1 arbitragem professor orientador: ricardo s. s. dos santos. alunos: mariana ribeiro de castro...

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1 ARBITRAGEM Professor orientador : Ricardo S. S. dos Santos. Alunos : Mariana Ribeiro de Castro Silvia M. K. de Carvalho Copyright (ic) 1997 LINJUR. Proibidas alterações sem o consentimento por escrito dos autores. Reprodução, distribuição autorizadas desde que mantido o “Copyright”. É vedado o uso comercial sem prévia autorização por escrito dos autores.

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ARBITRAGEM

Professor orientador: Ricardo S. S. dos Santos.

Alunos: Mariana Ribeiro de Castro

Silvia M. K. de CarvalhoCopyright (ic) 1997 LINJUR. Proibidas alterações sem o consentimento por escrito dos autores. Reprodução, distribuição autorizadas desde que mantido o “Copyright”. É vedado o uso comercial sem prévia autorização

por escrito dos autores.

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Arbitragem 2/38

Arbitragem - Conceito

Forma de solução extrajudicial de litígios

Conflitos que envolvem direitos patrimoniais disponíveis

Procedimentos técnicos e princípios próprios

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Arbitragem 3/38

Arbitragem - Conceito

Solução do conflito por

terceira pessoa o árbitro Possibilidade do árbitro em

julgar fundamentado em direito ou eqüidade

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Arbitragem 4/38

Natureza Jurídica Controvertida

Contratual (Privatistas)Árbitro:

sem poder de coerção incompetente para impor sanção não pode expedir medidas

cautelaresLaudo arbitral não obrigacional

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Arbitragem 5/38

Natureza Jurídica Controvertida

Jurisdicional (Publicistas)Árbitros:

com função jurisdicional privada aplicação da regra legal ao caso concreto responsabilidade análoga ao dos juízes

Laudo arbitral não sujeito à revisão do mérito

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Arbitragem 6/38

Legislação Arbitral

Lei nº 9.307 23/09/96 Decreto nº 21.187/32 Convenção de Genebra Decreto nº 1.902/96 Convenção do Panamá Revogação dos

dispositivos do CPC Sobre Juízo Arbitral Revogação dos

dispositivos do CC Sobre compromisso

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Arbitragem 7/38

Lei da Arbitragem (9.307/96)

Solução de litígios sobre direitos patrimoniais disponíveis passíveis de transação

Autonomia das partes em regular suas relações jurídicas respeitados os preceitos de ordem pública e bons costumes

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Arbitragem 8/38

Lei da Arbitragem (9.307/96)

Liberdade de contratação, pelas partes, das regras de direito material e processual

Aplicáveis princípios gerais de direito, usos e costumes e lex mercatoria

Possibilidade do árbitro julgar por eqüidade, desde que autorizado pelas partes

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Arbitragem 9/38

Lei da Arbitragem (9.307/96)

Opção de escolha

Arbitragem ad hoc Órgão Institucional

de Arbitragem

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Arbitragem 10/38

Convenção de Arbitragem

Claúsula Compromissória

(litígios futuros)

Compromisso (litígios

presentes)

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Arbitragem 11/38

Árbitros

Nomeação pelas partes

Possibilidade de delegação da

competência de nomeação a

terceira pessoa

Único ou grupo de árbitros

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Arbitragem 12/38

Árbitros -Requisitos

imparcialidade

independência

competência

diligência

discrição

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Procedimento Arbitral

Instituído com a aceitação da

nomeação pelo árbitro

Respeito ao contraditório

Igualdade das partes

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Arbitragem 14/38

Procedimento Arbitral

Imparcialidade no julgamento

Livre convencimento do árbitro

Disponibilidade pelas partes

Ampla defesa

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Arbitragem 15/38

Procedimento Arbitral

Respeito à convenção de arbitragem

Postulação facultativa das partes por advogado

Tentativa de conciliação

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Arbitragem 16/38

Procedimento Arbitral

Possibilidade de requerimento de

cautelares à jurisdição estatal

Exceção de suspeição e/ou

impedimento do árbitro

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Arbitragem 17/38

Procedimento Arbitral Provas

depoimento das partestestemunhasinspeçãoperíciasprovas admitidas ou não proibidas pela

