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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre estudo urbano da área escolhida para o desenvolvimento do projeto para trabalho de
conclusão de curso de Arquitetura e Urbanismo. Tal estudo tem como objetivo efetuar um levantamento urbanístico detalhado e
informações sobre o entorno, seus moradores, classe social, comércio e atividades, mobilidade urbana, dificuldades existentes e propor
medidas para soluções dos problemas identificados e incremento no uso e atividades locais.
2. OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo geral desenvolver análise de uma área na cidade de Indaiatuba, o intuito principal é de
elaborar uma pesquisa para obter dados técnicos e diretrizes para os novos espaços a serem criados, buscando conformar o fluxo, pesquisar
estratégias de conforto ambiental, tais como ventilação e iluminação natural, aspectos topográficos e climáticos, e o aproveitamento de
recursos já existentes, propor melhorias e direcionar sua expansão.
3. INTRODUÇÃO
3.1 HISTÓRIA DA CIDADE
O povoado de Indaiatuba foi um dos bairros rurais da Vila de Itu, no caminho que era passagem de tropas para o sul do
Brasil, passando por Sorocaba, e do sul para as vilas mineradoras de Mato Grosso e Goiás, passando pelo mesmo caminho. No século
XVIII os caminhos para o interior eram estreitos, sendo percorridos com o auxílio de mulas, burros e cavalos, que transportavam todo o
comércio regional e de exportação.
Encontramos, nos séculos XVIII e XIX, referência aos bairros de Piraí, Itaici, Mato Dentro, Buru e Indaiatuba. Como
aconteceu também com outros povoados próximos, a dinâmica econômica trazida pela produção de açúcar e aguardente mudou a vida dos
pequenos bairros rurais que formaram Indaiatuba: em cem anos cresceu o número de engenhos de tal modo que, por volta de 1850, já não
havia aqui um só córrego com queda suficiente para mover uma roda d'água que não tivesse já a sua "fábrica de fazer açúcar".
Desse primeiro período de ocupação temos preservada a sede da Fazenda Engenho D'Água, patrimônio histórico de nossa
cidade. Embora a referência mais antiga a esse engenho esteja no “Livro de Registros de Terras da Freguezia de Indaiatuba”, datado de
18 de setembro de 1855, acredita-se que ele foi erguido por volta de 1770, antes da existência do núcleo urbano que inclui a Igreja Matriz,
a Casa Número 1 e o Casarão. Sua construção é de taipa de pilão, e suas paredes têm espessura de 0,64m a 0,75m. Construído com a
frente para o Córrego Barnabé, o prédio serviu de sede para a fazenda, produtora de açúcar e, posteriormente, de café.
O Casarão do Pau Preto foi construído nas terras vizinhas às da fazenda e engenho de açúcar da família Bicudo,
provavelmente entre 1810 e 1820, no final do período colonial brasileiro. Sua construção de arquitetura bandeirista é de taipa de pilão e,
em algumas partes, taipa de mão. Em meados do século XIX ele fez parte de uma chácara urbana do pároco de Indaiatuba, Antonio
Cassemiro da Costa Roriz.
Em torno dessas fazendas de açúcar foram se
fixando, desde o final do século XVIII, pessoas que viviam do
comércio e da fabricação artesanal de produtos para os
habitantes próximos.
O núcleo urbano de Indaiatuba se fixou em
torno do Largo da Igreja, como era costume. A história política
de Indaiatuba inicia-se com a ereção de sua capela curada,
através da doação de alguns imóveis feita à capela, por Pedro
Gonçalves Meira, em 1813. Por esse gesto Pedro é considerado
o fundador de nossa cidade.
Em nove de dezembro de 1830 Indaiatuba
tornou-se, por decreto do Imperador, sede de uma das
Freguesias da Vila de Itu, englobando também os bairros de
Itaici, Piraí, Mato Dentro e Buru. Em 1835 havia na sede da
Freguesia, Indaiatuba, 142 habitantes, em Mato Dentro eram
454, em Itaici 625 e, em Piraí, 805 habitantes. Sua elevação à
condição de Vila ocorreu em 24 de março de 1859. Com esse
novo estatuto Indaiatuba ganha autonomia política em relação a
Itu, passando a ter sua própria Câmara de Vereadores. A
Câmara é, desde o período colonial até o final do Império,
responsável pelo poder político local no Brasil. A função de
Prefeito só passou a existir a partir da República.
