#1 introduÇÃo - insignare · portugal e no mundo, de 2009 em diante apostámos nos cursos de...

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    Dadas as crescentes alterações introduzidas na Escola Profissional de Ourém, com a introdução de novos cursos e a definição de um novo caminho a trilhar, a escola como “Escola Oficina”, surgiu a necessidade de adaptar o projeto educativo em vigor.Assim sendo, para o triénio 2014-2017, foi feita a adaptação devida ao anterior projeto educativo, cuja proposta foi apresentada à Direção da Escola, sendo o resultado final o que aqui se apresenta. Em termos gerais, podemos definir o projeto educativo como sendo o documento de planeamento institucional e estratégico da escola, onde se abordam de forma clara, entre outros, a missão, a visão e os objetivos gerais da escola que orientam a ação educativa no âmbito da sua autonomia. Podemos ainda afirmar que o projeto educativo “cria a matriz de suporte” que irá ser complementada pelo Regulamento Interno e pelo Plano Anual de Atividades, sendo o primeiro um documento mais orientador enquanto os últimos dois são documentos mais operacionais.Esperamos que toda a comunidade educativa da EPO se reveja nos pressupostos e linhas de orientação que compõem o presente documento, que será alvo de avaliações intercalares anuais com o propósito de ir ajustando o mesmo.

    # 1 I N T R O D U Ç Ã O

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    A conceção do projeto educativo tem acompanhado, nas últimas duas décadas, a crescente evolução e consolidação da autonomia, gestão e administração das escolas. O Decreto-Lei n.º 43/89, de 3 de fevereiro, define o princípio de que “a autonomia da escola concretiza-se na elaboração de um projeto educativo próprio, constituído e executado de forma participada, dentro de princípios de responsabilização dos vários intervenientes na vida escolar e de adequação a características e recursos da escola e às solicitações e apoios da comunidade em que se insere.”. Uma definição mais clara do projeto educativo surge com o despacho nº 113/ME/93, de 23 de junho, no qual se assinala que “(...) o projeto educativo da escola é um instrumento aglutinador e orientador da ação educativa que esclarece as finalidades e funções da escola, inventaria os problemas e os modos possíveis da sua resolução, pensa

    os recursos disponíveis e aqueles que podem ser mobilizados. Resultante de uma dinâmica participativa e integrativa, o projeto educativo permeia a educação enquanto processo racional e local e procura mobilizar todos os elementos da comunidade educativa, assumindo-se como o rosto visível da especificidade e autonomia da organização escolar”. Assimilando o pressuposto no decreto-lei n.º 137/2012, de 2 de julho, que considera o projeto educativo como “(…) o documento que consagra a orientação educativa da escola, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais a escola se propõe cumprir a sua função educativa…”, sendo assim, com este diploma legal que o projeto educativo da escola aparece justificado.

    # 2 J U S T I F I C A Ç Ã O D O P R O J E T O

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    A Escola Profissional de Ourém (EPO) iniciou sua atividade a 24 de Agosto de 1990, através da celebração de um Contrato-Programa entre a Câmara Municipal de Ourém (CMO), a Associação de Comércio, Indústria e Serviços do Concelho de Ourém (atual ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima) e o Estado Português, representado, então, pelo Gabinete de Educação Tecnológica Artística e Profissional do Ministério de Educação (GETAP).O início desta aventura teve lugar nas instalações provisórias cedidas pela ACISO, com o Curso Técnico de Gestão que se mantém desde sempre na nossa oferta formativa; a nossa atuação e orientação estratégica tende ir ao encontro das necessidades empresariais da região, com o intuito de colmatar áreas carenciadas e oferecer alternativas diversificadas e de cariz mais técnico.Decorridos apenas três anos, a dinâmica, rigor e exigência imprimidas a este projeto, cedo demonstraram a pertinência dos seus resultados face à realidade local e regional. Assim, concluído que foi o primeiro ciclo formativo, logo a qualidade da formação ministrada pela EPO se distinguiu na notoriedade dos seus formandos face ao mercado de trabalho e ao encontro feliz com as necessidades intrínsecas dos empresários sediados na região. A atenção prestada ao conceito de que uma Escola de Ensino Profissional deve,

    antes do mais, ir ao encontro das necessidades mais prementes da população a que se destina pela díade oferta formativa/mercado de trabalho, levou à abertura de novos cursos que viessem colmatar a carência sentida de profissionais qualificados para fazer face às exigências de um tecido empresarial em franca expansão. Assim, no ano de 1993 o Centro de Estudos de Fátima (CEF) associou-se a este projeto, permitindo, deste modo, a abertura de um Pólo da EPO em Fátima, direcionado exclusivamente para a formação na área da Hotelaria.Com a perspetiva de alargar novos horizontes e tentando promover o crescimento do Ensino Profissional, a EPO participou, em 1991, na criação da ANESPO (Associação Nacional de Escolas Profissionais) passando a ser um dos seus associados.Em 1999, por forma a dar cumprimento ao disposto no Decreto-lei n.º 4/98 de 8 de Janeiro, os três promotores (CMO, ACISO e CEF) alteraram a forma jurídica que até aí vinha sustendo a concretização do seu Projeto de Escola, tendo decidido constituir uma Associação sem fins lucrativos à qual foi dada o nome de EPO - Associação Promotora de Ensino Profissional, e que é atualmente a entidade proprietária da Escola Profissional de Ourém.Foi também neste ano que se deu a inauguração das novas instalações da EPO. Um espaço próprio e proporcional ao aumento do número de alunos e de turmas até essa

