1 estrutura organizacional de uma construtora de pequeno porte

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Estrutura Organizacional de Uma Construtora de Pequeno Porte

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-RIDO

    DEPARTAMENTO DE CINCIAS AMBIENTAIS E

    TECNOLGICAS

    CURSO ENGENHARIA CIVIL

    THALES MENDONA DA COSTA

    ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA CONSTRUTORA DE PEQUENO PORTE

    MOSSOR

    2013

  • THALES MENDONA DA COSTA

    ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA CONSTRUTORA DE PEQUENO PORTE

    Monografia apresentada a Universidade Federal Rural

    do Semi-rido - UFERSA, Departamento de Cincias

    Ambientais e Tecnolgicas para a obteno do ttulo

    de Bacharel em Engenharia Civil.

    Orientador: Prof. M.Sc. John Eloi Bezerra

    MOSSOR

    2013

  • Ficha catalogrfica preparada pelo setor de classificao e catalogao

    da Biblioteca Orlando Teixeira da UFERSA C837e Costa, Thales Mendona da.

    Estrutura organizacional de uma construtora de pequeno

    porte

    / Thales Mendona da Costa. -- Mossor, RN : 2013.

    48f. : il.

    Orientador: Prof. MsC. John Eloi Bezerra. Monografia (Graduao) Universidade Federal Rural do Semi-rido,

    Graduao em Engenharia Civil, 2013.

    1. Estrutura organizacional. 2. Construo civil. 3. Pequeno porte. I.

    Ttulo.

    CDD: 658.93

    Bibliotecria: Marilene Santos de Arajo CRB-5/1033

  • THALES MENDONA DA COSTA

    ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA CONSTRUTORA DE PEQUENO PORTE

    Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do

    Semi-rido (UFERSA), Departamento de Cincias

    Ambientais e Tecnolgicas para a obteno do ttulo de

    Bacharel em Engenharia Civil.

    Orientador: Prof. M.Sc. John Eloi Bezerra (UFERSA)

  • Aos meus familiares, que me proporcionaram

    a oportunidade de chegar at aqui. Em

    particular, minha me a quem devo tudo,

    minha irm e meu irmo e minha amada

    namorada por estar sempre presente ao meu

    lado e pelo apoio que me foi dado durante

    todos esses anos.

    A todos, muito obrigado.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus, que me deu foras para no desistir diante das

    diversas dificuldades que apareceu durante o processo de dissertao de tal trabalho.

    Aos meus irmos, Thais e Thiago, por estarem sempre ao meu lado e me ajudando de

    todas as formas cabveis a eles, para que isto se tornasse possvel. Obrigado pelo carinho,

    compreenso e ajuda nos momentos de desesperos.

    A minha me, que mesmo sozinha soube me proporcionar tudo que me foi necessrio

    para chegar at onde cheguei, por mais difcil que foi essa trajetria.

    A Isabela, por estar do meu lado, por todo apoio e pela pacincia que teve comigo.

    Sem voc ao meu lado, nada disso seria possvel, voc faz parte dessa vitria tambm.

    Aos amigos da faculdade, alguns mais prximos, outros nem tanto, por fazer parte

    deste triunfo acadmico e que tambm de alguma forma contriburam para que eu chegasse

    at aqui, em especial aqueles que so muito mais que amigos, Josenildo, Renan e Skorzeny,

    meu especial agradecimento.

    Ao meu professor orientador, parceiro e amigo, John Eloi Bezerra, pela

    disponibilidade, pelos ensinamentos e dedicao para a realizao deste trabalho.

    Por fim, quero agradecer a toda minha famlia, e a todos que de forma direta ou

    indiretamente, me ajudaram para minha formao, tanto profissional quanto pessoal.

  • RESUMO

    No presente trabalho, inicialmente apresentada uma breve explanao sobre o setor da

    construo civil, no qual apresenta um crescimento em boa escala, aumentando assim a

    competitividade entre as empresas. Percebe-se, ento que o melhoramento em diversos setores

    e pontos da empresa necessrio, de forma a reestruturar a empresa de forma correta, por

    meio de uma estrutura organizacional. atravs de uma reviso bibliogrfica que so

    apresentado os elementos das estruturas organizacionais e alguns modelos definidos por

    outros autores, assim citados. Verifica-se tambm sobre a teoria das organizaes, onde so

    discutidos os principais conceitos que constituem as estruturas. Com o devido referencial

    apresentado, e com a aplicao de um questionrio, estuda-se sobre uma construtora de

    pequeno porte, alm de ser proposto um modelo de estrutura organizacional, a fim de explicar

    detalhadamente cada setor da empresa, e conseguir uma eficincia melhor da mesma.

    Palavras-chave: Estrutura Organizacional, Construo Civil, Pequeno Porte

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Esquema do Trabalho .............................................................................................. 16

    Figura 2 - Etapas para criao de departamento ....................................................................... 19

    Figura 3 - Exemplo de Departamentalizao Funcional .......................................................... 20

    Figura 4 - Exemplo de Departamentalizao por produto/servio ........................................... 21

    Figura 5 - Exemplo de Departamentalizao por cliente ......................................................... 21

    Figura 6 - Exemplo de Departamentalizao Geogrfica ou Territorial .................................. 22

    Figura 7 - Exemplo de Departamentalizao por Processo ...................................................... 22

    Figura 8 - Configurao da estrutura organizacional ............................................................... 24

    Figura 9 - Exemplo de Estrutura Linear ................................................................................... 27

    Figura 10 - Exemplo de Estrutura Funcional ........................................................................... 28

    Figura 11 - Exemplo de Estrutura Matricial ............................................................................. 30

    Figura 12 - Esquema das etapas para elaborao do estudo proposto ...................................... 32

    Figura 13 - Procedimentos bsicos de uma obra ...................................................................... 34

    Figura 14 - Organograma atual da empresa.............................................................................. 39

    Figura 15 - Modelo de Organograma ....................................................................................... 41

  • 9

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Classificao de estabelecimentos segundo o porte ............................................... 17

    Quadro 2 - Vantagens e desvantagens das organizaes centralizadas e descentralizadas ...... 25

    Quadro 3 - Vantagens e desvantagens da Estrutura Linear ...................................................... 27

    Quadro 4 - Vantagens e desvantagens da estrutura funcional .................................................. 29

    Quadro 5 - Vantagens e desvantagens da estrutura matricial ................................................... 30

    Quadro 6 - Quadro com as atividades internalizadas e terceirizadas ....................................... 40

  • 10

    LISTA DE SIGLAS

    ART Anotao de Responsabilidade Tcnica

    CNI Confederao Nacional da Indstria

    CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica

    CPF Cadastro de Pessoas Fsicas

    EPP Empresas de Pequeno Porte

    FIERN Federao das Indstrias do Rio Grande do Norte

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    IBPT Instituto Brasileiro de Planejamento Tributrio

    PIB Produto Interno Bruto

    SEBRAE Servio de Apoio s Micro e Pequenas Empresas

    SESI/RN Servio Social da Indstria do Rio Grande do Norte

    UCO Utilizao da Capacidade de Operao

    UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-rido

  • 11

    SUMRIO

    1 INTRODUO ..................................................................................................... 12

    1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 13

    1.2 PROBLEMA ........................................................................................................ 14

    1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 14

    1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 14

    1.3.2 Objetivos Especficos ....................................................................................... 15

    1.4 ESTRUTURAO DO TRABALHO ................................................................ 15

    2 REVISO DE LITERATURA ............................................................................ 17

    2.1 CARACTERSTICAS DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE........................ 17

    2.2 FUNDAMENTOS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................... 18

    2.1.1 Elementos Bsicos da Estrutura Organizacional .............................................. 18

    2.1.2 Desenho estrutural das organizaes ................................................................ 26

    3 METODOLOGIA ................................................................................................. 31

    3.1 CARACTERIZAO DA PESQUISA .............................................................. 31

    3.2 PROCEDIMENTOS E TCNICAS DO ESTUDO ............................................ 32

    4 ANLISE E DISCUSSO ................................................................................... 33

    4.1 PROCEDIMENTOS BSICOS DE UMA CONSTRUO RESIDENCIAL .. 33

    4.2 ESTUDO DE CASO: CONSTRUTORA DE PEQUENO PORTE .................... 38

    4.3 MODELO DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................ 40

    5 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................... 44

    REFERNCIAS ....................................................................................................... 45

  • 12

    1 INTRODUO

    A construo civil um dos setores mais relevantes da economia brasileira, com

    aproximadamente 200 mil empresas atuantes no mercado. Alm disso, passa por uma fase de

    grande crescimento, sobretudo devido aos programas habitacionais sempre crescentes do

    governo e aos grandes eventos, como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpadas.

