutor !
Elle despediu-se, dizendo:
Sim. meu irmão já me tinha fa-
lado em vocês... Sei onde moram:
mandarei noticias, não o duvide...
Ee* um movimento de despedida e an''
trou em silencio, sem f**ehnr a porta.Clotilde ficou a I uns momentos,
como que aturdida, e depois precipi-tou m* pela estada abaixo, arrastando
comsigo o fllhintio.
O advogado, vestido de negro, de
trhttltfttimo luto. chegou com as noti-
. ...- Sentada no sofA. Clotilde cho-
rava. com o rosto entre as mAon; e
ele deixava que ella se desafogasne.
Começou a observar o quarto, e a fl-
gura esbelta e flexível do aeu finado
Irmão. Viu os lindos cabellos louros
de C.otilde. que brilhavam com mil
reflexos, aa mAoa longas, delicadas;
e bem proporcionadas; depois, o corpo
lindo, que vibrava, violentamente aa-
elidido pelo pranto.Os moveis. . . Que miséria havia na-
quella exígua pecinha ! Que pueril da-
de a dos doia gatinho* do almanach !
Seu irmão fora um avarento. um ego-
Ista. com aquella pobre creatura...
— O menino onde está ?
Timidamente. Pedro se approxlmoii
daquelle - senhor novo", que se pare-
cia tanto com o seu pae morto, acari-
nli.mi .. levemente, quasi ihe roçando a
cabeça com as pontas dos dedos lon-
gos e perfumados.— Pobrezinho !
Kntão. a màe chorou mais alto; Pe-
dro apressou-se a voltar para o canto
de onde sahira. que era. um dos lo-
gares predilectos para as suas medi-
lações de anjo.
Aos seus ouvidos chegaram as pala-
vras do advogado, que dizia A 01 o-
tilde: Agora, basta de chorar... As
lagrimas nào endireitam nada. Ainda
ó muito moça... Por que atormentar
esses olhos maravilhosos ?
Apertou-a contra o peito. Beijou-lhe
os cabellos, fragrantes de Juventude.
Pobre G otilde ! Nào deixarás
que te ajude ? E* um crime deixar
uoffrer uma mulher como tu... Pre-
cisas morar noutra casa, usar outros
vestidos, gozar a vida, já que és moça
e linda . . .
Tornou a apertal-a nos braços; de
seus lábios sabiu uma catarata de do-
ces palavras, promessas de felicidade
que fizeram calar G otilde, envolven-
do-a num calor novo, desconhecido,
que embriagava. Sentia a necessidade
iinmensa de ser amada, de se escon-
der entre aquelles braços que asphy-
Xâavam .
Nessa noite, antes de accender a
lâmpada, tornou a se sentar junto da
janella; nu hões de fantasias através-
savam-lhe*o espirito. Uma casa nova,
lindos vestidos, perspectivas de eiegan-
cias, prazeres, luxos, toda uma exis-
tencia desconbecida para ella. Era
demasiado mulher para resistir...
Estava perturbadissima. Uma louca
embriaguez de vida se apoderara delia.
Então, pensou:"Isto é 6 que deve acontecer a to-
dos os que estão a um passo do pre-
cipicio ..."
Mas não queria vo tar atraz. O ve-
lho peccado, ella poderia com horror
iniprecar, maldizer; porém, o novo era
como a vida mesma: ardente, magni-
fico, terrível. . .
Silenciosamente, Pedro approximou-
se de sua mãe, e apoiou a cabeça nos
semi joelbos.EKa lançou um grito suffoeado, es-
tremeceu e disse, como si fosse o ulti-
mo lampejo da sua consciência:—i 'Para nós, seria melhor ter mor-
rido !
Não naquelles momentos, mas annos
depois. Pedro lembrou-se dessas pafa-
vras, e somente então ponde compre-
bendel-as.
(Traducçao de ANELÊH)
MOIW ' - .
19 - IV - 1930
A...
V ACKH RO» AD AH
Para que sua fure pareça natuial-
ment» rosada, não aaa nunca rouge.
carmln. nem outra* pinturas, senão ex-
cluslramente carmnol era pó. que se
pôde obter cm qualquer pharmacla ou
perfumaria. O carminol não tem effei-
to nocivo algum «obre u cutis; dá á
face um tom rosado tal que ninguém
pôde peW-eber que não é natural. Am
mulheres d» face dssooiortda. notarão
a enorme e benéfica d»íferença que
produs em seu rosto um pouco de car-
mlnol. Tsnto em pleno sol. como sob
luz artificial, o rosado que produz o
carminol •'• de effeitos encantadores.
A TOIALETTE DAS SENHO AS...Oa eminentes Drs. Couto. Aloysio
de Uastro. Austregesilo. Werneck, Ter-
ra e outros, aconselham o uso do
MAOIG para o suor. que tanto afeia a
toilette da« Hcuhoras. moatraado-asmanchadas debaixo doa braço». MAOIC
é um remédio de effeito seguro parao suor das .iv.il.i-. não offendendo a
saude do organismo nem a pelle. e evi-
tando o máo cheiro natural da trans-
plraçào. O seu uso exclue o dos sua-
dores de torra. ha. usados antlgamen-
te. e qm* offereclam a desvantagem
de serem incommodos. por serem ex-
cessri vam ente quentes.
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FITAS\ .¦ sâo a** de cinema nem a«* outra-
cá de fora. São. pura S «.Imple-mente
nt, que enfeitam roupas de creniiçw».
e menino d«* gente grande. Fita», «le
côr li**a. de crépc da thiiia, filai* ia
doía tom*. Servem ambas |»ara a
uuarnieão do- modelo* aqui c*»tam-
pado-, cujo tamanho evacto para
formar o •• ruche", representa um
doa "croqub*" acima.
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8^ "^^ mmmmmà*,»m_m W^^^^^^mW' á-Bt BW^^-W WB
I m^a\\m^m\\m^m\\m^m\mm*\m^ amam Á\. ' /flfl r ãm Bm\ -Imml ^MmmãfmmmW -a-Jk-É-É-k W^a- ___ ¦***mW 'M-T
AM W**9^ ^w \^Ér*T f9*\ mW^ &&Z_-__àmm\
Ww-mà^rS-\mw' Bmm^m, maaAmmm\mT w m* ^tã
1'ista panorâmica dc Ponte Sova, Irada dc avião
Ponte Nova, no Estado de Minas tíeraes,
é uma cidadezlnha cujo pittoresco de topo-
graphia encanta pelo accidentado do terren»»como pela dissimetria de suas ruas. Vê-s»«isto da photographia panorâmica da cidade
que enfeita esta pagina, e apanhada deavião.
BAas construcções marginando o rio quecorre por entre uma wgetaç&o exhuberante.
e a igrejinha levantando os dois braços desuas torres para o céo...
Também tem um cinema, uma excellentecasa de diversões em que a Empreza Ma-rinho & Cia. offerece A população local osmelhores programmas cinematographicos.
E* o Cinema Brasil, que prestou a "Clne-
arte", orgfio cinematographico que se fezInterprete máximo das necessidades e aspi-rações da arte muda no nosso paiz, uma
homenagem excepcional. dadloando-Ute uma
s.vS;i,. na qual f«*ram distribuídos aos assis-tentes exemplares denta revista, por iniciati-
va do seu representante ali. sr. Kloy Braga.
O festival de Tinearte" foi coroado de
um grande êxito, a elle assistindo toda a
|K>pulaçfto pontenovense.A outra, photographia documenta ;t home-
nagtm do Cinema Brasil a .C^curte".
mmmmBSS*__*__ *:**• ' . _ 1 y V~=—a r-rrr=r^0/gB-\\ . * ~** *^7-|ljr^ \mW ¦
«™Er ^^^^ \l tm-m**,m****Wmmm""^ f^M T^-^^^^^^^f^^^^—-~ ^^Bi^H
L^ 4^ ¦~mmmMr "" >**-¦- BM
tl I t^^^wr !______* ~ ' i fc. -_ ____________'' 1 *~~//3M^^^BBs^ *"' * ' ¦ '— "—""*¦" " T l^ Bivi j f *~___________* amts. H --\m _^t\. /-_w y^^x * \fm
'la^r." SiA t-matmim. .yjjm mm*kC mi9mmZ* _*?_*.______... Wg ato i -A^fl'7*,''lc4aíi t-mm *\^5w^ PV?BI F^C/n ^BBWmmm m *^wl-rmmat*W--t ¦•-S-*m
^^ B^HaJÉW ^.W»^^ItW >5 À*rj iT <t2¥ fc' tST* VT
F^m ygffr^^/SI T, JSrj |d '^ ,<Í2 ilY B ' Jk- jrlk^ià^i -^ ^mmTw**^mW^^lLmtéBr ^
i^^l^HBQS^^r.- ' -^^ HhpI ^
Bnllr^^^^HBWí^r^!BI,*íl^~';^^^i't~^ mfm' ZP^' --"--s-^^-^,rz^r^y ¦' .-. _ ^ ••^7.;''*', ^'^-^^^^^^^"'^'^w^Ha^Mai^a^BaBwaetBai^^^^a^aM » —i i^^^^^^^^^^^^
£m frente do Cinema Brasil bnr oceasãc do festival dedi endo a "
Cviearte".
6
Wrj* r*^+ wm *j*wBT^^;*^|iv*wf*-
A opinião do Dr. Perouse
Pontes a respeito do De-
B
Attesto que t» nho em-
pregado o BL1XIR l>K
NOOUBIRA. do Pharma-
cetitlco - Chlmlco Jofto da
Silva Silveira, cm todos
os eaaos de Syphilis •
rheumatismo. obtendo
sempre optlmos resul-
tados.
Bahia. 28 de Março
de 1916.
DR. PEROISE PONTES
Medico Operador
e Parteiro.
«* v |» ¦ • í ¦ i ~ '-*
ELIXIR DE NOGUEIRA
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purativo Elixir de Nogueira ( j
__—-—
Atár'*0^*^
Creanças sadias,
fortes,
alegres
Não é a comida que torna
as creanças sadias e robustas.
É o que ellas digerem. E
por isso quc ha mais de meio
•éctllo *e reconhece a Mai-
zena Duryea como O ali-
mento insuperável para as
creancinhas.
Temos um exemplar paraV. S. do excellente livro de
Receitas dc Cozinha da
Maizena Duryea. Seoquixér,tenha a bondade dc mandar-
nos O seu nome c endereço.
Peça-O Senhora.
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Ligeireza,Força,
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conhecem bem
o valor do QuakerOats. Rico em in-
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cli geri vel um ali-
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todos os dias.
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bem! Quaker Oats tem um sabor
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frescura saudável, saboreada por
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toda a familia.
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[ AQUINTESSENCIA OOS SABONETES J
UNHAS ESCARLATES
A- __S^*\ §_*/)vi_____--=^í_r v* \ *
Encarnado vivo. encarnado arroxeado. encarnado gr -
tante sào as lôres ia moda nas unhas que acompaiibam
os vestidos de tarde e de noite. A. mulheres que se ves-
tem bem. as que sabem vestir, as que se vestem com pro-
prledade tém roupas para as differentes horas do dia. por-
que á noite, ou estão decoladas e de saia rastejando pelo
chão ou num vestido mais "toi_ette,\ comprido pe o meio
da perna, com ponta», ou ligeiro declive. em fôrma, atiaz.
As unhas, porém, na parte da manhã devem conser-
var-se — segundo os dictames rigorosos da moda -— na-
turalmente polidas ou com verniz levemente rosado E
que. pala manhã, a muher moderna não dispensa a hora
de CUlturs phyelca, algumas a massagem, mintas os jogos
ao ar livre. E o vestido tem de ser simple.*. em geral sa a
e blusa, curto abaixo dos joehos. e de geito a nao tolher
os movimentos, chapéo de pa-ha. nos d'as de calor e de
feltro, boina, nos de tempeiatura amena.
À' tarde a eoisa muda de figura. Ha rebuscamento
nos adornos, no feitio da roupa SO do £¦*"*»• ELÍE
péo. nos sapatos... Assim, com a tntíâ\émâm «•^«^"„„„vav-.-,eS.
