1 introdução cinÉtica

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 05/08/2011 1 Prof. Clauber Dalmas Rodrigues Ementa Moléculas em Movimento. Velocidades das Reações Químicas. Cinética das Reações Complexas. Dinâmica Molecular das Reações Químicas. Processos em Superfícies Sólidas. A contextualização dos conceitos de cinética química aplicados no ensino médio. bibliografia básica ATKINS, P.; PAULA, J. Físico-Química. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Vol. 3. ATKINS, P. Principles of Chemistry. AVERY, H. E. Cinética Química Básica y Mecanismos de Reaccion. Barcelona: Reverté, 1982. LATHAN, J. L. Cinética Elementar de Reação. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1974. MOORE, W. J. Físico-Química. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1976. Vol. 1. Qual a diferença entre Termodinâmica e cinética? Embora a termodinâmica possa ser usada para prever a direção ea extensão da mudança química, ele não nos diz como a reação ocorre ou o quão rápido. Algumas reações espontâneas, tais como a decomposição do benzeno em carbono e hidrogêni o - não parecem avançar totalmente, enquanto que ou tras reações - como reações de transferênc ia de prótons - atingem o equilíb rio muito rapidamente.

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05/08/2011

1

Prof. Clauber Dalmas Rodrigues

Ementa

Moléculas em Movimento.

Velocidades das Reações Químicas. Cinética das Reações Complexas.

Dinâmica Molecular das Reações Químicas.

Processos em Superfícies Sólidas.

A contextualização dos conceitos de cinéticaquímica aplicados no ensino médio.

bibliografia básica

ATKINS, P.; PAULA, J. Físico-Química. 7.ed. Riode Janeiro: LTC, 2002. Vol. 3.

ATKINS, P. Principles of Chemistry.

AVERY, H. E. Cinética Química Básica y

Mecanismos de Reaccion. Barcelona: Reverté,1982.

LATHAN, J. L. Cinética Elementar de Reação. SãoPaulo: Edgard Blücher Ltda, 1974. MOORE, W. J.Físico-Química. São Paulo: Edgard Blücher Ltda,1976. Vol. 1.

Qual a diferença entreTermodinâmica e cinética?

Embora a termodinâmica possa ser usada paraprever a direção ea extensão da mudançaquímica, ele não nos diz como a reação ocorre

ou o quão rápido. Algumas reações espontâneas, tais como a

decomposição do benzeno em carbono ehidrogênio - não parecem avançar totalmente,enquanto que outras reações - como reações detransferência de prótons - atingem o equilíbriomuito rapidamente.

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Sentido de reação termodinamicamente

favorável

GrafiteDiamante

Qual a diferença entreTermodinâmica e cinética?

Examinaremos os detalhes íntimos de como asreações prosseguem, o que determina as suas

velocidades, e como controlar essas velocidades.

Qual a diferença entreTermodinâmica e cinética?

O estudo das velocidades das reações químicasé chamado Cinética Química.

Ao estudar a termodinâmica, consideramosapenas os estados inicial e final de um processoquímico (sua origem e destino) e ignorar o queacontece entre eles (a viagem em si, com todosos seus obstáculos).

Em cinética química, estamosinteressados  apenas na jornada de mudançasque ocorrem no curso de reações.

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O Que é velocidade deuma reação química?

Informalmente, consideramos uma reação para ser

rápido se os produtos são formados rapidamente,como ocorre em uma reação de precipitação ouuma explosão (Fig. 13.1).

Uma reação é lenta, se os produtos são formadospor um longo período de tempo, como aconteceem corrosão ou a degradação da matéria orgânicaou enferrujamento de um portão de ferro.

É necessário uma definição precisa e quantitativada velocidade de uma reação química.

ferrugem cozimento explosão

lento rápido Muito rápdo

Fonte: ATKINS (Principles of Ch emistry).

Algumas gotas de corante alimentar azul foram adicionados à água, seguido deuma solução de água sanitária. Fonte: KOTZ.