    De acordo com uma matria veiculada no Exame.com (2012), o produto interno bruto

    (PIB) do setor deve crescer entre 3,5 e 4 por cento em 2013. Segundo especialistas do setor,

    esse aumento se dar a alguns fatores como maior investimento em infraestrutura, retomada

    dos lanamentos e recuperao da cena macroeconmica.

    Porm, pesquisas mais recente da Sondagem Indstria da Construo, realizada pela

    Confederao Nacional da Indstria (CNI), mostram que a indstria da construo se mantm

    desaquecida desde o incio do segundo semestre do ano 2012. Entre os setores, os menores

    nveis de atividade so de servios especializados (42,9 pontos) e obras de infraestrutura (45,2

    pontos). A construo de edifcios registrou nvel de atividade de 48,2 pontos. O indicador

    varia de zero a cem pontos, sendo que valores abaixo de 50 representam retrao sobre ao ms

    anterior. (ALVES, 2013)

    Dentro do mbito estatal, o cenrio nacional apresentado no se confirma.

    a pesquisa realizada pela Sondagem da Indstria da Construo

    potiguar, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, aponta

    leve crescimento no nvel de atividade do setor em janeiro, aps

    registrar queda no ms anterior. O percentual mdio de utilizao da

    capacidade de operao (UCO) atingiu 74%, e a atividade foi

    considerada pelos empresrios dentro do padro usual para o perodo.

    (SESI/RN 2013)

    Ainda de acordo com SESI/RN (2013), os empresrios norte-rio-grandenses

    perceberam que em janeiro, o indicador de evoluo do nvel atividade subiu 10,20% quando

    comparado com o ms anterior, ao passar de 46,1 para 50,8 pontos, uma vez que valores

    acima de 50 pontos indicam crescimento. Na comparao com janeiro de 2012, o ndice

    cresceu 4,10%. O indicador do nvel de atividade efetiva-usual cresceu 7,34%, passando de

  • 13

    47,0 para 50,5 pontos, mostrando que, na avaliao dos empresrios, a atividade do setor

    estava dentro do padro usual para o ms de janeiro. Na comparao com igual ms de 2012,

    o indicador aumentou 3,48%.

    Quando se fala em empresa do ramo de construo civil, se pensa logo em construtora

    de edifcios, mas no geral existe diversos subdivises desde reformas a obras de

    pavimentaes. A competitividade entre tais empresas vem aumentando cada vez mais ao

    longo do tempo, fazendo com que cada uma, se destaque com alguns fatores como: qualidade,

    tempo e custo, esses fatores fazem com que o cliente feche um negcio de forma rpida,

    desde que exista garantias, como exemplo obras passadas realizadas em menor tempo, maior

    qualidade e menor custo.

    O aperfeioamento na construo civil se tornou tema constante em universidades. Na

    UFERSA, verificado que este tema tratado em diversas disciplinas, desde Tcnicas de

    Edificaes at Concreto Armado II, ou seja, nos acompanha desde o incio de nossos estudos

    para com a rea.

    Para o melhoramento de uma empresa, preciso definir a estrutura organizacional da

    mesma, de forma a organizar seu formato e funcionamento, consequentemente o resultado

    final de seu produto, no caso do ramo da construo civil, sua edificao.

    1.1 JUSTIFICATIVA

    O setor da Construo Civil, atualmente, responsvel diretamente por 5,8% do PIB,

    mas indiretamente a sua responsabilidade muito maior. Segundo dados do IBGE (Instituto

    Brasileiro de Geografia e Estatstica), divulgados em 2010, a construo civil empregava

    cerca de 2,5 milhes de pessoas no Brasil que receberam, naquele ano, R$ 41,9 bilhes em

    salrios e outras retiradas, e mais R$ 21,2 bilhes em pagamentos indiretos com os

    empregados, perfazendo um total de R$ 63,1 bilhes, correspondendo a 30,7% de todos os

    gastos e custos desse setor no ano de 2010. O valor total das obras pblicas foi de R$ 107

    bilhes, correspondendo a 42,8% do valor total dos gastos com construo. (CASTRO, 2012)

    Fica perceptvel que o setor da construo de grande importncia econmica e social.

    Fatores como o aumento da competio, do nvel de exigncias dos clientes e reivindicaes

  • 14

    de melhoria das condies de trabalho por parte da mo-de-obra tm impulsionado a indstria

    da construo civil, no Brasil, a passar por importantes mudanas.

    Uma dessas mudanas um aprimoramento gerencial nas empresas de construo

    civil. A estrutura organizacional e o gerenciamento da empresa tem um papel crucial em seus

    objetivos para com seus produtos finais, pois todo produto depende dos envolvidos para a

    realizao do mesmo.

    1.2 PROBLEMA

    O setor da construo civil ficou caracterizado, por muito tempo, devido ao atraso nos

    procedimentos gerenciais e tcnicas construtivas, mo-de-obra desqualificada, gerando baixos

    ndices de produtividade, atrasos nos prazos de entrega, baixa qualidade no produto final,

    entre outros, limitando os processos na indstria.

    Mas, ao longo do tempo, o aumento das exigncias por parte dos consumidores e a

    evoluo tecnolgicas que incentiva o aumento da concorrncia, tem levado as empresas a

    procurarem melhores nveis de desempenho.

    Assim, na tentativa de acompanhar essa melhoria, foram empregadas as teorias e

    prticas organizacionais, a fim de se manter os servios de determinados setores em pleno

    funcionamento, atendendo assim as exigncias do mercado.

    1.3 OBJETIVOS

    1.3.1 Objetivo Geral

    Este trabalho tem como objetivo analisar a estrutura organizacional de uma

    construtora de pequeno porte e apresentar um novo modelo.

  • 15

    1.3.2 Objetivos Especficos

    Pesquisa bibliogrfica a respeito de estrutura organizacional;

    Apresentar um organograma de processo construtivo de uma residncia;

    Apresentar um modelo de estrutura organizacional.

    1.4 ESTRUTURAO DO TRABALHO

    Este trabalho est dividido em cinco captulos sintetizados na figura 1 e apresentados a

    seguir:

    O captulo 1 apresenta uma contextualizao mostrando o setor da construo civil,

    seguida da justificativa, do problema e dos objetivos, gral e especfico.

    O captulo 2 exibe a reviso de literatura, com os conceitos que norteiam o trabalho.

    O capitulo 3 menciona a metodologia adotada para realizao do trabalho.

    O captulo 4 apresenta o estudo de caso e modelo elaborado pelo autor de uma

    estrutura organizacional.

    O capitulo 5 traz as concluses acerca do trabalho.

  • 16

    Figura 1 - Esquema do Trabalho

    Fonte: Autoria prpria.

