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NESIC INSTRUÇÃO OPERACIONAL NÚMERO TÍTULO 09.78 TRABALHOS EM NÍVEIS ELEVADOS FOLHA 1/1 CÓPIA NÃO CONTROLADA CONTROLE DE ALTERAÇÕES ÁREA EMITENTE: RECURSOS HUMANOS/SESMT DATA ED. DATA P/ REVALIDAÇÃO DESCRIÇÃO ELABORAÇÃO APROVAÇÃO 21/02/03 1.ª - Publicação Rubens Bonomi Eduardo C. 06/03/06 2.ª - Incluído o item 4.1: - verificação das condições estruturais do local antes do início das atividades; - verificação da existência de animais peçonhentos; - proibição do trabalho em locais que apresentem deficiência de iluminação. Registrado no item 4.4: - atenção quanto à aplicação do talabarte de posicionamento (segurança no posicionamento e não segurança contra queda de altura). Luiz A. Stecker Rubens Bonomi 31/08/07 3.ª 31/02/09 Revisão e atualização geral. Incluído os contratados no item3. Incluído o anexo-3. Incluído procedimento p/ utilização de sistemas de polias e p/ manutenção de cordas. Luiz A. Stecker Rubens Bonomi 24/03/10 4.ª 24/09/2011 - Alterado a área emitente desta IO para RH/SESMT. - Substituído o termo funcionário por COLABORADOR. - 3.2.7 retirada proibição de trabalho em “ameaça de chuva” Gilvan Souza Ramos Carlos A. Carvalho

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NESIC INSTRUÇÃO OPERACIONAL NÚMERO TÍTULO 09.78

TRABALHOS EM NÍVEIS ELEVADOS

FOLHA 1/1

CÓPIA NÃO CONTROLADA CONTROLE DE ALTERAÇÕES

ÁREA EMITENTE: RECURSOS HUMANOS/SESMT

DATA ED. DATA P/ REVALIDAÇÃO DESCRIÇÃO ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

21/02/03 1.ª - Publicação Rubens Bonomi Eduardo C.

06/03/06 2.ª - Incluído o item 4.1: - verificação das condições estruturais do local antes do início das atividades; - verificação da existência de animais peçonhentos; - proibição do trabalho em locais que apresentem deficiência de iluminação. Registrado no item 4.4: - atenção quanto à aplicação do talabarte de posicionamento (segurança no posicionamento e não segurança contra queda de altura).

Luiz A. Stecker Rubens Bonomi

31/08/07 3.ª 31/02/09 Revisão e atualização geral.

Incluído os contratados no item3. Incluído o anexo-3. Incluído procedimento p/ utilização de sistemas de polias e p/ manutenção de cordas.

Luiz A. Stecker Rubens Bonomi

24/03/10 4.ª 24/09/2011 - Alterado a área emitente

desta IO para RH/SESMT. - Substituído o termo funcionário por COLABORADOR. - 3.2.7 retirada proibição de trabalho em “ameaça de chuva”

Gilvan Souza Ramos

Carlos A. Carvalho

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 1. OBJETIVO Estabelecer critérios de segurança do trabalho nos serviços realizados em níveis elevados. 2. APLICAÇÃO Todas as áreas da Nesic e Subcontratados. 3. DEFINIÇÕES 3.1 CONCEITUAÇÃO 3.1.1 Trabalho em nível elevado É todo aquele realizado em local não projetado especificamente para a circulação normal de pessoas ou execução de qualquer espécie de atividade. Ex.: telhados, forros, andaimes, torres, rampas, escadas etc. Considera-se nível elevado qualquer superfície acima do nível normal do solo, acima de 2m (dois metros), que ofereça risco de queda para o colaborador ou de materiais e equipamentos sobre outros. 3.1.2 Cabo-Guia ou de Segurança (Linha de Vida) Cabo ancorado à estrutura destinado à fixação do trava-quedas.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.3 Cabo de Suspensão Cabo destinado à elevação (içamento) de materiais e equipamentos. 3.1.4 Cinto de Segurança Tipo Abdominal Normalmente usado em trabalhos em postes e deve ser utilizado apenas para o posicionamento e a restrição do movimento do usuário, equilibrando-o enquanto o trabalho é executado. Não deve ser utilizado como equipamento para deter quedas. Os modelos mais simples envolvem apenas a cintura, mas há os modelos mais completos que envolvem também as pernas.