é que vieram para a ordem _0«diam ¦»*»»
escarlates. As mulheres da alta elegância do Velho Mun
do as da AmeriCR do Norte e muitas das nossas damas
a ,ociédad« estão usando, nas horas indicadas, as unhas
XSLa d,- v..,m,.l,o fone. Mas lia «,uem ae «"."1. «™-
ra isso A maioria ainda prefere o verniz, embora mais
,sa«o que «, d- ,,1,riKal„.-i«.rta,.e pe.a manhã E**»*'»»'";
rr nue adoptaram as unhas escuras estão contentes com R
ídéi IrtOttaSndO as pontas dos dedos até que outra ex-
i_r.MI.'. .utalllua • «."' • M04U imo-. .clu.lm.-t-, como
detalhe de suprema elegância.
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^fl__a ^A**^^^^
ima i* no centro: *42 ~I
**^» _| _.
l:,>* baixo: um
•mia artistas quc lo- V^PFimaasftama ram parte na festa regional ''
l'...i«'l.. «Io** Tangarás no (.rnjnltú Club.
;;i-upo deugui'ação
do t Ini» Israelita cdin os esco-telrOB da colônia do Rio de .laneiro.
DAIMXJÇ)D®X.
W
tm*
IBaU/O
AO estranhem, meninas, um titulo desses, numa pagina
de "Psrs todos..." — Par* todos..., revista seculo-XX, de
chromatiiat-ões oussdas. eetylo em xigue-zagues, texto
em polyedros e cruzamentos verbses. versos em esbo-
grsmma cifrado, que reclamam raios X e desparzem
raios ultra-violeta .
— Um raio de luar no Posto Quatro! 1830 em 1930:
— uma gotta de mel de abelhas unm caliz grande de
whisky...
Pois, é o caso. meninas, que eu ia andando ahi por
essas praias "nessas
praias de límpidas areias" (dó-ré-
mi-ta-sol-la-si) "prateadas á noite pela lua" (tirolirala-
rili).
Ia indo e pensando, talvez, cm coisas c'.c amor (des-
culpem-me a imprudência) ..em coisas dc amor plato-
nico (com licença da expressão audaciosa)
Vocês bem sabem que o amor nas praias nada tem
a ver com o mar. a lua ou as areias As namorados não
descem mais a isso Vão agarradinhos. no volante da
"barata" E a "barata" com os pombinhos (sic) corre.
vôa. abre as azas. isto é. abre a descarga, emquanto os
dois (os pombinhos). cada qual vae chupando o seu
fisky ou o seu polar, beijo dc neve. aperitivo conveniente
para os outros, os de fogo. nas paradas discretas ou nas
curvas enguiçantes. quando a baratinha emperra ou se
deixa arrastar a meio-ponto
O luar fica por ali fora se desperdiçando mel dc
abelhas da colmeia astral, sem sabor e sem prestigio, que
antes fosse poeira de "coca"
Lembrei-me então de u-n tempo que já vae longe
f)C %AUMU
Nào havia auto-omnibus nem "baratas" Os bondes
eram abertos e arejados O "Mére Louise". com outro
aspecto e outros fundamentos, era um verdadeiro "es-
pantalho familiar", pavor das noivas provincianas que
esperavam o doutorando do Rio e dos papás que envia-
vam mesadas gordas aos primeiro-amnistas inexperien-
tes.
Ao saltar do bonde. ali. na ultima curva do "caminho
extremo" (hoje o caminho extremo vae mais longe —
Lebton. Niemcyer. Chuá c outros derivativos) o passa-
geiro lia. á luz da lua. o ^ersinho do coupon destacado,
em recibo á passagem:
Copacabana c um sitio pittoresco
Em toda a extensa linha
Gosa-se ali um ar lavado e fresco
No Leme. em Ipanema e na Egrejinha
Deus meu! Como passa o tempo! Aquelle "ar lava-
do" tem hoje um ar levado (sem intenção^
O que não ha mais ê a Egrejinha" Puzeram-na
abaixo e erigiram o forte Rostand sahiu perdendo Dis-
se o poeta, uma vez. referindo-se a Reims:
lis nont fait que la rendre un pcu plux immortelle,
La forteresse meurt. quand on la dcmantelle . .
Aqui. como se sabe. foi ao contrario O forte está
firme O que se esboroou. foi a capellinha. especialista
em "missas do gallo".
3»
X™^^^^ vir ¦ íí\\
r
1019 _ IV - 1930
Santa Thereza ao luar_*= RIBEIRO COUTO
trj,,>
• A
-OW*
Subimos a Santa Thereza? A
noite está linda
Podemos ir de bonde
Não. vamos a pé.Com o caior . .
Pouco Depois, ha tantos in-
glczes no bonde de Santa Thereza nes-
te momento! Deves notar, em certas
épocas, num determinado logar. a af-
fluencia dc um determinado povo. Es-
se povo é quasi sempre o inglez Os
inglezes amofinam a paizagem Não
te bole com os nervos um inglez que
lê um jornal?
Vamos a pé pela rua Riachuelo.
Subimos a rua Sylvio Romero. a pas-
so tardo. Ha arvores cheias de som-
bra cariciosa Parece que o velho cri-
tico morou aqui A proximidade da
montanha refrescava os seus azedu-
mes Não gostava de Machado de
Assis Tudo era pouco para Tobias
Barreto
— Já reparas-
te? Perdoa-
mos facilmen-
te os que não
gostam dos
nossos esc ri p-
tos Nunca
perdoamos os
que não gos-
tam dos es-
c r i p tos que
adoramos. No
fundo, a hu-
manidade lite-
raria é gene-
rosa, meu
amigo
Subimos as
escadas até a
rua Joaquim
Murtinho. Es-
tes palacetes
c a t a p 1 a s -
mados na pe-
dra da monta-
nha são hedt-
ondos Al-
guns dão a
idéa de funi-
culares, com o
portãozinho em baixo, a casa lá em ci-
ma. numa vertical vertiginosa
Um bonde que acaba de através-
sar os Arcos vem atraz de nós, ainda
longe. Annuncia-sc por uma zoeira
paciente Deve ser o bonde da meia-
noite. Virá cheio de familias que sahi-
ram dos theatros. E dos inglezes.
Repara como tem um ar inge-
nuo este bondinho do bairro. E' pe-
queno. estreito, quasi um brinquedo
Leva no tejadilho vidros de cores, co-
mo um fragmento fixo de festa vene-
ziana
O bonde do Sylvestre passa illu-
minado. Fica no ar da noite um chei-
ro caricioso. um perfume esparso, com-
posto de diversos perfumes, a pairar.
Em cabeças de mulheres empoadas
brilhavam adereços. Um zum-zum de
conversa passou também: impressões
de theatro. risos, felicidade de quem
vae dormir bem, sem sonhos
t-mim**-
Estamos agora perto do Curvei-
lo, ao longo da amurada Ali em bai-
xo é o valle de Silva Manoel, com as
casas trepadas pelo morro Jactos im-
moveis de luz mortiça, perdidos pela
escuridão, aceusam lampeõcs insom-
nes Para os lados da cidade, a effer-
vescencia da illuminação metropoli-
tana. até os cães distantes, attrae os
nossos olhos encantados
— Um poeta. Mansueto Bernadi,
comparou isto a "um
pedaço de céu
desmoronado". Ninguém cantou me-
lhor este panorama. Tenho orgulho
de tudo que vês... Parece que é meu.
Desculpa o meu ar de proprietário
mostrando as dependências dc um cas-
tello...
Lá longe, é o mar. Adivinhamos
o mar pelos vagos clarões espalhados,
ora amarellos, ora vermelhos São na-
vios ancorados na água acolhedora do
porto — o porto aberto a todas as am-
bicões commcrciacs c á calumnia ama-
vel dos turistas, que fazem compara-
ções.
Não sei si sabes que não admit-
to comparações com o Rio. ..
Meu gesto largo abrange a cida-
de. A minha cidade.
Devagar, aspirando a frescura do
arvoredo das chácaras que bordam o
caminho, chegamos á pequena estação
de Curvello. »
Ponto dc trezentos reis! Por
trezentos reis, tudo isso. . .
Nossos olhos não deixam a mara-
vilha da cidade nocturna Subimos a
rua do Acqueduto, embebidos sempre
na faiscação que lá em baixo se prolon-
ga indefinidamente Sobre nós, a lua
apparece, uma lua que sahe detraz de
nuvens como alguém que escutava
uma conversa. A poesia lunar impõe-
se ao silencio do bairro deserto: não
podemos fugir-lhe á fascinação man
sa.
Esta pobre lua — dindinha
lua — que o italiano quiz assassinar...
As vivendas estão fechadas, quie-
tas. Late um cachorro de guarda, ou-
vindo os nossos passos.
PARA TODOS...
Por nossa causa. OU por dUll
da lua?
No Largo dos Guimarães para-
mos Não sabemos de onde, chega no
vento fresco a plangencia de um chô-
ro: flauta, cavaquinho e violão Tra-
pos de vozes Palavras soltas. Garga-
lhadas...
Ahi, seu Magalhães!
Ha um seu Magalhães, que se di-
verte na noite deliciosa do bairro. In-
vejamos seu Magalhães, amollecidos
de ternura por causa do choro.
Deixa disso, meu filho!
Outras gargalhadas O vento
traz agora lufadas mais vivas da mu-
sica sestrosa. . . Dá vontade de sacu-
dir também...
Seu Magalhães é que sabe vi-
ver! Para elle todas as horas são boas!
Conheçe-o?
Faço que sim com a cabeça Quem
não o conhece?
E* ali. finalmente Casa baixa, dc
largas janellas debruçadas sobre a rua.
As pessoas do bonde devem ter invc-
jado também De grandes lâmpadas,
encravadas num lustre, jorra a luz cia-
rissima que nos dá nos menores deta-
lhes o interior da sala Está cheia Os
pares rodam, agarrados Vestidos
azues. collares vermelhos.
— Seu Magalhães, isso não pode!
Não. seu Magalhães ainda não ap-
pareceu Tem que ser outro. Tem que
ser o nosso, o meu De facto. surgiu
agora, grosso, reitaco. completamente
calvo, uma cara rapada e ampla, em
que as maxillas vermelhas suspendem
cordões de gordura A mocinha que
dansa com elle ri perdidamente Seu
Magalhães é o numero de suecesso.
As narinas delle. inchadas, aspiram o
almiscar esparso O suor brilha na
calva inquieta. Desappareceu de no-
vo. entre os pares enthusiastas.
E' elle quem aproveita mais.
repara...
E' curioso: parece um pedaço
do subúrbio, perdido aqui neste bair
ro.
Nào é delicioso? Alegria
nacional, mistura nacional, cho-
ro nacional. Isto rehabilita dos
inglezes e dos diplomatas em
férias Sem o que. Sinta Theresa fi-
civi sacrificadi i monotonii. Aqui
nas immediações do Largo doa Gui-
maràes. descendo para Paula Mattos.
Santa Theresa democratiza-sc Que
horror, si isto fosse a montanha dos
ricos, apenas!
Seu Magalhães está no seu ele-
mento E* desses homens de quem se
diz: "Nio
envelhece, este Maga-
lhães" Algumas daquellas mocinhas
são filhas delle. outras sào netas tal-
vez. Mas é eile. nos bailes em familii,
quem anima a flor da juventude
Seguimos de novo pela rua do
Acqucduto A lua. exaggerada. enor-
memente branca, está escondida en-
tre arvores Morrem em nossos ouvi-
dos os últimos ecos dos baile Ao lon-
go da estrada ha pedaços repentinos
dc matto. trechos de terrenos bal-
dios. abrindo clareiras so-
bre o panorama da cidade
que dorme, longe Volta-
mos a sentir o silencio
Algazarra dc cachorros, dis-
tante Portões de grade.
vedando jardins Alpen-
dres com trepadeiras Es-
tamos a dois passos da ci-
dade. mas c já o isolamen-
to do campo, outra vida. ou-
tro clima
Que paz! Parece
uma roça!
Mas não ha paz na
alma das creaturas: é insis-
tente a idéa de que
a cidade está per-
to. de que, o bonde
nos despeja n o
Largo da Carioca
em vinte minutos,
dc que a Avenida
nos espera para
engulir-nos. exgo-
tar-nos.. .
