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1- Como a cultura e consumo se relacionam? by MARCUS TONIN on Out 4, 2013 9:19 6 Estamos evoluindo a todo instante e o modo como vivemos vem sendo alterado por diversos fatores, um dos mais importantes são nossos hábitos de consumo. O capitalismo acelerado tornou tudo uma questão de existência, precisamos nos apoderar dos produtos e de suas histórias. Assim, tudo que compramos passa a ser a nossa verdadeira essência, ou pelo menos o que gostaríamos de ser. A propaganda associa as mercadorias a ilusões culturais, exercendo influência direta sobre o que a população compra ou deixa de comprar. No ato da compra, o consumo não mais se dá em busca de objetos, mas sim de signos, que obedecem a uma lógica própria. As marcas buscam passar uma mensagem ao anunciar os seus produtos, nem todos captam as mensagens da mesma forma, mas quem busca por um determinado produto certamente foi atingido por algo maior do que apenas o próprio produto ou o preço anunciado. Se partirmos do pressuposto de que poderíamos pagar qualquer preço por determinados serviços e produtos, as escolhas se tornam completamente dependentes da ordem cultural, de sistemas simbólicos e de necessidades classificatórias. Apaixonamos-nos por uma marca, e não por outra, baseados em fatores estritamente emocionais. Buscamos estreitar os laços afetivos e principalmente nos projetar com os significados que as marcas nos passam. O branding surge como ferramenta para que as marcas consigam se comunicar e principalmente gerar valor aos consumidores, tornando ainda mais místico o ato da compra. Através das ferramentas do marketing, podemos contar histórias, criar, adaptar, recriar cenários e linkar pessoas com objetos. O consumo é influenciado muitas vezes por métricas exatas, sofrendo influência de mentes brilhantes que pensaram em cada estratégia do produto, da concepção da ideia até a exposição no ponto de venda. Desta forma, o consumo frenético altera os aspectos culturais de uma região, seja por um breve período ou por longos anos, podendo ser fator de influência em várias gerações. Através dos produtos adquiridos as pessoas modulam e administram sua identidade, tudo isso devido ao poder que as marcas exercem sobre as sociedades. Elas são agentes de transformação e podem criar uma nova forma de pensar, algumas conseguem até criar a sensação de familiaridade, e podem chegar até a criação de comunidades. Exemplo disso é a Harley Davidson, marca de motocicletas mais famosa do mundo, onde seus adeptos chegam ao ponto de tatuar a marca, tornando o elo entre consumidor e empresa algo quase indestrutível. A publicidade contemporânea tem o papel decisivo na ligação entre produção e consumo, as ofertas vem superando as demandas em diversas áreas. Então, como vender toda a produção de sua empresa? Além de realizar a primeira venda, como tornar esse consumidor um cliente fiel? Essas são as perguntas que muitos se fazem. As pessoas estão cada dia mais difíceis de serem atingidas. Estamos expostos a uma tempestade de anúncios, seja nos jornais, revistas, outdoors, televisão, internet entre outros tantos canais a que somos submetidos diariamente. Assim, quem buscar entender os aspectos culturais das sociedades levará vantagens na briga pelas vendas. Escrevi em outro artigo e reafirmo agora que, para melhor conhecermos os consumidores atuais devemos mudar a segmentação que aprendemos no passado, quando diferenciávamos as pessoas por classe social, faixa etária e localização. O consumidor moderno deve ser analisado por seus hábitos, seu estilo de vida e seus valores. Desta forma as marcas conseguirão, com mais facilidade, atingir seus objetivos na busca da fidelização de seus clientes. A tendência de aceleração no mercado tende a aumentar, as pessoas terão cada vez menos tempo para conversar, para pesquisar, para observar. Portanto as empresas devem estar cada vez mais atentas a esse tipo de compra e venda, mas de forma alguma devem deixar suas marcas de lado, são elas que podem diferenciar as empresas, terminar as guerras por preços, gerar valor e fazer a diferença de verdade na vida dos consumidores. Um consumidor engajado e apaixonado vira defensor de uma marca, e sendo assim torna-se um dos principais ativos de qualquer empresa, apesar da contabilidade não incluir esse dado em seus relatórios, um bom gestor sabe o valor que este envolvimento pode causar em sua organização. Referencial teórico extraído da Disciplina de Cultura e Consumo, Universidade de Caxias do Sul, curso de Especialização em Gestão de Marca Branding, Professor Giancarlo Dal Bó. Fonte: http://www.ideiademarketing.com.br/2013/10/04/como-a-cultura-e-consumo-se-relacionam/em 02/09/2015 pelo Prof. Cássio

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1- Como a cultura e consumo se relacionam? by MARCUS TONIN on Out 4, 2013 • 9:19 6

Estamos evoluindo a todo instante e o modo como vivemos vem sendo alterado por diversos fatores, um dos mais importantes são nossos hábitos de consumo. O capitalismo acelerado tornou tudo uma questão de existência, precisamos nos apoderar dos produtos e de suas histórias. Assim, tudo que compramos passa a ser a nossa verdadeira essência, ou pelo menos o que gostaríamos de ser.