3.1.5 Cinto de Segurança Tipo Pára-quedista (simples) Equipamento que faz parte do sistema de proteção contra quedas. Possui tiras de tórax e pernas, com ajuste e presilhas; tiras de fixação nas pernas e cintura; três pontos de ancoragem: dorsal, frontal e lateral. 3.1.6 Cinto de Segurança Tipo Pára-quedista (completo) Modelo que une as funções de cinturão abdominal e pára-quedista. Oferece maior conforto e mais pontos de ancoragem.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.7 Talabarte de Posicionamento Dispositivo de ancoragem do cinto de segurança a um determinado ponto com intuito de possibilitar um melhor posicionamento na execução da atividade, dotado de 02 (dois) mosquetões fixos nas extremidades.

3.1.8 Talabarte em Y Dispositivo de ancoragem na parte ventral do cinto de segurança e a dois determinados pontos, dotado de 03 (três) mosquetões fixos nas extremidades através de entrelaçamento.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.9 Mosquetão (conector) Elo metálico, provido de um sistema de travamento simples ou duplo. São utilizados em diferentes situações para unir o colaborador aos pontos de ancoragem através do talabarte. São igualmente aplicados na montagem das ancoragens e podem ser fabricados em duralumínio, aço, aço inox ou alumínio com diferentes formatos e tamanhos. Têm capacidades de cargas entre 22kN e 50 kN, são versáteis e confiáveis desde que aplicados de maneira correta, e que tenham certificação nacional ou internacional (9UIAA, CE, CA etc).

3.1.10 Tipos de Mosquetões (conectores) 3.1.10.1 Oval

Deve ser usado sempre que não houver a possibilidade de queda, pois, apesar de sua grande resistência à tração, seu momento de força é menor que o mosquetão formato em “D”. É indicado para ser usado com alguns tipos de polias.

3.1.10.2 “D” Simétrico

Mosquetões de grande resistência à tração, indicado para ser utilizado em locais cuja possibilidade de queda exista por ter um maior momento de força, todo impacto do choque será direcionado para os vértices, pois, elas são a continuação de sua espinha dorsal constituindo-se na parte mais resistente do mesmo.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.10.3 “D” Assimétrico

Possuem as mesmas características do “D” simétrico, com a diferença de que a abertura do gatilho é maior.

3.1.10.4 Pêra ou HMS

A sigla HMS que vem de um termo em alemão, quer dizer: mosquetão para utilização de nó de segurança dinâmica ou meia volta do fiel. São mosquetões de grande abertura, normalmente utilizados como ponto central em ancoragens, pois, pode-se de certa forma distribuir melhor os equipamentos, possuem boa resistência e foram desenvolvidos para serem utilizados em conjunto com o nó de segurança dinâmico “UIAA – União Internacional das Associações de Alpinismo.

3.1.11 Tipos de Sistemas de Travamentos dos Mosquetões (conectores)

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.12 Trava-Quedas Dispositivo de segurança projetado para impedir a queda do colaborador, caso outros dispositivos falhem. Fabricado em aço inox com 03(três) mosquetões, também em aço inox, para engate no cinto de segurança e cabo de aço guia de 8mm de diâmetro ou cabo de náilon, cabo guia de 12mm de diâmetro. É composto de um mecanismo de travamento que, em caso de queda, o equipamento trava, interrompendo a queda do colaborador. 3.1.13 Colaborador Habilitado O colaborador que recebeu treinamento teórico e prático de trabalhos em altura e goza de boa saúde, atestada por médico do trabalho. 3.1.14 Sistemas de Ancoragem São aqueles que objetivam a instalação de equipamentos ou colaboradores, conectando-os a pontos fixos do ambiente de trabalho (vigas, pilares etc.) ou instalados para este fim especificamente (olhais, chapeletas, grampos etc.). 3.1.15 Ancoragem à Prova de Bomba (APB) Ancoragem prioritária que se defini como um ponto de fixação robusto o suficiente para não sofrer qualquer dano ao receber a maior carga esperada pelo sistema (vigas estruturais de concreto; vigas estruturais de aço; estruturas maciças tipo chaminé etc.).