  • 17

    2 REVISO DE LITERATURA

    2.1 CARACTERSTICAS DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE

    De acordo com dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento

    Tributrio (IBPT), em 2012, o Brasil possua cerca de 12.904.523 empresas, onde 85%

    correspondiam a empresas de micro e pequeno porte e 15% correspondiam a empresas de

    grande porte.

    O Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE (2012)

    define que Empresas de Pequeno Porte (EPP) so aquelas que em cada ano-calendrio receba

    uma receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior

    a R$ 2.400.000,00 (dois milhes e quatrocentos mil reais).

    Fortes [s.d] comenta que as EPP tambm so conhecidas por um nico nvel de

    hierarquia, onde todas as atividades so controladas e dirigidas pelo prprio empreendedor.

    O SEBRAE (2012) ainda classifica o porte das empresas de acordo com o nmero de

    funcionrios (quadro 1).

    Quadro 1 - Classificao de estabelecimentos segundo o porte

    PORTE SISTEMAS

    Indstria Comrcio e Servio

    Microempresa At 19 pessoas ocupadas At 9 pessoas ocupadas

    Pequena Empresa De 20 a 99 pessoas ocupadas De 10 a 49 pessoas

    ocupadas

    Mdia Empresa De 100 a 499 pessoas

    ocupadas

    De 50 a 99 pessoas

    ocupadas

    Grande Empresa 500 pessoas ocupadas ou

    mais

    100 pessoas ocupadas ou

    mais Fonte: SEBRAE (2012)

    No ano de 2011, com relao gerao de empregos, a mdia nacional por EPP foi de

    10,3. A indstria o setor que mais emprega (16 empregos por EPP na mdia), seguida pelo

    setor de servios (14), construo civil (12,5) e comrcio (6,9). (SEBRAE, 2011)

  • 18

    2.2 FUNDAMENTOS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

    Segundo Chiavenato (2010, p. 108), as empresas so formadas por pessoas e recursos

    pertencentes a grupos especficos. A juno desses grupos chamada de estrutura

    organizacional. Assim, o autor acrescenta que estrutura organizacional a maneira como a

    empresa agrupa e rene rgos e pessoas em diferentes escales hierrquicos (nveis de

    autoridade) e em diferentes reas de atividade (departamentos, por exemplo).

    Hall (2004) enfatiza a importncia das interaes humanas na formao de estruturas,

    uma vez que as estruturas so moldadas e moldam conforme os acontecimentos em uma

    organizao, caracterizando que uma organizao no sempre fixa.

    Assim, conforme Chiavenato (2009) possvel identificar dois tipos de estruturas:

    formal e informal.

    Estrutura formal: tambm conhecida como organograma, aquela utilizada

    oficialmente pela direo da organizao e contem rgos e cargos.

    Estrutura informal: o crculo de amizade criado espontaneamente entre os

    colaboradores de uma empresa, algumas vezes, esse relacionamento pode facilitar ou

    dificultar o funcionamento do organograma.

    Hall (2004) tambm ressalta trs funes bsicas para as estruturas organizacionais,

    so elas: (i) toda estrutura organizacional tem que ser eficaz, isto , produzir resultados e

    atingir metas; (ii), os organogramas so criados para que os colaboradores se adaptem s

    exigncias das organizaes, e no o contrrio; (iii) as estruturas indicam quais os nveis

    possuem o maior poder, onde so tomadas as decises e quem as toma, e quais so as

    atividades realizadas.

    2.1.1 Elementos Bsicos da Estrutura Organizacional

    Os primeiros estudiosos a formularem conceitos e princpios para o processo de

    organizao foram Fayol e Weber, durante o incio do sculo XX, apesar de antigos, esses

    conceitos esto bem presentes na sociedade contempornea. (SOBRAL E PECI, 2008)

  • 19

    Menegon (2012) aponta seis elementos bsicos para projetar uma estrutura

    organizacional: especializao do trabalho, departamentalizao, cadeia de comando,

    amplitude de controle, centralizao e descentralizao, e formalizao.

    a) Especializao do trabalho

    Entende-se por especializao do trabalho, o ato de delegar atividades entre vrias

    pessoas, aps a anlise dos seus objetivos, afim de que o funcionrio no fique

    sobrecarregado com uma atividade completa. Assim, esse elemento tambm pode ser

    chamado de diviso de trabalho. (MENEGON, 2012)

    Em outras palavras, Sobral e Peci (2008, p. 168) explicam que especializao do

    trabalho o grau em que as tarefas so divididas e padronizadas para que possam ser

    aprendidas e realizadas de forma relativamente rpida por um nico indivduo em dada

    organizao.

    Chiavenato (2010) completa que a diviso do trabalho torna os funcionrios mais

    eficientes, j que facilita o aumento dos resultados.

    b) Departamentalizao

    Aps analisar as atividades, destacando seus objetivos e realizar a diviso do trabalho,

    criam-se unidades ou blocos, de acordo com os critrios mais apropriados para a realizao

    das atividades, essas unidades so conhecidas como departamentos (figura 2).

    (MAXIMIANO, 2009)

    Figura 2 - Etapas para criao de departamento

    Fonte: Maximiano (2009)

  • 20

    O departamento refere-se a uma unidade de trabalho que agrega um conjunto

    de tarefas semelhantes ou coerentes entre si sob a direo de um

    administrador. (...) Uma maior especializao implica uma agregao maior

    de tarefas e maior disperso horizontal da estrutura organizacional. Os

    administradores fazem escolhas sobre agrupas e integrar no apenas tarefas,

    mas tambm os recursos humanos e materiais da organizao em

    departamentos (SOBRAL E PECI, 2008, p. 172).

    De acordo com Menegon (2012), existem cinco formas para agrupar atividades, so

    elas: baseadas nas funes desempenhadas, no produto a ser fabricado, os critrios

    geogrficos ou territoriais, o processo de trabalho ou o cliente que a empresa quer conquistar.

    Departamentalizao funcional: agrupa rgos e cargos por funo devido a

    integrao de conhecimento, habilidades e processos de trabalho em um s bloco de

    trabalho (figura 3) (CHIAVENATO, 2009). A departamentalizao por funo

    valoriza a eficincia, pois, rene pessoas com as mesmas habilidades e orientaes,

    porm, identifica-se como desvantagem, a falta de agilidade e rapidez, isolamento

    entre os departamentos, entre outros. (MENEGON, 2012)

    Figura 3 - Exemplo de Departamentalizao Funcional

    Fonte: Chiavenato (2009)

    Departamentalizao por produto/servio: utiliza-se o critrio de enfatizar os

    produtos/servios, em vez das suas funes internas. Cada setor possui um

    administrador especialista responsvel por tudo que designado a ele (SOBRAL E

    PECI, 2008). Menegon (2012), lista algumas vantagens e desvantagens para o uso

    desse tipo de departamento. Como vantagem, a referida autora comenta a autonomia, a

    especializao em um produto e a velocidade na tomada de deciso. Como

    desvantagens, ela explana o aumento dos processos funcionais, a possibilidade de

  • 21

    perda de economia de escala e a possibilidade de interesses da diviso prevalecerem

    sobre os organizacionais (figura 4).

