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ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR DA CONTRATAÇÃO (ETP)

Documento nº 02500.021433/2020-45

DEMANDA

Contratação de serviços técnicos especializados em desenvolvimento,

evolução e sustentação de sistemas de informação, desenvolvimento web, na

modalidade fábrica de software, baseada em práticas e princípios ágeis,

dimensionadas em Ponto de Função.

DATA 05 de maio de 2020

INTRODUÇÃO

Em conformidade com o Art.12 da IN SGD/ME nº 1/2019, cabe à Equipe de Planejamento da

Contratação a elaboração do Estudo Técnico Preliminar da Contratação.

1. Introdução

Este documento visa consolidar as informações sobre o Estudo Técnico Preliminar da Contratação (ETPC) dentro da fase de Planejamento da Contratação, atendendo às disposições contidas na Instrução normativa nº 4, de 11 de setembro de 2014, a qual dispõe sobre o processo de contratação de serviços de Tecnologia da Informação pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

2. Descrição da Demanda

O objeto desta licitação é a contratação de serviços técnicos especializados em desenvolvimento, evolução e sustentação de sistemas de informação, desenvolvimento web, na modalidade fábrica de software, baseada em práticas e princípios ágeis, dimensionadas em Ponto de Função.

Para fins de padronização, o objeto foi divido em 03 (três) itens, a saber:

O item 1, desenvolvimento e manutenção evolutiva de software , compreende a execução das seguintes atividades:

Elaboração de Produto: Contempla os serviços necessários ao entendimento do Produto e ao planejamento de sua construção.

Desenvolvimento de novos sistemas de informação (software): são serviços que passam por um processo completo de engenharia de desenvolvimento até que o produto final, um novo software, seja produzido. Consiste em planejar, levantar, analisar, modelar, projetar, implementar, codificar, documentar, testar, publicar, implantar e elaborar documentação técnica.

A autenticidade deste documento 02500.021433/2020 pode ser verificada no site http://verificacao.ana.gov.br/ informando o código verificador: 9C288E7E.

RGOS;CLAUDIO PEREIRA;SERGIO AUGUSTO BARBOSA

Documento assinado digitalmente por: JOSE CARLOS TAVARES DOS ANJOS FILHO;MAURICIO SILVA;LUCIANO ANTONIO GONZAGA VILLARINO;BRENO DIOGO DE CARVALHO CAMA

http://verificacao.ana.gov.br/?p=9C288E7E

STI_PCTID4. Estudo Técnico Preliminar da Contratação - ETP 2 de 18

Manutenção evolutiva (software): são serviços de desenvolvimento cujo objetivo é realizar mudanças em requisitos funcionais da solução de software (ou app) já concluída, que implicam comumente na inclusão e/ou alterações significativas de suas funcionalidades.

O item 2, desenvolvimento e manutenção de portais web , compreende a execução das seguintes atividades:

Elaboração de Produto: Contempla os serviços necessários ao entendimento do Produto e ao planejamento de sua construção.

Desenvolvimento específico em páginas estáticas de portais, intranets ou websites (portais web): são serviços que passam por um processo completo de engenharia de desenvolvimento até que o produto final seja produzido. Consiste em planejar, levantar, analisar, modelar, projetar, implementar, testar, publicar e elaborar documentação técnica.

Manutenção evolutiva (portais web): são serviços de desenvolvimento, cujo objetivo é realizar mudanças em requisitos funcionais da solução tecnológica já concluída, que implicam comumente na inclusão e/ou alterações significativas de suas funcionalidades.

O item 3, sustentação de software , compreende a execução das seguintes atividades:

Manutenção corretiva: Correção de defeitos identificados nas soluções de software em produção, abrangendo comportamentos inadequados que causem problemas de uso ou funcionamento e quaisquer desvios em relação aos requisitos da aplicação.

Principais atividades

A lista não exaustiva abaixo apresenta as principais atividades que deverão ser desempenhadas na execução do objeto como um todo:

Construir a visão do produto, onde são descritos, entre outros, o problema, as necessidades, expectativas, objetivos específicos de negócio, macro funcionalidades e proposta de solução;

Definir o planejamento de entregas ou plano cronológico de liberação dos releases do Produto (roadmap);

Construir e disponibilizar o backlog do produto;

Definir arquitetura do sistema/produto adequada ao projeto, incluindo, quando aplicável, a definição da identidade visual dos produtos de software;

Definir o plano do release com a meta a ser alcançada em função dos objetivos de negócio e características-chaves do produto;

Apoiar as atividades de priorização de backlog;

Realizar o planejamento das iterações (sprints);






