ementas.indb 1 1/25/2016 3:19:46 am · 10 | márcio andré lopes cavalcante 5.8 dÍvida de jogo...

46
ementas.indb 1 1/25/2016 3:19:46 AM

Upload: tranquynh

Post on 10-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ementas.indb 1 1/25/2016 3:19:46 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 | 5

Sumário

DIREITO CONSTITUCIONAL ................................................................................21

1 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ....................................................................... 21

1.1 PRINCÍPIO DA IGUALDADE ..........................................................................................................21

1.2 LIBERDADE DE EXPRESSÃO ........................................................................................................21

1.3 SIGILO BANCÁRIO ......................................................................................................................... 22

1.4 HABEAS DATA ................................................................................................................................. 23

1.5 DIREITO DE ACESSO A INFORMAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO ..................................... 23

1.6 INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO ........................................................................................... 25

1.7 DIREITO ADQUIRIDO E ATO JURÍDICO PERFEITO................................................................ 25

1.8 SALÁRIO MÍNIMO ........................................................................................................................ 25

1.9 CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA ..........................................................................................26

1.10 CONTROLE JURISDICIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS ..................................................... 27

1.11 SISTEMA CARCERÁRIO E ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL ............................28

1.12 NACIONALIDADE ........................................................................................................................29

1.13 DIREITOS POLÍTICOS ...................................................................................................................29

1.14 SAÚDE ............................................................................................................................................30

2 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO .......................................................................................... 30

3 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE .........................................................................32

3.1 CONTROLE PREVENTIVO ............................................................................................................ 32

3.2 OBJETO DA ADI ............................................................................................................................. 33

3.3 ASPECTOS PROCEDIMENTAIS DA ADI ................................................................................... 34

3.4 OUTROS TEMAS DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE ...... 35

3.5 AMICUS CURIAE ............................................................................................................................ 37

3.6 REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE EM FACE DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL ...................................................................................................................................... 40

3.7 CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO ...................................................................................41

3.8 MODULAÇÃO DE EFEITOS DA DECISÃO ...............................................................................42

ementas.indb 5 1/25/2016 3:19:48 AM

6 | Márcio André Lopes Cavalcante

3.9 OUTROS TEMAS ........................................................................................................................... 43

4 COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS .......................................................................................45

4.1 COMPETÊNCIAS DA UNIÃO ......................................................................................................45

4.2 COMPETÊNCIAS ESTADUAIS ....................................................................................................48

4.3 COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS ..................................................................................................50

5 NORMAS DE CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS EXAMINADAS PELO STF ............................. 50

5.1 NORMAS DE CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS DECLARADAS INCONSTITUCIONAIS PELO STF ..........................................................................................................................................50

5.2 NORMAS DE CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS DECLARADAS CONSTITUCIONAIS PELO STF .......................................................................................................................................... 54

6 PODER LEGISLATIVO ...................................................................................................... 56

6.1 TEMAS DIVERSOS .........................................................................................................................56

6.2 IMUNIDADE PARLAMENTAR .................................................................................................... 57

6.3 PERDA DO MANDATO ................................................................................................................58

7 PROCESSO LEGISLATIVO ................................................................................................ 59

7.1 MEDIDAS PROVISÓRIAS ..............................................................................................................59

7.2 INICIATIVA DE LEI QUE DISPONHA SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS SERVIDO-RES PÚBLICOS .............................................................................................................................. 60

7.3 INICIATIVA DE LEI QUE DISPONHA SOBRE ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .......................................................................................................62

7.4 OUTROS JULGADOS SOBRE INICIATIVA DE LEI ...................................................................63

7.5 EMENDA PARLAMENTAR EM PROJETOS DE LEIS DOS PODERES EXECUTIVO E JUDICIÁRIO ....................................................................................................................................63

7.6 INCONSTITUCIONALIDADE DE EC INICIADA POR PARLAMENTAR SOBRE MA-TÉRIAS DO ART. 61, § 1º DA CF ..................................................................................................65

7.7 OUTROS TEMAS ........................................................................................................................... 66

8 TRIBUNAL DE CONTAS ................................................................................................... 68

8.1 NOÇÕES GERAIS .......................................................................................................................... 68

8.2 ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS ............................................................................... 69

8.3 PROCESSO ADMINISTRATIVO NO TRIBUNAL DE CONTAS .............................................. 72

8.4 EXECUÇÃO DE CONDENAÇÃO PROFERIDA PELO TRIBUNAL DE CONTAS ................. 74

9 PODER EXECUTIVO .........................................................................................................75

10 PODER JUDICIÁRIO .......................................................................................................78

10.1 REGIME JURÍDICO ...................................................................................................................... 78

10.2 MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS ..............................................................................82

10.3 ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E ÓRGÃOS ...............................................................................83

10.4 SÚMULA VINCULANTE ............................................................................................................84

10.5 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA .....................................................................................84

11 MINISTÉRIO PÚBLICO .................................................................................................... 86

ementas.indb 6 1/25/2016 3:19:48 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 | 7

11.1 ATUAÇÃO ....................................................................................................................................... 86

11.2 CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP) .......................................... 89

11.3 OUTROS TEMAS .......................................................................................................................... 91

12 DEFENSORIA PÚBLICA .................................................................................................. 92

12.1 REGIME JURÍDICO .......................................................................................................................92

12.2 ATUAÇÃO ......................................................................................................................................93

13 ADVOCACIA PÚBLICA ................................................................................................... 96

14 TEMAS DIVERSOS ......................................................................................................... 98

14.1 LEI GERAL DA COPA: CONSTITUCIONALIDADE ................................................................. 98

14.2 LIVRE CONCORRÊNCIA ............................................................................................................ 98

14.3 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ....................................................................................... 98

14.4 EDUCAÇÃO ................................................................................................................................. 99

14.5 ADVOCACIA ................................................................................................................................ 99

14.6 PUBLICIDADE DE BEBIDAS ALCÓOLICAS......................................................................... 100

14.7 ÍNDIOS ........................................................................................................................................ 100

14.8 PRIVILÉGIO DOS CORREIOS NO SERVIÇO POSTAL ......................................................... 103

14.9 TEMAS RELACIONADOS COM DIREITO DO TRABALHO ...............................................104

DIREITO ADMINISTRATIVO ..............................................................................105

1 PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................... 105

1.1 MORALIDADE ............................................................................................................................... 105

1.2 PUBLICIDADE ...............................................................................................................................106

1.3 MOTIVAÇÃO .................................................................................................................................106

1.4 AUTOTUTELA ............................................................................................................................... 107

1.5 OUTROS TEMAS ..........................................................................................................................108

2 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................................................... 110

2.1 TEMAS DIVERSOS ........................................................................................................................110

2.2 SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS .......................................................................................... 111

3 RESPONSABILIDADE CIVIL ............................................................................................. 113

3.1 TESE DA DUPLA GARANTIA....................................................................................................... 113

3.2 CASOS CONCRETOS ................................................................................................................... 113

3.3 PRESCRIÇÃO ................................................................................................................................. 115

4 LICITAÇÃO ...................................................................................................................... 117

5 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................. 120

6 INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA ............................................ 122

6.1 DESAPROPRIAÇÃO ......................................................................................................................122

6.2 DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA................................................................................................. 124

6.3 TOMBAMENTO ........................................................................................................................... 126

ementas.indb 7 1/25/2016 3:19:48 AM

8 | Márcio André Lopes Cavalcante

6.4 LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................................................................... 126

7 PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ................................................................. 126

8 CONCURSOS PÚBLICOS .................................................................................................132

8.1 NOÇÕES GERAIS ..........................................................................................................................132

8.2 VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO CONCURSO PÚBLICO .......................................................135

8.3 FASES DO CONCURSO ...............................................................................................................137

8.4 CONTROLE DE QUESTÕES DE CONCURSO PELO PODER JUDICIÁRIO ...................... 138

8.5 APROVAÇÃO E DIREITO À NOMEÇÃO ................................................................................. 139

8.6 POSSE EM CARGO PÚBLICO POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL E DEVER DE INDENIZAR ................................................................................................................................... 142

8.7 TEORIA DO FATO CONSUMADO: INAPLICABILIDADE EM CONCURSO PÚBLICO ... 142

8.8 MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATOS ENVOLVENDO CONCURSOS PÚ-BLICOS ............................................................................................................................................143

9 SERVIDORES PÚBLICOS ................................................................................................ 145

9.1 REGIME JURÍDICO ...................................................................................................................... 145

9.2 REMUNERAÇÃO ......................................................................................................................... 146

9.3 TETO CONSTITUCIONAL REMUNERATÓRIO ...................................................................... 150

9.4 INCONSTITUCIONALIDADE DA ASCENSÃO E TRANSPOSIÇÃO ....................................152

9.5 CONTRATAÇÃO SEM CONCURSO PÚBLICO ...................................................................... 154

9.6 ACUMULAÇÃO DE CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS ....................................................155

9.7 ALGUNS TEMAS ENVOLVENDO A LEI 8.112/90 ..................................................................155

9.8 APOSENTADORIA ......................................................................................................................160

9.9 PENSÃO POR MORTE ............................................................................................................... 164

9.10 SERVIDORES TEMPORÁRIOS (ART. 37, IX, DA CF/88) .....................................................168

9.11 RESTITUIÇÃO DE VALORES RECEBIDOS ..............................................................................172

10 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ................................................................................173

10.1 NOÇÕES GERAIS ........................................................................................................................173

10.2 SUJEITOS DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ..............................................................174

10.3 ELEMENTO SUBJETIVO ............................................................................................................177

10.4 COMPETÊNCIA ......................................................................................................................... 178

10.5 PROCEDIMENTO ......................................................................................................................180

10.6 INDISPONIBILIDADE DE BENS ............................................................................................. 181

10.7 ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE CAUSAM PREJUÍZO AO ERÁ-RIO (ART. 10) .............................................................................................................................. 184

10.8 ATOS DE IMPROBIDADE QUE ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMI-NISTRAÇÃO PÚBLICA (ART. 11) ............................................................................................. 185

10.9 PRAZO PRESCRICIONAL ......................................................................................................... 188

10.10 OUTROS TEMAS DE IMPROBIDADE .................................................................................190

11 TEMAS DIVERSOS ..........................................................................................................191

12 DIREITO ADMINISTRATIVO MILITAR ...........................................................................201

ementas.indb 8 1/25/2016 3:19:48 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 | 9

DIREITO ELEITORAL ........................................................................................ 203

1 INELEGIBILIDADES ........................................................................................................ 203

2 PARTIDOS POLÍTICOS ................................................................................................... 203

3 PROPAGANDA POLÍTICA E PARTIDÁRIA....................................................................... 206

4 FINANCIAMENTO DE CAMPANHA ELEITORAL ............................................................ 207

5 OUTROS TEMAS ........................................................................................................... 208

6 DIREITO PROCESSUAL ELEITORAL ................................................................................210

7 CRIMES ELEITORAIS E SUA APURAÇÃO ........................................................................210

DIREITO CIVIL ................................................................................................. 213

1 DIREITOS DA PERSONALIDADE ......................................................................................213

1.1 BIOGRAFIAS: AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO .............................213

1.2 NASCITURO ...................................................................................................................................213