    # 3 H I S T O R I A L D A E S C O L A

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    data e adequado ao desenvolvimento que se pretendia, numa visão alargada e numa estratégia de futuro, nomeadamente com o crescimento da oferta formativa (surgem os cursos de Gestão de Equipamentos Informáticos e Animação Sociocultural). Anos mais tarde, são construídas as oficinas, passando a ser utilizadas no ano letivo 2005/2006, passo esse que permite uma maior diversificação e vertente técnica nas áreas a apostar.Em 2007, porque se entendeu que o nome “EPO – Associação Promotora de Ensino Profissional” era demasiado redutor tendo em conta a atividade desenvolvida em outras áreas da formação para além do Ensino Profissional, alterou-se a sua denominação para INSIGNARE – Associação de Ensino e Formação.Volvidos mais de 20 anos, e sempre na procura de adequarmos as nossas ofertas às necessidades empresariais da região e tendo em conta o contexto socioeconómico, em Portugal e no Mundo, de 2009 em diante apostámos nos cursos de Técnico de Energias Renováveis, Técnico de Produção em Metalomecânica (variante Programação e Maquinação), Técnico de Manutenção Industrial (variante Eletromecânica e Mecatrónica Automóvel) e Técnico de Eletrónica, Automação e Comando.

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    O Concelho de Ourém localiza-se na Zona Centro do País, (NUT II) na designada Sub-região do Médio Tejo (NUT III).Afeto administrativamente ao Distrito de Santarém, localiza-se no seu extremo norte.Distando 40 quilómetros da Costa Atlântica, o Concelho de Ourém está confinado geograficamente a norte pelo Concelho de Pombal, a nascente pelos Concelhos de Alvaiázere, Ferreira do Zêzere e Tomar, a Sul pelos Concelhos de Torres Novas e Alcanena e a poente pelos Concelhos da Batalha e Leiria.O Concelho de Ourém encontra-se dividido administrativamente em treze freguesias: Alburitel, Atouguia, Caxarias, Espite, Fátima, Freixianda Ribeiro do Fárrio e Formigais, Gondemaria, Olival, Matas e Cercal, Nossa senhora da Piedade, Nossa Senhora das Misericórdias, Rio de Couros e Casal dos Bernardos, Seiça e Urqueira.

    Na presente tabela é possível inteirarmo-nos do peso comparativo do Concelho de Ourém no conjunto dos dez Concelhos que integram a Região do Médio Tejo.

    / / C O N T E X T O D E M O G R Á F I C O

    região médio tejo concelho de ourém representatividade

    superfície em km2 2305,9 416,6 15,40%

    n.º freguesias 106 18 19,98%

    n.º vilas 12 4 33%

    população residente 227 998 45 932 20,01%

    densidade pop. 84,25 110,25Fonte: INE (Instituto Nacional de Estatística), 2011

    # 4 C A R A C T E R I Z A Ç Ã O C O N T E X T U A L

    No que concerne ao Concelho de Ourém, valerá a pena retermo-nos em dois dados fornecidos pela tabela ao lado: uma densidade populacional na ordem dos 110,1 habitantes por km2 e uma população residente que representa 20% do total da população residente nos dez concelhos que compõem a Região do Médio Tejo, na qual nos incluímos.

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    O somatório dos 45 932 habitantes residentes no Concelho, distribuído por sexos:

    Já no que concerne à distribuição por níveis etários, e comparativamente com os Concelhos limítrofes, os dados apontam para um ligeiro rejuvenescimento da população residente:

    Acresce dizer-se que a Taxa de Natalidade no Concelho de Ourém se situa nos 11%, constituindo uma das mais elevadas entre os concelhos limítrofes, onde este valor se situa nos 8,8%.

    1991 2001 1991 - 2001 2011 2001 - 2011 1991 - 2011

    Fátima 7 213 10 302 +29,99% 11 539 +10,72% +37,49%

    Médio Tejo 221 419 226 009 +2,03% 227 998 +0,87% +2,89%Fonte: INE (Instituto Nacional de Estatística), 2011

    0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos >65 anos

    Ourém 6 667 14,52% 5 324 11,59% 23 738 51,68% 10 203 22,21%

    Concelhos Limítrofes 68 222 14,51% 50 415 10,64%

    253 170

    54,10% 98 142 20,75%

    Fonte: INE (Instituto Nacional de Estatística), 2011

    2001 2011 2011 1991/2011 %

    Homens 19 077 22 077 21 649 11,89% 47,13%

    Mulheres 21 108 24 079 24 283 13,07% 52,87%Fonte: INE (Instituto Nacional de Estatística), 2011

    / / E V O L U Ç Ã O / / P R I N C I P A I S I N D I C A D O R E SAtravés da análise dos dados fornecidos pelo gráfico seguinte, poder-se-á afirmar que se tem assistido a uma evolução crescente do quantitativo populacional que tem elegido o Concelho de Ourém como local para fixar a sua residência. Acresce dizer-se que os dados disponíveis referem um crescimento na ordem dos 25,79% da população residente no período compreendido entre os anos 1995 e 2010. A leitura destes dados permite-nos intuir estarmos em face de um concelho promotor de condições para o crescimento e fixação da sua massa populacional.