O projeto urbano da cidade inicia-se no século
XIX, com um traçado quadriculado, feito "a cordel", conforme a
tradição racionalista já implantada nas cidades portuguesas e
em algumas Vilas brasileiras desde o século XVIII. Esse traçado
mantém-se no centro histórico da cidade até hoje, sendo parte
de nosso mais antigo patrimônio urbano.
Figura 1: Mapa de Indaiatuba de 1895 - Fonte: Prefeitura Municipal de
Indaiatuba
No final do século XIX um acontecimento veio mudar a vida urbana de Indaiatuba: a estrada de ferro. O primeiro trecho da
Estrada de Ferro Ituana foi feito entre Jundiaí e o nosso bairro rural de Pimenta, na fazenda do mesmo nome, inaugurado em 1872. Em
1873 iniciou-se o trecho Itaici-Piracicaba, passando por Indaiatuba.
O Hospital Augusto de Oliveira Camargo foi construído por iniciativa do casal Augusto de Oliveira Camargo e Leonor de
Paula Leite Barros Camargo, e inaugurado em 1933.
A fachada do hospital “olha” para a Matriz e vice-versa, e junto com seu grande parque compõe uma bela paisagem
urbana. Quando foi feito, o hospital era muito superior, em tamanho, equipamentos e logística a todos os demais equipamentos urbanos da
pequena cidade. Sua área era de 4.500 metros quadrados e possuía o triplo de iluminação de toda Indaiatuba, que na época tinha 3 mil
habitantes.
Nos anos 60 e 70 também foi implantado o primeiro plano diretor de Indaiatuba, assinado por Jorge Wilheim em 1968. Esse
desenho guiou a expansão urbana até a década de 80, quando, com seu crescimento acelerado por grandes ondas de migração, o projeto
encontrou seu limite. A zona sul da cidade começou a ser ocupada sem planejamento, criando problemas urbanos e de circulação.
No final dos anos 80 o arquiteto e urbanista Ruy Ohtake apresentou à cidade um projeto ousado, que propunha o traçado
do Parque Ecológico como principal vetor urbanístico para o crescimento futuro da cidade. Este projeto, que iria nortear a expansão
urbana de Indaiatuba até os dias atuais, ligou a cidade antiga, hoje na zona norte, à recém criada zona sul da cidade, conhecida como
Morada do Sol, criando uma bela paisagem urbana e ampliando sobremaneira a qualidade de vida de toda a comunidade.
O plano de Ruy Ohtake previa uma cidade com qualidade de vida urbana para até 250 mil pessoas, limite que se aproxima
de nossa realidade urbana já no final da primeira década do século 21. A cidade vem ocupando primeiros lugares constantes nos índices de
crescimento econômico com qualidade nos últimos anos, e está ligada por rodovias modernas a toda a região, e pelo aeroporto de
Viracopos aos centros econômicos mundiais. Essa posição traz um crescimento urbano e populacional acelerado, com todos os riscos e
benefícios que o acompanham.
3.2 CARACTERISTICAS DA CIDADE
Indaiatuba possui um clima temperado, de inverno seco e verão chuvoso, a temperatura média anual é de 22º C. Os ventos são
sul, seco e frio, e o Noroeste, portador de chuvas.
A precipitação pluviométrica média anual é entre 1.110 e 1.300 mm, 30 mm no mês mais seco e 300 mm no mês mais chuvoso.
A umidade relativa do ar tem média anual entre 60% e 80%. No seu relevo são dominantes as formas de planície aluvial, colinas, morros e
morrotes.
O município possui área total de 311,545 km² e perímetro urbano de 158,670 km². A área urbanizável para expansão urbana é
de 55,995 km². E a área rural possui 97,384 km2.
Indaiatuba está a uma altitude de 620 m e suas coordenadas geográficas são 23º05'25’’ de latitude sul e 47º13'05’’ de
longitude oeste.
(Dados Prefeitura Municipal de Indaiatuba 2015).
Figura 2: Mapa estado de São Paulo e as macro regiões
Fonte: Prefeitura Municipal de Indaiatuba.
Situa-se a 90 km da capital paulista e a 25 km de
Campinas, apresenta localização privilegiada, distante a 10
quilômetros do Aeroporto Internacional de Viracopos, conta com
boa infraestrutura e bons indicadores de qualidade de vida.