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Concentração e avelocidade da reação

Na vida cotidiana, a velocidade é definida como

a mudança em uma propriedade dividida pelotempo que leva para que a mudança ocorra.

Por exemplo, a velocidade de um automóvel, avelocidade de mudança de sua posição, édefinido como a distância percorrida divididapelo tempo necessário.

Concentração e avelocidade da reação

Ficamos com a velocidade média se dividirmos o

comprimento da viagem pelo tempo total para aviagem, chegamos a velocidade instantâneaatravés da leitura do velocímetro, em algummomento em sua jornada.

Em química, expressamos as velocidades emtermos de quão rapidamente os reagentes sãousados  ou produtos são formados.

Concentração e avelocidade da reação

Ou seja, nós definimos a velocidadede reaçãocomo a mudança na concentração de um dosreagentes ou produtos dividido pelo intervalo detempo durante o qual a mudança ocorre.

Porque a velocidade pode mudar à medida queo tempo passa, denotamos a velocidade dereação média como a mudança na concentraçãomolar de um reagente R, ∆[R] = [R]t2 - [R]t1 ,dividido pelo intervalo de tempo ∆t = t2 – t1 .

Velocidade média de consumo de R:

Porque os reagentes são consumidos  em umareação, a concentração de R diminui à medidaque o tempo passa, assim, ∆[R] é negativo.

O sinal de menos na eq. 1 é incluído paraassegurar que a velocidade é positiva, que é aconvenção normal em cinética química.

 R R

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Se seguirmos a concentração de um produto P,

expressamos a velocidade como:

PP

Exercícios

Suponha que estamos estudando a reação

2 HI(g) H2(g) + I2(g)

e econtramos que, no intervalo de 100 s, aconcentração do HI diminui de 4,0 mmols/Lpara 3,5 mmols/L.

Qual é a velocidade média desta reação?

A velocidade média de consumo de HI:

 R R

s L

mmols R

.100,5 3

s

 Lmmols R

100

 / )0,45,3(

As várias formas de relatar a velocidade de umadada reação estão relacionados com aestequiometria da reação.

Portanto, no nosso exemplo, concluímos que:

 HI 

 H 

2

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Para evitar a ambigüidade associada a várias

formas de relatar uma velocida de reação,podemos utilizar uma única velocidade médiapara uma reação, sem especificar a espécie.

A velocidade média única da reaçãoa A + b B c C + d Dé qualquer uma das quatro seguintesquantidades equivalentes:

 D

d t 

ct 

 B

bt 

 A

areaçãodaúnica

médiavelocidade

1111

A divisão pelos coeficientes estequiométricos cuida

das relações estequiométricas entre os reagentes eprodutos.

Não há necessidade de especificar a espécie aorelatar a velocidade média única da reação, porqueo valor da velocidade é a mesma para cada espécie.

No entanto, a velocidade média única não dependede os coeficientes utilizados na equaçãobalanceada, e assim a equação química deve serespecificada ao relatar a velocidade única.

exercício

A velocidade média da reaçãoN2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g) durante um

determinado período é relatado como 1,15(mmol NH3) · L-1 · h-1.

a) Qual é a velocidade média no mesmoperíodo, em termos de consumo de H2?

b) Qual é a velocidade média única (ou seja, avelocidade média da reação)?

exercicios

considerando os dados da reação2 HI(g) H2(g) + I2(g) dos exercícios anteriores,

calcule:a) A velocidade média da formação de H2 na

mesma reação

b) Qual é a velocidade média única da reação?

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A sacarose decompõe-se em frutose e glicose em

solução ácida.Um gráfico da concentração de sacarose emfunção do tempo é dado aqui.Qual é a velocidade de variação da concentraçãode sacarose sobre a 2 h em primeiro lugar?Qual é a taxa de mudança ao longo dos últimos 2h?Estimar a velocidade instantânea em 4 h

As técnicas experimentais

Depende da rapidez com que a reação ocorre.

Algumas reações biologicamente importantes,

como o crescimento do cabelo, podem demorarsemanas para mostrar mudanças significativas,mas outras reações, como a explosão denitroglicerina, são muito rápidos.

