1. introdução à biossegurança [modo de compatibilidade]
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Introdução à Biossegurança
Prof. Viviane C. LonguiniDisciplina Biossegurança
Farmácia
PLANO DA DISCIPLINA
� Objetivos:
� Geral: Proporcionar aos alunos o conhecimento da
biossegurança em um cenário de visibilidade, que
permita aos alunos atuar com prevenção e controle de
riscos ocupacionais, entenderem seus propósitos, suas
contradições, e principalmente sua importância como
instrumento de proteção da vida, em qualquer que seja o
ambiente de trabalho.
PLANO DA DISCIPLINA
� Objetivos:
� Específicos: Objetiva-se que o aluno ao término do
curso seja capaz de avaliar a biosegurança em diferentes
setores da área farmacêutica, assim como implementá-la,
segundo as legislações pertinentes. Espera-se também
que ao prestar serviços farmacêuticos utilize seus
conhecimentos em biosegurança.
PROGRAMA DE ENSINO
1 – Introdução à biossegurança
1.1 Legislações relacionadas à biossegurança.
1.2 Normas gerais de segurança em laboratórios.
1.3 Equipamentos de proteção individual (EPI), coletiva (EPC) e ao produto (EPP).
1.3.1 Protetores para a cabeça
1.3.2 Protetores para o tronco
1.3.3 Proteção dos membros superiores (mãos e braços)
1.3.4 Proteção para os membros inferiores (pés e pernas)
1.4 Mapeamento de Risco.
1.5 Níveis de Biossegurança
1.6 Higienização das mãos.
1.7 Limpeza e sanitização de equipamentos e utensílios de laboratório.
PROGRAMA DE ENSINO2 – Biosegurança em drogarias
2.1 Boas Práticas
2.2 Prestação de serviços farmacêuticos
2.2.1 aferição de pressão arterial
2.2.2 administração de medicamento injetável e inalação
2.2.3 determinação de glicemia capilar
3 – Biosegurança na área de alimentos
3.1 Boas Práticas
3.2 Segurança alimentar
3.3 Alimentos transgênicos
PROGRAMA DE ENSINO4 – Biossegurança em outros setores farmacêuticos: indústria de medicamentos,
farmácias de manipulação e análises clínicas
4.1 Boas Práticas
4.2 Segurança em instalações de laboratórios
4.3 Dimensionamento de área em farmácias
4.4 Prestação de serviços farmacêuticos em laboratórios
4.4.1 coleta endovenosa
5 – Plano gerenciamento de resíduos de serviços da saúde (PGRSS)
5.1 Descarte de materiais biológicos, pilhas e material orgânico.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
� A avaliação da aprendizagem será realizada através de:
� Provas teóricas:
� Valor de 0(zero) a 10(dez)
� Peso 7
� Atividades práticas e trabalhos:
� Valor de 0(zero) a 10(dez)
� Peso 3
� Biossegurança: É a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações
destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que
possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o meio ambiente.
� Conjunto de medidas voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico
e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais,
do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos envolvidos.
� Normas e mecanismos controladores do impacto de possíveis efeitos negativos de
novas espécies ou produtos originados por espécies geneticamente modificadas.
� A manutenção de condições seguras nas atividades de pesquisa biológica, de modo
a impedir danos aos trabalhadores, a organismos externos ao laboratório e ao
ambiente.
TERMOS EM BIOSSEGURANÇA
TERMOS EM BIOSSEGURANÇA� ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): órgão designado como o
responsável pela normalização técnica no país.
� Agente: Entidade biológica, física ou química capaz de causar doença.
� Agente Biológico de Controle: O organismo vivo, de ocorrência natural ou obtido
através de manipulação genética, introduzido no ambiente para o controle de uma
população ou de atividade biológica de outro organismo vivo considerado nocivo.
� Agente de Risco: Pode ser compreendido como qualquer componente de natureza
física, química, biológica ou radioativa que possa vir a comprometer a saúde do
homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualquer dos trabalhos desenvolvidos.
� Agente Infeccioso: Agente biológico capaz de produzir infecção ou doença infecciosa.
Todo organismo microscópico ou não, com capacidade para causar infecção
independente da predisposição do indivíduo.
� Área de Armazenamento Temporário Final: É a área reservada a guarda dos
contêineres de resíduos para a coleta externa.
� Área de Expurgo: É a área reservada ao armazenamento temporário dos resíduos,
separados conforme sua tipologia, acondicionados, tratados, para serem
encaminhados às áreas de armazenamento temporário final.
� Área Limpa: Local onde são executados os procedimentos de desinfecção, preparo,
acondicionamento, esterilização, armazenamento e distribuição do material.
� Área Não Crítica: Dependências que não apresentam risco de transmissào de
infecção.
� Área Restrita: Conjunto de ambientes de maior rigor asséptico, protegido por
barreira contra contaminação.
� Área Semi-crítica: Local de menor risco de transmissão de infecção.
TERMOS EM BIOSSEGURANÇA
� Armazenamento Temporário: Consiste na guarda temporária dos recipientes
contendo os resíduos separados por tipologia, já acondicionados, em área de
expurgo, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta
dentro do estabelecimento, e otimizar o translado entre os pontos geradores e
o ponto (área de armazenamento temporário) de guarda dos contêineres de
resíduos para a coleta externa.
� Asseio: Estado de limpeza.
� Assepsia: Conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de
microrganismos (contaminação) em local que não os contenha. Processo que
permite afastar os germes patogênicos de um local ou objeto.