1.3 NOME ............................................................................................................................................. 214

1.4 DIREITO À IMAGEM ................................................................................................................... 216

1.5 INTERDIÇÃO ................................................................................................................................. 218

2 PESSOAS JURÍDICAS ..................................................................................................... 220

2.1 COOPERATIVAS ........................................................................................................................... 220

2.2 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ................................................... 220

2.3 OUTROS TEMAS ..........................................................................................................................222

3 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO................................................................................222

3.1 FRAUDE CONTRA CREDORES ..................................................................................................222

3.2 SIMULAÇÃO ................................................................................................................................. 223

4 PRESCRIÇÃO .................................................................................................................. 223

4.1 SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO SE HOUVER SIDO INSTAURADO INQUÉRITO/PROCESSO PENAL ...................................................................................................................... 223

4.2 PRAZO PRESCRICIONAL ENVOLVENDO HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ..................224

4.3 RESSARCIMENTO DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA NO CUSTEIO DE CONSTRU-ÇÃO DE REDE ELÉTRICA ........................................................................................................... 225

4.4 OUTROS PRAZOS PRESCRICIONAIS ..................................................................................... 225

5 OBRIGAÇÕES .................................................................................................................225

5.1 JUROS ............................................................................................................................................. 225

5.2 COMISSÃO DE PERMANÊNCIA ..............................................................................................229

5.3 CORREÇÃO MONETÁRIA .........................................................................................................229

5.4 CLÁUSULA PENAL ..................................................................................................................... 230

5.5 ABUSIVIDADE DOS ENCARGOS NA NORMALIDADE CONTRATUAL E MORA ...........231

5.6 REPETIÇÃO DE INDÉBITO .........................................................................................................231

5.7 TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL ......................................................................231

ementas.indb 9 1/25/2016 3:19:48 AM

10 | Márcio André Lopes Cavalcante

5.8 DÍVIDA DE JOGO CONTRAÍDA EM CASA DE BINGO ........................................................231

6 RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................................................................... 232

6.1 NOÇÕES GEAIS ........................................................................................................................... 232

6.2 NOÇÕES GERAIS SOBRE DANOS MORAIS ......................................................................... 233

6.3 NOÇÕES GERAIS SOBRE DANOS MATERIAIS ....................................................................236

6.4 DANOS SOCIAIS .........................................................................................................................239

6.5 RESPONSABILIDADE CIVIL E INTERNET ..............................................................................239

6.6 RESPONSABILIDADE CIVIL E INSTITUIÇÃO BANCÁRIA ..................................................242

6.7 RESPONSABILIDADE CIVIL E LIBERDADE DE EXPRESSÃO .............................................243

6.8 RESPONSABILIDADE CIVIL E QUESTÕES RELACIONADAS COM SAÚDE ................. 244

6.9 RESPONSABILIDADE CIVIL E CORREIOS .............................................................................245

6.10 RESPONSABILIDADE CIVIL E ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO .................................... 246

6.11 RESPONSABILIDADE CIVIL E CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................... 246

6.12 TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE ................................................................................247

6.13 OUTROS TEMAS ....................................................................................................................... 250

6.14 DPVAT ...........................................................................................................................................251

7 CONTRATOS ...................................................................................................................256

7.1 NOÇÕES GERAIS SOBRE CONTRATOS...................................................................................256

7.2 COMPRA E VENDA .....................................................................................................................258

7.3 DOAÇÃO .......................................................................................................................................260

7.4 CONTRATO DE SEGURO ........................................................................................................... 261

7.5 FIANÇA ...........................................................................................................................................267

7.6 LOCAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS ....................................................................................... 269

7.7 CONTRATO DE TRANSPORTE ................................................................................................... 272

7.8 OUTROS CONTRATOS ............................................................................................................... 273

7.9 ARBITRAGEM ...............................................................................................................................276

7.10 SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO ............................................................................. 277

8 PROPRIEDADE INTELECTUAL ........................................................................................279

9 DIREITOS REAIS ............................................................................................................. 281

9.1 PROPRIEDADE ............................................................................................................................. 281

9.2 CONDOMÍNIO COMUM ..........................................................................................................282

9.3 CONDOMÍNIO EDILÍCIO ..........................................................................................................282

9.4 USUFRUTO ..................................................................................................................................287

9.5 USUCAPIÃO ................................................................................................................................ 288

9.6 OUTROS TEMAS ........................................................................................................................290

10 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA ................................................................... 292

10.1 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS......................................................................292

10.2 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS ................................................................... 298

ementas.indb 10 1/25/2016 3:19:49 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 | 11

10.3 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA REGIDA PELO CÓDIGO CIVIL ............................................... 298

11 PROMESSA DE COMPRA E VENDA .............................................................................. 299

12 CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL ................................................................................. 302

12.1 CASAMENTO .............................................................................................................................. 302

12.2 UNIÃO ESTÁVEL ........................................................................................................................305

12.3 DIREITO REAL DE HABITAÇÃO ..............................................................................................307

13 PARENTESCO ............................................................................................................... 309

13.1 AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE ................................................................... 309

13.2 ADOÇÃO À BRASILEIRA E PATERNIDADE BIOLÓGICA .................................................... 311

13.3 NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO PROBATÓRIA PARA COMPROVAR A FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA ...........................................................................................................................313

13.4 PRAZO DECADENCIAL DO ART. 1.614 DO CC .....................................................................313

13.5 ALIENAÇÃO PARENTAL ............................................................................................................314

13.6 ABANDONO AFETIVO E RESPONSABILIDADE CIVIL .......................................................314

13.7 ADOÇÃO DE MAIORES .............................................................................................................315

14 ALIMENTOS ...................................................................................................................315

14.1 OBRIGAÇÃO ALIMENTAR .........................................................................................................315

14.2 QUANTUM DA PENSÃO ALIMENTÍCIA ............................................................................... 318

14.3 ASPECTOS PROCESSUAIS ...................................................................................................... 320

14.4 EXECUÇÃO DE ALIMENTOS ...................................................................................................321

14.5 PRISÃO CIVIL .............................................................................................................................. 322

15 BEM DE FAMÍLIA ..........................................................................................................324

16 SUCESSÕES .................................................................................................................. 327

16.1 NOÇÕES GERAIS ....................................................................................................................... 327

16.2 SUCESSÃO LEGÍTIMA ..............................................................................................................329

16.3 TESTAMENTO ..............................................................................................................................331

DIREITO DO CONSUMIDOR .............................................................................333

1 CONCEITO DE CONSUMIDOR ........................................................................................ 333

2 RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO ................................336

3 RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO ...............................342

4 PROTEÇÃO CONTRATUAL .............................................................................................345

4.1 ASSUNTOS DIVERSOS ...............................................................................................................345

4.2 CONTRATOS BANCÁRIOS ........................................................................................................348

4.3 COMPRA DE IMÓVEIS ...............................................................................................................350

4.4 PLANO DE SAÚDE ......................................................................................................................351

4.5 CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇO PÚBLICO ........................................................................354

4.6 ASPECTOS PROCESSUAIS ........................................................................................................ 355

ementas.indb 11 1/25/2016 3:19:49 AM

12 | Márcio André Lopes Cavalcante

5 TEMAS DIVERSOS ..........................................................................................................356

6 BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORES ............................................ 357

6.1 PRINCIPAIS ENTENDIMENTOS DO STJ SOBRE O TEMA: ................................................. 357

6.2 MP TEM LEGITIMIDADE PARA QUESTIONAR INFORMAÇÕES EM CADASTRO DE INADIMPLENTES ..................................................................................................................362

6.3 RESPONSABILIDADE POR AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO DE INSCRIÇÃO DE CORRENTISTA NO CCF ..............................................................................................................362

6.4 SISTEMA “CREDIT SCORING” .................................................................................................363

DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL .................................................................... 365

1 REGIME JURÍDICO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES ................................................365

2 REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS ..................................................................... 369

3 REGISTRO DE IMÓVEIS ...................................................................................................371

4 TABELIONATO DE NOTAS .............................................................................................. 373

5 TABELIONATO DE PROTESTO ......................................................................................... 373

6 REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS ......................................................................376

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ....................................................377

1 ASPECTOS CÍVEIS DA PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE ................................377

2 ADOÇÃO ....................................................................................................................... 380

3 MEDIDAS PROTETIVAS E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS ..............................................383

4 CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS ...................................................385

DIREITO EMPRESARIAL ................................................................................... 387

1 PROPRIEDADE INDUSTRIAL ...........................................................................................387

1.1 MARCA ............................................................................................................................................387

1.2 PATENTES ......................................................................................................................................392

2 CONTRATOS EMPRESARIAIS .........................................................................................392

2.1 FACTORING ...................................................................................................................................392

2.2 LEASING (ARRENDAMENTO MERCANTIL) ......................................................................... 394

2.3 CONTRATOS BANCÁRIOS .........................................................................................................395

2.4 CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL ................................................................ 396

2.5 FRANQUIA ................................................................................................................................... 396

2.6 TRESPASSE ...................................................................................................................................397

3 TÍTULOS DE CRÉDITO ................................................................................................... 398

3.1 NOÇÕES GERAIS......................................................................................................................... 398

3.2 NOTA PROMISSÓRIA ................................................................................................................ 399

3.3 CHEQUE .......................................................................................................................................400

3.4 DUPLICATA .................................................................................................................................. 402

ementas.indb 12 1/25/2016 3:19:49 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 | 13

3.5 CÉDULAS DE CRÉDITO ............................................................................................................. 403

3.6 PROTESTO ....................................................................................................................................404

4 SOCIEDADES EMPRESÁRIAS ........................................................................................ 405

4.1 SOCIEDADE LIMITADA ............................................................................................................. 405

4.2 SOCIEDADE ANÔNIMA ........................................................................................................... 407

4.3 OUTROS TEMAS ........................................................................................................................408

5 FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL .........................................................................409

5.1 FALÊNCIA ......................................................................................................................................409

5.2 RECUPERAÇÃO JUDICIAL ......................................................................................................... 415

5.3 LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL ................................................................................................ 421

DIREITO AMBIENTAL ...................................................................................... 423

1 COMPETÊNCIA ...............................................................................................................423

2 RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO AMBIENTAL .................................................... 424

2.1 EMPRESA QUE DEIXOU VAZAR AMÔNIA EM RIO E DANOS AOS PESCADORES PROFISSIONAIS .......................................................................................................................... 424

2.2 PARTICULAR QUE DEPOSITA RESÍDUOS TÓXICOS EM SEU TERRENO ...................... 424

2.3 EMPRESA DE MINERAÇÃO QUE DEIXOU VAZAR RESÍDUOS DE LAMA TÓXICA .... 424

2.4 DANO MORAL COLETIVO NO DIREITO AMBIENTAL .......................................................425

3 INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA .......................................................................................425

4 OUTROS TEMAS ........................................................................................................... 426

DIREITO PROCESSUAL CIVIL ...........................................................................429

1 COMPETÊNCIA .............................................................................................................. 429

1.1 JUSTIÇA ESTADUAL .................................................................................................................... 429

1.2 JUSTIÇA FEDERAL COMUM ......................................................................................................431