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CÓPIA NÃO CONTROLADA

Ancoragem feita com fita

Ancoragem feita com a própria corda, mais apropriada para estru-turas redondas.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.16. Ancoragem em Série Sistema onde há um único ponto recebendo a carga, porém, é montado um ou mais pontos atrás do primeiro, como retaguarda, caso ele falhe. É normalmente usado quando há a necessidade ou conveniência de se usar um ponto em posição estratégica, mas que não sugere total confiança em sua resistência.

Carga 3.1.17 Ancoragem em Paralelo A ancoragem é feita utilizando-se de dois ou mais pontos, as fitas são colocadas de tal forma, que só haverá distribuição das cargas nos pontos se a mesma for tracionada em uma determinada direção, se houver um deslocamento para a lateral, não teremos uma boa distribuição. Carga

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.18 Ancoragem Auto-equalizada Sistema onde são utilizados simultaneamente vários pontos de ancoragem, distribuindo entre eles a carga aplicada. Este sistema permite utilizar em conjunto vários pontos que isoladamente não seriam seguros. 3.1.19 Equalizações e Ângulos das Ancoragens A força aplicada em sistemas de ancoragem cujo ângulo é de 180° faz com que as forças incidentes nos pontos de ancoragem tendam ao infinito. Portanto, o ideal é que não ultrapassemos os 120° chegando assim no máximo a 100% da carga aplicada, em cada ponto de ancoragem.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.20 Polias São dispositivos utilizados para içamento de equipamentos/materiais com intuito de reduzir o esforço físico e mecânico desprendido na atividade. 3.1.21 Cordas Sintéticas (capa e alma) São cabos confeccionados de fibras sintéticas com tecnologia capa e alma. É o tipo de corda recomendada para trabalhos em altura. São formadas por duas camadas, uma interna, conhecida como alma e composta por centenas de fios contínuos, e outra externa, conhecida como capa, composta por fios trançados sobre a alma. 3.1.22 Corda de Fibras Sintéticas de Poliamyda (náilon, perlon etc.) Cabo confeccionado em fibras sintéticas que possuem como principais características a resistência a forças de tração, a forças de impacto e um alto ponto de fusão (perde em torno de 10 a 15% de resistência mecânica, quando molhada). 3.1.23 Corda de Fibras Sintéticas de Poliéster Cabo confeccionado em fibras sintéticas com alta resistência mecânica mesmo quando molhada, tem boa resistência à abrasão, um alto ponto de fusão e certa resistência a ácidos e outros produtos químicos. Normalmente é utilizada para a trama externa das cordas, chamada de capa.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.24 Corda Dinâmica São cabos de 6 a 8% de elasticidade que absorvem grande parte do impacto de uma queda, ao dissipar a energia do impacto, poupando o usuário. Seu uso é mais voltado para esportes onde quedas são freqüentes. Não é permitido o uso na área de trabalho em altura por causa da legislação vigente. 3.1.25 Corda Estática (pouca elasticidade) Cabo cuja alma oferece pouca elasticidade (aproximadamente 3%). Esta elasticidade, apesar de pouca, é essencial para fornecer ao usuário a segurança necessária, pois, dentro de determinados limites que deverão ser considerados na construção do sistema, ela também é eficiente na dissipação de energia em caso de impacto. Pela capacidade reduzida de absorção de energia que tem este tipo de corda, deve-se evitar um fator de queda maior que 1 (ver 3.1.28). 3.1.26 Fitas São fitas confeccionadas de fibras sintéticas e utilizadas em situações onde é preciso um elemento de ancoragem de grande resistência.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.1.27 Fitas de Ancoragem com Olhal de Aço São utilizadas em situações onde é preciso um elemento de ancoragem de grande resistência, fabricados com fitas de poliamida e anéis forjados em aço nas extremidades. Sua resistência pode chegar a 35 KN. 3.1.28 Fator de queda (Fq) É o fator indicado pela razão entre a altura da queda (h) de uma pessoa e o tamanho do cabo (c) que irá detê-la. Esse fator é essencial para determinar se um sistema de segurança contra quedas está seguro (ver anexo-2). Fq = h / c 3.1.29 Progressão Individual É a subida de um único colaborador em níveis elevados. 3.2 REGULAMENTAÇÃO 3.2.1 Da Análise de Riscos O responsável pela atividade deve realizar uma análise de riscos da atividade que será executada antes do seu início. 3.2.2 Da Verificação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Dispositivos Necessários Todos os EPI’s e dispositivos utilizados na execução da atividade devem estar em perfeitas condições de segurança. Os EPI’s ou dispositivos de segurança que apresentarem defeitos ou deficiências devem ser substituídos imediatamente. Os EPI’s, EPC’s e dispositivos devem sempre ser verificados antes do início da execução da atividade.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA • EPI’s: cinto de segurança tipo paraquedista multifunção; óculos de segurança; capacete de

