1 iniciação apostila 1

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  • 7/24/2019 1 Iniciao Apostila 1

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    PASTORAL DO BATISMO: Introduo histrica, teolgica e litrgica! "

    "! Liturgia: Plano de Sal#ao

    "! Liturgia: Ao de Deus na $istria Sal#ando o seu %o#o

    "!" Liturgia: Ser#io concreto %or %arte de Deus Pai e res%osta do ser hu&ano atra#'sde ritos!

    Toda liturgia possui iniciati#a di#ina, Deus o primeiro a fazer liturgia (servio) ao seu povo atravsda $istria da Sal#ao, tanto a nvel de todo o povo como a nvel de cada indivduo, no dia-a-dia.Podemos perceber essa iniciativa divina e o seu servio prestado ao omem a partir da passagem de Deus naist!ria, "ue coloca o omem em movimento, um Deus vivo, "ue se manifesta na ist!ria do omem.#uando Deus aparece a $bra%o, ele se coloca a camino, procura um sentido para sua vida, sai a procura deuma terra e descend&ncia. #uando Deus prov& a $bra%o terra e descend&ncia faz uma liturgia (servio),concreto em favor de $bra%o.

    #uando Deus aparece a 'oiss, realiza verdadeiro servio ao seu povo, coloca-o a camino, rompe aescravid%o do gito, divide o 'ar ermelo, conduz seu povo pelo deserto, faz brotar *gua do c%o, faz cairman* e codornizes para sua alimenta%o, faz uma aliana com o seu povo a fim de a+ud*-lo.

    povo sente necessidade de res%onder a esse servio prestado por Deus atravs da elebra%oPascal. povo n%o cansa de cantar as maravilas "ue Deus tem feito por eles. $o celebrar a P*scoa, o povoproclama e confessa o /odo, uma grande festa para anunciar o servio "ue Deus prestou ao seu povo.0ealiza assim um liturgia a Deus atravs de um rito.

    ( A liturgia %restada ao %o#o %or %arte de Deus ' u& ser#io concreto atra#'s da$istria da Sal#ao!

    ( A liturgia %restada a Deus %or %arte do %o#o, ' u& ser#io si&)lico atra#'s deRitos!

    D*+S D*+S 1 1

    2iturgia-oncreta

    3ist!riada

    4alva%o

    5%o*ritosmasservio

    2iturgia4imb!lica

    0itos

    0itos

    6 6 40 37'$540 37'$5

    Diocese de undia- . /entro /ate0u'tico Diocesano 1Do& 2a)riel3 4 "555

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    PASTORAL DO BATISMO: Introduo histrica, teolgica e litrgica! 6

    "!6 O Pai, 7onte e 7i& da liturgia

    $benoar uma a%o divina "ue d* a vida e da "ual o Pai fonte. 4ua b&n%o ao mesmo tempopalavra e dom. (at. 89:;). Desde o incio at a consuma%o dos tempos, toda a obra de Deus b&n%o.(at. 89:

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    PASTORAL DO BATISMO: Introduo histrica, teolgica e litrgica! >

    6!"!6 /o&o se reali8a& os Sacra&entos

    transcendente se manifesta no imanente fazendo com "ue o imanente se tornetransparente para o transcendente.

    6!6 Plano de Sal#ao6!6!" A Sal#ao atra#'s de /risto

    5a liturgia da Agre+a, risto significa e realiza principalmente o seu mistrio pascal. Durante a suavida terrestre, Lesus anunciava o seu 'istrio Pascal pelo ensinamento e o antecipava pelos seus atos.#uando cegou a sua ora, viveu o Hnico evento da ist!ria "ue n%o passa> Lesus morre, sepultado,ressuscita dentre os mortos e est* sentado = direita do Pai ?uma vez por todas@ (0m M,89B 3b :,E:B todos os outros eventos da ist!ria acontecemum vez e depois passam, engolidos pelo passado. O Mist'rio Pascal de /risto, ao contr?rio, no %ode7icar so&ente no %assado, @? 0ue %ela sua &orte destruiu a &orte, e tudo o 0ue /risto ', 7e8 e so7reu

    %or todos os ho&ens, %artici%a da eternidade di#ina, e %or isso a)raa todos os te&%os e nele se&ant'& %er&anente&ente %resente! O *#ento da /ru8 e da ressurreio %er&anece e atrai tudo %araa #ida!(at. 89;I)

    6!6!6 A Sal#ao de /risto, ho@e, atra#'s da Sucesso A%ostlica

    ?$ssim como risto foi enviado pelo Pai, da mesma forma enviou os ap!stolos, ceios do sprito4anto, n%o s! para pregarem o vangelo a toda a criatura, anunciarem "ue o Oilo de Deus, pela sua 'ortee 0essurrei%o, nos libertou do poder de 4atan*s e da morte e nos transferiu para o reino do Pai, mas aindapara levarem a efeito o "ue anunciavam> a obra da salva%o atravs do sacrifcio e dos sacramentos, emtorno dos "uais gravita toda a vida litHrgica@. (at. 89;M)

    $ssim, risto ressuscitado, ao dar o sprito 4anto aos $p!stolos, confia-les o seu poder desantifica%o> eles tornam-se assim sinais sacramentais de risto. Pelo poder do mesmo sprito 4anto, os$p!stolos confiam este poder aos seus sucessores. sta ?sucess%o apost!lica@ estrutura toda a vida litHrgicada Agre+aB ela mesma sacramental, transmitida pelo sacramento da ordem. (at. 89;:)

    6!6!> A Presena de /risto ho@e e& sua Igre@a

    ?Para levar a efeito t%o grande obra@, a saber, a dispensa%o ou comunica%o da sua obra de salva%o,?risto est* sempre presente na sua Agre+a, sobretudo nas aes litHrgicas. Presente est* no sacri7-cio daMissa, tanto na %essoa do &inistro,pois a"uele "ue agora oferece pelo ministrio dos sacerdotes omesmo "ue outrora se ofereceu na cruzQ, "uando sobretudo sob as es%'cies eucar-sticas. Presente est* pelasua fora nos sacra&entos,a tal ponto "ue, "uando algum batiza, risto mesmo "ue batiza. Presente est*na sua Pala#ra,pois ele mesmo "uem fala "uando se l&em as 4agradas scrituras na Agre+a. Presente est*,finalmente, "uando a Igre@a re8a e sal&odia, ele "ue prometeu> nde dois ou tr&s estiverem reunidos emmeu nome, a estarei no meio delesQ ('t 8;,E9)@ (at. 89;;)

    Presena de /risto:"! Sacri7-cio da Missa6! Pessoa do Ministro 9Bis%o e Pres)-tero;

    >! *s%'cies *ucar-sticas 9Po e =inho;! Sacra&entos

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    PASTORAL DO BATISMO: Introduo histrica, teolgica e litrgica!

    ! Pala#ra de DeusC! Asse&)l'ia Reunida

    >! Iniciao /rist: *#oluo $istrica

    >!" Introduo

    1 O termo iniciao- 3o+e, o termo inicia%o n%o mais abitual. le nos remete instintivamente =sreligies mistricas da poca elenista, por e/emplo, culto de 'itra, "uase contemporRneo = entrada do cristianismoem 0oma. Asto n%o significa "ue a igre+a de 0oma tena copiado os ritos pag%os para construir a sua inicia%oQ. ertassemelanas e certos simbolismo S pensemos no bano com *gua- s%o conaturais a toda cultura para e/primir apurifica%o.

    5a realidade, a inicia%o crist% se refere =s etapas indispens*veis para entrar na comunidade eclesial e no seu

    culto em esprito e verdade. 4em "uerer e/agerar o sentido da disciplina camada do arcanoQ, n%o podemos es"uecer"ue, na igre+a primitiva, os ritos de inicia%o eram secretos. $s cate"ueses dos Padres nos demonstram "ue ae/plica%o em pormenores dos ritos ocorria "uando os catecHmenos +* aviam passado pela e/peri&ncia vital dossacramentos da inicia%o. sta cate"uese era essencialmente mistag!gica.

    Anicia%oQ significa tambm incio, ingresso em uma vida nova, +ustamente a vida do omem novo no seio daigre+a. omo em toda vida, tambm a"ui temos progresso por meio de etapas "ue S neste caso- s%o representadas pelossacramentos da inicia%o. ada um deles n%o permanece fecado em si mesmo, mas est* aberto ao seguinte emcrescimento dinRmico em busca de perfei%o mais profunda. rraria a cate"uese "ue apresentasse cada um delesisolado dos outros, como algo "ue, uma vez recebido, fica definitivamente encerrado, passado. 4e o batismo e aconfirma%o se recebem uma s! vez, a eucaristia, "ue foi instituda para ser continuamente repetida, renova cada veztudo o "ue foi doado com os dois primeiros sacramentos .