    Figura 4 - Exemplo de Departamentalizao por produto/servio

    Fonte: Chiavenato (2009)

    Departamentalizao por cliente: a empresa possui como foco os clientes que ela

    pretende servir, estes podem ser tanto os clientes reais, como os potencias. Esse tipo

    de departamentalizao no associado nem as funes internas, nem ao

    produto/servio produzidos pela empresa (figura 5). (CHIAVENATO, 2009)

    Figura 5 - Exemplo de Departamentalizao por cliente

    Fonte: Chiavenato (2009)

    Departamentalizao geogrfica ou territorial: corresponde reunir tarefas,

    atividades e recursos organizacionais conforme as reas geogrficas, porm, essa

    forma de departamentalizao s faz sentido quando existe algum tipo de incentivo

    como fontes de matrias-primas, mercados consumidos ou fora de trabalhado

    especializada (figura 6). (SOBRAL E PECI, 2008)

  • 22

    Figura 6 - Exemplo de Departamentalizao Geogrfica ou Territorial

    Fonte: Sobral e Peci (2008)

    Departamentalizao por processo: cada departamento especializado em uma fase

    do processo de produo. Em uma fbrica de tubulaes de alumnio, por exemplo, h

    os departamentos de fundio, prensagem, modelagem, acabamento e inspeo,

    embalagem e expedio (figura 7) (MENEGON, 2012, p. 91)

    Figura 7 - Exemplo de Departamentalizao por Processo

    Fonte: Adaptao de Menegon (2012)

    Departamentalizao por projeto: corresponde na unio de pessoas conforme as

    necessidades do projeto, criando departamentos temporrios, uma vez que o

    departamento existe enquanto existir o projeto. Essa modelo usualmente utilizada na

    construo civil, onde possvel verificar a formao de equipes compostas por

    mestre-de-obras e alguns funcionrios, ou para grandes projetos, a unio de equipes

    multidisciplinares como engenheiros, tcnicos de diversas especialidades,

    fornecedores, compradores, etc. (VIVANCOS, 2001)

  • 23

    c) Cadeia de Comando

    Aps dividir o trabalho e organizar os departamentos, preciso atribuir autoridade a

    pessoas ou unidades de trabalho, essas pessoas sero capazes de chefiar equipes e utilizar

    recursos organizacionais (MAXIMIANO, 2009).

    Para Sobral e Peci (2008), necessrio que as atividades cumpram suas misses da

    melhor forma possvel, isso quer dizer que uma organizao necessita de uma estrutura

    hierrquica para dirigir as operaes dos nveis que lhe so designados. Portanto, a cadeia de

    comando tem por funo explicitar de forma clara quem deve responder a quem, do topo at o

    ltimo elemento da hierarquia.

    Toda organizao requer uma hierarquia para definir a participao relativa

    no processo decisrio, ou seja, quem toma decises e quem deve execut-las.

    (...) A hierarquia define os nveis de autoridade e responsabilidade. (...) O

    lado reverso da autoridade a responsabilidade. Ela significa o dever de

    assumir a tarefa e de prestar contas por ela. A distribuio da autoridade e da

    responsabilidade por toda a cadeia. (CHIAVENATO, 2010, p. 152)

    Menegon (2012) explica que ao tratar de cadeia de comando, deve-se comentar dois

    conceitos fundamentais: autoridade competncia a dar ordens devido a uma posio

    administrativa. Cada gestor possui um grau de autoridade; e princpio da unidade de comando,

    cada indivduo dentro da organizao, dever ter apenas um superior a quem se reportar

    diretamente.

    d) Amplitude de controle

    Segundo Maximiano (2009), independentemente do nvel de hierarquia, cada chefe de

    setor possui uma quantidade definida de pessoas que se reportam a ele, essas pessoas podem

    estar agrupadas em conjuntos de cargos ou outros departamentos, e a quantidade que define

    a amplitude de controle desse gerente.

    importante definir a amplitude de controle ideal, isto , um nmero mximo de

    dependentes de modo que o controle seja eficaz e eficiente. Com essa definio, possvel

    determinar o nmero de nveis hierrquicos e de administradores. (SOBRAL E PECI, 2008)

  • 24

    Chiavenato (2009) complementa que a amplitude de controle depende do tipo de

    atividade exercida pelos funcionrios: quanto mais simples o exerccio, tanto maior a

    amplitude de controle ter o chefe; quanto mais complexa a atividade for, menor ser a

    amplitude de controle.

    Sobral e Peci (2008) ainda explicam que as estruturas organizacionais podem assumir

    dois tipos de formas, dependendo da amplitude de controle: estrutura vertical ou aguda

    possui amplitude pequena, com grande nmero de gestores e pequeno nmero de

    subordinados; e estrutura horizontal ou achatada possui grande amplitude, com grande

    nmero de subordinados e pequeno nmero de chefes (figura 8).

    Figura 8 - Configurao da estrutura organizacional

    Fonte: Sobral e Peci (2008)

    e) Centralizao e descentralizao

    Outro ponto importante de deciso no processo de organizao o grau de

    centralizao e descentralizao de poder.

    Hall (2004, p. 63) comenta que o poder um componente importante de todas as

    organizaes. Sua distribuio em organizaes conceituada como grau de centralizao.

    A centralizao quando o poder decisrio se concentra em altos nveis da hierarquia.

    J a descentralizao ocorre de forma contrria, quando os lderes dos variados nveis

  • 25

    participam da tomada de decises, dessa forma, os problemas so resolvidos mais

    rapidamente. (MENEGON, 2012)

    De acordo com Maximiano (2009), existem vantagens e desvantagens tanto para a

    centralizao quanto para descentralizao, essas caractersticas esto resumidas no quadro 2.

    Quadro 2 - Vantagens e desvantagens das organizaes centralizadas e descentralizadas

    VANTAGENS DESVANTAGENS

    ORGANIZAO

    CENTRALIZADA

    ORGANIZAO

    DESCENTRALIZADA

    ORGANIZAO

    CENTRALIZADA

    ORGANIZAO

    DESCENTRALIZADA

    Uniformidade de

    procedimento

    Gerentes autnomos e

    responsveis por suas

    decises

    Dependncia da

    hierarquia para

    tomar decises

    Perda de uniformidade

    Facilidade de controle Facilidade de avaliar

    gerentes

    Uniformidade

    impede competio

    Tendncia ao desperdcio

    e duplicao

    Rapidez na

    comunicao vertical

    Competio positiva

    entre unidades

    Dependncia da

    hierarquia para

    avaliar gerentes

    Comunicao dispersa

    Acesso rpido

    informao

    Criatividade na busca de

    solues

    Desestmulo

    criatividade

    Dificuldade de localizar

    responsveis

    Reduzida duplicao

    de esforos

    Agilidade na tomada de

    decises

    Ineficincia no uso

    dos recursos

    Dificuldade de controle e

    avaliao

    Fonte: Maximiano (2009)

    f) Formalizao

    Segundo Robbins (2010), a formalizao o ponto em que se verifica o grau de

    padronizao das atividades realizadas na empresa. Quando se define uma atividade muito

    formalizada, significa que o responsvel por ela no tem muita autonomia, pois a atividade j

    est em andamento, devido padronizao da mesmo, de maneira automtica.

    Empresas com alto grau de formalizao tem seus processos bem detalhados, suas

    regras bem expostas e descries de tarefas. Assim, quanto maior o grau de formalizao,

    menor a interferncia do funcionrio nas formas de trabalhos.

  • 26

    J em empresas com baixo grau de formalizao, as atividades no so bem

    programadas, fazendo com que os funcionrios tomem algumas decises para a realizao de

    tarefas.

    2.1.2 Desenho estrutural das organizaes

    Aps conhecer os elementos bsicos das estruturas organizacionais, necessrio

    identificar seus modelos, para definir o melhor desenho estrutural que adeque as estratgias e

    ao ambiente da organizao. Sero apresentados nesse tpico, alguns modelos de estrutura

    organizacional.

    a) Estrutura Linear

    De acordo com Chiavenato (2009) essa a estrutura mais antiga e simples, ela assim

    chamada devido as suas linhas de comunicao serem diretas e nicas, alm de seguir os

    princpios da hierarquia e escalar, dessa forma, sua configurao se assemelha a uma

    pirmide, tendo no topo, a concentrao do poder para tomadas de deciso (figura 9).

