1 - dados bÁsicos de projeto · web view6.2.5gestão dos recursos hídricos da bacia hidrográfica...

298
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO CHAPADÃO DO LAGEADO VOLUME IV - Prognóstico, objetivos, metas de curto, médio e longo prazo para universalização dos serviços de saneamento - Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas - Ações para emergências e contingências

Upload: dinhcong

Post on 01-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1 - DADOS BSICOS DE PROJETO

PLANO MUNICIPAL

DE

SANEAMENTO BSICO

CHAPADO DO LAGEADO

VOLUME IV

- Prognstico, objetivos, metas de curto, mdio e longo prazo para universalizao dos servios de saneamento

- Programas, projetos e aes necessrias para atingir os objetivos e as metas

- Aes para emergncias e contingncias

Dezembro de 2011REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONMICO SUSTENTVEL

Elaborao dos Planos Municipais de Saneamento Bsico Edital 0012/2009

Plano Municipal de Saneamento Bsico de Chapado do Lageado

VOLUME IV

- Prognstico, objetivos, metas de curto, mdio e longo prazo para universalizao dos servios de saneamento

- Programas, projetos e aes necessrias para atingir os objetivos e as metas

- Aes para emergncias e contingncias

Dezembro de 2011

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Joo Raimundo Colombo Governador

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - SDS

Paulo Roberto Barreto Bornhausen Secretrio de Estado

DIRETORIA DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE - DSMA

Luiz Antnio Garcia Corra - Diretor

COORDENAO DE PROJETOS ESPECIAIS

Daniel Casarin Ribeiro Coordenador de Projetos Especiais

GERNCIA DE DRENAGEM URBANA, GUA E ESGOTO GEDRA

Thays Saretta Sulzbach Gerente de Drenagem Urbana gua e Esgoto

COMISSO TCNICA DE ANLISE E ACOMPANHAMENTO DO PROJETO

Bruno Henrique Beilfuss - Eng. Florestal

Catiusia Gabriel Biloga

Cludio Caneschi - Eng. Civil

Cleiton Prestes Guedes Eng. Civil

Daniel Casarin Ribeiro - Eng. Agronmo

Eduardo Sartor Scangarelli Gelogo

Frederico Gross - Eng. Ambiental

Livia Ceretta Gegrafa

Lcia Andrea de Oliveira Lobato Eng. Agrnoma

Maureen Albina Gonalves Pedagoga

Milton Aurelio Uba de Andrade Junior. Eng. Ambiental

Robson vila Wolff - Eng. Sanitarista

Solano Andreis - Eng. Agrnomo

Stevens Spagnollo Eng. Sanitarista e Ambiental

Thays Saretta Sulzbach Biloga

Victor Speck Eng. Ambiental

EQUIPE TCNICA E DE APOIO DO CONSRCIO

COORDENADOR GERAL Athos Roberto Albernaz Cordeiro Eng. Civil

ESPECIALISTA EM ESGOTO Joo Paulo A. L. da Rosa - Eng. Civil

ESPECIALISTA EM ABASTECIMENTO DE GUA Joo Paulo A. L. da Rosa - Eng. Civil

ESPECIALISTA EM DRENAGEM URBANA Adriano Peixoto Panazzolo Eng. Civil

ESPECIALISTA EM RESDUOS SLIDOS Daniel Bolsoni Eng. Civil

COORDENADORA REGIONAL Slvia Helena de Carvalho Eng Civil

EQUIPE DE APOIO NVEL SUPERIOR

ENGENHEIRO Antnio Joo Bordin Eng Civil

ESPECIALISTA EM GEOPROCESSAMENTO Andr Luiz Queiros Araujo Eng Civil

BACHAREL EM DIREITO Flavius Padilha Barreto Advogado

EQUIPE DE APOIO TCNICO E ADMINISTRATIVO

Marilene Pagliarini Tcnico de Nvel Mdio

Iula Ernesto Secretria

Gilmar Lanzarin - Estagirio

APOIO TCNICO COMPLEMENTAR

Fernanda da Cunha Pinto - Eng Civil

Luciano da Cunha Pinto Bel. Adm. Empresas

Edgar Eifler - Eng. Civil

Rosana Bastos Mariante - Eng. Civil

Adriano Panazzolo - Eng. Civil

Luciana Teixeira - Eng. Qumica

Adriana Prokop Bel. Adm. Empresas

CONSULTORIA EXTERNA

Fbio Joo da Silva Eng. Sanitarista e Ambiental

Carlos Senger Junior Eng. Sanitarista e Ambiental

Juliano Lopes Eng. Ambiental

Rud Pereira Eng. Ambiental

Thiago Jair dos Santos - Eng. Ambiental

Karine Rocha da Silva Assistente Social

Adriana Cazagranda da Silva Pedagoga

Joo Carlos da Silva Jnior Coordenador Administrativo

ESCRITRIO CENTRAL - PMSB

EQUIPE TCNICA E DE APOIO DOS CONSRCIOS

COORDENADOR GERAL

Ciro Loureiro Rocha

COORDENADOR DE PRODUO

Marcelo Montecarlo Fonseca

COORDENADORA ADMINISTRTIVA E FINANCEIRA

Maria Fernanda Martins

ASSESSORIA JURDICA

Tamara Arago

EQUIPE AUXILIAR

Thas Arajo Gomes

Daniela Tancredo

Viviane Martins

LISTA DE ABREVIATURAS

ABES Associao Brasileira de Engenharia Sanitria e Ambiental;

AGESAN Agncia Reguladora de Servios de Saneamento Bsico do Estado de Santa Catarina;

AGESC Agncia Reguladora de Servios Pblicos de Santa Catarina;

AGR Agncia Reguladora de guas Tubaro;

ANA Agncia Nacional de guas;

ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria;

ARIS Agncia Reguladora Intermunicipal de Saneamento;

BADESC Agncia de Fomento do Estado de Santa Catarina;

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social

CASAN Companhia de gua e Saneamento;

CDP - Condicionantes, Deficincias e Potencialidades;

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente;

DSMA - Diretoria de Saneamento e Meio Ambiente;

ETA Estao de Tratamento de gua;

ETE Estao de Tratamento de Esgoto;

FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador;

FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Servio;

FUNASA Fundao Nacional de Sade;

GES Grupo Executivo de Saneamento;

ICV Indicador de Controle de Vetores;

IQA - ndice de Qualidade de gua;

IRH Indicador de Recursos Hdricos;

IRS Indicador de Resduos Slidos;

ISA- Indicador de Salubridade Ambiental;

ISE - Indicador Scio-econmico;

LAB Indicador de Abastecimento de gua;

LDO - Leis de Diretrizes Oramentrias;

LES - Indicador de Esgotos Sanitrios;

LOA Leis de Oramentos Anuais;

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica;

MMA Ministrio do Meio Ambiente;

PAC Programa de Acelerao de Crescimento;

PEDS - Planejamento Estratgico para o Desenvolvimento Sustentvel;

PMSB Plano Municipal de Saneamento Bsico;

PNRH Poltica Nacional de Recursos Hdricos;

PPA Plano Plurianual;

SAA Sistema de Abastecimento de gua;

SDR Secretaria do desenvolvimento Regional;

SDS Secretaria de Desenvolvimento Econmico Sustentvel;

SNIS Sistema Nacional de Informaes Sobre o Saneamento;

STE Servios Tcnicos de Engenharia.

NDICE DE FIGURAS

Figura 1: fluxograma metodolgico do prognstico.24

Figura 2 - Demandas do CDP45

Figura 3 - O Modelo PEDS. (Silva, 1998, pg.167)191

Figura 4 - Estrutura do Processo de Capacitao. (Silva, 1998, pg.142)197

NDICE DE GRFICOS

Grfico 1: Curva de crescimento populacional para os anos: 1991, 1996, 2000, 2007 e 2010.41

Grfico 2: Relao Receita/Despesas - gua e Esgoto.185

Grfico 3: Relao Receita/Despesas - Resduos Slidos.187

NDICE DE TABELAS

Tabela 1: Dados Populacionais Censitrios40

Tabela 2: Taxas Geomtricas de Crescimento.41

Tabela 3: Estimativa Populacional.42

Tabela 4- Demanda e projeo45

Tabela 5- Demanda e projeo46

Tabela 6 - Demandas do CDP46

Tabela 7- Demanda e projeo47

Tabela 8 - Demandas do CDP47

Tabela 9- Demanda e projeo48

Tabela 10 - Demandas do CDP48

Tabela 11 - Critrios aplicados e adotados62

Tabela 12 - Critrios aplicados e adotados62

Tabela 13: Evoluo da Produo de gua.64

Tabela 14: Evoluo do Nmero de Economias e Ligaes de gua.65

Tabela 15: Evoluo da Rede de Abastecimento de gua.66

Tabela 16: Evoluo da Necessidade de Reservao de gua.67

Tabela 17: Estimativa da necessidade de atendimento da populao rural.68

Tabela 18: Investimentos em produo de gua69

Tabela 19: Investimentos em ligaes.70

Tabela 20: Investimento em rede.71

Tabela 21: Investimento em reservao.72

Tabela 22: Investimento em sistemas alternativos para produo de gua.73

Tabela 23: Resumo de investimentos em Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio.74

Tabela 24 - Critrios aplicados e adotados75

Tabela 25 - Critrios aplicados e adotados75

Tabela 26: Estimativa de gerao de resduos.77

Tabela 27: Estimativa de volumes de resduos domiciliares para destinao final em aterro sanitrio.78

Tabela 28: Estimativa de resduos valorizveis e resduos a depositar em aterro sanitrio.79

Tabela 29: Estimativa de volume domiciliares para coleta convencional e disposio final com reciclagem prvia.80

Tabela 30: Custos com servio de coleta de resduos slidos.81

Tabela 31: Custos com o servio de destinao final dos resduos.82

Tabela 32: Estimativa de custos com os servios de coleta seletiva e valorizao dos resduos domiciliares.83

Tabela 33: Estimativa de arrecadao pela valorizao por reciclagem.84

Tabela 34: Comparativo de custos dos servios de coleta e disposio final dos resduos - Com e sem valorizao.85

Tabela 35: Projeo de arrecadao de taxas de coleta e destinao final de resduos domiciliares.86

Tabela 36: Resumo investimentos em Limpeza Urbana e Manejo de Resduos Slidos.87

Tabela 37 - Critrios aplicados e adotados88

Tabela 38 - Critrios aplicados e adotados88

Tabela 39: Necessidade de investimento no sistema de drenagem superficial urbana.89