segurança; bota de segurança; talabarte em Y e de posicionamento; trava-quedas etc. • EPC’s: cones, placas, fitas etc.; • Dispositivos: cabos de suspensão; cabo-guia; mosquetões; cordas etc.

Os EPI’s devem ser utilizados conforme definido no PR 09.75 – Equipamentos de Proteção Individual e Manual de Equipamentos de Proteção Individual - EPI (IO 09.76). 3.2.3 Do Sistema de Ancoragem A escolha do sistema de ancoragem deve ser feita pelo colaborador mais experiente em trabalhos em níveis elevados. O colaborador mais experiente do grupo deve optar sempre pela ancoragem à prova de bomba (APB), conforme item 3.1.15. Quando não há no ambiente de trabalho um ponto de fixação que possa ser considerado à prova de bomba, o colaborador deve utilizar ancoragens redundantes, de três formas: as ancoragens em série, ancoragens em paralelo ou auto-equalizada. 3.2.4 Do Trabalho em Condições Verticais Preferencialmente deve haver uma ancoragem com uma corda fixa de trabalho e uma linha de vida como suporte do colaborador, que consiste em uma ancoragem independente, tão potente quanto a primeira. 3.2.5 Da Progressão Individual O colaborador deve estar sempre portando o talabarte em Y (talabarte duplo). O fator de queda deve sempre ser menor que 1 (um), ver item 3.1.28. Nos trabalhos de progressão vertical, os colaboradores devem subir um de cada vez. Nunca subir ou descer mais de um colaborador por vez. 3.2.6 Do Tempo para Execução da Atividade O tempo ideal para execução de atividades em níveis elevados é aquele que o colaborador leva para cumprir e fazer cumprir todas as normas e cuidados necessários para a execução segura da atividade. 3.2.7 Do Trabalho com Chuva Não é permitido o trabalho com chuva. 3.2.8 Do Trabalho em Superfícies Escorregadias Não é permitido o trabalho em níveis elevados, onde a superfície apresente-se escorregadia. A execução da atividade em tal situação só será permitida após a retirada da substância causadora, ou a criação de dispositivos de segurança que neutralizem tal risco.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.2.9 Da Subida/Içamento de Materiais ou Equipamentos Preferencialmente, os equipamentos e ferramentas devem ser içados por cordas ou cabos de suspensão, devidamente acondicionados em recipientes seguros (bolsas porta ferramentas, caixa de ferramentas etc). As mãos devem sempre estar livres para subida e descida dos níveis elevados. Não é permitido o atiramento/lançamento de peças, ferramentas ou equipamentos de trabalhos em níveis elevados. Não é permitido o transporte de ferramentas ou equipamentos em bolsos ou junto ao corpo. Não é permitido o trabalho sobre caixotes, cadeiras, tambores, escadas inadequadas ou outros dispositivos inadequados que ofereçam riscos de quedas. 3.2.10 Do Trabalho em Telhados Não será permitido o trabalho sobre telhados molhados. 3.2.11 Da Sinalização do Local Sempre que a atividade executada oferecer riscos a outros, esta deve ser sinalizada e toda a área de risco isolada. 3.2.12 Da Autorização para Trabalhos em Níveis Elevados Estão autorizados a trabalhos em níveis elevados somente colaboradores habilitados (ver 3.1.13). Não deverão realizar trabalhos em níveis elevados os colaboradores que apresentem doenças que os impeçam de realizar as atividades de forma segura. Alguns exemplos: doenças cardíacas; hipertensão arterial; epilepsia; labirintite crônica; diabetes; doenças da coluna vertebral; doenças psiquiátricas (uso de tranqüilizantes ou antidepressivos); deficiências visuais e auditivas e quaisquer doenças que possibilite a perda de consciência repentina ou desequilíbrio. Não deverão realizar trabalhos em níveis elevados os colaboradores que apresentem doenças ou condição momentânea de saúde que os impeçam de realizar as atividades de forma segura. Alguns exemplos: gripes e resfriados fortes; febre de qualquer natureza; indisposições gástricas (diarréias, vômitos etc); tonturas; dores de cabeça; falta de alimentação adequada; indisposições físicas e estresse. 3.2.13 Das Regras para Trabalhos com Escadas Ver instrução operacional IO 09.79. 3.2.14 Das Regras para Trabalhos com Andaimes e Cadeiras Suspensas (Balancim) Ver instrução operacional IO 09.82. 3.2.15 Das Regras para Trabalhos com Cabos de Aço Ver instrução operacional IO 09.81.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 3.2.16 Das Regras para Trabalhos com Eletricidade Ver procedimento PR 09.80. 