    $ antiga tradi%o da igre+a viveu esta inicia%o aos tr&s sacramentos e/atamente como inicia%o a todos os tr&s

    +untos> eles eram conferidos em celebra%o Hnica, mesmo =s crianas. $ sucess%o dos tr&s ritos nos descrita desde osc. AA em te/to +* cl*ssico de Tertuliano> ? orpo lavado, para "ue a alma se+a purificadaB o corpo ungido para"ue a alma se+a consagradaB o corpo assinalado com o sinal-da-cruzU para "ue a alma se+a fortificadaB o corpo sombreado pela imposi%o das m%osU para "ue a alma se+a iluminada pelo sprito 4antoB o corpo alimentado com ocorpo e sangue de risto para "ue a alma se nutra de Deus@8.

    n.V E da Antrodu%o geral contida no 0ito do Watismo das rianas (X0W) e no 0ito da Anicia%o rist% dos$dultos (X0A$), ao "ual remetemos, visa e/atamente a esclarecer o sentido da inicia%o crist% e liga entre si os tr&ssacramentos "ue ela abraa> batismo, confirma%o, eucaristia. $inda "ue, por motivos ist!ricos ou pastorais, na igre+alatina n%o se tena continuado a conferir estes tr&s sacramentos durante a mesma celebra%o ( "uando se tratava decrianas), a cate"uese de um sempre re"uer "ue se faa refer&ncia aos outros dois, "ue se acam estreitamente ligadosentre si. $ inicia%o crist% se pro+eta, portanto, como um sacramento "ue supe tr&s etapas sacramentais.

    2 Teologia bblica e liturgia do nexo entre estes trs sacramentos S Para estudar o vnculo "ue mantm

    unidos os tr&s sacramentos da inicia%o, o melor modo n%o a"uele S fre"Yentemente usado S "ue parte da an*lisedos efeitos, mas antes o "ue tem presente a a%o do sprito na ist!ria da salva%o e o plano de Deus para arestaura%o da aliana.

    esprito est* tipologicamente presente desde a cria%o do mundo em unidade E. $ cria%o +* se apresentacomo o sinal do amor de Deus e da aliana, como sinal da unidade> unidade entre as criaturas infra-umanasB unidadeentre o omem e estas criaturas "ue obedecem = vontade de Deus e le d%o louvor atravs da media%o do omemBunidade do omem com sigo mesmo, sendo o seu corpo como "ue a tradu%oQ da almaB unidade do omem com Deus,a ponto de ser sua imagemF. pecado intervm para destruir esta unidade e a origem da divis%o, o "ue leva rgenesa concluir> ?7bi peccatum, ibi multitudo@. 'as o $T n%o se cansa de mostrar-nos Deus empenado e comprometidoem restabelecer a aliana e a unidade do mundo. omo estava presente na cria%o do mundo em unidade, o sprito4anto continua sua atividade na recria%o do mundo atravs dos patriarcas e dos lderes do povo de Deus> +uzes, reis eprofetasG. Depois da fal&ncia destas inHmeras tentativas de aliana e de reconstru%o, o sprito interrompe a sua a%o,

    1Tertuliano, De resurrectione 8: CCL 2, 931.2 necessrio reler, nesta perspectiva, os dois relatos do Gnesis, tendo presente ue o cap!tulo se"undo # anterior ao pri$eiro.3% &o$e$ # 'incone de Deus( $as n)o # idntico a ele: *ica assi$ a*astado todo e ualuer tipo de pante!s$o.+o-re os u!/es vea$0se, por ee$plo, / 3,14 11,294 1+,54 1$ 11,5. o-re os livros dos 6eis: 1$ 1,14 15.13. o-re os 7ro*etas: s 8,114 r1,94 1,14 2,ss4 ;/ 3,1+4 s 11,509?.

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    e at ele "uem provoca em 'aria a encarna%o do erbo eterno (2c 8,EM-F;). $ encarna%o do erbo eterno em umae/ist&ncia segundo a carne, tal como v&em as coisas os Padres e em particular s. 2e%o 'agno, I encontra especialcorrespond&ncia nos sacramentos e sobretudo no batismo, em "ue se constata a a%o do sprito na fonte batismal,sepulcro e Htero "ue nos gera para a vida segundo Deus.

    erbo de Deus desce = e/ist&ncia segundo a carne e somos elevados = vida divina como filos de ado%o.omo risto desde o seu nascimento segundo Deus, possumos a "ualidade de profeta, rei e sacerdote, como bem see/prime a ora%o "ue acompana a un%o p!s-bastimal (WP ME 0W:8U) M.'as o sprito continua a agir na vidaterrena de risto> no batismo do Lord%o, na transfigura%o. $ voz do Pai, na presena do sprito, designa oficialmenteLesus como ?a"uele em "uem ele pZs a sua complac&ncia@, como profeta, rei e sacerdote ('t F,8FssB 'c 8, os catecHmenos, na verdade, para elese preparam geralmente durante o perodo de tr&s anos> o "ue atesta 3ip!lito de 0oma na sua Tradi%o apost!lica 8G.

    . Le)o @a"no, er$Aes so-re o natal: CCL 138.5 But, eius a""re"ati populo, C&risti sacerdotis, prop&etae et e"is $e$-ra per$aneatis in vita$ aeterna$. % teto portu"us epressa0sesu-stancial$ente do $es$o $odo.eria relatado pelos

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    Tertuliano e/orta os catecHmenos a se prepararem para o batismo@ com oraes assduas, +e+uns, prostraes eviglias@8I. le distingue nitidamente o batismo com a *gua do dom do sprito "ue se recebe com a imposi%o dasm%osB assim sendo, no batismo ele parece ver somente o efeito negativo> a remiss%o dos pecados, pois o sprito dado com a imposi%o da m%o8M.ipriano e/plica posteriormente a separa%o entre o batismo e dom do sprito naconfirma%o8: e recorre aos $tos, definindo os efeitos da confirma%o com o termo ?consummatio@ 8;. rgenesconcebe o catecumenato como ingresso na f atravs de cate"uese "ue e/presse breve comp&ndio da f> o mistriocrist%o a e/posto nos seus elementos essenciaisB conservamos muitas omilias em "ue rgenes e/orta oscatecHmenos = penit&ncia8 ele v& noescrutnio uma espcie de e/ame em torno da f dos catecHmenos, ao passo "ue, segundo os te/tos, se trata antes deaprofundar, por meio dos e/orcismos, a abertura do catecumenato para receber a f e a graa batismal. Lo%o fala de?infantes@> encontramo-nos, por conseguinte, +* diante de uma pra/e de inicia%o "ue se dirige abitualmente =scrianasB e, como Lo%o alude a uma cate"uese de aprendizado, esta certamente se dirige aos pais ou aos padrinos emadrinas dos futuros iniciados> nela se ensinar%o os rudimenta fidei. ingresso no catecumenato assinalado pelaimposi%o da m%o, uma espcie de e/orcismo "ue mostra "ue o candidato n%o pertence mais ao demZnio, mas a Deus.om o rito seguinte da insufla%o sobre o candidato se "uerer* significar "ue o demZnio re+eitado e o candidato preparado como morada para o risto. N-le, pois, conferido o sal bento para "ue ele se conserve na sabedoria e na

    1Tertuliano, De -aptis$o 2,1: editado por 6. 6e*oule, C 3,9+.15d. ,2: C 3,5.1% pro-le$a do >re?-atis$o para os &ere"es # $ostrado clara$ente. ;$ 6o$a e no ;"ito, aos &ere"es ue volta$ ao seio da i"rea s se *a/i$por0l&es as $)os. ;$ Carta"o, Cipriano, ue preside os conc!lios de 21 e de 25, uer ue os &ere"es sea$ re-ati/ados: c*. Lettera +,1: 7L3, 11294 editado por G. artel, C;L 3,2, 994 Lettera 2,1: 7L 3, 183 e Lettera 3,9: 7L 3,111+0111, C;L 3,2, e8+: *a/0se re*erncia aso

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    Palavra "ue le foi ensinada. $s imposies da m%o tornam-se fre"Yentes e, depois de longo perodo catecumenal detr&s anos, entrega-se ="uele "ue agora +* electus ou competens o 4mbolo apost!lico. sta ?traditio@(entrega) amais antiga "ue conecemos. omeam em seguida os escrutnios, e a "ue Lo%o erra ao consider*-lo e/ame sobre af e o conecimento da religi%o crist%, "uando na verdade se trata de e/orcismos. 5o Hltimo e/orcismo, tocam-se asorelas (para a a"uisi%o da intelig&ncia), o nariz (para ficar em condies de perceber o bom odor de risto), enfimtoca-se o peito, "ue a morada do cora%o.