Seus indicadores são:
*IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano) – 0,788 – Faixa do
IDHM alto(IDHM entre 0,700 e 0,799) PNUD/2010/
*PIB (Produto Interno Bruto) – R$ 12 058 634 000mil (BR: 67º -
RMC: 5º) –IBGE/2014 (PIB per capita R$ 53 215 04
IBGE/2012);
*Expectativa de vida (anos): 75,2;
*Taxa de analfabetismo: 7,53%;
* Grau de urbanização: 98,99%.
Possui área territorial de 311,545 km², com
população oficial em 2014, conforme levantamento do IBGE, de
226.602 habitantes. O território pertence, segundo o IBGE, ao
Bioma da Mata Atlântica.
Pertence à Mesorregião, Microrregião e Região
Metropolitana de Campinas6(IBGE/2012) conhecida como RMC.
E tem como limítrofes os municípios de Monte Mor e Campinas a
Norte (N), Itupeva a Leste (L), Elias Fausto a Oeste (O) e Itu,
Salto e Cabreúva a Sul (S), conforme expressa a figura a seguir:
Figura 3: Mapa Macro Região de Campinas - Fonte: Prefeitura Municipal de Indaiatuba.
Os principais acessos à cidade de Indaiatuba são: SP-308 (“Rodovia do Açúcar”), SP-280 (“Castello Branco”), SP-348
(“Bandeirantes”) e SP-330 (“Anhanguera”), interligadas à cidade através da SP-73 (Rodovia “Alberto Santos Dumont”/”Engº Ermênio de Oliveira
Penteado”).
Figura 4: Mapa de vias e acessos a cidade. Fonte: Prefeitura Municipal de Indaiatuba.
No aspecto sociocultural e econômico da cidade, pode-se dizer, que o perfil de Indaiatuba é bom, o que se justifica pela
qualidade de vida da população do município conforme IDH (índice de desenvolvimento humano).
A municipalidade possui investimentos e ações importantes na educação, saúde, segurança e cultura.
A cidade disponibiliza em sua estrutura urbana numero interessante de equipamentos urbanos, atende bem as questões de
infraestrutura. Não há favelas no território municipal, os índices de empregabilidade são altos, a sociedade local é composta por percentual
relevante pessoas com alto poder aquisitivo, aproximadamente 8%, a classe media constitui aproximadamente 67% da pirâmide social,
restando a classe média-baixa e baixa com 25%, não inexistem pessoas miseráveis ou totalmente desprovidas de renda e assistência.
O PIB e o Orçamento municipal reforçam o bom nível socioeconômico da cidade, o calendário cultural estadual e municipal
são expressões de que os cidadãos têm acesso à cultura, além dos inúmeros projetos culturais das secretarias da educação, esportes e cultura
quais aproximam os estudantes e suas famílias de programas culturais.
Um possível entrave para melhor disponibilização dos serviços e atendimentos de demandas educacionais, socioculturais e
de lazer, pode ser observado na distribuição e equalização do espaço físico, do território municipal, interfaceando acessos e
multiculturalidade entre as comunidades, de maneira que não haja segregação, mas antes disso a integralização e oportunidades de maiores
e diferentes experimentações sociais.
3.3 ÁREA DE ESTUDO
Dentro do município de Indaiatuba, a área definida para o estudo objeto do presente trabalho, localiza-se conforme os dados
abaixo:
Sua localização é privilegiada potencializada pela boa acessibilidade está conectada ao principal vetor viário da cidade, as
pistas marginais á esquerda e á direita do Parque Ecológico representadas conforme figura 5, Avenida Fabio Roberto Barnabé.
Figura 5: Área do terreno - Fonte: Google Maps editado pelos alunos.
A área possui divisas com ruas e avenida, na sua lateral esquerda e testada frontal respectivamente, o que promove
facilidades no acesso direto, também poderá ser acessada através das extremidades por duas divisas posteriores, pelas ruas dos bairros
confrontantes em ambas as laterais, o que permite um estudo detalhado qual propiciara uma melhora no sistema viário local, no caso de uma
possível intervenção urbana.
O principal acesso ao terreno é pela Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, marginal direita do Parque Ecológico,
acessos secundários, também utilizáveis são pela ruas Ivan Roberto Canavezi, na lateral esquerda do terreno, outros dois possíveis pelas
ruas Antonio Narezzi, no Jardim Regina (face sudoeste) e João Fernandez, no Jardim Esplanada II (face noroeste).