Convocar e preparar reuniões para elucidar e refinar, junto ao dono do produto, os requisitos e funcionalidades da iteração;

Apoiar ou realizar a escrita e o detalhamento das histórias de usuário;

Codificar o software;

Criar, manter e administrar os componentes de software, incluindo programas de suporte, bibliotecas de código comum, patterns de projeto e outros softwares para auxiliar no desenvolvimento e unir diferentes componentes de um projeto de software;

Executar refatoração de código-fonte de software;

Elaborar modelos de dados conceitual, lógico e físico;

Criar, manter, atualizar e documentar WebServices (SOAP e REST) e seus respectivos métodos;

Realizar o controle do código-fonte de programas e das bibliotecas de programa-fonte no ambiente de desenvolvimento, homologação, teste e produção;

Criar scripts de alteração de dados (updates, deletes e inserts), carga e migração de dados necessários ao desenvolvimento, manutenção e sustentação dos sistemas e repassar às equipes de Administração de dados e de bancos de dados para validação e execução;

Elaborar e construir relatórios, em ambiente transacional, utilizando as ferramentas de relatórios utilizadas no ambiente da ANA;

Controlar versões de código-fonte de software e geração de builds;

Realizar a Publicação (deploy) dos produtos de software no ambiente, de acordo com o estágio em que se encontra (homologação, testes, produção);

Criar e executar testes de software (ex: teste de unidade, integração, sistema/funcional, aceitação/estória, carga, desempenho, vulnerabilidade, usabilidade, acessibilidade);

Auxiliar os gestores dos sistemas e usuário na validação, homologação, e aceitação do produto;

Realizar a reunião de retrospectiva avaliando os pontos fortes e fracos durante a execução da iteração;

Realizar o planejamento, documentação e execução das atividades necessárias para apoio à implantação de uma solução de software em ambiente de produção, incluindo a execução de ajustes em modelos, migração e carga de dados;

Prestar todo o suporte necessário à equipe de infraestrutura para a publicação dos artefatos que compõem o sistema nos ambientes próprios e para a administração dos servidores de aplicação;

Implantar ou apoiar a implantação dos produtos de software;






Realizar o planejamento, preparação do material e repasse de todo o conhecimento do sistema ou release desenvolvido para as equipes de suporte, sustentação, gestores de negócio e usuários;

Prestar todo o suporte necessário às equipes de Suporte N1 e N2 referente à transição para produção de novas versões de produtos;

Realizar acompanhamento de Projeto. Acompanhar cronograma e riscos (desvios e impedimentos), atualizar artefatos de projeto e comunicar informações importantes sobre o andamento do projeto;

Atualizar o backlog do produto, do release, e da iteração;

Atualizar Gráfico Burndown, Kanban ou qualquer outra ferramenta de acompanhamento de Projeto;

Participar, quando solicitado, de reunião com as partes interessadas dos projetos a fim de prover soluções para projetos/atividades em andamento. Sempre que solicitado pela ANA, Coordenação e participação ativa nas reuniões e demais práticas inerentes ao desenvolvimento ágil;

Atuar nos sistemas de gestão de incidentes e problemas sempre que necessário para atualizar os tickets de manutenção de sistemas de acordo com os processos da ANA;

Realizar a medição dos serviços (funcionalidades, serviços técnicos) através da Contagem de Pontos de Função seguindo as regras de contagem do Guia de Contagem de Pontos de Função da ANA.

Elaborar, manter e atualizar a documentação técnica dos sistemas de informação;

Elaborar as Atas de reuniões do Projeto nas ocasiões em que fizerem parte dos artefatos ou quando solicitadas pela ANA;

Realizar a Transferência de conhecimento acerca do projeto para a equipe da ANA.

Volumes

A ANA possui um contrato de fábrica de software, em execução, assinado em 2017, e onde todas as demandas são geridas por meio de ferramenta de controle de demandas (redmine) de onde, baseado nas demandas abertas e executadas em 2018 e 2019 1, serão extraídos indicadores que balizarão o presente ETPC. Anexo ao ETPC se encontra a planilha com estas informações sobre as demandas e que foram estudadas aqui.

Os volumes estimados de execução abaixo, relativos a cada item, são baseados nas informações históricas das demandas do contrato vigente de fábrica de software, acrescidos

1 Tendo em vista que o primeiro ano de contrato (2017) , por conta da adequação ao modelo de contrato e gestão, e ambientação da equipe da CONTRATADA, apresentou inconstância e variabilidade nos indicadores, o mesmo foi excluído dos estudos.






de um previsão de crescimento de volume de 50% (cinquenta porcento) sobre os totais (tendo por justificativa sobretudo a proposta de projeto de lei em tramitação que atualiza o marco legal do saneamento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas competência para editar normas de referência sobre o serviço de saneamento, e diversas outras alterações na estrutura e funcionamento desta casa, e que ocasionará um aumento nas demandas de TI), ressaltando que estes volumes estimados serão contratados sob demanda, sem garantia de consumo mínimo ao longo dos meses, sendo responsabilidade exclusiva da CONTRATADA se estruturar adequada e tempestivamente com vistas à execução dos serviços solicitados pela ANA.