    Refira-se, a propósito, que este crescimento é contrário à tendência sentida nos Concelhos da Região do Médio Tejo, conforme se pode verificar pela tabela seguinte:

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    É de salientar, ainda, que segundo a projeção apenas alguns municípios do Distrito de Santarém, onde se destaca Ourém, possuirão, em 2030, mais população residente do que tinham em 2001, ocorrendo o seu “pico” populacional em 2010 e 2020.A tabela que ora se apresenta permite-nos um olhar sobre a distribuição dos 9 759 sujeitos que compõem o universo dos estudantes matriculados no Concelho de Ourém, até ao ensino secundário, parte dum universo de 40 587 alunos matriculados no conjunto dos Concelhos do Médio Tejo. Convém realçar que relativamente aos alunos matriculados no 2º e 3º ciclos, a sua percentagem, é superior à média dos Concelhos da Região Médio Tejo. Sendo assim, registada uma situação favorável para o futuro ingresso no ensino secundário.

    A localização central do Concelho de Ourém relativamente ao país, bem como as suas acessibilidades e a existência de recursos minerais e florestais conferem-lhe uma situação económica favorável. Acresce-lhe, ainda, pontos de manifesto interesse turístico (religioso, de lazer, formativo e cultural) que colocam este concelho numa posição apelativa.

    / / P R O J E Ç Ã O D A P O P U L A Ç Ã O D O S C O N C E L H O S D O D I S T R I T O D E S A N T A R É M

    / / C O N T E X T O S O C I O E C O N Ó M I C O

    pré-escolar 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Ens. Sec.

    Ourém1 280 2 067 1 400 2 408 2 604

    13,12% 21,18% 14,35% 24,67% 26,68%

    Médio Tejo5 898 9 122 5 197 9 159 11 211

    14,53% 22,48% 12,8% 22,57% 27,62%Fonte: INE, I.P./ Anuário Estatístico da Região Centro, 2010

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    A conjugação destes dois elementos confere a este concelho uma dinâmica de crescimento e desenvolvimento, que se manifesta na implementação de empresas do Setor Secundário e um forte destaque do Setor Terciário, conforme se poderá constatar no gráfico seguinte:

    Conforme se pode avaliar pelo exposto no gráfico anterior, há uma predominância dos setores de atividade ligados às Indústrias Transformadoras (522), Construção (1 014), Comércio (1 485), Alojamento e Restauração (467) e Atividades Técnicas e de Consultadoria (342).

    Relativamente ao número de empresas existentes no concelho, na industria transformadora, destacam-se as Industrias Alimentares (69), Industrias de Madeira S/ Mobiliário (68), Fabricação de Outros Produtos Minerais N/ Metálicos (53), Fabricação de Produtos Metálicos (109) e Fabricação de Mobiliário e Colchões (87), conforme o seguinte gráfico.

    Deste modo e através do descrito anteriormente considera-se, apesar do momento atual, o concelho de Ourém um local atrativo para fixar residência, para o desenvolvimento de atividades profissionais e educacionais.

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    A Escola Profissional de Ourém é constituída por dois edifícios principais. O primeiro é o edifício sede da escola e nele encontram-se os seguintes espaços:• 10 Salas de Aula Teóricas• 2 Laboratórios de Informática• 2 Salas de desenho• 2 Salas de Reuniões• 1 Auditório• 2 Salas de Professores• 5 Gabinetes de Trabalho para

    Direcção e Serviços Pedagógicos• 1 Sala de Atendimento a

    Encarregados de Educação• 1 Refeitório; • 1 Bar;• 1 Biblioteca;• A Receção

    / / E S P A Ç O S F Í S I C O S

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    O segundo edifício, e respetivos anexos, são destinados à formação prática dos cursos, contendo:• 1 Laboratório de Eletrónica;• 1 Laboratório de Automação; • 1 Laboratório de Construção Civil; • 1 Pavilhão Oficinal de materiais

    não ferrosos;• 1 Oficina de Centro de Maquinação

    (CNC)• 1 Oficina de serralharia e soldadura; • 1 Gabinete Técnico de apoio• Balneários e Vestiários (masculinos

    e femininos)

    / / E S P A Ç O S F Í S I C O S

    Todas as salas de aula teóricas apresentam-se equipadas com climatização por ar condicionado. Todos os espaços destinados à formação teórica / prática (salas de aula e oficinas), encontram-se ainda equipados com projetor de vídeo.A sala de trabalho dos professores apresenta 16 postos individuais de trabalho bem como condições para o trabalho de grupo.Acresce ainda dizer que toda a área envolvente da escola (interior e exterior) é coberto por uma rede Wi-Fi de acesso livre à Internet para a comunidade educativa.