1.3 JUSTIÇA DO TRABALHO ............................................................................................................434

1.4 COMPETÊNCIAS ENVOLVENDO O STF ................................................................................ 436

1.5 COMPETÊNCIA TERRITORIAL ...................................................................................................438

1.6 OUTROS TEMAS .........................................................................................................................440

2 PROCEDIMENTO........................................................................................................... 443

2.1 PETIÇÃO INICIAL .........................................................................................................................443

2.2 JUSTIÇA GRATUITA ....................................................................................................................445

2.3 CITAÇÃO E INTIMAÇÕES .......................................................................................................... 451

2.4 RESPOSTA DO RÉU ....................................................................................................................453

2.5 SUSPENSÃO DO PROCESSO....................................................................................................455

2.6 PROCESSO ELETRÔNICO ........................................................................................................ 458

2.7 DEVERES DOS SUJEITOS DO PROCESSO ............................................................................ 458

2.8 DESISTÊNCIA DA AÇÃO ...........................................................................................................460

ementas.indb 13 1/25/2016 3:19:49 AM

14 | Márcio André Lopes Cavalcante

2.9 PROCEDIMENTO SUMÁRIO....................................................................................................461

3 LITISCONSÓRCIO .......................................................................................................... 462

3.1 BENEFÍCIO DO PRAZO DOBRO .............................................................................................. 462

3.2 OUTROS TEMAS ......................................................................................................................... 464

4 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS .....................................................................................466

5 PROVAS ........................................................................................................................ 468

5.1 NOÇÕES GERAIS ........................................................................................................................ 468

5.2 PROVA DOCUMENTAL .............................................................................................................469

5.3 EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO................................................................................................... 470

5.4 PROVA PERICIAL ..........................................................................................................................471

5.5 PROVA TESTEMUNHAL ..............................................................................................................471

6 TUTELA ANTECIPADA (TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA) ................ 471

7 OUTROS TEMAS ............................................................................................................475

7.1 ASTREINTES...................................................................................................................................475

7.2 JULGAMENTO PARCIAL DE MÉRITO ...................................................................................... 477

7.3 DISPENSA DA CAUÇÃO PREVISTA NO ART. 835 DO CPC 1973 (ART. 83 DO CPC 2015) . 477

7.4 LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ E DESNECESSIDADE DE PROVA DE PREJUÍZO .......................478

7.5 POSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO JUDICIAL APÓS A PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO..478

8 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO .......................................................................................478

9 SENTENÇA ....................................................................................................................480

10 JUROS, CORREÇÃO MONETÁRIA, CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS .............481

11 AÇÃO RESCISÓRIA .......................................................................................................486

12 RECURSOS ................................................................................................................... 492

12.1 NOÇÕES GERAIS ....................................................................................................................... 492

12.2 APELAÇÃO ................................................................................................................................... 501

12.3 AGRAVO ...................................................................................................................................... 502

12.4 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ..............................................................................................505

12.5 EMBARGOS INFRINGENTES .................................................................................................506

12.6 DECISÃO MONOCRÁTICA DO ART. 557 DO CPC 1973 (ART. 932, III E IV, DO CPC 2015) 507

12.7 JULGAMENTO POR AMOSTRAGEM DO RESP E RE .........................................................507

12.8 RECURSO EXTRAORDINÁRIO ............................................................................................... 511

12.9 RECURSO ESPECIAL ..................................................................................................................513

12.10 EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA ............................................................................................515

13. PROCESSO CAUTELAR ..................................................................................................517

14 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ........................................................................................ 518

15 EXECUÇÃO ................................................................................................................... 521

15.1 TITULOS EXECUTIVOS ...............................................................................................................521

15.2 EXECUÇÃO PROVISÓRIA ........................................................................................................ 522

ementas.indb 14 1/25/2016 3:19:49 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 | 15

15.3 NOÇÕES GERAIS ....................................................................................................................... 523

15.4 IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ......................................................528

15.5 EMBARGOS À EXECUÇÃO ......................................................................................................529

15.6 EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE .....................................................................................531

15.7 PENHORA .................................................................................................................................... 532

15.8 ARRESTO EXECUTIVO ELETRÔNICO ....................................................................................538

15.9 IMPENHORABILIDADE............................................................................................................539

15.10 FRAUDE À EXECUÇÃO .......................................................................................................... 540

15.11 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA...................................................................... 541

15.12 PRECATÓRIO .............................................................................................................................542

16 EXECUÇÃO FISCAL .......................................................................................................547

17 JUIZADOS ESPECIAIS ................................................................................................... 555

18 MANDADO DE SEGURANÇA ....................................................................................... 557

19 PROCESSO COLETIVO .................................................................................................. 561

20 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ...................................................................................... 573

DIREITO PENAL ...............................................................................................581

1 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA .................................................................................. 581

1.2 CRIMES NOS QUAIS A JURISPRUDÊNCIA RECONHECE A APLICAÇÃO DO PRIN-CÍPIO ..............................................................................................................................................582

1.3 CRIMES NOS QUAIS A JURISPRUDÊNCIA REJEITA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO ... 584

1.4 CRIMES NOS QUAIS EXISTE DIVERGÊNCIA NA JURISPRUDÊNCIA .............................587

2 DOSIMETRIA DA PENA ................................................................................................. 588

2.1 PRIMEIRA FASE (CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS)................................................................ 588

2.2 SEGUNDA FASE (AGRAVANTES E ATENUANTES) .............................................................593

2.3 PENA DE MULTA ........................................................................................................................ 598

3 CONCURSO FORMAL E CRIME CONTINUADO ............................................................. 599

3.1 CONCURSO FORMAL (OU CONCURSO IDEAL) ................................................................. 599

3.2 CRIME CONTINUADO ............................................................................................................. 600

4 EFEITOS DA CONDENAÇÃO E PERDA DO CARGO........................................................ 603

5 FIXAÇÃO DO REGIME PRISIONAL ................................................................................604

6 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ...............................................................................606

7 PRESCRIÇÃO ................................................................................................................. 607

8 OUTROS TEMAS DA PARTE GERAL ................................................................................610

9 CRIMES CONTRA A VIDA .............................................................................................. 612

9.1 HOMICÍDIO (ART. 121) ................................................................................................................ 612

9.2 ABORTO ........................................................................................................................................614

9.3 LESÕES CORPORAIS (ART. 129 DO CP)..................................................................................614

ementas.indb 15 1/25/2016 3:19:49 AM

16 | Márcio André Lopes Cavalcante

10 CRIMES CONTRA A HONRA ........................................................................................616

11 CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL............................................................... 617

12 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ................................................................................ 617

12.1 FURTO (ART. 155 DO CP) ........................................................................................................... 617

12.2 ROUBO (ART. 157 DO CP) .......................................................................................................620

12.3 EXTORSÃO (ART. 158 DO CP) ..................................................................................................627

12.4 DANO (ART. 163 DO CP) ......................................................................................................... 628

12.5 APROPRIAÇÃO INDÉBITA (ART. 168 DO CP) ..................................................................... 629

12.6 APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA (ART. 168-A DO CP) ..............................630

12.7 ESTELIONATO (ART. 171 DO CP) ............................................................................................. 631

12.8 DUPLICATA SIMULADA (ART. 172) ........................................................................................635

12.9 RECEPTAÇÃO (ART. 180 DO CP) ............................................................................................635

13 CRIME DE VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL (ART. 184 DO CP) ...................................635

14 CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ....................................................................637

14.1 ESTUPRO (ART. 213) ...................................................................................................................637

14.2 ESTUPRO DE VULNERÁVEL (ART. 217-A DO CP) ...............................................................637

14.3 FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO (ART. 218-B DO CP) .......................................... 639

15 CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA ..........................................................................640

16 CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ..................................................................................641

17 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ......................................................... 645

17.1 CRIMES DIVERSOS.................................................................................................................... 645

17.2 DESCAMINHO (ART. 334) .......................................................................................................648

17.3 DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA (ART. 339) ............................................................................649

17.4 CAUSA DE AUMENTO DO ART. 327, § 2º DO CP ..............................................................650

18 LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS ............................................................................... 650

19 CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (LEI 7.492/86) ..................... 650

20 RACISMO (LEI 7.716/86) .............................................................................................. 651

21 CRIMES NO ECA ........................................................................................................... 651

22 CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/90) ..........................................................................652

23 CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (LEI 8.137/90) .............................................652

24 CRIMES NA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS (LEI 8.666/93) .................................. 659

25 CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (LEI 9.503/97) ...................................................660

26 LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI 9.605/98) ...............................................................661

27 ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI 10.826/2003) ................................................. 662

28 LEI MARIA DA PENHA (LEI 11.340/2006) ................................................................... 667

29 LEI DE DROGAS (LEI 11.343/2006) .............................................................................. 670

30 OUTROS TEMAS DA LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE .................................................. 679

30.1 CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS (DL 201/67) ................................. 679

ementas.indb 16 1/25/2016 3:19:49 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 | 17

30.2 CRIME DO ART. 10 DA LEI 7.347/85 ....................................................................................680

30.3 LEI 7.802/89 ...............................................................................................................................681

30.4 CRIME DO ART. 7º, IX, DA LEI 8.137/90 ..............................................................................681

30.5 CRIME DO ART. 183 DA LEI 9.472/97.................................................................................. 682

30.6 ESTATUTO DO TORCEDOR ................................................................................................... 683

DIREITO PROCESSUAL PENAL .........................................................................685

1 INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ........................................................................................... 685

2 AÇÃO PENAL.................................................................................................................690

2.1 DENÚNCIA ....................................................................................................................................691

2.2 AÇÃO PENAL PRIVADA............................................................................................................. 692

3 COMPETÊNCIA ............................................................................................................. 693

3.1 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA BRASILEIRA ............................................................................ 693

3.2 COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA FEDERAL X JUSTIÇA ESTADUAL .....................................694

3.3 COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA FEDERAL COMUM X COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA MILITAR ........................................................................................................................................ 706

3.4 COMPETÊNCIA TERRITORIAL ..................................................................................................707

3.5 OUTROS JULGADOS SOBRE COMPETÊNCIA ..................................................................... 708

3.6 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO..............................................................................713

4 PRISÃO E LIBERDADE .................................................................................................... 718

4.1 PRISÃO EM FLAGRANTE ........................................................................................................... 718

4.2 PRISÃO PREVENTIVA ................................................................................................................. 719

4.3 PRISÃO DOMICILIAR DO CPP ..................................................................................................721

4.4 OUTROS TEMAS ......................................................................................................................... 722

5 PROCEDIMENTO ............................................................................................................ 725

5.1 CITAÇÃO POR EDITAL ................................................................................................................. 725

5.2 RESPOSTA À ACUSAÇÃO ..........................................................................................................726

5.3 TEMAS DIVERSOS ....................................................................................................................... 727

5.4 PROCESSOS CRIMINAIS DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF/STJ ......................728

6 PROVAS .........................................................................................................................729

7 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA ......................................................................................736

8 TRIBUNAL DO JÚRI ....................................................................................................... 741

8.1 NOÇÕES GERAIS ..........................................................................................................................741

8.2 PLENÁRIO DO JÚRI ....................................................................................................................744

8.3 VOTAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI ........................................................................................ 747