Detalhando os volumes estimados para a presente licitação:

Item 1: Considerando as tecnologias atuais JAVA, DELPHI, .NET CORE, .NET, ANGULAR e ORACLE APEX, obteve-se no presente estudo uma média de 3.092 PF/ano. Como volume para o item em questão, considerando 3.092 PF acrescidos de 50% de crescimento, obtêm-se um volume anual estimado de 4.638 PF (quatro mil seiscentos e trinta e oito pontos de função).

Item 2: Considerando as tecnologias atuais PLONE (portais) e JS (JAVASCRIPT)+ HTML, obteve-se no presente estudo uma média de 356 PF/ano. Como volume para o item em questão, considerando 356 PF acrescidos de 50% de crescimento, obtêm-se um volume anual estimado de 535 PF (quinhentos e trinta e cinco pontos de função).

Item 3: Considerando os chamados abertos em 2018 e 2019, obteve-se no presente estudo, em atividades de sustentação, uma média de 1.057 PF/ano. Como volume para o item em questão, considerando1.057 PF acrescidos de 50% de crescimento, obtêm-se um volume anual estimado de 1.585 PF (hum mil quinhentos e oitenta e cinco pontos de função).

Consolidando os valores acima obtidos:

Item Serviço CATSER Unidade Volume Anualestimado PF

1 Desenvolvimento e Manutenção evolutiva de Software

25917 Ponto de Função (PF) 4.638

2 Desenvolvimento e Manutenção de Portais Web

25917 Ponto de Função (PF) 535

3 Sustentação de Software 25992 Ponto de Função (PF) 1.585

Total 6.758

Tecnologias

Baseado nas demandas abertas e executadas em 2018 e 2019 (planilhas anexas), do acervo tecnológico da ANA, considerando apenas os sistemas que estão em desenvolvimento, evolução ou sendo manutenidos, e considerando o volume de pontos de função total executado neste período ( ≅ 6.890 PF, excluídas demandas de sustentação) , hoje estima-se as seguintes proporções de execução dentre as tecnologias adotadas por esta casa:






Tecnologia Percentual do acervo

.NET CORE 0,17 %

DELPHI 0,17 %

ANGULAR 2,41 %

JS + HTML 3,37 %

ORACLE APEX 3,81 %

PORTAL PLONE 6,98 %

.NET 17,52 %

JAVA 65,58 %

Ressalta-se que a ANA poderá solicitar serviços em qualquer tecnologia , considerando a necessidade do projeto e da área de negócio envolvida.

Deflatores por tecnologias

Sabendo que existe diferença entre o desempenho na codificação e entregas considerando tecnologias diferentes, que envolvem dentre outras coisas, capacidade de reaproveitamento de componentes, expertise da equipe técnica do projeto, ferramentas e métodos, complexidade das soluções tecnológicas e outros aspectos, é factível admitir que, diferenciar os valores pagos considerando as tecnologias adotadas nivela o preço a ser pago ao fornecedor em proporção direta ao esforço envolvido na execução da solução, e leva à busca da melhoria da qualidade e celeridade por parte das CONTRATADAS, sendo que esta linha de ação é instada hoje pelos órgãos de controle.

Hoje cerca de 65,58 % dos sistemas da ANA - em desenvolvimento, evolução ou sendo manutenidos - são baseadas em tecnologia JAVA, posto isto - baseado nas demandas abertas e executadas em 2018 e 2019 - os seus indicadores serão adotados neste estudo como sendo o benchmark e teto para fins de cálculo dos deflatores das demais tecnologias, a saber:

Tecnologia pf dias pf/dia Diferença comparando ao JAVA Deflator

JAVA 4523,68 3678 1,23 0 0,00% 0,00%

DELPHI 12,00 60 0,20 -1,03 -83,74% 0,00%

.NET CORE 11,60 24 0,48 -0,75 -60,70% 0,00%

.NET 1208,40 1807 0,67 -0,56 -45,63% 0,00%

ANGULAR 166,00 194 0,86 -0,37 -30,43% 0,00%

PORTAL PLONE 481,54 531 0,91 -0,32 -26,27% 0,00%

JS + HTML 232,20 175 1,33 0,10 7,88% -7,88%

ORACLE APEX 262,90 181 1,45 0,22 18,10% -18,10%

Ponto de função sustentado (item 3)