ordem pública

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Arbitragem 18/38

Laudo Arbitral

No prazo estipulado pelas partes

Prorrogação possível

Documento formal

Decisão dentro do objeto estipulado pelas partes

LaudoArbitral

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Arbitragem 19/38

Laudo Arbitral

Questão Prejudicialcontrovérsia sobre direito

indisponívelsolução pelo Poder Judiciáriosuspensão do procedimento

arbitral

LaudoArbitral

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Arbitragem 20/38

Laudo Arbitral

Requisitos relatório: partes e o litígio fundamento da decisãodispositivo de solução da questão e

prazo para cumprimento da decisãodata e local de proferimento

LaudoArtral

LaudoArbitral

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Arbitragem 21/38

Laudo ArbitralEfeito entre as partes e seus

sucessores

Título executivo judicial quando

condenatório

Não pode ser extra, ultra ou infra petita

Passíveis de embargos de declaração

Não comporta recurso

LaudoArtral

LaudoArbitral LaudoArtral

LaudoArbitral

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Arbitragem 22/38

Nulidade do Laudo ArbitralCompromisso nuloEmanou de quem não podia ser

árbitroAusentes os requisitos (art. 26)Desobediência aos limites da

convenção

LaudoArbitral

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Arbitragem 23/38

Nulidade do Laudo ArbitralSolução de apenas parte do litígioProferida por prevaricação,

concussão ou corrupção passivaDesobediência ao prazo Desrespeito aos princípios do

procedimento LaudoArbitral

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Arbitragem 24/38

Nulidade do Laudo Arbitral

Demanda pela jurisdição estatal (rito ordinário)

Prazo decadencial de 90 dias, contado da intimação da parte sobre o laudo arbitral

LaudoArbitral

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Arbitragem 25/38

Laudo Arbitral Estrangeiro

Proferida fora do território nacional

Reconhecimento e execução no Brasil

sujeitos à homologação pelo STF

Procedimento de homologação de

sentença estrangeira

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Arbitragem 26/38

Laudo Arbitral Estrangeiro

Negação da Homologaçãopartes incapazes na convenção arbitral

convenção arbitral inválida em razão de

ausência de requisitos formais

ausência de designação do árbitro

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Laudo Arbitral Estrangeiro

Negação da Homologação violação dos princípios do contraditório

e da ampla defesa

instituição da arbitragem em desacordo

com a convenção arbitral

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Arbitragem 28/38

Laudo Arbitral Estrangeiro

Negação da Homologaçãodesrespeito da sentença à convenção

arbitral

sentença anulada ou suspensa por

órgão jurisdicional estatal, não tornada

obrigatória às partes

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Arbitragem 29/38

Laudo Arbitral Estrangeiro

Negação da Homologaçãoobjeto insusceptível de solução via

arbitragem pela lei brasileira

decisão que ofende a ordem pública

nacional e os bons costumes

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Arbitragem 30/38

Vantagens da Arbitragem

Confidencialidade

Informalidade

Celeridade

Disponibilidade

pelas partes

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Arbitragem 31/38

Vantagens da Arbitragem Ampliação da autonomia da

vontade com a escolha do árbitro, procedimento e direito de fundo aplicável

Possibilidade de opção entre a decisão por direito ou eqüidade

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Arbitragem 32/38

Vantagens da Arbitragem Obrigatoriedade do Laudo

Arbitral Ausência de prerrogativa ao

nacional quando litigante Menor custo do processo Solução técnica do litígio

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Arbitragem 33/38

Desvantagens da Arbitragem

Medidas coercitivas e cautelares

dependentes da jurisdição estatal

Limitação da matéria que possa ser

objeto de solução via arbitral

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Arbitragem 34/38

Desvantagens da Arbitragem

Descrédito na Arbitragem com

preferência à solução de conflitos

pela jurisdição estatal

Receio de que o poder econômico do

mais forte prevaleça no juízo arbitral

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Desvantagens da Arbitragem Dificuldades na execução do Laudo

Arbitral Estrangeiro Problemas quanto ao direito material

aplicável Necessidade de se recorrer à

jurisdição estatal em caso de questões incidentais ou prejudiciais

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Arbitragem 36/38

Utilização da Arbitragem

Pouco utilizada Instituto desconhecido entre

empresários e profissionais de direito Falta de confiança na arbitragem por

receio de que o poder econômico de uma das partes interfira na decisão dos árbitros

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Utilização da Arbitragem Mais freqüente no comércio internacional Não utilizada nas negociações

internacionais cujo pagamento é à vista ou por carta de crédito

Instituições de arbitragem regionais não gozam de confiança, preteridas por aquelas da Europa e dos EUA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

LINJUR

Prof. Aires José Rover

Prof. Luiz Adolfo Olsen da Veiga

Florianópolis, junho de 1997.