8.4 RECURSOS ...................................................................................................................................750

9 NULIDADES ................................................................................................................... 752

10 OUTROS TEMAS ...........................................................................................................759

ementas.indb 17 1/25/2016 3:19:49 AM

18 | Márcio André Lopes Cavalcante

10.1 FUNDAMENTAÇÃO ..................................................................................................................759

10.2 IMPEDIMENTO/SUSPEIÇÃO DO JUIZ ............................................................................... 760

10.3 ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO .................................................................................................. 761

10.4 INCIDENTES E MEDIDAS CAUTELARES .............................................................................763

11 SENTENÇA E OUTRAS DECISÕES ................................................................................. 766

12RECURSOS.....................................................................................................................770

13 HABEAS CORPUS E REVISÃO CRIMINAL ......................................................................776

13.1 NOÇÕES GERAIS ........................................................................................................................776

13.2 SITUAÇÕES EM QUE NÃO SE ADMITIU HABEAS CORPUS ............................................779

13.3 CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA .................................................................................... 780

13.4 OUTROS TEMAS ........................................................................................................................ 781

13.5 REVISÃO CRIMINAL .................................................................................................................. 781

14 JUIZADOS ESPECIAIS ...................................................................................................782

15 EXECUÇÃO PENAL ........................................................................................................782

15.1 TRABALHO DO PRESO ..............................................................................................................782

15.2 REMIÇÃO .....................................................................................................................................784

15.3 PROGRESSÃO DE REGIME ..................................................................................................... 786

15.4 PRÁTICA DE FALTA GRAVE ..................................................................................................... 790

15.5 LIVRAMENTO CONDICIONAL ...............................................................................................793

15.6 TEMAS DIVERSOS .................................................................................................................... 796

15.7 MEDIDA DE SEGURANÇA ..................................................................................................... 798

15.8 INDULTO .................................................................................................................................... 799

DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL MILITAR ................................................. 803

1 COMPETÊNCIA .............................................................................................................. 803

2 PROCEDIMENTO...........................................................................................................806

3 CRIMES ........................................................................................................................ 807

4 DOSIMETRIA DA PENA .................................................................................................809

5 CONDENAÇÃO CRIMINAL E PERDA DO CARGO ...........................................................810

6 ARQUIVAMENTO DE IP E PEÇAS DE INFORMAÇÃO .....................................................810

7 PROCEDIMENTO .............................................................................................................811

8 CORREIÇÃO PARCIAL .....................................................................................................811

DIREITO TRIBUTÁRIO ......................................................................................813

1 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS ............................................................. 813

2 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA .............................................................................................814

2.1 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA (OU INTERGOVERNAMENTAL) ...................... 814

2.2 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RELIGIOSA ..................................................................................816

ementas.indb 18 1/25/2016 3:19:49 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 | 19

2.3 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DE ENTIDADES EDUCACIONAIS E ASSISTENCIAIS......... 818

2.4 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SOBRE LIVROS ......................................................................... 820

2.4 OUTROS JULGADOS SOBRE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA .................................................822

3 TAXAS ............................................................................................................................823

4 OUTROS TEMAS ........................................................................................................... 824

5 IMPOSTOS FEDERAIS .................................................................................................... 829

5.1 IMPOSTO DE RENDA ................................................................................................................. 829

5.2 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS .........................................................835

5.3 OUTROS TEMAS ......................................................................................................................... 838

6 ICMS E OUTROS IMPOSTOS ESTADUAIS...................................................................... 838

7 IMPOSTOS MUNICIPAIS ............................................................................................... 845

7.1 IPTU ................................................................................................................................................ 845

7.2 ISS ................................................................................................................................................... 846

8 CONTRIBUIÇÕES .......................................................................................................... 848

8.1 COFINS .......................................................................................................................................... 848

8.2 PIS/COFINS .................................................................................................................................849

8.3 CONTRIBUIÇÕES DIVERSAS.................................................................................................... 851

9 OUTROS TEMAS ............................................................................................................852

10 DIREITO FINANCEIRO ..................................................................................................857

DIREITO PREVIDENCIÁRIO ..............................................................................859

1 APOSENTADORIA ......................................................................................................... 859

1.1 NOÇÕES GERAIS ......................................................................................................................... 859

1.2 APOSENTADORIA RURAL .........................................................................................................860

1.3 APOSENTADORIA HÍBRIDA ..................................................................................................... 862

1.4 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ .......................................................................................864

1.5 APOSENTADORIA ESPECIAL ...................................................................................................866

2 PENSÃO POR MORTE ...................................................................................................869

3 AUXÍLIO-ACIDENTE ....................................................................................................... 871

4 AUXÍLIO-RECLUSÃO ......................................................................................................872

5 SALÁRIO-MATERNIDADE ..............................................................................................873

6 BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA ...................................................................873

7 OUTROS TEMAS ............................................................................................................874

8 PROCESSO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL PREVIDENCIÁRIO ......................................877

9 PREVIDÊNCIA PRIVADA ............................................................................................... 882

DIREITO INTERNACIONAL .............................................................................. 885

1 EXTRADIÇÃO ................................................................................................................. 885

ementas.indb 19 1/25/2016 3:19:50 AM

20 | Márcio André Lopes Cavalcante

2 EXPULSÃO .................................................................................................................... 887

3 REFÚGIO .......................................................................................................................890

4 IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO E DE EXECUÇÃO ...........................................................890

5 CONVENÇÃO DE HAIA ..................................................................................................891

6 HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA ......................................................... 892

7 DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO ............................................................................894

DIREITO DO TRABALHO E PROCESSUAL DO TRABALHO ...................................895

1 JULGADOS DIVERSOS .................................................................................................. 895

ementas.indb 20 1/25/2016 3:19:50 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 21

Direito

Constitucional

1 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

1.1 PRINCÍPIO DA IGUALDADE

SISTEMA DE COTAS

O sistema de cotas em universidades públicas, com base em critério étnico-ra-cial, é CONSTITUCIONAL. No entanto, as políticas de ação afirmativa baseadas no critério racial possuem natureza transitória.STF. Plenário. ADPF 186/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 25 e 26/4/2012 (Info 663).

É também constitucional fixar cotas para alunos que sejam egressos de escolas públicas.STF. Plenário. RE 597285/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 9/5/2012 (Info 665).

É CONSTITUCIONAL A LEI QUE VEDA QUE OCUPANTES DA CARREIRA POLICIAL EXERÇAM ADVOCACIA

A Lei que veda o exercício da atividade de advocacia por aqueles que desem-penham, direta ou indiretamente, atividade policial, não afronta o princípio da isonomia.STF. Plenário. ADI 3541/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 12/2/2014 (Info 735).

1.2 LIBERDADE DE EXPRESSÃO

BIOGRAFIAS: DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA

Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares.

ementas.indb 21 1/25/2016 3:19:50 AM

22 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

Essa autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade de expressão consagrada pela CF/88. As exatas palavras do STF fo-ram as seguintes:

“É inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras bio-gráficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária a autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes ou de familiares, em caso de pessoas falecidas ou ausentes”.

Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia entenda que seus direitos foram violados pela publicação, terá direito à reparação, que pode-rá ser feita não apenas por meio de indenização pecuniária, como também por outras formas, tais como a publicação de ressalva, de nova edição com correção, de direito de resposta etc.

STF. Plenário. ADI 4815/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/6/2015 (Info 789).

1.3 SIGILO BANCÁRIO

REQUISIÇÃO PELO MP DE INFORMAÇÕES BANCÁRIAS DE ENTE DA ADMINIS-TRAÇÃO PÚBLICA

IMPORTANTE

Não são nulas as provas obtidas por meio de requisição do Ministério Público de informações bancárias de titularidade de prefeitura municipal para fins de apurar supostos crimes praticados por agentes públicos contra a Administração Pública.

É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas de titularidade da Prefeitura Municipal, com o fim de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário.

STJ. 5ª Turma. HC 308.493-CE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 20/10/2015 (Info 572).

QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIOOs órgãos poderão requerer informações bancárias

diretamente das instituições financeiras?

POLÍCIA NÃO (depende de autorização judicial).

MP

NÃO (depende de autorização judicial) (STJ HC 160.646/SP, Dje 19/09/2011).

Exceção: É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas de titularidade da Prefeitura Municipal, com o fim de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário (STJ. 5ª Turma. HC 308.493-CE, j. em 20/10/2015).

ementas.indb 22 1/25/2016 3:19:50 AM

CONSTITUCIONAL

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 23

QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIOOs órgãos poderão requerer informações bancárias

diretamente das instituições financeiras?

RECEITA

FEDERAL

SIM: se os dados forem utilizados em processo administrativo tributário.

NÃO: se os dados forem utilizados em processo criminal.

TCU

NÃO (depende de autorização judicial) (STF. MS 22934/DF, DJe de 9⁄5⁄2012).

Exceção: O envio de informações ao TCU relativas a operações de crédito originárias de recursos públicos não é coberto pelo sigilo bancário (STF. MS 33340/DF, j. em 26/5/2015).

CPISIM (seja ela federal ou estadual/distrital). Prevalece que CPI municipal não pode.

1.4 HABEAS DATA

POSSIBILIDADE DE SE OBTER DADOS DO CONTRIBUINTE QUE CONSTEM NOS SISTEMAS DOS ÓRGÃOS FAZENDÁRIOS

IMPORTANTE

O habeas data é a garantia constitucional adequada para a obtenção dos dados concernentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração fazendária dos entes estatais.

No caso concreto, o STF reconheceu que o contribuinte pode ajuizar habeas data para ter acesso às informações relacionadas consigo e que estejam pre-sentes no sistema SINCOR da Receita Federal.

O SINCOR (Sistema de Conta Corrente de Pessoa Jurídica) é um banco de dados da Receita Federal no qual ela armazena as informações sobre os débitos e cré-ditos dos contribuintes pessoas jurídicas.

A decisão foi tomada com base no SINCOR, mas seu raciocínio poderá ser aplica-do para outros bancos de dados mantidos pelos órgãos fazendários.

STF. Plenário. RE 673707/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/6/2015 (repercussão geral) (Info 790).

1.5 DIREITO DE ACESSO A INFORMAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO

EXPEDIÇÃO DE PASSAPORTES DIPLOMÁTICOS

O Ministério das Relações Exteriores não pode sonegar o nome de quem recebe passaporte diplomático emitido na forma do § 3º do art. 6º do Anexo do Decre-to 5.978/2006.

ementas.indb 23 1/25/2016 3:19:50 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 105

Direito

Administrativo

1 PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS

1.1 MORALIDADE

VEDAÇÃO AO NEPOTISMO: REGRA GERAL

Súmula vinculante 13-STF: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autorida-de nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

VEDAÇÃO AO NEPOTISMO: INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI ESTADUAL QUE PREVEJA EXCEÇÕES

É inconstitucional lei estadual que excepciona a vedação da prática do nepo-tismo, permitindo que sejam nomeados para cargos em comissão ou funções gratificadas de até dois parentes das autoridades estaduais, além do cônjuge do Governador.

STF. Plenário. ADI 3745/GO, rel. Min. Dias Toffoli, 15/5/2013 (Info 706).

