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1 Grupo Banco Africano de Desenvolvimento AfDB Apresentação para o Seminário sobre: “Desafios do Crescimento Económico e Emprego” Moçambique, 10 de Fevereiro de 2011 Estratégias para o Desenvolvimento de Infra- estruturas de Integração Regional e Crescimento Económico Prof. Mthuli Ncube Vice-Presidente & Economista Chefe Banco Africano de Desenvolvimento

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Page 1: 1 Grupo Banco Africano de Desenvolvimento AfDB Apresentação para o Seminário sobre: “Desafios do Crescimento Económico e Emprego” Moçambique, 10 de Fevereiro

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Grupo Banco Africano de Desenvolvimento

AfDB

Apresentação para o Seminário sobre: “Desafios do

Crescimento Económico e Emprego”

Moçambique, 10 de Fevereiro de 2011

Estratégias para o Desenvolvimento de Infra-

estruturas de Integração Regional e Crescimento

Económico

Prof. Mthuli Ncube

Vice-Presidente & Economista Chefe

Banco Africano de Desenvolvimento

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Estrutura da apresentação

1. Estágio actual das infra-estruturas em África e

implicações para o crescimento económico

2. Financiamento de Infra-estruturas de Desenvolvimento

e o papel do BAD

3. Lições aprendidas das intervenções do BAD

4. Estratégias para desenvolvimento de infra-estruturas e

futuro envolvimento com o BAD

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ESTÁGIO ACTUAL DAS INFRA-ESTRUTURAS EM ÁFRICA E IMPLICAÇÕES PARA O CRESCIMENTO ECONÓMICO

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Em Moçambiqu, o desenvolvimento da rede global de infra-estruturas encontra-se atrasada quando comparada aos países da região com excepção de duas dimensões (telefonia móvel e internet)

Moçambique encontra-se na posição 42 entre 53 países de acordo com o Indice de infra-estruturas do BAD

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Ausência de ligações regionais das infra-estruturas

AICD – Consórcio Africano para Desenvolvimento de Infra-estruturas

Page 6: 1 Grupo Banco Africano de Desenvolvimento AfDB Apresentação para o Seminário sobre: “Desafios do Crescimento Económico e Emprego” Moçambique, 10 de Fevereiro

Fonte: AUC, AfDB, WB Apresentação feita na Conferência sobre Objectivos do Milénio das Nações Unidas, Setembro de 2010

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Fonte: AUC, AfDB, WB Apresentação feita na Conferência sobre Objectivos do Milénio das Nações Unidas, Setembro de 2010

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Fonte: AUC, AfDB, WB Apresentacao feita na Conferencia sobre Objectivos do do Milenio das Nacoes Unidas, Setembro de 2010

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Fonte: AUC, AfDB, WB Apresentação feita na Conferência sobre Objectivos do Milénio das Nações Unidas, Setembro de 2010

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Porquê investir em Infra-estruturas?

(i) As infra-estruturas criam um ambiente propício para o desenvolvimento da actividade económica:

Reduz os custos da realização de negóciosMelhora a competitividade global e produção localPromove parcerias e fluxos de investimento estrangeiro (IDE)Promove investimento e comércio trans-fronteiriço

Portanto, investimento em infra-estruturas promove productividade e crescimento:• Uma rede de infra-estruturas adequada poderia conferir ganhos

de produtividade nas firmas Africanas até uma magnitude de 40%

• Ė capaz de garantir um crescimento económico de cerca de 2% por ano

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O crescimento económico de Moçambique não tem sido inclusivo, em parte devido à deficiente rede de infra-estruturas (altos custos de transporte e de energia eléctrica)

A competitividade da economia é baixa (encontrando-se na posição 131 entre 139 economias – Indice de Competitividade Global, 2010)

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Porquê investir em Infra-estruturas?

(ii) A crescente pressão para um crescimento económico mais consistente em África, levou ao surgimento de:

Grandes cidades e rápida urbanizaçãoGrandes mercados de consumoMaior integração com a economia mundial

A rede de infraestruturas deve expandir para suportar este crescimento

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Porquê investir em infra-estruturas?