    5o seu De sacramentis s. $mbr!sio +* nos avia apresentado alguns ritos do catecumenato. Partindo da Hltimareuni%o da man% do s*bado santo, $mbr!sio descreve estes ritos, mas com certo embarao. 5esse dia provavelmentese lia a cura do surdo-mudo na narra%o de 'arcos (:,FG). Lesus em tal ocasi%o tocou os ouvidos e a boca do surdo-mudo, n%o o nariz. videntemente, s. $mbr!sio n%o tem mais presente o significado deste Hltimo rito (Xseguir o bomodor de risto) S "ue +* era praticado anteriormente = escola do treco evanglico do surdo-mudo S e, por isso, d*uma interpreta%o fantasiosa tanto no De sacramentis "uanto no De m]steriis F8,tentando e/plicar a diverg&ncia entrerito e evangelo.

    b) $ 4egunda fonte, representada pelo 4acrament*rio KelasianoFE, mesmo sendo comple/a (as sessescatecumenais n%o s%o todas da mesma poca, nem s%o apresentadas na ordem l!gica), no entanto oferece-nos os te/tosdas missas de escrutnio, as diversas ?traditiones@(entregas), os ritos do batismo e da confirma%o FF. 5o 4acrament*rioKelasiano, os domingos da "uaresma, do terceiro ao "uinto, s%o organizados em vista dos escrutnios. Todas as missast&m 'emento pelos padrinos e pelas madrinas e 3ancigitur para os catecHmenos FG. Das oraes, sobretudo a coletacontm refer&ncia aos catecHmenos e = sua situa%o FI. 5o primeiro Domingo da "uaresma os catecHmenos se reHnempara a inscri%o, do terceiro ao "uinto domingos para os e/orcismosFM. Durante a semana s%o convocados para a?traditio@ do 4mbolo da fF:, do PaterF;e dos "uatro evangelosF parece "ue elas correspondem mais ou menos =s do atual ciclo $G8.

    0estam agora por responder tr&s perguntas. Por "ue o segundo domingo da "uaresma n%o utilizado^ m "uesentido deve ser tomada a rubrica "ue estabelece "ue os escrutnios devem ser celebrados em um dia da semana GE, se asmissas de escrutnio s%o fi/adas para o domingo^ omo e/plicar as fre"Yentes rubricas "ue parecem provar "ue todorito celebrado para criana "ue ainda n%o cegaram = idade da raz%o^GF.

    Primeira pergunta> a esta pergunta podemos facilitar responder dizendo "ue a inser%o das "uatro t&mporas na"uaresma e/igiu "ue a celebra%o das mesmas fosse colocada no segundo 4*bado, e, como =s seis leituras da viglia seacrescentava a missa = noite, a missa dominical era supressa. s copistas dos manuscritos desta poca escrevem, defato, neste ponto> Dominica vacalGG.

    4egunda pergunta> mais comple/a a 4egunda resposta. rdo \A S como veremos - depois de averdesdobrado os escrutnios, distribui-os pelos dias feriais. $ rubrica do 4acrament*rio Kelasiano tem as mesmasintenes, "ue, contudo, contradizem o ordenamento dos domingos da "uaresma GI.N difcil dizer se o 4acrament*rioKelasiano influenciou o rdo \AGM, ou se verdade o contr*rioG:. $s argumentaes de avasse parecem maisconvincentes do "ue as de $ndrieu, induzindo-nos a optar pelo primado do 4acrament*rio Kelasiano sobre o rdo \A.

    Terceira pergunta> mais do "ue dar uma resposta, podemos tentar apontar uma ip!tese. mbora as numerosasrubricas paream destinar =s crianas um rito elaborado para os adultos, o ritual do catecumenato (esta a ip!tese) seconservou tendo em vista a instru%o dos pais, dos padrinos e das madrinas. $ cate"uese se en"uadra em umaliturgia em "ue eles se comprometem com as crianas, sobre as "uais s%o feitos e/orcismos progressivos. srespons*veis pela inicia%o da criana percorrem, +unto com ela, um camino progressivo em busca da luz da f.

    c) $o ritual contido no 4acrament*rio Kelasiano acrescentado o ritual do rdo \A G;. ritual a"ui claramente organizado para as crianas, e ali*s, nem se procura esconder isto G

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    novos escrutnios se escoler%o leituras mais ade"uadas =s crianas I9. 4obre os motivos do desdobramento dosescrutnios as interpretaes s%o diferentes. avasse e Weraud] inclinam-se a ver nele uma espcie de compensa%o>aumenta-se as intervenes de Deus, por"ue o su+eito de inicia%o totalmente passivo I8. 5o entanto, podemostambm repetir para o rdo \A a ip!tese feita pelo 4acrament*rio Kelasiano> uma reorganiza%o desse tipo teve comofinalidade inserir no rito uma cate"uese dirigida aos pais, padrinos e madrinasB para alcanar este ob+etivo n%o seesitou em alterar o itiner*rio pascal apresentado nas leituras dos domingos da "uaresma ("ue a recente reforma nosrestituiu integralmente).

    Todavia, tanto no 4acrament*rio Kelasiano "uanto no rdo \A a inicia%o se realiza com a administra%o dostr&s sacramentos em uma Hnica celebra%o, na "ual s%o administrados sucessivamente o batismo, a confirma%o e aeucaristia. batismo realiza-se com a trplice imers%o e o interrogat!rio sobre a f nas tr&s pessoas da Trindade IEB aconfirma%o conferida mediante a imposi%o da m%o, acompanada do te/to de Asaas sobre o dom do sprito, e daun%oIFB a eucaristia conclui a inicia%oIG.

    d) 4e o 4acrament*rio Kregoriano dei/a subsistir somente o primeiro escrutnio, suprimindo os outros, e semantm a celebra%o da man% do 4*bado santo, incluindo a ?reditio@ do 4mbolo da f ("ue os candidatos recitamdepois de av&-lo recebido), o effat* e a renHncia, os sacrament*rios gelasianos do sc. AAA continuam a transcrevercom poucas variantes de pe"uena importRncia as celebraes do rdo \A II. #uando 'art_ne (8MIG-8:Fnota ++?, 3, 38,39,35.5193?, +510+53.57or ee$plo, o rito de aint0andr#0des

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    indicava os trecos bblicos e patrsticos "ue deveriam ser lidos para os catecHmenos, em rela%o aos "uais o cardealavia estabelecido disciplina bastante severa. Todavia, Paulo , mesmo retomando (por vezes ad litteram), na suaintrodu%o ao ritual de 8M8G, passagens inteiras do ritual de 4antori, n%o "uis ouvir falar deste Hltimo e at mandoudestruir os e/emplares deste "ue avia. Oelizmente, salvaram-se algumas c!pias, multiplicadas em seguida pela famliade 4antoriMM.

    $t o at. AA, portanto, se fez uso de rituais alterados ou artificiais> o ritual para os adultos era o resultado deremane+amento dos escrutnios com as respectivas f!rmulasB o destinado =s crianas, "ue utilizava as f!rmulasutilizadas para os adultos, compreendia os tr&s e/orcismos do 4acrament*rio Kelasiano colocados um ap!s o outro emuma Hnica celebra%o e n%o ade"uados para as crianas. Diante deste estado de coisas, era preciso pensar em umarestaura%o da inicia%o crist%, tanto para o batismo dos adultos e das crianas, "uanto para a confirma%o, "ue, isoladado batismo, se tornara um rito incadoQ> incado com o intuito de restituir-le importRncia "ue a separa%o dobatismo le avia feito perder. mais> estes rituais separados do batismo e da confirma%o n%o continam maisvnculo algum visvel com a eucaristia. $ssim, a inicia%o crist% avia perdido o seu car*ter unit*rio, e a tal ponto "ue,para cada sacramento, tratado separadamente um dos outros, se fazia uma cate"uese, "ue na realidade consistia em atoisolado, sem abertura para a inicia%o, termo "ue ent%o +* se tornara inusitado.

    >!> A iniciao no Oriente

    $ evolu%o ist!rica do ritual do catecumenato no riente reflete a e/peri&ncia ocidental. #uando passaram aser batizadas e/clusivamente as crianas, desapareceram os ritos do catecumenato, "ue foram integrados no ritualbatismal. Para alguns ritos ficara reservada particular aten%oB entre eles o da renHncia foi comentado por inHmerosPadres da igre+a oriental. $ renHncia compreendia dois momentos> o primeiro, negativo, consistia em re+eitar odemZnio, e era simbolizado pelo escarro lanado na dire%o do ocidente (apot*/is)B o segundo, positivo, consistia naades%o a risto, dirigindo o olar para o oriente (s]nt*/is)M:.