� Risco Biológico : É toda a situação de exposição a um agente biológico
TERMOS EM BIOSSEGURANÇA Histórico da Biossegurança� Durante o período de 1347-1350 ocorreu uma epidemia de peste bulbônica (“morte negra”)
na Europa 25 milhões de pessoas morreram durante a epidemia.
� Ignaz Philipp Semmelweis, em 1846, verificou na clínica obstétrica do Hospital de Viena
que a febre puerperal era responsável pela mortalidade de 10 a 30% das parturientes e
passou a sustentar que esta infecção era transmitida de uma mulher para outra pelas
mãos dos médicos e parteiras.
� Joseph Lister, já em 1860, pesquisava uma maneira de manter as incisões cirúrgicas livres
de contaminação, uma vez que as mortes por infecção cirúrgica naquela época eram
freqüentes.
� Em 1864, o cirurgião constatou que 45% dos seus pacientes morreram desta forma. Lister
passou a embeber compressas cirúrgicas em uma solução diluída de ácido carbólico
(fenol), além de borrifar a sala com esta substância química. Trabalhou para convencer
seus colegas de que a lavagem das mãos com soluções cloradas antes do atendimento
era fundamental para prevenção da doença.
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Histórico da Biossegurança
� Gustav Neuber, em 1865, preconizou o uso de avental cirúrgico.
� Robert Koch, em 1876, descreveu os postulados de Koch, demonstrando, pela primeira vez,
que uma doença infecciosa específica é causada por um micro-organismo específico.
� Von Bergmann, em 1886, introduziu o processo de esterilização pelo calor úmido, enquanto
que Stewart Halsted, o uso de luvas cirúrgicas.
� Entre 1917 e 1919 a influenza e suas complicações mataram cerca de 500.000 americanos e
21 milhões de pessoas (3 vezes o número de mortos na Primeira Guerra Mundial) no mundo.
Legislação Trabalhista
� A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada
pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista
existente no Brasil.
� Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e
coletivas do trabalho, nela previstas.
� Seus principais assuntos são:
� Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho; Jornada de Trabalho;
Período de Descanso; Férias; Medicina do Trabalho; Categorias
Especiais de Trabalhadores; Proteção do Trabalho da Mulher; Contratos
Individuais de Trabalho; Organização Sindical; Convenções Coletivas;
Fiscalização; Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista.
Legislação Trabalhista� As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do
trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e
públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem
como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
� “O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação
das penalidades previstas na legislação pertinente.”
� “Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento
de suas obrigações com a segurança do trabalho.”
Principais NR (normas regulamentadoras)
� NR-4: SESMT - Serviços Especializados em Segurança e Medicina do
Trabalho
� NR-5: CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
� NR-6: EPI - Equipamentos de Proteção
� NR-7: PCMSO - Exames Médicos Ocupacionais
� NR-9: PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
� NR-15: Atividades e Operações Insalubres
� NR-17: Ergonomia
� NR-24: Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho
� NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
Medidas de Controle e Proteção
Medidas coletivas: Descarte e remoção de lixo, extintores de incêndio, lavador de olhos, sinalização.
Medidas individuais: Emprego de EPIs (equipamentos de proteção individual): Luvas, máscara, avental, pró-pés, óculos de proteção, entre outros.
Medidas coletivas: Descarte e remoção de lixo, extintores de incêndio, lavador de olhos, sinalização adequada
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Acesso aos equipamentos de segurança coletiva
LivreLivreLivreLivre ObstruídoX Coleta de lixo seletiva
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
� Escolhida de acordo com o risco do ambiente ou procedimento
� Legislação NR-6: o empregador deve fornecer gratuitamente os
EPI’S, deve oferecer treinamento para uso do EPI, tornar obrigatório
o uso do EPI
� CALÇADOS – protege pés contra umidade, respingo de substancia
química e material biológico, derramamento de líquidos ou solventes
� EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - máscara cirúrgica,
respiradores com ou sem purificador de ar
� LUVAS DE PROTEÇÃO - de produto químico, de material biológico, de
proteção ao calor, proteção ao corte
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
� ÓCULOS DE PROTEÇÃO – contra gases e vapores, contra produtos
químicos, contra material biológico
� PROTETOR AUDITIVO – contra ruídos, podendo ser de inserção ou pré-
moldado
� PROTETOR FACIAL – contra respingos de material infectante e
substância química
� ROUPAS DE PROTEÇÃO – avental, touca
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Antes e após contato
com cada paciente
Ao contato
com sangue
e secreções
PRECAUÇÕES PADRÃO:
Barreiras que devem ser utilizadas pelo profissional quando houver risco decontaminação com sangue, secreções, excreções, qualquer fluído corporal epele não íntegra
Se risco
de respingos
Descarte
adequado
Ou
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
� CARVALHO, P. R., Boas Práticas Químicas em Biossegurança, Rio de Janeiro:Interciência, 1999
� COSTA, M. A. F. , Qualidade em Biossegurança- Rio de Janeiro: Qualitymark , 2000.
� HIRATA, M., H. & MANCINI FILHO, J., Manual de Biossegurança, São Paulo, Manole, 2002.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
� BPL - Boas Práticas de Laboratórios , NIT DICLA 028 , Inmetro, 2001
� COSTA, M. A. F. , Biossegurança: Manual para Profissionais das Áreas Médicas e Biomédicas - Segurança Química Básica em Biotecnologia e Ambientes Hospitalares, São Paulo: Livraria Santos Editora, 1996.
� DIAS, E. C., Organização da Atenção à Saúde no Trabalho, In: FERREIRA-FILHO, M., Saúde no Trabalho, Rio de Janeiro: Roca, 2000.
O QUE É RISCO?