    Uma organizao que adota a estrutura simples normalmente tem apenas

    dois ou trs nveis verticais, um grupo pouco organizado de funcionrios e

    um administrador que concentra a autoridade. mais comum em pequenos

    negcios, mas tambm pode ocorrer em empresas maiores em momentos de

    crise. (MENEGON, 2012, p. 95)

  • 27

    Figura 9 - Exemplo de Estrutura Linear

    Fonte: Chiavenato (2009)

    Chiavenato (2010) apresenta algumas vantagens e desvantagens proporcionadas pela

    estrutura linear, descritas no quadro 3.

    Quadro 3 - Vantagens e desvantagens da Estrutura Linear

    VANTAGENS DESVANTAGENS

    Definio clara da autoridade e

    responsabilidade em cada posio.

    Apresentao muito superficial em funo

    de sua simplicidade.

    Estrutura simples e de fcil

    compreenso.

    A autoridade linear baseada

    exclusivamente no comando pode torna-se

    autocrtica, pois reforma a chefia e o

    comando.

    Como as linhas de comunicao so

    estritamente formais, medida que a

    organizao cresce, a estrutura linear

    ocasiona congestionamento das

    comunicaes, principalmente no topo da

    organizao, face centralizao das

    decises e da autoridade.

    Fonte: Chiavenato (2010)

  • 28

    b) Estrutura Funcional

    Conforme Sobral e Peci (2008), a estrutura funcional mais intuitiva ao se falar em

    estrutura organizacional, uma vez que ela se refere juno de tarefas similares, devido a

    habilidades, recursos e conhecimentos necessrios para a execuo de cada funo.

    Jones (2010) exemplifica que o objetivo principal de uma organizao agrupar

    atividades em funes prover produtos de alta qualidade aos seus clientes a preos

    competitivos.

    De acordo com Krajewski (2009), na estrutura funcional pode existir a presena de

    funcionrios que fazem parte de outros departamentos, o que aumenta o uso de recursos da

    unidade, uma vez que membros da equipe que no estejam trabalhando no projeto podem ser

    requisitados para outros projetos do mesmo departamento ou de outros (figura 10).

    Figura 10 - Exemplo de Estrutura Funcional

    Fonte: Chiavenato (2009)

    Menegon (2012, p. 95) caracteriza o modelo funcional por tarefas rotineiras e

    especializadas, com regras e regulamentos muito formalizados, tarefas agrupadas em

    departamentos, autoridade centralizada, baixa amplitude de controle e processos de deciso

    seguindo a cadeia de comando.

    Sobral e Peci (2008) listam as principais vantagens e desvantagens da estrutura

    funcional, apresentados no quadro 4.

  • 29

    Quadro 4 - Vantagens e desvantagens da estrutura funcional

    VANTAGENS DESVANTAGENS

    Permite economias de escala e torna

    mais eficiente o uso de recursos.

    Estimula uma viso limitada dos objetivos

    organizacionais, muito focalizada nos

    objetivos de cada rea funcional.

    Facilita da direo unificada e o

    controle da organizao aos

    administradores de topo.

    Diminui a velocidade de resposta s

    mudanas externas em virtude da

    centralizao da tomada de deciso.

    Facilita a comunicao e a

    coordenao dentro das reas

    funcionais.

    Dificulta a apurao com preciso dos

    responsveis por um problema ou situao.

    Fonte: Sobral e Peci (2008)

    c) Estrutura Matricial

    Segundo Chiavenato (2010), a estrutura matricial surgiu a partir do crescimento das

    necessidades de mudanas e inovao. Ela a juno da departamentalizao por funes

    com a departamentalizao por produto em uma mesma matriz. Esse tipo de estrutura possui

    como caracterstica a possibilidade do departamento funcional tratar dos recursos (como

    financeiros, marketing) simultaneamente com o departamento por produto agir nos produtos

    (figura 11).

    Os membros das equipes se subordinam a dois chefes: o gerente de projeto e

    o gerente de departamento. O gerente de projeto tem controle sobre as

    atividades que o membro da equipe exerce; o gerente de departamento tem

    controle sobre as avaliaes de desempenho e os salrios. (KRAJEWSKI,

    2009, p. 62)

  • 30

    Figura 11 - Exemplo de Estrutura Matricial

    Fonte: Chiavenato (2010)

    Sobral e Peci (2008) elencam alguns pontos positivos e negativos ocasionados pela

    estrutura matricial, esses pontos podem ser visto no quadro 5.

    Quadro 5 - Vantagens e desvantagens da estrutura matricial

    VANTAGENS DESVANTAGENS

    Potencializa as vantagens decorrentes

    da departamentalizao funcional e por

    produto.

    Perda excessiva de tempo em reunies para

    discutir problemas e solucionar conflitos.

    Pode reduzir a multiplicao e a

    disperso de recursos e, com isso,

    melhorar a eficincia.

    Muita dificuldade para apurar responsveis

    por problemas.

    Permite maior flexibilidade e

    adaptabilidade da organizao ao

    ambiente mutvel.

    Dificulta a coordenao em razo da

    autoridade dual, o que pode causar

    frustrao e confuso.

    Fonte: Sobral e Peci (2008)

  • 31

    3 METODOLOGIA

    3.1 CARACTERIZAO DA PESQUISA

    De acordo com Cardoso (2000), o estudo tem a caracterizao de natureza aplicada,

    devido gerao de conhecimentos para uma aplicao prtica solucionando problemas

    especficos.

    Quanto forma de abordagem, entende-se que o estudo uma pesquisa qualitativa,

    pois, de acordo com Roesch (1996), no se preocupa com representatividade numrica

    pesquisa qualitativa bastante apropriada quando sua funo fornecer subsdios para o

    processo de aprendizagem, ou seja, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa

    ou um plano, ou mesmo quando o caso da proposio.

    Com relao ao mtodo da pesquisa, verifica-se que o estudo est inserido no contexto

    de uma pesquisa bibliogrfica.

    Quanto classificao em relao ao objetivo, a pesquisa se enquadra no tipo

    exploratria:

    As pesquisas exploratrias tm como objetivo proporcionar maior

    familiaridade com o problema, com vista a torn-lo mais explcito ou a

    constitui hipteses. Pode se dizer que estas pesquisas tm como objetivo

    principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de instituies. Seu

    planejamento , portanto, bastante flexvel, de modo que possibilite a

    considerao dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado (GIL,

    2002, p. 41).

    Ainda conforme GIL (2002), em geral as pesquisas exploratrias so realizadas por

    meio de reviso de literatura, estudo de caso e entrevista. No caso deste trabalho.

  • 32

    3.2 PROCEDIMENTOS E TCNICAS DO ESTUDO

    Para a elaborao do estudo, foram realizadas 5 etapas, que sero descritas a seguir:

    Etapa 1 A primeira etapa da pesquisa foi formular o problema a ser estudado, uma

    vez que foi identificada uma carncia sobre o assunto na literatura acadmica na regio.

    Etapa 2 Essa etapa consistiu na busca de referncias literrias para fundamentao

    terica.

    Etapa 3 Est relacionada definio do tipo de pesquisa e a metodologia que foi

    seguida.

    Etapa 4 Essa fase refere-se um estudo de caso, no qual foi aplicado um

    questionrio em uma construtora de pequeno porte e tambm foi apresentado um modelo de

    estrutura organizacional elaborada pelo autor, com suas devidas explicaes.

