1. a dimensão do emprego público em portugal em relação à … · 2008. 11. 17. · quadro 1....
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DADOS ESTATÍSTICOS N. 1 • Outubro • 2008
1
direcção-geral da administração e do emprego público І www.dgaep.gov.pt І Tel.: 21 391 53 00 І Fax: 21 390 01 48
0
25
50
75
100
125
150
SE DK FI
BE UK FR PT IE IT DE SP
NL
GR
AT
LU
SK
CY
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HU EE LV
LT
CZ
PL
Nº
de
Tra
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00
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UE 25
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20
25
30
35
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BE
UK
FR
PT IE IT DE
SP
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GR
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LT
CZ
PL
Em
p
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en
tag
em
UE 25
O BOEP — Boletim do Observatório do Emprego Público — é uma publicação de periodicidade infra-anual, através da qual
a DGAEP pretende contribuir com regularidade para a divulgação de dados e indicadores estatísticos sobre emprego
público, no âmbito das estatísticas do mercado de trabalho. A informação disponibilizada neste número centra-se em
particular no universo de entidades que compõem a Administração Directa e Indirecta do Estado, subsector da
Administração Pública. Como fontes estatísticas foram privilegiados, em particular, o conjunto de dados sobre emprego
recolhidos pelo Sistema de Informação de Organização do Estado (SIOE) da DGAEP, em paralelo com outras fontes
produzidas por entidades estatísticas nacionais e internacionais, designadamente EUROSTAT e OCDE.
1. A dimensão do emprego público em Portugal em relação à União Europeia
Gráfico 1. Trabalhadores na Administração Pública
por 1000 habitantes, 2005
Gráfico 2. Emprego público em percentagem do emprego total, 2005
Fontes: EUROSTAT, OCDE e DGAEP
Em 2005, o número de
trabalhadores na Administração
Pública Portuguesa por 1000
habitantes (70,7) era superior à
média do mesmo indicador para a
Europa dos 25 (62,4).
Naquela data, o emprego público
representava 14,6% da população
empregada em Portugal, 0,1 pontos
percentuais acima da média
registada para os 25 países membros
da UE.
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 2
ADM.
REGIONAL
5,3%
ADM. LOCAL
17,4%
ADM.
DIRECTA
INDIRECTA
DO ESTADO
77,3%
14,5
13,4
41,8
12,9
45,3
38,5
12,8
48,7
72,5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Até ao básico - 3º
ciclo
Secundário e
pós-secundário
Superior
Em
per
cent
agem
Emprego Total Emprego Público Emprego na AC
2. Mais de dois terços dos trabalhadores da Administração Pública exerce funções em serviços da Administração Directa e Indirecta do Estado
Gráfico 3. Emprego por âmbito de administração, 2005
Fonte: DGAEP, BDAP-2005
Embora se assista a um diferente comportamento das
taxas de variação de cada um dos subsectores da
Administração Pública, a Administração Directa e
Indirecta do Estado absorve cerca de 77% do emprego
público.
A alteração de tendência é forçosamente lenta, tendo
em conta que neste subsector se incluem as áreas da
Educação e Saúde, cujos departamentos de tutela
absorvem quase 50% dos trabalhadores do total da
Administração Pública.
3. O emprego na Administração Directa e Indirecta do Estado diminuiu face ao emprego total
Todos os agregados populacionais habitualmente
considerados registaram taxas de variação positiva nos
períodos 2005 face a 1999, e 2007 face a 2005:
Em contrapartida, o emprego na Administração Directa
e Indirecta do Estado, de 1999 para 2005, registou uma
aceleração na ordem dos 2 por cento, e em 2007 face a
2005, uma quebra acima dos 6,5 por cento, o que
provocou uma progressiva diminuição do seu peso em
todos os referidos agregados, conforme se verifica no
Quadro 1.
O controlo de efectivos que incide, em especial, no
subsector da administração directa e indirecta do
Estado, privilegiando o recrutamento de pessoal com
maior grau de tecnicidade, leva a que os recursos
humanos neste subsector detenham, no seu conjunto,
um nível habilitacional superior quando comparado com
o registado para o total da população empregada
(Gráfico 4).
Quadro 1. Emprego na Administração Directa
e Indirecta do Estado face ao emprego total
1999 2005 2007
Em percentagem Peso do emprego da ADIE: na População Total na População Activa na População Empregada na População Emp. nos Serviços
na Pop. Emp. por Conta de Outrém
5,6
11,0 11,5 21,8 16,0
5,5
10,4 11,3 19,6 15,2
5,1
9,6 10,4 18,0 13,8
Fontes: INE, DGAEP — RGAP-1999, BDAP-2005; SIOE-2007
Gráfico 4. Estrutura habilitacional no emprego total
e no emprego público, 2005 (*)
Fontes: INE, DGAEP — BDAP-2005
(*) Nível de escolaridade completo
05/99 07/05
População Total 3,7% 0,5%
População Activa 8,0% 1,3%
População Empregada 4,3% 0,9%
População Emp. nos Serviços 13,5% 1,4%
Pop. Emp. por Conta de Outrém 7,4% 2,3%
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 3
4. A distribuição do emprego público segundo a relação jurídica de emprego traduz uma estrutura de vinculação em processo de mudança
Quadro 2. Emprego na Administração Directa e Indirecta do Estado por Ministérios, segundo a relação jurídica
Fontes: DGAEP — BDAP-2005, SIOE–2007 em 20 Setembro 2008; Secretarias-Gerais — dados sobre SME’s SME’s = Situação de Mobilidade Especial Notas: (*) Inclui — Órgãos de Soberania e Independentes, Tribunais e Magistrados. Não inclui — SG Presidência da República, SG Assembleia da República, Gabinetes Ministros da República RAA e RAM, Provedoria da Justiça
Gráfico 5. Estrutura do emprego por Ministérios
(2005 e 2007)
Fonte: DGAEP — BDAP-2005, SIOE-2007
A aproximação ao regime laboral comum, que decorre,
nomeadamente, da entrada em vigor da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de
Fevereiro, irá produzir impacto em inúmeros aspectos do regime
jurídico da função pública e, desde logo, em matéria de vínculos.
Reservando-se a nomeação como modalidade de vinculação dos
trabalhadores que exercem funções em áreas específicas da
Administração, é de esperar uma diminuição progressiva do peso
deste tipo de relação jurídica de emprego que, a 31 de Dezembro de
2007, ainda atribuía o vínculo de funcionário ou agente a cerca de
90% dos efectivos da administração directa e indirecta do Estado.