Tabela 40: Resumo investimentos em Drenagem Urbana e Manejo das guas Pluviais.90

Tabela 41 - Critrios aplicados e adotados91

Tabela 42 - Critrios aplicados e adotados92

Tabela 43: Evoluo da Produo de gua.93

Tabela 44: Evoluo do Nmero de Economias e Ligaes de gua.94

Tabela 45: Evoluo da Rede de Abastecimento de gua.95

Tabela 46: Evoluo da Necessidade de Reservao de gua.96

Tabela 47: Estimativa da necessidade de atendimento da populao rural.97

Tabela 48: Investimentos em produo de gua.99

Tabela 49: Investimentos em ligaes.100

Tabela 50: Investimento em rede.101

Tabela 51: Investimento em reservao.102

Tabela 52: Investimento em sistemas alternativos para produo de gua.103

Tabela 53 - Critrios aplicados e adotados104

Tabela 54 - Critrios aplicados e adotados104

Tabela 55: Estimativa das necessidades da rede coletora de esgotos sanitrios.106

Tabela 56: Estimativa de evoluo do nmero de economias e ligaes.107

Tabela 57: Estimativa de evoluo das vazes de contribuio sanitria.108

Tabela 58: Estimativa da necessidade de atendimento da populao rural.109

Tabela 59: Estimativa de investimentos em rede coletora, interceptores e acessrios.111

Tabela 60: Estimativa de investimentos em ligaes de esgoto.112

Tabela 61: Estimativas de investimentos na estao de tratamento de esgoto.113

Tabela 62: Estimativa de investimentos de sistemas alternativos.114

Tabela 63: Resumo de investimentos em Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio.115

Tabela 64 - Critrios aplicados e adotados116

Tabela 65 - Critrios aplicados e adotados116

Tabela 66: Estimativa de gerao de resduos.118

Tabela 67: Estimativa de volumes de resduos domiciliares para destinao final em aterro sanitrio.119

Tabela 68: Estimativa de resduos valorizveis e resduos a depositar em aterro sanitrio.120

Tabela 69: Estimativa de volume domiciliares para coleta convencional e disposio final com reciclagem prvia.121

Tabela 70: Custos com servio de coleta de resduos slidos.123

Tabela 71: Custos com o servio de destinao final dos resduos.124

Tabela 72: Estimativa de custos com os servios de coleta seletiva e valorizao dos resduos domiciliares.125

Tabela 73: Estimativa de arrecadao pela valorizao por reciclagem.126

Tabela 74: Custos dos servios de coleta e disposio final dos resduos - Com valorizao.127

Tabela 75: Projeo de arrecadao de taxas de coleta e destinao final de resduos domiciliares.128

Tabela 76: Resumo investimentos em Limpeza Urbana e Manejo de Resduos Slidos.129

Tabela 77 - Critrios aplicados e adotados130

Tabela 78 - Critrios aplicados e adotados130

Tabela 79: Necessidade de investimento no sistema de drenagem superficial urbana.131

Tabela 80: Resumo investimentos em Drenagem Urbana e Manejo das guas Pluviais.132

Tabela 81: Estimativa de resduos valorizveis e resduos a depositar em aterro ao longo do horizonte do plano.133

Tabela 82: Estimativa de arrecadao pela valorizao dos reciclveis.134

Tabela 83: Resumo investimentos em Manejo de Resduos Slidos e Limpeza Urbana.135

Tabela 84: Resumo de investimentos e receitas com os servios de Saneamento Bsico - Cenrio Tendencial.136

Tabela 85: Resumo de investimentos e receitas com os servios de Saneamento Bsico - Cenrio de Universalizao.136

Tabela 86: Resumo de investimentos e receitas com os servios de Saneamento Bsico - Cenrio Normativo.136

Tabela 87: Faixas de pontuao de ISA.152

Tabela 88: Indicadores do ISA.152

Tabela 89 - Indicadores de salubridade ambiental futuro159

Tabela 90: Apresentao dos parmetros para garantia do no atendimento sade pblica.183

Tabela 91: Total faturamento e despesas com gua e esgoto.185

Tabela 92: Receitas e despesas com os servios de limpeza Pblica e Manejo dos Resduos Slidos.186

Tabela 93 - Relao dos municpios do Lote 3, com a bacia do Rio Itaja, indicando a existncia de Comit de Bacia e Plano de Bacia.213

Tabela 94: Medidas para situaes Emergenciais nos servios de Saneamento Bsico.217

Tabela 95: Eventos Emergenciais previsto para o Sistema de Abastecimento de gua.218

Tabela 96: Eventos Emergenciais previstos para o Sistema de Esgotamento Sanitrio.219

Tabela 97: Eventos Emergenciais previstos para servios de coleta, transporte e disposio final de resduos slidos domiciliares.220

Tabela 98: Eventos Emergenciais previstos para Sistema de Drenagem Urbana.221

SUMRIO

1APRESENTAO19

2OBJETIVO21

3METODOLOGIA DOS ESTUDOS21

3.1Consideraes gerais21

3.2Metodologia de Projees Populacionais24

3.2.1Consideraes Preliminares24

3.2.2Base de Dados25

3.2.3Etapas do Estudo Populacional25

3.2.3.1Determinao da taxa de crescimento25

3.2.3.2Projeo Populacional26

3.2.3.3Determinao do Fator de Reduo Populacional26

3.2.3.4Determinao da Populao de Projeto27

3.2.4Consideraes Finais27

3.3Planilhas de projees29

3.3.1Projees de demandas para o Sistema de Abastecimento de gua30

3.3.2Projees para o Sistema de Esgotamento Sanitrio32

3.3.3Projees de Custos de Operao e Manuteno dos Sistemas de Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio34

3.3.4Projees para as demandas de Sistema de Limpeza Urbana35

3.3.5Projees para as demandas de Sistema de Drenagem Urbana38

3.3.6Descrio das Aes39

3.3.7Consideraes Finais39

4ESTUDO POPULACIONAL40

4.1Definio do Horizonte do Plano40

4.2Elaborao da projeo populacional atravs de mtodo matemtico com definio de taxas de crescimento e ocupao domiciliar40

4.3Determinao da Taxa de Crescimento Populacional40

4.4Estimativa de Crescimento Populacional42

5FASE III: PROGNSTICO, OBJETIVOS, METAS DE CURTO, MDIO E LONGO PRAZO PARA A UNIVERSALIZAO DOS SERVIOS DE SANEAMENTO44

5.1Prognsticos das necessidades de servios pblicos de Saneamento Bsico..........................44

5.1.1Projees das demandas estimadas para os setores44

5.1.2Demandas estimadas nos Planos Diretores disponveis para Abastecimento de gua..............................48

5.1.3Demandas estimadas nos Planos Diretores disponveis para Esgotamento sanitrio..........................49

5.1.4Projees de produo de Resduos slidos49

5.1.5Projees das necessidades de drenagem e manejo das guas pluviais................................50

5.2Alternativas de compatibilizao das carncias de servios pblicos de Saneamento Bsico com as aes decorrentes do plano50

5.3Identificao de alternativas de gesto dos servios pblicos de Saneamento Bsico...........................52

5.3.1Abordagem Legal58

5.4Cenrios alternativos das demandas por servios de Saneamento Bsico.............................61

5.4.1Cenrio Tendencial61

5.4.1.1Prognstico dos Servios de Abastecimento de gua61

5.4.1.1.1Critrios de Projeto e dados de entrada para as Projees no Sistema de Abastecimento de gua.................62

5.4.1.1.2Receitas e Despesas dos Servios de Abastecimento de gua............................................69

5.4.1.2Prognstico dos Servios de Esgotamento Sanitrio74

5.4.1.3Resumo de investimentos em Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio....................................74

5.4.1.4Prognstico dos Servios de Limpeza Urbana e Manejo dos Resduos Slidos......................................75

5.4.1.4.1Critrios de Projeto e dados de entrada para as Projees nos Servios de Limpeza Urbana e Manejo dos Resduos Slidos75

5.4.1.4.2Receitas e Despesas dos Servios de Limpeza Urbana e Manejo dos Resduos Slidos.................................81

5.4.1.4.3Resumo de investimento nos Servios de Limpeza Urbana e Manejo de Resduos Slidos.............................87

5.4.1.5Prognstico do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das guas Pluviais.....................................87

5.4.1.5.1Critrios de Projeto e dados de entrada para as Projees no Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das guas Pluviais88

5.4.1.5.2Resumo de investimento no Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das guas Pluviais..................................90

5.4.2Cenrio de Universalizao90

5.4.2.1Prognstico dos Servios de Abastecimento de gua91

5.4.2.1.1Critrios de Projeto e dados de entrada para as Projees no Sistema de Abastecimento de gua.....................91

5.4.2.1.2Receitas e Despesas dos Servios de Abastecimento de gua98

5.4.2.2Prognstico dos Servios de Esgotamento Sanitrio104

5.4.2.2.1Critrios de Projeto e dados de entrada para as Projees no Sistema de Esgotamento Sanitrio.....................104

5.4.2.2.2Receitas e Despesas dos Servios de Esgotamento Sanitrio110

5.4.2.3Resumo de investimentos em Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio....................................115

5.4.2.4Prognstico dos Servios de Limpeza Urbana e Manejo dos Resduos Slidos........................................115

5.4.2.4.1Critrios de Projeto e dados de entrada para as Projees nos Servios de Limpeza Urbana e Manejo dos Resduos Slidos116

5.4.2.4.2Receitas e Despesas dos Servios de Limpeza Urbana e Manejo dos Resduos Slidos...................................122

5.4.2.4.3Resumo de investimento nos Servios de Limpeza Urbana e Manejo de Resduos Slidos.............................129

5.4.2.5Prognstico do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das guas Pluviais...................................129

5.4.2.5.1Critrios de Projeto e dados de entrada para as Projees no Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das guas Pluviais130

5.4.2.5.2Resumo de investimento no Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das guas Pluviais..................................132

5.4.3Seleo do cenrio normativo132

5.4.3.1Resumo de investimento no Sistema de Manejo de Resduos Slidos e Limpeza Urbana......................135

5.4.4Resumo comparativo entre os Cenrios136

6FASE IV: PROGRAMAS, PROJETOS E AES NECESSRIAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS E AS METAS.138

6.1Compatibilidade com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos (identificando possveis fontes de financiamento)............138

6.1.1Possveis fontes de investimento139

6.1.2Abordagem Legal142

6.2Programao das aes do plano143

6.2.1Programao de Aes Imediatas143

6.2.2Programao das Aes do Plano146

6.2.2.1Caracterizao e avaliao da situao de salubridade ambiental do municpio..................................146