4. PROCEDIMENTO 4.1 GERAL DE SEGURANÇA E AVALIAÇÃO DE RISCOS Avaliar cada etapa de trabalho em separado, de forma a identificar os riscos e propor medidas de segurança adequadas a cada uma delas. Verificar antes de iniciar as atividades a resistência de apoio da superfície de trabalho, a capacidade de carga e as condições estruturais do local (p.ex.: ferrugem, perfis mal fixados, soldas danificadas etc.). Verificar quais materiais e equipamentos são necessários para a execução segura da atividade. Checar se há local para fixação do talabarte em Y, de cabos de suspensão, de cabos-guias/linhas de vida, ou se os mesmos já estão instalados. Definir local para sinalização de advertência ou isolamento da área prevista para a realização do trabalho utilizando-se para tanto de cones, fitas zebradas, cavaletes etc. Definir o trajeto seguro, visando reduzir ao máximo os deslocamentos constantes quando tratar de trabalhos em telhados e/ou forros. Avaliar se não há substâncias escorregadias na superfície de trabalho. Verificar a existência de insetos e animais peçonhentos (abelhas, marimbondos, aranhas, cobras etc.). Confirmar a inexistência de gases, vapores, poeira em suspensão ou outros agentes que possam comprometer as condições de segurança do local. Avaliar a necessidade de instalação de estruturas de apoio (passarelas, rampas, pranchas móveis etc.), temporárias ou permanentes sobre forros ou telhados, visando à locomoção segura do pessoal nestes locais. Verificar se há escadas apropriadas para o acesso seguro à superfície de trabalho (ver IO 09.79). Checar se há riscos elétricos provenientes de elementos energizados, tais como cabos aéreos, fiações, painéis etc., quer em áreas abertas ou confinadas.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA Checar a existência de dispositivo seguro para içamento de materiais e equipamentos (bolsas, cestas ou outras formas seguras de acondicionar os materiais, equipamentos e ferramentas que serão içados). Checar a existência de cabos de suspensão apropriados para a atividade. Avaliar condições climáticas (ameaça de chuva, ventos fortes etc.). Providenciar iluminação adequada para os locais onde apresentem deficiências da mesma (p.ex.: lanternas ou holofotes). ATENÇÃO: Não é permitido o trabalho em níveis elevados nos locais que apresentem deficiências de iluminação. Colocar tábuas com sarrafos no sentido transversal, espaçadas de 30 cm, para apoio de pés e mãos, em trabalhos sobre telhado de fibrocimento, alumínio ou outro material quebradiço. Caso as tábuas estejam escorregando, fixá-las nas telhas (amarras ou madeiras). Distribuir as cargas e não concentrar cargas em pontos únicos, sem distribuí-la, em atividades sobre telhados. Fixar cabo-guia em estrutura sólida. Utilizar, para cordas, os nós padronizados no anexo-1. ATENÇÃO: Não é permitida a utilização de cordas de fibras naturais para trabalhos em níveis elevados (p.ex.: corda de sisal). Consultar a instrução operacional de utilização de cabos de aço (IO 09.81), quando aplicável. Fixar cinto de segurança tipo pára-quedista no cabo-guia.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 4.2 PARA PROGRESSÃO INDIVIDUAL 4.2.1 Em Escadas Tipo Marinheiro Utilizar talabarte em Y, intercalando os mosquetões durante a subida de maneira que tenha sempre um mosquetão preso ao degrau da escada.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 4.2.2 Em Torres Utilizar talabarte em Y, intercalando os mosquetões durante a subida e descida de maneira que tenha sempre um mosquetão preso à torre. Atentar para manter o fator de queda sempre menor que um.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 4.3 PARA ANCORAGENS Procurar um ponto de fixação robusto que suporte a carga (APB). Fixar em mais de um ponto caso este não ofereça total segurança para suportar a carga (Ancoragem em Série). Fixar simultaneamente vários pontos de ancoragem, de tal forma que o peso da carga se distribua entre elas (ancoragem auto-equalizada ou em Paralelo). Proteger devidamente as cordas caso existam pontos de atrito que possam causar o rompimento ou comprometimento das mesmas (arestas, cantos vivos, superfícies ásperas etc.). Exemplos: 4.4 PARA UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE POLIAS Consultar o anexo-3 antes de definir o sistema de polias que será utilizado para içamento de equipamentos/materiais.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 4.5 PARA POSICIONAMENTO DE TRABALHO Chegar ao ponto de trabalho sempre com o talabarte em “Y” fixado, atentar para o fator de queda menor do que 1 (um). Posicionar o corpo na melhor condição para executar o serviço (posição firme e confortável). Ajustar o talabarte de posicionamento (distância onde as mãos alcançam o ponto de trabalho com facilidade). Fazer ancoragens nas ferramentas levadas para o alto, sempre que possível.