Em termos de evolução, de 2007 face a 2005, a diminuição de postos
de trabalho no total dos serviços da administração directa e indirecta
do Estado situava-se na ordem dos 36 779 empregos, representando
uma quebra de 6,5% (Quadro 2 e Gráfico 5).
Acresce que, conjugando informação da Caixa Geral de Aposentações
e da Segurança Social, a Administração Pública globalmente
considerada (incluindo as administrações directa e indirecta do
Estado, local e regional) terá registado, no final de 2007 face a 2005,
uma diminuição de emprego de 39 373 trabalhadores (ver pág. 5).
2,6
0,4
0,6
2,9
8,8
9,6
3,2
0,8
0,7
1,6
0,6
4,1
19,0
37,2
7,4
0,5
0 10 20 30 40
OSI
PCM
MNE
MFAP
MDN
MAI
MJ
MAOTDR
MEI
MADSP
MOPTC
MTSS
MS
ME
MCTES
MC
Em percentagem
2005
2007
Ministérios
Funcionários
e Agentes
Contratos
Individuais
Trabalho
TotalFuncionários
e Agentes
Contratos
Individuais
Trabalho
SME's Total
Org. de Soberania e Independentes (*) 13 343 11 13 354 13 804 34 13 838 484 3,6
Pres. Conselho Ministros 1 619 918 2 537 1 375 878 6 2 259 -278 -11,0
Min . Negócios Estrangeiros 2 484 607 3 091 2 293 889 3 182 91 2,9
Min . Finanças Administração Pública 15 785 508 16 293 15 446 100 23 15 569 -724 -4,4
Min. Defesa Nacional 27 532 22 023 49 555 45 973 448 46 421 -3 134 -6,3
Min . Administração Interna 53 457 331 53 788 50 495 266 50 761 -3 027 -5,6
Min . Justiça 19 607 139 19 746 16 884 176 17 060 -2 686 -13,6
Min. Ambiente Ord. Territ. Des. Regional 4 398 420 4 818 3 907 380 4 287 -531 -11,0
Min . Economia e Inovação 3 167 1 419 4 586 2 773 745 6 3 524 -1 062 -23,2
Min. Agricultura Des. Rural e Pescas 10 167 998 11 165 6 515 934 1 238 8 687 -2 478 -22,2
Min . Obras Pub . Transp . Comunicações 3 245 778 4 023 2 382 728 10 3 120 -903 -22,4
Min. Trabalho Solidariedade Social 18 547 7 350 25 897 15 616 5 941 14 21 571 -4 326 -16,7
Min. Saude 99 767 13 266 113 033 91 996 8 339 30 100 365 -12 668 -11,2
Min . Educação 184 640 16 130 200 770 170 849 26 225 8 197 082 -3 688 -1,8
Min . Ciência Tec . Ensino Sup . 36 362 3 454 39 816 35 256 3 776 39 032 -784 -2,0
Min. Cultura 2 492 992 3 484 2 164 252 3 2 419 -1 065 -30,6
Total 496 612 69 344 565 956 477 728 50 111 1 338 529 177 -36 779 -6,5
Emprego EmpregoDiferença de
emprego total
(Nº)
Taxa de
variação
(%)
- 31 de Dezembro de 2007 - - 31 de Dezembro de 2005 - Evolução 2005-2007
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 4
Em termos relativos, é particularmente relevante, entre 2005 e 2007, a quebra de emprego público na área da saúde (menos 12 668 postos de trabalho) e do trabalho e solidariedade social (menos 4 326 postos de trabalho). O decréscimo de 3 688 empregos nas entidades do Ministério da Educação — essencialmente escolas dos ensinos básico e secundário —, resultou da redução significativa de 13 791 funcionários e agentes, acompanhado do acréscimo de 10 095 contratados.
O indicador de emprego na área orgânica da Defesa Nacional é o único que apresenta um acréscimo significativo de funcionários e agentes (mais 18 441), acompanhado do decréscimo relevante de contratos a termo (menos 21 575). Este facto espelha o impacto das medidas de tendência profissionalizante das forças armadas portuguesas (Gráfico 6).
Gráfico 7. Administração Directa e Indirecta do Estado —
Peso do emprego por grandes áreas funcionais (%)
Gráfico 6. Variação do emprego por
Ministérios em 2007 face a 2005
Fonte: DGAEP — BDAP-2005, SIOE-2007
Gráfico 8. Administração Directa e Indirecta do Estado — Taxa de variação do emprego por grandes áreas
funcionais (%)
Fontes: DGAEP — RGAP-1996 e 1999; BDAP-2005; SIOE-2007
De acordo com as fontes da DGAEP, a análise do emprego inerente às entidades da Administração Directa e Indirecta do
Estado agrupadas por grandes áreas funcionais proporciona uma visão geral sobre o impacto das medidas de política na
dimensão das áreas chave deste subsector, em termos de postos de trabalho que ocupa. Com efeito, a análise da
evolução nos períodos considerados indicia uma redução relativa do emprego público, entre 1996 e 1999, nas áreas de
infraestruturas (-19%), entre 1999 e 2005, nas funções económicas (-18,4%) e de infraestruturas (- 9,4%), e entre 2005 e
2007 em todas as áreas funcionais consideradas: básicas (-5,9%), económicas (-18,7%), infraestruturais (-16,5%) e sócio-
-culturais (-5,8%). De relevar que o conjunto de entidades que compõem as funções sócio-culturais do Estado,
representam só por si o maior volume de emprego público: 68,5% em 31 de Dezembro de 2007.