Não. estás
enganado. Santa
Theresa repousa
de todas as ansie-
dades Durante o
dia, ao sol, este
11
é idyllico A' noite, entrega-ie io
luir. O baile deixou-te umi imprei-
Uo má! On. Sinta Theresa. i cada
pano. mudi de ispecto sociil Junto
doi Arcoi. ité o Curvello. são os pa-
lacetes dos novos-ricos O Curvello e
Paula Mattoi sào miiturados... 1
plebe e i aristocracia A rui
do Acqucduto. salvo os hotéis, já nos
affaga com uma distincta paz burgue-
za O Syivestre. esse é o completo re-
tiro. na solidão da natureza Olha lá...
A lua? Linda Fico a namoral-i
— Não. o bonde que volta
Tomamos o bonde - o bonde va-
sio. ainda cheio de um vago perfume,
o bonde que vae pelo morro a baixo aos
solavancos, mas quasi sem baru-
lho. para não dei-
pertar tudo que so-
nha no silencio
Ribeiro Couto
(m^Ss m%À
m\\\\r ^W WmWm\ mm\
m\m\***mmm^k mWk^m\ Baaaaaaaaar^
______________ i. ________q_i_____________________________________j3^fl B _^_k. ^^1 ^fl^l
19-IV-193012
s^ —
AWtmm»,, 'l*mM'- Í*P*
f^WT WHkIMfYjy *mmm AM \ * *MmU f * II (M F»l Rft
Caricatura dc Sem f |è* JA IT B / IriflWY
Il - ^ /u Pr*ça v*Tmelha I*
^ ^^T on<í* ***** ° fU*
À%
\ • jy^ —^^S^wh\ mu,°de Lenine \^^^
WtVAm*: -*^m
Revolucionários mexicanos depois da tomada de Monterey
O Sino Tsar. o maior sino do mundo
Tem 8 metros de altura e pesa 202 kilos.
Foi construído em 1735. Está deposita-
do em um dos pateos do Kremlim,
em Moscou.
DA TERRADOSOUTROS
PARA TODOS 13
^^^M&_^j^.«_f_8S^yM-8flÊfl_É_B_________________________________a **TvíÇ5 ____^__r ^^^ ____l
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Na Embaixada do Japão I
Recepção de dcspc«Hda do scnli«>r Embaixador e da senhora Arioshi, quinta-feira da outra semana. I
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beis dirigia-
sem os raios
do sol que
se infiltram
pelos vidros
de tonalida-
des cambi-
antes da cia-
raboia e pe-Ias f restas
das portas.
Em baixo,
ladeando o
altar-mór, o"choras", elá acima de-
front ando-o,
o orgam que
se ergue em
plano supe-
rior sobre as
Photographias
de
Lafayctte
PARA TODOS 15
I g r e i ad e
São BentoHO H ' . m~ i"m "Tjtt ^^^MM
W^AAm WmWr -* —'^ &Vw^g^Tilirj..H WmW ^^ m\\ *s AAt Jmm——^mWc\W^^rrM,^mm*mmwA
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,^Hfly^^ I1 if* 1íl^^!S!SIÈSfc?sSSSi^ã massa domi-
^^MHH^hH \%i^f^-/'^!^^^^m Bento é um recinto de arte e de
W^K^^^WW-^LmJBIÈmi^K tacado na velha ordem, attrahente
|JMÉHBiftfiK#ffi.À *£ J *^ '
Ém\~~^^^\.-J pelas pregações dos grandes ora-^^^^H^HI^^BBnEPlP1 "TI dores e os officios religiosos que
eOjomji^^l^P' # *_$WY*m%- ..—mmmmmm,Q-—J nella se praticam ao som do or-
(KâiSHl.. cçgjw^jp^» ' —-"^ rr^x
¦^^¦¦¦NmH^^^SHSW mm4m-UUUUummwAurmmwmmmmmmwmmmmmmmmmmmm^mmsmv^^^^^^^^^^^^—™~~—~ ZHÜZ^^.»»»»»»»»»'»»^»'^«'"^M^^^M^^^"^M^^^^^^^ , *
portas de
entrada, on-
de não falta
tambem a
decora ção
que aviva,
de momento,
a curiosida-
de a admira-
ção do visi-
tante. Can-
delabros ri-
quissimos, e
imagens to-
das, uma
expressão vi-
va e enter-
necedora, co-
mo a do São
Bento QUO
e s t á n u in
Texto
de
Alba de Mello
1619 _ IV — 1930
A hegemonia continental de theatro argentino
8&o da -Critica*, da Buenos Aire».
de 6 de Ahrll — Juntamente o numero
que not leia u próxima estréa de Berta
Stugermau eomo actriz dramática —
as seguintes palavras.-Uma rápida eorrida pelos theatros
ú.\ a Immediata sensação de que tem
esta temporada um dos começos mais
auspiciosos.- As Halas cheias de gente que aa ma-
nlfesta cordial para os autores e aí-
fectuosa para com os Interpretes, pa-
recém annunciar uma nova éra de
grande prosperidade para o nosso thea-
tro e como coincide esta attitude do
publico com o melhoramento geral dos
elencos, pode esperar-se que a grande
affluencla de espectadores alente uma
nova melhora: a do repertório.-Esse vigor que a scena nacional
manifesta nao se produziu da noite
para o dia. Km seu recente relatório
o Circulo Argentino da Autores fez no-
tar o Incremento do theatro argentino
com a Incontrastavel eloqiien. ia don
numerou: cerca de um milhão e du-
zentos mil pesos (3.320 contos) arre-
radados de direitos de autor, cento e
oitenta e quatro companhias em acti-
vidade*.IS a seguir:"E o que é mais notável e interes-
sante no desenvolvimento extraordina-
rio de que falam esses números é a
conquista firme e paulatina das prin-
cipaes cidades hispano-americanas. Os
povos dos paizes vizinhos sentem ns
mestnus etnticíMs que o nosso por ohra
dos nossos Interpretes e de nossos au-
tores. Kssa infiltração do theatro ar-
geutino no das nações uni às fala da
Immineiicia de uma grata realidade: o
theatro ial-amarloano".
K toca o ponto que tem servido de
assumpto a numerosas chronicas ml-
nhas. no caso particular do theatro
de comedia entre uóa:••Certo o mais apreciado é o gênero
-chico" (chanchada) em que se dâo
provas de multo relativo bom gosto e
de muita escassa habilidade techn'ca.
mas tambem e certo que companhias
do rha mado. por opposlçfto. grande
theatro. tamhem tém interessado, ira-
halhando para um publico de mino-
rias selectas. assim como o theatro 11-
galro (de chaacnada) logrou o enthusi-
asmo do grosso dos espectadores.••Kssa dupla expansão interior e ex-
terior é uma solida garantia de perma-
nvncla e de Indefinido progresso. Pôde
já O theatro autohtoiie arrostar, sem
deafallecimento. uma temporada pouco
frutuosa na capital: o resto do paiz
e os elrcunivizlnhos darão a compensa-
çâo e evitarão com o seu solido apoio
o menor assomo de bancarrota''.
Resulta essa situação da cultura da
M
N
A
ü
K
N
I
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O
8
Argentina e tamhem. e multo, do pa-
trlotlsmo dos seus filhos. K* um paiz
de oito ou dez milhões de habitantes,
com tres ou quatro cidades de Impor-
tancia. Nós. com quarenta milhões e
tantas cidade* populosas quantas as da
America Hespanhola. estamos em uma
Sltua«i0 de Inferioridade clamorosa.
no que diz respeito ao theatro. ls*o
por culpa dos governos que temos ti-
do. que mais depressa atixlUnm rom
dezenas e centenas de contos, em pou-
cos dlaa. elencos da ar ri bacilo, como o
que vem Inaugurar o JoAo Caetano,
do que se decidem a despender oitenta
ou cem contos por anno com uma com-
panhia de comedia hras'lelra. facll de
organizar e de manter.
K é culpada tambem a iniciativa par-
t*eular. Depoli do magnífico impulso
dado ao theatro nacional pelas tempo-
radas do Trianon no tempo da empresa
Viriato. Oduvaldo e Vlggianl. o que se
tem v*f»to é a má vontade dos actores-
empresários pela producção nacional,
por lsso mesmo presentemente quasiextineta. Mais depressa montam as
pandiees argentinas do tal gênero "chi-
co". do qir> as peças brasileiras dos
autores na ionaes de nome feito.
Agem daaaa maneira ou em obedien-
c'a a sentimentos mesquinhos, ou por
falta de fé. pois que a intelligencia
muito curta não lhes permltte formar
juizo seguro acerca dos originaes que
lhes vão ter ás mãos.
tnd.é llrulé que vae Iniciar a temporada offlckd de ltt* com Roberto Comes, na ultima vez em que esteve no Rio.
(lh» aichivo de Alberto dc Queiroz)
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^mtr-~" "& ^aa^B "^^^B aaXw^^kWAw >
¦ I ^W\ WA ^^^EI^HirW Í"V
PARA TODOS... 17
6Q5 CA£4fc*Tó
AUM logar dc pr.«r? Ou é um recanto do fim do mundo na véspera do Juizo F.nal. Toda a ..nt. es-
ta calada Toda a gente está sosmando Uns pares rodam pela sala. emquanto os músicos so-
luçam tangos como quem pede perdão Morreu alguém? Ou vão matar alguém? Nao se sabe
Mas aconteceu qualquer coisa muito séria Que foi? Ninguém ainda pode dizer o que fo,
As mulheres sentadas em frente de copos tém a cabeça ba.xa Os homens sentados
junto das mulheres batem com os dedos nas mesas. Garçons andam na ponta
dos pés. De repente, a ultima dansarina hespanhola surge com casta-
nhólas e rodopia Uma censura geral crava a vista naquelle ba-
rulho. Mais tarde, é a ultima cantora italiana. Silencio. De-
pois, a ultima cançonetista franceza Silencio Por
fim, a conta A sala fica vasia depressa São
quasi quatro horas da manhã. Toda a
gente vae dormir. Por que toda a
gentepensava que
estava acordada
S M S
(Desenho de D i Cavalcanti)
*&*,
hs19 -IV -1930
WTIM - TIM - TIM-TIM-
TIM . E' a Vida que co-
meça: são seis horas da manhã O Sol espreguiça-se so-
bre a cidade Na rua — da minha janella eu os vejo —
passam os que vão para a luta do pão Os pássaros, ale-
gres. cantam nas ramadas do oiti que fica bem em fren-
te ao meu quarto E há pregões contentes, gritos de ne-
gocio. gottas de suor escondidas nas camisas remenda-
das E* a Vida que começa. . . Seis horas da manhã! A
hora bôa em que o Sol começa a encher de vida um dia
mais . E as lavadeiras vão depressa com os montões
de roupa para a beira do rio para aproveitar o calor do
sol do meio dia E* a vida que rcanpe e a esperança
que nasce de um dia melhor aue o outro que iá morreu...
TIM - TIM - TIM - TIM - TIM - TIM - TIM -
TIM - TIM - TIM --... Escalda: são dez horas da ma-
nhã Os que fingem que trabalham saltam para a rua e
caminham para as repartições E* a hora da mentjra.
A hora falsa dos enganos, das primeiras figuras pseu-
do-asseadas que a gente encontra nas ruas e nos auto-
moveis ligeiros. Gente que vem não se sabe dc onde;
gente que. criminosamente com certeza, não sabemos
para onde vae São dez horas da manhã e vendo tanta
gente que passa, eu não vejo ninguém que seja alguém.
E' o momento dos que nasceram tarde para tudo E o
meu relógio continua marcando minutos, continua tris-
temente acompanhando os passos de toda aquella gen-
te que não tem nome e aue mais se arrasta que cami-
nha Dez horas da manhã, é a hora dos mandriões. ..
MEIO-DIA .— Canta o relógio da igre-
ja! Meio-dia! E canta as doze horas, repenicadamente.
contentemente, com alegria e cheio de vida E* a vida
marcada ao meio de uma etana de trabalho E o relo-
gio da igreja, badalando nos sinos, faz-nos olhar o Sol
a pino. a alegria que frutifica e oue nos enche de uma
esperança que não chega Mas é meio-dia Não falta
tudo. já. para se viver até ao fim do dia E' meio-dia!
E a gente que passa olha a creancada que salta dos por-
toes dos collegios E os bibes e os bébés correm pelascalçadas, onde — mais tarde — aprenderão a ser tão
máos como nós somos E as garotas, as meninas, apren-
dem a arte de saber mentir, olham as mulheres-crean-
ças que aprenderam, sem mestres, a enganar a todos. ..