A propaganda associa as mercadorias a ilusões culturais, exercendo influência direta sobre o que a população compra ou deixa de comprar. No ato da compra, o consumo não mais se dá em busca de objetos, mas sim de signos, que obedecem a uma lógica própria. As marcas buscam passar uma mensagem ao anunciar os seus

produtos, nem todos captam as mensagens da mesma forma, mas quem busca por um determinado produto certamente foi atingido por algo maior do que apenas o próprio produto ou o preço anunciado.

Se partirmos do pressuposto de que poderíamos pagar qualquer preço por determinados serviços e produtos, as escolhas se tornam completamente dependentes da ordem cultural, de sistemas simbólicos e de necessidades classificatórias. Apaixonamos-nos por uma marca, e não por outra, baseados em fatores estritamente emocionais. Buscamos estreitar os laços afetivos e principalmente nos projetar com os significados que as marcas nos passam. O branding surge como ferramenta para que as marcas consigam se comunicar e principalmente gerar valor aos consumidores, tornando ainda mais místico o ato da compra.

Através das ferramentas do marketing, podemos contar histórias, criar, adaptar, recriar cenários e linkar pessoas com objetos. O consumo é influenciado muitas vezes por métricas exatas, sofrendo influência de mentes brilhantes que pensaram em cada estratégia do produto, da concepção da ideia até a exposição no ponto de venda. Desta forma, o consumo frenético altera os aspectos culturais de uma região, seja por um breve período ou por longos anos, podendo ser fator de influência em várias gerações.

Através dos produtos adquiridos as pessoas modulam e administram sua identidade, tudo isso devido ao poder que as marcas exercem sobre as sociedades. Elas são agentes de transformação e podem criar uma nova forma de pensar, algumas conseguem até criar a sensação de familiaridade, e podem chegar até a criação de comunidades. Exemplo disso é a Harley Davidson, marca de motocicletas mais famosa do mundo, onde seus adeptos chegam ao ponto de tatuar a marca, tornando o elo entre consumidor e empresa algo quase indestrutível.

A publicidade contemporânea tem o papel decisivo na ligação entre produção e consumo, as ofertas vem superando as demandas em diversas áreas. Então, como vender toda a produção de sua empresa? Além de realizar a primeira venda, como tornar esse consumidor um cliente fiel? Essas são as perguntas que muitos se fazem. As pessoas estão cada dia mais difíceis de serem atingidas. Estamos expostos a uma tempestade de anúncios, seja nos jornais, revistas, outdoors, televisão, internet entre outros tantos canais a que somos submetidos diariamente. Assim, quem buscar entender os aspectos culturais das sociedades levará vantagens na briga pelas vendas.

Escrevi em outro artigo e reafirmo agora que, para melhor conhecermos os consumidores atuais devemos mudar a segmentação que aprendemos no passado, quando diferenciávamos as pessoas por classe social, faixa etária e localização. O consumidor moderno deve ser analisado por seus hábitos, seu estilo de vida e seus valores. Desta forma as marcas conseguirão, com mais facilidade, atingir seus objetivos na busca da fidelização de seus clientes.

A tendência de aceleração no mercado tende a aumentar, as pessoas terão cada vez menos tempo para conversar, para pesquisar, para observar. Portanto as empresas devem estar cada vez mais atentas a esse tipo de compra e venda, mas de forma alguma devem deixar suas marcas de lado, são elas que podem diferenciar as empresas, terminar as guerras por preços, gerar valor e fazer a diferença de verdade na vida dos consumidores. Um consumidor engajado e apaixonado vira defensor de uma marca, e sendo assim torna-se um dos principais ativos de qualquer empresa, apesar da contabilidade não incluir esse dado em seus relatórios, um bom gestor sabe o valor que este envolvimento pode causar em sua organização.

Referencial teórico extraído da Disciplina de Cultura e Consumo, Universidade de Caxias do Sul, curso de

Especialização em Gestão de Marca – Branding, Professor Giancarlo Dal Bó.

Fonte: http://www.ideiademarketing.com.br/2013/10/04/como-a-cultura-e-consumo-se-relacionam/em

02/09/2015 pelo Prof. Cássio

2-Consumo Sustentável

A Agenda 21 Global, assinada na Rio 92, traz em seu Capítulo 4 a relevância em se atentar para o consumo

como causador de diferentes impactos ambientais e sociais.

O Consumo Sustentável envolve a escolha de produtos que utilizaram menos recursos naturais em sua produção,

que garantiram o emprego decente aos que os produziram, e que serão facilmente reaproveitados ou reciclados.

Significa comprar aquilo que é realmente necessário, estendendo a vida útil dos produtos tanto quanto possível.

Consumimos de maneira sustentável quando nossas escolhas de compra são conscientes, responsáveis, com a

compreensão de que terão consequências ambientais e sociais – positivas ou negativas.