Nota: Classificação dos ministérios por áreas funcionais, de acordo com a tipologia BEIS (ver Classificações): Funções Básicas — MNE, MAI, MJ, MDN, PCM; Funções Económicas — MADRP, MFAP, MEI; Funções Infraestruturais — MOPTC, MAOTDR; Funções Sócio-Culturais — MS, ME, MCTES, MTSS, MC
-25 000
-20 000
-15 000
-10 000
-5 000
0
5 000
10 000
15 000
20 000
Funcionários e Agentes Contratos
Acré
scim
o (
+)/
De
cré
scim
o (
-) d
e E
mp
reg
o (
nº)
OSI
PCM
MNE
MFAP
MDN
MAI
MJ
MAOTDR
MEI
MADSP
MOPTC
MTSS
MS
ME
MCTES
MC
Total
6,9 7,2 5,8 5,02,5 1,8 1,6 1,4
25,124,924,522,6
68,567,866,568,0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1996 1999 2005 2007
Em
pe
rce
nta
ge
m
Básicas Económicas Infraestruturais Socio-Culturais -20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
1999/1996 2005/1999 2007/2005
Em
pe
rce
nta
ge
m
Básicas
Económicas
Infraestruturais
Socio-Culturais
Emprego total
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 5
Ou tra s s a íd a s
2 4 2 5 5
Fa le cim e n to s
1 9 5 6
Ap o s e n ta çõ e s
3 4 7 5 3
5. Fluxo de entradas–saídas da Administração Pública, 2006 e 2007
No controlo dos fluxos de entradas-saídas na Administração Pública, a DGAEP utiliza também os dados registados pelo
regime de protecção social da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e pelas instituições de segurança social do MTSS. Neste
aspecto é de salientar que a lei de bases da segurança social optou por um sistema progressivamente unificado, tendo em
vista harmonizar os regimes de protecção social existentes, mantendo, provisoriamente, certos regimes autónomos, como
é o caso do regime de protecção social da função pública. A Lei n.º 17/2000, de 8 de Agosto, determinou a convergência
deste regime com o regime geral de segurança social. Um dos passos determinantes nesse sentido foi o encerramento de
novas admissões na CGA, a partir de 1 de Janeiro de 2006, constituindo os inscritos até essa data, um regime fechado a
extinguir de forma progressiva. A partir de 2006, os trabalhadores admitidos na Administração passaram a ser inscritos no
regime geral de segurança social.
Gráfico 9. Saldo líquido de entradas e de saídas da
Administração Pública, segundo a Segurança Social e a CGA
— Acumulado de 01/01/2006 a 31/12/2007 —
Fontes: Caixa Geral de Aposentações (CGA); DGAEP e Instituto de Informática do MTSS
Gráfico 10. Saídas de subscritores da CGA,
por tipo de saída
— Acumulado de 01/01/2006 a 31/12/2007 —
Fonte: Caixa Geral de Aposentações (CGA)
Segundo os dados da CGA relativos ao total da Administração Pública, entre 1 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de
2007, saíram deste regime de protecção social 60 964 trabalhadores, 57 por cento dos quais para aposentação. Tendo em
conta que no mesmo período, o movimento de entradas-saídas nas instituições de segurança social contabilizou um saldo
líquido positivo de 21 591 entradas, podemos inferir que, de acordo com os dados da CGA e da SS em conjunto, nos dois
anos acumulados, o sector da Administração Pública globalmente considerado (administrações directa e indirecta do
Estado, regional e local), terá registado uma saída líquida de emprego na ordem dos 39 373 trabalhadores.
21 591
-60 964
-39 373
-70 000
-60 000
-50 000
-40 000
-30 000
-20 000
-10 000
0
10 000
20 000
30 000
N.º
de tra
balh
adore
s
Entradas Saídas Saldo
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 6
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Tarefa Avença Total Tarefa Avença Total
2005 2007
Em
perc
enta
gem
Básicas Economia Infraestrutura Socio-Culturais
0
2 000
4 000
6 000
8 000
10 000
12 000
14 000
2005 2007 2005 2007 2005 2007
Tarefa Avença Total
Nº
de
pre
sta
çõe
s
Básicas Economia Infraestrutura Socio-Culturais
-3%
-21%
10%
6. Evolução das prestações de serviço entre 2005 e 2007
Quadro 3. Prestações de serviço na Administração Directa e Indirecta do Estado por Ministérios
Distribuição por Ministério (n.º) Pesos (%)
31-Dez-05 31-Dez-07 31-Dez-05 31-Dez-07
Ministérios Tarefa Avença Total Tarefa Avença Total Tarefa Avença Total Tarefa Avença Total
Orgãos de Soberania e Entidades Independentes (*) - 9 9 5 5 10 0,0 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1
Pres. Conselho Ministros 6 128 134 581 108 689 0,1 2,5 1,1 7,5 2,7 5,9
Min. Negócios Estrangeiros 3 155 158 0 56 56 0,0 3,1 1,3 0,0 1,4 0,5
Min. Finanças Administração Pública 7 25 32 0 55 55 0,1 0,5 0,3 0,0 1,4 0,5
Min. Defesa Nacional 8 321 329 165 257 422 0,1 6,4 2,7 2,1 6,5 3,6
Min. Administração Interna 4 285 289 27 136 163 0,1 5,7 2,4 0,3 3,4 1,4
Min. Justiça 135 328 463 158 351 509 1,9 6,5 3,8 2,0 8,9 4,4
Min. Ambiente Ord. Territ. Des. Regional 71 55 126 21 83 104 1,0 1,1 1,0 0,3 2,1 0,9 Min. Economia e Inovação 39 649 688 15 43 58 0,6 12,9 5,7 0,2 1,1 0,5
Min. Agricultura Des. Rural e Pescas 43 586 629 37 476 513 0,6 11,7 5,2 0,5 12,0 4,4
Min. Obras Pub. Transp. Comunicações 30 50 80 8 47 55 0,4 1,0 0,7 0,1 1,2 0,5
Min. Trabalho Solidariedade Social 21 551 572 3 598 601 0,3 11,0 4,7 0,0 15,1 5,1
Min. Saúde 1 363 584 1 947 638 631 1 269 19,4 11,6 16,2 8,2 16,0 10,9
Min. Educação 4 905 456 5 361 4 926 207 5 133 69,8 9,1 44,5 63,6 5,2 43,9
Min. Ciência Tec. e Ensino Superior 382 694 1 076 1 064 803 1 867 5,4 13,8 8,9 13,7 20,3 16,0
Min. Cultura 15 145 160 92 95 187 0,2 2,9 1,3 1,2 2,4 1,6
Total 7 032 5 021 12 053 7 740 3 951 11 691 100 100 100 100 100 100
Fontes: DGAEP — BDAP-2005, SIOE-2007 em 20 Setembro 2008 Nota: (*) Inclui — Órgãos de Soberania e Independentes, Tribunais e Magistrados. Não inclui — SG Presidência da República, SG Assembleia da República, Gabinetes Ministros da República RAA e RAM, Provedoria da Justiça
Gráfico 11. Evolução das prestações de serviço por
grandes áreas funcionais, 2005 e 2007
Gráfico 12. Peso relativo das prestações de serviço por
grandes áreas funcionais, 2005 e 2007
Fontes: DGAEP — BDAP-2005, SIOE-2007 em 20 Setembro 2008
Embora as relações emergentes dos contratos de prestações de serviço — tarefa e avença — não constituam verdadeiras relações jurídicas de emprego, eles estão sujeitos ao regime previsto na lei geral quanto a despesas públicas, em matéria de aquisição de serviços, e foram objecto de recentes medidas de controlo mediante a alteração do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 41/84, efectuada pelo Decreto-Lei n.º 169/2006, de 17 de Agosto. A avaliação casuística efectuada ao longo dos dois últimos anos sobre a imprescindibilidade ou não dos contratos de prestações de serviços apurados em 2005, terá levado, segundo as fontes utilizadas, a um decréscimo relativo do número de situações existentes em 2007 (cerca de 3 por cento), por efeito essencialmente da sensível quebra do número de avenças (cerca de 21 por cento).