(iii) Infra-estruturas permitem ligações para com a indústria local

Desenvolvimento da indústria manufactureiraDesenvolvimento da indústria de Construção Desenvolvimento dos Mercados FinanceirosFonte de geração de emprego

Deste modo, investimentos no desenvolvimento de infra-estruturas tem implicações directas no crescimento do PIB

Espera-se que as infra-estruturas se tornem na quarta (4ª) maior fonte geradora de receitas em África

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FINANCIAMENTO DE INFRA-ESTRUTURAS DE DESENVOLVIMENTO E O PAPEL DO BANCO AFRICANO DE DESENVOLVIMENTO

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Anualmente, África necessita de US$ 93 billion para financiar infra-estruturas Investimento actual = US$ 45 biliões Potencial ganho de eficiência e poupanças = US$17 biliões Défice de financiamento = US$ 31 biliões

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Instrumentos inovadores de financiamento

• A abordagem tradicional de Concepção-Concurso-Construção deu lugar a novas abordagens de longo-prazo

• Estas abordagens resultaram na atracção de investidores privados para provisão de infra-estruturas, e sob diferentes formas: Parcerias Público-Privadas - PPPs (DB, DBOM, DBFO, BOO, BOT, BOOT, Concessão Total ou Gestão por Programa)

Vantagens: • Permitem poupança nos custos• Serviços ao cliente completamente integrados• Trasferência de tecnologia e conhecimento• Inovação• Melhor gestão dos activos• Melhor nível e qualidade dos serviços• Potencial para criação de parcerias • Potencial para desenvolvimento de novas indústrias• Benefícios em termos de surgimento de economias de escala

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Intrumentos inovadores de financiamento

Fonte: Pekka Pakkala (2002)

Embora as abordagens de financiamento de longo prazo sejam atractivas, porém elas também possuem desvantagens:•Processos de concurso onerosos•Períodos de concurso bastante longos •Redução nos níveis de competição (justiça social), geralmente direcionados a grandes empreiteiros•Incerteza sobre as relações de longo prazo•Questões de mobilização de recursos devem ser tomadas em consideração com antecedência•Perda de flexibilidade e controlo

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Outras fontes inovativas de financiamento incluem:– Títulos em moeda local– Títulos associados a mercadorias– Emissão de títulos na diáspora– Títulos de soberania externa– Fundos de soberania

• Entreatanto, estes instrumentos requerem instituições fortes e um ambiente político credível

• Contudo possuem benefícios– Prevalência de controlo por parte do Governo– Reduzem o risco do stress da dívida soberana– Reduzem a instabilidade dos fluxos financeiros– Permitem o desenvolvimento dos mercados

financeiros domésticos

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Mecanismos de Apoio do BAD ao sector de infra-estruturas

• Empréstimos– Fundos de soberania e fundos comuns regionais para operações – Fundos não-soberanos (empréstimos e participações no capital das

empresas)• Donativos para assistência técnica

– FAPA (US$ 16 milhões por ano para apoio ao sector privado)– IPPF (US$ 15 milhões por ano para apoio a infra-estruturas de

integração regional)– MIC (US$ 16 milhões para operações em economias de rendimento

médio)• Instrumentos para cobertura de riscos

– Garantias– Produtos para gestão do risco

• Coordenação – Gestão do Consórcio de Infra-estruturas para África (ICA) – Agência de Execução do Programa de Desenvolvimento de Infra-

estruturas para África (PIDA)

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Montantes aprovados pelo BAD em Moçambique – Projectos em curso em 31.01.2011

• O sector de infra-estruturas continua a absorver maior parte dos recursos (cerca de 46%)

Agriculture36%

Finance3%

Ind/Mini/Quar13%

Multi-Sector1%

Social Total1%

Power23%

Transport14%

Water & Sanit.9%

Share of Approved Amount by Sector

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Empréstimos e Donativos para Infra-estruturas - 2009

US$6.05 Biliões para projectos de infra-estruturas

US$6.05 Biliões para projectos de infra-estruturas

US$700 Milhões para infra-estruturas regionais

US$700 Milhões para infra-estruturas regionais

Principais projectos regionais recentemente financiados

• Auto-estrada Kenya-Ethiopia• Auto-estrada Mocambique-Malawi-Zambia• Auto-estrada Kenya-Tanzania• Infra-estrutura de trasmissao de energia eléctrica Burundi-Rwanda-DRC-Kenya-Uganda