Mudança de comportamento é algo que leva tempo e amadurecimento do ser humano, mas é acelerada quando

toda a sociedade adota novos valores. O termo “sociedade de consumo” foi cunhado para denominar a sociedade

global baseada no valor do “ter”. No entanto, o que observamos agora são os valores de sustentabilidade e justiça

social fazendo parte da consciência coletiva, no mundo e também no Brasil. Este novo olhar sobre o que deve ser

buscado por cada um promove a mudança de comportamento, o abandono de práticas nocivas de alto consumo e

desperdício e adoção de práticas conscientes de consumo.

Consumo consciente, consumo verde, consumo responsável são nuances do Consumo Sustentável, cada um

focando uma dimensão do consumo. O consumo consciente é o conceito mais amplo e simples de aplicar no dia a

dia: basta estar atento à forma como consumimos – diminuindo o desperdício de água e energia, por exemplo – e

às nossas escolhas de compra – privilegiando produtos e empresas responsáveis. A partir do consumo consciente,

a sociedade envia um recado ao setor produtivo de que quer que lhe sejam ofertados produtos e serviços que

tragam impactos positivos ou reduzam significativamente os impactos negativos no acumulado do consumo de

todos os cidadãos.

Nossa população cresceu – somos 192 milhões em 2011 – e nosso poder aquisitivo aumenta gradativamente – em

2020, 117 milhões de brasileiros farão parte da nova classe média. Este momento singular na História do Brasil

tem reflexo no aumento do consumo: carros, imóveis, celulares, tvs, etc. Não há razão para impedir que esta

demanda reprimida de consumo seja refreada, pois o consumo fortalece nossa economia. No entanto, é a

oportunidade histórica de abandonar os padrões de consumo exagerado copiados de países de primeira

industrialização e estabelecer padrões brasileiros de consumo em harmonia com o meio ambiente, a saúde

humana e com a sociedade.

FONTE: http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-

sustentavel/conceitos/consumo-sustentavel EM 02/09/2015 pelo Prof. Cássio

3-Vida Líquida: consumo, velocidade e lixo na era da

incerteza. (extrair parte(s) mais relevantes para os

alunos)

Por Parcilene Fernandes

Bacharel em Psicologia. Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa

Catarina - UFSC. Coordenadora e professora dos cursos de Sistemas de Informação e Ciência da

Computação do CEULP/ULBRA.

A vida líquida, assim como outras obras de Bauman, traz uma reflexão apoiada na revisão de alguns conceitos

(como cultura, progresso, amor, medo, consumo) presentes e em constante mutação na sociedade atual. São

vários livros permeados pela mesma premissa: o mundo líquido-moderno. Há fôlego para tantos desdobramentos

de uma mesma temática? Sinceramente, não sei. No momento, estou preocupada com “a parte que me cabe deste

latifúndio”, vamos, então, à Vida Líquida.

The Deluge by Gustave Doré

E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.

Gênesis 7:10

E expirou toda a carne que se movia sobre a terra [...].Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas,

tudo o que havia em terra seca, morreu.

Gênesis 7:21-22

A palavra „vida‟, segundo uma das definições apresentadas no dicionário Oxford, pode ser compreendida como o

período entre o nascimento e a morte. Então, refletir sobre a vida líquida é compreender como se dá o movimento

das variáveis, os elementos em trânsito entre as entradas e saídas dentro de um período de tempo que marca uma

determinada existência.

Para Bauman, “a vida líquida é uma vida precária, vivida em condições de incerteza constante” (p.8). Mas,

parece-me que a vida sempre foi assim, uma série finita de incertezas permeada por artifícios capazes de produzir

um sentimento relativo e breve de estabilidade. Mas, por que essa fluidez parece agora tão mais evidente?

Talvez seja porque as inovações tecnológicas, os governos, a mídia e o mercado produziram um ambiente em que

é cada vez mais fácil “apagar, desistir, substituir”. E a velocidade com que isso ocorre é que dá à vida esse caráter

inconstante. É como se cada pessoa estivesse eternamente à procura de algo que possa ser seu novo objetivo

ideal (uma espécie de Santo Graal), mesmo sem compreender porque havia buscado o já ultrapassado objetivo

que ainda tem em mãos. Assim, a rapidez com que as variáveis mudam é condição necessária e, quem sabe,

suficiente para a sobrevivência no mundo líquido-moderno.

A velocidade com que o indivíduo transita entre o amor e o desapego, entre a relevância e o descaso, entre o

moderno e o ultrapassado, entre o essencial e o desnecessário provoca um aumento exponencial do lixo. Cada

pessoa carrega consigo seu lixo particular, que precisa ser despejado em algum lugar. E isso acontece através da

ajuda dos mais diversos meios, desde terapias e pílulas mágicas até religião e sistemas educacionais.

O lixo é o principal e comprovadamente o mais abundante produto da sociedade líquido-moderna de consumo. [...]

Isso faz da remoção do lixo um dos dois principais desafios que a vida líquida precisa enfrentar e resolver. O outro

é a ameaça de ser jogado no lixo. [...] A vida talvez seja sempre um „viver-para-a-morte‟, mas, para os que vivem

na líquida sociedade moderna, a perspectiva de „viver-para-depósito-de-lixo‟ pode ser a preocupação mais

imediata e consumidora de energia e trabalho. (BAUMAN, p. 17, 18)

Essa preocupação com esse estado fluido que constitui a vida em sociedade não é uma novidade. No século XIX,

por exemplo, Karl Marx já mostrava em suas reflexões, especialmente em sua principal obra - “O Capital” -, uma

inquietude em relação ao caráter instável e extremamente dinâmico do capitalismo. Mostrou que através das

inovações tecnológicas (e a tecnologia, para ele, era considerada um elemento endógeno das relações produtivas)

era possível criar monopólios temporários, que seriam responsáveis por mudanças substanciais na dinâmica do

sistema.