Ainda assim é linda a hora do meio-dia! E' a hora em
que as mocinhas passam para almoço; a hora alegre do
sorriso E quando o sino da igreja se cala, a gente sen-
te a tristeza de uma metade de dia que se vae E de-
pois, caladamente. a vida recomeça . .
... TIM - TIM... — Duas horas da tarde Volta a
machina de escrever a trabalhar e voltam os mesmos
passos da manhã a correr as ruas. Há menos mulheres.
Há mais homens. São vendedores de praça; são homens
que procuram fazer o impingimento de mercadorias queninguém compra Sua-se Estafam-se as pessoas. E um
vendedor de peixe ainda quer vender o que hontem no
Mercado comprou Passam os minutos: é a hora mais
parada de todo o dia de vinte e quatro horas. Mas os
dias não tem fim: onde um acaba o outro começa e porisso a vida tem a mesma triste monotonia, a mesma cal-
ma serenidade do "tim. . tim tim tim.
. . TIM - TIM - TIM - TIM . — São quatro horas
da tarde na Avenida Nos outros bairros são. ainda,
seis horas da manhã São quatro horas da tarde na Ave-
nida! E passa a multidão de pessoas — pleonasmo des-
culpavel! — passa a multidão de pessoas que anda á
procura de gente conhecida e que veja a toilette nova
ou emendada de accordo com um figurino novo E' a
PARA TODOS...
N/1
hora do chá A hora do cinema A hora do cinemato-
graphista da beira de calçada A hora do "flirt"
A ho-
ra do namoro, como antes se chamava. E' a hora de tor-nar a pôr o collarinho; a hora de as senhoras porém a
ultima porção de pó de arroz A hora mais mentirosa
A mais linda hora do dia todo Quatro horas da tarde...
E a gente, os homens, olhamos da porta dos cafés aquel-
la multidão que passa e commentamos a moralidade de
cada uma E nenhuma escapa! Como todos somos pro-fundamente ordinários!. . .
TIM - TIM - TIM - TIM - TIM - TIM... — Ou-
tra vez seis horas Aperitivos Restos de cinema quenão interessou Uma companhia que se conseguiu lá
dentro e de que se foge na hora de sahir Seis horas!
Accendem-se os candieiros á mesma hora vertical em
que se accendem as grandes luminárias do sol. pela ma-
nhã E' outra gente. Desprevenidos e insultantes na
sua maior parte Gente que catou dinheiro e não achou
Gente que diz mal da vida Pessoal que não soube viver
o dia Sâo seis horas só E o dia vae escurecendo sem
outras iIlusões que não sejam as do dia de amanhã: ou-
tro dia cheio de sol ou encharcado de chuva, outro dia
mais. mais uma passada para o fim Seis horas! A
hora do "Angelus" E a vida penumbrenta vae ca-
hindo. vae descendo, vae esmorecendo em um final de
musica de Chopin . Que tristeza a gente ver morrer
um dia que teve sol!
... TIM - TIM - TIM - TIM - TIM - TIM - TIM -
TIM... — Oito horas. Janta-se A creançada ri. Con-
ta coisas de collegio E' fim do mez: há noticias boas de
notas boas trazidas do collegio Nenen fala de Historia
do Brasil e conta coisas que eu não sabia; o Néne diz dos
seus aprendimentos em coisas de desenho E' a hora do
contentamento, a hora da alegria dos avôs que não es-
tão á mesa Ha beijos Bênçãos que são perdões E á
hora do jantar todos esquecem as amarguras do dia e
todos se juntam para bemdizer a Deus que nos serviu o
prato de comida As creanças riem. E a noite vae defi-
nhando com o cahir das pestanas da garotada que pede
cama e que adormece com um livro na mão livro que
era para aprender a historia da vida. caminho de uma
escola sem edifício e sem mestres, vida que é a grande
caminhada que leva ao cemitério.
.MEIA-NOITE. , . — Piam as corujas
na ponta das arvores e os mochos respondem lá de lon-
ge No silencio da noite, os passos dos que chegam tar-
de a casa São os tipographos dos jornaes; são os bohe-
mios; são os odientos personagens que não passam da
vida cheia de dinheiro e que sc embebedam como afron-
ta aos que nada podem. Fon-fon de automóveis. Rui-
dam. pelas ruas, os escarneos dos ricaços e que enchem
de injurias os pobres que vão dormir. Meia-noite! A
hora dos morcegos tristes, ratos com azas, amigos só
da noite, pássaros que bebem o pronrio sangue Meia-
noite! Hora das feiticeiras e das maldades, do desespe-
ro e da angustia Meia-noite: linda hora em que pen-
so que não existe no calendário das horas a hora do
amor! Passa um dia e outro dia passa e o Amor não
vem! Meu calendário de horas, meu Relógio, porque
não marcas tu a hora da vinda do meu Bem. a hora do
meu encanto, a hora da minha Vida? E' meia-noite.
Acabou-se o dia E tu. meu amigo, tu que palpitaste
commigo o dia e a noite toda. porque não vieste dizer-
me quando era o minuto, o instante, da existência intei-
ra da minha vida de paixão?E são outra vez
"seis horas da manhã". . . E saber
que a vida continua. . .
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2019-IV i^o
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A' primeira vista, indagarão sc esta pho-
tographia nào está invertida Não. está bem
direita Hâo de acreditar depois que se trata
de uma troupty de acrobatas do ar livre En-
gano ainda Cymnastas de circo teriam mais
harmonia, mais linha e mais estylo na exe-
cuçào desses saltos arriscados Os exercícios
aéreos aqui apresentados foram simplesmen-
Uma Saudação Originalte realizados, na praia do Pacifico, por mem-
bros do Olimpic Club de São Francisco, que
celebraram assim, de uma maneira pessoal, o
dia de Anno Bom Os sócios do maior club da
Califórnia habituaram-se a. todos os Primei-
ros de Janeiro, saudar o anno que começa por
um banho em commum nas águas aquecidas
da Cote d'Azur americana A natação succe-
dem-se. sobre a areia da praia, as corridas, os
lançamentos de discos, os saltos, as provas de
gymnastica Manifestações dc vida e de sau-
de, que reuniram, este anno. 300 membros do
club e 200 convidados junto do grande oceano.
F^mF^ +_ __^ H^^^_____a __*t ^^« ¦ •& '
Passagem dos concurrentes de um cross-coun-
try sobre a lama. rumo de Vincennes (Photos Wide World)
Os espectadores do match Corinthians- MUI-
wall, no Crystal Palace. tremendo de frio
Si o sport conta nomes celebres pelas dis-
cripçõcs elogiosas, entrevistas, photographias,
cinema, mudo ou sonoro, tem também os seus
heróes obscuros.
Sào por um lado os concurrentes sem es-
perança e sem publico, das provas de scgun-
do plano, por outro, os espectadores impavi-
dos que, em terríveis tardes de inverno, pas-
sam horas sentados num campo de jogo, ex-
postos a todas as intempéries Quando se
compara o espectador ao praticante, todos os
elogios sào para este. Bem considerado, não
Oi lie ro< i obicurof
c paradoxal pretender que o praticante, mes-
mo quando corre pela planície ou pelas terras
lavradas do campo, tem sobre os espectadores
dos stadiuns grande vantagem: o movimen-
to. Molha-se dos pés á cabeça, cobre-se de lama.
mas aquece o corpo, vive intensamente e sa-
tisfaz o prazer da luta que nasce comnosco
O infeliz espectador, ao contrario, não tem
personalidade, não é mais do que uma teste-
munha Pouco importa que o velho tenha frio
nos joelhos, que o homem, ansioso pelo resul-
tado, seja saecudido por tremores nervosos
que as mulheres estejam com o nariz verme-
lho e os pés gelados! Nada disso influe na ac-
ção nem intervém no match, mesmo quando a
multidão, como na partida da Taça de Ingla-
terra, entre os amadores Corinthianos e os
profissionaes de Millwall seja composta de
pessoas pertencentes a elite da classe liberal
britannica. Respeito pois ao praticante obs-
curo, mas piedade pelo espectador dos jogos
athleticos do ar livre.
PARA TODOS21
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Em cima, á esquerda: Mable Dupont,
Miss Wlsconsln, e Evian Seetiiig,
Miss Idaho.
isses norte-americanas
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Senhorita Sarah Bittencourt, Miss Bom Keti
PARA TODOS23
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19 _ IV - 1930
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Instantes do film "Saudade",
producção CINEARTE
Em cima: Tamar Moema e Máximo Serrano
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E/73 òaixo: Diííi Via/ia e Mario Marinho
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19 ~ IV - Í9M)
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OR que ficas com os olhos humi-
dos quando se fala em valsa? Tens
alguma historia ligada a essa pala-
vra?
Meu amigo respondeu:
— Nenhuma historia, apenas
simples recordações Não ha mo-
tivo algum para guardar segredo, sobretudo
comtigo Cada vez que a palavra valsa é pro-nunciada na minha presença, lembro-me de
tia Virgínia, cuja imagem guardo piedosa-mente deide a época já longínqua, da minha
juventude, que foi tambem a doa seus últimos
snnos Como pôde ser a vida. ao mesmo tem-
po. tio differente para duas existências que
ella devora, uma na alvorada, a outra no cre-
pusculo?
A valsa estava intimamente ligada á vi-
da de minha tia Nenhuma outra mulher foi
mais ágil e hábil do que ella (na mocidade)
para as mais variadas e as mais difficeis dan-
sss A valsa, porém, entre todas, permittiu-
lhe exercer, de certo modo, uma supremacia
nos salões
Nas noites em que o seu bom-humor con-
sentia que contasse passagens de sua vida, ap-
pareciam sempre nellas mnumeras valsas pe-
didas. concedidas, recusadas, disputadas Ou-
vindo-a, podia-se imaginar que os seus
mais brilhantes annos ella os passara
nos bailes, sobre a ponta de um sapa-
to de setim. abandonada nos bra-
ços de um elegante cavalheiro.
que a encantava No curso das historias que
cantarolava quasi. algumas vezes se esquecia,
balançsvs-se mollemente sobre as almofadas
da poltrona e as aneedotas que narrava, as ale-
grias e os pesares passados, tudo aquillo pare-
cia valsar e sahir em volteiqs dos seus lábios
pallidos Em resumo: as recordações de mi-
nha tia eram dansantes. e sempre acreditei
que o sangue do seu coração batia em tres tem-
pos
Foi dos dei aos quatorze annos que apren*
di s conhecel-a e amal-a Eu era interno no
seminário da Chapelle. alguns kilometros dis-
tante da cidade e onde ella raramente ia ver-
me porque receiavs a viagem "Tenho horror
de carro!" era uma phrase que repetia segui-
do. Mas, nos dias de sahtda quando os omni-
bus amarellos nos depositavam todos, em mui-
tidio. manhã cedo. em Orleans. no pateo do
grande seminário, diante do bispado, eu tinha
a certeza de ver a minha tia. sempre no mes-
mo logar. um pouco para traz das outras pes-
soas que se atropellavam
Digna e grave como a burguezia, mas
uma burguezia sorridente, toda dc seda negra
dos pés á cabeça, com um amplo chapéo-capo-
ta em velludo com amores-perfeitos. cujas fi-
tas. encorpadas formavam uma gravata deco-
rosa; nos hombros um mantelete bordado de
vidrilhos ou um chalé quadrado: nas mãos o
lenço de batista que toda, a vida de manhã á
noite, não deixava, e, uma sombrinha com
franjas, que se dobrava em dois como um com-
Apasso Assim que me vis li-
vre. tomava-lhe a mão e par-
tiamos Deveria, bem o sa-
bia. saltar-lhe ao pescoço,
beijal-a com toda a minha
força, como eu a amava, e,
entretanto, não fazia nada,
gelado, retido por essa es-1
pecie de falsa vergonha que, diante dos estra*
nhos, nos faz corar dos nossos parentes, quan*
do somos pequenos Parece-nos, então, pobres
cérebros esboçados, pobres corações em for-
mação, presumpçosas chrysalidas de homens;
que ha qualquer coisa de ridículo e de grotes-
co na troca publica desses carinhos e desses
beijos sagrados; e todos nós. precoces ingra-
tos, com o nosso embaraço e a nossa frieza,
sem querer, apesar de conscientes, magoamos
creaturas boas que nos adoravam Mais tarde,
a idade da ra'zão, tenta reparar essas ferocida-
des da infância; muitas vezes é em vão Cura-
mos apenas a metade das feridas que fizemos
tão profundas Si insisto neste ponto, é que,
hoje ainda, não me lembro sem um grande ar-
rependimento de certas circumstancias em
que a minha apparente frieza contristou a mi-
nha querida tia; e não sei o que daria pararesgatar os desgostos que lhe causei, embora
tivessem a duração de um minuto! Nun-
ca ella deixou perceber nada De um
humor sempre egualmente doce. in-
formava-se da minha saude, dos
meus estudos e dos meus diverti-
PAPA TODOS... 31
" -**^ .» -***^" . ^Sm*mm--._- «*•****" «RR-R- »»/»**__*______Í»____-J rPa-f-T _________ tf***/- l , 1^1
mentos. emquanto nos dirigíamos para casa.
onde me esperava, sobre uma toalha tão bran-
ca que dava fome. o amável e saboroso almo-
ço organizado por 'ella durante quarenta e o»-
to horas.