A Agência possui para o contrato vigente de fábrica de software, um sistema de controle de demandas, posto isto, baseado nas demandas abertas e executadas em 2018 e 2019 (conforme planilha de demandas de sustentação anexa), contabilizando 1735 chamados e 2114 PF executados neste período, se observa com esta série histórica um valor médio de 1,22






PF por chamado executado , o que corrobora a produtividade de 1,23 PF/dia encontrada em desenvolvimentos utilizando a tecnologia JAVA (maioria dos sistemas em uso na casa).

Com isto, baseado nos valores estudados, adotar-se-á para fins de mensuração do valor pago por chamado na presente contratação um valor de 1,22 PF (hum virgula vinte e dois pontos de função) com período máximo de atendimento de 08horas (equivalente a 01 dia de trabalho).

Impossibilidade de participação de consórcios e cooperativas

Com relação à participação de consórcios, entende-se que os serviços a serem contratados não exigem empresas de diferentes segmentos/capacidades reunidas para atuarem na execução dos serviços. Os sistemas produzidos como consequência dos serviços a serem contratados são resultado de equipes, técnicas e procedimentos complementares e integrados, não havendo benefício ou necessidade de segmentação ou divisão empresarial para a realização dos serviços objeto dessa contratação.

Outro aspecto relevante é que no caso de desenvolvimento de sistemas, a gestão do conhecimento é de extrema importância, uma vez que diferentemente de obras físicas como uma estrada ou um edifício, sistemas são entes abstratos que mesmo quando adequadamente documentados exigem certo nível de complexidade para absorção por terceiros. A divisão por consórcio inevitavelmente separaria fases, processos, artefatos, documentos e demais produtos e subprodutos dos serviços entre diferentes empresas, o que gera um fator adicional de risco à manutenção do conhecimento e capacidade de sustentação do parque de sistemas

Existem diversas empresas no mercado com plenas condições de reunir todos os componentes necessários à realização dos serviços. O segmento de Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas tem uma miríade de empresas de grande porte atuando, com expertise técnico, desempenho e qualidade na execução dos serviços de forma a serem capazes de atender de forma plena aos requisitos desta contratação. Diversos órgãos da Administração Pública Federal com porte, necessidades, complexidade e processos de trabalho semelhantes são atendidos por várias empresas distintas, tal qual pode ser verificado pelas dezenas de contratos firmados disponíveis no Painel de Preços.

A respeito do tema, a jurisprudência do TCU tem diversos pontos de abordagem, tal qual o voto do Ministro Relator no Acórdão280/2010-Plenário:

“b) nem sempre a participação de empresas em consórcio implica incremento de competitividade (associação de pequenas empresas para participação em conjunto), podendo vir a constituir, ao contrário, limitação à concorrência (diminuição do número de empresas de porte interessadas por integrarem um mesmo consórcio).”

O Acórdão 22/2003-TCU/Plenário, por sua vez, traz o seguinte trecho também no voto do Ministro Relator:






“No mesmo sentido é a regra insculpida no art. 33 da Lei nº 8.666/1993, que estipula as normas a serem seguidas pela Administração nas hipóteses em que for permitida a participação de consórcios na licitação. Trata-se de escolha discricionária da Administração, a ser verificada caso a caso. Muitas vezes, a formação de consórcio pode ensejar redução no caráter competitivo, pois facilitaria que empresas, que seriam naturalmente competidoras entre si, acordassem para participar da licitação. “

Cooperativas também não poderão participar deste certame, pois a natureza dos serviços a serem executados apresenta características incompatíveis com a organização do trabalho em forma de cooperativa:

Demandas com mecanismos de gestão e controle continuados visando assegurar a adoção de métodos e padrões que são rotineiramente verificados;

Relação de hierarquia técnica e funcional entre os profissionais;

Níveis diferenciados de responsabilização técnica;

Empresa cujo objeto social não seja pertinente e compatível com o objeto deste ETPC, Termo de Referência e seus anexos.

3. Análise de Mercado

Em conformidade com a instrução normativa nº 5 SLTI/MPOG, de 27 de junho de 2014, a Agência Nacional de Águas realizou a estimativa de preço buscando o serviço - objeto do certame em questão - no painel de preços disponível em http://comprasnet.gov.br , sendo utilizados na pesquisa os seguintes filtros: (a) contratação do tipo “pregão”, (b) métrica do tipo “ponto de função”, e (c) subfiltro para eliminar contratos com quantidades de pontos de função muito distantes da pretendida.