De acordo com o cadastro de logradouros do município de Indaiatuba, a área estudada possui seguintes confrontações:
frontal principal voltada para a Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé (Marginal direita do Parque Ecológico), - lateral direita
voltada para as ruas Ivan Roberto Canavesi e Adaísio Giron; - lateral esquerda confrontantes com a Avenida Pedro Donda e rua Abrissio
Dercoli; aos fundos confrontante com imóveis rurais de terceiros.
A área dispõe de acessos importantes urbano e intermunicipais permitem facilidade e presteza para fluidez de tráfego, são
eles: a norte (N), a nordeste (NE) e a noroeste (NO), as rodovias Bandeirantes e Anhanguera, e a sul (S), sudeste (SE) e sudoeste (SO) as
rodovias Castello Branco e Do Açúcar são os principais acessos. Acessos secundários, mas também importantes estão a oeste (O) através
das estradas de Monte Mor e Rodovia João Ceccon de Elias Fausto e a leste (E) através da estrada de Itupeva, conforme ilustra a imagem
que segue.
Figura 6: Mapa das principais vias de acesso. Fonte: Prefeitura Municipal de Indaiatuba.
As áreas do terreno em questão possui: 386,84 metros de frente para a Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé,
1.943,17 metros na lateral esquerda, divisando com a Rua Ivan Roberto Canavezi e com as faces posteriores dos terrenos que tem
testada para a Rua Adaísio Giron (Jd. Regina), 300,07 metros aos fundos divisando com a Fazenda Santa Dulce e 1.293,34 metros
na lateral direita, divisando com as faces posteriores dos terrenos que têm testada para a Rua Abrissio Dercoli (Jd. Esplanada II) e
também com o terreno em que está implantado o Paço Municipal de Indaiatuba, perfazendo uma área total de 494.812,64 m². A Lei
do Zoneamento, que regula o uso e a ocupação do solo, classifica o local como ZPR1 - zona de uso misto (residencial e comercial),
predominantemente residencial, de densidade demográfica média.
3.4 OBJETIVO DO ESTUDO
O presente estudo tem como função identificar os principais problemas e propor soluções para implantação dos
projetos e propostas para o trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, visando o levantamento urbanístico da
área estipulada.
Levantar os principais problemas relacionados as normas e diretrizes vigentes do município como código de
obras, lei de zoneamento e plano diretor, bem como levantamentos realizados na região.
Propor melhorias e benfeitorias assim como auxilio a população já existente no local e em seu entorno, e as que
por ventura venham a frequentar o local.
4 ÁREA DE INTERVENÇÃO
A área escolhida para
intervenção está situada na região Leste da
cidade, ao lado do Paço Municipal de
Indaiatuba, onde há fácil acesso de todos os
bairros da cidade, conforme podemos observar
na imagem abaixo.
Figura 7: Mapa da cidade com identificação da área de estudo.
Fonte: Google Maps editado pelos alunos.
4.1 ENTORNO IMEDIATO E TOPOGRAFIA
O entorno imediato da área de intervenção, constituem-se respectivamente de áreas residenciais de uso misto,
institucionais e de preservação ambiental.
Na região da face norte (N) do terreno, encontra-se implantado o Paço Municipal, onde estão instaladas e em atividade
90% das secretarias municipais. Pelas suas características próprias, o entorno é bastante movimentado durante os períodos matutino e
vespertino em todos os dias uteis da semana, bem como a região possui monitoramento e segurança, atenção especial aos acessos,
transito, cuidados com passeios e jardins, de forma a promover e manter a boa impressão de zelo aos usuários e visitantes do Paço
Municipal.
Também a norte existe um bairro residencial de classe média-alta e com média densidade, bem estruturado e conservado,
este bairro consolida a boa impressão da cidade.O comércio local possui um posto de combustíveis. padarias, academias de ginástica,
escolas, bares e outras modalidades de comércios que também oferecem produtos ao bairro este bairro possui uso predominantemente
diurno, configurando-se uma região tranquila, que não apresenta índices negativos em vários aspectos.
Na região da face Leste, encontra-se o Parque Ecológico da cidade, com lagos e cursos d’água, ciclovia, pista de cooper,
amplos gramados e matas, áreas de recreação, lazer e esporte (pista de skate e bicicross), muito utilizadas pela população em geral aos
finais de semana, geralmente durante o dia, com atividades de lazer passivo e ativo, defronte o Paço Municipal, existe um campo gramado
em uso para práticas de aeromodelismo.