Na primeira metade do século XX, o economista Joseph Schumpeter adicionou à questão da inovação tecnológica,

a figura do empreendedor. O empreendedor, nesse contexto, é um dos principais responsáveis por dinamizar os

processos econômicos através de inovações. A partir disso, Schumpeter cunhou a expressão “destruição

criadora”, que descreve o modo como o processo de inovação pode destruir empresas, produtos e modelos de

negócio. Assim, segundo Tigre (2006), se para os economistas teóricos o problema visualizado era como o

capitalista administra as estruturas existentes, para Schumpeter a questão crucial era em como ele as cria e

destrói.

„Destruição Criativa‟ é a forma como caminha a vida líquida, mas o que esse termo atenua e, silenciosamente,

ignora é que aquilo que essa criação destrói são outros modos de vida e, portanto, de forma indireta, os seres

humanos que os praticam. [...] Veem „as novidades como inovações, a precariedade como um valor, a instabilidade

como imperativo, o hibridismo como riqueza‟. (BAUMAN, p.10)

O imperativo da velocidade parece ser a tônica do século XXI. E para ser veloz tem que ser leve. Logo, faz-se

necessário abrir mão de muitas coisas, e até (ou principalmente) de muitas pessoas. Em contrapartida, parece que

nunca estivemos tão conectados, temos uma lista infindável de contatos em vários tipos de redes sociais virtuais.

Podemos vivenciar a experiência de uma blogueira na ilha de Cuba, o resgate de um cachorro em uma rodovia no

México ou os últimos dias de um doente terminal. A velha expressão “carrego o mundo nas costas” parece fazer

cada vez mais sentido. A questão é: que mundo é esse? Que é pesado e insustentável, mas, paradoxalmente, leve

e fora do alcance.

O Ser e o Tudo

Numbers Man by Tariq Yousef

O “tudo” que é exposto nas prateleiras virtuais infinitas talvez seja o gatilho para uma série de patologias no

mundo líquido-moderno. “Numa feira global em que receitas de individualidade são vendidas no atacado”

(BAUMAN, p. 29), já não basta mais ter um tênis da marca X, ou um carro do último ano, tem-se que ter a ilusão

de que o tênis e o carro foram criados adequadamente ao seu perfil.

No século XX havia um limite para as prateleiras. Esse limite era o espaço físico dos departamentos. No virtual, tal

limite perdeu o sentido. O mercado se mobiliza cada vez mais em produzir objetos que se adequem aos mais

diferenciados perfis. Então, se você for um solitário colecionador de miniaturas em cristal de galinhas de angola,

poderá encontrar na rede um ambiente para troca e compra desses artefatos, bem como aqueles que consomem

um tipo de literatura bem específica também poderão fazer parte do final da cauda da curva de demanda, ou seja,

mesmo poucos terão importância. Desta forma, sua “individualidade” será mantida, pois o mercado de nichos,

conforme pode ser observado no Livro “A cauda longa”, de Anderson (2006), é tão, ou mais importante, que o

mercado das massas.

Clone Man by Peter James

... quando a individualidade é um „imperativo universal‟ e a condição de todos, o único ato que o faria

diferente e portanto genuinamente individual seria tentar – de modo desconcertante e surpreendente – não

ser um indivíduo. (BAUMAN, p. 26)

Essa constatação de Bauman é uma ironia provocativa à condição humana atual em relação a um de seus pontos

mais frágeis e mais “preciosos”: sua individualidade. Vimos constantemente nas manifestações sociais, nas

promessas de produtos das grandes empresas, nas diversas mídias de entretenimento, que somos importantes e

únicos, e que o objeto X foi feito especialmente para nós, assim como o objeto Y já não é mais digno de nosso

perfil cool. Em um ambiente como esse, quem ousa ser um igual, realmente, pode se tornar um contraventor.

Talvez o “igual” do século XXI seja o equivalente ao sertanejo do Euclides da Cunha, ou seja, “antes de tudo, um

forte”.

Querer é poder. E quando existe demanda, a oferta não demora a aparecer. Em nossa sociedade de

indivíduos que buscam desesperadamente sua individualidade, não há escassez de auxílios, consagrados

ou autoproclamados, que (pelo preço certo, é claro) se mostrarão totalmente dispostos a nos guiar pelos

calabouços sombrios de nossas almas, onde os nossos autênticos „eus‟ permanecem supostamente

aprisionados, lutando para escapar em busca da luz. (BAUMAN, p. 28)

Livros de autoajuda, Física Quântica para explicar a alma, seitas, religiões, empresas, Estado, mídia, partidos

políticos e indústrias farmacêuticas buscam, em algum nível, ser uma espécie de guia para esse desejo tão

humano da individualidade. Assim, através da fé ou da química, de discursos ou de um produto espetacular, essas

entidades procuram sustentar que há relevância na existência de cada um. A questão é que esses elementos em

demasia podem potencializar a existência de novas doenças, propiciando o surgimento de novas categorias de

transtornos e movimentando, ainda mais, a indústria farmacêutica e outras vertentes do mercado.