    5%o falam, porm, diferenas importantes. !leo para a un%o pr-batismal bento em cada batismo, omesmo acontecendo com a *gua batismal. $t o+e permaneceu o uso "uase e/clusivo do batismo por imers%o com af!rmula> 5... batizado em nome do Pai e do Oilo e do sprito 4anto. riente sempre possuiu uma liturgia daPalavra unida = celebra%o da inicia%o, e a escola dos trecos bblicos era feita de modo tal "ue facilitasse ae/plica%o dos ritos "ue se celebravam. 4almos e inos favoreciam a participa%o ativa dos fiis. rito compreendeuma un%o pr-batismal> unge-se a cabea e todo o corpo. Para os orientais este rito significa "ue o candidato ad"uire a"ualidade de rei e sacerdote. 5o rito romano, este significado atribudo, ao invs, = un%o p!s-batismal, "uasedesconecida no riente. 5o rito bizantino, a un%o p!s-batismal, feita abitualmente pelo pr!prio sacerdote daconfirma%o. Tambm a eucaristia deve ser dada ao batizado, ainda "ue se trate de recm-nascido. Devemos, portanto,ressaltar "ue o riente soube conservar a fisionomia da inicia%o como sacramento conferido em tr&s etapassacramentais intimamente unidasM;.

    >! O rito do =aticano II

    at. AA, ao "uerer fazer a sua reforma litHrgica no campo da inicia%o, viu-se diante da necessidade derevis%o profundaB mas esta revis%o, se de um lado podia ser facilitada pelas edies e/istentes de muitssimas fonteslitHrgicas, de outro lado tornava-se difcil por causa das discusses teol!gicas S sobretudo sobre a confirma%o S e porcertas tomadas de posi%o pastorais.

    $t o at. AA o batismo dos adultos e em particular a prepara%o para ele n%o estavam inseridos em conte/tolitHrgico vivo> a cate"uese pr-batismal era feita fora da liturgiaB o sacramento era envolto por uma espcie de falsadiscri%o, como se tratasse de pr*tica "ue n%o devesse ser mostrada. $ falta de algum ne/o, por mnimo "ue fosse,entre os tr&s sacramentos, conferidos separadamente, ocultava o seu vnculo ntimo. desenvolvimento da atividademission*ria e a multiplica%o, nos nossos pr!prios pases, das converses de adultos provocaram indubitavelmentenot*vel rea%o positiva S um novo despertar S e a necessidade de profunda revis%o do ritual da inicia%o dos adultos.

    #uando ao batismo das crianas, n%o bastava certamente a+ustarQ o "ue se fizera anteriormente em rituaiscomo o de Paulo (8M8G). Devia-se, ao invs , enfrentar uma situa%o real, n%o mais permitindo batizar +untos adultose crianas, segundo o uso de outros tempos M era

    preciso restabelecer o sentido da inicia%o crist% na sua globalidade, isto , redescobrir o sentido de sacramentorealizado em tr&s etapas sacramentais, problema este "ue se tornou particularmente difcil devido a algumas situaes

    55G. por volta de 18+?.5Costitu/ione apostlica ,+1: editada por I. N. IunY, +++0++. Teodoro de @opsu#stia, %$elia catec&etica 13, 13: ed. Tonneau, 389.58Oer. . Den/in"er, ritus orientaliu$ , Our/-ur"o, 1853, 1910+3.59iplito de 6o$a, Traditio apostlica 21, cit. Ha nota 1+,++0+.

    Diocese de undia- . /entro /ate0u'tico Diocesano 1Do& 2a)riel3 4 "555

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    pastorais:9. $lm do mais, era preciso provocar, pelo menos, uma tomada de consci&ncia sobre a unidade entre os tr&ssacramentos.

    Ooi para corresponder a estas e/ig&ncias "ue a reforma litHrgica p!s-conciliar preparou o novo 0ito daAnicia%o rist% dos $dultos (0A$) e novo 0ito do Watismo das rianas (0WP). ste Hltimo em particular umacria%o totalmente nova e, mesmo restringindo-se apenas ao rito do batismo, estabelece as premissas para a inicia%ocrist% das crianasQ, abrangendo tambm a confirma%o e a eucaristia, como deduzimos do fato de "ue ele comea coma Antrodu%o geral sobre toda a Anicia%o crist%. (ssa introdu%o geral foi depois inserida tambm no incio do 0A$).

    1. # iniciao crist dos adultos $OI%#& . 7ma r*pida leitura do rdo Anitiationis ristianae $dultorum:8suficiente para "ue percebamos "ue a sua composi%o se inspirou globalmente na Traditio apost!lica de 3ip!lito e no4acrament*rio Kelasiano. Ooram abandonados os sete escrutnios do rdo \A para diminuir o nHmero das reunies,embora conservando a reuni%o para a ?traditio@(entrega) do 4mbolo da f, do Pater e dos evangelos. Permaneceramas diversas etapas do catecumenato, e os tr&s sacramentos da inicia%o finalmente foram apresentados intimamenteligados entre si. s formul*rios s%o, na maioria dos casos, os do 4acrament*rio Kelasiano, aos "uais se acrescentaramnovas f!rmulas de composi%o recente, = escola do celebrante. 0emetendo o leitor aos respectivos verbetes para ospormenores sobre o S batismo e sobre a S confirma%o, aprofundamos agora os ritos do catecumenato.

    Para a compreens%o das siglas, de "ue faremos uso, pedimos ao leitor "ue tena presente o "ue dissemos nanota :8.

    $ estrutura geral do A$ (X0A$) apresenta tr&s graus. primeiro grau consiste na admiss%o do candidatoao catecumenato e no pr!prio catecumenato. ste grau pressupe evangeliza%o preliminar "ue pode ser definida compr-catecumenatoQ(A$

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    (A$ ?Pai [email protected] ?eleitos@ logo ap!s s%o despedidos e comea a liturgiaeucarstica.

    onvm "ue no detenamos um pouco na escola das leituras para este primeiro domingo da "uaresma, casoouvesse as inscries> melor usar as do ciclo $ independentemente do ano em "ue nos encontremos, +* "ue se tratade tradi%o antiga e +* "ue tais leituras s%o particularmente ade"uadas. evangelo ('t G,8-88) prope o treco do+e+um de "uarenta dias de Lesus no deserto e da tenta%o por parte do diabo. $ssistimos = vit!ria de risto "ue secontrape = "ueda de $d%o, narrada na primeira leitura (Kn E,:- a *gua transformada em vino, e estevino novo melor do "ue o velo (Lo E,8-89). Tambm 5icodemos ter* "ue nascer de novo, se "uiser participar davida eterna (Lo F,8-M). 5o evangelo proclamado neste domingo, novo o templo e novo o culto (cf. Lo G,E9-E8). $primeira leitura (/ 8:,F-:) insiste no tema da *gua> a *gua "ue +orra da roca do 3oreb, e o salmo responsorial (4l

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    conseguem matar a sede...@(A$ 8MG) ou uma das outras duas ad libitum (A$ F:< 0A$ F::U). Despedidos oseleitos, retoma-se a eucaristia.

    5o "uarto domingo da "uaresma celebra-se o segundo escrutnio (A$ 8M:-8:E), com a mesma estruturacelebrativa (leituras do ciclo $). evangelo, sempre de Lo%o ( os tr&s sacramentos da inicia%o crist% a "ue o Pastor, "ue risto, conduz os ?eleitos@. $segunda leitura (f I,;-8G) anuncia de "ue modo risto despertar* do meio dos mortos os "ue ainda est%o na morte enas trevas do pecado, para ilumin*-los. Depois da omilia, continua a ora%o pelos catecHmenos, depois vem oe/orcismo, em "ue se faz alus%o ao cego de nascena, e por fim os eleitos s%o dispensados.

    terceiro escrutnio (A$ 8:G-8:

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    F9I). Prev&, enfim, a inicia%o para as crianas "ue +* atingiram idade apta = cate"ueseB este ritual, bem pr!/imo do"ue utilizado para os adultos, ainda comporta algumas adaptaes (F9M-FM

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    8 omo +* recordamos - acima, A, EU, o W com raz%o insistiu na necessidade de transmitir uma cate"uesepreparat!ria aos pais e aos padrinos e madrinas dos candidatos ao batismoB infelizmente, porm, n%o apresentousugest%o alguma de conteHdo e de forma sobre o assunto. stas sugestes ou indicaes podem ser obtidas por meio douso inteligente do A$. Damos a seguir alguns e/emplos esclarecedores sobre os precedentes ist!ricos ver S acima,AA, E, b e cU.