NORMA QUE IMPEDE NEPOTISMO NO SERVIÇO PÚBLICO NÃO ALCANÇA SER-VIDORES DE PROVIMENTO EFETIVO

A Constituição do Estado do Espírito Santo prevê, em seu art. 32, VI, que é “veda-do ao servidor público servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil”.

ementas.indb 105 1/25/2016 3:20:00 AM

106 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

Foi proposta uma ADI contra esta norma.

O STF julgou a norma constitucional, mas decidiu dar interpretação conforme à Constituição, no sentido de o dispositivo ser válido somente quando incidir sobre os cargos de provimento em comissão, função gratificada, cargos de dire-ção e assessoramento. Em outras palavras, o STF afirmou que essa vedação não pode alcançar os servidores admitidos mediante prévia aprovação em concurso público, ocupantes de cargo de provimento efetivo, haja vista que isso poderia inibir o próprio provimento desses cargos, violando, dessa forma, o art. 37, I e II, da CF/88, que garante o livre acesso aos cargos, funções e empregos públicos aos aprovados em concurso público.

STF. Plenário. ADI 524/ES, rel. orig. Min. Sepúlveda Pertence, red. p/ o acórdão Min. Ricardo

Lewandowski, julgado em 20/5/2015 (Info 786).

1.2 PUBLICIDADE

DIVULGAÇÃO DE VENCIMENTOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS COM RELAÇÃO NOMINAL

É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administra-ção Pública, dos nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes ven-cimentos e vantagens pecuniárias.

STF. Plenário. ARE 652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 23/4/2015 (repercussão ge-

ral) (Info 782)

1.3 MOTIVAÇÃO

CORREÇÃO DO VÍCIO DA AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO

O ato de remoção de servidor público por interesse da Administração Pública deve ser motivado. Caso não o seja, haverá nulidade.

No entanto, é possível que o vício da ausência de motivação seja corrigido em momento posterior à edição dos atos administrativos impugnados.

Assim, se a autoridade removeu o servidor sem motivação, mas ela, ao prestar as informações no mandado de segurança, trouxe aos autos os motivos que justificaram a remoção, o vício que existia foi corrigido.

STJ. 1ª Turma. AgRg no RMS 40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 3/9/2013

(Info 529).

ementas.indb 106 1/25/2016 3:20:00 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 213

Direito

Civil

1 DIREITOS DA PERSONALIDADE

1.1 BIOGRAFIAS: AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO

IMPORTANTE

Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária a autorização prévia do indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familia-res. Essa autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade de expressão consagrada pela CF/88. As exatas palavras do STF foram as seguintes:

“É inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras bio-gráficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária a autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes ou de familiares, em caso de pessoas falecidas ou ausentes”.

Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia entenda que seus direitos foram violados pela publicação, terá direito à reparação, que pode-rá ser feita não apenas por meio de indenização pecuniária, como também por outras formas, tais como a publicação de ressalva, de nova edição com correção, de direito de resposta etc.

STF. Plenário. ADI 4815/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/6/2015 (Info 789).

1.2 NASCITURO

É CABÍVEL INDENIZAÇÃO DO DPVAT POR MORTE DO FETO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO

O DPVAT é um seguro obrigatório contra danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas, transportadas ou não. Em outras palavras, qualquer pessoa que sofrer danos pessoais causados por

ementas.indb 213 1/25/2016 3:20:12 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 215

CIVIL

rapaz decidiu que desejava que fosse excluído o nome de seu pai de seu assen-to de nascimento e que o patronímico de seu pai fosse retirado de seu nome, incluindo-se o outro sobrenome da mãe.

O STJ decidiu que esse pedido pode ser deferido e que pode ser excluído comple-tamente do nome civil do interessado os sobrenomes de seu pai, que o abando-nou em tenra idade.

A jurisprudência tem adotado posicionamento mais flexível acerca da imutabi-lidade ou definitividade do nome civil.

O princípio da imutabilidade do nome não é absoluto no sistema jurídico brasilei-ro. Além disso, a referida flexibilização se justifica pelo próprio papel que o nome desempenha na formação e consolidação da personalidade de uma pessoa.

Desse modo, o direito da pessoa de portar um nome que não lhe remeta às an-gústias decorrentes do abandono paterno e, especialmente, corresponda à sua realidade familiar, sobrepõe-se ao interesse público de imutabilidade do nome, já excepcionado pela própria Lei de Registros Públicos.

Sendo assim, nos moldes preconizados pelo STJ, considerando que o nome é ele-mento da personalidade, identificador e individualizador da pessoa na socie-dade e no âmbito familiar, conclui-se que o abandono pelo genitor caracteriza o justo motivo de o interessado requerer a alteração de seu nome civil, com a respectiva exclusão completa dos sobrenomes paternos.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.304.718-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 18/12/2014

(Info 555).

ALTERAÇÃO DO NOME POSTERIOR AO CASAMENTO

Imagine a seguinte situação: marido e mulher se casaram e, no momento da ha-bilitação do casamento, não requereram a alteração do nome. É possível que, pos-teriormente, um possa acrescentar o sobrenome do outro? SIM. É permitido incluir ao seu nome o sobrenome do outro, ainda que após a data da celebração do casamento.Vale ressaltar, no entanto, que esse acréscimo terá que ser feito por intermédio da ação de retificação de registros públicos, nos termos dos arts. 57 e 109 da Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/1973). Assim, não será possível a alteração pela via administrativa, mas somente em juízo.

STJ. 4ª Turma. REsp 910.094-SC, Rel. Raul Araújo, julgado em 4/9/2012.

DIREITO DE A PESSOA RETIFICAR SEU PATRONÍMICO NO REGISTRO DE NASCI-MENTO DE SEU FILHO APÓS DIVÓRCIO

Se a genitora, ao se divorciar, volta a usar seu nome de solteira, é possível que o registro de nascimento dos filhos seja retificado para constar na filiação o nome atual da mãe.

ementas.indb 215 1/25/2016 3:20:12 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 333

Direito

do Consumidor

1 CONCEITO DE CONSUMIDOR

TEORIA FINALISTA MITIGADA, ABRANDADA OU APROFUNDADA

Embora consagre o critério finalista para interpretação do conceito de consu-midor, a jurisprudência do STJ também reconhece a necessidade de, em situações específicas, abrandar o rigor desse critério para admitir a aplicabilidade do CDC nas relações entre os adquirentes e os fornecedores em que, mesmo o adquirente utilizando os bens ou serviços para suas atividades econômicas, fique evidencia-do que ele apresenta vulnerabilidade frente ao fornecedor. Diz-se que isso é a teoria finalista mitigada, abrandada ou aprofundada.

Em suma, a teoria finalista mitigada, abrandada ou aprofundada consiste na possibilidade de se admitir que, em determinadas hipóteses, a pessoa, mesmo sem ter adquirido o produto ou serviço como destinatária final, possa ser equi-parada à condição de consumidora, por apresentar frente ao fornecedor alguma vulnerabilidade.

Existem quatro espécies de vulnerabilidade: a) técnica; b) jurídica; c) fática; d) informacional.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.195.642/RJ, Min. Nancy Andrighi, julgado em 13/11/2012.

AQUISIÇÃO DE AVIÃO POR EMPRESA IMOBILIÁRIA

Empresa administradora de imóveis adquire um avião para servir como meio de transporte para seus sócios e funcionários. Há relação de consumo neste caso? Esse contrato é regido pelo CDC? A administradora é considerada consumidora na situação em tela?

SIM. Há relação de consumo entre a sociedade empresária vendedora de aviões e a sociedade empresária administradora de imóveis que tenha adquirido avião

ementas.indb 333 1/25/2016 3:20:24 AM

334 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

com o objetivo de facilitar o deslocamento de sócios e funcionários. Aplica-se a teoria finalista mitigada.STJ. 3ª Turma. AgRg no REsp 1.321.083-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em

9/9/2014 (Info 548).

AQUISIÇÃO DE VEÍCULO POR TAXISTA: RELAÇÃO DE CONSUMO

A aquisição de veículo para utilização como táxi, por si só, não afasta a possibi-lidade de aplicação das normas protetivas do CDC.

STJ. 4ª Turma. REsp 611.872-RJ, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 2/10/2012 (Info 505).

PARTICIPANTES OU ASSISTIDOS DE PLANO DE BENEFÍCIO E ENTIDADE DE PRE-VIDÊNCIA COMPLEMENTAR

O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável à relação jurídica entre par-ticipantes ou assistidos de plano de benefício e entidade de previdência com-plementar fechada, mesmo em situações que não sejam regulamentadas pela legislação especial.A súmula 321 do STJ só vale para entidades ABERTAS de previdência privada. Para entidades fechadas não se aplica o CDC.Súmula 321-STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre a entidade de previdência privada e seus participantes.STJ. 2ª Seção. REsp 1.536.786-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 26/8/2015 (Info 571).

APLICAÇÃO DO CDC A CONTRATO DE SEGURO EMPRESARIAL

O STJ decidiu que há relação de consumo entre a seguradora e a concessionária de veículos que firmam seguro empresarial visando à proteção do patrimônio desta (destinação pessoal) — ainda que com o intuito de resguardar veículos utilizados em sua atividade comercial —, desde que o seguro não integre os produtos ou serviços oferecidos por esta.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.352.419-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 19/8/2014

(Info 548).

TRANSPORTE AÉREO ENVOLVENDO CONSUMIDOR E INAPLICABILIDADE DA CONVENÇÃO DE VARSÓVIA

Em caso de extravio de mercadoria no transporte internacional envolvendo con-sumidor, aplica-se a indenização tarifada previstas na Convenção de Varsóvia?

NÃO. Caracterizando-se como consumidor a parte lesada no contrato de trans-porte de mercadoria, não se aplica a indenização tarifada prevista na legislação

ementas.indb 334 1/25/2016 3:20:24 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 377

Estatuto da Criança e do Adolescente

1 ASPECTOS CÍVEIS DA PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE

PORTARIA EDITADA PELO JUIZ (ART. 149 DO ECA)

Conforme autoriza o art. 149 do ECA, o juiz pode disciplinar, por portaria, a en-trada e permanência de criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsáveis em estádios, bailes, boates, teatros etc. No entanto, essa portaria deverá ser fundamentada, caso a caso, sendo vedada que ela tenha determina-ções de caráter geral (§ 2º do art. 149).

STJ. 1ª Turma. REsp 1.292.143-SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 21/6/2012.

AUTORIZAÇÃO PARA VIAGEM

É lícita a conduta de companhia aérea consistente em negar o embarque ao exterior de criança acompanhada por apenas um dos pais, desprovido de auto-rização na forma estabelecida no art. 84 do ECA, ainda que apresentada auto-rização do outro genitor escrita de próprio punho e elaborada na presença de autoridade fiscalizadora no momento do embarque.

STJ. 4ª Turma. REsp 1.249.489-MS, Rel. Min. Luiz Felipe Salomão, julgado em 13/8/2013 (Info 529).

O Estatuto da Criança e do Adolescente disciplina, em seus arts. 83 a 85, as regras que envolvem a viagem de crianças e adolescentes. Veja abaixo o resumo das situações:

Viagem nacional

Situação Necessária autorização?