Baseado nessa pesquisa mercadológica, obteve-se um preço médio de ponto de função de R$ 483,24 (quatrocentos e oitenta e três reais e vinte quatro centavos), conforme documento anexo.

Posto isto, o custo anual máximo da referida contratação, considerando os volumes anuais estimados (anteriormente citados), será de R$ 3.265.735,92 (três milhões, duzentos e sessenta e cinco mil, setecentos e trinta e cinco reais e noventa e dois centavos).

4. Análise de Alternativas Existentes

A STI/ANA, com fundamento no Decreto 9.507/2018, tem buscado atribuir a terceiros a execução operacional das atividades de informática, direcionando seus esforços para a gestão, planejamento, supervisão, fiscalização e controle da execução dos processos de negócio.

O objetivo da presente contratação é de prover a Agência com serviços técnicos especializados em desenvolvimento, evolução e sustentação de sistemas de informação, desenvolvimento web, comportando todas as atividades detalhadas no tópico 2 deste documento.






A contratação pretendida substitui a atual fábrica de software, cujo objeto hoje é executado por meio do contrato 007/ANA/2017, posto isto, considerando as diretrizes dadas pelo supracitado decreto, e a inexistência de pessoal técnico especializado nos quadros da Agência, considerando que os preços praticados no mercado para a execução deste tipo de atividade apresentam tendência de queda, as melhorias no processos de gestão de contratos e novas metodologias de desenvolvimento mais eficientes e contemporaneamente vislumbradas, hoje a única alternativa viável para suprir os referidos serviços contínuos, de maneira vantajosa para a Administração, é por meio da referido pregão.

Diante do exposto, justifica-se, a necessidade de contratação de empresa especializada na prestação destes serviços continuados.

5. Análise de Risco

5.1 Riscos do Processo de Contratação

Risco 1 Risco: Termo de referência mal definido

Probabilidade: BAIXA Id Dano/Consequência

1 Obtenção de serviço inadequado.

Id Ação Preventiva Responsável

1 Seguir as normas aplicáveis às contratações de Tecnologia da Informação no âmbito da Administração Pública Federal.

STI

Id Ação de Contingência Responsável

2 Controlar o processo de execução. STI

Risco 2 Risco: Contingenciamento de Recursos Financeiros


1 Suspensão do processo de contratação.

2 Diminuição dos serviços demandados.

3 Não execução das ações previstas no Plano de Ação da STI.







1 Prever o orçamento necessário para o atendimento das necessidades da STI.

STI


2 Controlar o processo de execução. STI

5.2 Riscos da Execução dos Serviços

Risco 1 Risco: Contratação de fornecedor com baixa qualificação técnica.


1

2

Serviços prestados com baixa qualidade

Atrasos na execução das demandas (OS´s).


1 Incluir critérios de qualificação técnica no Planejamento da Contratação que objetivem a contratação de empresas capacitadas.

STI


2Aplicar penalidades e multas.Declarar inexecução contratual, analisar as alternativas para chamar os próximos colocados, discutir valores e providenciar contrato.Providenciar um novo Edital e aguardar novo contrato.Providenciar uma contratação emergencial até que se realize a nova Licitação.

STI

Risco 2 Risco: Baixa efetividade na transferência dos conhecimentos.

Probabilidade: MÉDIA Id Dano/Consequência

1 Perda do conhecimento;Paralisação do serviço.


1 Elaborar cronograma para as ações de transferência de conhecimento, com a previsão de entrega de artefatos;Orientar o gestor do contrato a ser criterioso na aceitação das entregas;Acompanhar os trabalhos do prestador de serviço com rigor;Validar artefatos produzidos na conclusão

STI






das ações de transferência de conhecimento.


1 Não dar o aceite na entrega;Providenciar treinamento.

STI

5.3 Solução Escolhida

Contratação de serviços técnicos especializados em desenvolvimento, evolução e sustentação de sistemas de informação , desenvolvimento web, na modalidade fábrica de software , baseada em práticas e princípios ágeis, dimensionadas em Ponto de Função, conforme abaixo:

Item Serviço CATSER Unidade Volume Anual estimadoPF

1 Desenvolvimento e Manutenção evolutivade Software

25917 Ponto de Função (PF)

4.638

2 Desenvolvimento e Manutenção de Portais Web

25917 Ponto de Função (PF)

535

3 Sustentação de Software 25992 Ponto de Função (PF)

1.585

Total 6.758

5.4 Análise da Solução Escolhida

Aspectos gerais da demandaAvaliação

Sim Não Não se aplica

A necessidade está registrada no PDTI e alinhada aos objetivos estratégicos e as necessidades corporativas da instituição.