A' tarde sahiamos Ao fim da rua. passa-
vamos por uma loja com pequenos quadro»»
azulados com esta inscripção: "Melles. Badi-
nier, que fazem os chapéos sérios e as toucas
armadas", e iamos a casa de uma velha senho-
ra. a única amiga intima de minha tia. Mlle
Desirée de Bergeronniére. que tinha no saPo
um piano de cauda que só a vista opprimia
Aquelle piano estava tão paralytico. tão
cansado, tão usado, tão acabado, e com as cor-
das e metaes tão no fim. que srs notas sahiam
tremulas e aflautadas como a voz de uma avó-««
zinha Quando a gente se apoiava, levemen-
te. sobre os pedaes elles gemiam como uma
creatura a quem se tivesse pisado os pés.
E nada era mais desconcertante para
os ouvidos e para os olhos que a in-
curavel aphonia daquelle cofre vo-
lumoso Não se podia ouvir os
lamentos do velho piano
«.sem pensar nos milhares e
milhares de melodias, de
árias de romanças que cantara alegremente,
antes de chegar a uma tal extincçâo Parecia
inadmissível e contrario ao bom senso que pu-
desse ainda ser tocado, e que fosse tocavel E.
entretanto, a minha tia tocava
Tocava até muito bem Sem duvida, os
seus dedos finos, leves, quasi immateriaes e de-
licados de velha, sabiam pousar sobre as te-
cias do frágil instrumento, pedir-lhe um esfor-
ço que elle em muito gentil para recusar Evi-
cientemente, ella possuía um segredo para des-
enferrujar as notas quasi centenárias Assim
que se sentava no banco. — o corpo esbelto.
direito como o de uma joven — o piano, des-
entorpecido, encontrava sob as suas mãos a
força e a frescura dos bellos tempos! Foi nel-
HENRI LAVEDAN
(Da Academia Franeeta Desenhos de Mau-
rice Lelotx )
le que ouvi a querida ti. tocar, durante o.
meus primeiros annos. certa valsa estranha e
pungente, que nunca vi impressa, e que ella
chamava: A valsa de hontem Muitas vezes
eu repeti a pergunta:
Minha tia. a senhora não pôde me con-
tar nada dessa valsa?
Sempre a sua resposta foi a mesma:
Meu querido, é uma valsa Não se co-
nhece o autor, desconfio que já nasci sabendo-
a Chama-se, ah! um lindo nome: A valsa de
hontem E' um encanto Ouça-a.
Seria incapaz de trauteal-a hoje Mas te-
nho-a em mim Apenas o meu coraçio pôde
cantarolal-a baixo, na rua, no inverno junto
do meu fogão, no verão sob as arvores A beira
dos lagos, ou á noite com a cabeça sobre o
travesseiro, e em viagem, distante da minha
terra Mas. de longe como me vem, do
fundo da infância, nesse velho Orleans.
ell. canta e se estende, symbolica e
terna, como a phrase typo, o mys-
terioso leitmotivo de toda a minha
vida.
.*«
MI A DONA! Deixa-me beijar-te a
I fimbria roçagante do vestido.
I as tuas máos alvas como dois
" lyrio* morrentes. as conchas
nacaradas e brilhantes que são as tuas unhas
pequeninas Madona? Minha
adoração' Meu amor feito de en-
cantamento e pureza! Por que és
tio bella e táo triste. Madona*
Por que náo sorris nunca? Por
que trazes, no fundo das tuas pu-
pulas azues. tanto soffrimento. tanta magoa
dolorida ?
sangue jorrando quente Pel» P**"
meira vez. suas boceas juntaram-se num
beijo casto de amor.
• • •
— Madona! Por que náo voltas?
Por que me deixas consumir nessa febre
de anseios insatisfeitos? Por que te foste
MADONAC o louco amante, o poeta apaixonado e
triste, ajoelhou-se. em attitude de muda
adoração, ante a sua doce amada, anjo feito
de castidade e luz Ella era bella. a ama-
da! Branca, estatua de mármore animada
com alma de mulher, olhos azues puríssimos,
grandes e nostálgicos. nariz grego, bocca
pequenina e perfeita. da um rubro de san-
gue vivo. cabellos de um louro bronzeado e
quente, ella parecia, mesmo, uma Madona
qu*. cansada dc viver em alguma igreja sin-
gela. houvesse descido do seu pedestal para Jespalhar, no caminho dos tristes, as rosas
puras da sua bondade Ella apaixonou o
poeta Sonhatlor. alma cheia de irtysticismo
e crença, elle viveu na sua figura estranha e
linda o sonho, feito dc pureza c luz. quc abri-
gava no seu coração sensível Ambos tristes,
ambos vivenílo oresos no mesmo anseio lou-
co «le alcançar um ideal que lhes fugia sem-
pre. ambos tendo na alma um mumlo de ca-
rinho e devotamento. «leram-se as mãos e
seguiram o seu caminho com a alma cheia
de fé c amor Amaram-se loucamente A
Madona era o sonho, o único motivo de ado*
ração do poeta, que só vivia para a sua bran-
ca imagem de santa Ella lhe dava totlo o
seu coração de mulher amante, incompre-
hendida. ansioso por um ideal de lu/
Estavam ambos tristes A Madona ia
partir Não i>odia mais continuar ali Tinha
quc ir para o seu paiz de neves frias, de lon-
gas stcppes côr de leite, onde corações
amantes espernvam-nn. depois da s ia au-
sencia longa Uma angustia cnonrw lace-
rava o coração do poeta, porque elle tinha o
presentimento dc quc a sua Madona se ia
para nunca mais voltar. . .
Mandona! Tu és tão linda! Por que
não me deixas contemplar-te toda a minha
vida. em muda adoração? Por que te vaes.
Madona? Não sabes que és o motivo único
da minha vida. que levarãs comtigo toda a
minha alegria? Por que te vaes. Madona?
Não te basta o meu amor?
E o poeta chorava como uma creança.
aos pés da sua amada Carinhosamente, ei-
la ergueu-o. obrigando-o a olhal-a de face.
Seus olhos estavam cheios d'agua.
E' preciso que eu parta, amado Mas.
nunca te esquecerei, nunca! Se tu me ensi-
naste a bclleza pródiga da vida, se tu. com o
teu amor. me descortinaste quadros de tão
infinita bclleza. como esquecer-te. amado?
Eu vou. mas voltarei breve Não posso vi-
ver sem o teu amor. sem os carinhos doces
do meu loiro e divino poeta!
E a Madona offerecia ao amado a sua
bocca sanguinea. como uma rosa tinta em
e nâo mais voltaste? Por que. Madona?
E o poeta, já de cabellos brancos co-
mo as neves distantes, olhos baços das
muitas lagrimas que chorara, tristonho
espera ainda áquella que encheu de luz
a sua mocidade distante, que enche ain-
da de sonhos a sua velhice inquieta
No sonho que absorvera toda a sua vi-
da. elle vive ainda, numa ânsia desesne-
19 - IV - 1930
, o coração cheio de saudades e ms-
goas atrozes...
Pobre poeta! Pobre velho louco!
Elle náo sabe que a sua Madona, a bran-
ca imagem da sua adoração e do seu
amor. a eleita do seu sonho mystico. é
mulher e. portanto, sequiosa de amor
Como poderia viver ella li nas nevea dia-
tantes. se não encontrasse um coração
que a aquecesse do abandono e do frio?
Elle. sem saber nada. espera ainda
E talvez só se desilluda quando vier ti-
ral-o do seu sonho mystico e louco, ou-
tra Madona, de olhos piedosos — a
Morte
LOLA
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In 1 IL ____. J IJ- ¦ «ilfl !__* ^L_J^^_f_P_ ^B» «*»BI^^»**~**^**********1
L E G I A"Se eu pudesse esquecer toda a amargura
que me tortura
crucificando o coração,
nas manhãs transparentes e encantadas
de rútilo verão
entre o verde do mar e as areias douradas
eu cantaria, cantaria
de alegria !
Se eu pudesse reter um momento que fosse
0 meu passado luminoso e doce
que entre os meus dedos finos escorreu
(orno as águas do rio
correntio
que em balde a DOSSS mão prendeu,
se eu pudesse reter este passado
bem amado
eu choraria
de alegria, de alegria !
fl .ie eu pudesse ter plena certeza
ds que assim reveria o meu Amor,
desprezando esta vida de incerteza
onde ha um dia de sorrisos
indecisos
por um anno de maguas e de dôr,
esta vida por certo eu deixaria
e morreria
de alegria, de alegria, de alegria ! "
MARIA SABIXA DE ALBUQUERQUE
Em cima : no Syllogeu, depois da conferência do cônsul geral Dr. Joa-
.(iiiiii |:iii.111<. sobre "Suggestões para um melhor conhecimento scientifi-
co do I.i .i-il BO Estrangeiro". Em baixo: almoço no Lido, que os fun-
ccionarios do Contencioso do Danço do Drasil offereceram ao Dr. Chris-
tiano Drasil, em despedida por ter S.
Títulos em liquidação do mesmo
S. passado para o Departamento de
Ranço, como consultor jurídico.
fl BflflT ___________ m ________! ^m*i*»^L ^!______í
W M ¦_ I .__¦____. fl___^V. ________¦ fl«<*__Bâ____P^^^^^^^^B *¦ ____________iBB ~l . T _^^*BB BB^-^.flr Mt*- swt B /__r___rfl____B. >' '¦'<^BB_ V IMI %-Hs""*^ _S_. BmA.!!
H p mm>^ _____!__. m^C__.^ffB____! l
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19 _ IV — 193034 __«,
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Ul ^* fH^N H p,aI1,aH ¦¦r* m^'1 ^^ ° i»i,i|í<*ir° ,íà°tommum •*» toda8 as casas pauii8ta8-
O archltecto <• IVarchavchlfc Hr | |\ '%£* j¦§ 1! I
AAv -ÈÉm^^^mM LMA^mm "
f.v^''^ ^^^%flfltt
i
PAULO Intellectual, artístico e
X
mundano, foi attrahido durante
vinte dias. para uma exposição de
gênero completamente novo no
Brasil.
O archltecto O. Warchavchik
que ha tempos, com louvável ener-
g"ia. vem se batendo pela introdu-eçâo
da architectura moderna,
inaugurou nos últimos dias de
Março, no scenario admirável do Pacaembú. a ex-
posição de sua casa modernista em cujo interior,
collocou em rigorosa harmonia, tudo que se fazia
necessaiio para uma installaçáo definitiva.
Concentrando nesta habitação de linhas sóbrias,
os elementos indispensáveis de conforto e bem estar,
G. Warchavchik. não esqueceu os detalhes minimos
de ambientes.
Desde os apparelhos de illuminação em que B
lu/ se filtra suavemente para não ferir a tonalidade
viva das paredes g dos moveis pintados a Duco. até
os detalhes mínimos ds cozinha, tudo foi concebido
e executado especialmente, segundo riscos originaes
do propilo architcto.'Para ambientar o aspecto moderno deste inte-
rior, o artista tive a collaboração de esculptores e
pintores dos mais arrojados de S. Paulo, que com
as suas obras completam a casa moderna.
_____¦ -_______________¦
'jx r^k. _________________________!