6.2.2.2Instituio do ndice municipal de salubridade ambiental e sanitria147

6.2.2.3Estabelecimento de objetivos de longo alcance (16 a 20 anos)152

6.2.2.4Estabelecimento de metas de mdio (10 a 15 anos)154

6.2.2.5Estabelecimento de metas de curto prazo (4 a 9 anos)156

6.2.2.6Estabelecimento do ndice de salubridade ambiental futuro158

6.2.2.7Formulao de estratgias, polticas e diretrizes para alcanar os objetivos e metas.......................159

6.2.2.7.1Abastecimento de gua160

6.2.2.7.2Esgotamento sanitrio163

6.2.2.7.3Limpeza pblica e manejo de resduos slidos165

6.2.2.7.4Drenagem urbana e manejo de guas pluviais168

6.2.2.8Formulao dos mecanismos de articulao e integrao dos agentes que compem a Poltica Nacional de Saneamento Bsico169

6.2.2.9Definio dos programas e projetos170

6.2.2.10Apresentao de programas, projetos e aes nas reas de controle de perdas, de qualidade, de eficincia e de uso racional da gua, da energia e de outros recursos naturais, em conformidade com os servios a serem prestados171

6.2.2.11Hierarquizao e priorizao dos programas, projetos e aes174

6.2.2.12Apresentao de programas especiais175

6.2.2.13Adoo de parmetros para a garantia do atendimento essencial sade pblica.............................182

6.2.2.14Apresentao das condies de sustentabilidade e equilbrio econmico-financeiro da prestao dos servios em regime de eficincia.184

6.2.2.15Apresentao do Programa de Educao Sanitria e Ambiental188

6.2.2.16Apresentao do Programa de Aes Complementares Intersetoriais205

6.2.3Planos de desenvolvimento regionais e de saneamento existentes207

6.2.4Programa permanente destinado a promover o desenvolvimento institucional dos servios pblicos de saneamento208

6.2.5Gesto dos recursos hdricos da bacia hidrogrfica onde o municpio encontrar-se inserido (Lei n. 9.433/97)208

7FASE V: AES PARA EMERGNCIAS E CONTINGNCIAS;214

7.1Consideraes Preliminares214

7.2Identificao e Anlise de Cenrios para Emergncias e Contingncias.............215

7.3Planejamento para Estruturao Operacional do PAE-SAN222

7.4Medidas para a elaborao do PAE-SAN222

7.5Medidas para a validao do PAE-SAN223

7.6Medidas para a atualizao do PAE-SAN223

7.7Estabelecimento de planos de racionamento e aumento de demanda temporria.....................223

7.8Estabelecimento de regras de atendimento e funcionamento operacional para situao crtica na prestao de servios pblicos de Saneamento Bsico226

7.9Estabelecimento de mecanismos tarifrios de contingncia226

REFERNCIAS228

APRESENTAO

Este Relatrio apresenta a consolidao do Plano Municipal de Saneamento PMSB, conforme preconiza a Lei Federal 11.445/07 e o Decreto Federal 7.217/10 que a regulamenta, referente ao contrato firmado em 12 de janeiro de 2010, entre o Estado de Santa Catarina por intermdio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econmico Sustentvel e a empresa STE Servios Tcnicos de Engenharia S.A. Contrato este que tem por objetivo a elaborao dos Planos Municipais de Saneamento Bsico, conforme previsto na Lei Federal n.11.445/07, dos municpios que fazem parte do Lote 3, de acordo com o Termo de Referncia integrante do Edital de Concorrncia Pblica n 0012/2009 Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econmico Sustentvel.

De acordo com a justificativa do referido edital, entre os grandes desafios postos para a sociedade brasileira, a incluso social igualitria frente s questes sanitrias e ambientais pode ser considerada como questo fundamental. Este desafio, colocado ao poder pblico e sociedade civil, est em propiciar condies saudveis populao atravs do planejamento, com participao popular, de aes que proporcionem um ambiente equilibrado e servios de saneamento eficientes e sustentveis. A sustentabilidade dos servios de saneamento requer a implementao de uma poltica de saneamento ambiental integrada que preserve o meio ambiente e assegure a sade da populao.

O Plano abrange as quatro reas do Saneamento Bsico: servios de abastecimento de gua, de esgotamento sanitrio, de limpeza urbana e manejo de resduos slidos e servios de drenagem e manejo das guas pluviais.

A consolidao do trabalho ser apresentada em cinco volumes os quais contemplam as todas as suas etapas, sendo assim divididos:

Volume I Consolidao do Plano Municipal de Saneamento Bsico;

Volume II Processo de participao da sociedade na elaborao do plano;

Volume III - Diagnstico da situao do saneamento e de seus impactos nas condies de vida da populao;

Volume IV Prognstico, objetivos, metas de curto, mdio e longo prazo para a universalizao dos servios de saneamento; Programas, projetos e aes necessrias para atingir os objetivos e as metas; Aes para emergncias e contingncias;

Volume V Mecanismos e procedimentos para a avaliao sistemtica da eficincia e eficcia das aes programadas e participao social; Elaborao do Sistema de Informaes do Plano de Saneamento.

Estabeleceu-se ento, um planejamento das aes de saneamento com a participao popular, atendendo aos princpios da poltica nacional de saneamento bsico com vistas melhoria da salubridade ambiental, a proteo dos recursos hdricos e promoo da sade pblica, quanto aos servios de abastecimento de gua potvel, esgotamento sanitrio, limpeza urbana e manejo de resduos slidos e drenagem e manejo das guas pluviais urbanas. Esta participao da sociedade se deu atravs das Reunies, Oficinas e Audincias Pblicas, realizadas no municpio, obedecendo ao referido edital.

A participao da populao em processos decisrios fundamental para garantir a co-responsabilidade entre rgo pblico e comunidade. Com a formao do Grupo Executivo de Saneamento (GES), foi possvel compor uma estrutura mnima de participao efetiva, e que estar presente em todo o processo de elaborao do Plano.

Neste relatrio ser apresentado o VOLUME IV - PROGNSTICO, OBJETIVOS, METAS DE CURTO, MDIO E LONGO PRAZO PARA A UNIVERSALIZAO DOS SERVIOS DE SANEAMENTO; PROGRAMAS, PROJETOS E AES NECESSRIAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS E AS METAS; AES PARA EMERGNCIAS E CONTINGNCIAS.

OBJETIVO

Essa fase consiste na anlise e seleo das alternativas de interveno visando melhoria das condies em que vivem as populaes urbanas e rurais no que diz respeito sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrncia de doenas relacionadas com o meio ambiente.

Estas alternativas tm por base as carncias atuais de servios pblicos de Saneamento Bsico: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, limpeza urbana e manejo de resduos slidos e drenagem e manejo de guas pluviais. Tais carncias sero projetadas a partir da anlise de cenrios alternativos de evoluo das medidas mitigadoras que possam ser previstas no plano para o horizonte de projeto de 20 anos.

METODOLOGIA DOS ESTUDOS

Consideraes gerais

A fase de elaborao de prognstico consiste em objetivo natural aps concludo o diagnstico do Saneamento Bsico.

Assim, a metodologia aplicada para o prognstico utiliza-se de subsdios tcnicos que permitam projetar as necessidades de infra-estrutura para os segmentos componentes do Saneamento Bsico. Seu desenvolvimento tem como base duas fontes de informaes distintas:

1. Informaes resultantes da fase 2 do Plano Municipal de Saneamento Diagnstico de Saneamento Bsico e

1. Projees populacionais para o horizonte de planejamento.

Com base nos elementos identificados e que caracterizam o estado atual das estruturas e caractersticas dos servios de Saneamento Bsico, foi aplicada a Metodologia de CDP Condicionantes, Deficincias e Potencialidades, constante do Relatrio 2.

A sistemtica CDP representa uma metodologia de ordenao dos dados que possibilita sua anlise de forma sistematizada e compreensvel, de fcil visualizao. Atravs deste mtodo, uma viso sinttica ser extremamente eficaz para a definio de estratgias do planejamento.

A partir de dados censitrios, foram desenvolvidos estudos de projees populacionais, cujos critrios tcnicos para sua elaborao sero detalhados adiante.

As combinaes das demandas oriundas do diagnstico - CDP e das projees populacionais so tratadas como medidas de mitigao, melhoria, ampliao e adequao da infra-estrutura de saneamento, tendo como objetivo a universalizao dos servios. Ou seja, basicamente, as demandas para a universalizao dos servios de saneamento bem como para a garantia de sua funcionalidade dentro dos padres adequados de qualidade, segurana a populao em termos de sade pblica e proteo ao meio ambiente, so resultantes de duas fontes de informaes: CDP e as demandas oriundas das projees populacionais.

No primeiro caso, o uso da CDP se d especialmente ao atendimento das demandas qualitativas. Por outro lado, as demandas quantitativas so resultantes das planilhas de projees, onde o incremento populacional e o incremento progressivo dos ndices para a universalizao dos servios apresentam-se como base para os resultados.

A metodologia CDP j foi abordada na fase de diagnstico e agora, passa a fornecer os subsdios para as intervenes nos segmentos do Saneamento Bsico.

Quanto s demandas quantitativas estas provm da planilha de projees e demandas as quais sero detalhadas adiante.

A resultante dos trabalhos at esta etapa compreende a formatao de um cenrio classificado como de Universalizao, pois tem em seu contexto a condio de universalizao dos servios, atendendo 100% das demandas no horizonte de 20 anos.

neste ponto que a metodologia foi adequada natureza e caracterstica do municpio. Utilizando-se dos elementos de participao social oficina e audincia pblica e a efetiva participao do Grupo Executivo de Saneamento GES, a partir do cenrio de Universalizao, foi consolidado o cenrio denominado Normativo, como sendo aquele assumido como exeqvel para o horizonte do projeto.

fundamental destacar que a definio do cenrio Normativo no impede que este seja revisado ao longo do tempo, e muito pelo contrrio, faz-se compulsrio que este procedimento seja realizado ao menos a cada quatro anos e recomendvel que seja revisado anualmente, como forma de atualizao permanente do Plano Municipal de Saneamento Bsico, atravs de seus objetivos e metas, programas, projetos, aes e indicadores de desempenho.

Como forma de caracterizar uma terceira alternativa de cenrio, a metodologia prev a anlise do cenrio Tendencial, o qual consiste na admisso de manuteno das condies atuais dos servios atendo-se unicamente a manuteno da infra-estrutura existe. O objetivo da apresentao deste cenrio demonstrar as perspectivas decorrentes da preservao do modelo atual de gesto dos servios.

A partir do cenrio Normativo, foram avaliadas as demandas que caracterizam os objetivos e metas imediatas ou emergenciais e para curto, mdio e longo prazo, admitidos os intervalos de tempo previamente estabelecidos:

1. Imediatas ou emergenciais at 3 anos;

1. Curto prazo entre 4 a 9 anos;

1. Mdio prazo entre 10 a 15 anos;

1. Longo prazo entre 16 a 20 anos.

A resultante desta avaliao proporcionar os investimentos decorrentes dos incrementos para as adequaes fsicas, bem como melhorias, planos gerenciais, instalao de equipamentos entre outras demandas identificadas.