Principais projectos regionais recentemente financiados

• Auto-estrada Kenya-Ethiopia• Auto-estrada Mocambique-Malawi-Zambia• Auto-estrada Kenya-Tanzania• Infra-estrutura de trasmissao de energia eléctrica Burundi-Rwanda-DRC-Kenya-Uganda

Outros projectos regionais financiados

•US$2.3 biliões no projecto de energia eléctrica na África do Sul•Pojectos de electricidade no Botswana, Kenya, Uganda, Ethiopia, Lesotho•Projectos de Transportes, electricidade e águas em Moçambique

Outros projectos regionais financiados

•US$2.3 biliões no projecto de energia eléctrica na África do Sul•Pojectos de electricidade no Botswana, Kenya, Uganda, Ethiopia, Lesotho•Projectos de Transportes, electricidade e águas em Moçambique

ONRI Presentation to COMESA-EAC-SADC 2010

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Projectos de infra-estruturas de integração regional do BAD

• UA 1.17 biliões (equivalente a US$ 1.8 biliões) em 2009, correspondendo a um aumento de 57.9% em relação aos níveis de 2008 que foram de UA 741.10 milhões (US$ 1.1 bilião)

• 20% dos recursos do Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF-12) alocados a fundos para desenvolvimento de projectos regionais

• Alargamento da base de recursos através de maior participação do sector privado

• Mas ainda é necessario operar inovações

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Apoio do BAD ao sector de infra-estruturas em Moçambique

Telecomunicações Água e saneamento Energia Transportes* TOTAL

Histórico 1977-2010(UA milhões)

35,230,787 92,874,810 82,403,884 295,112,906 505,622,387

Operações correntes – Jan, 2011(UA milhões)

18,000,000 48,402,000 30,100,000 96,502,000

Novos projectos aprovados(UA milhões)

10,250,000 135,350,000 140,620,000

*Inclui o projecto multinacional do Corredor de Nacala (UA 102.7 milhões)

• Historicamente, o sector dos transportes em Moçambique tem sido o maior beneficiário dos fundos do BAD.

• A proposta de novos projectos indica que as infra-estruturas continuarão a absorver a maior parte dos recursos (43 % das alocações totais)

MZFO, 2011

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LICOES APRENDIDAS DAS INTERVENÇÕES DO BAD

Ganhos de produtividade e eficiência nos investimentos em infra-estruturas Custo-eficácia das operações regionaisRedução dos contrangimentos do investimentos públicos através da iniciativa privada

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Caso 1: Parceria Público-Privada (PPP) nas infra-estruturas no Senegal

Objectivos do projecto e seu financiamento:• Quatro projectos público-privados aprovados no

sector de energia e transporte entre 2009 e 2011• Principal objectivo: melhorar acesso e eficiência, e

reduzir os custos dos serviços de transporte e electricidade

• EUR 1.1 bilião: financiamento mobilizado pelo sector privado, instituições de financiamento para desenvolvimento (incluindo o BAD), e sector público

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Projecto Principais resultadosTerminal de Contentores de Dakar (EUR 210 milhões)

Aumento da productividade e capacidade da terminal e.g. capacidade aumentada em 50%

Redução dos custos indirectos ao comércio e.g. Redução do tempo médio de espera para desembarque de mercadorias de 15 horas para 1.7 horas.

Auto-estrada com portagem - Dakar(EUR 209 milhoes)

Aumento da capacidade da auto-estrada Redução dos custos indirectos com transporte através da redução do

congestionamento e.g. tempo médio de viagem de Dakar para Diamniadio reduzido de 2 horas para 45 minutos. Poupanças em custos por parte dos utentes estimadas em EUR 165.2 milhões do valor actual líquido do investimento (NPV)

Central Térmica de Carvão do Senegal(EUR 195 milhões)

Aumento da capacidade de geração de energia e.g. 925 GWh of electricidade, cerca de 40% do consumo nacional em 2008

Melhoria da qualidade dos serviços de electricidade e.g. redução do número de cortes de energia de 176 dias/ano reportados em 2008 para cerca de 40 dias/ano em 2014

Melhoria da cobertura nacional da electrificação (meta: de 46% em 2008 para 66% em 2015)

Aeroporto Internacional Blaise Diagne(EUR 525 milhões)

Aumento da capacidade de tráfego aéreo e de passageiros e.g. crescimento anual da capacidade de 3 milhões de passageiros e 53,000 toneladas de carga (mais de 3 vezes da capacidade inicial).