X

A explicitação da demanda está objetiva. X

O tipo de demanda está correto. X

A demanda é para atender algum normativo. X

Existe contrato para atender a demanda. X

Existe equipe interna para acompanhar o atendimento da demanda. X

5.5 Justificativas para a Contratação e Benefícios Esperados

O Motivador para elaboração deste Estudo Técnico advém das diversas necessidades contidas no Plano Diretor de Tecnologia da Informação PDTI da ANA, 2016-2019.






No âmbito da Administração Pública Federal, a terceirização de serviços tem sido uma realidade, em razão de limitações orçamentárias, inclusive quanto ao gasto com pessoal estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar no 101/2000).

Ainda, a presente contratação se coaduna com o que preceitua a Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 05/2017 e o Decreto 9.507/2018, que dispõe sobre contratação de serviços sob o regime de execução indireta.

Ademais, presente está o interesse público, observados os princípios da eficiência e os critérios de economicidade. Dentre os serviços de tecnologia de informação que mais frequentemente são objeto de terceirização no âmbito da Administração Pública sobressaem a contratação de empresa para prestação de serviços continuados de apoio técnico ao desenvolvimento e sustentação de sistemas e de processos automatizados.

Estarão a cargo dos profissionais do quadro de servidores da ANA as atividades de planejamento, coordenação, supervisão e controle, devendo acompanhar de forma efetiva o trabalho que a empresa contratada estiver desenvolvendo para garantir a satisfação efetiva das necessidades identificadas.

Acerca da hipótese de não se contratar os serviços aqui descritos, ressalta-se que a interrupção abrupta ou sem tempo hábil para a promoção do descomissionamento dos serviços e garantias prestados pelos contratos com vigência em encerramento e transferência dos serviços para outro contrato responsável pela continuidade da prestação de serviços (transição contratual), podem causar sérios riscos aos serviços públicos ofertados pela ANA.

A continuidade dos serviços prestados é de fundamental importância para a ANA e para a sociedade. Sistemas que armazenam, tratam e disponibilizam informações sobre segurança de barragens, situação e capacidade de reservatórios de recursos hídricos utilizados para abastecimento público na região do semiárido brasileiro, dados de nível e qualidade da água dos rios brasileiros que atendem ao uso da sociedade em geral, sistemas de autorização e renovação de uso de recursos hídricos para garantia de funcionamento de plantas industriais, unidades de tratamento de água para abastecimento público, unidades de tratamento de esgotos, unidades de produção de energia elétrica, enfim, uma grande gama de atividades econômicas e sociais podem ser prejudicadas na interrupção abrupta e repentinas dos serviços prestados pela ANA e seus parceiros à sociedade.

Cabe ressaltar – conforme corroborado pelo documento Comunicação Interna nº 29/2020/SGH da Superintendência de Gestão da Rede Hidrometeorológica – SGH (02500.006979/2020-76) - que além de instabilidade no funcionamento desses sistemas de apoio a tomada de decisão de setores da sociedade e parceiros do próprio governo, nas esferas federal, estadual e municipal, a interrupção na coleta de dados históricos que vem sendo feita sistematicamente pela rede de monitoramento hidrometeorológico nacional (RHN) poderá ter quebra desta linha temporal de dados de mais de um século.

Num momento em que a sociedade brasileira tem visto tantos eventos extremos como enchentes, desastres envolvendo rompimentos de barragens e suspenção consequente do uso da água dos rios atingidos para consumo humano, teletrabalho (por conta da pandemia)






e exclusivo acesso remoto aos sistemas da Agência (das áreas meio e fim), esses aplicativos de suporte à decisões mostrando a extemporaneidade desses eventos. Secas intensas no nordeste brasileiro com a exaustão da capacidade de reservatórios de abastecimento que tem sua capacidade monitorada diariamente pelos sistemas de apoio da RHN permitindo a tomada de ações de contingenciamento considerando os dados históricos e projeções de capacidade. Alguns dos órgãos que utilizam dessas informações situação atual e de momento histórico passado são as unidades de Defesa Civil dos estados e municípios brasileiros, além do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (CEMADEM) evidenciando a importância da manutenção do funcionamento desses sistemas de apoio que criam as salvaguardas necessárias à sociedade aos riscos inerentes desses eventos extremos.