Nos itens que seguem sero descritos detalhadamente os estudos de projeo populacional e a planilha de projees de forma a destacar os critrios tcnicos adotados bem como outras premissas consideradas.

A figura que segue, demonstra de forma esquemtica o modelo metodolgico do prognstico descrito:

(Diagnstico - CDPPlanilhas de ProjeesEstudo PopulacionalDemandas - CDPDemandas - ProjeesCenriosUNIVERSALIZAOTENDENCIALDefinio do Cenrio NORMATIVOProgramas, Projetos e aesObjetivos e MetasOficina e Audincia PblicaPlano de Emergncias e Contingncias)

(Figura 1: fluxograma metodolgico do prognstico.)

Metodologia de Projees Populacionais

Consideraes Preliminares

Na elaborao de Planos Municipais de Saneamento Bsico condio indispensvel elaborao de estudo populacional, o qual possibilitar a estimativa de evoluo populacional do municpio no horizonte de Plano.

Com base na estimativa de evoluo populacional no horizonte do Plano possvel estabelecer as demandas futuras do municpio no que diz respeito ao abastecimento pblico de gua, esgotamento sanitrio, limpeza pblica e manejo de resduos slidos e drenagem urbana.

A partir da determinao das demandas citadas anteriormente, foram estabelecidas as aes que visam o atendimento das mesmas e a universalizao dos servios de saneamento municipal.

Base de Dados

A metodologia desenvolvida para a elaborao dos estudos populacionais dos municpios integrantes do Lote 3, fundamenta-se em dados populacionais oficiais da Fundao IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, referentes a recenseamentos, contagens e estimativas populacionais realizados pela referida Fundao.

Foi utilizado o intervalo de tempo compreendido entre 1991 e 2010. Neste intervalo esto contemplados 3 (trs) censos, 1991, 2000 e 2010, e 2 (dois) estimativas populacionais, 1996 e 2007.

Destaca-se que alguns municpios deste Lote, por terem suas datas de criao mais recentes, no possuem informaes populacionais em todos os anos supracitados.

Foram consideradas as populaes urbanas, rurais e totais de cada municpio integrante do Lote.

Etapas do Estudo Populacional

Com base nas informaes populacionais obtidas junto a Fundao IBGE, foram desenvolvidas as seguintes etapas:

Determinao da taxa de crescimento

Na escolha da melhor taxa de crescimento populacional para o municpio em estudo, foram determinadas e analisadas taxas de crescimento para diferentes perodos compreendidos entre o intervalo 1991/2010.

Foram determinadas taxas de crescimento para os perodos:

1. 1991/1996;

1. 1991/2000;

1. 1991/2010;

1. 1996/2000;

1. 2000/2007;

1. 2000/2010;

1. 2007/2010.

A taxa de crescimento populacional definida para cada um dos perodos citados foi a Taxa Geomtrica de Crescimento.

Projeo Populacional

Com as taxas geomtricas de crescimento definidas para os diferentes perodos, foram realizadas as projees populacionais no horizonte do Plano com cada uma das taxas definidas.

Aps a realizao das projees populacionais no horizonte do Plano com as diversas taxas definidas, foram analisados os valores encontrados e escolhida a taxa que melhor traduz o crescimento apresentado pelo municpio no intervalo de tempo estudado.

Como vem sendo observada na ltima dcada uma forte tendncia dos municpios brasileiros em apresentar taxas de crescimento declinantes, foi definido um fator de reduo a ser aplicado taxa de crescimento escolhida, a partir da melhor curva de tendncia de crescimento observada para o municpio no perodo compreendido entre 1991 e 2010, conforme descrito a seguir.

Determinao do Fator de Reduo Populacional

Com base nos dados populacionais oficiais obtidos junto a Fundao IBGE para o perodo compreendido entre 1991 e 2010 de cada municpio integrante do Lote 3, foram elaborados grficos de disperso e analisadas as tendncias de crescimento atravs de 3 (trs) curvas de tendncia linear, polinomial e logartmica.

A escolha da melhor curva de tendncia de crescimento para cada municpio foi realizada atravs de comparativo do grau de confiabilidade apresentado por cada uma das 3 (trs) curvas analisadas.

O grau de confiabilidade representado por R, fator definido atravs do mtodo dos mnimos quadrados, para cada uma das equaes correspondentes as curvas de tendncia analisadas.

Esse fator se torna confivel medida que se aproxima do valor 1 (um).

Da equao que apresentou o melhor valor de R, ou seja, para a melhor curva de tendncia obtida para cada municpio, foi determinado, ano a ano, o fator de reduo da taxa de crescimento declinante da referida equao e aplicado taxa de crescimento geomtrica escolhida para cada municpio.

Determinao da Populao de Projeto

A determinao da estimativa de evoluo da populao que foi utilizada para as projees de demandas no horizonte do Plano para cada um dos municpios, ocorreu a partir da populao obtida junto a Fundao IBGE para o ano de 2010.

A esta populao foi aplicada taxa geomtrica de crescimento, escolhida entre aquelas definidas para os diferentes perodos analisados como a que melhor traduz o crescimento populacional de cada um dos municpios, reduzida ao longo do horizonte de Plano pelo Fator de Reduo Populacional.

O Fator de Reduo Populacional foi obtido atravs da equao que representa a melhor curva de tendncia de crescimento de cada um dos municpios integrantes do Lote 3, conforme descrito do item anterior.

Consideraes Finais

O mtodo desenvolvido para a elaborao do estudo populacional dos municpios partiu do princpio que tenha ocorrido uma condio normal de crescimento populacional destes municpios no intervalo de tempo analisado.

Porm o que se observou foi que existem algumas excees que devem ser tratadas individualmente, tais como:

1. Municpios que apresentaram taxa de crescimento populacional negativa;

1. Municpios que no possuam dados populacionais em todos os anos do intervalo de tempo analisado, dado sua data de criao;

1. Municpios que, mesmo possuindo todos os dados populacionais dos anos do intervalo de tempo analisado, apresentaram curva de tendncia de crescimento com taxa oscilante, em funo de sua populao terem aumentado e reduzido nos anos que ocorreram levantamentos censitrios, estimativas ou contagens populacionais. Em funo disso, o fator de reduo da taxa de crescimento populacional tambm se mostrou oscilante, no podendo desta forma ser utilizando, mesmo considerando que o grau de confiabilidade (R) da equao que gerou a curva de tendncia tenha sido muito prximo de 1 (um).

Sempre que ocorreu uma das situaes mencionadas foram tomadas as seguintes decises:

1. Municpios com taxa de crescimento populacional negativa:

0. Adoo de taxa de crescimento populacional igual mdia das taxas de crescimento apresentadas pelos municpios circunvizinhos no mesmo intervalo de tempo analisado, ou;

0. Adoo de taxa de crescimento igual a do Estado, ou ainda;

0. Manuteno da populao do ano 1 durante todo horizonte do Plano.

Observao: para esta situao, para a tomada de deciso, o estudo levou em considerao o crescimento populacional ocorrido na micro-regio em que se localiza o municpio, uma vez que o crescimento de um dos municpios pertencentes mesma micro-regio implicar na ocorrncia de uma bolha de crescimento que poder afetar direta ou indiretamente o municpio em estudo.

1. Municpios com poucos dados populacionais oficiais:

1. O estudo foi realizado somente com os dados populacionais oficiais disponveis.

1. Municpios com fator de reduo populacional oscilante:

2. Adoo da taxa de crescimento constante ao longo do horizonte do Plano, definida a partir de dados populacionais oficiais do perodo compreendido entre 2000/2010.

Planilhas de projees

As projees esto baseadas no incremento populacional estabelecido a partir da metodologia anteriormente apresentada.

Quanto estrutura da planilha de projees esta constitui itens relevantes para: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, resduos slidos e drenagem urbana.

Duas Planilhas Auxiliares servem de base para as projees.

A primeira Planilha Auxiliar, denominada dados, critrios e parmetros de referncia, tem por finalidade do registro de dados de entrada do diagnstico dos servios de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio, bem como do registro de dados tcnicos referenciais tais como volumes per capita para consumo de gua e gerao de esgotos sanitrios, ndices de consumo para dia e hora de maior consumo, gerao per capita de resduos slidos, extenso de vias pavimentadas,

Nesta planilha so registrados os ndice de cobertura de cada servio, considerando separadamente as reas atendidas pelos sistemas pblicos e reas no atendidas pelos sistemas pblicos.

Esta abordagem permite a subsidiar o estudo de forma a prever quais as demandas tcnicas e financeiras para atender a evoluo dos servios nas reas onde os mesmos j esto sendo prestados, mas, alm disto, atender as reas de localidades desprovidas dos servios de saneamento, e que no mbito da uma abordagem de universalizao, devero de alguma forma ser contemplados.

A planilha permite o estabelecimento de metas progressivas para o atendimento destas reas.

Destaca-se que este critrio adotado para os segmentos de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio e resduos slidos, haja vista que a drenagem urbana, conforme sua denominao tratada nos Planos de Saneamento, exclusivamente para reas urbanizadas, do municpio.

A segunda Planilha Auxiliar denominada Valores Financeiros de Referncia, e estabelece a base de preos para os investimentos decorrentes das demandas resultantes das projees. Os preos estabelecidos compreendem referncias de projetos similares para o Estado de Santa Catarina, passveis de atualizaes e revises, ou mesmo de adequaes especficas para cada regio, em razo das particularidades especficas locais.

Projees de demandas para o Sistema de Abastecimento de gua

Para as projees das demandas referentes ao sistema de abastecimento de gua, foram considerados os seguintes fatores: produo de gua, reservao de gua, rede de distribuio, ligaes de gua e hidrometrao.

Produo de gua

A produo de gua foi definida a partir dos parmetros de consumo mdio per capita para as reas urbana e rural atendidas pelo sistema pblico de abastecimento.

Para o clculo das demandas foi considerado o ndice de perdas totais, o qual dever ser gradativamente reduzido para ordem de 25%, sobre o volume fornecido, considerado este um valor muito bom para os padres nacionais.

Como critrio de dimensionamento, utilizou-se um consumo per capita de 150 l/hab.dia, e coeficientes K1 e K2, de 1,2 e 1,5 respectivamente.

O objetivo estabelecer o dficit para produo com suas conseqentes necessidades de incrementos.