Melhoria de custo-eficácia e qualidade dos serviços de transporte aéreo e.g. eliminação da sobre-carga operacional dos aeroportos nacionais.

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Caso 2: Outros 3 biliões (O3B) em investimentos multinacionais

Objectivos do projecto e financiamento: • O projecto envolveu o seu desenho, construção, lançamento e

operacionalização de uma constelação de 8 satélites de órbita média• Objectivo: provisão de um serviço acessível, alto comprimento de banda,

internet de alta qualidade e acesso a serviços de telefonia móvel celular nos mercados do interior em países em vias de desenvolvimento e economias insulares (Ilhas)

• Um terço da capacidade destinada a África, incluindo a primeira vaga de utilizadores: Nigéria, DRC, Kenya, Tanzania, Malawi, Zâmbia, Camarões, Serra Leoa, e Ghana

• Financiado através das instituições financeiras de desenvolvimento e com envolvimento do sector privado (US$1.1 bilião) numa base de recurso limitada

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O3b: Principais resultados

• Cobertura das ‘áreas brancas’ e ‘estados frágeis’ com infra-estrutura de telecomunicações de alta qualidade

• Acesso melhorado a telefonia móvel, bandalarga e rede de dados em 9 países Africanos e.g. Ligação de 18 milhões de utentes à rede celular

• Redução dos custos das telecomunicações no continente. – Poupança de custos vs equivalente ao uso de satélites de

alta órbita estimada em US$1.3 biliões do valor actual presente líquido (NPV)

• Integração regional através da expansão dos serviços de internet de bandalarga e acesso à telefonia móvel celular em muitos países Africanos

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Caso 3: Programa do Corredor Norte-Sul

Resultados de impacto:

• Reduzir custos indirectos no comércio e.g. reduzir tempo de desembaraço aduaneiro de mercadorias de um prazo de 5 dias em 2009 para 37 horas

• Melhorar a capacidade dos portos e.g. aumentar o volume de carga manuseada no Porto de Nacala de 0.9 milhões de toneladas em 2009 para 1.6 milhões de toneladas em 2015

• Reduzir custos de transporte e trânsito em 25% em 2015 no corredor de Nacala

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Caso 4: Projecto de Apoio Institucional no Abastecimento de Água e Saneamento em

MoçambiqueObjectivos do projecto e financiamento:• Melhoria no serviço de abastecimento de água e

saneamento : Chókwè, Xai-Xai, Inhambane e Maxixe• Financiamento de UA 19.06 milhões – (US$ 28.5 milhões)

(Crédito ADF + Donativo) Resultados de impacto:• Melhoria no acesso a água potável e infra-estruturas de

saneamento e.g. 284 595 novos beneficiários de água potável

• Redução nos custos de prestação dos serviços e.g. perdas não-operacionais reduzidas de 55% para cerca de 30%

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ESTRATĖGIAS PARA INVESTIMENTO EM INFRA-ESTRUTURAS E ENVOLVIMENTO DO BAD

Mobilizar recursos domésticosAtrair o sector privadoInvestir em infra-estruturas regionaisInvestir em energias limpas

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Estratégias para MocambiqueDesempenhando cada vez melhor as mesmas funções:• Melhorar a eficiência na alocação de recursos

– Perdas estimadas em 17$ biliões/ano como resultado de ineficiência do sector de infra-estruturas em África

• Aumento da alocação de recursos públicos para despesas de capital para ambos novos instrumentos e manutenção