    Etapa 5 A ltima etapa da pesquisa consiste em consideraes finais, nas quais visa

    apresentar os conhecimentos adquiridos durante o trabalho e a verificao dos objetivos

    iniciais propostos.

    A figura 12 demonstra de forma esquemtica as etapas para elaborao do estudo.

    Figura 12 - Esquema das etapas para elaborao do estudo proposto

    Fonte: Autor (2013)

    Etapa 1 Formulao do Problema Abordado

    Etapa 2 Fundamentao Terica

    Etapa 3 Apresentao da Metodologia

    Etapa 4 Estudo de caso e modelo

    Etapa 5 Consideraes Finais

  • 33

    4 ANLISE E DISCUSSO

    4.1 PROCEDIMENTOS BSICOS DE UMA CONSTRUO RESIDENCIAL

    Para se entender um pouco sobre o funcionamento de uma construtora de pequeno

    porte, pode ser verificado um modelo de processos no qual resulta em seu produto final,

    atendendo assim o mercado de trabalho.

    Como procedimentos bsicos de uma construtora, tem-se os procedimentos de

    execuo de obras/edificaes em geral. Nesse modelo de processos, adota-se a construo de

    uma residncia unifamiliar de padro mdio/alto. Apesar de haver variaes de projeto para

    projeto, tem-se um modelo geral montado que serve de representao dos processos para

    diversas obras. A Figura 13 mostra tal representao.

  • 34

    Figura 13 - Procedimentos bsicos de uma obra

    Fonte: Autor (2013)

    Apresentao do Projetos: So apresentados a empresa, os projetos elaborados para a

    execuo da obra, dentre eles, projetos arquitetnicos e projetos complementares

    (hidrossanitrios, eltricos, estruturais e dados);

    Oramentao: Com a apresentao dos projetos, elaborado o oramento da obra e

    seu preo de venda, sendo este apresentado ao cliente que analisa a proposta e aprova

    ou no o oramento;

    Documentao: Aps aprovao, para o incio de toda construo necessrio a

    regularizao da mesma, ento alguns documentos so necessrios para a emisso por

    APRESENTAO DOS PROJETOS

    ORAMENTAO

    APROVAO

    DOCUMENTAO

    ESCRITURA

    ART

    CPIAS PROJETOS

    DOCUMENTOS DO CLIENTE

    INCIO DA OBRA

    SERVIOS PRELIMINARES

    INSTALAES PROVISRIAS

    LIMPEZA E REGULARIZAO DE TERRENO

    LOCAO DA OBRA

    INFRAESTRUTURA

    TRABALHOS EM TERRA

    FUNDAES

    SUPRAESTRUTURA

    CONCRETO ARMADO

    LAJES

    PAINEIS E PAREDES

    ALVENARIAS

    ESQUADRIAS

    FERRAGENS

    VIDROS

    COBERTURA

    TELHADO

    IMPERMEABILIZAO

    REVESTIMENTOS

    INTERNO

    EXTERNO

    FORROS

    PAVIMENTAO

    INSTALAES

    HIDROSSANITRIAS

    ELTRICAS

    PINTURA LIMPEZA GERAL HABITE-SE

  • 35

    parte de rgo competente, geralmente um departamento de arquitetura e urbanismo

    da prefeitura, so documentos como:

    o Escritura: documentao que comprova a propriedade do terreno onde

    ser executado a obra, bem como detalhes do terreno como medidas

    exata do mesmo;

    o ART: Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) da obra, assinada

    pelos responsveis da execuo da mesma, no caso uma empresa de

    construo civil;

    o Cpias dos Projetos: so necessrias cpias dos projetos assinados

    pelo proprietrio e pelo responsvel tcnico para anexo ao rgo e

    liberao do mesmo;

    o Documentos do Cliente: so necessrios documentos do cliente, no

    caso CPF ou CNPJ, junto com comprovante de endereo.

    Incio da Obra: aps a liberao de toda a documentao da obra, pode-se

    iniciar a execuo da mesma;

    Servios Preliminares: so iniciados os servios iniciais da obra como:

    o Instalaes Provisrias: so instalados os abrigos temporrios, como

    tambm entradas tanto de energia e gua para o consumo da obra e

    ainda os equipamentos necessrios para a realizao da mesma;

    o Limpeza e Regularizao do Terreno: feita a limpeza e

    regularizao do terreno, geralmente feito de forma manual, porm,

    podendo ser de forma mecanizada, com utilizao de equipamentos e

    mquinas, como por exemplo uma retroescavadeira;

    o Locao da Obra: montado o gabarito para marcao da obra, no

    caso so utilizados projetos de locao para um melhor entendimento

    do mestre de obras, fazendo com que a obra seja locada em esquadro e

    de acordo com o projeto.

  • 36

    Infraestrutura: so executados os elementos estruturais, geralmente em

    concreto armado, que suportam toda a superestrutura e suas cargas distribudas,

    tanto permanentes como variveis;

    o Trabalhos em Terra: execuo de toda a escavao necessria para a

    base da edificao, consequentemente sua fundao;

    o Fundao: etapa que se executa a base estrutural da edificao, sendo

    de diversos tipos, dependendo da edificao.

    Supraestrutura: execuo de elementos estruturais superiores que suportam

    as cargas dos diversos pavimentos, transmitindo-os para infraestrutura;

    o Concreto Armado: material utilizado para as estruturas suportarem

    cargas, nesse caso, uma estrutura de concreto que em seu interior

    contm ao, tal conjunto gera resistncia para a estrutura. Pilares, Vigas

    e Lajes so exemplos de aplicaes de concreto armado;

    o Lajes: elemento estrutural, com o formato de uma placa com superfcie

    plana que suportam cargas. Como exemplo o piso de um pavimento

    superior.

    Painis e Paredes: etapa em que se faz as divises da edificao, no caso so

    chamados de painis ou paredes que se erguem;

    o Alvenarias: elemento geralmente de vedao e/ou diviso de

    ambientes, formado por tijolos ou blocos unidos entre si, formando

    geralmente paredes;

    o Esquadrias: molduras que formam as portas e janelas de uma

    edificao;

    o Ferragens: so complementos para as esquadrias, servindo de

    travamento das mesmas;

    o Vidros: elementos complementares das edificaes. Geralmente

    utilizados para guarda corpos em varandas, box em banheiros, dentre

    outras aplicaes.

  • 37

    Cobertura: etapa em que se faz o cobrimento da edificao protegendo-a;

    o Telhados: tipo de cobertura geralmente utilizado;

    o Impermeabilizaes: proteo contra a penetrao de fluidos na

    estrutura.

    Revestimentos: etapa em que se executa a proteo de paredes e teto, por meio

    de chapisco, emboo e reboco;

    o Interno: execuo de revestimento no interior da edificao;

    o Externo: execuo de revestimento na parte externa da edificao;

    o Forro: execuo de revestimento na parte superior da edificao, no

    caso no teto.

    Pavimentao: realizao da regularizao de piso e seus acabamentos como

    cermicas, porcelanatos e/ou granitos;

    Instalaes: execuo dos complementos da obra, como parte eltrica,

    hidrossanitria e de lgica;

    o Instalaes Hidrossanitrias: juno de equipamentos que formam o

    sistema hidrulico (rede de gua fria), sistema sanitrio (esgoto),

    sistema de drenagem (guas pluviais), de uma edificao;

    o Instalaes Eltricas: equipamentos que formam a parte eltrica da

    edificao, por meio de tomadas, interruptores, aparelhos e todos os

    demais componentes.

    Pintura: etapa de acabamento da edificao, so executadas as pinturas

    necessrias modificando e dando beleza ao ambiente;

    Limpeza Geral: limpeza geral de restos da construo;

    HABITE-SE: etapa em que se solicita a autorizao de uso da edificao.