    Podemos pensar em uma srie de cinco reunies, para as "uais se utilizar%o as liturgias da Palavra dos cincodomingos da "uaresma do ciclo $, mesmo fora do tempo "uaresmal. ada domingo oferece um "uadro e/celente em"ue a cate"uese pode inspirar-se. $ primeira reuni%o, baseando-se nas leituras do primeiro domingo, se concentrar*sobre o tema do pecado original, estando em "ue todos os omens nascem, mas a vit!ria de risto sobre o mal fez "ue,onde abundou o pecado, a graa tena depois superabundado. Pode-se retomar o uso da inscri%o do nome, antespraticado neste dia. 7m registro colocado sobre o altar lembrar* aos pais a sua vontade de afastar o filo do alcance dopoder do mal, e o sacerdote confirmar* este dese+o deles escrevendo o nome da criana com solenidade e fazendo "ueos pais assinem embai/o, +untamente com os padrinos e as madrinas. conteHdo da cate"uese claro. $ 4egundareuni%o e/plicar*, atravs da leitura da voca%o de $bra%o e da sua resposta, como Deus escole os "ue destina =salva%o. evangelo da transfigura%o indicar* "ue, com risto, tambm o crist%o transformado na gl!ria. temapode ser ilustrado tambm com a b&n%o das vestes brancas "ue podem ser levadas para esta reuni%o em vista dofuturo batismo. $ terceira reuni%o, pela refer&ncia =s leituras do terceiro domingo "ue apresentam o tema da *gua,permite uma cate"uese sobre o batismo e sobre os seus efeitos, recordando tambm o tema da transfigura%o "uecaracterizou a reuni%o anterior. N importante referir-se tambm = primeira f!rmula de b&n%o da *gua e = tipologia nelacontida. Pode-se concluir a celebra%o com a b&n%o da *gua lustral e a aspers%o dos presentes, en"uanto se canta o$sperges ou o idi a"uam. $ #uarta reuni%o, tomando como ponto de refer&ncia o vangelo do cego de nascena,permite a abordagem do tema da luz, da possibilidade de discernir, = luz de risto, o "ue duradouro e o "ue passageiro, e de ler com fruto a palavra de Deus "ue abre os olos e faz a pessoa andar desembaraadamente em buscada f. Poder-se-ia e/trair do A$ o rito da entrega do evangelo e distribuir aos pais o livro dos evangelos. Poder-se-ia ainda celebrar a entrega do Pater, "uando esta n%o fica reservada para a Hltima celebra%o. $ #uinta reuni%o temcomo tema a plenitude de vida ad"uirida na ressurrei%o, aproveitando para isto o evangelo da ressurrei%o de2*zaro. sta celebra%o encontra uma conclus%o +usta e ade"uada no rito da entrega do redo e do Pater refer&nciasmais e/plcitas =s leituras dos domingos da "uaresma, ciclo $, acima, A, , bU.

    $s cincos celebraes sugeridas podem ser enri"uecidas com oraes contidas no A$, tendo-se o cuidadode adaptar cada coisa = situa%o concreta dos pais. $lgumas oraes "ue o A$ indica para a recita%o sobre ocatecumenato podem ser adaptadas para a b&n%o dos pais e das crianas, "uando se vai visitar a famlia, tendobastante cuidado para "ue n%o se+am confundidas com a celebra%o do batismo.E omo sacramento da inicia%o, a eucaristia conferida aos adultos em estreita cone/%o com o batismo e aconfirma%o - acima, A, 8, cU. Para as crianas, porm, o uso latino atual prev& a primeira comun%o na idade daraz%o e somente mais tarde a confirma%o. m todo caso, surge o problema da confiss%o e da comun%o.

    $ igre+a tem manifestado o dese+o de "ue antes da primeira comun%o as crianas celebrem a confiss%o. 5%o* dificuldade alguma para a cate"uese a respeito desta penit&ncia, entendida como segunda penit&ncia, ligada =primeira penit&ncia "ue o batismo.

    $ dificuldade maior surge a prop!sito da cate"uese sobre a eucaristias, "uando se trata de e/plicar a rela%o"ue liga a primeira comun%o ao batismo e = confirma%o. N evidente "ue a eucaristia recebida por "uem apenasbatizado e por "uem tambm confirmadoQ sempre a mesma. Todavia, o pr!prio s. Tom*s ensina "ue cada um den!s tem com a eucaristia uma rela%o "ue depende da situa%o em "ue a encontra. padre tem com a eucaristia umarela%o particular, mesmo "uando comunga sem aver celebrado. $ mesma coisa vale para o di*cono e para oscasados> cada um tem com a eucaristia uma rela%o "ue determinada pela sua posi%oQ sacramental. $ssim sendo, acate"uese em prepara%o = primeira comun%o anterior = recep%o da confirma%o poder* insistir na eucaristia comoalimento e sustento do car*ter recebido no batismoB ao passo "ue a cate"uese "ue tem com ob+etivo a primeiraeucaristia recebida depois da confirma%o ver* a pr!pria eucaristia como atividade do sacerd!cioQ de cada batizado,e/plicitado no confirmadoQ mediante a un%o do sprito.

    >! Guadro Sintico do Itiner?rio /atecu&enal

    Itiner?rio /atecu&enal*ta%as

    Pr-atecumenato atecumenato Prepara%o #uaresmal 0itos daAnicia%o rist%

    'istagogia

    Durao Andeterminada 8 ou mais anos #uaresma iglia Pascal Tempo Pascal/ontedo $nHncio do

    vangelo(#uerigma)

    ate"uesentegra egraduada

    0etiro intensivo.Prepara%o Amediata

    4acramentos daAnicia%o rist%

    ate"uese4acramental e

    2itHrgica

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    Hinalidade Despertar a O e aonvers%o

    Produzir a O $madurecer as decises 0eceber a Kraade Deus

    Tornar-serist%o

    Antegrar-se naomunidade

    /ele)raes ncontros3umanos

    8. Anstitui%odosatecHmenos

    E. elebraesda PalavraF. /orcismosG. W&n%os

    8V Dom. - lei%oFV Dom. - 8V scrutnioE a M - ntrega 4mbolo

    GV Dom. S EV scrutnioIV Dom. S FV scrutnioE a MV - ntrega Pai-5osso4*b. 4anto - 0ecita%o do4mbolo e 0ito do Nfeta

    Watismorisma

    ucaristia

    ucaristiasomunit*rias

    $nivers*rio do

    Watismo

    Hunes $colida Anicia%o Alumina%o 0ecep%o do4acramento

    ontempla%o

    /ategorias Pr-catecHmenos(4impatizantes)

    atecHmenos(andidatos)

    leitos, ompetentes,Aluminados(Decididos)

    rist%o 5e!fitos(5ovos crist%os)

    ! Batis&o: *#oluo $istrica!" Introduo

    5%o podemos falar do batismo sem o vincularmos aos outros dois sacramentos da inicia%o crist%. 0ito parabatismo de crianas enfatiza esta importante e/ig&ncia dedicando-le os par*grafos iniciais da sua Antrodu%o geral(nn. 8-E). 'as, se legtimo e necess*rio abordar separadamente o batismo, em tratado separado como o presente, n%opodemos encontrar o Rngulo geral de "ue podemos encontrar o Rngulo geral de "ue tanto precisamos Por isso,pedimos ao leitor "ue consulte previamente o verbete Anicia%o crist%. 7ma vez pressuposto tudo o "ue a foi dito,limitar-nos-emos ao batismo, embora fazendo, de vez em "uando, refer&ncias = confirma%o, para enfatizar os laos"ue esta possui bem como as diferenas.

    !6 A e%eriJncia litrgica e %astoral da igre@a a%ostlica1. O termo bati)ar* batismoS Do ponto de vista le/icogr*fico o verbo grego b*ptZ, baptzZ significa

    imergirQ, submergirQ> usado tambm referindo-se = embarca%o "ue afunda ou "ue se faz afundar. 5o elenismo raramente usado com o significado de dar banoQ, lavar-seQB sugere mais a idia de arruinar-seQ.

    5T usa b*ptZ apenas em sentido pr!prio> molarQ (2c 8M,EGB Lo 8F,EM), embeberQ ($p 8 'c :,GB 2c 88,F;), isto , no sentido tcnicode batizarQ. fato de o 5T usar o verbo baptzZ s! com este sentido cultual tcnico bem caracterizado demonstra "ue,para ele, o batismo supe algo "ue era inusitado entre os outros ritos e em meio aos costumes da poca. $s religieselenistas, realmente, coneciam as abluesB mas os estudos atuais mostram "ue, se o verbo baptzein aparece noelenismo algumas vezes em conte/tos religiosos, nunca assume sentido sacral tcnico.