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 7
1,1
4,3
0,7
2,4
0,6
0,5
0,3
3,4
10,9
31,8
1,8
17,1
9,5
15,2
0,5
0 5 10 15 20 25 30 35
Dirigente
Técnico Superior
Técnico
Técnico-Profissional
Informático
Investigador
Inspector
Pessoal de Justiça
Pessoal de Saúde
Pessoal Docente
Administração Tributária
Forças Armadas e de Segurança
Administrativo
Auxiliar e Operário
Outro Pessoal
Em percentagem
7. Os docentes dos diversos níveis de ensino público representam cerca de 32% dos empregos na administração directa e indirecta do Estado
Quadro 4. Emprego na Administração Directa e Indirecta do Estado por Grupos Profissionais,
segundo a Relação Jurídica, em 31 de Dezembro de 2007
Fontes: DGAEP — SIOE-2007, em 20 Setembro 2008; Secretarias-Gerais, dados sobre SME’s
Gráfico 13. Estrutura do emprego público por grupos
profissionais, em 31 de Dezembro de 2007
Fonte: DGAEP — SIOE-2007
Os docentes constituem o maior grupo profissional da
Administração Pública, abrangendo, no conjunto dos
vários níveis de ensino, quase um terço dos efectivos em
exercício de funções no subsector da administração
directa e indirecta do Estado.
As forças armadas e de segurança representam cerca de
17% daqueles efectivos, tendo registado nos últimos anos
um ligeiro acréscimo do seu peso relativo.
Ainda que resultante do recurso a situações contratuais
de carácter temporário, em especial para fazer face
a necessidades dos estabelecimentos de ensino e de
prestação de cuidados de saúde em particular,
mantém-se, igualmente, elevado o peso do pessoal
auxiliar e operário (15,2%).
Grupos Profissionais
Tempo
indeterminado
A Termo
Resolutivo
Nº Nº Nº Nº
Dirigente 5 882 5 533 311 38 94,1 5,9
Técnico Superior 22 223 16 846 4 097 1 280 75,8 24,2
Técnico 3 836 2 891 668 277 75,4 24,6
Técnico -Profissional 12 819 10 670 1 533 616 83,2 16,8
Informático 3 213 2 775 308 130 86,4 13,6
Investigador 2 627 2 328 28 271 88,6 11,4
Inspector 1 508 1 475 33 97,8 2,2
Magistrado 3 478 3 478
Pessoal de Justiça 14 367 14 367
Diplomata 346 346
Médico 21 173 20 949 32 192 98,9 1,1
Enfermeiro 30 130 27 148 71 2 911 90,1 9,9
Téc. Diagnóstico e Terapêutica 6 433 5 910 18 505 91,9 8,1
Doc. Ens. Universitário 13 901 13 530 336 35 97,3 2,7
Doc. Ens. Sup. Politécnico 8 006 8 004 2 0,0
Educ.Inf. e Doc. do Ens. Básico e Secund . 146 482 140 872 573 5 037 96,2 3,8
Administração Tributária 9 265 9 265
Forças Armadas 38 069 38 052 17
Forças de Segurança 52 257 52 257
Administrativo 50 154 41 622 5 199 3 333 83,0 17,0
Auxiliar 73 983 53 116 12 961 7 906 71,8 28,2
Operário 6 472 5 549 585 338 85,7 14,3
Outro Pessoal 2 553 2 083 161 309 81,6 18,4
Total 529 177 479 066 26 914 23 197 90,5 9,5
Pesos (%)
31 de Dezembro 2007
Contratos Indiv. TrabalhoFuncionários
e Agentes
Empregos
total
Funcioná -
rios e
Agentes
Contratos
Indiv. de
Trabalho
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 8
O grupo de pessoal dirigente constitui um dos níveis profissionais que tem sido objecto de evidentes alterações, quer em
termos de número de postos de trabalho ocupados, designadamente em resultado da aplicação do PRACE, quer em
algumas das suas estruturas. Com efeito, comparando os dados apurados para 31 de Dezembro de 2007 (SIOE), com os
dados registados em 2005 (BDAP), verifica-se uma redução de quase um milhar de dirigentes, no âmbito dos serviços da
administração directa e indirecta do Estado, correspondendo a uma quebra de 14,5%. Esta diminuição, apenas
contrariada pelos departamentos ministeriais que exercem funções de natureza social, nomeadamente do Trabalho e
Solidariedade Social, foi particularmente acentuada na área de funções económicas, acompanhando, aliás, o sucessivo
decréscimo do emprego público nesta área, ao longo dos anos.
Gráfico 14. Distribuição dos Dirigentes por grandes
áreas funcionais, 1996, 2005 e 2007
Gráfico 15. Variação de, Dirigentes por grandes áreas
funcionais: 2005 face a 1996 e 2007 face a 2005
Fontes: DGAEP — RGAP-1996; BDAP-2005; SIOE-2007
8. No final de 2007, dos trabalhadores em situação de mobilidade especial, 46,6 por cento pertenciam aos grupos de pessoal auxiliar e operário
Gráfico 16. Estrutura profissional dos trabalhadores em
SME, 31 de Dezembro 2007
Fonte: Secretarias-Gerais dos Ministérios
Com a publicação da Lei n.º 53/2006, de 7 de Dezembro,
estabeleceu-se um regime comum de mobilidade entre
serviços que, a par dos instrumentos já existentes de
mobilidade geral ou específica de algumas carreiras ou
corpos especiais, criou a figura da mobilidade especial
(SME), destinada ao aproveitamento racional dos
trabalhadores que exercem funções em serviços que são
objecto de extinção, fusão, reestruturação ou processo
de racionalização de efectivos.