Agora a questão não é somente curar-se de um mal, mas curar-se de um mal vendido e promovido como um bem.

O ser diante do tudo deseja, por uma questão de sobrevivência, salvaguardar sua identidade. Para tanto, segundo

Bauman, oscila entre “as extremidades da individualidade descompromissada e da pertença total” (p. 44). É como

se tivesse que lidar com o desejo da liberdade, ainda que “assombrada pelo medo da solidão” e a necessidade da

segurança, permeada constantemente pelo “pavor da incapacidade”.

Vida de Consumo

Para Bauman, “a vida líquida é uma vida de consumo” (p. 16). Assim, objetos e pessoas para

manterem-se em foco precisam estar em constante movimento, o primeiro a partir de inovações

incrementais, a segunda na agregação de novas competências e habilidades.

O termo “educação continuada”, tão discutido, promovido e, até mesmo, vendido por vários atores do sistema

educacional ou do Governo, tem em sua base reflexões profundas que vão desde a ampliação da autonomia do

indivíduo até o aviso insistente da necessidade de adequação a um mercado em movimento que envia o

ultrapassado para a margem. O que é paradoxal, nesse contexto, é que algumas das maiores inovações que

tivemos nos últimos tempos (relacionadas à informática, por exemplo) vieram da margem.

The Surreal Landscapes by Vladimir Kush

Precisamos da educação ao longo da vida para termos escolha.

Mas precisamos dela ainda mais para preservar as condições

que tornam essa escolha possível e a colocam ao nosso

alcance. (BAUMAN,p. 166)

Viver deslizando por águas muitas vezes desconhecidas, já que a

água é corrente e dá a impressão de que nunca estamos imersos no

mesmo contexto, apesar de que tudo pareça sempre igual (Reductio

ad absurdum), é viver no limite. E isso significa, em alguns aspectos, manter-se em constante autoexame e

autocensura, pois o mais complexo na vida liquida é criar meios que permitam estar satisfeito consigo mesmo.

Assim, na reflexão de Bauman, “a sociedade de consumo consegue tornar permanente a insatisfação. [...] O que

começa como necessidade deve terminar como compulsão ou vício” (p. 106).

A “síndrome consumista” é promovida ainda na infância, pois em um mundo em que a presença dos pais parece

existir em fragmentos cada vez menores, por que os brinquedos e o afeto seriam permanentes?

Shopping Cart by Dran

É justamente por causa desse tempo de dedicação tão diminuto que alguns pais da modernidade líquida tendem a

buscar novas formas de compensação, alimentando ainda mais o consumo e a ansiedade, o excesso e a

redundância que acompanham a produção do lixo nosso de cada dia.

E não é desejo da sociedade de consumo reduzir essa ansiedade, muito pelo contrário, a ideia é intensificá-la.

Assim, a renovação do desejo eterno pelo „novo‟ continua sendo a mola propulsora do mercado e do ideal de

“destruição criadora”. Para ansiedade, há medicamento. Logo, cria-se a verdade ilusória (?) de que “ficaremos

bem”.

De mártir a herói e de herói a celebridade

Martírio significa solidariedade com um grupo menor e mais fraco, discriminado e humilhado, ridicularizado,

odiado e perseguido pela maioria – mas é essencialmente um sacrifício solitário. (BAUMAN, p. 58)

Ainda há lugar para mártires no mundo líquido-moderno? Talvez. No entanto, ou eles vivem nas sombras, ou já

estão devidamente medicados.

Um mártir, em um mercado que anseia por celebridades instantâneas ou vertentes híbridas de heróis com ganhos

e perdas devidamente calculados, é apenas mais uma patologia ambulante, um conjunto de transtornos

devidamente categorizado em um manual técnico da área de saúde mental.

Mas há uma outra vertente de indivíduos que borbulha nas poças contínuas da sociedade líquido moderna,

construído a partir da ideia de que “qualquer pessoa que sofra é (ao menos potencialmente) uma vítima”

(BAUMAN, p. 66). Essa ideia contida nesse contexto de “vitimização” desenfreada produz uma relação de mercado

movida pela compensação financeira. Esse excesso é que pode gerar erro na interpretação do sofrimento psíquico

ou pode ser útil para o desenvolvimento de um potencial desejo de vingança. Mas, no mundo líquido, o

interessante é que a vingança seja interrompida antes do “banho de sangue”, e isso pode ser feito a partir de

acordos bem elaborados.

Prepara...

"No futuro todos terão os seus 15 minutos de fama."

Andy Warhol

A celebridade parece ser um dos atores mais representativos da sociedade líquido-moderna. Tem relação com

algumas variáveis: quantidade de imagens, frequência que são mencionadas, aparição em programas de TV,

número de compartilhamento e curtidas em redes sociais, quantidade de visualizações de vídeos na net. É

efêmera, abundante e esquecível, ou seja, a metáfora ideal do mundo líquido.