    5o $T e no +udasmo, os sete banos de 5aam% (E0s I,8G) demonstram como era importante, ent%o, o banono Lord%o. Trata-se de um gesto "uase-sacramental "ue se tranformar* em um dos tiposQ principais da tipologiapatrstica a"ui, adinate, ;U. ntretanto, as ablues +udaicas de purifica%o aparecer%o s! mais tarde, por e/emploem Lt 8E,:. ('esmo o batismo dos proslitos +udeus se inclua nesta inten%o de purifica%o). 'as, no +udasmo, estasablues s%o, por assim dizer, um rito legal, mais do "ue verdadeira purifica%o. 4abemos "ue a e/egese radical,sobretudo no fim do sculo passado, tentou demonstrar "ue o cristianismo se teria simplesmente apropriado dessesv*rios ritos trata-se agora de operar umaconvers%o em vista da vinda do 4enor. stamos diante de um rito de inicia%o de uma comunidade messiRnica, "uerecorre aos anHncios dos profetas (cf. As 8,8IssB z FM,EIB Lr F,EEB G,8GB c 8F,8B I8 I8,

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    +udasmo do $T +* conece a idia de imers%o "ue d* a vida (Kl F,8ssB As FE,8IB GG,FB z G:,:ss)B n%o difcil, porm,descobrir no batismo de Lo%o um significado escatol!gico e coletivo o anHncioda salva%o e a realiza%o desta no seu mistrio pascal. Oica evidente, ent%o, "ue tudo o "ue acontece no Lord%o umadesigna%o oficial de Lesus para a sua miss%o proftica, rgia e messiRnica e, ao mesmo tempo, para a sua miss%osacerdotal de servo, vtima e sacerdote. $li*s, Lesus recebe o sprito em plenitude para cumprir toda a sua miss%o.ompreendemos, ent%o, por "ue os Padres muitas vezes viram no batismo de Lesus no Lord%o o sacramento daconfirma%o> ao ser-filo-adotivo, dom "ue nos foi conferido no batismo e "ue, para o erbo, corresponde ao ser-na-carne, acrescenta-se agora o agir-para-uma miss%o e para-o-sacrifcio da aliana Anicia%o crist%, A, EU. N precisosublinar "ue Lo%o Watista define Lesus como o cordeiro de Deus (Lo 8,E aeucaristia os discpulos devem levar a Woa 5ova a todas as naes ('tE;,8;-8

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    como Lesus les avia predito. $ comunidade primitiva recebe a remiss%o dos pecados primeiro com a imers%o na*gua. 5%o obstante, na vida de Paulo encontramos os vestgios de uma evolu%o progressiva, "ue vai do batismo deLo%o ao Dom do sprito. $ssim, os discpulos de Nfeso ($t 8 estes discpulos s%o en/ertados em Lesus e nele nascem. Paulo, depois,impe-les as m%os e, ent%o, eles recebem o dom do sprito, testemunado pelo falar em lnguas.

    /iste, portanto, um batismo na *gua "ue participa%o na salva%o doada pelo risto e ?inser%o@ nele, ouse+a, um batismo "ue anunciava, o de Lo%o, para o batismo "ue insere no risto, "ue aperfeioa a sua obra enviando osprito no dia de pentecosteste/to latino e grego), e/presso por s. $mbr!sio com o termo figura

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    . O batismo em s. +ooS 5%o "ue s. Lo%o re+eite a tipologia, como veremos adiante, mas, dei/ando de ladopara a *gua batismal os tiposQ vigente usados pelos outros evangelistas e por s. Pedro, para ele a *gua deve serentendida, por meio de um paralelismo, como imers%o no sprito> o batismo de *gua para ele refere-se ao batismo dosprito e = efus%o do sprito. m Lo%o, *gua e sprito est%o ligados (Lo :,F:-F a condi%o fundamental e indispens*vel crer na palavra doOilo do omem e na sua fora renovadora. 5ascer do alto nascer da *gua e do spritoB com outras palavras> "uem"uer nascer do alto possui diante de si um meio para faz&-lo> nascer da *gua e do sprito. 5ascer de Deus e/ige a f,"ue supe a a%o do sprito, como aconteceu com o nascimento de Lesus. Watismo significa S ?nascer de@ 89G. 5estemomento nasce ?o filo de Deus@, um ?ser nascido de Deus@, gerado dele (8Lo F,8-EB Lo 8,8EB 88,IEB I,E).

    $inda em Lo F,8-E8, depois da conversa com 5icodemos, encontramos nos vv. 8M,E8 as refle/es de Lesus.stas refle/es pastorais s%o de primordial importRncia. 'esmo sendo um dom, o batismo n%o pode realizar-se S n%opode acontecerQ S sem a f> o batismo assinala o ingresso pleno na f, porm simultaneamente a supeB crer acondi%o necess*ria para "ue o batismo possa fazer entrar em Lesus 89I.

    ste tema da ?renova%o@, de um novo estado, o "uarto evangelo o desenvolve desde o segundo captulo comas bodas de an*. olta a insistir no assunto no terceiro captulo como o epis!dio de 5icodemos e, no "uarto, com o dasamaritana89M.

    m Lo%o, portanto, o batismo , na *gua e no sprito, cria%o de um omem novo, de uma situa%o nova emuma comunidade nova.

    3. # ti,ologia batismal da igre4a a,ost/lica e a e,stola de (edro S $ tipologia ocupa lugar importante noestudo dos sacramentos, importantssimo para o estudo do batismo. om efeito, ela nos faz compreender como talsacramento, institudo por risto, foi preparado atravs dos sculos e como foi institudo de forma antiga, "ue recebeconteHdo novo. rito batismal, como veremos, utiliza muito cedo, para a b&n%o da *gua, uma tipologia e/trada emparte do 5T e desenvolvida depois pelos Padres.

    5%o "ueremos, a"ui, descer a detales sobre a tipologia batismal do 5T. $ primeira epstola de Pedro, porm,oferece-nos e/emplifica%o bastante significativa do mtodo cate"utico utilizado +* pelos ap!stolos. s tiposQfundamentais s%o> o mar ermelo, usado por Paulo (8or 89,8-I)B o dilHvio, usado por Pedro ( 8Pd F,8 morrer ao omem velo, morrer ao pecado (representado pelogito) para receber o batismo, "ue renascimento, passando da morte para a vida, do mar para a nuvem divina.

    anttipoQ , pois, a realidade da salva%o. 5o fundo, o anttipo risto, evento-vrtice da realidade dasalva%o. m face deste evento-vrtice, "ue risto, toda a ist!ria do $T funciona como tipoQ.

    ste dado perceptvel no evangelo de Lo%o, para o "ual risto anttipo por ser a realidade da salva%o,passagem do mundo para o Pai, p*scoa (Xpassagem). 5o momento em "ue vemos "ue os filos dispersos se reHnem naunidade dos filos de Deus, tocamos com a m%o a realidade e a atualiza%o em risto de tudo o "ue preparou estareunifica%o. risto a realiza%o de todas as figuras "ue precederam e anunciaram tal reunifica%o (Lo 88,IE). pr!prio Lo%o no seu evangelo v&, nos gestos e nos ?sinais@ de Lesus, o anHncio, o tipoQ dos sacramentos. Wemdepressa a liturgia da "uaresma retomou, nas suas leituras evanglicas, para a prepara%o dos catecHmenos, a tipologia

    13Oer ta$-#$ o 3,4 ,30394 19,3303+4 2,22, e$ ue o)o $ostra ue esus uer reedi*icar o $undo $ediante o ;sp!rito.1+Hascer de Deus: 1o 2,294 3,9014 +,4 ,1.+.184 o 1,134 nascer do ;sp!rito: o 3,.5.84 nascer da "ua: o 3,4 nascer da carne: o 3,5.1C*. l. de la 7otterie, Haitre de 7eau et nairre de l(esprit e$ ;tudes #cclesia stiues 1+ >1952?.15 u$ dos pontos $ais i$portantes do livro de C. . Dodd, L(interpreta/ione del uarto van"elo, 7aidea, Jr#scia, 19+, 3503914 trad. Jras.:nterpreta=)o do uarto evan"el&o, ;di=Aes 7aulina, )o 7aulo, 19, onde o

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    PASTORAL DO BATISMO: Introduo histrica, teolgica e litrgica! "5

    de Lo%o. $ssim, no terceiro domingo da "uaresma (ciclo $), lemos o treco da 4amaritana, em "ue a *gua tipoQda"uela *gua "ue d* a graa e renova (Lo G,I-GE). 5o "uarto domingo, proclamamos o evangelo do cego de nascena,tipoQ da ilumina%o do batizado (Lo A e%eriJncia )atis&al nos trJs %ri&eiros s'culos0eunimos a"ui apenas os testemunos "ue nos oferecem elementos importantes para a liturgia e a teologia do

    batismo.