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    Os recursos humanos da Escola Profissional de Ourém são constituídos, essencialmente, por professores e alunos, uma vez que a maioria dos funcionários se encontra afeta à instituição INSIGNARE.Deste modo, apresenta-se a evolução do número de alunos, de professores e de turmas por curso em frequência, nos últimos três anos:

    / / E N V O L V E N T E H U M A N A

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    Sendo a Visão uma ambição, um ideal, um estado que se pretende alcançar, num determinado período temporal, pressupondo a formulação da mesma uma capacidade de antecipação de um futuro desejável a alcançar, uma visão de sentido prospetivo baseada na compreensão partilhada do que a escola é, das evoluções possíveis do contexto e do que a própria pretende vir a ser.Neste sentido, definiu a EPO como Visão um caminho, cujo objetivo é associar o esforço de aprendizagem da escola, ao trabalho desenvolvido na empresa. Pretende ainda garantir que o ambiente vivido diariamente na escola seja semelhante ao vivido na empresa. É um caminho que garante a formação de elevada qualidade e de plena empregabilidade. É um caminho só para algumas escolas e garantidamente só para os melhores alunos. Os nossos!

    # 6 V I S Ã O

    E P O – U m a E s c o l a O f i c i n a

    A Escola Profissional de Ourém define como sua missão:“Qualificar com rigor, exigência, inovação e profissionalismo, jovens para um mercado de trabalho competitivo, rigoroso, global e em constante mutação, incutindo atitudes e competências pessoais e sociais.”

    # 5 M I S S Ã O

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    A análise SWOT efetuada, através de questionários aplicados aos vários intervenientes da comunidade escolar, permitiu diagnosticar os pontos fortes e fracos da escola, assim como as suas ameaças e oportunidades, como se descreve no quadro seguinte:

    # 7 D I A G N Ó S T I C O E S T R A T É G I C O D A S I T U A Ç Ã OPONTOS FORTES PONTOS FRACOSInfraestruturas da Escola (salas climatizadas e com videoprojetor, ofici-nas adequadas, bar e qualidade das refeições do refeitório) Qualidade da Internet

    Bom ambiente escolar, evidenciando o relacionamento entre Professores e Alunos, com apoio individualizado semanal. Comunicação Interna

    Relacionamento entre Orientador de Turma e o Encarregado de Edu-cação Claridade nas salas de aula

    Desenvolvimento de projetos de intervenção na comunidade Tempo de espera nas filas do refeitório e bar

    Desenvolvimento de estágios internacionais, bem como a contínua aposta na participação em projetos europeus

    Ausência de espaços de arrumação para trabalhos e cacifosEstabelecimento de inúmeras parcerias e protocolos com empresas da região, fortalecendo a ligação com o tecido empresarial

    OPORTUNIDADES AMEAÇASAumento da escolaridade obrigatória Taxas de Conclusão e de Empregabilidade

    Reconhecimento da escola enquanto entidade formadora para a vida ativa Taxas de desistências dos Alunos

    Reorientação da oferta formativa para áreas especializadasNão concertação da oferta formativa concelhiaContexto socioeconómico do país

    Alimentação e Transportes gratuitos Decrescimento Demográfico

    Dinâmica, qualidade e exigência das aulas da área técnica Aumento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos pode levar à existência de alunos desmotivados e sem vontade de estudar

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    Com o propósito de tentar atingir os propósitos definidos na Visão da EPO, “EPO – Escola Oficina”, colmatar deficiências, reforçando competências e boas práticas, definem-se os seguintes objetivos e respetivas estratégias de desenvolvimento para os alcançar:

    # 8 O B J E T I V O S E E S T R A T É G I A S D E D E S E N V O L V I M E N T O

    2.Melhorar o circuito de comunicação interna.• Respeitar a hierarquia na

    divulgação das informações. Melhorar a participação dos encarregados de educação na vida escolar.

    • Respeitar o Orientador de Turma como veículo privilegiado na divulgação de informações aos alunos e Encarregados de Educação.

    • Divulgar as informações de forma clara, única e atempada.

    1. Reduzir o abandono escolar.• Assegurar um acompanhamento

    continuado aos alunos que manifestem dificuldades de aprendizagem.

    • Melhorar a participação dos encarregados de educação na vida escolar.

    • Promover a qualidade na organização escolar.

    • Prevenir os comportamentos de risco.

    3.Dar continuidade ao forte relacionamento entre a escola e os encarregados de educação.• Manter o sistema de aviso

    diário das ausências dos alunos através de SMS..

    • Manter as reuniões trimestrais de entrega de avaliações como momento privilegiado de relacionamento com os encarregados de educação.

    • Estabelecer, sempre que necessário, contactos telefónicos ou reuniões com os encarregados de educação.

    • Flexibilidade no horário de atendimento aos encarregados de educação.

    4. Continuar a promover uma estreita ligação entre a escola e o meio empresarial.• Desenvolver contactos de

    forma continuada, firmando compromissos Escola-Empresa.

    • Estabelecer parcerias/protocolos com o tecido empresarial de forma a aliciar as empresas a participar na vida escolar.

    • Promover conferências/workshops com individualidades de reconhecido mérito de forma a atrair o tecido empresarial local.

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    # 8 O B J E T I V O S E E S T R A T É G I A S D E D E S E N V O L V I M E N T O ( C O N T I N U A Ç Ã O )

    5. Continuar a desenvolver Estatísticas sobre as Avaliações Periódicas e de Satisfação• Estatísticas às avaliações decorrentes dos

    finais de cada período letivo, com incidência sobre módulos avaliados/atraso; Volume de Formação; Faltas dadas; Média das Classificações e respetivo Desvio-Padrão; Número de Sessões e Aulas.com; Número de Visitas de Estudo.