Na região sul (S), encontra-se outro bairro residencial, também de uso misto, com características semelhantes ao que se
encontra ao norte, a classe predominante neste bairro é a média-baixa, verificam-se edificações pouco mais simples, maior adensamento,
lotes menores e maior número de edifícios e estabelecimentos comerciais de diversas naturezas, esta região preenche toda a face sul da
área de intervenção, a partir do Sudeste (SE) até o sudoeste (SO), predominando como o entorno mais consolidado.
A região oeste (O) não é totalmente urbanizada, confronta o terreno através de simples cercas de arames, está começando a ser habitada através
de condomínio para classe média, levando desenvolvimento urbano para a região.
Dentro da APA onde se insere o Parque Ecológico, encontra-se implantada, instalada e em funcionamento a FIEC Fundação Indaiatubana de
Educação e Cultura que promove à região atividades durante os períodos matutino, vespertino e noturno, com a movimentação dos alunos, professores e
funcionários da instituição, todos os dias da semana, exceto aos domingos, ao lado da FIEC foi construído recentemente um velódromo para competição, a frente da
FIEC, estão as instalações do CIAEI (Centro Integrado de Apoio à Educação) que abriga da SEME (secretaria municipal da educação) e eventos culturais por ter
um teatro e salas de oficinas, acolhendo eventos da SECULT (secretaria de cultura e turismo) e também o Centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachella. Portanto,
trata-se de uma região de atividades diversificadas, durante todo o período do dia e parte da noite.
Os usos e atividades presentes no entorno imediato da área de intervenção, bem como a natureza diversificada dos edifícios, que inclusive, se
entrelaçam com a proposta para o terreno, indicam a potencialidade local, as intervenções a serem propostas para a região tendem a contribuir para o espaço,
propondo melhorias.
Figura 8 e 9: Paço municipal de Indaiatuba Fonte: Google, consulta realizada em 25/03/2018
Figura 10 e 11: Velódromo e pista de skate Fonte: Google imagens, consulta realizada em 25/03/2018
Como podemos notar na imagem abaixo, o terreno possui um desnível bem acentuado para a Av. Engenheiro
Fabio Roberto Barnabé, alem de possuir uma Área de Preservação Permanente ao seu norte, formada por um pequeno lago e
uma área de nascente.
Figura 12: Mapa topográfico editado em CAD pelos próprios alunos. Fonte: Prefeitura Municipal de Indaiatuba.
O levantamento em 3D realizado, permite visualizar melhor seus desníveis e realizar as propostas para área de estudo.
Figura 13: Maquete eletrônica confeccionada através de levantamento topográfico. Fonte: Confeccionado pelos alunos.
4.2 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
O mapa abaixo indica os equipamentos públicos destacados. Dentre eles estão escolas, hospitais, teatro, velódromo, área
de lazer, museu, entre outros.
Figura 14: Mapa de Áreas institucionais Fonte: Confeccionado pelo alunos.
4.3 USO PREDOMINANTE
O mapa identifica o uso e ocupação do solo da área estudada, levantamento realizado lote a lote, para a obtenção da real
situação e atividade presente nas áreas de estudo.
Figura 15: Mapa uso e ocupação do solo. Fonte: Confeccionado pelos alunos.
4.4 GABARITO
Através do levantamento realizado pudemos identificar também a altura das edificações como pode ser verificado no mapa
abaixo.
Figura 16: Mapa de Gabarito. Fonte: Confeccionado pelos alunos.
4.5 CHEIOS E VAZIOS
O levantamento realizado lote a lote, demonstra através de mapa com os vazios existente na área de estudo. A análise do
mapa de cheios e vazios nos mostra que as áreas mais adensadas são as que estão consolidadas, como a Zona Central e os bairros
predominantemente residenciais, já os bairros mais novos como o Jd. Esplanada se pode notar menor densidade.
A especulação imobiliária também pode ser observada a partir dos terrenos vazios que margeiam a Avenida Engenheiro
Fabio Roberto Barnabé que percorre o Parque Ecológico
Figura 17: Mapa de Cheios e Vazios Fonte: Google Earth, confeccionado pelos alunos.
4.6 MARCOS E EDIFICAÇÕES DE INTERESSE
Figura 18: Mapa de marcos e edificações de interesse. Fonte: Google Maps confeccionado pelos alunos.