Criança viajar com o pai e a mãe. NÃO

Criança viajar só com o pai ou só com a mãe. NÃO

ementas.indb 377 1/25/2016 3:20:29 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 387

Direito Empresarial

1 PROPRIEDADE INDUSTRIAL

1.1 MARCA

MARCA DE ALTO RENOME

O titular de uma marca detém legítimo interesse em obter, por via direta, uma declaração geral e abstrata de que sua marca é de alto renome. Cuida-se de um direito do titular, inerente ao direito constitucional de proteção integral da marca.

O art. 125 da LPI não estabeleceu os requisitos necessários à caracterização do alto renome de uma marca, sujeitando o dispositivo legal à regulamentação do INPI.

A sistemática imposta pelo INPI por intermédio da Resolução nº 121/05 somente admite que o interessado obtenha o reconhecimento do alto renome de uma marca pela via incidental.

Há, portanto, uma lacuna existente na Resolução nº 121/05 considerando que ela prevê a declaração do alto renome apenas pela via incidental. Essa omissão do INPI na regulamentação do art. 125 da LPI justifica a intervenção do Poder Judiciário.

Vale ressaltar, no entanto, que ainda que haja inércia da Administração Pública, o Poder Judiciário não pode suprir essa omissão e decidir o mérito do processo administrativo, mas apenas determinar que o procedimento seja concluído em tempo razoável. Dessa forma, até que haja a manifestação do INPI pela via direta, a única ilegalidade praticada será a inércia da Administração Pública, sendo inca-bível, nesse momento, a ingerência do Poder Judiciário no mérito do ato omissivo.

Por outro lado, os atos do INPI relacionados com o registro do alto renome de uma marca, por derivarem do exercício de uma discricionariedade técnica e vin-culada, encontram-se sujeitos a controle pelo Poder Judiciário, sem que isso im-plique violação do princípio da separação dos poderes.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.162.281-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/2/2013 (Info 517).

ementas.indb 387 1/25/2016 3:20:31 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 429

Direito

Processual Civil

1 COMPETÊNCIA

1.1 JUSTIÇA ESTADUAL

DANOS CAUSADOS A ESTAGIÁRIO DURANTE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO CUR-RICULAR

Compete à JUSTIÇA COMUM ESTADUAL (e não à Justiça do Trabalho) julgar ação de reparação de danos materiais e morais promovida por aluno universitário contra estabelecimento de ensino superior em virtude de danos ocorridos du-rante o estágio obrigatório curricular.

STJ. 2ª Seção. CC 131.195-MG, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 26/2/2014 (Info 543).

RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO RELACIONADA COM TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA

É de competência da JUSTIÇA ESTADUAL a ação de restituição de indébito pro-posta contra a concessionária de energia elétrica por causa de um aumento ile-gal da tarifa de energia. Isso porque, a princípio, não há nenhum interesse da União ou da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que justifique que elas figurem no polo passivo desta demanda.

STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1.307.041-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em

18/12/2012 (Info 516).

ANATEL NÃO É PARTE LEGÍTIMA EM AÇÃO DE USUÁRIO DE TELEFONIA CON-TRA A CONCESSIONÁRIA

Súmula 506-STJ: A Anatel não é parte legítima nas demandas entre a concessio-nária e o usuário de telefonia decorrentes de relação contratual.

STJ. 1ª Seção. Aprovada em 26/03/2014.

ementas.indb 429 1/25/2016 3:20:36 AM

430 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

COMPETÊNCIA PARA DEMANDAS QUE ENVOLVAM PREVIDÊNCIA PRIVADA E REFER

Súmula 505-STJ: A competência para processar e julgar as demandas que têm por objeto obrigações decorrentes dos contratos de planos de previdência pri-vada firmados com a Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social — REFER é da Justiça estadual.STJ. 2ª Seção. DJe 10/02/2014 (Info 533).

COBRANÇA DE VERBAS POR PROFISSIONAL LIBERAL

Se o autor ajuíza ação contra empresa alegando que era colaborador autônomo, como profissional liberal, e pede condenação da ré ao pagamento de indeni-zação por danos morais e materiais, tal demanda é de competência da Justiça Comum Estadual.

Aplica-se, no caso, o mesmo raciocínio presente na Súmula 363 do STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissio-nal liberal contra cliente.

STJ. 2ª Seção. CC 118.649-SP, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 24/4/2013 (Info 521).

AÇÃO PROPOSTA POR PASTOR CONTRA IGREJA EM QUE SE DISCUTE RELAÇÃO RELIGIOSA E CIVIL

Determinado pastor ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais contra a igreja a que pertencia, alegando que foi desligado sem um justo moti-vo e em desacordo com as regras da igreja.Na petição inicial afirma expressamente que não era empregado da igreja.Quem irá julgar esta demanda é a Justiça comum estadual, considerando que a controvérsia proposta na demanda deriva de relação jurídica de cunho eminen-temente religioso e civil.A causa de pedir e o pedido deduzidos na exordial não se referem à existência de relação de trabalho entre as partes. Logo, é incompetente a Justiça do Trabalho.Obs: veja que se trata de situação bem específica, considerando que a regra é que a competência seja da Justiça do Trabalho.STJ. 2ª Seção. CC 125.472-BA, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 10/4/2013 (Info 520).

LITÍGIOS ENVOLVENDO SERVIDORES TEMPORÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO PÚ-BLICA

A justiça comum é competente para processar e julgar causas em que se dis-cuta a validade de vínculo jurídico-administrativo entre o poder público e ser-vidores temporários.

ementas.indb 430 1/25/2016 3:20:36 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 431

PR

OC

ES

SU

AL C

IVIL

Dito de outra forma: a Justiça competente para julgar litígios envolvendo ser-vidores temporários (art. 37, IX, da CF/88) e a Administração Pública é a JUSTIÇA COMUM (estadual ou federal). A competência NÃO é da Justiça do Trabalho, ainda que o autor da ação alegue que houve desvirtuamento do vínculo e mesmo que ele formule os seus pedi-dos baseados na CLT ou na lei do FGTS.STF. Plenário. Rcl 4351 MC-AgR/PE, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Dias

Toffoli, julgado em 11/11/2015 (Info 807).

AÇÃO CONTRA A ELETROBRÁS NOS CASOS DE EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA

Súmula 553-STJ: Nos casos de empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, é competente a Justiça estadual para o julgamento de deman-da proposta exclusivamente contra a Eletrobrás. Requerida a intervenção da União no feito após a prolação de sentença pelo juízo estadual, os autos devem ser remetidos ao Tribunal Regional Federal competente para o julgamento da apelação se deferida a intervenção.

1.2 JUSTIÇA FEDERAL COMUM

DEMANDAS CONTRA DIRIGENTE DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

É da Justiça estadual, via de regra, a competência para julgar a ação em que se discute a legalidade da cobrança de instituição de ensino superior estadual, mu-nicipal ou particular de taxa para expedição de diploma de curso, salvo quando se tratar de mandado de segurança cuja impetração se volta contra ato de di-rigente de universidade pública federal ou de universidade particular, hipótese de competência da Justiça Federal.

STJ. 2ª Turma. REsp 1.295.790-PE, Rel. Mauro Campbell Marques, julgado em 6/11/2012.

De quem é a competência para julgar as causas propostas contra instituições de en-sino (ou seus dirigentes) em demandas envolvendo educação?

I — Ensino Fundamental: a competência será, em regra, da Justiça Estadual (MS ou outras ações).

II — Ensino Médio: a competência será, em regra, da Justiça Estadual (MS ou ou-tras ações).

III — Ensino Superior:

Mandado de segurança Outras ações

Impetrado contra dirigente de Instituição de ensino federal ou particular: Justiça FEDERAL.

Propostas contra a União ou suas autarquias: Justiça FEDERAL

ementas.indb 431 1/25/2016 3:20:36 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 441

PR

OC

ES

SU

AL C

IVIL

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA

O prazo remanescente para contestar, suspenso com o recebimento da exce-ção de incompetência, volta a fluir não da decisão que acolhe a exceção, mas após a intimação do réu acerca do recebimento dos autos pelo juízo declarado competente.

STJ. 4ª Turma. REsp 973.465-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/10/2012.

Obs: de acordo com o CPC 2015, a incompetência, tanto absoluta como relativa, deverá ser alegada como questão preliminar de contestação (art. 64). Desse modo, não existe mais exceção de incompetência e a alegação de incompetência não mais suspende o curso do processo, como ocorria no CPC 1973.

RÉU QUE NÃO CONCORDA COM PROCESSO DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO: EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA

A exceção de incompetência é meio adequado para que a parte ré impugne distribuição por prevenção requerida pela parte autora com base na existên-cia de conexão.

STJ. 4ª Turma. REsp 1.156.306-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 20/8/2013 (Info 529).

CONFLITO DE COMPETÊNCIA

O art. 115 do CPC 1973 (art. 66 do CPC 2015) precisa ser interpretado extensiva-mente, de modo que, para que haja conflito de competência, basta a mera po-tencialidade ou risco de que sejam proferidas decisões conflitantes.

É possível que se reconheça a conexão, mas sem que haja a reunião de proces-sos. Isso ocorre, por exemplo, quando a reunião implicaria em modificação da competência absoluta.

O efeito principal da conexão é a reunião. Se não for possível, poderá ser deter-minada suspensão de um dos processos para evitar o desperdício da atividade jurisdicional e a prolação de decisões contraditórias.

STJ. 2ª Seção. AgRg no CC 112.956-MS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 25/4/2012 (Info 496).

CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE JUÍZO ESTATAL E CÂMARA ARBITRAL

É possível a existência de conflito de competência entre juízo estatal e câmara arbitral. Isso porque a atividade desenvolvida no âmbito da arbitragem tem na-tureza jurisdicional.

STJ. 2ª Seção. CC 111.230-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 8/5/2013 (Info 522).

ementas.indb 441 1/25/2016 3:20:37 AM

454 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

O STJ entende que constitui mera irregularidade a apresentação de contestação e de reconvenção em peça única, não se podendo falar que houve revelia.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.335.994-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/8/2014

(Info 546).

CPC 2015

O CPC 2015 traz uma interessante novidade: a reconvenção é apresentada na mes-ma peça que a contestação. Veja:

§ Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pre-tensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

(...)

§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

ARGUIÇÃO DE COMPENSAÇÃO EM CONTESTAÇÃO

A compensação de dívida pode ser alegada em contestação.

A compensação é meio extintivo da obrigação, caracterizando-se como defesa substancial de mérito ou espécie de contradireito do réu.

A compensação pode ser alegada em contestação como matéria de defesa, in-dependentemente da propositura de reconvenção, em obediência aos princí-pios da celeridade e da economia processual.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.524.730-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 18/8/2015

(Info 567).

RECONVENÇÃO E CONEXÃO COM A AÇÃO PRINCIPAL OU COM O FUNDAMEN-TO DA DEFESA

A reconvenção pode ser apresentada sempre que seja conexa com a ação prin-cipal ou com o fundamento da defesa. O cabimento da reconvenção deve ser apreciado em status assertionis, ou seja, segundo o que o réu reconvinte afir-mou na reconvenção.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.126.130-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/3/2012.