Do conjunto de trabalhadores que, a 31 de Dezembro de
2007, se encontrava na situação de mobilidade especial
(1 338), os grupos de pessoal auxiliar e de pessoal
administrativo eram os mais representativos na estrutura
profissional dos SME’s activos: 38,3% e 20,7%,
respectivamente.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
1996 2005 2007
Nº
de
Dir
ige
nte
s
Básicas Económicas
Infraestruturais Socio-culturais
-2000
-1500
-1000
-500
0
500
1000
1500
2000
2005-1996 2007-2005
Acré
scim
o / d
ecré
scim
o d
e d
irig
en
tes ( n
º)
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
Taxa d
e v
ariação (
%)
Básicas Económicas
Infraestruturais Sócio-culturais
Acréscimo total Tx. de Variação do total (%)
1,3
38,3
8,4
20,7
13,6
7,5
10,2
0 10 20 30 40 50
Outro pessoal
Auxiliar
Operario
Administrativo
Téc-Profissional
Técnico
Técnico Superior
Em percentagem
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 9
Gráfico 17. Estrutura etária dos trabalhadores em SME, 31 de Dezembro 2007
Gráfico 18. Estrutura habilitacional dos trabalhadores em SME, 31 de Dezembro 2007
Fonte: Bolsa de Emprego Público (BEP)
No final de 2007, 92,5% do pessoal em SME pertencia ao Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas
(ver Quadro 2), em consequência da fusão ou extinção de serviços no MADRP no âmbito do PRACE.
Naquela data, a idade média do pessoal em SME era na ordem dos 54 anos, situando-se acima dos 50 anos de idade mais
de 74% do total destes trabalhadores.
Por outro lado, os grupos profissionais de grande parte do pessoal que transitou para SME reflectem, à partida, uma baixa
qualificação académica. Com efeito, 67% dos efectivos possuía um nível habilitacional igual ou inferior à escolaridade
obrigatória, não chegando aos 18% os detentores de formação superior.
9. A regionalização do emprego público nas actividades de educação e saúde
No capítulo da regionalização do emprego público, o Sistema de Informação da Organização do Estado (SIOE) da DGAEP
proporciona uma fonte abrangente no que diz respeito à distribuição geográfica quer do universo dos estabelecimentos de
todos os níveis de ensino público — tutelados pelo Ministério da Educação (ME) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior (MCTES) —, quer das unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) — tuteladas pelo Ministério da Saúde —,
e das principais características do emprego que integram.
De acordo com os dados relativos aos estabelecimentos de ensino do ME, desde a infância até ao final do secundário,
pode constatar-se ser a região Norte a que detém mais unidades de ensino e de docentes (Quadro 5), uma vez que é no
Norte que se concentra cerca de 40 por cento da população com idades compreendidas entre os 3 e os 18 anos (Quadro
6). Do ponto de vista teórico, o Gráfico 19 reflecte uma distribuição geográfica (NUTS II) relativamente equitativa de
potenciais alunos (entre os 3 e os 18 anos) para cada docente desses níveis de ensino.
Por outro lado, com excepção da Serra da Estrela e do Alentejo Litoral, todas as grandes regiões do país estão cobertas
por estabelecimentos de ensino politécnico e ou de ensino superior, tutelados pelo MCTES.
0,8
3,7
7,3
14,2
22,9
26,6
17,7
6,8
0 5 10 15 20 25 30
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
>=65
Ida
de
s
Em percentagem
10º a 12º ano
11,2%
Curso
Profissional
3,6%
Ensino
Superior
17,8%
Até ao 9º ano
67,4%
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 10
Quadro 5. Distribuição geográfica (NUTSIII) do emprego em estabelecimentos de educação e ensino públicos,
31 Dezembro 2007
Fontes: DGAEP — SIOE-2007
Nota: Estabelecimentos do ME: agrupamentos de escolas e escolas definidas como entidades de ensino subordinadas do ME.
Quadro 6. N.º médio de Docentes do ME por 1000
residentes entre os 3-18 anos de idade, segundo as
NUTS II (31/12/2007)
Gráfico 19. N.º médio de habitantes dos 3-18 anos por
docente do ME, segundo as NUTS II (31/12/2007)
Fontes: INE e DGAEP — SIOE-2007
Educ.Infância e
Ensino Básico
e Secundário
Média de
Docentes por
Estabel.
Ensino
Total de
Empregos
(1) (2) (2)/(1) (3) (3)/(1) (4) (5) (6)
Portugal 1 201 144 056 119,9 193 959 161,5 14 186 7 977 34 898
Norte 405 54 348 134,2 72 515 179,0 3 927 2 115 9 431
Minho-Lima 29 3 722 128,3 4 973 171,5 268 412
Cávado 44 6 284 142,8 8 277 188,1 738 163 1496
Ave 54 7 276 134,7 9 579 177,4 362 467
Grande Porto 119 17 530 147,3 22 659 190,4 2299 1221 5351
Tâmega 66 8 552 129,6 11 505 174,3 39 48
Entre Douro e Vouga 30 3 986 132,9 5 436 181,2 1 11 15
Douro 29 3 492 120,4 5 105 176,0 527 28 1029
Alto Trás-os-Montes 34 3 506 103,1 4 981 146,5 385 613
Centro 327 35 229 107,7 48 299 147,7 2 769 2 822 8 739
Baixo Vouga 54 6 043 111,9 8 090 149,8 743 218 1416
Baixo Mondego 39 4 672 119,8 6 270 160,8 1401 652 3520
Pinhal Litoral 28 3 371 120,4 4 503 160,8 473 679
Pinhal Interior Norte 27 2 173 80,5 3 064 113,5 44 55
Dão-Lafões 49 4 956 101,1 6 970 142,2 430 633
Pinhal Interior Sul 5 578 115,6 821 164,2 17 19
Serra da Estrela 10 805 80,5 1 186 118,6
Beira Interior Norte 19 1 779 93,6 2 651 139,5 221 341
Beira Interior Sul 11 1 201 109,2 1 665 151,4 354 615
Cova da Beira 14 1 283 91,6 1 858 132,7 625 897
Oeste 41 4 866 118,7 6 351 154,9 182 211
Médio Tejo 30 3 502 116,7 4 870 162,3 231 353
Lisboa 272 35 812 131,7 47 239 173,7 5 715 2 013 11 903
Grande Lisboa 192 25 252 131,5 33 197 172,9 5222 1536 10563
Península de Setúbal 80 10 560 132,0 14 042 175,5 493 477 1340
Alentejo 130 11 866 91,3 16 547 127,3 672 662 2 269
Alentejo Litoral 20 1 479 74,0 2 113 105,7
Alto Alentejo 26 1 903 73,2 2 678 103,0 210 353
Alentejo Central 26 2 660 102,3 3 663 140,9 625 27 1101
Baixo Alentejo 25 2 232 89,3 3 126 125,0 216 376
Lezíria do Tejo 33 3 592 108,8 4 967 150,5 47 209 439
Algarve 67 6 801 101,5 9 359 139,7 428 300 1 208
Algarve 67 6 801 101,5 9 359 139,7 428 300 1208
Região Autónoma dos Açores 494 49 1002
Região Autónoma da Madeira 181 16 346
Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário
(ME)
Investigad.
e Docentes
Ensino
Universit.