O papel do Banco Africano de Desenvolvimento• Concessão de empréstimos baseados no desempenho das Políticas,

e.g. Programa de reforma do sector da energia na Nigéria• Assistência Técnica, e.g. Donativo para assistência técnica do FAPA

acompanhado de uma intervenção do sector privado

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Estratégias para MoçambiqueMobilização de recursos domésticos• Emissão de títulos da dívida para desenvolvimento de infra-estruturas

denominados em moeda local• Exemplo – títulos de infra-estrutura governamental de longo prazo no

Kenya– Três séries de títulos da dívida para infra-estruturas governamentais avaliadas

em (US$1 bilião) emitidas com sucesso desde 2009

O papel do Banco Africano de Desenvolvimento:• O Tesouro juntamente com a Iniciativa para o Funcionamento dos

Mercados Financeiros em África (MFW4A) devem desenvolver os mercados financeiros no continente e.g. Assistência técnica na emissão de títulos da dívida, planos para investir em moeda local nos títulos emitidos pelos países membros (RMCs)

• Empréstimos baseados no desempenho das políticas para apoio ao sector financeiro

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Estratégias para MoçambiqueAtrair capital privado (estrangeiro)• Modelo das parcerias público-privadas (PPP) • Exemplo: Auto-estrada com portagem – Senegal Dakar

– Custo total - EUR 223 milhões (Instituições de Financiamento para Desenvolvimento, concessionário estrangeiro, banco comercial local, governo)

– Melhoria na bancabilidade dos projectos através de (i) financiamento de longa duração em moeda estrangeira (ii) défice de viabilidade do projecto subsidiado pelo Estado

O papel do Banco Africano de Desenvolvimento:• Financiador• Papel de líder na operação de financiamento e.g. Projecto de Energia

Eólica do Lago Turkana no Kenya • Papel de intermediário fiel do Crédito e.g. Plantações de Cana-de-açúcar

de Markala no Mali • Gestão de risco através da combinação de moedas e prazos de maturidade

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Estratégias para MoçambiqueAtarir capital privado estrangeiro• Fundos de comparticipação privados, títulos de soberania externa,

investidores de mercados emergentes• Exemplo: Fundo de Investimento em Infra-estrutura de África 2 (AIIF-2)

– Fundo de US$ 500 milhões; mobilização de US$5 biliões de financiamento adicional

– Investimentos de comparticipação de US$ 10 – 100 milhões até um máximo de 15 projectos

– Alvo: sectores de electricidade e transportes na Africa Subsahariana

O Papel do Banco Africano de Desenvolvimento:• Comparticipação na estrutura de capital ou crédito para financiamento

e.g. AIIF-2, Fundo de Infra-estruturas de Argan• Influenciar o alcance geográfico das infra-estruturas PEFs /parceiros

emergentes• Influenciar as boas práticas e padrões de infra-estruturas PEFs / perceiros

emergentes

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Estratégias para MoçambiqueInvestir em infra-estrutura regional• Projectos hidroeléctricos regionais são os que apresentam menores

custos de desenvolvimento estratégico e Moçambique possui um elevado potencial

• Corredores de transporte para capitalizar no acesso ao mar, e.g. Corredor Norte-Sul

O Papel do Banco Africano de Desenvolvimento:• Financiador e.g. cerca de US$ 1 bilião para financiar os projectos

do corredor Norte-Sul. (actualmente o Banco está a financiar o projecto do corredor de Nacala com US$150 milhões)

• Preparação de projectos e assistência técnica, e.g. US$ 11.6 milhões alocados no âmbito da NEPAD-IPPF para os projectos do corredor Norte-Sul

• Intermediário fiel no acesso ao crédito

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Estratégias para MoçambiqueDesenvolvimento de Energias “Limpas”• Capitalizar no potencial de recursos em energias “limpas” e

renováveis” (hidrico, vento), potencial em bio-energia• Investir no financiamento de tecnologias “limpas”

O papel do Banco Africano de Desenvolvimento: • Experiência na concepção e financiamento de projectos e.g.

financiamento do projecto de produção de energia eólica em Cabo Verde - Cabeolica, e plantações de cana-de-açúcar de Markala no Mali

• Financiamento ao sector público e privado• Facilidades para gestão do risco

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MUITO OBRIGADO

Gabinete do Economista ChefeBanco Africano de Desenvolvimento