CPC 2015

O entendimento acima permanece válido com o novo CPC. Compare as duas redações:

CPC 1973 CPC 2015

Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifes-tar pretensão própria, conexa com

ementas.indb 454 1/25/2016 3:20:38 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 455

PR

OC

ES

SU

AL C

IVIL

CPC 1973 CPC 2015

ação principal ou com o fundamento da defesa.

a ação principal ou com o fundamento da defesa.

A grande novidade no que se refere à reconvenção é que agora ela é feita na própria contestação, ou seja, na mesma peça. Com o CPC 2015 não é mais necessário que a reconvenção seja manejada em petição avulsa.

Vale ressaltar que o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

Enunciado nº 45 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: Para que se con-sidere proposta a reconvenção, não há necessidade de uso desse nomen iuris, ou dedução de um capítulo próprio. Contudo, o réu deve manifestar inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional qualitativa ou quantitativamente maior que a sim-ples improcedência da demanda inicial.

2.5 SUSPENSÃO DO PROCESSO

MORTE OU PERDA DA CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PARTES

O art. 265, I, do CPC 1973 determina que se suspende o processo pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes.

O STJ decidiu que a inobservância desse art. 265, I, do CPC 1973, enseja apenas nulidade relativa, sendo válidos os atos praticados, desde que não haja prejuízo aos interessados, sendo certo que tal norma visa preservar o interesse particular dos herdeiros do falecido.

STJ. 4ª Turma. REsp 959.755-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/5/2012 (Info 497).

CPC 2015

O entendimento acima permanece válido com o novo CPC, já que a redação perma-nece a mesma do Código passado:

§ Art. 313. Suspende-se o processo:

I — pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;

PREJUDICIALIDADE EXTERNA ENTRE AÇÃO REIVINDICATÓRIA E AÇÃO DE NU-LIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO

Deve ser suspensa a ação reivindicatória de bem imóvel, pelo prazo máximo de um ano (art. 265, IV, “a”, do CPC 1973 / art. 313, V, “a”, do CPC 2015), enquanto se discute em outra ação a nulidade do próprio negócio jurídico que ensejou a transferência do domínio aos autores da reivindicatória.

STJ. 1ª Turma. EREsp 1.409.256-PR, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 6/5/2015 (Info 563)

ementas.indb 455 1/25/2016 3:20:39 AM

454 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

O STJ entende que constitui mera irregularidade a apresentação de contestação e de reconvenção em peça única, não se podendo falar que houve revelia.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.335.994-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/8/2014

(Info 546).

CPC 2015

O CPC 2015 traz uma interessante novidade: a reconvenção é apresentada na mes-ma peça que a contestação. Veja:

§ Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pre-tensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

(...)

§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

ARGUIÇÃO DE COMPENSAÇÃO EM CONTESTAÇÃO

A compensação de dívida pode ser alegada em contestação.

A compensação é meio extintivo da obrigação, caracterizando-se como defesa substancial de mérito ou espécie de contradireito do réu.

A compensação pode ser alegada em contestação como matéria de defesa, in-dependentemente da propositura de reconvenção, em obediência aos princí-pios da celeridade e da economia processual.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.524.730-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 18/8/2015

(Info 567).

RECONVENÇÃO E CONEXÃO COM A AÇÃO PRINCIPAL OU COM O FUNDAMEN-TO DA DEFESA

A reconvenção pode ser apresentada sempre que seja conexa com a ação prin-cipal ou com o fundamento da defesa. O cabimento da reconvenção deve ser apreciado em status assertionis, ou seja, segundo o que o réu reconvinte afir-mou na reconvenção.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.126.130-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/3/2012.

CPC 2015

O entendimento acima permanece válido com o novo CPC. Compare as duas redações:

CPC 1973 CPC 2015

Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifes-tar pretensão própria, conexa com

ementas.indb 454 1/25/2016 3:20:38 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 455

PR

OC

ES

SU

AL C

IVIL

CPC 1973 CPC 2015

ação principal ou com o fundamento da defesa.

a ação principal ou com o fundamento da defesa.

A grande novidade no que se refere à reconvenção é que agora ela é feita na própria contestação, ou seja, na mesma peça. Com o CPC 2015 não é mais necessário que a reconvenção seja manejada em petição avulsa.

Vale ressaltar que o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

Enunciado nº 45 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: Para que se con-sidere proposta a reconvenção, não há necessidade de uso desse nomen iuris, ou dedução de um capítulo próprio. Contudo, o réu deve manifestar inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional qualitativa ou quantitativamente maior que a sim-ples improcedência da demanda inicial.

2.5 SUSPENSÃO DO PROCESSO

MORTE OU PERDA DA CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PARTES

O art. 265, I, do CPC 1973 determina que se suspende o processo pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes.

O STJ decidiu que a inobservância desse art. 265, I, do CPC 1973, enseja apenas nulidade relativa, sendo válidos os atos praticados, desde que não haja prejuízo aos interessados, sendo certo que tal norma visa preservar o interesse particular dos herdeiros do falecido.

STJ. 4ª Turma. REsp 959.755-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/5/2012 (Info 497).

CPC 2015

O entendimento acima permanece válido com o novo CPC, já que a redação perma-nece a mesma do Código passado:

§ Art. 313. Suspende-se o processo:

I — pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;

PREJUDICIALIDADE EXTERNA ENTRE AÇÃO REIVINDICATÓRIA E AÇÃO DE NU-LIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO

Deve ser suspensa a ação reivindicatória de bem imóvel, pelo prazo máximo de um ano (art. 265, IV, “a”, do CPC 1973 / art. 313, V, “a”, do CPC 2015), enquanto se discute em outra ação a nulidade do próprio negócio jurídico que ensejou a transferência do domínio aos autores da reivindicatória.

STJ. 1ª Turma. EREsp 1.409.256-PR, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 6/5/2015 (Info 563)

ementas.indb 455 1/25/2016 3:20:39 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 581

Direito

Penal

1 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

REQUISITOS OBJETIVOS (VETORES) PARA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO

Segundo a jurisprudência, somente se aplica o princípio da insignificância se estiverem presentes os seguintes requisitos cumulativos:

a) mínima ofensividade da conduta;

b) nenhuma periculosidade social da ação;

c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e

d) inexpressividade da lesão jurídica provocada.

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E OUTRAS AÇÕES PENAIS

É possível aplicar o princípio da insignificância em favor de um réu reincidente ou que já responda a outros inquéritos ou ações penais? É possível aplicar o princípio da insignificância em caso de furto qualificado?

O Plenário do STF, ao analisar o tema, afirmou que não é possível fixar uma regra geral (uma tese) sobre o assunto. A decisão sobre a incidência ou não do princípio da insignificância deve ser feita caso a caso.

Apesar disso, na prática, observa-se que, na maioria dos casos, o STF e o STJ ne-gam a aplicação do princípio da insignificância caso o réu seja reincidente ou já responda a outros inquéritos ou ações penais. De igual modo, nega o benefício em situações de furto qualificado.

STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP e HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julga-

dos em 3/8/2015 (Info 793).

ementas.indb 581 1/25/2016 3:20:52 AM

582 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

REQUISITO SUBJETIVO PARA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO

Para a aplicação do princípio da insignificância aos crimes de descaminho, de-vem ser preenchidos dois requisitos:

a) objetivo: o valor dos tributos não pagos deve ser inferior a 10 mil reais (para o STJ) ou 20 mil reais (para o STF);

b) subjetivo: o agente não pode se tratar de criminoso habitual.

Assim, a reiterada omissão no pagamento do tributo devido nas importações de mercadorias de procedência estrangeira impede a incidência do princípio da insignificância em caso de persecução penal por crime de descaminho (art. 334 do CP), ainda que o valor do tributo suprimido não ultrapasse o limite previsto para o não ajuizamento de execuções fiscais pela Fazenda Nacional.

STJ. 6ª Turma. RHC 31.612-PB, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/5/2014 (Info 541).

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E TRÂNSITO EM JULGADO

O princípio da insignificância pode ser reconhecido mesmo após o trânsito em julgado da sentença condenatória.

HC 95570, Relator Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, julgado em 01/06/2010.

1.2 CRIMES NOS QUAIS A JURISPRUDÊNCIA RECONHECE A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO

FURTO SIMPLES

Se o valor do bem é acima de 10% do salário mínimo vigente na época, o STJ tem negado a aplicação do princípio da insignificância.

STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1558547/MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado

em 19/11/2015.

Obs: abaixo desse valor, deverão ser analisados os aspectos do caso concreto.

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

É plenamente possível que incida o princípio da insignificância tanto nos crimes contra a ordem tributária previstos na Lei nº 8.137/90 como também no caso do descaminho (art. 334 do CP).

Valor máximo considerado insignificante no caso de crimes tributários:

▪ Para o STJ: 10 mil reais (art. 20 da Lei nº 10.522/2002).

▪ Para o STF: 20 mil reais (valor atualizado pelas Portarias 75 e 132/2012 do MF).

ementas.indb 582 1/25/2016 3:20:52 AM

454 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

O STJ entende que constitui mera irregularidade a apresentação de contestação e de reconvenção em peça única, não se podendo falar que houve revelia.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.335.994-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/8/2014

(Info 546).

CPC 2015

O CPC 2015 traz uma interessante novidade: a reconvenção é apresentada na mes-ma peça que a contestação. Veja:

§ Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pre-tensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

(...)

§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

ARGUIÇÃO DE COMPENSAÇÃO EM CONTESTAÇÃO

A compensação de dívida pode ser alegada em contestação.

A compensação é meio extintivo da obrigação, caracterizando-se como defesa substancial de mérito ou espécie de contradireito do réu.

A compensação pode ser alegada em contestação como matéria de defesa, in-dependentemente da propositura de reconvenção, em obediência aos princí-pios da celeridade e da economia processual.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.524.730-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 18/8/2015

(Info 567).

RECONVENÇÃO E CONEXÃO COM A AÇÃO PRINCIPAL OU COM O FUNDAMEN-TO DA DEFESA

A reconvenção pode ser apresentada sempre que seja conexa com a ação prin-cipal ou com o fundamento da defesa. O cabimento da reconvenção deve ser apreciado em status assertionis, ou seja, segundo o que o réu reconvinte afir-mou na reconvenção.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.126.130-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/3/2012.

CPC 2015

O entendimento acima permanece válido com o novo CPC. Compare as duas redações:

CPC 1973 CPC 2015

Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifes-tar pretensão própria, conexa com

ementas.indb 454 1/25/2016 3:20:38 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 455

PR

OC

ES

SU

AL C

IVIL

CPC 1973 CPC 2015

ação principal ou com o fundamento da defesa.

a ação principal ou com o fundamento da defesa.

A grande novidade no que se refere à reconvenção é que agora ela é feita na própria contestação, ou seja, na mesma peça. Com o CPC 2015 não é mais necessário que a reconvenção seja manejada em petição avulsa.

Vale ressaltar que o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

Enunciado nº 45 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: Para que se con-sidere proposta a reconvenção, não há necessidade de uso desse nomen iuris, ou dedução de um capítulo próprio. Contudo, o réu deve manifestar inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional qualitativa ou quantitativamente maior que a sim-ples improcedência da demanda inicial.