A contratação de empresa para prestação de serviços continuados de serviços técnicos especializados em desenvolvimento, evolução e sustentação de sistemas de informação, desenvolvimento web (comportando todas as atividades detalhadas no tópico 2 deste documento), visa alcançar, em termos de economicidade e de melhor aproveitamento dos recursos humanos, materiais ou financeiros disponíveis, a plena continuidade das ações desta Agência, que hoje dependem do perfeito funcionamento dos mesmo, face a situação vivenciada, para que possa desempenhar com efetividade suas atribuições legais.

5.6 Alinhamento ao Planejamento Estratégico de TI

Conforme a Instrução Normativa Nº 1, de 4 de abril de 2019, Art. 6º, Inciso I, a contratação proposta está em consonância com o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação – PDTIC - 2020-2021, e registrada no item 17.1.8 - Inventário – Contratações - Necessidade de serviço de TI, Id 299 – Sustentação de software: consiste na administração de conteúdo de portais e na manutenção continuada de um software, estendendo-se desde a sua implantação até o momento em que ou substituído ou descontinuado; e Inciso II, a contratação proposta também está prevista no Plano Anual de Compras - PAC 2020, item 43 - Sustentação de software: consiste na administração de conteúdo de portais e na manutenção continuada de um software, estendendo-se desde a sua implantação até o momento em que ou substituído ou descontinuado.

6. Recursos da Agência Envolvidos na Execução do Contrato

6.1 Recursos Estruturais e Lógicos (lista não exaustiva)

Infraestrutura tecnológica

Virtualizador e Sistema Operacional:

Vmware; Oracle VM; Windows Server (2012 e 2016); Red Hat Enterprise Linux (5/6/7); Oracle Linux (4,5,6,7).

Banco de Dados:

Oracle Entreprise Edition (11g e 12c); SQL Server (2017,2012,2008); MySQL (5.1/5.5/5.6);






Postgree (5.1.72-2).

System Engineer:

Oracle Exadata Quarter X3-2.

Middleware:

Oracle Enterprise Management 11; Oracle Application Development Framework, Swing e Faces; IIS; Sharepoint; Apache; Tomcat; Docker; Joomla; Plone.

Automação de Processos:

OTRS; Sharepoint; Lecon; Redmine.

Linguagens:

Java (principal); PHP, ASP, HTML, DOT NET, JavaScript, ANGULAR(TypeScript), Ionic, SQL, PL/SQL

BI e ETL:

QlickView, Power BI, Power Center e Data Quality.

6.2 Recursos Materiais

Espaço físico : Providenciar locais para execução de atividades que requerem a alocação de pessoal nas dependências da ANA.

Mobiliário: Preparar mobiliário para o pessoal que requeira executar atividades na ANA.

Rede: Acesso à internet e intranet a partir das instalações da ANA.

6.3 Recursos Humanos

Fiscal Técnico: Servidor representante da STI, indicado pela autoridade competente dessa área para fiscalizar tecnicamente o contrato.

Fiscal Administrativo: Servidor representante da área administrativa da STI.

Gestor do Contrato: Servidor com atribuições gerenciais, designado para coordenar e comandar o processo de gestão e fiscalização da execução contratual.

Requisitante: Servidor representante da área técnica demandante da solução.

7. Estratégia de Continuidade Contratual

Os recursos humanos necessários à execução das atividades operacionais dos serviços contratados são de inteira responsabilidade da CONTRATADA, bem como a definição do quantitativo e da remuneração da equipe técnica a ser alocada.

A CONTRATADA deverá comprovar junto à Superintendência de Tecnologia da Informação - STI, sempre que solicitado e durante a vigência contratual, que os recursos humanos possuem a qualificação técnica exigida pela ANA na contratação.






O CONTRATANTE se responsabilizará por fornecer à CONTRATADA a infraestrutura física para a alocação da equipe responsável pela execução dos serviços objeto do contrato (observado o disposto no item 6 do ETPC), ficando a CONTRATADA responsável por fornecer os computadores e todos os demais softwares e aplicativos necessários à prestação dos serviços descritos, com todas as licenças vigentes, durante todo o período contratual, sempre em conformidade com a política de segurança definida pela ANA.

Os serviços previstos na contratação serão solicitados por meio de Ordem de Serviço (OS) conforme modelo a ser fornecido pela STI.

Os serviços, produtos, artefatos, fluxos e documentação que serão entregues pela CONTRATADA devem seguir a metodologia definida pela ANA, incluindo suas normas, padrões e modelos.

No caso de haver uma ruptura contratual será necessária uma nova contratação para suprir as necessidades operacionais da área de TI da STI.

7.1 Interrupção Contratual, Transição e Encerramento Contratual

Em caso de rescisão ou não renovação contratual, a CONTRATADA obriga–se a prestar para a ANA ou a terceiro por el a designado, toda a assistência a fim de que os serviços continuem sendo prestados sem interrupção ou efeito adverso, e que haja uma transferência ordenada de conhecimento dos serviços para a ANA ou a seu designado.