    Considerada a etapa final de uma construo.

  • 38

    4.2 ESTUDO DE CASO: CONSTRUTORA DE PEQUENO PORTE

    Para realizar a anlise da construtora de pequeno porte, foi utilizado uma adaptao do

    questionrio de Vivancos (2001), e aplicado juntamente a um dos diretores da empresa. O

    questionrio utilizado se encontra no Apndice A.

    Com as respostas obtidas foi possvel verificar que a empresa estudada, tm apenas 10

    meses de atuao no mercado de trabalho, sediada na cidade de Mossor, no estado do Rio

    Grande do Norte. Atua no setor de obras privadas, sendo obras, residenciais e comerciais. O

    escritrio fsico est localizado prximo ao centro da cidade, que funciona como ponto de

    apoio s obras. dirigida por dois scios administradores, centralizando o poder na empresa e

    possui atualmente 21 funcionrios, dentre eles, mestre de obras, profissionais e ajudantes,

    distribudos em trs obras em andamento, a qual uma delas caracterizada como uma obra

    residencial, e as demais como comerciais. Todos os funcionrios so contratados conforme as

    leis trabalhistas vigentes.

    De acordo com o organograma apresentado pela empresa e ilustrado na figura 14,

    percebe-se uma estrutura funcional, apesar de ser uma empresa de pequeno porte. Observa-se

    a subcontratao de departamentos como contabilidade, marketing, projetos e engenharia, h

    uma concentrao de atividades por parte da diretoria como servios que poderiam ser

    setorizados tais como: recursos humanos, comercial, suprimentos, controle da qualidade.

    Verifica-se tambm que a empresa, por ser de pequeno porte e ser controlada pela diretoria,

    sua comunicao se torna rpida e eficaz, sem rudo para com a mesma.

  • 39

    Figura 14 - Organograma atual da empresa

    Fonte: Autor (2013)

    De acordo com o proprietrio constatado a existncia de estrutura informal nas

    obras, por meio dos profissionais, onde alguns se destacam mais e mostram certa liderana,

    tomando a frente de atividades, conseguindo resultados melhores, consequentemente,

    atingindo metas. A diretoria por sua vez, ao perceber tal iniciativa de certos colaboradores,

    incentivam os mesmos com gratificaes e promoes.

    possvel identificar a centralizao de poder na empresa, uma vez que todas as

    decises so tomada pela alta gerncia (proprietrios), com isso h uma uniformizao de

    procedimentos, rapidez na troca de informaes, solues rpidas nos problemas apresentados

    no dia a dia e facilidade no controle gerencial. Essas vantagens so possveis devido

    presena constante da diretoria nos projetos/obras em andamento.

    Em relao ao recursos humanos da empresa, utiliza-se parte da sua mo de obra

    subcontratada e a outra parte so empregados prprios, estes ltimos so totalizados 21

    funcionrios. Com os colaboradores terceirizados, h uma dificuldade em relao as suas

    qualificaes j que no h garantias de sua permanncia nas obras, por suas atividades serem

    por perodos curtos, no compensa para empresa investir em qualificao para com esses, ao

    contrrio dos colaboradores contratados diretamente para a empresa, pois os investimentos

    realizados para com esses, ser de total retorno para a empresa, j que os ensinamentos sero

    aplicados diretamente na empresa.

  • 40

    Visto que a empresa de pequeno porte, onde o cargo de diretoria ocupado pelos

    scios, sendo assim, no permitida aos seus colaboradores a possibilidade de crescimento

    profissional dentro da empresa.

    Como a empresa nova no mercado, utiliza-se de baixo custo na gerao de seus

    preos, onde a inteno conseguir clientes/obras, sendo assim, mantendo um padro de

    resultado satisfatrio. No de forma explicita, mas empresa procura sempre melhorias em sua

    forma de gerenciamento e execuo de obras, alm de fazer parcerias no mercado, tanto com

    outros construtores, como com fornecedores.

    Como foi dito anteriormente, a empresa possui atividades terceirizadas, por no

    possuir em sua estrutura colaboradores para determinadas aes. De acordo com o quadro 6,

    possvel identificar quais so as atividades internalizadas e terceirizadas.

    Quadro 6 - Quadro com as atividades internalizadas e terceirizadas

    INTERNALIZADA TERCEIRIZADA

    AT

    IVID

    AD

    ES

    Oramentao Elaborao de Projetos

    Planejamento Operacional Servios Jurdicos

    Coordenao de Projetos Contabilidade

    Seleo de Mo-de-Obra Marketing

    Pagamento de funcionrios Refeies em Obra

    Retirada de entulhos Segurana

    Transporte de Operrios

    Limpeza de Escritrio Fonte: Autor (2013)

    4.3 MODELO DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

    Baseado nos estudos realizados foi elaborado um modelo de estrutura organizacional,

    visando um aprimoramento para as construtoras cuja no h uma estrutura organizacional

    bem definida. apresentado um organograma funcional do modelo na Figura 15.

  • 41

    Figura 15 - Modelo de Organograma

    Fonte: Autor (2013)

    Diretoria: departamento responsvel pelo gerenciamento geral da empresa,

    efetuando um monitoramento dos demais departamentos, no mais alto poder

    hierrquico;

    Engenharia: departamento de ordem tcnica, responsvel pelo controle de

    oramentos, do planejamento e acompanhamento das obras, elaborao de

    projetos complementares, alm de toda e qualquer atividade tcnica

    relacionadas aos projetos executivos da empresa;

    o Obras: o conjunto de produtos oferecidos pela empresa, seu produto

    de mercado.

    Mestre de Obra: responsvel por gerenciar e acompanhar a

    execuo de servios, realizados pelas equipes de obra, fazendo

    com que a obra tenha um andamento contnuo e mantendo o

    cronograma da obra.

    Profissionais: responsveis pela execuo de servios

    da obra;

    DIRETORIA

    ENGENHARIA

    OBRAS

    MESTRE DE OBRA

    PROFISSIONAIS

    AJUDANTES

    SUPRIMENTOS GESTO DA QUALIDADE

    COMERCIAL

    VENDAS

    PS-VENDA

    CONTABILIDADE

    FISCAL

    FINANCEIRO

    RECURSOS HUMANOS

    MARKETING

  • 42

    Ajudantes: colaboradores responsveis pela

    contribuio em servios afim de abrir frentes de

    trabalho para os profissionais.

    Suprimentos: departamento responsvel pelo gerenciamento dos fluxos de

    compras, estocagem, distribuio de materiais e controle de contratao de

    subempreiteiros e prestadores de servios;

    Gesto da Qualidade: departamento responsvel pelo sistemas de gesto da

    empresa, de forma a colaborar com o processo produtivo do mesmo.

    Responsvel tambm pela criao de polticas e princpios, identificao de

    processos, construo dos objetivos a serem alcanados em determinado

    tempo, elaborao de indicadores e metas;

    Comercial: departamento responsvel pela comercializao dos produtos da

    empresa, no caso edificaes construdas, mantendo um controle total dos

    clientes e os estoques de unidades;

    o Vendas: parte do departamento responsvel pela comercializao de

    produtos;

    o Ps-Vendas: parte do departamento responsvel pelos clientes

    conquistados, prestando toda colaborao ao mesmo.

    Contabilidade: departamento responsvel por elaborar as demonstraes

    contbeis da empresa;

    o Fiscal: responsvel pelo gerenciamento da parte fiscal da empresa,

    prestando contas com o Governo;

    o Financeiro: responsvel pelo gerenciamento das atividades financeiras

    da empresa;

    o Recursos Humanos: responsvel pela administrao do pessoal com

    controle sobre os contratos de trabalho, como tambm as folhas de

    pagamentos dos trabalhadores, controle de competncias, treinamentos

    e cursos realizados pelos trabalhadores e controle da segurana e sade

    dos trabalhadores;

  • 43

    Marketing: departamento responsvel pela elaborao de estratgias que

    oferea o produto e atinja de maneira positiva o cliente, dessa forma atraindo e

    mantendo os clientes.