Construir arcas?

Departure of The Winged Ship by Vladimir Kush

Para sobreviver no mundo líquido-moderno, talvez novas arcas devam ser construídas. Várias são as questões

que surgem para sustentar esse fato, uma delas pode ser assim formulada: render-se à coletividade da

individualidade exposta em frascos ou correr o risco de ser parte do lixo descartado a cada inovação no mercado e

nas relações humanas?

Segundo Adorno citado por Bauman (p. 175), “pessoas fracas e amedrontadas sentem-se fortes quando correm de

mãos dadas”, e acrescenta ainda que “o mundo quer ser enganado”. Talvez essa constatação sombria de Adorno

não seja refutável tão facilmente, tendo como base vários acontecimentos recentes. No entanto, ainda é mais

reconfortante refletir sobre a constatação de Bauman ao final de Vida Líquida:

“Tão inevitavelmente quanto o encontro do oxigênio com o hidrogênio produz água, a esperança é

concebida sempre que a imaginação se encontra com o senso moral.” ( p. 194)

Mas, o círculo vicioso matematicamente construído através dos medos e amores que definem a vida nessa

modernidade líquida parece ser mais firme que nossas esperanças. Talvez Baudolino (ECO, 2001) tivesse razão: o

que é a vida senão a sombra de um sonho que foge?

Referências:

ANDERSON, Chris. A Cauda Longa: do mercado de massa para o mercado de nicho; tradução Afonso Celso

da Cunha Serra. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

BAUMAN, Zigmunt. Vida Líquida; tradução Carlos Alberto Medeiros. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

BIBLIA SAGRADA. Sociedade Bíblica Católica Internacional. Paulus: São Paulo, 1990.

Dicionário Oxford. Disponível em: http://oxforddictionaries.com/

ECO, Umberto. Baudolino; tradução Marco Lucchesi. Rio de Janeiro: Record, 2001.

TIGRE, Paulo Bastos. Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier:

Campus, 2006.

Fonte: http://ulbra-to.br/encena/2013/09/12/Vida-Liquida-consumo-velocidade-e-lixo-na-era-da-incerteza em

02/09/2015 pelo Prof. Cássio

4- Super Size Me - A Dieta do Palhaço

Pra quem não sabe do que se trata, Super Size Me (EUA, 2004) é um documentário dirigido e

atuado por Morgan Spurlock, cineasta independente, que alerta sobre os riscos que o consumo

excessivo de fast food pode trazer à nossa saúde.

Para isso, Morgan se submete a uma dieta de 30 dias, onde o cardápio de todas suas refeições

seriam compostos somente por produtos da franquia McDonald’s! Para comprovar os efeitos de sua

dieta, o atuante passa por uma bateria de exames médicos para atestar sua perfeita saúde, e

também durante o período da experiência para averiguar os danos. Spurlock deve seguir algumas

regras em sua dieta, e essas são:

Somente consumir produtos vendidos nos restaurantes McDonald’s, incluindo água.

Se lhe fossem oferecidos opções de tamanho grande, não deveria recusar.

Durante os 30 dias da dieta, ele deveria provar todos os produtos vendidos na rede de fast food.

Logo na primeira semana, Morgan engorda 12 quilos, e já no final da experiência, desenvolve um

problema de fígado, devido à enorme quantidade de açúcar ingerido. A intenção de Morgan com seu

protesto é conscientizar sobre os riscos de uma dieta desequilibrada, rica em sal, açúcar e gordura.

Durante o desenvolver do documentário, ele apela também para as escolas, questionando a

merenda servida aos alunos. Como exemplo, Spurlock compara duas instituições, uma particular

com pré-adolescentes e outra estatal, especial para jovens problemáticos.

Enquanto a escola particular serve uma merenda rica em carboidratos, a outra apresenta um

cardápio balanceado, com legumes e verduras. Na comparação de notas, os alunos problemáticos

saem na frente. Além das escolas, o cineasta também apela para as empresas de marketing,

questionando o efeito que as propagandas causam na mente dos consumidores, principalmente os

pequeninos. Todos esses pontos são apresentados de modo muito coerente, onde Morgan

entrevista cidadãos comuns nas ruas de várias idades, marketeiros de grandes corporações,

médicos especialistas, pessoas com problemas de obesidade e até mesmo uma figuraça, um

homem famoso por ter comido mais de 19 mil Big Macs durante a vida toda.

Todo o empenho de Spurlock parece ter surtido efeito, pois após o lançamento do vídeo, várias

empresas incluindo o próprio McDonald’s reformaram sua imagem, apresentando um cardápio mais

saudável (ou não) e banindo as opções de refeições em tamanho grande, por conterem um nível de

sal e outros nutrientes muito acima do normal permitido.

Fonte: http://ilusaoartificial.blogspot.com.br/2012/12/super-size-me-dieta-do-palhaco-legendado.html, em 03/09/2015 pelo Prof. Cássio

Mitos e Verdades - Comer e Ver TV

"Comer vendo televisão muda alguma coisa???"