1'i S v ^^IH-H irrTrWmmmi >Sx l\ f fl ^11 ' ' *•' ' ' t' - ''r
H* ___________! -H-^fl 1
PARA TODOS...
nota-se qual-
quer coita
que fnz bem
á vista e quebra a 11-
nha recta das purê-
de» deveras descon-
certanles. para quem
nao está a f feito a
este gênero de cons-
trucçâo.
O mobillar*o de
goato e sobriedade.
tem peças originaes
que realçam bem o
talento do autor que
soube tirar partido
das nossas essências,
principalmente da im-
buya.
Mas a nota pre-
dom'nante e que Ee destaca viva. na casa mo-
derna deste audacioso bandeirante da architectu-
f* mA
________-' ______¦_ "^ Am**___________ -B$> _______"¦"-*
V a rios
aspectos
35
Realmanta.
o artista
con seguiu
ama deliciosa har-
in.-aia entre os tret
tons — verde, roxo e
prata que. em dl-
v e r s a s gradaçôes,
gum$$B M prln-
c-lpacs peças da ca-
sa. com excepçfto da
sala de Jantar, onde
a nossa imbuya. com
a sua quente tonali-
dade. fôrma o orna-
mento essencial.
Fugindo assim á
vulgaridade, a casa
do arehiteeto War-
chavchlk. é um car-
tax arrojado do que
se pôde conseguir fora dos lamentáveis bolos de
noiva e das casinhas estylo batata roxa. que no
______________________________* ll '•'¦^-1® -
Y^ffllBliIRM-!* ^*~k A\ mm ...
____T^™1 anb raii___-l _______--*¦ ¦ _____ ___________ ____É___._________¦ _________s__<<-_______i___> m m*** h _>*_.?¦-*•¦¦¦¦_¦ m** aaãm ¦
res Rio procuram fazer concorrência ao bangalô pau-
ra nova em S. Paulo, são os admiráveis ef feitos e^ x %*w^ »
^ __
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ujolinho *
mostra e ornatos^ excessivos.
de côr.
WA
__________________________f^ _________________ ^_fifafnZ^^J__l ^fe»_ ________É__Í * _________________________ II
PLINIO CAVALCANTI |
•g—W— 193036
IWAB ^^fl Be *¦*+<*» ** 'ÍSP .
Xo Club ticrm.mln rcallzou-sc. om .1 do*to me/, um nlmorn «le cordialidade do "Centro dos Droguistas o Industria**
ét Or«»gnH na «apitai Metal", que reuniu aa figuras mais representativas dcase ramo de commercio aqui.
N-
Velha boneca dansarina
Eu te conheço ha bem trinta annos. Creio
Meu dever revelar porque asseveras
Ter apenas dezoito primaveras
E nu»ntir desse modo é um pouro feio.
Sei que essa cousa é própria do teu meio.
Entre aa damas que tanto consideras
Julgas te casa nova entre taperas,
Mas casa nova que Já pede esteio.
P
á
d
c
Amando na chuva . ¦ -
Chove. Alagam-se as ruas de repente.
Estravaza a maré pelos passeios...
Quanta gente na rua ! Os bondes cheios
E cheios os cinemas... Quanta gente !
Como as baratas quando é tempo quente
As mulheres em giros e volteios,
s.u, 'ni de casa desvairadamente
Na abundância dos braços e dos seios..
Quando no "Botafogo" tu dansavas
Com um famoso aviador como que voavas
Entre nuvens, distante dos mortaes;
Vejo um "fragrante" tremulo e indistineto:
Ella — gostosa como um bago de uva,
Elle — feio e molhado como um pinto.
Mal me viste, perdoa-me a maldade,
Só porque eu sei de facto a tua idade,
Erraste o passo e... não dansaste mais.1
O par num tronco de arvore se encaixa
E fica a matutar que o amor na chuva
Só de galocha e capa de borracha.
Antes «lo banqaete offereddo no Club Commercial no aeabor E. E. Knisor, ex-director gerente da General
Motors «lo Braail, S. A., a no novo «lirector, senhor E. M. Vaa Y<»orh<*«*s, rcccm-chcgario <!<> Nova Vork.
iMMw< mW J Tr ¦ l. ^Jmuw^MUm.^s( K^jHMp^l^KJIf^R^il jvfc A W^M^jAJ^W?Mm*ym' SfeMb^É^aF ^i II
^H ^1 IT fl l|| lfl"l| J Ir |C1 II) If, ^|m |fl Ifl
¦^LKi n luiu^1 HilBi lU^^snl EKj BwJB bliM ¥m ^^i
Ibâli li H U H M U U
PAPA TODOS... 37
1
'
Chama-se Miami Alva-
rez. Nasceu no México.
Trabalha nos Estados
Unidos. Já andou pelo
Canadá. O suecesso dos
seus vestidos é menos
material do que psycho-
lógico. Ella veste con-
forme os estados dalma,
veste menos o corpo do
que o espirito. Está
millionaria.
=5*1111 lll¦ mm mmm _^ "£*, -
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N Li J M v
I
3819 -IV -1930
%C lcü An
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ANOTA que rejuve-
nesça os vtstidos
comprido». O "què"
da juvenilidade pa-
ra esquecer que as rou-
pas dc algumas horas co-
brem os tomosellos O pro-
posito de nâo deixar na
compulsória o que tanto en-
cantou, enthusiasmou a mu-
lher moderna: a saia curta
Por isso meamo. conti-
nuam curtas, ellas. as saias,
noa "tailleurs" Por isso mes-
mo. os vestidos de rua desce-
«ado ou crémt. marfim ou "beije"
que a saia curta c
justa prende 4 «murs. E' s graça do "jabot" esvoaçan-
do de dentro do casaco de "tweed" E* uma gra-
vau dc gaxe ou dc crépc. uma gola de renda clareando o
havana. o cinta sombrio, o amarello laranja. o asul forte
ou o preto do costume tão do gosto das elegantes cm
1930.B 1 u sas simples.
para "tailleurs" de
viagem ou para a
manhã: blusas mais
trabalhadas, para os
de velludo. de "moi-
rc". de setim. de
"marocain", todas
presas á cintura Já
ram pouco, pouquíssimo
Deixam á mostra um
bom pedaço de perna, ex-
hibem meias finas Tam-
bem ha quem as mostre
sem meias, nos dias quen-
tes E*. entretanto, moda arriscada Ar-
risca o desencanto das pernas que pare-
ceram bonitas cobertas por tênue tecido.
O "manto diaphano" Os trapos. ape-
sar da manta dc andarem despidas, ain-
da concertam, realçam a belleza das bel-
Ias e encobrem o que as outras querem
encobrir
Mas a nota juvenil é a blusa nos "tail-
leurs*' E' o pequeno pedaço de pano, ro-
^m^^ 'n
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WM. 31 vÉjB y^ /A^^tmM^m r&tà *Jbx ^^^
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JH^n. ____ _M_~ _m
l^H^^^Hr w '* ¦ È \ e%*\ VA V I ^1
se foi a época dos blusões que alongavam o talhe e
encurtavam as pernas por mais curtas que as saias fos-
sem.
Não são exclusivamente de tecido liso. Os es-
tampados, os bordados, uns guarnecendo. outros ser-
vem para lindas blusas, para costumes de seda, como
de lã. As blusas de tom unido são, geralmente, en-
feiradas por um bordado a cores, iniciaes ou qualquer
desenho, que, posto no peito, no vértice do decote, no
hombro dá uma nota expressiva e alegre.
Os "tailleurs" estão muito do agrado das ele-
PARA TODOS...
gantea E • blusa é o maia importante com-
plemento da veate gracioaa e pratica
Movimento elegante na cidade: Ga-
brieila Benzansoni Lage. senhora Asurém
Furtado. Marina Padua. Anna Amélia Car-
neiro de Menaonça. Maria
Luiza Brandio. Leonor Po-
aada. Dinorah Mello, senho-
ra Alberto de Faria Filho.
Carmen Violeta, aenhora
Marcellino de Almeida. Léa
Azeredo da Silveira, senho-
ra Prado Junior. Maria de
A-fonseca e muitaa maia.
Proximamente: A Dorét
*M*WJL}t^f(jk
I Ik2^_^___
num modelo de Lucile Paray: "Jeraer" tecido em de-
senho meúdo para um "tailleur""
quasi rígido; vesti-
do "tailleur" de
"tweed". próprio para a rua;
"enaem-
ble" de lã azul listada de cinza; casaco tres quartos
guarnecido de pele branca e um "jabot" de pregas; ca-
saco de "marocain"
preto e vestido de crêpe setim pre-
to com losangos de cristal a cintura
Mais: sala bibliotheca. confortável e sóbria.
SORCIfRE
& -#J. •
dirá algo sobre perfumes e cabel-
los.
E_V
M^__/__l '*#.
^v*i>Ai^^ •*> r-aaj-PSpt^
^¦Sp- •_ __ . {.****m^m^m^m^m***mm*****************\*M WW*
.-********** I _______ ^W?"' ^MW^Mv*^r.. •'""^m****************m^******
Figurinos: além das blusas, um cos-
tume para a tarde de "georgette" guar-
necido de "renard"; um lenço estampa-
do num costume de seda "brochée"; um
"mantf.au" tres quartos, gênero "tail-
leur", de crêpe "grosgrain" encobre um
vestido decotado; casaco de crêpe de lã _____________________________ _^mmm,mmwmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm^**Bm^
_______Ble_9HHHHHHHM^'^'^^verde, gola em feitio de pequena capa
TOUTE FEMME ELEGANTE PORTE DES CHAUSSURES ABRUNHOSA - .0. - RUA DA ASSEMBLÉA R.O
*.^^i__?'?___'_í..__!^__r._ '¦
40
Oscar DorgüERT é um nome que sôa
bem no ouvido da gente. Nasceu, sem
duvida, predestinado, eaae artista brasi-
leiro, que nós vimos surgir, primeiro,
como alumno do Instituto, exhibindo um
talento formidável a etnriço de um tem-
peramento pujantemente tropical. De-
pois, foi a Medalha de Ouro de violi-
no, que marcara, no aeu primeiro re-
citai, o seu primeiro triumpho. Depois
o Concurso a Prêmio de Viagem, que
lhe poz em evidencia a? preciosas
qualidades artísticas, que lhe assegu-
raram no nosso meio um logar de in-
confundivel destaque
Depois... o meio começou a ser
pequeno para o artista.
As ambições de gloria indica
vam-lhe o caminho a seguir. O artis-
ta que pára. sacrifica se fatalmente.
Oscar Borgbert pensou, então, em se-
guir para a Europa. Seguiria mesmo por
sua conta, já que o Prêmio de Viagem lhe
fugira das mãos.
E foi.
Os telegrammas, algum tempo de-
pois, trouxeram-nos noticias do artista.
Elle estava na Hespanha, paiz que, em
matéria de violinista já r.os deu. pelo
menos Sarasate, em tempos idos e
Juan Manén, nos nossos dias.
Evidentemente o suecesso da pre-
sença de Oscar Borgbert em
p 1 a t é a s hespanholas, era,
para nós, de ante-mão in-
MUSICA
^K^\p^^^' * ^~^™ * I %
p^ r TflF *** W. »'^.^'í^
¦ i ^
COSI M A W A G S E R
A viuva de Ricardo Wagner morreu
eni Bayrenth na madrugada do primeiro
dia de abril, Tinha 93 annos. Ella foi
durante a vida do grande compisitor uma
companheira excepcional da sua vida e da
sua arte e, depois que elle morreu, conti-
nuou animando a obra do Mestre com
toda a ternura e toda a admiração. O
corpo de Cosima Wagner foi cremado e
as cinzas descansarão em Bayreuth.
]. -m |V - 1930
discut ivel. Esperávamos que a sua Uch-
nica brilhantíssima, ao lado do aeu
temperamento ardente de tropical, im-
pressionasse seriamente á critica e ao
publico hespanhóes.
Tínhamos a certeza de que elie ar-
rançaria applausos das platéas com a
mesma facilidade com que haveria de
arrancar elogios da imprensa.
Mas nunca pensámos que esses
elogios chegassem ao extremo de
comprar Borgbert com Sarasate, o
violinista que é, talvez, a maior ceie-
bridade hespanhola, de todos os tem-
pos.
Nós registramos essa referencia,
com o grande prazer com que o faze-
mos sempre que se trata de um ar-
tista brasileiro.