A planilha estabelece que os resultados com dficit negativo, representam as disponibilidades, ou seja, condio apropriada se comparado aos critrios tecnicamente aceitveis.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Reservao de gua

Para a verificao da capacidade de reservao, foi adotada como padro referencial de atendimento tecnicamente aceitvel a condicionante de volume disponvel igual ou superior a 1/3 do consumo mdio dirio.

A planilha estabelece que os resultados com dficit negativo, representam as disponibilidades, ou seja, condio apropriada se comparado aos critrios tecnicamente aceitveis.

A evoluo do ndice de reduo de perdas e a necessidade de incremento de captao podem ser evidenciadas na planilha de projees.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Ligaes de gua

As ligaes de gua so avaliadas segundo os seguintes critrios: ligaes com hidrmetro, ligaes sem hidrmetro e Hidrmetros a serem substitudos.

Recomenda-se que seja admitido um ndice de substituio de hidrmetros entre 15% e 20% ao longo do perodo analisado o que representa dizer que a idade dos hidrmetros no ultrapassar 7 anos de operao.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Rede de distribuio

A rede de distribuio a ser implantada foi estabelecida a partir do valor referencial m/habitante, obtido a partir da populao e rede atual do sistema.

O clculo da quantidade de rede de distribuio de gua partiu da extenso de rede atual. A partir da relao entre a extenso da rede existente e nmero de habitantes atendidos pelo sistema de distribuio se estabelece o ndice para implantao de novas redes de abastecimento, em metros de rede/habitante.

Um ndice % ao ano foi adotado para as obras de substituio de redes. Este ndice dever ser definido com base nas caractersticas da rede existente no municpio.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Sistemas Alternativos de Abastecimento de gua

As reas no atendidas pelo sistema pblico de abastecimento de gua devero de alguma forma ser contempladas pelo Plano Municipal de Saneamento Bsico.

A metodologia preconiza que a universalizao dos servios deve atender s localidades hoje desprovidas dos servios pblicos, seja atravs de ampliao destes ou por aes especficas para garantir gua com qualidade adequada ao consumo humano.

Assim dever ser estabelecido ndice de atendimento s reas no atendidas pelo sistema pblico. O nvel de atendimento e interveno sobre estas reas ficar para a definio do municpio. A metodologia prev investimentos por famlia, que podem ser caracterizados pela implantao de sistemas de tratamento coletivos ou individuais, como poos, uso de nascentes, entre outras fontes.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Projees para o Sistema de Esgotamento Sanitrio

Para as projees das demandas referentes ao sistema de esgotamento sanitrio, foram considerados os seguintes fatores: Rede coletora, ligaes de esgoto e estao de tratamento.

Rede Coletora

Para as projees das demandas de implementao de rede coletora, considerou-se o mesmo critrio adotado para o incremento de rede de gua, considerando-se metros de rede/habitante.

Na definio das vazes para rede coletora considerou-se ainda uma taxa de infiltrao qi que por sugesto, deve ser adotado 0,0002 l/s.m

O clculo da quantidade de rede de distribuio de gua partiu da extenso de rede atual, quando existente.

No caso de inexistncia de rede, o valor parte de zero. Neste caso para a determinao da demanda de rede de esgotamento sanitrio foi adotado o mesmo ndice utilizado para o sistema de gua, ou seja, metros de rede/habitante.

Est previsto ndice % ao ano para as obras de substituio de redes de esgoto, porm o valor dever ser definido com base nas caractersticas da rede existente no municpio.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Ligaes de esgoto

O critrio adotado para identificao do nmero de ligaes a implantar provm do ndice de m/economia, considerando-se o nmero de economias/ligao para o municpio.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada em continuidade da planilha de projees.

Estao de Tratamento

A definio da capacidade das instalaes de tratamento de esgotos sanitrios parte do ndice atual de cobertura dos servios.

Como critrio de dimensionamento, utilizou-se um coeficiente de retorno C = 0,80, em relao ao consumo per capita de gua, resultando em um valor per capita de vazo diria de esgoto, na ordem de 120 l/hab.dia.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Sistemas Alternativos de Tratamento de Esgotos Sanitrios

As reas no atendidas pelo sistema pblico de esgotamento sanitrio devero de alguma forma ser contempladas pelo Plano Municipal de Saneamento Bsico.

A metodologia preconiza que a universalizao dos servios deve atender s localidades hoje desprovidas dos servios pblicos, seja atravs de ampliao destes ou por aes especficas para garantir a proteo sade pblica atravs do correto tratamento dos esgotos sanitrios.

Assim dever ser estabelecido ndice de atendimento s reas no atendidas pelo sistema pblico. O nvel de atendimento e interveno sobre estas reas ficar para a definio do municpio. A metodologia prev investimentos por famlia, que podem ser caracterizados pela implantao de sistemas de tratamento coletivos ou individuais, como tanques spticos (fossa) seguida de filtro anaerbio ou sistemas de infiltrao no solo (valas de infiltrao sumidouro).

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Projees de Custos de Operao e Manuteno dos Sistemas de Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio

Uma planilha composta pelos servios de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio foi elaborada para traduzir a performance operacional do sistema e seu respectivo desempenho financeiro, visando dar suporte para anlise de sua viabilidade. Trata-se da Planilha Operao gua e Esgoto.

A base para anlise do faturamento constitui os elementos a seguir relacionados:

Volume de gua consumido;

Volume de esgoto gerado;

Preo mdio de venda de gua (R$/m3);

Relao de custo entre gua e esgoto e

Preo mdio de venda de servios de esgotamento sanitrio (R$/m3).

Quanto s despesas foram considerados os seguintes fatores:

Valor percentual das despesas com pessoal, inclusive encargos e benefcios;

Valor percentual das despesas com energia e

Valor percentual das despesas gerais, incluindo neste item todas as despesas inerentes aos servios com exceo de pessoal e energia e

ndice de eficincia da cobrana, que compreende a relao entre o valor faturado e o valor efetivamente arrecadado.

O objetivo dos resultados estabelecer os valores disponibilizados para futuros investimentos.

Uma planilha denominada resumo gua e esgoto estabelecem detalhadamente os resultados dos servios prestados.

Projees para as demandas de Sistema de Limpeza Urbana

Para as projees das demandas referentes ao sistema de limpeza urbana, a metodologia estabelece como foco principal os servios regulares de coleta, transporte e destinao final de resduos slidos, incluindo-se a abordagem de valorizao de resduos atravs de procedimentos de reciclagem e compostagem.

Assim, foram considerados os seguintes fatores: coleta de resduos slidos domiciliares, destinao final de resduos slidos domiciliares, coleta seletiva e valorizao de resduos.

Coleta de Resduos Slidos Domiciliares

O servio de coleta de resduos slidos domiciliares foi definido a partir dos parmetros produo per capita para as reas urbana e rural atendidas pelos servios regulares atualmente prestados no municpio.

Para o clculo das demandas partiu-se da quantidade atual de resduos domiciliares coletada para a populao atendida, permitindo a definio do ndice de produo per capita.

Nos casos em que estas quantidade esto indisponveis, a metodologia sugere a utilizao de um valor per capita entre 0,4 e 0,6 Kg/hab.dia, como um valor referencial adequado ao porte da cidade.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Destinao Final de Resduos Slidos Domiciliares

Para a destinao final dos resduos slidos domiciliares, partiu-se da quantidade geradas, a fim de definir as necessidades de disponibilidade volumtrica para disposio final em aterros sanitrios.

Para tanto, foram utilizados como critrios bsicos valores de referncia de densidade dos resduos, ndice de compactao e volume de material de cobertura.

O objetivo nesta fase estabelecer os volumes de resduos a depositar e as respectivas necessidades volumtricas para aterros sanitrios, de forma a atender a demanda futura.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Coleta Seletiva de Resduos Slidos Domiciliares

Para a coleta seletiva dos resduos slidos domiciliares, partiu-se da quantidade geradas e da composio dos resduos domiciliares.

Na composio dos resduos admitiu-se uma classificao em trs partes distintas: materiais reciclveis, como papel, papelo, plsticos, vidros e metais; matria orgnica, incluindo os restos de preparos de alimentos, sobras de alimentos, resduos de ajardinamento, e por fim a poro classificada como rejeitos a qual compreendo os materiais no passveis de reciclagem ou compostagem.

Um referencial de composio dos resduos foi apresentado como sugesto para aplicao da metodologia em razo de que a maioria das cidades catarinenses no dispe de estudos de caracterizao de resduos.

Vale ressaltar que a adoo de sistema de coleta seletiva foi tratada como atividade adicional aos servios regulares, o que a princpio, no substitui dos mesmos.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Valorizao de Materiais

Com o objetivo de agregao de valor aos servios, preservao ambiental e gerao de emprego, a metodologia abordou as potencialidades de valorizao de materiais atravs da reciclagem e compostagem.

Assim, a partir das quantidades geradas, cobertura dos servios de coleta seletiva e eficincia da transformao de resduos em materiais valorizados, tem-se como resultante as quantidades de materiais passveis de valorizao.

Considerados valores de mercado para venda de materiais reciclveis e composto orgnico, a metodologia permite avaliar a capacidade de gerao de receitas oriundas destes servios.

As receitas previstas com a venda de reciclveis e composto orgnico esto detalhadas na planilha de Estimativa de Arrecadao, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Coleta e Destinao Final com Valorizao

Uma planilha especfica estabelece a condio de operao dos servios operao com a realizao da coleta seletiva e valorizao.

A finalidade estabelecer as quantidades relativas reduo de demandas dos servios de coleta regular e de disposio final em aterro sanitrio.

Uma planilha especfica estabelece a condio comparativa entre a operao com e sem servios de coleta seletiva e valorizao.

A finalidade avaliar um comparativo de custos entre as atividades, bem como a reduo de demandas dos servios de coleta regular e de disposio final em aterro sanitrio.

Sistemas Alternativos de Tratamento de Resduos Slidos Domiciliares

As reas no atendidas pelos servios regulares de coleta de resduos domiciliares devero de alguma forma ser contempladas pelo Plano Municipal de Saneamento Bsico.

A metodologia preconiza que a universalizao dos servios deve atender s localidades hoje desprovidas dos servios pblicos, seja atravs de ampliao destes ou por aes especficas para garantir a proteo sade pblica atravs do correto tratamento e disposio final dos resduos.

Assim dever ser estabelecido ndice de atendimento s reas no atendidas pelo sistema pblico. O nvel de atendimento e interveno sobre estas reas ficar para a definio do municpio. A metodologia prev investimentos por famlia, que podem ser caracterizados pela implantao de sistemas de compostagem e segregao de resduos para coleta espordica, visando a reciclagem.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Projees para as demandas de Sistema de Drenagem Urbana

Para as projees das demandas referentes ao sistema de drenagem urbana, a metodologia estabelece como foco principal a disponibilidade de estruturas de drenagem em vias pavimentadas para as reas urbanizadas do municpio.