4.7 SISTEMA VIÁRIO
4.7.1 FLUXO VEÍCULAR
O Mapa de Fluxo veicular
exibe que na área escolhida passagem de Via
Arterial que se refere a Avenida Engenheiro
Fabio Roberto Barnabé, via com maior
velocidade limitada a 60km/h, esta via detém
os maiores índices de trânsitos em horários de
pico
Figura 19: Mapa sistema viário - Fluxo veicular. Fonte: Prefeitura Municipal de Indaiatuba,
confeccionado pelos alunos.
4.7.2 FLUXO PEATONAL
Figura 20: Mapa do Fluxo Peatonal. Fonte: Google Earth, confeccionado pelos alunos.
4.7.3 PARADA DO TRANSPORTE PÚBLICO
O mapa de sistema viário exibe a distribuição de pontos de ônibus da região escolhida, nele se percebe que os pontos
encontram-se a pequena distancia entre si, aparecem próximos aos locais escolhidos, sendo assim, não seria preciso longas caminhadas
para os usuários locais.
Figura 21: Mapa de pontos de parada transporte público. Fonte: Google Maps confeccionado pelos alunos.
5 CONDICIONANTES LEGAIS
Ao analisar o Mapa de Uso e Ocupação do solo, é possível perceber que a área escolhida apresenta quatro tipos de
zoneamento, quais sejam a ZPR1 – Zona de Predominância Residencial, ZPR2 - Zona de Predominância Residencial, ZC – Zona
Central e APA – Área de proteção Ambiental.
Cada uma das Zonas contempla características de usos diferentes dispostas na Lei Complementar nº10 de 22 de outubro de 2010;
Figura 22:Trecho da tabela de índices urbanísticos presente na Lei Complementar nº 10, de 22 de outubro de 2010. Fonte:
Prefeitura de Indaiatuba.
A ZPR1 que na área escolhida engloba os bairros Jd. Esplanada e Jd. Regina, aponta vastas categorias de uso do
solo permitidas, tais quais, R1 – Residência Unifamiliar e R2 – Residência Multifamiliar, A1 – Agricultura, Pecuária e relacionados,
C1, C2, C3 – Comercio e Serviço, E1, E2, em que pese existam diversas exceções dentro destas categorias. Sendo assim, é possível
vislumbrar que a zona em questão exibe a possibilidade de diversos tipos de edificações a serem aplicadas.
Figura 23: Ilustração das possibilidades dos índices urbanísticos.
Perpassando para a questão do Coeficiente de Aproveitamento (CA) e Taxa de Ocupação (TO), a ZPR1 conta com
o CA de valor 04 e TO 0,60, assim, em um terreno hipotético de 300m², conforme demonstra a figura ao lado, a metragem
quadrada máxima de ocupação permitida no lote será de 180m², aplicando-se o pleno aproveitamento do solo conforme a TO da
zona, perceba-se:
300 x 0,60 = 180m² ou 60% da área do lote
Já o CA indica quantos metros quadrados poderão ser construídos no lote, ainda conforme o exemplo:
300 x 4 = 1200m² ou 4 vezes a área do lote
Isso indica que há a possibilidade de verticalização da edificação que, na presente situação hipotética, poderão ser
construídos 6 andares no lote em questão, tendo como taxa de ocupação máxima 180m².
Com esse entendimento, se nota a existência de outras possibilidades formais para as edificações da área, na figura
ao lado temos o mesmo lote, na mesma zona e com os mesmos índices de CA e TO, porém com área edificada de 90²,
possibilitando a maior verticalização e livrando maior área do terreno já que os 1200m² podem ser divididos entre outros 13
andares.
Conta-se ainda com as especificações de recuos mínimos necessárias para a zona, que no caso será 5 metros de
recuo frontal e 1,50 para os laterais com aberturas. As características dos lotes pra essa Zona são de área mínima de 250m², frente
mínima de 10,00 metros e uma vaga de carro por residência ou 1/60,00 m² de área construída.
Figura 24: Estudo das possibilidades dos índices urbanísticos. Fonte: Confeccionado pelos alunos.
A ZPR2 envolve os bairros Jd. Pompeia, Vl. São José, Jd. Remulo Zoppi, Jd. Bom Principio e Jd. Renata exibe as
mesmas características de categorias de uso de solo permitidas, de recuos e vagas de carros da ZPR1.