    • Estatísticas decorrentes de inquéritos de satisfação realizados aos alunos, sobre Docentes/Formadores, Disciplinas, Infraestruturas e Serviços da EPO..

    6. Oferta Formativa• Continuar a apostar no levantamento prévio

    de dados estatísticos sobre a atividade económica, as empresas, o emprego e desemprego, da região, de forma a ir ao encontro das reais necessidades do mercado para a sujeição de novos cursos / turmas;

    • Continuar a apostar no desenvolvimento de uma escola fortemente especializada em cursos da área industrial, para garantir a sua sustentabilidade a médio e longo prazo.

    7.Continuar a proporcionar a participação em projetos internacionais.PARA OS ALUNOS:• Obter, desenvolver e implementar

    competências técnicas e sociais ao trabalhar em organizações internacionais, complementando a formação recebida e valorizando o seu perfil profissional;

    • Conhecer, avaliar e adaptar criticamente à realidade nacional novas metodologias de trabalho;

    • Tomar consciência dos seus direitos e deveres como cidadão europeu.

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    # 8 O B J E T I V O S E E S T R A T É G I A S D E D E S E N V O L V I M E N T O ( C O N T I N U A Ç Ã O )

    8.Continuar a proporcionar a participação em projetos internacionais (continuação).PARA OS PARA OS PROFESSORES E PESSOAL DE APOIO::• Obter, desenvolver e implementar competências técnicas e linguísticas;• Conhecer, avaliar e adaptar pedagogicamente à realidade nacional novas metodologias de trabalho;• Comparar abordagens educativas pelo contacto nas organizações onde serão colocados;• Melhorar os materiais e metodologias utilizadas nas aulas, aquando do regresso.

    PARA A ESCOLA• Assegurar a sua sustentabilidade, pela excelência e atualização dos conteúdos lecionados, pela adaptação à contínua mudança e qualidade técnica dos docentes,

    pelo trabalho colaborativo focado na excelência do serviço educativo;• Desenvolver o potencial dos alunos e professores pelas aprendizagens em local de trabalho;• Partilhar a responsabilidade no incremento da qualidade educativa entre a organização, os seus quadros, os seus alunos e os encarregados de educação destes,

    envolvendo-os nas atividades conjuntas inerentes à realização das mobilidades;• Reforçar a cooperação europeia com escolas congéneres e organizações de relevo para a estratégia definida.

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    De forma a contribuir para uma crescente melhoria dos serviços educativos prestados aos nossos alunos e uma contínua melhoria dos dados da EPO suscetíveis de serem avaliados externamente pelos serviços do Ministério da Educação, definem-se as seguintes metas de aprendizagem ao longo do triénio de vigência deste projeto educativo:

    OBJETIVOSMETAS

    1º ano 2º ano 3º ano

    Desempenho nas disciplinas de Português, Inglês e Matemática 80% 82,5% 85%

    Desempenho nas disciplinas da Área Técnica 80% 85% 90%

    Desempenho na FCT 15 15,5 16

    Reduzir o abandono escolar 7,5% 7% 6,5%

    Relacionamento com Encarregados de Educação 70% 75% 80%

    Cumprimento do Plano Atividades 85% 87,5% 90%

    Taxas de Conclusão 65% 70% 75%

    Taxas de Empregabilidade (com prosseguimento de Estudos) 70% 75% 80%

    / / M E T A S D E A P R E N D I Z A G E M

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    As metas apresentadas, no âmbito do desempenho das disciplinas identificadas, pretendem evidenciar a taxa de módulos realizados nas mesmas. No caso da FCT pretende evidenciar a média, mínima, das classificações obtidas nessa componente do curso.No que ao abandono escolar diz respeito, as metas apresentadas pretendem traduzir a taxa, máxima, de desistências admissíveis. Relativamente ao relacionamento com os encarregados de educação, as metas apresentadas pretendem traduzir a taxa média de presenças nas reuniões com os respetivos orientadores de turma.

    As taxas apresentadas relativas ao cumprimento do plano de atividades, pretendem traduzir a percentagem, mínima, de atividades a realizar ao longo de cada ano letivo, definidas no mesmo plano.Finalmente, as taxas referentes à Conclusão e Empregabilidade, terão como base o estudo, feito pela Insignare, 6 meses após a conclusão dos respetivos cursos.

    / / M E T A S D E A P R E N D I Z A G E M

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    De forma a apresentar a estrutura organizativa da EPO, apresentamos o organigrama da Insignare, porque não podemos dissociar a escola da sua entidade proprietária, na medida em que faz parte de uma estratégia organizativa global.