Sempre escuto isso no consultório, já que sempre pergunto se eles tem costume de realizar alguma

refeição na frente da tv ou do computador!!

Como resposta sempre dou esse exemplo: Imagine um balde de pipoca!!

Na frente da televisão, assistindo um filme, ela vai embora rapidinho não

vai???

Agora sente em uma mesa, olhando para ela e coma o balde todo!!

Todo mundo concorda comigo que realmente fica difícil comer essa

quantidade toda assim!!

Realmente comemos mais na frente da tv!!

Isso ocorre porque a sensação de saciedade acontece por diversos fatores e um, importantíssimo, é

a visão!! Além disso mastigamos mal pela falta de concentração e perdemos a noção da quantidade

de alimento ingerida!!

Outro ponto importante são os tipos de alimentos: Normalmente os alimentos que são levados para

serem consumidos na frente da televisão são alimentos gordurosos e calóricos, como salgadinhos,

pizza, sanduíches, chocolates e biscoitos! Por serem mais fácies de levar para o sofá!!

E isso não acontece somente na frente da TV!! Ocorre o mesmo quando estamos usando o

computador, lendo livros, jogando videogame, cartas, etc...

Lugar de comer é na mesa!!

Além disso, você pode fazer da hora da refeição uma momento agradável!!

Vantagens:

- Conversar com a família, contanto assuntos agradáveis que aconteceram no dia;

- Quem tem filhos pode aproveitar o momento para envolver as crianças no preparo da refeição e na

montagem da mesa;

- Você comerá menos e se sentirá saciado mais rápido!!

São pequenas coisas que fazem diferença!!

E fala que assim não é mais gostoso??

Beijos!!!

Fernanda Pessoa

Fonte: http://aprenderacomerbem.blogspot.com.br/2012/01/mitos-e-verdades-comer-e-ver-tv_10.html em

03/09/2015 - Prof. Cássio

Sedentarismo e lanches prontos deixam as crianças obesas!

A principal medida para reverter o caso de crianças obesas é

a reeducação alimentar.

As crianças obesas podem ter complicações durante a infância e até mesmo na fase adulta. E os casos de

obesidade infantil têm crescido cada vez mais nos últimos anos. As principais causas desse quadro preocupante

estão relacionadas a fatores hereditários, à alimentação desequilibrada e à falta de atividades físicas.

Porém, com alguns cuidados na alimentação diária e outras mudanças nos hábitos, é possível reverter a situação

e melhorar a qualidade de vida das crianças. Isso também evita que elas se tornem adultos com problemas como

diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

Comer lanches gordurosos em frente à TV é um hábito a ser evitado. Foto: Shutterstock

Causas e índices de crianças obesas

O excesso de peso ainda na infância é considerado um problema de saúde pública. De acordo com as avaliações

dos profissionais da saúde, os principais culpados pelo aumento da obesidade infantil são os pais. Isso é

afirmado porque são os hábitos do ambiente familiar que determinam o comportamento do filho até a idade

adulta.

Segundo pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de obesidade infantil é cada vez mais

grave. Cerca de 155 milhões de jovens apresentam excesso de peso em todo o mundo, ou seja, uma em cada

dez crianças é obesa. Nos últimos 20 anos, o índice de crianças obesas cresceu aproximadamente 240% no

Brasil.

A causa mais comum para a obesidade infantil é o desequilíbrio entre o que a criança come e a energia que ela

gasta. Passar muito tempo na frente da televisão, do videogame e do computador diminui a queima de calorias

e contribui para o sedentarismo.

Além disso, assistir a TV também estimula o consumo de alimentos pouco nutritivos e ricos em calorias. Isso

ocorre porque mais da metade dos comerciais veiculados durante programas infantis fazem propaganda de

lanches, refrigerantes, sucos ou outros tipos de alimentos hipercalóricos.

Somado a isso, acontece o aumento do consumo de alimentos gordurosos e de baixo valor nutritivo, como

biscoitos, salgadinhos industrializados e doces, que são os grandes vilões para o alto índice de crianças

obesas.

Consequências no desenvolvimento das

crianças obesas Com o excesso de peso, surgem também outras consequências graves para o funcionamento do organismo. As

crianças obesas correm o risco de desenvolver problemas de saúde como hipertensão arterial, diabetes, doenças

respiratórias, alterações ortopédicas, doenças cardiovasculares e distúrbios psicológicos.

Quadros de depressão também são comuns. Frequentemente elas sofrem bullying na escola, isolam-se e ficam

com baixa autoestima. Essas situações acabam dificultando o relacionamento social do jovem e resultam em

complicações psicológicas mais sérias.

Na maioria dos casos, a obesidade infantil acompanha a pessoa até a idade adulta. Cerca de 70% das crianças

que chegam à adolescência obesas carregam o problema pelo resto da vida. Dificuldades cardiovasculares e

respiratórias que se iniciam na infância também podem se agravar com o passar dos anos.

O tratamento das crianças obesas requer um diagnóstico detalhado, orientação nutricional e mudanças no estilo

de vida. A principal medida para reverter o quadro é a reeducação alimentar, optando por refeições mais

saudáveis que contenham frutas, verduras, legumes e carnes magras.