Figura 25: Trecho da tabela de índices urbanísticos presente na Lei Complementar nº 10, de 22 de outubro de 2010. Fonte: Prefeitura
Municipal de Indaiatuba.
As características diferentes são acerca dos índices de CA e TO onde se nota que o CA da ZPR2 é de 1,20 enquanto
seu TO é 0,60.
A partir da figura abaixo, outro exemplo hipotético de um lote de 300m² mas agora com outros índices, é possível
identificar que se a ZPR2 se trata de uma área com diretrizes de para edificações mais baixas.
Figura 26: Estudo das possibilidades dos índices urbanísticos. Fonte: Confeccionado pelos alunos
Assim sendo, na aplicação dos índices que no presente momento se refere ao TO é possível notar:
300 x 0,60 = 180m² ou 60% da área do lote
Significando que a área máxima a ser ocupada no lote será de 180m², e ao aplicar o CA se tem:
300 x 1,20 = 360 m² ou 1,20 a área do lote
Indicando que a metragem quadrada permitida do lote é de 360 m² que como o exemplo mostra, pode ser divido em
2 andares.
Nessa outra figura vemos a possibilidade de verticalização, com o uso da metade da taxa máxima de ocupação,
onde com 90m² ocupados no lote se tem a possibilidade de aumentar para 4 andares da edificação.
Figura 27: Estudo das possibilidades dos índices urbanísticos. Fonte: Confeccionado pelos alunos.
As características do lote são de área mínima de 150m² e frente mínima de 7,00 metros.
A ZC que engloba o bairro Jd. Pau Preto, Jd. Pompeia, Vl. São José e Jd. Pedroso apresenta também as mesmas
características de uso de solo permitidas, recuos e vagas de carros que as duas zonas anteriormente vistas.
Figura 28: Trecho da tabela de índices urbanísticos presente na Lei Complementar nº 10, de 22 de outubro de 2010. Fonte: Prefeitura Municipal de Indaiatuba.
Na análise dos índices se nota que o TO da área se entende como 0,70, que em novo exemplo na figura ao lado
ainda de um lote hipotético de 300m² se observa que: 300 x 0,70 = 210m² ou 70% da área do lote
Figura 29: Estudo das possibilidades dos índices urbanísticos. Fonte: Confeccionado pelos alunos.
Nota-se que a taxa de ocupação máxima do terreno então é 210m² enquanto no índice de CA terá: 300 x 4 =
1200m² ou 4 vezes a área do lote
Correspondendo então que é possível a utilização de 5 andares para a divisão dos metros quadrados máximos
permitidos para a Zona em questão.
No seguinte exemplo da figura ao lado se nota a utilização da metade da metragem quadrada permitida pelo TO
(105m²), consequentemente acontece a verticalização da edificação ao se usar o índice máximo da diretriz de CA para a Zona descrita.
Figura 30: Estudo das possibilidades dos índices urbanísticos. Fonte: Confeccionado pelos alunos.
Para essa área as características dos lotes acontecem com 500,00m² como área mínima e 10,00 metros de frente mínimos.
A ZR – Zonas Residenciais englobam o bairro Jardim Regina e Jardim Esplanada onde suas diretrizes apontam a
predominância residencial já que em seus índices urbanísticos apresenta como único uso permitido o R1 - Residências Unifamiliares,
seus seguintes índices também diferem das outras zonas já apresentadas.
Figura 31: Trecho da tabela de índices urbanísticos presente na Lei Complementar nº 10, de 22 de outubro de 2010. Fonte: Prefeitura de Indaiatuba.
A cerca dos índices de TO e CA pode-se notar que só se permite construir uma vez o tamanho do lote com o coeficiente
de aproveitamento de 1,00 e se pode ocupar 60% do lote com taxa de ocupação de 0,60.
Seguindo com o exemplo de um lote hipotético de 300m², é possível o entendimento de seus índices, onde:
TO: 300 x 0,60 = 180m² ou 60% do lote
CA: 300 x 1 = 300m² ou 1 vez a área do lote
Figura 32: Estudo das possibilidades dos índices urbanísticos. Fonte: Confeccionado pelos alunos
Então como mostra o exemplo, o uso da taxa total permitida do lote aprovaria a construção de apenas um pavimento, ou
com pavimentos acima que forem menores.