    1. # Dida5u 6 #s Odes de alomo 6 7ermas

    a. $ Dida"u inicia a sua parte litHrgica ocupando-se com o batismo. te/to S bastante conecido S prescrevebatizar com *gua viva, em nome do Pai e do Oilo e do sprito 4anto. 4egue casustica referente ao uso da *gua, semdHvida alguma de origem posterior> se faltar *gua viva, recorrer-se-* a outra *guaB na falta de *gua fria, batiza-se com*gua "uente. 4e a *gua n%o for abundante, derramar-se-* tr&s vezes um pouco desta sobre a cabea do candidatodizendo ?em nome do Pai e do Oilo e do sprito 4anto 89:@. Por conseguinte> batismo por imers%o ou +* o batismo porinfus%o. #uanto = f!rmula batismal, seria imprudente ver nas palavras mencionadas S como em 't E;,8< S a f!rmula

    trinit*ria, "ue ser* usada somente mais tarde. Pelo conte/to compreendemos "ue o batismo para a remiss%o dospecados e "ue assinala o ingresso em uma comunidade "ue "uer escoler um dos dois caminos indicados na aberturado te/to> o camino do bem. Oaltam, porm, outros elementos doutrinais.

    b. $s des de 4alom%o fazem discurso alusivo ao rito batismal. $ imers%o, por e/emplo, uma descida aosinfernos, mas tambm uma liberta%o89;. autor usa o termo sprags, mas ser* "ue se trata do batismo^ de um sinal-da-cruz^ de uma un%o^89 uma coroa verdadeira e propriamente dita, ou uma imagem para indicar a gl!riarecebida no batismo^ ainda> a veste branca real ou 3ermas nela v& o sinal do Dom do sprito^2. +ustino 6 Tertuliano 6 7i,/lito de 8omaS 5estes tr&s autores encontramos descries precisas do batismo,

    ligadas a uma teologia por vezes evoluda. m Tertuliano podemos notar uma disciplina "ue +* se mostra est*vel.a. 5a sua $pologia A, o m*rtir s. Lustino "uer permanecer discreto> de fato, ele se dirige ao imperador pag%o

    $ntonino Pio (8I9 d..) e n%o conveniente e/por-le detaladamente a descri%o de um sacramento. Todavia, elemostra o "ue o batismo. Primeiramente, necess*rio crer no "ue foi ensinado e viver em conformidade com esteensinamento, aprender a rezar e a pedir a remiss%o dos pecados. Toda a comunidade +e+ua +unto com os candidatos =inicia%o. Depois, estes s%o conduzidos ao lugar onde e/iste *gua e batizados em nome do Pai e do Oilo e do sprito4anto. $ssim, s%o eles lavados na *gua e esta ablu%o cama-se ?ilumina%o 88:@. 4e o batismo tem efeitos de cunonegativo> remir os pecados, tambm tem efeito positivo> iluminar. Para Lustino, a f em risto e o batismo d%o a "uemcr& a luz, +* "ue ele define o batismo em si como potism!s, ilumina%o 88;.'as o batismo n%o tem um Hnico efeito

    positivo, o pessoal> ele, alm disto, faz a pessoa entrar na comunidade para poder compartilar do p%o da eucaristia88 ?go te baptizo@. 4acrament*rio gelasiano,porm, n%o a conece e, no rito do 4*bado santo8:8, conserva o "uestion*rio, ao passo "ue os gelasianos do sc. AAA,como o de Kellone, utilizam a f!rmula ?go te baptizo 8:E@, pra/e seguida tambm pelo 4uplemento Kregoriano8:F. Detal modo, a profiss%o de f passa a preceder o pr!prio batismo e as respostas ao "uestion*rio s%o dadas por padrinos emadrinas. rito atual conservou esta f!rmula tambm para o batismo dos adultos, "ue s%o convidados a professar asua f antes de se batizarem (0A E8 ?t postea, cum ascenderit,ungueatur a presb]tero de illo !leo "uod sanctificatum est, dicente> 7ngueo te oleo sancto in nomine Lesu risti 8:[email protected] s. $mbr!sio menciona esta un%o, e a f!rmula "ue ele recorda ser* usada, com poucas variantes, at areforma do at. AA, "ue contudo a ampliar*. is a f!rmula de $mbr!sio> ?Deus, Pater omnipotens, #ui te regeneravit e/a"ua et 4piritu concessit"ue tibi peccata tua, ipse te ungueat in vitam aeternam 8:M@. sacrament*rio gelasiano diz>?Deus... e/ a"ua et 4piritu sancto "ui"ue dedit tibi remissionem omnium peccatorum, ipse te linit crisma salutis inisto Aesu domino nostro8::@. sta f!rmula foi transmitida. ritual do at. AA retoma-a at as palavras ?crismate

    salutis@ e depois acrescenta> ?para "ue, inseridos em risto, sacerdote, rei e profeta, se+ais sempre membros do seucorpo para a vida eterna@ (0A EEGB 0W :8). $ssim, o significado do rito fica nitidamente e/presso. le a ilustra%odo "ue se acabou de realizar no bano da regenera%oB e/atamente como, por e/emplo, +* aconteceu no 4acrament*riogelasiano, "uando a un%o "ue seguia a imposi%o da m%o na confirma%o ilustrava o dom do sprito "ue acabava deser conferio +ustamente por meio da imposi%o da m%o8:;.

    !5 A entrega da #este )ranca e da #ela

    Para conecermos a orgiem deste rito, precisamos remontar =s palavras de s. Paulo> ?"uando sois batizados emristo, sois revestidos de risto@ (Kl F,E:). $ veste branca por"ue deve simbolizar a ressurrei%o ('t 8:,E e par.B $pG,GB :, ?5. e 5., v!s vos tornastes nova criatura e vosrevestistes de risto@, a "ue se segue a antiga f!rmula> ?0ecebei, portanto, a veste branca e conservai-a sem mancaat o tribunal de nosso 4enor Lesus risto, para terdes a vida eterna@ (0A EEIB 0W :E). $ veste branca usavam-naos ne!fitos at a oitava da p*scoa, dia em "ue a depunam, tomando o lugar abitual entre os fiis.

    #uanto = entrega da vela, de "ue s! temos claro testemuno litHrgico no Pontifical 0omano do sc. \AA, elacomporta uma f!rmula semelante = "ue o+e conecemos, por causa do seu simbolismo "ue se refere =s lRmpadas dasvirgens s*bias8;I(cf. 0A EEMB 0W :F).

    1iplito de 6o$a, o.c. 21: ++0+.11GeO ++9.12G 2321: CCL 19+,335.13Cr 18.1+Tertuliano, De carnis resurrectione 8: pu-licado por

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    !"F O )atis&o das crianas

    s ritos analisados at a"ui s%o iguais para os adultos e para as crianas. N importante concentrarmos agora aaten%o na prepara%o das crianas e, de modo particular, na dos pais e padrinos.

    Para os adultos o 0A (M;-E9:) prope um perodo de cate"uese com ritos particulares. Para as crianas,

    embora uma longa tradi%o demonstre a e/ist&ncia de ritos "ue as tratavam como adultos e nos "uais o compromissoera assumido por seus pais e padrinos Anicia%o crist%, AA, E, b-cU, o 0W prev& s! a cate"uese dos pais, mas seminsistir no modo de faz&-lo, o "ue, ali*s, seria bom e Htil aprofundar (0W, Antrodu%o geral : e 8FB Antrodu%o I) Anicia%o crist%, A, EB A, 8U.

    'as o atual 0W ("ue n%o um ritual de inicia%o, por"ue a criana s! recebe o batismoB alm do mais, decria%o recente> na verdade, o rito "ue se usava para o batismo das crianas at a recente reforma retomavasimplesmente o rito para o batismo dos adultos com pou"ussimas adaptaes) "uis esfora-se para tornar o batismodas crianas mais comunit*rio, e/igindo "ue normalmente se+a celebrado na igre+a paro"uial (0W 89), em dias em"ue se+a f*cil reunir os fiis (0W anteriormente, AAA, E, c). $ instru%o citada pe em foco a teologia dobatismo das crianas e insiste em recordar "ue o Dom da f n%o depende da intelig&ncia e da consci&nciaB mesmoe/plicando "ue ningum, se"uer os pais, pode substituir, com a pr!pria f, a f das crianas, e/plica "ue estas n%odevem ser batizadas "uando n%o * f, servindo para elas, no caso, a f dos pais e a f da igre+a. s pais cr&em "ue,batizando as crianas, as inserem na lina da salva%o. Oazendo isto, pois, n%o se reduz a sua liberdade, como o dar oalimento a uma criana para "ue possa viver n%o constitui atentado contra a sua liberdade, mesmo sendo elainconsciente. De resto, o novo rito preocupou-se com fazer as pessoas compreenderem "ue o batismo das crianas temsentido e, repetidas vezes, nas suas admoestaes, conselos e oraes, procura "ue intervena a responsabilidade dospais (0W F;-F

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    lembrava as aborrecidas e desagrad*veis prescries de 2v 8E - B mas tambm devem ser abenoados os pais dascrianas e toda a assemblia "ue participou da celebra%o (ivi).