Doc. Ensino
Politéc.
NUTS II e III
Estabelecimentos de Ensino
Superior e Politécnico (MCTES)
Docentes
Estabele-
cimentos
ME Tot
al d
e
Em
preg
ados
Dim
ensã
o m
édia
dos
esta
bele
c.
Portugal
Continental1 974 846 72,9
Norte 770 243 70,6
Centro 435 979 80,8
Lisboa 555 853 64,4
Alentejo 130 672 90,8
Algarve 82 099 82,8
Docentes
por 1000
habitantes
(3-18 a.)
População
residente
dos 3-18
anos
14,2
12,4
15,5
11,0
12,1
13,7
0 3 6 9 12 15 18
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
Portugal
Continental
Nº de residentes dos 3-18 anos por docente
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 11
Quadro 7. Distribuição geográfica (NUTSIII) do emprego em Estabelecimentos hospitalares, Unidades locais de saúde
e Centros de saúde do SNS, 31 Dezembro 2007
Fonte: DGAEP — SIOE-2007 TDT: Técnico de Diagnóstico e Terapêutica SNS: Serviço Nacional de Saúde
Notas:
a. Para o efeito de análise da distribuição geográfica de emprego no conjunto das unidades do SNS cobertas pelo
SIOE (Quadro 7), foram incluídas todas as modalidades do regime de contratos individuais em 34 entidades públicas
empresarias (EPE´s) tuteladas pelo Ministério da Saúde (correspondente a 22 109 empregos), apesar de não
consideradas no conceito de emprego na Administração Pública.
b. Por ausência de informação mais detalhada, não se incluiu o pessoal de saúde que, na data de referência, se
encontrava em exercício de funções dirigentes nos respectivos serviços das unidades do SNS consideradas.
De acordo com os dados apurados através do SIOE, referenciados a finais de 2007, sobre a distribuição do pessoal de
saúde com funções nas unidades e estabelecimentos do SNS, as regiões NUTS III que apresentam maior concentração de
pessoal de saúde são também aquelas de maior concentração populacional: Grande Lisboa, Grande Porto e Baixo
Mondego, com respectivamente, 23,7 %, 17,7 % e 9,4 % do pessoal de saúde registado para as unidades do SNS.
NUTS II e III
Mé
dic
os
En
ferm
eir
os
TD
T's
Tota
l
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (5)/(1) (6)/(1)
P ortugal Continental 417 22 258 37 531 6 986 66 775 115 838 160 278
Norte 136 7 918 13 182 1 990 23 090 38 923 170 286
Minho-Lim a 14 432 846 101 1 379 2 461 99 176
Cávado 11 743 1 155 146 2 044 3 378 186 307
Ave 13 772 1 304 201 2 277 3 866 175 297
Grande Porto 35 4 291 6 488 1 035 11 814 18 931 338 541
Tâm ega 18 563 914 105 1 582 2 936 88 163
Entre Douro e Vouga 8 427 706 124 1 257 2 326 157 291
Douro 21 414 1 025 155 1 594 2 920 76 139
Alto Trás-os-Montes 16 276 744 123 1 143 2 105 71 132
Centro 132 5 116 9 618 1 675 16 409 28 936 124 219
Baixo Vouga 17 587 1 003 147 1 737 3 025 102 178
Baixo Mondego 20 2 095 3 532 664 6 291 10 707 315 535
Pinhal Litoral 8 393 721 105 1 219 2 023 152 253
Pinhal Interior Norte 14 133 160 22 315 692 23 49
Dão-Lafões 19 553 1 005 165 1 723 2 906 91 153
Pinhal Interior Sul 5 31 63 11 105 200 21 40
Serra da Estrela 4 45 104 20 169 346 42 87
Beira Interior Norte 10 176 459 67 702 1 225 70 123
Beira Interior Sul 4 156 405 59 620 1 040 155 260
Cova da Beira 4 183 495 93 771 1 545 193 386
Oeste 15 457 810 145 1 412 2 690 94 179
Médio Tejo 12 307 861 177 1 345 2 537 112 211
Lisboa 67 7 261 10 602 2 465 20 328 35 081 303 524
Grande Lisboa 50 5 744 8 122 1 942 15 808 27 255 316 545
Península de Setúbal 17 1 517 2 480 523 4 520 7 826 266 460
Alentejo 64 1 216 2 641 548 4 405 8 258 69 129
Alentejo Litoral 6 89 251 71 411 789 69 132
Alto Alentejo 17 215 539 113 867 1 667 51 98
Alentejo Central 15 323 635 127 1 085 1 963 72 131
Baixo Alentejo 14 218 526 100 844 1 677 60 120
Lezíria do Tejo 12 371 690 137 1 198 2 162 100 180
Algarv e 18 747 1 488 308 2 543 4 640 141 258
Algarve 18 747 1 488 308 2 543 4 640 141 258
Centros de Saúde e Estabelecimentos Hospitalares Públicos
Estabele-
cim entos
Pessoal de saúde
To
tal d
e
Em
pre
gados
Nº Médio de
Pessoal de
Saúde por
Estabelec.
Dim ensão
Média dos
Estab.
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 12
10. A tendência decrescente nos últimos anos, do indicador das despesas com pessoal em percentagem do PIB acompanhou a significativa redução do emprego público em 2007
Quadro 8. Despesas com pessoal na administração pública nos países da UE, 2000 — 2007
Em percentagem do PIB
Fonte: Eurostat (15 de Setembro de 2008) Área Euro (AE 13) = BE, DE, IE, GR, ES, FR, IT, LU, NL, AT, PT, SI, FI
Gráfico 20. Comparação das despesas com pessoal das administrações públicas nos países da UE em 2007.
Em percentagem do PIB (UE 27 = 100)
Gráfico 21. Portugal — Evolução das despesas com pessoal da administração pública.
Em percentagem do PIB (2000 = 100)
Fonte: Eurostat (15 de Setembro de 2008)
De entre as economias europeias, a portuguesa foi uma das que registou uma quebra mais significativa do indicador despesas com pessoal em percentagem do PIB, nos últimos dois anos. Com efeito, reflectindo as medidas de controlo do emprego, quer no âmbito do redimensionamento estrutural prosseguido no PRACE, quer pela implementação de novas regras no recrutamento externo — “um novo efectivo por cada dois saídos”, RCM 38/2006, de 30 de Março —, o objectivo atingido de redução de efectivos traduziu-se, em 2007 face a 2005, na diminuição relativa do rácio das despesas com pessoal no PIB, na ordem de 1,5 pontos percentuais, representando uma quebra de cerca de 10,4 por cento deste indicador agregado.