Figura 33: Estudo das possibilidades dos índices urbanísticos. Fonte: Confeccionado pelos alunos
Para a verticalização da edificação será necessário a diminuição da metragem ocupada do lote onde no exemplo
mostrado seria possível a construção de 3 andares.
Analisando esses índices, além da percepção de que se refere a uma área estritamente residencial se nota também um gabarito mais
baixo permitido.
A zona de APA se compõe do recorte de uma aera do Parque Ecológico de Indaiatuba, onde suas diretrizes legais
mostram que por se tratar de área de proteção ambiental, aprovações de projetos na área serão conforme projeto especifico.
Figura 34: Trecho da tabela de índices urbanísticos presente na Lei Complementar nº 10, de 22 de outubro de 2010. Fonte: Prefeitura de Indaiatuba.
Propostas de ampliação da ZPR1- 05 para ZR - 02
O zoneamento ZPR1 – 05, entre os bairros Parque Esplanada e Jardim Regina é a área escolhida para as
proposta urbanística. Entre elas está a proposta de ampliação da ZPR1 – 05 para dentro da ZR – 02.
Tendo como divisor o Parque ecológico, temos duas áreas que denomino de Leste e Oeste. Observa-se que
do lado oeste, desde o bairro Jardim morada do sol até o bairro Jardim Esplanada o gabarito das edificações são
predominantemente de 01 a 02 pavimentos. Já o lado Leste, apesar de ser predominantemente residencial, a morfologia se
diferencia e se mescla, aparecendo edificações de mais de 10 pavimentos com edifícios residenciais e multifuncionais.
A proposta de avanço da ZPR1 - 5 para dentro da ZR – 02 é para que a legislação seja mudada para que as
condicionantes legais permitam edificações com gabarito superiores a 10 pavimentos para que esta área que se apresenta
como fator de expansão da cidade receba investimentos voltados para o social e cuja morfologia se equipare ao lado Leste e
está área deixe de ser meramente especulativa voltada para a classe média e classe média alta.
6 PROPOSTAS
Comparações e propostas.
Analisando visualmente as figuras 01 e 02, podemos perceber uma grande distinção morfológica. A figura 01, do lado
oeste mostra as edificações a partir do bairro Parque e Esplanada que está inserido no zoneamento ZR e é predominantemente
residencial e de classe alta. A figura 02, é um cenário fictício que propõe mudar o gabarito da ZR e impulsionar investimentos e
verticalizar as edificações. As edificações próximos do parque ecológico serão reservadas para edificações sociais.
Propostas
A figura acima mostra um cenário futuro. Neste desenho, mostramos como seria a ampliação da ZPR-1 para dentro da ZR.
Foi criado uma ampliação do parque ecológico, valorizando a APP ao lado da prefeitura. Nesta propostas além de quadras para futuras
instalações visando a verticalização. Criou-se uma área verde pra que os moradores e visitantes possam usufruir de mais uma área de
laser. O Objetivo dessa área verde e das demais destacadas em verde é criar microclimas pois é fato que grandes centro urbanos tem se
tornado ilhas de calor. Dentro dessa proposta foram criados vias para vários tipos de circulação como ciclista a com a implantação de uma
ciclo faixa, a de pedestres com a pista de caminhada a de veículos formulando novas ruas que permite o acesso a bairros vizinhos,
permitindo com que os meios de transportes tenha um leque de opções mais abrangente para bairros que até então só possua uma única via
de acesso.
As formulações das quadras foram cuidadosamente pensadas no bem estar e conforto dos frequentadores do local, trazendo
quadras mais largas com fácil acesso permitindo que todos, ou seja, pessoas com qualquer tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção
tendo em vista que vizinho da área reformulada e um condomínio fechado onde existe um grande muro no seu entorno, e pensando na
segurança da população que transita pelo local, foi proposto a implantação de comércios no entorno do citado muro a fim de que várias
pessoas circulando pelo local com isso aumentando a confiança das pessoas em transitar pelo local, além de que na área não existe
comércio disponível para uso dos moradores.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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dá outras providências. Disponível em: <http://www.indaiatuba.sp.gov.br/download/18111/> Acesso em: 8 mar., 2018.
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Planej. Urbano. Mapa de Uso do Solo. 2017. Escala 1:15.000. Disponível em: <
http://www.indaiatuba.sp.gov.br/engenharia/mapas/tematicos/> Acesso em 8 mar., 2018.