ATENÇÃO: O talabarte de posicionamento não é um equipamento de segurança contra queda de altura e sim de segurança no posicionamento durante a execução da atividade.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 4.6 PARA MANUTENÇÃO DE CORDAS

Fazer semicírculos trecho a trecho da corda para verificar danos à alma

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CÓPIA NÃO CONTROLADA 5. REFERÊNCIAS 5.1 PROCEDIMENTOS 09.75 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI 09.80 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 5.2 INSTRUÇÃO OPERACIONAL 09.76 – Manual de Equipamentos de Proteção Individual -EPI 09.79 – Utilização de Escadas Portáteis 09.82 – Utilização de Andaime e Cadeira Suspensa (Balancim) 09.81 – Utilização de Cabos de Aço 6. ANEXOS Anexo-1 – Nós Anexo-2 – Fator de Queda Anexo-3 – Sistema de Polias

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FOLHA 22/27

CÓPIA NÃO CONTROLADA ANEXO-1

NÓS

Considerando que o equipamento básico para a realização de trabalhos em altura é, antes de tudo, a corda, perceberemos a importância e a necessidade de utilização de nós, nas mais diversas situações. Os nós são utilizados desde a ancoragem da corda, até na substituição de alguns equipamentos em caso de emergências. Há um conjunto de nós específicos para as atividades verticais. As características destes nós são: • Fácil confecção; • De simples inspeção visual; • De fácil memorização; • Estável sob tensão; • Baixo comprometimento da resistência da corda (mantém cerca de 70% da resistência da corda); • Pode ser desatado com relativa facilidade após tensionado.