2.5 SUSPENSÃO DO PROCESSO

MORTE OU PERDA DA CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PARTES

O art. 265, I, do CPC 1973 determina que se suspende o processo pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes.

O STJ decidiu que a inobservância desse art. 265, I, do CPC 1973, enseja apenas nulidade relativa, sendo válidos os atos praticados, desde que não haja prejuízo aos interessados, sendo certo que tal norma visa preservar o interesse particular dos herdeiros do falecido.

STJ. 4ª Turma. REsp 959.755-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/5/2012 (Info 497).

CPC 2015

O entendimento acima permanece válido com o novo CPC, já que a redação perma-nece a mesma do Código passado:

§ Art. 313. Suspende-se o processo:

I — pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;

PREJUDICIALIDADE EXTERNA ENTRE AÇÃO REIVINDICATÓRIA E AÇÃO DE NU-LIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO

Deve ser suspensa a ação reivindicatória de bem imóvel, pelo prazo máximo de um ano (art. 265, IV, “a”, do CPC 1973 / art. 313, V, “a”, do CPC 2015), enquanto se discute em outra ação a nulidade do próprio negócio jurídico que ensejou a transferência do domínio aos autores da reivindicatória.

STJ. 1ª Turma. EREsp 1.409.256-PR, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 6/5/2015 (Info 563)

ementas.indb 455 1/25/2016 3:20:39 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 581

Direito

Penal

1 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

REQUISITOS OBJETIVOS (VETORES) PARA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO

Segundo a jurisprudência, somente se aplica o princípio da insignificância se estiverem presentes os seguintes requisitos cumulativos:

a) mínima ofensividade da conduta;

b) nenhuma periculosidade social da ação;

c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e

d) inexpressividade da lesão jurídica provocada.

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E OUTRAS AÇÕES PENAIS

É possível aplicar o princípio da insignificância em favor de um réu reincidente ou que já responda a outros inquéritos ou ações penais? É possível aplicar o princípio da insignificância em caso de furto qualificado?

O Plenário do STF, ao analisar o tema, afirmou que não é possível fixar uma regra geral (uma tese) sobre o assunto. A decisão sobre a incidência ou não do princípio da insignificância deve ser feita caso a caso.

Apesar disso, na prática, observa-se que, na maioria dos casos, o STF e o STJ ne-gam a aplicação do princípio da insignificância caso o réu seja reincidente ou já responda a outros inquéritos ou ações penais. De igual modo, nega o benefício em situações de furto qualificado.

STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP e HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julga-

dos em 3/8/2015 (Info 793).

ementas.indb 581 1/25/2016 3:20:52 AM

582 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

REQUISITO SUBJETIVO PARA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO

Para a aplicação do princípio da insignificância aos crimes de descaminho, de-vem ser preenchidos dois requisitos:

a) objetivo: o valor dos tributos não pagos deve ser inferior a 10 mil reais (para o STJ) ou 20 mil reais (para o STF);

b) subjetivo: o agente não pode se tratar de criminoso habitual.

Assim, a reiterada omissão no pagamento do tributo devido nas importações de mercadorias de procedência estrangeira impede a incidência do princípio da insignificância em caso de persecução penal por crime de descaminho (art. 334 do CP), ainda que o valor do tributo suprimido não ultrapasse o limite previsto para o não ajuizamento de execuções fiscais pela Fazenda Nacional.

STJ. 6ª Turma. RHC 31.612-PB, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/5/2014 (Info 541).

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E TRÂNSITO EM JULGADO

O princípio da insignificância pode ser reconhecido mesmo após o trânsito em julgado da sentença condenatória.

HC 95570, Relator Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, julgado em 01/06/2010.

1.2 CRIMES NOS QUAIS A JURISPRUDÊNCIA RECONHECE A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO

FURTO SIMPLES

Se o valor do bem é acima de 10% do salário mínimo vigente na época, o STJ tem negado a aplicação do princípio da insignificância.

STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1558547/MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado

em 19/11/2015.

Obs: abaixo desse valor, deverão ser analisados os aspectos do caso concreto.

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

É plenamente possível que incida o princípio da insignificância tanto nos crimes contra a ordem tributária previstos na Lei nº 8.137/90 como também no caso do descaminho (art. 334 do CP).

Valor máximo considerado insignificante no caso de crimes tributários:

▪ Para o STJ: 10 mil reais (art. 20 da Lei nº 10.522/2002).

▪ Para o STF: 20 mil reais (valor atualizado pelas Portarias 75 e 132/2012 do MF).

ementas.indb 582 1/25/2016 3:20:52 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 685

Direito

Processual Penal

1 INVESTIGAÇÃO CRIMINALMINISTÉRIO PÚBLICO PODE REALIZAR DIRETAMENTE A INVESTIGAÇÃO DE CRIMES

O STF reconheceu a legitimidade do Ministério Público para promover, por au-toridade própria, investigações de natureza penal, mas ressaltou que essa in-vestigação deverá respeitar alguns parâmetros que podem ser a seguir listados:1. Devem ser respeitados os direitos e garantias fundamentais dos investigados; 2. Os atos investigatórios devem ser necessariamente documentados e pratica-

dos por membros do MP;3. Devem ser observadas as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição,

ou seja, determinadas diligências somente podem ser autorizadas pelo Poder Judiciário nos casos em que a CF/88 assim exigir (ex: interceptação telefôni-ca, quebra de sigilo bancário etc);

4. Devem ser respeitadas as prerrogativas profissionais asseguradas por lei aos advogados;

5. Deve ser assegurada a garantia prevista na Súmula vinculante 14 do STF (“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos ele-mentos de prova que, já documentados em procedimento investigatório rea-lizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”);

6. A investigação deve ser realizada dentro de prazo razoável;7. Os atos de investigação conduzidos pelo MP estão sujeitos ao permanente

controle do Poder Judiciário.A tese fixada em repercussão geral foi a seguinte: “O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, in-vestigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de

ementas.indb 685 1/25/2016 3:21:03 AM

686 ‹ Márcio André Lopes Cavalcante

jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade — sempre presente no Es-tado democrático de Direito — do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Enunciado 14 da Súmula Vinculante), pratica-dos pelos membros dessa Instituição.”

STF. Plenário. RE 593727/MG, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Men-

des, julgado em 14/5/2015 (repercussão geral) (Info 785).

STF. 1ª Turma. HC 85011/RS, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, julgado em 26/5/2015 (Info 787).

TRAMITAÇÃO DIRETA DO IP ENTRE POLÍCIAE MP

É INCONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a tramitação direta do inquérito policial entre a polícia e o Ministério Público.

É CONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a possibilidade de o MP requisitar informações quando o inquérito policial não for encerrado em 30 dias, tratan-do-se de indiciado solto.

STF. Plenário. ADI 2886/RJ, red. p/ o acórdão Min. Joaquim Barbosa, julgado em 3/4/2014 (Info 741).

INDICIAMENTO É ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA DA AUTORIDADE POLICIAL

O magistrado não pode requisitar o indiciamento em investigação criminal. Isso porque o indiciamento constitui atribuição exclusiva da autoridade policial.

É por meio do indiciamento que a autoridade policial aponta determinada pes-soa como a autora do ilícito em apuração. Por se tratar de medida ínsita à fase investigatória, por meio da qual o delegado de polícia externa o seu convenci-mento sobre a autoria dos fatos apurados, não se admite que seja requerida ou determinada pelo magistrado, já que tal procedimento obrigaria o presidente do inquérito à conclusão de que determinado indivíduo seria o responsável pela prática criminosa, em nítida violação ao sistema acusatório adotado pelo orde-namento jurídico pátrio.

Nesse mesmo sentido é a inteligência do art. 2º, § 6º, da Lei 12.830/2013, que afir-ma que o indiciamento é ato inserto na esfera de atribuições da polícia judiciária.

STJ. 5ª Turma. RHC 47.984-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 4/11/2014 (Info 552).

STF. 2ª Turma. HC 115015/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/8/2013 (Info 717).

JUIZ DEVE REMETER CÓPIA DOS AUTOS AO MP QUANDO VERIFICAR INDÍCIOS DE CRIME

A abertura de vista ao Ministério Público para eventual instauração de procedi-mento criminal, após a verificação nos autos, pelo magistrado, da existência de

ementas.indb 686 1/25/2016 3:21:03 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 813

Direito

Tributário

1 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA E REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIO FISCAL

A revogação de benefício fiscal deverá obedecer ao princípio da anterioridade

tributária?

▪ SIM. O ato normativo que revoga um benefício fiscal anteriormente concedi-do configura aumento indireto do tributo e, portanto, está sujeito ao princípio da anterioridade tributária. Precedente da 1ª Turma do STF.

▪ NÃO. A revisão ou revogação de benefício fiscal, por se tratar de questão vin-culada à política econômica, que pode ser revista pelo Estado a qualquer mo-mento, não está adstrita à observância das regras de anterioridade tributária. Precedente da 2ª Turma do STF.

STF. 1ª Turma. RE 564225 AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/9/2014 (Info 757).

STF. 2ª Turma. RE 617389 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 08/05/2012.

REGRA DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL E LEI DE CONVERSÃO DA MP

Nos casos em que a majoração de alíquota tenha sido estabelecida somente na lei de conversão, o termo inicial da contagem é a data da conversão da medida provisória em lei.

STF. Plenário. RE 568503/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 12/2/2014 (Info 735).

NORMA QUE ALTERA O PRAZO DE PAGAMENTO DO TRIBUTO

Súmula vinculante 50-STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.

STF. Plenário. Aprovada em 17/06/2015.

ementas.indb 813 1/25/2016 3:21:18 AM

Julgados Resumidos Dizer o Direito 2015 › 859

Direito

Previdenciário

1 APOSENTADORIA

1.1 NOÇÕES GERAIS

VÍNCULOS CONCOMITANTES E APROVEITAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES EM REGIMES DIVERSOS

O segurado que manteve dois vínculos concomitantes com o RGPS — um na condição de contribuinte individual e outro como empregado público — pode utilizar as contribuições efetivadas como contribuinte individual na concessão de aposentadoria junto ao RGPS, sem prejuízo do cômputo do tempo como em-pregado público para a concessão de aposentadoria sujeita ao Regime Próprio, diante da transformação do emprego público em cargo público.

STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1.444.003-RS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 8/5/2014

(Info 544).

PREENCHIMENTO DE REQUISITOS E DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO

O segurado do Regime Geral de Previdência Social (INSS) tem direito adquirido a benefício calculado de modo mais vantajoso, sob a vigência da mesma lei, consideradas todas as datas em que o direito poderia ter sido exercido, desde quando preenchidos os requisitos para a aposentadoria.

STF. Plenário. RE 630501/RS, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio,

julgado em 21/2/2013 (Info 695).

PERÍODO DE GOZO DO AUXÍLIO-DOENÇA PARA EFEITO DE CARÊNCIA NA APO-SENTADORIA POR IDADE

O período de recebimento de auxílio-doença deve ser considerado no cômputo do prazo de carência necessário à concessão de aposentadoria por idade, desde

ementas.indb 859 1/25/2016 3:21:23 AM