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
UE27 União Europeia (27 países) 10,5 10,6 10,7 10,8 10,8 10,7 10,6 10,4
UE15 União Europeia (15 países) 10,6 10,6 10,7 10,9 10,8 10,8 10,6 10,5
AE13 Área do Euro 10,4 10,3 10,4 10,5 10,4 10,4 10,2 10,1
DK Dinamarca 17,1 17,4 17,8 18,0 17,8 17,3 16,9 16,8
SE Suécia 15,3 15,6 15,8 16,1 15,9 15,7 15,3 15,1
CY Chipre 13,5 13,2 13,8 15,5 14,8 14,7 14,8 14,6
MT Malta 13,0 14,9 14,5 14,7 14,7 14,0 13,4 13,1
FI Finlândia 13,0 12,9 13,2 13,6 13,5 13,8 13,4 13,0
FR França 13,3 13,3 13,5 13,5 13,3 13,2 13,0 12,9
PT Portugal 14,2 14,3 14,7 14,1 14,1 14,4 13,6 12,9
BE Bélgica 11,5 11,7 12,2 12,3 12,0 12,0 11,8 11,8
LV Letónia 10,8 10,2 10,5 10,7 10,5 10,0 10,0 11,5
HU Hungria 10,5 11,1 12,2 13,1 12,6 12,6 12,2 11,4
GR Grécia 10,5 10,4 11,0 10,8 11,4 11,3 10,9 11,1
SI Eslovénia 11,5 12,0 11,8 11,9 11,8 11,7 11,4 10,9
UK Reino Unido 9,9 10,3 10,5 10,9 10,9 11,1 11,0 10,8
IT Itália 10,4 10,5 10,6 10,8 10,8 11,0 11,0 10,7
ES Espanha 10,3 10,1 10,0 10,1 10,1 10,0 10,0 10,2
LT Lituânia 12,2 11,7 11,4 10,9 10,9 10,4 10,5 10,1
IE Irlanda 8,0 8,3 8,6 9,0 9,4 9,3 9,7 9,9
RO Roménia 8,1 7,8 8,4 8,2 8,2 8,8 9,1 9,7
PL Polónia 10,1 10,7 10,8 10,7 10,1 10,0 9,8 9,6
NL Países Baixos 9,5 9,6 9,8 10,1 10,0 9,7 9,4 9,3
EE Estónia 10,9 10,3 9,9 9,8 9,8 9,3 8,8 9,2
BG Bulgária 10,0 8,9 9,6 10,4 10,2 9,8 9,0 9,0
AT Áustria 10,9 9,7 9,5 9,5 9,3 9,3 9,3 9,0
CZ República Checa 7,1 7,4 7,8 8,3 7,9 8,0 7,8 7,5
LU Luxemburgo 7,5 7,9 8,1 8,0 8,1 7,9 7,4 7,3
DE Alemanha 8,1 7,9 7,9 7,8 7,7 7,5 7,2 6,9
SK Eslováquia 8,7 8,8 9,1 8,9 8,1 7,3 7,4 6,8
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
DK
SE
CY
MT
FI
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PT
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HU
GR
SI
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IT
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LT
IE
RO
PL
NL
EE
AT
BG
CZ
LU
DE
SK
UE27=100
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92
94
96
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104
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
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=1
00
EU 27 AE 13 Portugal
BOLETIM DO EMPREGO PÚBLICO N. 01 13
11. Notas técnicas
CONCEITOS ESTATÍSTICOS POR TEMAS
Administração Pública
Administração Pública — Do ponto de vista estatístico, de acordo com o Sistema de Contas Nacionais, o sector da Administração Pública compreende todas as unidades institucionais cuja função principal consiste em produzir outros bens e serviços não mercantis destinados ao consumo individual e colectivo e/ou em efectuar operações de redistribuição do rendimento e da riqueza nacional (Regulamento (CEE) n.º 2223/96 do Conselho, de 25-06-96 - JO L 310 de 30-11-1996; §2.68 e seguintes). Para efeitos das presentes estatísticas, o sector da Administração Pública inclui os seguintes subsectores: a) Administração Central, b) Administração Regional e c) Administração Local. Não inclui: as entidades com estatuto de empresas públicas; sociedades e quasi-sociedades controladas e/ou maioritariamente financiadas por unidades da Administração Pública; e as instituições sem fins lucrativos controladas e/ou financiadas por unidades da Administração Pública.
Administração Central — subsector da Administração Pública que compreende todos os órgãos administrativos do Estado e outros organismos centrais cuja competência abrange normalmente a totalidade do território económico (Regulamento (CEE) n.º 2223/96 do Conselho, de 25-06-96 - JO L 310 de 30-11-1996; §2.71). No sentido orgânico, e para efeitos das presentes estatísticas, a Administração Central inclui: a) Administração Directa do Estado: conjunto de órgãos, serviços e agentes integrados na pessoa colectiva Estado que, de modo directo e imediato e sob dependência hierárquica do Governo, desenvolvem uma actividade tendente à satisfação das necessidades colectivas e individuais; b) Administração Indirecta do Estado: integra as entidades públicas, distintas da pessoa colectiva Estado, dotadas de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira que desenvolvem actividades administrativas que prosseguem fins próprios do Estado.
Administração Directa e Indirecta do Estado — ver Administração Central.
Administração Regional — s subsector da Administração Pública que agrupa as entidades que, na sua qualidade de unidades distintas, exercem funções de administração no território económico coberto por cada uma das regiões; compreende a Região Autónoma dos Açores (RAA) e Região Autónoma da Madeira (RAM) (Fonte: INE, Contas Nacionais e Regionais).
Administração Local — subsector da Administração Pública que compreende todas as entidades das administrações públicas cuja competência respeita somente a uma parte do território económico (Regulamento (CEE) n.º 2223/96 do Conselho, de 25-06-96 - JO L 310 de 30-11-1996; §2.73). Inclui os órgãos de administração local ao nível de Distritos, Municípios e Freguesias.
Áreas Funcionais — do ponto de vista estatístico, são agrupamentos de unidades orgânicas ou departamentos ministeriais com missões e objectivos de natureza semelhante e áreas de actuação concorrentes ou complementares: a) Funções básicas – soberania, defesa, segurança e ordem pública; b) Economia – assuntos económicos; c) Infraestrutura – habitação, equipamentos colectivos e protecção do ambiente d) Funções sócio-culturais – saúde, protecção social, educação e cultura. (Fonte: EUROSTAT)
População/Emprego Geral
População Activa — Conjunto de indivíduos com a idade mínima de 15 anos que, no período de referência, constituem a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico (empregados e desempregados) (Fonte: INE).