Assim, foram considerados os seguintes fatores: extenso total de vias urbanas, extenso de vias urbanas pavimentadas e extenso de vias urbanas no pavimentadas.

A metodologia prev como objetivo para a universalizao a consolidao do sistema de drenagem urbana em todas as vias urbanizadas atravs da implantao de redes de drenagem de guas pluviais e sistemas coletores em sarjetas.

Critrios de manuteno das estruturas existentes foram tambm considerados, de forma a garantir a funcionalidade da infra-estrutura existente e a ser implantada.

Os investimentos previstos esto detalhados na planilha de Estimativa de Investimentos, apresentada na continuidade da planilha de projees.

Descrio das Aes

A metodologia disponibiliza quadros-sntese para os sistemas de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, resduos slidos e drenagem urbana, com o detalhamento das aes e respectivos valores estimativos de investimentos para atendimento s demandas.

Vale ressaltar que as planilhas permitem a identificao automtica dos investimentos decorrentes das projees populacionais, inclusive com respeitadas as condies de prazo.

Os mesmos quadros-sntese permitem o registro das demandas decorrentes dos resultados do diagnstico - CDP, as quais apresentam natureza qualitativa.

Ao final, uma planilha denominada Resumo de Investimentos, proporciona a anlise da viabilidade dos sistemas, caracterizada a partir do conjunto de elementos elencados para os servios de Saneamento Bsico.

Consideraes Finais

As projees e aes previstas para atendimento s demandas para o Saneamento Bsico so de carter geral constituindo-se em diretrizes para a universalizao dos servios, carecendo de detalhamento na forma de projetos especficos de engenharia, de gesto entre outros.

Deve-se registrar o carter dinmico auferido ao Plano Municipal de Saneamento Bsico o qual preconiza que sistematicamente sejam efetuados o monitoramento a medio, a avaliao a reviso e as adequaes de forma a mant-lo sempre atualizado para balizamento dos servios.

ESTUDO POPULACIONAL

Definio do Horizonte do Plano

O presente Plano Municipal de Saneamento Bsico (PMSB) contempla aes e procedimentos para um perodo de 20 anos, considerando 2010 como o primeiro ano, define-se o termino do horizonte deste plano o ano de 2030.

Elaborao da projeo populacional atravs de mtodo matemtico com definio de taxas de crescimento e ocupao domiciliar

Considerando que o PMSB possui um horizonte de 20 (vinte) anos, fez-se necessrio uma avaliao do crescimento populacional para o referido horizonte do projeto.

O dado utilizado para tais estudos teve como base fontes oficiais de informaes, como dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

Determinao da Taxa de Crescimento Populacional

Com base nos dados censitrios dos anos de 1991, 2000 e 2010, dados estimados dos anos de 1996 e 2007, realizados pelo IBGE, foi possvel estimar a taxa de crescimento para a populao do municpio de Chapado do Lageado, apresentada na Tabela 1.

Tabela 1: Dados Populacionais Censitrios

O ano de 1996 referente dados estimados da populao, pelo IBGE.

Na tabela 2, so apresentadas as taxas geomtricas de crescimento do municpio de Chapado do Lageado obtidas para diferentes perodos.

Tabela 2: Taxas Geomtricas de Crescimento.

Referncia: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

Com base nos dados do Censo, Contagem e Estimativas da populao realizadas pelo IBGE, analisaram-se as equaes linear, polinomial e logartmica, no qual se determinou a equao polinomial com o melhor fator de correlao para a projeo populacional, na ordem de 1.

Na seqncia segue grfico 1 demonstrando a equao polinomial e a curva de tendncia sobre a populao do municpio.

Grfico 1: Curva de crescimento populacional para os anos: 1991, 1996, 2000, 2007 e 2010.

De acordo com o Grfico 1, o municpio de Chapado do Lageado apresentou um acrscimo populacional entre os anos de 2000 e 2010.

Estimativa de Crescimento Populacional

Na Tabela 3, demonstra-se a estimativa de crescimento populacional do municpio, com base na equao citada anteriormente, bem como as taxas de crescimento anuais para os resultados obtidos de populao estimada para cada ano.

Tabela 3: Estimativa Populacional.

Como podem ser observadas na Tabela 3, as taxas anuais de crescimento apresentadas nos perodos analisados mostram-se oscilantes com o decorrer dos anos, com base na taxa de crescimento geomtrica obtida para o perodo de 00/07 1,02% a.a.

Assim ressalta-se que a estimativa populacional do projeto foi realizada a partir da taxa de crescimento anual entre os anos de 2000 e 2007, destacando que se considerou como o primeiro ano de projeto o ano de 2011 e, conseqentemente, o ano de 2030 como horizonte de projeto.

Ressalta-se tambm, que o mtodo do estudo populacional com a taxa de crescimento populacional adotada no relatrio foi acordada com o GES e aprovada em audincia pblica.

FASE III: PROGNSTICO, OBJETIVOS, METAS DE CURTO, MDIO E LONGO PRAZO PARA A UNIVERSALIZAO DOS SERVIOS DE SANEAMENTO

Para a elaborao do prognstico fez-se a anlise e seleo das alternativas de interveno visando melhoria das condies em que vivem as populaes urbanas e rurais no que diz respeito sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrncia de doenas relacionadas com o meio ambiente.

Estas alternativas tiveram como base as deficincias diagnosticadas na fase anterior e as carncias identificadas durante o horizonte do plano referente os servios pblicos de Saneamento Bsico.

Prognsticos das necessidades de servios pblicos de Saneamento Bsico

As projees das demandas por estes servios foram estimadas para o horizonte de projeto de 20 anos, com as seguintes metas:

Imediatas ou emergenciais at 3 anos;

Curto prazo entre 4 a 9 anos;

Mdio prazo entre 10 a 15 anos;

Longo prazo entre 16 a 20 anos.

Projees das demandas estimadas para os setores

As demandas estimadas, apresentadas a seguir, so baseadas no atendimento de toda a populao do municpio (rea urbana e rural).

Abastecimento de gua

Tabela 4- Demanda e projeo

Figura 2 - Demandas do CDP

O Limite Mximo Individual para Usos Consuntivos destinado ao Consumo Humano do atual manancial utilizado no pode ser analisado, pois o potencial hdrico do manancial dependente de levantamento hidrogeolgico (estudo de armazenamento, circulao e distribuio da gua na zona saturada das formaes geolgicas), assim sendo a disponibilidade hdrica do manancial subterrneo, onde atualmente o municpio realiza captao de gua no municpio de Chapado do Lageado, depende da realizao destes estudos. Porm se o atual manancial no tem capacidade para atender toda a populao do municpio durante o horizonte de 20 anos do plano, o municpio possui outros mananciais superficiais que podem ser utilizados no abastecimento pblico, entre eles esto: Arroio Lajeado, Arroio Florestal, Arroio Saltinho, entre outros.

Ressalta-se que esses mananciais s podero ser utilizados mediante estudos e projetos.

Esgotamento sanitrio

Tabela 5- Demanda e projeo

Tabela 6 - Demandas do CDP

Manejo dos resduos slidos e limpeza pblica

Tabela 7- Demanda e projeo

Tabela 8 - Demandas do CDP

Drenagem urbana e manejo das guas pluviais

Tabela 9- Demanda e projeo

Tabela 10 - Demandas do CDP

Demandas estimadas nos Planos Diretores disponveis para Abastecimento de gua

Em virtude da inexistncia de informaes sobre demandas estimadas durante o horizonte deste plano para abastecimento de gua nos planos diretores disponveis, faz-se apresentao das demandas identificadas no diagnstico e no prognstico, entre elas esto:

- Implantao de medio de presso;

- Manuteno e melhoria das instalaes dos sistemas de captao;

- Obteno da licena ambiental.

Os valores referentes implantao de medio de presso, manuteno e melhoria das instalaes dos sistemas de captao, obteno da licena ambiental, entre outros, so descritas nos prximos itens, dentro dos cenrios de Universalizao e Normativo.

Demandas estimadas nos Planos Diretores disponveis para Esgotamento sanitrio

Em virtude da inexistncia de informaes sobre demandas estimadas durante o horizonte deste plano para esgotamento sanitrio nos planos diretores disponveis, faz-se apresentao das demandas identificadas no diagnstico e no prognstico, sendo estas:

- Implantao de rede coletora de esgoto;

- Implantao de estao de tratamento de esgoto;

Os valores estimados para a implantao da rede coletora e estao de tratamento so descritas nos prximos itens, dentro dos cenrios de Universalizao e Normativo.

Projees de produo de Resduos slidos

Em virtude da inexistncia de informaes sobre demandas estimadas ao longo do horizonte deste plano referente a produo de resduos slidos nos planos diretores disponveis, faz-se apresentao das demandas identificadas no diagnstico e no prognstico, sendo estas:

- Implantao de itinerrio de coleta;

- Implantao de coleta seletiva estruturada pelo poder pblico;

- Adequao do caminho utilizado para coleta;

- Obteno de licenciamento para transporte rodovirio;

- Adequao do centro de triagem (EPIs e renovao da licena ambiental).

Os valores estimados para as demandas apresentadas acima so descritas nos prximos itens, dentro dos cenrios de Universalizao e Normativo.

Projees das necessidades de drenagem e manejo das guas pluviais

Para as projees dos servios de drenagem urbana e manejo das guas pluviais, baseou-se nas reas inundveis, estimadas pelos estudos hidrolgicos, e as dimenses de vias urbanas do municpio. Sobre as demandas identificadas no diagnstico e no prognstico, destacam-se:

- Recuperao da rede de drenagem;

- Implantao de rede drenagem nas vias urbanas.

Os valores estimados para a recuperao e implantao da rede de drenagem so descritas nos prximos itens, dentro dos cenrios de Universalizao e Normativo.

Alternativas de compatibilizao das carncias de servios pblicos de Saneamento Bsico com as aes decorrentes do plano

Nesta atividade foram compatibilizadas as disponibilidades e necessidades de servios pblicos para a populao, associando alternativas de interveno e de mitigao dos problemas decorrentes da insalubridade ambiental, de forma a se estabelecerem os cenrios alternativos.

Assim sendo, esta atividade consistiu na analise das disponibilidades e demandas futuras de servios pblicos de Saneamento Bsico do municpio, identificando as alternativas de interveno e de mitigao dos dficits e deficincias na prestao dos servios, de forma a se estabelecerem os cenrios alternativos, os quais so apresentados nos itens 5.4.1 e 5.4.2.