    !"" A cate0uese dos Padres

    Depois de indicar uma espiritualidade do batismo e para uso cate"utico, pode ser Htil abordar as linas da

    cate"uese patrstica batismal. 5!s nos referiremos sobretudo a s. $mbr!sio, mas n%o nos es"ueceremos de outrospadres, dentro dos limites permitidos pelo espao de "ue dispomos.

    1. # metodologia cate5uticaS Padres gregos e latinos usam a mesma metodologia cate"utica. Ponto departida da cate"uese a pr!pria celebra%o do sacramento. les n%o d%o, pois, de incio, uma defini%o do batismo,nem procuram logo fazer a institui%o do sacramento remontar a risto. Da celebra%o do batismo os Padresretrocedem =s suas preparaes tipol!gicas. 5estes tiposQ, os Padres n%o pretendem procurar uma e/plica%o dobatismo> eles antes v&em nele fatos ist!ricos reais, "ue agora ainda se tornam mais reais na sua concretiza%o emristo, "ue o anttopoQ, ou se+a, a realiza%o Hltima e suprema do plano da salva%o. Partindo da e depois de averdescrito e e/plicado os ritos, os Padres passam =s aplicaes morais e e/istenciais do caso.

    $ este es"uema s. $mbr!sio mostra-se particularmente fiel no seu tratado De sacramentis. seu intuito n%o o de e/plicar os ritos em si mesmos, porm, antes, fazer emergir o seu significado profundo para a vida crist%. , paracegar a tal ob+etivo, ele serve, como "ue de base, tanto do simbolismo dos ritos "uanto do simbolismo da scritura.

    sta cate"uese analtica mistag!gica, o "ue e"uivale a dizer "ue aprendida depois de feita a e/peri&nciasacramental8;;. e+amos a aplica%o aos ritos principais.a. A rennciaS 0ealiza-se depois do ingresso no batistrio e em vista da fonte da graa. 0e"uer luta, e a un%o

    "ue a acompana a do atleta de risto> o crist%o ?profissional da luta 8; os "ue difundem o erro, os poetas da idolatria, os vcios 8

    188nota +3?, 2,809: pu-licado por Tonneau, 390383.193Cirilo de erusal#$, o.c. >nota 8?, 1,508: C 125,88089.19+

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    8. Losu, figura de risto, atravessa o Lord%o para entrar na Terra PrometidaB Lesus encontra-se perto do Lord%o"uando le anunciam a morte de 2*zaro, "ue ele far* ressuscitar. Trata-se indubitavelmente de tem*ticas afins> batismonas *guas do Lord%o ressurrei%o para uma nova vidaE98.

    E. lias atravessa o Lord%o antes de ser arrebatado ao cu> o fato lembra a travessia do mar ermelo. macado de liseu, "ue flutua sobre as *guas do Lord%o, pe em rela%o batismo e madeiro da cruzE9E.

    F. $ cura de 5aam%, o srio, "ue fica livre da enfermidade na *gua do Lord%o.4%o estes os temas tipol!gicos "ue encontramos em toda a cate"uese patrstica. 5em todos podem ser usados

    na cate"uese atual, mas cont&m ainda alguns elementos indispens*veis a uma cate"uese "ue se "ueira basear na Wbliae na liturgiaE9F.

    !"6 Olhar sint'tico so)re o no#o rito do )atis&o das crianas

    luz da tradi%o, ilustrada na vis%o panorRmica anterior de cuno ist!rico-evolutivo, +ulgamos Htil,concluindo, acrescentar algumas r*pidas observaes sobre o novo rito do batismo das crianas, reformado pelo at.AA, a servio da celebra%o, ao passo "ue, a prop!sito dos outros aspectos cate"utico-pastorais, remetemos = Anicia%o crist%, A.

    novo rito consta de "uatro momentos> rito de acolida ou recep%oB liturgia da PalavraB liturgia dosacramentoB ritos de conclus%o.

    $ acolida ou recep%o das crianas ? sinal da vontade "ue t&m os pais e os padrinos, e da inten%o "ue t&ma igre+a de celebrar o batismo> e/press%o de tudo isto o sinal-da-cruz, "ue o celebrante e os pais traam sobre a testada criana@ (0W 8M). di*logo inicial, em "ue os pais e os padrinos declaram estar conscientes dasresponsabilidades "ue assumem, ser* mais verdadeiro e significativo se decorrer de uma eficaz prepara%o anterior. sinal-da-cruz sobre a testa das crianas S por parte do celebrante e depois dos pais e dos padrinos S um primeirogesto de acolimento na igre+a e como "ue uma introdu%o a toda a inicia%o crist%, participa%o sacramental na mortee na ressurrei%o de risto.

    $ celebra%o da Palavra ?tem como finalidade despertar a f dos pais, dos padrinos e de todos os presentes@Bcom ?a omilia, oportunamente seguida de uma pausa de sil&ncio@ (0W 8:), dispe a comunidade crist% a professar af em nome das crianas e a comprometer-se com a sua forma%o crist% at "ue se tornem ?adultos na f@. N o "ue sepede na ora%o dos fiis, "ue pode ser preparada e participada pelos familiares, e a "ue se acrescentam as invocaesaos santos.

    $ ora%o do e/orcismo e o gesto da un%o com o !leo dos catecHmenos evidenciam a liberta%o do pecadooriginal e a voca%o para a luta com risto pelo bem.

    $ celebra%o do sacramento comea com a solene ora%o de b&n%o da *gua, preciosa cate"uese sobre a *guana ist!ria da salva%o at o batismo institudo por risto> ela seguida pelo compromisso solene dos pais e dospadrinos em nome da criana (renHncia a satan*s, profiss%o de f, pedido e/plcito do batismo). rito central dobatismo pode realizar-se pela imers%o, ?sinal sacramental "ue mais claramente e/prime a participa%o na morte e naressurrei%o de risto@, ou pela infus%o da *gua sobre a cabea da criana, acompanadas pela f!rmula trinit*ria, "uepermite compreender as novas relaes misteriosas do batizado com o Pai, o Oilo e o sprito 4anto.

    primeiro dos ritos p!s-batismais, a un%o crismal, ? sinal do sacerd!cio rgio do batizado e da suaagrega%o = comunidade do povo de Deus@ (0W 8;). $ entrega da veste branca e a da vela, "ue o pai acende com acama do crio pascal, e/primem a nova dignidade do batizado e a luz da f doada = criana confiada = famlia. rito do ?effat*@ repete o gesto de risto, a fim de implorar para o neobatizado a capacidade de acoler a palavra de

    Deus e de anunci*-la aos irm%os.s ritos de conclus%o reHnem a comunidade em torno do altar para a recita%o do Pai-nosso, a fim de destacar

    "ue os pe"uenos batizados, um dia, ?na confirma%o receber%o a plenitude do sprito 4antoB apro/imando-se do altardo 4enor, participar%o do seu sacrifcio e, na assemblia dos irm%os, poder%o dirigir-se a Deus camando-o de Pai@(0W :M). $ b&n%o conclusiva dada =s m%es, aos pais, a todos os presentes refora o seu dese+o e compromisso de"ue saibam ser@ orientadores e guias dos filos no camino para a maturidade da vida em risto@ (0W :

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    s.a.U Catecismo da Igreja Catlica. 0io de Laneiro, ozes, 8

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    entro ate"utico DiocesanoDom Kabriel

    urso de Antrodu%o = Anicia%o rist%($postila 8)

    P$4T0$2 DW$TA4'>

    Antrodu%o 3ist!rica,Teol!gica e 2itHrgica

    Pe. Kenival $ntonio Pessotto

    Lundia - EI`Laneiro`8

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    KDI/* 2*RAL

    "! Liturgia: Plano de Sal#ao F"8. 2iturgia> $%o de Deus na 3ist!ria 4alvando o seu povo 988.8 2iturgia> 4ervio concreto por parte de Deus Pai e resposta do ser umano atravs de ritos 988.E Pai, fonte e fim da liturgia 9E

    6! Sacra&entos: Meio %ara ser reali8ar o %lano de Sal#ao F6E.8 4acramentos 9EE.8.8 Defini%o de 4acramento 9EE.8.E omo se realizam os 4acramentos 9FE.E Plano de 4alva%o 9FE.E.8 $ 4alva%o atravs de risto 9FE.E.E $ 4alva%o de risto, o+e, atravs da 4ucess%o $post!lica 9FE.E.F $ Presena de risto o+e em sua Agre+a 9F

    >! Iniciao /rist: *#oluo $istrica FF.8 Antrodu%o 9GF.E $ evolu%o ist!rica da inicia%o crist% 9IF.F $ inicia%o no riente 9