Técnicas especiais devem ser utilizados quandoa reação é tão rápida que acaba em segundos.

As técnicas experimentais

Usando lasers, químicos podem estudar reaçõesque estão completas em um picosegundo(1 ps = 10-12 s).

As mais novas técnicas pode até mesmo monitorarreações que estão completas depois de um algunsfemtosegundos (1 fs = 10-15 s), ea pesquisa estáagora a começar a investigar os processos, mesmoem uma escala de tempo attosegundos(1 as = 10-18 s).

Nesta escala de tempo, é muito difícil monitorar areação.

 

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As técnicas experimentais

Suponha o estudo do efeito de um

clorofluorcarbono sobre a concentração deozônio, um gás que absorve a luz azul de certoscomprimentos de onda.

Pode-se usar um espectrômetro para monitorara luz absorvida pelo ozônio em um dessescomprimentos de onda e calcular aconcentração molar de moléculas de O3 a partirda intensidade de absorção.

As técnicas experimentais

Na técnica de fluxo interrompido, as soluções

dos reagentes são forçados a uma câmara demistura muito rapidamente e a formação deprodutos é observado espectroscopicamente(Fig. 13.3).

Este procedimento é comumente usado paraestudar as reações biologicamente importantes.

As técnicas experimentais

espectrofotômetro

Seringascondutoras

Câmara demistura

Seringa deparada

FIGURE 13.3

As técnica experimentais

A velocidade média de uma reação é a mudançana concentração de uma espécie, dividido pelotempo durante a qual a mudança ocorre,

A velocidade média única é a velocidade médiadividida pelo coeficiente estequiométricas daespécie monitorados.

Técnicas espectroscópicas são amplamenteutilizados para estudar as velocidades de reação,principalmente para reações rápidas.

 

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A maioria das reações desaceleram quando os

reagentes são consumidos . Em outras palavras, a velocidade média de

reação diminui à medida que a reação ocorre.

A velocidade da reação também pode mudar aolongo do intervalo de tempo durante o qual amudança na concentração está sendo medida.

Para determinar a velocidade de reação em umdado instante no curso da reação, devemosfazer nossas medições de concentração em

intervalos muitos pequenos, os menorespossíveis.

Em outras palavras, é necessário determinar avelocidade em um único instante através docálculo do declive da tangente ao gráfico deconcentração versus o tempo no momento deinteresse (Fig. 13.4).

tempo

   C   o   n   c   e   n   t   r   a   ç   ã   o    d   o

   R   e   a   g   e   n   t   e

Figura 13.4A velocidade dareação é a mudançana concentraçãode um reagente (ouproduto), dividido pelointervalo de tempodurante o qual a

mudança ocorre (ainclinação dalinha AB,porexemplo).A velocidadeinstantânea é ainclinação da tangenteda curva nomomento deinteresse.

 

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Esta inclinação é chamada de velocidadeinstantânea da reação.

A velocidade instantâne da reação muda ao longodo curso da reação (Fig 13.5).

A partir de agora, sempre que falamos deuma velocidade média da reação, vamos sempresignifica uma velocidade instantânea.

As definições do Eqs. 1 e 2 podem ser facilmenteadaptadas para se referirem à velocidadeinstantânea de uma reação.

dt 

 Dd 

d dt 

C d 

cdt 

 Bd 

bdt 

 Ad 

av

reaçãoda

velocidade 1111

dt 

 Rd  R

dt 

Pd P

Figura 13.5 – determinação da velocidade de deteriorização da penicilina durante aarmazenagem em dois diferentes tempos. Note que a velocidade (a inclinação datangente da curva) em 5 semanas é maior q ue em 10 semanas, quando menospencilina está presente.

   C   o   n   c   e   n   t   r   a   ç   ã   o   M   o    l   a   r    (   m   o    l .   L  -   1    )

Tempo (semanas) Tempo (semanas)

 

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A velocidade instantânea da reação é a

inclinação de uma tangente traçada para ográfico de concentração em função do tempo;para a maioria das reações, a velocidade diminuià medida que a reação ocorre.