    # 9 O R G A N I Z A Ç Ã O E S C O L A R

    Diretor Pedagógico Diretor Pedagógico

    Assembleia-geral

    Direção

    Revisor Oficial de Contas

    Diretor Executivo

    Técnico Oficial de Contas

    Secretariado de Direção

    Conselho Fiscal

    Escola Profissionalde Ourém

    Escola Profissionalde Hotelaria de Fátima

    CoordenadorTécnico

    CoordenadoraTécnica

    Supervisores de Curso

    Orientadores de Turma

    Orientadores de PAP

    Docentes

    Unidade deApoio Pedagógico

    Unidade deReceção | Reprografia

    Unidade deHigiene e Limpeza

    DepartamentoAdministrativo e Financeiro

    Unidade de Contabilidade

    Unidade de Apoio Administrativo

    Unidade deLogística e Arquivo

    Unidade deAquisições e Controlo

    Unidade deCompras, Logística eSegurança Alimentar

    Unidade deInstalações e

    Equipamentos

    Unidade de Bares

    Unidade de Refeitórios

    Departamento deFormação e Emprego

    Centro para a Qualificaçãoe o Ensino Profissional

    Gabinete deInserção Profissional

    Centro deFormação Contínua

    Gabinete de Estudose Comunicação

    Departamento deAlimentação Coletiva

    Unidade deServiço Externo

    Gabinete CooperaçãoInternacional

    Apoio Administrativo

    Unidade de Apoio aoAluno e à Família

    AEC’sClaustro Monfortino

    Supervisores de Curso

    Orientadores de Turma

    Orientadores de PAP

    Docentes

    Unidade deApoio Pedagógico

    Unidade deReceção | Reprografia

    Unidade deHigiene e Limpeza

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    Em termos da sua oferta formativa, a EPO promove exclusivamente cursos profissionais de nível IV. Iremos de seguida apresentar as áreas de atuação da EPO, expondo para cada uma delas o perfil de cada oferta.

    CursoprofissionaldeTécnicodeDesignO Técnico de Design é um técnico intermédio, com qualificação profissional de nível 4 da União Europeia e com equivalência ao 12.º Ano de Escolaridade. É um profissional apto a fazer maquetas de produtos de design tendo em conta a sua utilização, a sua produção, o mercado onde será vendido, a sua comercialização, a qualidade e a estética, utilizando os recursos tecnológicos e os materiais adequados.

    CursoprofissionaldeTécnicodeEletrónica,AutomaçãoeComandoO Técnico de Eletrónica, Automação e Comando é um técnico intermédio, com qualificação profissional de nível 4 da União Europeia e com equivalência ao 12.º Ano de Escolaridade. É um profissional qualificado apto a desempenhar tarefas de carácter técnico relacionadas com a instalação, manutenção, reparação e adaptação de sistemas elétricos, eletrónicos, pneumáticos e hidráulicos de automação industrial, no respeito pelas normas de higiene e segurança e pelos regulamentos específicos.

    CursoprofissionaldeTécnicodeGestãoO Técnico de Gestão é um técnico intermédio, com qualificação profissional de nível 4 da União Europeia e com equivalência ao 12.º Ano de Escolaridade. É um profissional apto a desenvolver competências no âmbito da gestão das organizações, apto a colaborar nos aspetos organizativos, operacionais e financeiros nos diversos departamentos de uma unidade económica/serviço público, com capacidade para a tomada de decisões com base em objetivos previamente definidos pela Administração/Direção.

    CursoprofissionaldeTécnicodeGestãodeEquipamentosInformáticoO Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos é um técnico intermédio, com qualificação profissional de nível 4 da União Europeia e com equivalência ao 12.º Ano de Escolaridade, apto para o exercício de funções inerentes à instalação, manutenção e reparação de sistemas informáticos tanto a nível de software como de hardware em empresas de qualquer ramo e dimensão que possuam equipamentos informáticos ou prestem serviços nessa área.

    / / O F E R T A F O R M A T I V A

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    CursoprofissionaldeTécnicodeManutençãoIndustrial–varianteEletromecânicaO Técnico de Manutenção Industrial é um técnico intermédio, com qualificação profissional de nível 4 da União Europeia e com equivalência ao 12.º Ano de Escolaridade. É um profissional qualificado, apto a orientar e a desenvolver atividades na área da manutenção, relacionadas com análise e diagnóstico, controlo e monitorização das condições de funcionamento dos equipamentos eletromecânicos e instalações elétricas industriais. Planeia, prepara e procede a intervenções no âmbito da manutenção preventiva, sistemática ou corretiva, executa ensaios e repõe em marcha de acordo com as normas de segurança, saúde e ambiente e regulamentos específicos em vigor.

    CursoprofissionaldeTécnicodeManutençãoIndustrial–varianteMecatrónicaAutomóvelO Técnico de Manutenção Industrial é um técnico intermédio, com qualificação profissional de nível 4 da União Europeia e com equivalência ao 12.º Ano de Escolaridade. É um profissional qualificado, apto a executar o diagnóstico, a reparação e a verificação dos sistemas mecânicos, elétricos e eletrónicos dos veículos. Interpreta esquemas elétricos e eletrónicos. Faz o planeamento, a preparação e o controlo do trabalho da oficina. Procede ao controlo da qualidade das intervenções, gerindo a informação, tratando e gerindo as garantias, afetando os meios técnicos, maximizando a produtividade, promovendo a melhoria da qualidade do serviço e a satisfação dos clientes.

    CursoprofissionaldeTécnicodeProduçãoemMetalomecânicaO Técnico de Produção em Metalomecânica é um técnico intermédio, com qualificação profissional de nível 4 da União Europeia e com equivalência ao 12.º Ano de Escolaridade. É um profissional qualificado, apto a orientar e a desenvolver, de forma autónoma e precisa, atividades relacionadas com a Produção em Metalomecânica, nomeadamente a programação de máquinas-ferramentas com comando numérico computorizado (CNC), a operação de máquinas-ferramentas tanto convencionais como com CNC, a execução e/ou reparação de moldes, cunhos, cortantes e outras peças ou conjuntos de precisão. Este técnico também está apto a participar noutras atividades inerentes ao processo, tais como, na preparação do trabalho, no planeamento e no controlo do processo produtivo, com vista ao fabrico de peças unitárias ou em série, de acordo com as especificações técnicas e qualidade definidas.