    Como se trata de um modelo, pode-se comentar sobre os elementos da estrutura

    organizacional do mesmo. Nesse caso, adota-se o elemento de diviso de trabalho em que se

    faz divises de tarefas, por meio de padronizao, chamamos tambm esse elemento de

    especializao do trabalho, pois atividades so aprendidas e realizadas de forma mais rpidas.

    No elemento de Departamentalizao, adotamos o modelo funcional, pois os setores

    so divididos por funes, valorizando a eficincia de cada departamento.

    No organograma apresentado na figura 15, percebe-se visualmente o elemento da

    cadeia de comando, que sua distribuio por hierarquia. Percebe-se que o nvel mais alto de

    hierarquia do modelo a diretoria, passando assim para os demais nveis.

    Com relao a amplitude de controle, verifica-se que a estrutura apresenta uma

    estrutura aguda, pois possui amplitude pequena, com vrios gestores e pequenos nmeros de

    subordinados.

    Pode-se utilizar tambm um modelo misto tanto com centralizao como

    descentralizao, mantendo um equilbrio e um resultado em produtos melhores.

    Como se trata de uma empresa do ramo de construo civil, o grau de formalizao

    baixo, pois no existe tanta padronizao, porm os gestores da qualidade esto melhorando o

    setor, para com isso, aplicar processos no qual aumente a taxa de formalizao.

    Com isso elaborou-se um modelo de estrutura organizacional de uma empresa do ramo

    da construo civil, definindo os elementos da estrutura organizacional.

    Um detalhe importante que a estrutura de uma empresa do ramo de construo civil,

    depende necessariamente do porte do negcio. Empresas de grande porte e grandes projetos,

    tem sua estrutura e equipe muito maior do que uma pequena empresa.

  • 44

    5 CONSIDERAES FINAIS

    Acredita-se que os objetivos propostos por este trabalho, apresentados em seu capitulo

    inicial tenham sido satisfatoriamente alcanados.

    Verificando os elementos das estruturas organizacionais, possvel se basear

    fundamentalmente para elaborar uma estrutura organizacional de uma empresa de construo

    civil, a fim de obter resultados positivos com relao s construes em geral e se ter um

    controle melhor com relao aos custos, qualidade e tempo.

    Com o estudo de caso, verificou-se a importncia de se ter bem definido a estrutura

    organizacional da empresa, de forma a melhorar todo o funcionamento do processo, obtendo

    melhores resultados em todas as etapas, dividindo tarefas, melhorando a comunicao e sem

    sobrecarregar nenhum setor ou departamento.

    Percebe-se uma estrutura organizacional bem elaborada e esquematizada

    fundamental para uma empresa de construo civil, inclusive as de pequeno porte, pois se

    determinado funes por departamentos assim dividindo tarefas, porm antes de tudo,

    verifica-se a necessidade de conhecer todos os processos da empresa para se ter uma ideia

    formal de seus produtos/obras e ver as necessidades em cada setor e aps isso, iniciar a

    aplicao e montagem de uma estrutura organizacional.

  • 45

    REFERNCIAS

    ALVES, M. R. Atividade da construo civil cai em janeiro, aponta CNI. 2013.

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    FORTES, W. G. Pequenas e mdias empresas: estrutura e funcionamento. [s.d]

    Disponvel em: Acesso

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    set. 2013.

    JONES, G. R. Teoria das organizaes. So Paulo: Person Education do Brasil, 2010.

  • 46

    KRAJEWSKI, L. J. Administrao de produo e operaes. So Paulo: Person Prentice

    Hall, 2009.

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    MENEGON, L. F. Comportamento organizacional. So Paulo: Person Education do Brasil,

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    SOBRAL, F.; PECI, A. Administrao: teoria e prtica no contexto brasileiro. So Paulo:

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    VIVANCOS, A. G. Estruturas organizacionais de empresas construtoras de edifcios em

    processo de implementao de sistemas de gesto da qualidade. 2001. Dissertao

    (Mestrado em Engenharia). Escola Politcnica da Universidade de So Paulo, So Paulo.

  • 47

    APNDICE A

    CARACTERIZAO DA EMPRESA

    Nome da empresa: ________________

    Endereo da empresa: ______________

    Contato: _________________________

    Telefone: ________________________

    1. CARACTERIZAO DA EMPRESA

    Breve apresentao da empresa:

    Histria:

    Proprietrios:

    reas de atuao:

    Regies em que atua:

    Nmero atual de obras e caracterizao destas:

    Nmero de empregados no setor administrativo e no setor produtivo (prprios e

    subempreitados):

    Forma de contratao utilizadas:

    Empresas de consultoria que esto desenvolvendo trabalhos atualmente:

    ENTREVISTA COM REPRESENTANTE DA ALTA ADIMINISTRAO

    Contato: _________________________

    Cargo: __________________________

    Data de Entrevista: ________________

    Tempo na empresa: ________________

    1. ESTRUTURA FORMAL:

    Existe um organograma da empresa?

    A estrutura formal exatamente aquela retratada pelo organograma?

    Existem aspectos importantes do funcionamento da empresa que no so retratados

    pelo organograma?

    Como se d o relacionamento entre os diversos setores?

    2. ESTRUTURA INFORMAL:

    A direo tem conhecimento de estrutura informal que se desenvolve na empresa

    (lideranas informais, pessoas que tm grande afinidade para trabalharem juntas,

    antipatias)? Cite exemplos.

    Esse conhecimento aproveitado em favor do desenvolvimento dos trabalhos da

    empresa?

    3. CENTRALIZAO/DESCENTRALIZAO:

    A empresa pode ser caracterizada como centralizada ou descentralizada?

    At que nvel hierrquico h participao nas decises estratgicas da empresa?

    At que nvel de decises h a participao da Alta Direo?

    O dono/diretor costuma ir as obras e informar-se dos problemas in loco? Mesmo do escritrio, qual a sua participao nas decises envolvendo a produo?

  • 48

    4. RECURSOS HUMANOS:

    A empresa costuma formar seus recursos humanos internamente ou procurar no

    mercado profissionais adequados a um perfil desejado? H um planejamento de

    carreiras dentro da empresa?

    5. ESTRATGIAS COMPETITIVAS:

    A empresa acredita que adota uma estratgia competitiva de custos ou de

    diferenciao?

    A empresa desenvolve, explicitamente, alguma ao estratgica?

    Quais as principais aes e investimentos estratgicos adotadas pela empresa para se

    manter competitiva?

    Contratao de Consultorias Investimento em Projetos Melhora do Planejamento de Obras Investimento em Logstica do Canteiro Apurao de ndices de Consumo e Produtividade Gesto da Qualidade / Certificao Introduo a Tecnologias Construtivas Racionalizadas Informatizao da empresa Marketing Busca de parcerias Outros:_______________________________________________________

    6. RELAO COM O MERCADO (A empresa realiza ela mesma ou terceiriza as seguintes atividades):

    Atividades Internaliza Terceiriza Por que? H

    parcerias?

    Oramentao

    Planejamento

    Operacional

    Elaborao de projetos

    Coordenao de

    projetos

    Servios jurdicos

    Contabilidade

    Marketing

    Seleo de mo-de-obra

    Pagamento de

    funcionrios

    Refeies em obra

    Segurana

    Transporte de operrios

    Limpeza do escritrio

    Retirada de entulho