É de responsabilidade da CONTRATADA a prestação de serviços de operação assistida, bem como a garantia do repasse bem sucedido de todas as informações necessárias para a continuidade dos serviços pela ANA (ou empresa por ela designada).

As atividades de operação assistida garantem que, durante a execução do contrato, a equipe técnica da ANA seja orientada e disponha de todas as informações necessárias à continuidade do negócio.

A Transição Contratual e sua execução deverá ser viabilizada sem ônus adicional para a ANA.

É de responsabilidade da ANA indicar para a CONTRATADA os recursos humanos que serão receptores dos serviços previstos no repasse de conhecimento.

O fato da CONTRATADA ou dos seus representantes não cooperarem, ou reterem qualquer informação ou dado solicitado pela ANA que venha a prejudicar, de alguma forma, o andamento da transição das tarefas e serviços para um novo prestador, constituirá quebra de CONTRATO, sujeitando-a à s obrigações em relação a todos os danos causados à ANA por esta falha.

A elaboração e a execução da Transição Contratual ocorrerão em paralelo ao atendimento das Ordens de Serviços demandadas pela ANA.






A ANA reserva-se o direito de reduzir ou dispensar a Transição Contratual, desde que o novo provedor contratado venha a comprovar que detém pleno domínio sobre as atividades previstas em contrato.

Caso a CONTRATADA não promova adequadamente a transferência de conhecimento, a ANA poderá ao seu critério aplicar sanção a CONTRATADA no tocante à garantia prevista na Lei nº. 8.666/93, em especial no seu artigo 56°.

8. Estratégia de Independência

Ação Preventiva: A equipe da STI/ANA deverá providenciar transferência de conhecimento da contratada atual/anterior para a nova contratada, com vistas a mitigar o impacto da eventual substituição do fornecedor.

Haverá a necessidade de repasse dos conhecimentos utilizados para o desenvolvimento e manutenção dos produtos em produção na ANA.

A ANA, assim como toda organização, tem a necessidade de definir uma Estratégia de Independência. Neste contexto, com objetivo de adequar–se às políticas públicas do Governo Federal, passou-se a exigir em suas contratações a elaboração de uma Estratégia de Independência fundamentada na Instrução Normativa nº 1, de 2019, do ME.

A CONTRATADA deverá documentar todos os processos e atividades pertinentes durante a execução do contrato com o objetivo de garantir a ANA continuidade do negócio em caso de interrupção do contrato.

8.1 Conhecimento Tecnológico

A continuidade contratual a partir da transferência de conhecimento da CONTRATADA para a ANA tem o objetivo de auxiliar à Agência a internalização do conhecimento técnico e operacional da solução desenvolvida.

Todo conhecimento adquirido ou desenvolvido, bem como toda informação produzida e/ou utilizada para a execução dos projetos ou serviços contratados deverão ser disponibilizados a ANA (ou empresa por ela designada), até a data de finalização do contrato.

A transferência de conhecimento, no uso das soluções desenvolvidas pela CONTRATADA, deverá ser viabilizada, sem ônus adicionais para a ANA.

8.2 Direitos

Todos os produtos gerados pela Contratada no escopo de serviços continuados descritos neste documento serão de propriedade da ANA, assim como os Direitos de Propriedade Intelectual e os Direitos Autorais.






9. Aprovação e Assinatura

Conforme o Art. 11º da IN SGD/ME nº 1/2019, o Estudo Técnico Preliminar deverá ser aprovado e assinado pelos Integrantes Técnicos e Requisitantes e pela autoridade máxima da área de TIC.

(assinado eletronicamente)CLAUDIO PEREIRA

Coordenador da Superintendência de Tecnologia da InformaçãoIntegrante Requisitante

(assinado eletronicamente)LUCIANO ANTÔNIO GONZAGA VILLARINOCoordenador de Sistemas Institucionais

(assinado eletronicamente)MAURICIO SILVA

Coordenador de Sistemas FinalísticosIntegrante Técnico

(assinado eletronicamente)BRENO DIOGO DE CARVALHO CAMARGOS

Técnico AdministrativoIntegrante Técnico






(assinado eletronicamente)JOSÉ CARLOS TAVARES DOS ANJOS FILHO

Analista AdministrativoIntegrante Administrativo

(assinado eletronicamente)SÉRGIO AUGUSTO BARBOSA

Superintendente de Tecnologia da Informação





1. em conformidade com o art.12 da in sgd/me vÑ preliminar ... · por justificativa sobretudo a...

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