Apesar de lutar sempre com
certa espécie de "patriotas", cujo
"patriotismo" consiste em, eternamente,
achincalhar tudo quanto é brasileiro, bom
ou máu, o Brasil, feli7«mente, inda tem
quem, artisticamente o apresente e eleve
dignamente lá fora — tão dignamente
como, de corto, nunca o fariam esses "pa-
triotas" que só têm a lingua. . . para a
diffamação. Oscar P>orghert é um des-
ses artistas em quem todos nós deve-
mos confiar, porque, onde quer
que elle esteja, como actualmente
se dá na Hespanha, o Brasil
está sendo dignificado
e applaudido.
PARA TODOS... 41
Historia
da
Musica
pela
Senhora
? Schumann
Heink
Continua
no
próximo
numero
vwyvvvyvywA^A^AA
Ç) musica nas primiiioas eras
A mais primitiva flauta começou com
um tubo só, chegando depois a um oitavo
ou mais. Pequenos bambus Ocos constitui-
ram a base do Instrumento. Por este melo,
o homem conseguiu combinar os sons mais
complicados.
Gritos musicaes. na opinião de muitos sábios,
antecederam a palavra, como existem entre os
pássaros e animaes, que de outra maneira nâo
podem exprimir o que sentem. Assim os gritos
de amor de outros tempos tinham notas estra-
nhas. impre88'onantes que levavam uma mensa-
gem através das montanhas a outra pessoa
apaixonada .
I,a mesma fôrma que o grito de amor. O cântico funerário ou de morte começou
grito de guerra tinha os seus tons próprios de espaço om espaço de lamentação reconhe-
intervallos, que eram calculados para aterro- cda. que N transformava de espaço sn espaço
r"sar o inimigo. O grito de guerra I 0 grito em uma. espécie de oração ou expressão musi-
de luta transformaram-se na cantiga de guer- cal de tributo a memória do morto. As mar-
ra, forma mais complicada • uma das primi- Cha. fúnebres dos nossos dia, tém muito da
tivas creada* pelo homem. melancolia dos nossos antepassados.
\ Repetido por ter sido publicado com incorrcM-c-.es.
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42
.._ P.f 11W!PJ.U-. 4«iRip-
•
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,9 _ IV — 1930
GRANDE COHCURSO DE SÃO JDÂO D"'0 TICO-TICO"
50 RIQUÍSSIMOS
BRINQUEDOS
LEIAM AS RASES DO CONC1TRHO
X-O TICO-TICO
A comevar de 25 de AbrlL
_.• PREMIO «—Um
luxuosíssimo automóvel
para creança, no valor
de 6001000. com fortes
pneus. buzina, para-
brisa e todo o equipa-
mento de um carro mo*
demo. E.te va-
..»- -iimo premio
tot adquirido na
Allemanha pelo-O Tico - Tico"
para premio do Grande
Concurso de Silo João.
O comprimento do au-
tomovel é de mal. de 1
metro, e, .em medo de
errar, afflrmamo. nào
haver no mercado do
Rio outro semelhante
em luxo e conforto.
A^LWrJJa%s'
H *¦ a N>*«
v*«_\.
/ I ——— -—»¦— —a—) y^*^^fcv_v\ —-—-—^—"-~*-—¦**"»¦>•----___
ílBf//¦'/-"'' üflijtitytft/iCif/íítlüflS.^!!!^^fc^«^--.-^--- wêêè
vjf V_J^
Rfl ^i I
2o PREMIO — Uma carteira escolar. —
E* este um premio. do valor de 5009000. dos
mais úteis até então offerecidos pelo "O Tico*
Tico". E' o movei necessário para o menino
ou para a menina estudar. Mesa, banco, des-
canso para os péa, Untelro, tudo com gradua*
ção. variável, para a atura da creança. A car-
teira escolar é um rico movei, digno de figu
rar em qualquer sala e. dada como premio aos
nossos leitores, representa a preoccupação qu€
temos em cuidar do conforto e bem estar dos
ocqutniuoá estudautes.
3o PREMIO lm trtcjrcle. — Premio de
grande valor, brinquedo moderno e resistente,
onde a creança se diverte e cultive o pbystco.
O tricycle, cuja reprodiieçào se ve ao lado, será,
estamos certos, o brinde cobiçado pe'os milha-
res de concorrente- do Grande Co uc urso de
São João.
•• '""el!"™
PARA TODOS...
Pernambuco
Recife
Olindafl^V
•'__£< *t^Si__ifc*__iw3M______l ' ^|
mm\ ,***? ^^m ^^H y
____________ __________ X *^v_! ^BPfl _B
^e\ m* *_________É___H_______________i^ ^__m_ ^______ _^_T^i________________________________H *_^"-_R________________r ^^B ___•__¦
1 fl |Bvj|.l m. w l>________r^__ii______fl lmfl __K*M__ ____________B ________m £_____! I^r__rfe___. flfl**
sT^____ __Ht> k_mm oa__^_^_^_B í i^^^nv ^a 1 Jül**^^^^ ^H >_______r
^BBL-fl _9_l.w ________________k ________________l^^__________________________________B __Bie* m\gmm\ fl ______ __________¦ ___L ^_^_^H_t_^__________________________________l ________________________L'i- 5 .BÉB BJflB^S fl s___________F L
- 'j&^m9mmW* ^^Om_l _____ ____L_____l^_fl _____
^* _Er _^^_B ______ ,___.-________ maaSwy'^JtgJAamtA. ZJtá. Ã/r^^mmmWm ¦_-___ . ^tfABI^^^^^K
A' direita e á LeinawVu
instantâneo* apanhados na
praia dos Milagres, cm Olinda,
,|c senhoritas da alta mm i.-dnde do
Kstado. Xo centro, cm cima: a pianis.
Clinica Medita de Para Todos...BNPRMO DBRMATOiXKHOO IM)
Sll-FATO DB OOHHB
Ultimamente conseguiu certo>*•**
que. no tratamento de varias attecçoe
cutâneas, o emprego local de sulfato
de cobre.
Solúvel DO álcool absoluto e numa
mistura de álcool e de ether o sulfato
de cobre pôde ser utilisado. sob as
formulas seguintes:
Primeira: _,_ ..
Sulfato de cobre anhydro. 60 centl-
grammas. Álcool absoluto. 100 grani-
mas.
Segunda:
Sulfato de cobre anhydro. 50 centi-
grammas. Ether officinal, « B,am
mas. Álcool absoluto. 8 5 grammas.
Qualquer uma das formulas prece-
dentes deve ser collocada ao abrigo do
ar, isto é. num vidro cuidadosamente
fechado, porquanto o sulfato de cobre
em solução vae se depositando, no tu»-
do do recipiente, desde o momento
em que o gráo de hydratação atttage
a cifra de dois ou tra* por cento.
_______ ^1___ _____
*Amkommm\^^ ^^^^_L__________________B__________M____ jgjtfBW
/
Os Boltttoa de sulfato de cobre, aci-
ma referidos, nào são desprovidos de
acção irritante, a qual. entretanto,
não produz sohre a pelle maior meon-
veniente do que produziria a acçao do
álcool a noventa grãos.
Em dermatologia, os- solutoi de sul-
fato de cobre são indicados, para com-
bater as pyodermltes, evidenciando
possuir muito mais efficacia do que o
álcool iodado e a água de Alibour.
Ha suecessos comprovados, quanto á
seborrhéa. e. sobretudo, relativamente
ao acne facial de natureza idêntica á
da affecção mencionada; porém, com
relação ã seborrhéa do couro cabellu-
,1o. es resultados ainda estão destitui-
dos de valor.
ta Amélia llruiidão Ncry,
cujas coiii|M»sh;õcs estão hcji-
do gravadas pela ••Victor". Km
baixo: Moraes dc Oliveira, nosso rc-
i.Msentantc e sua filhinha Maria Utla.
tonsi i/romo
X Y 7*. (Curityba) - Uee, pela
manhã, depois do pequeno almoço,
dois comprimidos de thyroulena. Lse.
a noite, depois da ceia. dois comm*-
nrdos de orchitina. Depois do almoço
e do jantar, use dois confeitos de "Ibo-
gaine Nvrdahl" . Faça. por semana, ò
injecções intra - musculares, com o
•Strychvarsitol Robin" .
DESCONTENTE (Kio) — Segundo
a relação existente entre a altura e o
peso indicados, julgo que não ha ex-
cesso de gordura. Entretanto, para
corresponder ao seu desejo, aconselho
um regimen alimentar, com exclusão
de manteiga, toucinho 6 outros pro-
duetos idênticos, cervejas, compotas cie
fruetos, doces e outors artigos de con-
feitaria. Sopas magras, carnes assadas,
irroz, poucas massas alimentícias, sa-
ladas de alface, agrião, etc. pouca ba-
tata pão sem excesso, fruetos. coalha-
da vinho leve e águas mineraes, eis
a base de seu regimen aumentar. Evi-
te cuidadosamente o abiuo do assucar.
Tome banhos frios geraes pda manlia.
No meio do almoço e do jantar, use
vnte gottas de "lodalóse Galbrun ,
num cálice de vinho leve. No momen-
cabello
aM.e.aVrimiüvarteta.un. vidro para U»
Com
«ter pharmacia ou drogaria pelo preço de
Rua dO Ouvidor, 148 - Rio de Jane.ro.
4$000 o vidro
seu emprego volta a mockhde e
Vende-se em qual-
e'ma;s 2$4()0 pelo Correio. Depositaria: Casa AUxmÇ&TI ¦
¦a JUVENTUDE ALEXANDRIA ^J**,^ ^^ZJJJZ^^i.^
mm*.
44 10 — IV — 1930
•*""
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*m.
©i
'-:£_?._;
A lu iu nos fla Alli«*iieii («liana liara, que rea li/.ou uma eiicanladora festa lnfan-
til no <_avea Club, no domingo pa**n«l«», mara\ illian«l«» aos pães, es|M*cialnieiite
convidados, com o grande mleantniiieii to de que deram prova os pequenosearolarea.
Para Todos... no Alheneu GuanabaraA* tllrelta: A graciosa Regina Veiga, alumna mais moça do Atheneu Guana-
bara. A* esquerda: Caracterização do personagem Chiquinlio, do ** O Tico-
Tico*", que disse na festa tio Ath«*ticu (iuanalwira um moiodogo «Ie Eustorgio
\Vnnt|erle>. varias f— repetido a pedido «Ia assistência.
to de se recolher ao leito, use uma
cápsula tle " Opolaxyl*. bebendo, em
seguida, meio copo dágua fria. Faça
exercícios de gymnastica sueca e dia-
rlamente realize longos passeios a pé.
F. PBQUENOTTB (Itio) — Use.
no pequeno almoço e na cela. "Placen-
todóse". em uma chicara de leite mor-
no aasuearado. Depois do almoço e do
Jantar, use uma colher (das de s-opa >
de -Malt-Oleol". Faça. p«>r semana, 3
injecções intra-musculares. com 0 "Cy-
to-Msnganol CorbiéreM . Externamente,
lav«\ todas as manhãs, a região indica-
da. com água morna e sabonete sul-
furost). e. depois <1«* enxugai a. appH-
que em massagens: precipitado branco
1 gramma. oxytlo de zinco f» grammas.
lanelina benjoimula lã gramnias. gly-
cerina horica 1"» grammas.
A. L. I. C. E. (Minas) — Rea'-
mente nào lhe convém os exetantes.
A alimentação deve ser forte e varia-
da. Pela manhã e á noite, use 2 com-
prlmidos ovaricos. Durante os cinco
ou seis dias que precedem á época men-
sal eeperada, em logar dos menciona-
dos comprimidos, use. pela manhã •• á
noite, uma cápsula de " Aploaellne Ou-
din". No melo de cada refeição prin-
cipal. tome 15 gottas de "Sanas", num
pouco dágua assu *arada. Faça. por se-
mana tres injecções intra-musculares.
com a "Seroferrine Chevretin". Ex-
temam ente pôde usar o "Lyblol" ou o
outro remédio citado em sua carta. Ou
banhos mornos geraes. pela manhã, e
os banhos mornos locaes, duas ou tres
vezes por dia. são proveitosos. Os
exercidos violentos devem ser banidos
A marcha moderada com sapato de
salto baixo, é o exercício apropriado.