1. NÓ OITO Nó de segurança para situações gerais. 2. NÓ OITO DUPLO É um nó que pode ser feito em qualquer ponto da corda, dobrando-a no trecho escolhido para a sua execução.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA ANEXO-1

NÓS (continuação)

3. NÓ OITO GUIADO É preciso ser executado na extremidade da corda e é mais utilizado para ancoragens em árvores, colunas de concreto ou lugares onde é necessário uma alça aberta para laçar a ancoragem. 4. PESCADOR DUPLO Recomendado para unir as pontas de duas cordas ou cordins de mesmo diâmetro.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA ANEXO-1

NÓS (continuação) 5. NÓ DE SEGURANÇA DINÂMICA – UIAA Substitui o freio em várias aplicações, sendo um nó deslizante que funciona por atrito, utilizado sempre em conjunto com um mosquetão (com trava). 6. NÓ BLOCANTE Conhecido como “prusik”, se baseia na frenagem por atrito. Uma corda fina é enrolada em espiral ao redor da corda principal, de trabalho, segurança ou resgate. Se uma força ou peso é aplicado ao nó, as voltas se apertam num efeito constritor que impede o deslizamento da corda. Sem carga, o nó afrouxado pode ser deslocado ao longo da corda. A espessura da corda utilizada para fazer o nó blocante deverá ser 4 mm menor que a corda principal, de trabalho, segurança ou resgate, levando-se sempre em consideração a capacidade de carga de cada uma.

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CÓPIA NÃO CONTROLADA ANEXO-1

NÓS continuação

7. FIEL Famoso nó-de-porco, aplicado tanto no meio como nas extremidades da corda, serve como ponto de fixação de confecção rápida.

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NESIC INSTRUÇÃO OPERACIONAL NÚMERO TÍTULO 09.78

TRABALHOS EM NÍVEIS ELEVADOS

FOLHA 26/27

CÓPIA NÃO CONTROLADA ANEXO-2

FATOR DE QUEDA Um colaborador utilizando todos os EPI’s necessários para o trabalho em altura com o sistema ideal adotado, tem o fator de queda (Fq = h / c, ver item 3.1.28) variando conforme as seguintes situações: • Talabarte em “Y” fixado numa ancoragem à mesma altura da fixação no cinto:

A altura da queda será igual ao comprimento do talabarte, ou seja: Fator de queda = 1

• Talabarte em “Y” fixado numa ancoragem abaixo da linha de fixação no cinto:

A altura da queda é maior que o comprimento do talabarte, ou seja: h = comprimento do talabarte + altura x Portanto: Fator de queda > 1

• Talabarte fixado numa ancoragem acima da linha de fixação no cinto:

A altura da queda é menor que o comprimento do talabarte, ou seja: h = comprimento do talabarte - altura x Portanto: Fator de queda < 1

Ponto de Ancoragem

Ponto de Ancoragem

Ponto de Ancoragem

x

x

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NESIC INSTRUÇÃO OPERACIONAL NÚMERO TÍTULO 09.78

TRABALHOS EM NÍVEIS ELEVADOS

FOLHA 27/27

CÓPIA NÃO CONTROLADA ANEXO-3

SISTEMA DE POLIAS

Algumas regras podem nos ajudar a entender um pouco melhor como funcionam os sistemas de polias e qual a vantagem mecânica que teremos:

• contando-se as linhas paralelas sobre uma carga, você saberá qual é a vantagem mecânica até a

última corda que sai da polia móvel; • o número de polias em um sistema determinará qual a vantagem mecânica, desde que se estipule

se a tração será feita pela última corda que sai da polia móvel ou fixa. • se a ponta da corda for conectada na carga, o sistema será impar, se for conectada na ancoragem,

o sistema será par; • evite exceder cinco polias em um sistema, pois, o excesso de atrito prejudica substancialmente a

vantagem mecânica do sistema; • sistemas de bloqueio (prusiks, gibbs e rescucender), funcionam melhor, pois, deslizam mais

facilmente e reajustam mais eficazmente quando colocados em uma corda tensionada. Sistema simples em “Z” Sistemas em “Z” 3:1 são muito usados por serem mais econômicos e podem ser a melhor solução em içamentos longos, desde que se tenha um sistema de bloqueio mecânico para captura da corda. Nó blocante no sistema de polias (Prusik) O prusik quando conectado ao mosquetão para bloqueio deve ser sempre posicionado na espinha dorsal do mesmo, pois, esta é a parte mais resistente do mosquetão.