A partir dos resultados das propostas de interveno nos diferentes cenrios, selecionou-se o conjunto de alternativas promovendo a compatibilizao quali-quantitativa entre demandas e disponibilidade de servios. Este conjunto se caracterizando como o cenrio normativo objeto do Plano, apresentado no item 5.4.3.

A seguir observa-se as atuais disponibilidades relacionadas ao dficit de atendimento juntamente com as alternativas de mitigao das deficincias.

Abastecimento de gua

- Produo atual: 2,81 L/s;

- Demanda para atender toda a populao: 6,72 L/s;

- Dficit de produo: 3,91 L/s;

- Sistema de reservao atual: 40m;

- Dficit de reservao: 95,29m.

Para interveno e mitigao das deficincias, sugere-se que a capacidade de captao e produo seja ampliada, atravs da reformulao do sistema atual ou implantao de novos sistemas independentes.

Esgotamento sanitrio

- Vazo atual gerada: 4,82 L/s (vazo mx. diria);

- Vazo atual tratada: 0,00 L/s;

- Dficit de tratamento: 4,82 L/s.

Para interveno e mitigao das deficincias, sugere-se que a capacidade de coleta e tratamento seja implantada, atravs da implantao de um sistema adequado atravs de rede coletora e tratamento e/ou sistemas individuais de tratamento para zona rural.

Resduos slidos

- ndice de atendimento da coleta seletiva: 100%;

- Dficit de atendimento da coleta seletiva: 0%;

Obs: O municpio possui uma nica modalidade de coleta (separa no caminho orgnico, rejeito e reciclveis).

Para interveno e mitigao das deficincias, sugere-se que a coleta seja diferenciada (convencional e seletiva) com o intuito de melhorar a eficincia dos servios, tambm pode-se estar revendo o estudo da setorizao da coleta.

Drenagem urbana e manejo de guas pluviais

- Total de vias urbanas: 4.700m;

- Total de vias urbanas pavimentadas: 3.500m;

- Dficit de atendimento: 1.200m.

Para interveno e mitigao das deficincias, sugere-se que seja implantado um sistema de drenagem adequado para as reas no atendidas e manuteno peridica do sistema j implantado.

Identificao de alternativas de gesto dos servios pblicos de Saneamento Bsico

Para a prestao dos servios de Saneamento Bsico, o Municpio possui algumas alternativas institucionais para o exerccio das atividades de planejamento, prestao de servios, regulao, fiscalizao e controle social, definindo rgos municipais competentes para criao ou reformulao do existente, devendo-se considerar as possibilidades de cooperao regional.

Planejamento

O Decreto No 7.217/10, em seu pargrafo I, Art. 1, define planejamento como:

[...] atividades atinentes identificao, qualificao, quantificao, organizao e orientao de todas as aes, pblicas e privadas, por meio das quais o servio pblico deve ser prestado ou colocado disposio de forma adequada;

Este procedimento consiste no objeto direto do PMSB, sendo representado principalmente pelo diagnstico e prognstico, e determinado metas das aes propostas durante o horizonte do plano.

De acordo com Decreto citado acima, o planejamento consiste no envolvimento da elaborao do Plano Municipal de Saneamento Bsico (PMSB Elaborado pelo titular dos servios), Plano Nacional de Saneamento Bsico (PNSB Elaborado pela Unio) e Plano Regional de Saneamento Bsico. Sendo que a prestao dos servios pblicos dever atender as consideraes apresentadas no PMSB.

Vale ressaltar que o PMSB dever ser revisado e atualizado em no mximo a cada 4 anos, sendo que devero efetivar-se, de forma a garantir a ampla participao das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, por meio de divulgao, em conjunto com os estudos que os fundamentarem; recebimento de sugestes e crticas por meio de consulta ou audincia pblica; e quando previsto na legislao do titular, anlise e opinio por rgo colegiado criado nos termos do art. 47 da Lei no 11.445, de 2007.

Prestao dos Servios

Para a prestao dos servios pblicos de saneamento bsico, o titular dos servios poder efetiva-l das seguintes formas:

Referente a prestao dos servios pode se dar:

Diretamente Por rgo da Administrao Direta ou por Autarquia Empresa Pblica ou Sociedade de Economia Mista que integre sua administrao indireta, de acordo com os artigos 8 e 9, II, da Lei 11.445/07 e artigo 38, I, do Decreto 7.217/10.

De forma contratada, conforme artigo 38, II, do Decreto 7.217/10, podendo ser:

Indiretamente Atravs de concesso ou permisso precedida de licitao;

Gesto Associada de Servio Pblico Por meio de Contrato de programa autorizado por contrato de consrcio pblico ou por convnio de Cooperao (Lei11.107/05).

A prestao dos servios pode ainda ser realizada, diante dos termos da lei do titular, autorizao a usurios organizados em cooperativas ou associaes no regime do art. 10, 1, da Lei 11.445/07. Segundo Artigo 38, III, do Decreto 7.217/10, este modelo de administrao limitado para determinados condomnios e localidades de pequeno porte.

Na sequncia apresentam-se a descrio de algumas destas possveis prestadoras de servios mencionadas acima:

Administrao direta: composta por rgos ligados diretamente ao poder central, federal, estadual ou municipal. So os prprios organismos dirigentes, seus ministrios e secretarias.

Concesso: Em definio, um contrato administrativo por meio do qual a Administrao delega ao particular a gesto e a execuo, por sua conta e risco, sob o controle do Estado, de uma atividade definida por lei como servio pblico.

Parceria Pblico-Privadas: so contratos que estabelecem vnculo obrigacional entre a Administrao Pblica e a iniciativa privada visando implementao ou gesto, total ou parcial, de obras, servios ou atividades de interesse pblico, em que o parceiro privado assume a responsabilidade pelo financiamento, investimento e explorao do servio, observando, alm dos princpios administrativos gerais, os princpios especficos desse tipo de parceria.

Autarquias: servio autnomo, criado por lei especfica, com personalidade jurdica de direito pblico, patrimnio e receitas prprios, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gesto administrativa e financeira descentralizada (conf. art 5, I, do Decreto-Lei 200/67);

Fundao pblica: entidade dotada de personalidade jurdica de direito pblico, sem fins lucrativos, criada em virtude de lei autorizativa e registro em rgo competente, com autonomia administrativa, patrimnio prprio e funcionamento custeado por recursos da Unio e de outras fontes (conf. art 5, IV, do Decreto-Lei 200/67);

Empresa pblica: entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, com patrimnio prprio e capital exclusivo da Unio, se federal, criada para explorao de atividade econmica que o Governo seja levado a exercer por fora de contingncia ou convenincia administrativa(conf. art 5, II, do Decreto-Lei 200/67);

Sociedades de economia mista: entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, instituda mediante autorizao legislativa e registro em rgo prprio para explorao de atividade econmica, sob a forma de sociedade annima, cujas aes com direito a voto pertenam, em sua maioria, Unio ou a entidade da Administrao indireta (conf. art 5, III, do Decreto-Lei 200/67).

Empresas controladas pelo Poder Pblico podem ou no compor a Administrao Indireta, dependendo de sua criao ter sido ou no autorizada por lei. Existem subsidirias que so controladas pelo Estado, de forma indireta, e no so sociedades de economia mista, pois no decorreram de autorizao legislativa. No caso das que no foram criadas aps autorizao legislativa, elas s se submetem s derrogaes do direito privado quando seja expressamente previsto por lei ou pela Constituio Federal, como neste exemplo: "Art. 37. XII, CF - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico".

Regulao e Fiscalizao

No que diz respeito a regulao e fiscalizao dos servios, o Decreto 7.217/10 da Lei 11.445/07, no seu Art. 31 - Dos rgos e Entidades de Regulao, sita:

As atividades administrativas de regulao, inclusive organizao, e de fiscalizao dos servios de saneamento bsico podero ser executadas pelo titular:

I - diretamente, mediante rgo ou entidade de sua administrao direta ou indireta, inclusive consrcio pblico do qual participe; ou

II - mediante delegao, por meio de convnio de cooperao, a rgo ou entidade de outro ente da Federao ou a consrcio pblico do qual no participe, institudo para gesto associada de servios pblicos.

1o O exerccio das atividades administrativas de regulao de servios pblicos de saneamento bsico poder se dar por consrcio pblico constitudo para essa finalidade ou ser delegado pelos titulares, explicitando, no ato de delegao, o prazo de delegao, a forma de atuao e a abrangncia das atividades a ser desempenhadas pelas partes envolvidas.

2o As entidades de fiscalizao devero receber e se manifestar conclusivamente sobre as reclamaes que, a juzo do interessado, no tenham sido suficientemente atendidas pelos prestadores dos servios.

Na sequncia destacam-se trs exemplos de agncia reguladora e de fiscalizao:

Agncia Reguladora Municipal - O estabelecimento de agncia reguladora controlada pela administrao direta pode ser tratado como uma soluo diferencial para os servios de saneamento e adequada a uma aplicao para pequenos municpios.

O fato que esta modalidade de regulao pode colocar em risco alguns dos princpios da regulao, especialmente quanto a autonomia e a independncia decisria, visto sua proximidade a administrao municipal.

Os custos de manuteno da agncia municipal neste caso podero ficar elevados em razo da estruturao profissional mnima requerida.

As vantagens neste modelo que a realizao de aes para regulao e fiscalizao apresenta-se prximas aos locais de sua ocorrncia, podendo ser tratadas de forma rpida e objetiva.

So poucas as experincias conhecidas de agncias de regulao municipal para municpios de pequeno porte, certamente devido aos riscos de interferncias no mbito local.

Em Santa Catarina apresenta-se como exemplo de agncias municipais a AMAE - Agncia Municipal de Regulao dos Servios de gua e Esgoto de Joinville, na cidade de Joinville e a AGR Agncia Reguladora das guas de Tubaro, que atua no municpio de Tubaro

Agncia Reguladora Regional Esta modalidade caracteriza-se pela participao de municpios vizinhos na forma de convnio, sendo uma alternativa atrativa para os municpios de pequeno porte.

Neste caso a autonomia e independncia decisria seriam melhores asseguradas, haja vista a participao de constituintes externos a administrao direta especfica do municpio.

Quanto aos custos o efeito de escala dever resultar em redues ao municpio visto a possibilidade de rateio de despesas entre os participantes.

Agncia de Regulao Delegada - A delegao dos servios de regulao agncia j constituda para esta finalidade pode ser a soluo mais prtica haja vista a existncia em Santa Catarina, de pelo menos trs alternativas: sendo: AGESC, AGESAN e ARIS.

Destaca-se como aspecto positivo as interferncias locais que ficam mais restritas, proporcionando maior autonomia e independncia. No entanto esta modalidade estar distante do local de prestao dos servios, o que poder resultar em morosidade nas decises e dificuldade no contato entre o titular dos servios e o ente regulador.