    / / O F E R T A F O R M A T I V A

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    A Escola Profissional de Ourém (EPO), consciente da importância que a avaliação tem, como instrumento de melhoria do seu desempenho, tem vindo a desenvolver, ao longo dos anos, mecanismos de avaliação com o objetivo de avaliar transversalmente o desempenho da EPO em cada ano letivo. Estamos conscientes de que apenas com processos desta natureza se consegue caminhar para uma crescente melhoria na formação ministrada, mas também temos constatado a complexidade de se encontrarem mecanismos de autoavaliação que se venham a revelar eficientes e que cumpram os objetivos avaliativos sendo simultaneamente exequíveis. A este nível tem-se percorrido um caminho com vários ajustamentos que têm sido efetuados, ano após ano.Ao nível da Autoavaliação organizacional e pedagógica, os instrumentos de avaliação tem assentado fundamentalmente na aplicação de questionários, no final de cada período letivo, a todos os alunos e ainda em Estatísticas, no término de cada período letivo.Os Alunos são chamados a emitir a sua opinião sobre três áreas distintas, a saber: Professores, Serviços e Infraestruturas.Os Professores são avaliados em itens sobre o

    relacionamento interpessoal, sobre as práticas pedagógicas utilizadas para a transmissão de conhecimentos, bem como sobre os critérios e metodologias de avaliação de cada professor, entre outros. No que aos serviços concerne, os alunos são chamados a emitir a sua opinião sobre a disponibilidade, atendimento e apoio, enquanto sobre as infraestruturas os itens a avaliar são a limpeza, o conforto e a qualidade.As Estatísticas incidem sobre diversos parâmetros tais como módulos em atraso, volume de formação, faltas, concretização de visitas de estudo e sessões técnicas, incidindo ainda sobre as classificações.Assim sendo, no início de cada período letivo subsequente, temos em nosso poder dados concretos e realísticos sobre como a formação está a decorrer, assumindo os mesmos um importante instrumento de gestão pedagógica. Os dados recolhidos na aplicação dos inquéritos também nos permitem identificar áreas em que se justifica o desenvolvimento de ações de formação para professores, sendo uma importante base de informação para elaboração do plano de formação interno.Outros aspetos tidos em conta na avaliação

    organizacional e pedagógica são as taxas de conclusão e de empregabilidade dos Alunos dos diferentes cursos. A este nível, tentamos perceber, ano após ano, quais os fatores que contribuem para o (in)sucesso escolar, envolvendo-se os professores nessa discussão e análise no sentido de se encontrarem metodologias de ensino / aprendizagem mais envolventes e que possam contribuir para o aumento do sucesso escolar. O facto da grande maioria dos alunos apresentar significativas dificuldades de aprendizagem tem conduzido a taxas de conclusão abaixo das pretendidas e desejadas. No entanto, assinala-se aqui o facto de as entidades empregadoras considerarem que os alunos da EPO têm uma preparação profissional excelente, tendo há muito criado hábitos de recrutamento direto na Escola, o que nos apraz registar. Temos também constatado que muitos dos alunos que não concluem o curso no respetivo ciclo de formação, mesmo que deixem apenas 2 ou 3 módulos em atraso, conseguem ingressar no mercado de trabalho, o que leva a que demorem algum tempo a voltar à escola para a realização dos módulos em atraso devido à falta de disponibilidade para o trabalho escolar, atrasando assim a conclusão do respetivo curso.

    / / M E C A N I S M O S D E A U T O A V A L I A Ç Ã O O R G A N I Z A C I O N A L E P E D A G Ó G I C A

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    No que diz respeito à organização da Formação em Contexto de Trabalho, a Direção da Escola Profissional de Ourém tem, desde sempre, tido a preocupação de facultar a todos os alunos esta importante e fundamental componente da formação (mesmo nos antigos cursos em que o plano curricular não contemplava esta componente), consciente de que só com ela o aluno conseguirá confrontar as suas aprendizagens com a realidade, desenvolver e aperfeiçoar competências bem como consolidar a sua formação, sempre numa perspetiva de aperfeiçoamento e de adequabilidade às exigências do mercado de trabalho, desenvolvendo-se simultaneamente o seu nível de responsabilidade.A formação em contexto de trabalho assume assim diversas modalidades com maior ou menor duração, diferentes formas de implementação e critérios de avaliação consoante os objetivos a atingir e as estratégias consideradas eficazes em conformidade com os planos curriculares e o perfil de saída de cada técnico. Deste modo, encontram-se em funcionamento na EPO as modalidades de formação em contexto de trabalho que a seguir se apresentam, explicitando-se as respetivas durações; instrumentos de suporte, formas de planificação e caracterização técnica das entidades:

    / / F O R M A Ç Ã O E M C O N T E X T O D E T R A B A L H O

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    A consciência da importância assumida pela Formação em Contexto de Trabalho no Projeto Pedagógico de Formação, tem-se traduzido, em grande parte, na realização de períodos de estágio nas empresas. A duração dos períodos de estágio corresponde, atualmente, a 840 horas de formação. Estas horas são divididas ao longo do curso em períodos de 2 e 3 meses, respetivamente afetos ao 2.º e 3.º ano.Aos alunos do 1.º ano também lhes é dada a oportunidade de frequentarem um estágio de 1 mês, contudo em regime de voluntariado, onde o principal objetivo reside num primeiro contacto com o mercado de trabalho.Cremos com esta modalidade despertar e motivar os alunos antecipadamente, o que se nota no aumento do interesse ao longo dos períodos subsequentes, sobretudo ao nível das disciplinas da componente técnica.Os estágios estão incluídos no cronograma de formação de cada curso elaborado no início do ano letivo, sendo o Supervisor de Curso o responsável pela sua implementação.

    O Supervisor é um mediador entre a Escola e as entidades: estabelece os contactos com as empresas com as quais se celebra um protocolo de estágio, entregando também um plano de estágio e gere a colocação dos alunos nas várias empresas considerando as necessidades formativas de cada um e acompanha-os durante esta formação, elaborando um relatório final de avaliação da forma como decorreram os estágios.Esta formação é também acompanhada por um Responsável na própria empresa (Tutor) que deverá orientar o desempenho do aluno, atribuindo-lhe sucessivamente tarefas mais complexas com o intuito de desenvolver o sentido de responsabilidade e de assegurar o aperfeiçoamento profissional. É ainda da sua responsabilidade proceder à avaliação do trabalho desenvolvido utilizando uma grelha de avaliação concebida para o efeito.

    / / E S T Á G I O S C U R R I C U L A R E S

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    A autoavaliação da nossa escola é um procedimento indispensável e incontornável. A sua importância advém de ser um processo de regulação que requer a implementação de estratégias que conduzam à melhoria da qualidade do serviço prestado pela escola, quer ao nível da organização e do funcionamento do estabelecimento, quer ao nível dos processos pedagógicos. Daí que analisar e refletir sobre a ação e o nosso desempenho é um ato recorrente, sistemático e plenamente participado.Na sequência do exposto, também o projeto educativo deve ser avaliado num processo que se constitui não só como um meio de análise e de reflexão sobre a organização da escola, como também num veículo de promoção de boas práticas pedagógicas, de melhoria de resultados e de constante aperfeiçoamento do serviço prestado à comunidade.A avaliação do projeto educativo visa medir o grau de realização das ações, medidas e atividades consumadas nos seus objetivos estratégicos e metas de aprendizagem definidas, através das quais a escola se propõe desenvolver a sua ação educativa. Esta avaliação constitui um processo de aferição de resultados obtidos, de metas alcançadas, de objetivos concretizados.Será um processo faseado, pois a aposta na melhoria contínua é um dos fatores essenciais para o sucesso do projeto na sua globalidade. Assim, anualmente, a escola continuará a promover os seus diagnósticos de análise e de balanço

    referentes ao ano letivo em questão. Dessa análise poderão sair conclusões que irão potenciar a melhoria, a adaptação e a execução do próximo projeto educativo. Todas as conclusões serão apresentadas no Relatório Anual de Atividades. O Relatório Anual de Atividades constitui-se como um documento de avaliação das ações desenvolvidas na escola e constantes no Plano Anual de Atividades. Este relatório é um documento fundamental, pois, para além da sua função de avaliação, assume igualmente funções de diagnóstico e de informação. Diagnóstico, na deteção de constrangimentos na consecução das metas e objetivos definidos e procurar, desse modo, introduzir eventuais alterações no plano de atividades seguinte. Informativo, no sentido de disponibilizar à comunidade educativa informação relevante, permitindo assim, um maior conhecimento e avaliação relativamente ao futuro da escola.Finalmente, após a vigência do presente projeto, desenvolver-se-ão estratégias para uma avaliação mais completa de todo o projeto. Será constituída uma equipa de trabalho para o efeito, que terá o apoio da Direção Pedagógica, para desenvolver de forma autónoma esse processo. À semelhança da origem do presente projeto, serão auscultados todos os intervenientes na comunidade educativa e as conclusões serão a base para o elencar do projeto educativo subsequente.

    # 1 0 A V A L I A Ç Ã O D O P R O J E T O E D U C A T I V O

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    Com o propósito de produzir e elaborar um documento orientador das linhas gerais de atuação da Escola Profissional de Ourém, foi criado o presente projeto educativo. O documento pretende ser assertivo, objetivo e acima de tudo claro na sua leitura, para que toda a comunidade educativa o possa seguir como modelo orientador.Como em tudo, nada vale por si só, e a ele irão juntar-se outros documentos estratégicos tais como o Regulamento Interno e o Plano Anual de Atividades, que irão complementar e contribuir para o sucesso do novo projeto educativo da escola.Porque acreditamos no trabalho desenvolvido, porque acreditamos nos nossos professores, funcionários, alunos e respetivos encarregados de educação, estamos confiantes no futuro que nos espera e estamos em crer que o caminho traçado será o garante para uma escola cada vez mais reconhecida pela excelência da sua formação e dos seus formandos.

    # 1 1 C O N C L U S Ã O

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    www.insignare.pt