Os pais precisam ficar atentos aos hábitos dos filhos. Para evitar a obesidade, é indicado proporcionar também

uma rotina mais ativa para as crianças. A prática regular de exercícios deve ser feita em todas as faixas

etárias, diminuindo, assim, o tempo de uso dos aparelhos eletrônicos.

Como você conquista e mantem hábitos saudáveis?

Fonte: http://vivomaissaudavel.com.br/bem-estar/psicologia-infantil/sedentarismo-e-lanches-prontos-

deixam-as-criancas-obesas/ em 03/09/2015., Prof. Cássio

5- O Corpo Perfeito para o do Verão

Quem quer ir para a praia ou para a piscina se divertir com a família e os amigos nas férias? Todo mundo não é

mesmo? Mas quem quer ser apontado e taxado de gordinho da turma pelos próprios “amigos”? Ninguém. É

uma dura realidade, mas o império da beleza é uma das coisas mais sagradas que temos nos dias de hoje. As

mulheres querem ser sexy, ter uma barriga chapada e um bumbum sem estrias ou celulites. Os homens querem

um corpo perfeito, definido, cheios de músculos para impressionar.

Os adultos de hoje

Acho que é nesse mundo que você vive não é mesmo? E infelizmente sentimos a imensa necessidade de se

adequar aos padrões. Deixamos de comer coisas deliciosas por medo de engordar e ficamos completamente

paranoicos pelas calorias. É incrível, temos muito mais tecnologia que na época dos nossos pais, sabemos

exatamente qual o índice de carboidratos e gorduras que vem em cada alimento, temos diversos profissionais no

mercado como o nutricionista, o nutrólogo e o educador físico que podem nos ajudar. Mas ao que parece somos

mais gordos que os nossos pais eram.

Isso porque junto com todos esses benefícios também vieram os fast foods, as comidas em conserva, comida

congelada, bebidas com alto teor calórico, alimentos com alto índice glicêmico e por ai vai. Olhando para todas

essas maravilhas culinárias do mundo moderno fica quase impossível de resistir a tantas tentações. É muito

complicado deixar de comer uma bela lasanha para entupir o prato com uma colorida salada.

A gordura em números

Estamos mais gordos e, consequentemente, estamos mais propensos a doenças como cardiovasculares, diabetes,

doenças no fígado e até o câncer. Os Estados Unidos é o país com a maior quantidade de adultos obesos no

mundo, mais de 55% dos adultos com mais de 20 anos estão acima do peso. E não estão apenas com uns

pneuzinhos não, estão com pelo menos 20% a mais de peso que o ideal para a sua idade. E isso é grave, muito

grave.

Com vistas nesse panorama, a obesidade se transforma num problema de saúde público e consegue gastar mais

de 70 bilhões de dólares dos cofres americanos. Esse montante é definitivamente assustador para o país que

vem tentando controlar o seu problema ano após ano sem sucesso. Fora isso, a quantidade de mortes por

problemas de obesidade, seja de forma direta ou indireta, é muito acima do esperado, mais de 300 mil óbitos

por ano.

Mexendo com as emoções

Além de problemas físicos, quem sofre com a obesidade enfrenta muitos problemas emocionais e isso pode vir

a desencadear um sério transtorno psiquiátrico. A compulsão por comida é clássica porque mesmo sabendo que

você não deve comer aquilo e que você pode chegar a ter um câncer você não consegue parar. Isso com certeza

pode ser encarado como um sofrimento psíquico que já fugiu do seu controle há muito tempo.

A ansiedade e o estresse são campeãs em fazer as pessoas comerem. É impressionante como descarregamos

nossas frustrações e decepções numa bandeja de pizza ou num maravilhoso e grande pote de sorvete. A própria

TV nos induz a isso em filmes e séries que produzem porque recebem patrocínios de grandes empresas de fast

food. E depois de encher a barriga de comida nos sentimos culpados e irritados porque fomos vencidos pela

nossa mente. E é nesse ponto que muitos podem chegar à depressão.

Crie bons hábitos saudáveis

Quase tudo na nossa vida depende das próprias escolhas. Você pode escolher ir para uma churrascaria com os

amigos ou pode escolher ficar em casa e fazer uma comida saudável e que não vai tomar muito de seu tempo.

Se no tempo dos nossos pais eles não eram tão gordos, hoje nós temos sites especializados em comidas naturais

com receitas de tudo, desde saladas a tortas. Aprenda a usar a tecnologia a seu favor.

Lembre-se de uma coisa: nada vem sem esforço. Sentar na frente da TV e assistir novela comendo salgadinhos

com certeza não vai te deixar mais magro. Fazer caminhadas todos os dias, além de fazer com que você perca

algumas calorias, irá reduzir o seu estresse e a sua ansiedade e por consequência, você passará a comer menos e

sentirá menos culpa. Assim, você poderá acabar com esse ciclo mortal da obesidade.

Fonte: http://malharbem.com.br/o-corpo-perfeito-para-o-verao/ em 03/09/2015