A parir dos elementos apresentados, caber ao poder pblico municipal definir a melhor alternativa para o exerccio da regulao e fiscalizao, tendo como objetivo maior proporcionar as condies para a efetivao do Plano Municipal de Saneamento Bsico atravs de atendimentos de seus objetivos e metas preconizados.

Controle social

Ainda de acordo com o Decreto 7.217/10, no seu Art. 34 Do Controle Social, cita:

O controle social dos servios pblicos de saneamento bsico poder ser institudo mediante adoo, entre outros, dos seguintes mecanismos:

I - debates e audincias pblicas;

II - consultas pblicas;

III - conferncias das cidades; ou

IV - participao de rgos colegiados de carter consultivo na formulao da poltica de saneamento bsico, bem como no seu planejamento e avaliao.

Abordagem Legal

De acordo com o Decreto N 7.217, de 21 de junho de 2010, que Regulamenta a Lei no 11.445, estabelecendo diretrizes nacionais para o Saneamento Bsico, e d outras providncias, define em seu Captulo V:

Art. 38. O titular poder prestar os servios de Saneamento Bsico:

I - diretamente, por meio de rgo de sua administrao direta ou por autarquia, empresa pblica ou sociedade de economia mista que integre a sua administrao indireta, facultado que contrate terceiros, no regime da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, para determinadas atividades;

II - de forma contratada:

a) indiretamente, mediante concesso ou permisso, sempre precedida de licitao na modalidade concorrncia pblica, no regime da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; ou

b) no mbito de gesto associada de servios pblicos, mediante contrato de programa autorizado por contrato de consrcio pblico ou por convnio de cooperao entre entes federados, no regime da Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005; ou

III - nos termos de lei do titular, mediante autorizao a usurios organizados em cooperativas ou associaes, no regime previsto no art. 10, 1o, da Lei no 11.445, de 2007, desde que os servios se limitem a:

a) determinado condomnio; ou

b) localidade de pequeno porte, predominantemente ocupada por populao de baixa renda, onde outras formas de prestao apresentem custos de operao e manuteno incompatveis com a capacidade de pagamento dos usurios.

Pargrafo nico. A autorizao prevista no inciso III dever prever a obrigao de transferir ao titular os bens vinculados aos servios por meio de termo especfico, com os respectivos cadastros tcnicos.

Seo II

Da Prestao Mediante Contrato

Subseo I

Das Condies de Validade dos Contratos

Art. 39. So condies de validade dos contratos que tenham por objeto a prestao de servios pblicos de Saneamento Bsico:

I - existncia de plano de Saneamento Bsico;

II - existncia de estudo comprovando a viabilidade tcnica e econmico-financeira da prestao universal e integral dos servios, nos termos do respectivo plano de Saneamento Bsico;

III - existncia de normas de regulao que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes da Lei no 11.445, de 2007, incluindo a designao da entidade de regulao e de fiscalizao; e

IV - realizao prvia de audincia e de consulta pblicas sobre o edital de licitao e sobre a minuta de contrato, no caso de concesso ou de contrato de programa.

1o Para efeitos dos incisos I e II do caput, sero admitidos planos especficos quando a contratao for relativa ao servio cuja prestao ser contratada, sem prejuzo do previsto no 2o do art. 25.

2o condio de validade para a celebrao de contratos de concesso e de programa cujos objetos sejam a prestao de servios de Saneamento Bsico que as normas mencionadas no inciso III do caput prevejam:

I - autorizao para contratao dos servios, indicando os respectivos prazos e a rea a ser atendida;

II - incluso, no contrato, das metas progressivas e graduais de expanso dos servios, de qualidade, de eficincia e de uso racional da gua, da energia e de outros recursos naturais, em conformidade com os servios a serem prestados;

III - prioridades de ao, compatveis com as metas estabelecidas;

IV - hipteses de interveno e de retomada dos servios;

V - condies de sustentabilidade e equilbrio econmico-financeiro da prestao dos servios, em regime de eficincia, incluindo:

a) sistema de cobrana e composio de taxas, tarifas e outros preos pblicos;

b) sistemtica de reajustes e de revises de taxas, tarifas e outros preos pblicos;

c) poltica de subsdios; e

VI - mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulao e fiscalizao dos servios.

3o Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato devero ser compatveis com o respectivo plano de Saneamento Bsico.

4o O Ministrio das Cidades fomentar a elaborao de norma tcnica para servir de referncia na elaborao dos estudos previstos no inciso II do caput.

5o A viabilidade mencionada no inciso II do caput pode ser demonstrada mediante mensurao da necessidade de aporte de outros recursos alm dos emergentes da prestao dos servios.

6o O disposto no caput e seus incisos no se aplica aos contratos celebrados com fundamento no inciso IV do art. 24 da Lei no 8.666, de 1993, cujo objeto seja a prestao de qualquer dos servios de Saneamento Bsico.

Subseo II

Das Clusulas Necessrias

Art. 40. So clusulas necessrias dos contratos para prestao de servio de Saneamento Bsico, alm das indispensveis para atender ao disposto na Lei no 11.445, de 2007, as previstas:

I - no art. 13 da Lei no 11.107, de 2005, no caso de contrato de programa;

II - no art. 23 da Lei no 8.987, de 1995, bem como as previstas no edital de licitao, no caso de contrato de concesso; e

III - no art. 55 da Lei no 8.666, de 1993, nos demais casos.

Seo III

Da Prestao Regionalizada

Art. 41. A contratao de prestao regionalizada de servios de Saneamento Bsico dar-se- nos termos de contratos compatveis, ou por meio de consrcio pblico que represente todos os titulares contratantes.

Pargrafo nico. Devero integrar o consrcio pblico mencionado no caput todos os entes da Federao que participem da gesto associada, podendo, ainda, integr-lo o ente da Federao cujo rgo ou entidade vier, por contrato, a atuar como prestador dos servios.

Art. 42. Na prestao regionalizada de servios pblicos de Saneamento Bsico, as atividades de regulao e fiscalizao podero ser exercidas:

I - por rgo ou entidade de ente da Federao a que os titulares tenham delegado o exerccio dessas competncias por meio de convnio de cooperao entre entes federados, obedecido o art. 241 da Constituio; ou

II - por consrcio pblico de direito pblico integrado pelos titulares dos servios.

Art. 43. O servio regionalizado de Saneamento Bsico poder obedecer a plano de Saneamento Bsico elaborado pelo conjunto de Municpios atendidos.

Seo IV

Do Contrato de Articulao de Servios Pblicos de Saneamento Bsico

Art. 44. As atividades descritas neste Decreto como integrantes de um mesmo servio pblico de Saneamento Bsico podem ter prestadores diferentes.

1o Atendidas a legislao do titular e, no caso de o prestador no integrar a administrao do titular, as disposies de contrato de delegao dos servios, os prestadores mencionados no caput celebraro contrato entre si com clusulas que estabeleam pelo menos:

I - as atividades ou insumos contratados;

II - as condies e garantias recprocas de fornecimento e de acesso s atividades ou insumos;

III - o prazo de vigncia, compatvel com as necessidades de amortizao de investimentos, e as hipteses de sua prorrogao;

IV - os procedimentos para a implantao, ampliao, melhoria e gesto operacional das atividades;

V - as regras para a fixao, o reajuste e a reviso das taxas, tarifas e outros preos pblicos aplicveis ao contrato;

VI - as condies e garantias de pagamento;

VII - os direitos e deveres sub-rogados ou os que autorizam a sub-rogao;

VIII - as hipteses de extino, inadmitida a alterao e a resciso administrativas unilaterais;

IX - as penalidades a que esto sujeitas as partes em caso de inadimplemento; e

X - a designao do rgo ou entidade responsvel pela regulao e fiscalizao das atividades ou insumos contratados.

2o A regulao e a fiscalizao das atividades objeto do contrato mencionado no 1o sero desempenhadas por nico rgo ou entidade, que definir, pelo menos:

I - normas tcnicas relativas qualidade, quantidade e regularidade dos servios prestados aos usurios e entre os diferentes prestadores envolvidos;

II - normas econmicas e financeiras relativas s tarifas, aos subsdios e aos pagamentos por servios prestados aos usurios e entre os diferentes prestadores envolvidos;

III - garantia de pagamento de servios prestados entre os diferentes prestadores dos servios;

IV - mecanismos de pagamento de diferenas relativas a inadimplemento dos usurios, perdas comerciais e fsicas e outros crditos devidos, quando for o caso; e

V - sistema contbil especfico para os prestadores que atuem em mais de um Municpio.

3o Inclui-se entre as garantias previstas no inciso VI do 1o a obrigao do contratante de destacar, nos documentos de cobrana aos usurios, o valor da remunerao dos servios prestados pelo contratado e de realizar a respectiva arrecadao e entrega dos valores arrecadados.

4o No caso de execuo mediante concesso das atividades a que se refere o caput, devero constar do correspondente edital de licitao as regras e os valores das tarifas e outros preos pblicos a serem pagos aos demais prestadores, bem como a obrigao e a forma de pagamento.

Cenrios alternativos das demandas por servios de Saneamento Bsico

Nesta atividade foram apresentadas projees sobre as condies nos servios de Saneamento Bsico para os prximos 20 anos, associando medidas de mitigao dos problemas identificados.

Essas projees compreendem o Cenrio Tendencial e Cenrio de Universalizao, os quais so apresentados na sequncia.

Cenrio Tendencial

Neste cenrio apresenta-se a projeo do municpio com os ndices atuais e estticos dos servios de Saneamento Bsico ao longo do perodo de horizonte do plano. Desta forma, no se far alteraes sobre os ndices atuais de atendimento com os servios de Saneamento Bsico prestados pelo municpio.

Prognstico dos Servios de Abastecimento de gua

Neste item sero apresentadas projees dos aspectos dos Sistemas de abastecimento de gua do municpio de Chapado do Lageado.

Critrios de Projeto e dados de entrada para as Projees no Sistema de Abastecimento de gua

Para a projeo do sistema de abastecimento de gua, utilizou-se dos critrios tcnicos e dados informados pela Prefeitura. A seguir, seguem os critrios adotados.

Tabela 11 - Critrios aplicados e adotados

Para projeo dos investimentos serem aplicados no sistema utilizou-se os seguintes valores:

Tabela 12 - Critrios aplicados e adotados As projees para os servios de abastecimento de gua compreendem a avaliao das seguintes estruturas:

Produo de gua do sistema pblico;

Ligaes de gua;

Rede de abastecimento;

Necessidade de reservao de gua;

Sistemas alternativos de abastecimento de gua.

62

As tabelas que seguem apresentam as condies estabelecidas com as projees e critrios adotados para as estruturas citadas ante