,//,x-
UMA VERDADE
Um menino, embora |M»bre,Pode julgar-se bom ricoSe comprar «• l«*r attento
Os números d'**0 Tico-Tico".
Durante as crises perio«lieas. nào usa-rã nenhum desses medicamentos e uni-camente empregará, si as dores foremviolentas: analgesina 1 gramma. tin-tura etherea de valeriana 2 grammas.hromureto de sodlo 2 grammas. tin-tura de artemizia 3 gramnin... extractofiuitit) tie viburnum pmnlfolium 4
grammaa, xarope de «-anella .10 gram-mas. magnesia fluida 1 vidro — umacolher (das de sopa) de 2 em 2 horasou de 3 em 3 horas, conforme a ne-cessidade.
VILMA (Bahia) — O regimen para
engordar só poderá ser experimentado,
quando reçularizar aa funeções diges-tivas. Por ora. use: tintura de noz vo-mica 1 gramma. tintura de calumba 2grammas, tintura de geneiana 3 gram-mas, tintura de hadiana 3 grammas.tintura de calamo aromatico 3 gram-mas — quinze gottas da mistura, numcálice dágua, vinte minutos antes doalmoço e do jantar. Depois das duasrefeições principaes, tome uma colher(das de sopa! do " Elixir de PepsinaMialhe". Faça, por semana, 3 inje-cções igtra-musculares, com a "Toni-
keine". Após um mez de tratamentoininterrupto, escreva communicando oresultado.
LECTICIA (Paracatú) — Além dosmedicamentos internos que está usan-do. empregue externamente: menthol 1gramma, seaqul-carbonato de ammonlo4 grammas. ácido borico 10 grammas
- em pitadas, como si fosse rape.DR. DURVAL DE BRITO.
*^__ __-, 4|||| IJ
II-Antes e depois das refeições
PòPa despertar o Apetite e act.vM* a digestão,
¦*[fW
PARA TODOS... 45
"NOITE TRISTE tt
O outomno punha bolns vermelhas nas arvores do
bosque...
As arvores do bosque, ficavam carregadlnbas de .bolas
vermelhas, como ti. .um os cyprestes ua uoite mais linda do
111 II li.t" . .
O bosque estava cheio de arvores de natal !...
A tarde estava Iluda !
E eu senti umu saudade Immensa de alguém...
Fui recitando pelas alamedas compridas, os poemus
que fiz pura o meu amor...
"Nunca me digas que te amei bastante'Porque nunca eu te amei como devia..."
E eu fui sentindo uma saudude de alguém...
"Porque nunca eu te amei como devia !..."
Sim ! Ella mereça ser adorada !
Merecia um amor mais ardente que o que eu Ibe poude
dar...
E no emtanto, eu lhe amei bastante.
Quantas vezes, ante a lamparina triste de meu quar-
to, eu nào chorei lendo os versos que fizera. . .
Quantas vezes, a garoa triste da noite, velu bater á
minha janelia despertando-me do mundo fantástico em que
eu Jazia.Mas ella merecia mai»*., muito mais !
E eu nfto tive coragem de lhe offerecer um amor como
devia !
E o homem que chegou depois de mim. levou-a.
Como estava distante tudo isso...
E como me parecia perto neste momento...
A noite cahia devagarinho sobre o bosque colorido.
As arvores, estavam vestidas de luar !
E eu la caminhando atoa. sem destino, sem fim ! .
BCHNBIOBB JlTNIOR
Sào Paulo. 22 de .Março de 1930.
I
s.AllíE, FORÇA ¦ VIGOR
O primeiro requisito para converter os débeis
em fortes e robustos é a nutrição. Entretanto, não
pôde haver boa p.trição sem que haja Igualmente
boa digestão, i-or conseguinte, para recobrar a sau-
de, a força e o vigor é obsolutamente indispensável
cuidar bem do estômago e das funeções digestivas.
As Pastilhas do Dr. Richardsfazem com que todos os alimentos sejam convenien-
temente digeridos e assimilados, pois ellas contem
os suecos digestivos do estômago concentrados em
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vum. E' absolutamente inofr«*n*4Í\o »• nfto estimula o cre»-
iim.ni'. do» pellos. Até uma criança recem-naacida po-«l.-r.i usai-, o
Kl t.Ol» dá uma vkla nova 4 epiderme flaclda. porosa e
f.it.ua.I.i. emprestando-lhe a apparencla real da Juventude.
f»AKAXTI.\ — âlIte. Leguy pagará mtl dollarra o quem' provar que ella nâo tirou completamente ait auaa própria*
rugas com duaa aemanaa de tratamento apena».
Mlle. l.eguy offerrce mil dollaren a quem provar que ella nâo
possue oito medalhas tle ouro ganham em dire raaa expo-
.<>V" .1 pela aua maravilhosa descoberta.
MS. Ijtuuy pagará ainda mil dollans a quem prorar que os
seus attestados de cura nâo sáo espontâneos e. authenticos.
.AVISO — Depois desta maravilhosa descoberta innutneros
imitadores têm apparccido de todas as partes dtt mundo.
Por isso prevenimos ao publico que náo acerite substi-
tuios. rxigitulo sempre:
I OO
•Tajfl
Mine. Huru Vigiei* escreve:"Meu marido, que em sae qualidade de medico e muito
descrente por toda a sorte d* remédios, ficou agradart Imen-
te surpnlundido com os resultados que obtive com o uso
dc RUOOL c por isso tambem assigna o *at testado que jun-
to lhe envio" .Mme. Soma Vah nte escreve:"Eu vivia dam *ganaAa eom as malditas rugas que me
a/eiavam o rosto e, depois de usar muitos cremes annumia-
dos. comecei a fazer o tratamento pelo RUOOL, obtendo a
ilesapparição não só das ******* como tias manchas, modifi-
cando a minha physionomia a ponto de provocar a curiosi-
dade s admiração das pessoas que me conheciam".
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0 homem triste e a mulherinfeliz!...
...ella chegou, olhou as mãos do
homem estendidas para o poente, e fa-
lou numa voz de martyrio:Tanto te procurei ! . . . A vida
toda te buscava e nunca te encontrei.
Hoje, depois de muitas primaveras te-
rem se extinguido em minha vida, en-
contro-te aqui.
Seu a tua Amada ! . . .
O homem silencioso, continuou ca-
lado, com as mãos estendidas para o
poente.A tarde era uma saudade vagahun-
deando pelo céo !
E elle teve saudade. . .
Sentiu na saudade da tarde a saúda-
de de alguém .
De alguém que morou no seu amor.
De alguém que foi paia elle a essen-
cia da vida, a felicidade sem par...
E sentiu na saudade da tarde a sau-
dade desse amor.
Ella falou mais uma vez:
— Sou a tua Amada ! . . .
Elle assustou-se, largou os braços
com força, olhou a solidão... viu no
inverno dos cabellos delia o deslum-
bramento de antigamente, tentou con-
ter aa lagrimas (pie inundavum-liie os
olhos, e... partiu soluçando pela
tarde.
Ella ficou sozinha, clhando-o partir,
sem forças para agarral-o pata sem-
pre, com os olhos voltados para 0 des-
pardlcio de mocidade. de belleza e de
graça do seu passado.
Sua ultima felicidade ! . . .
Sorriu por entre lagrimas.
Seutou-se uo banco do Jardim e se*
cendeu um cigarro.
As lagrimas apagaram-no. . .
Jogou-o longe e-Ofl. raiva. pausou a
manga do vestido pelo rosto a*ndu bo-
nlto e foi caminhando lentamente, com
as mãos á cintura •• o andar incerto
¦ provocante.
Elle era uma sombra na distancia...
FRANCISCO LUIZ A. SALLES
A alegria da dôr(Soffre com i • -i^ii.i. ..»»'
Padre Ant. Vieira
Kxistem entes humanos que nascem
para o soffrimeiito a para a dôr.
Vivem numa eterna agonia intima,
numa lethargia perenne como as gran-des almas em delírio abafado !
Não experimentam a rápida pasmi-
gem pela terra, ura pequeno prazerespiritual, agarrando-se-H.es os pezarescomp a alegria aos venturosos.
Tive. ha mais de cinco annos. um
amigo de coração.
Vivíamos numa conv vencia diária,
estreitados no meamo abraço e nunca
surgiu em sua vida um dia. siquer.
illuminado pelo sol da felicidade ! E,
jamais, sua alma teve um lamento de
desespero !
SEIOSDESENVOLVIDOS. FORTIFICA-
DOS e AFOK.MOSKADOS com
A PASTA RUSSA, do DOUTOR
G. RICABAL. 0 único REME-
DIO que em menos de dois mezes
assegura o DESENVOLVIMENTO
e a FIRMEZA dos SEIOS aem
causar damno sigam á saúde da
MULHER. "Vide os attestados e
prospectos que acompanham cada
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•PERFUMARIAS DO BRASIL.
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trada, 15$000. — Pedidos ao
Agente Geral .!. DE CARVALHO
—¦ Caixa Postal n. 1724 — Rio
de Janeiro.
a*t*aa «¦ aLai bV
¦bW^ ^mM
|lAB NUTR0THERAP1C0-RI0|
Disse-me uma única vez, depois d-»
muito lhe ter falado em sua tristeza:
O meu soffnmeuto silencioso.
encontrará o seu fim no dia era que•Ella" surgir.
Ella ? Ella ? Quem ?
E, elle alegre:
A Morte ! .Nesse dia a tristeza to-
mou-me de assalto.
Pensamento fixo abraçou-me sema-
nas inteiras e tanta magua tive desse
desventtirado amigo, que não encontrei
coragem para partir.
Deixei-me ficar, sem no emtanto ten-
tar consolal-o, porque outra coisa elle
nào sentia, aiuão o conforto de seu
próprio soffrimeuto !
Pouco tempo teve de vida !
Dessa vida que só lhe offereceü
como prêmio, a dôr que redime I
Triste predestinado I
Magua que grava no espirito uma
visão fantástica de desespero e agonia!
Olhos que Imaginamos lindos pela
melancolia !
Alma triste, profunda no mysterio
incomprehendido de sua dôr !
Predestinado triste predes-
tinado !
A alegria na hora da Morte ! \A alegria dentro da própria dôr...
Rio, 25 de Janeiro de 1930.
IfOACTR DE ALMEIDA REGO
Os meninos que lêm "O Tico-Tico'
aprendem a ser homens de bem.
UC
LERCRUKa
ENSINANDO A
E ESCREVER A TODOS
COMVOSCO VIVEM E
ÇÃO
QUERABALHAM
BBBBBaBBBBBaBBaBBBaBaL». -
1^^^ •^mampippmwmanmp
Os prêmios d'0 Tico-Tico"O Tlco-Tlco". a querida revista das creanças, entre
os valiosos pvamlM que distribui* aos mflufni nos seus con-cursos ¦amaaaea, Incluiu alguns livros dc muito encanto e
utilidade para a Infância. Ente* livros constituem colle-
«•çfie» completas, de • e 12 volumes cada uma. das pre-ciosas obras "Encanto e verdade", do professor Thales de
Andrade. «• "Galeria d«»s H«»meiiM Celebres", do professor Al-
varo Guerra. "Encanto e verdade" divide-se em nove
volumeM. a sabtr: A filha da floresta — El-rei Dom Sapo— Bem-te-vi feiticeiro — D. Ica rainha — üella, a verdu-
reira — Totó Judeu - Arvores milagrosas — O pequeno
mágico — Fim da mundo, "Galeria dos Homens (Vlebrcs".
do professor Álvaro Guerra, comprehendendo os seguintes
volumes: I — José de Anchieta. II — Gregorio de Mattos.
III — Ha-dlO «la Cama, IV — Thomaz Gonzaga, V — Gon-
çalves Dias. VI — José de Alencar. VII — Casimlro de
Abreu. VIII — Castro Alves. IX — Alvares de Azevedo,
X - Fagundes Varella. XI — Machado de Assis. XII —
Olavo Hllac. Essas •oUaOQflm constituem primorosos livros
de caprichosa «oufec«;âo material .• foram editados pela
Companhia MeihoramentoH de Süo Paulo, que os offereceu
pura prem'os d'" O Tico-Tico", demonstrando, desse modo.
o zelo e dedicação que. de ha muito aliás, dispensa a todas
as im,inlfestii<;— em beneficio da instrucçào do povo.
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19 __ IV — 1930
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