População empregada — Conjunto de indivíduos com 15 e mais anos que, no período de referência, constituem a mão-de-obra que trabalhou pelo menos uma hora mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um beneficio ou ganho familiar, em dinheiro ou em géneros (Fonte: INE).
Posto de trabalho — um contrato explicito ou implícito entre uma pessoa e uma unidade residente, para a realização de um trabalho por um período indeterminado ou definido, como contrapartida de uma remuneração (Fonte: OCDE, Glossário de termos estatísticos).
Emprego na Administração Pública
Emprego público — totalidade das relações de trabalho estabelecidas entre uma pessoa e a entidade da Administração Pública. Para efeitos estatísticos, o emprego equivale a posto de trabalho.
Relação jurídica de emprego — é a relação jurídica que se estabelece entre a entidade pública e o trabalhador, titulada por nomeação, contrato administrativo de provimento, contrato individual de trabalho por tempo indeterminado ou contrato de trabalho a termo resolutivo, certo ou incerto. A nomeação, definitiva ou provisória, e o contrato de provimento conferem ao nomeado ou ao particular outorgante, respectivamente, a qualidade de funcionário ou de agente administrativo. As relações jurídicas de emprego são reguladas pelo direito público ou privado, consoante os casos. Não incluem as relações emergentes dos contratos de prestações de serviço.
Contrato de trabalho (na Administração Pública) — é o acordo bilateral celebrado entre uma entidade empregadora pública e um trabalhador, nos termos do qual se constitui uma relação de trabalho subordinado, para a prossecução das atribuições de um serviço,
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mediante retribuição, e com sujeição ao regime geral de trabalho. Assume as seguintes modalidades: contrato individual de trabalho por tempo indeterminado e contrato a termo resolutivo, certo ou incerto.
Prestação de serviços — contrato sem subordinação hierárquica, sujeito ao regime previsto na lei geral quanto a despesas públicas em matéria de aquisição de serviços. Pode assumir uma das seguintes modalidades: a) Tarefa – quando tem por objecto a execução de trabalhos específicos, de natureza excepcional, não podendo exceder o termo do prazo contratual inicialmente estabelecido; b) Avença - quando tem por objecto prestações sucessivas no exercício de profissão liberal e remuneração certa mensal. Os contratos de tarefa e de avença não consubstanciam uma relação jurídica de emprego público (Decreto-Lei 41/1984, de 3 de Fevereiro).
Outros
Despesas com pessoal (equivalente a remunerações dos empregados) — total das remunerações, em dinheiro ou em espécie, a pagar pelos empregadores aos empregados como retribuição pelo trabalho prestado por estes últimos. Incluem: ordenados e salários; impostos e contribuições sociais dos empregados retidas pelas unidades; bem como contribuições sociais dos empregadores, obrigatórias e voluntárias (OCDE, Glossário de termos estatísticos; Regulamento (CEE) n.º 2223/96 do Conselho, de 25-06-96 - JO L 310 de 30-11-1996; §4.021).
Nível de escolaridade completo — Nível ou grau de ensino mais elevado que o individuo concluiu, em termos do sistema formal de ensino, isto é, do ensino básico, secundário e superior, e obteve o respectivo certificado ou diploma.
CLASSIFICAÇÕES
Tipologia BEIS (Basic, Economy, Infrastructure, Socio-cultural) — um sistema de classificação para as funções da administração central, utilizada para categorizar gabinete de ministros e ministérios e os respectivos recursos humanos. A tipologia BEIS consiste em quatro categorias diferentes: funções básicas, económicas, infraestruturais e sócio-culturais (ver também Conceitos e detalhe de aplicação na página 4). Fonte: EUROSTAT
NUTS II e III — Nomenclatura das unidades territoriais para fins estatísticos. Base legal: Decreto-Lei n.º 244/2002, de 5 de Novembro e pelo Regulamento (CE) n.º 1059/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Maio de 2003, publicado no JOCE L 154, de 21 de Junho de 2003 (NUTS-2002). NUTS II: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira. Fonte: INE
ABREVIATURAS:
Países da União Europeia (UE): UE 15: AT - Áustria; BE - Bélgica; DE - Alemanha; DK - Dinamarca; GR - Grécia; FI - Finlândia; FR – França; IE – Irlanda; IT – Itália; LU – Luxemburgo; NL – Holanda; PT – Portugal; SE – Suécia; SP – Espanha; UK - Reino Unido UE 25: UE 15; CY – Chipre; CZ - República Checa; EE – Estónia; HU – Hungria; LT – Lituânia; LV – Letónia; MT – Malta; PL – Polónia; SI – Eslovénia; SK – Eslováquia. UE 27: UE 25; BG – Bulgária; RO - Roménia (Fonte de códigos para a representação dos nomes dos países: Norma internacional ISO 3166-)
Ministérios, orgânica do XVII Governo Constitucional: OSI - Órgãos de Soberania e Independentes; PCM - Presidência do Conselho de Ministros; MNE - Ministério dos Negócios Estrangeiros; MFAP - Ministério das Finanças e da Administração Pública; MDN - Ministério da Defesa Nacional; MAI - Ministério da Administração Interna; MJ - Ministério da Justiça; MAOTDR - Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional; MEI - Ministério da Economia e Inovação; MADRP - Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas; MOPTC - Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações; MTSS - Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social; MS - Ministério da Saúde; ME - Ministério da Educação; MCTES - Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; MC - Ministério da Cultura.
BDAP – Base de Dados dos Recursos Humanos da Administração Pública de 2005 CE – Comissão Europeia EUROSTAT – Departamento de Estatística da União Europeia, integrado na Comissão Europeia INE – Instituto Nacional de Estatística OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico PIB – Produto Interno Bruto PRACE – Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado RGAP – Recenseamento Geral da Administração Pública (1996 e 1999) SIOE – Sistema de Informação de Organização do Estado SME – Situação de Mobilidade Especial UE – União Europeia
Boletim do Observatório do Emprego Público Editor: Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público, Ministério das Finanças e da Administração Pública Coordenação e realização: Maria Fernanda Teixeira Realização: Carlos Carinhas e Irina Marques Concepção e arranjo gráfico: Elsa Ho Av. 24 de Julho, 80 a 80J — 1249-084 Lisboa ● www.dgaep.gov.pt ● Tel.: 21 391 53 00 ● Fax: 21 390 01 48