08 expiação4

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FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO

EXPIAÇÃO IV

ROMEU BORNELLI

Obrigado Senhor, porque nos reunimos no teu nome. Muito obrigado

porque o Senhor tem prazer em estar conosco, quando estamos separados ou

quando estamos juntos. Obrigado pela graça de podermos habitar em Cristo

Jesus, de pertencer Senhor, de poder viver e andar em Tua presença. Pedimos

ao Senhor que nos abençoe mais uma vez na compreensão da Tua palavra. O

Senhor possa, o Senhor mesmos estar ministrando, claramente, aos nossos

corações aprofundando as nossas convicções, aprofundando e aclarando a

nossa visão, nosso entendimento, para que mais da glória do Senhor, Tua

pessoa e Tua obra estejam brilhando aos nossos olhos, fortalecendo o nosso

espírito, edificando as nossas vidas, para honra e glória do Teu próprio nome,

para que nós, como igreja, possamos ser testemunhas vivas da glória da Tua

pessoa e da Tua obra consumada na cruz. Pedimos ao Senhor que venha nos

dar alimento nesta noite em nome de Jesus. Amém.

Irmãos, vamos prosseguir compartilhando um pouco a respeito da

Expiação e possivelmente encerrando então, hoje, esse terceiro aspecto

fundamental, esse terceiro alicerce que temos visto da nossa confissão.

Para nós prosseguirmos mais ou menos de onde paramos, eu creio que

seria importante os irmãos, retomarem nas suas mentes, nos seus corações que

toda essa visão do cap. 16 de Levítico, ela tem como fundamento a ira de

Deus. Irmãos, é uma necessidade, nós como filhos de Deus, a igreja de Deus,

nós termos uma compreensão muito clara, mesmo, a respeito da ira de Deus,

porque nós fazemos uma separação, penso eu, de uma forma errada entre amor

e ira de Deus. A contraparte da ira de Deus é o amor de Deus, como verso e

reverso de um mesmo item, de uma mesma moeda. Verso e reverso. A ira de

Deus e o amor de Deus, de tal forma que, quando você tem um,

necessariamente, tem o outro. Nós costumamos, na nossa mente natural,

colocar como alternativa à ira de Deus, então o seu amor, mas na verdade,

creio que há clareza na palavra de Deus para dizermos que a alternativa da ira

de Deus, não é o amor de Deus. A alternativa da ira de Deus e do amor de

Deus, seria a indiferença. Todas as vezes que Deus exerce o seu amor, Ele

exerce a sua ira, e todas as vezes que Deus exerce a sua ira, está exercendo o

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seu amor. Nós não podemos ter uma moeda com apenas um lado. Sempre

teremos os dois lados. Então para termos uma boa compreensão, eu penso

assim, do capítulo 16 de Levítico e de toda essa idéia chamada Expiação ou

Propiciação de que temos falado, que inclui o sentido de Deus desviar a ira,

nós precisamos saber o que é ira, e não colocar a ira de Deus tendo como

contraparte o seu amor, ou melhor, como alternativa, como o antônimo do seu

amor, porque a ira de Deus e o amor de Deus não são antônimos. Não são

antônimos. São sinônimos. São verso e reverso de uma mesma moeda. Os

irmãos compreendem isso? Todas as vezes, vejam por exemplo, a tornar cada

vez mais claro de forma prática, veja que o capítulo 12 de Hebreus ensina

sobre disciplina. O cap 12 usando aquele pano de fundo de Provérbios, pois

Provérbios é cheio dessa lição aplicada no cap 12 de Hebreus, quando ele está

falando sobre o nosso Pai amoroso, o autor de Hebreus diz assim que Ele

como Pai, corrige e disciplina a quantos ama [HEBREUS 12:7 É PARA

DISCIPLINA QUE PERSEVERAIS (DEUS VOS TRATA COMO FILHOS); POIS QUE FILHO

HÁ QUE O PAI NÃO CORRIGE?]. Ele açoita a todos aqueles que Ele recebe por

filho(HEBREUS 12:6 PORQUE O SENHOR CORRIGE A QUEM AMA E AÇOITA A

TODO FILHO A QUEM RECEBE.). Por que? Porque lá em Provérbios diz assim

que aquele que ama o seu filho, cedo o disciplina(PROVÉRBIOS 13:24 O QUE

RETÉM A VARA ABORRECE A SEU FILHO, MAS O QUE O AMA, CEDO, O

DISCIPLINA.). Então os irmãos vejam que ira e amor não são antônimos. São

contrapartes de um mesmo fato, do caráter de Deus. Deus é amor na mesma

medida em que Deus é ira, e sempre que Ele exerce o seu amor, Ele está

exercendo a sua ira. Quando Deus trata conosco, nos colocando debaixo do

seu amor paternal, em todas as suas atividades amorosas, paternais para

conosco Ele estará exercendo a sua ira, porque Ele estará falando conosco a

respeito do que em nossas vidas não tem satisfeito a Sua pessoa, o seu caráter.

E esse falar conosco a respeito dessas questões é exercício da sua ira, porque a

ira de Deus se revela contra tudo aquilo que é antagônico a Deus, porque

Deus é um ser moral. Então os irmãos compreendem como que amor e ira não

são antônimos? Você nunca pode dizer que quando um pai, segundo Deus,

disciplina o seu filho, ele está então, agindo de uma forma antagônica ao que

ele quis produzir ali, através daquela disciplina ele não está exercitando amor.

Aquela disciplina, aquele ato, que muitas vezes provoca dor, não é uma

expressão de amor. Nós não somos capazes de dizer isso, porque nós, como

cristãos pelo menos, na idéia do mundo isso é separado, mas muitas vezes no

nosso mal entendimento cristão, essas duas coisas ainda permanecem

separadas. Mas irmão, que deficiência na nossa compreensão, se isso ainda

permanece assim, porque Deus todas as vezes que libera o seu amor – e é o

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que Ele é - exerce o seu amor, Ele está exercendo a sua ira. Nós então temos

que compreender bem que ira e amor não são antônimos.

Por que é que é importante essa compreensão dentro desse panorama da

Expiação? Porque Deus quando realizou Expiação na pessoa do Filho, no

Filho do seu amor, nesse mesmo Filho do seu amor, Ele estava executando

a sua ira, de tal forma que no pleno exercício da sua ira, Ele pudesse exercer

plenamente o seu amor. Não foi assim que aconteceu na cruz do calvário? O

que é que os irmãos acham sobre a cruz? Que a cruz foi expressão de cem por

cento amor de Deus apenas? Ou os irmãos vêem que ela foi expressão de cem

por cento da ira de Deus? Não foi? Não há um Salmo que diz assim que na

cruz graça e verdade se encontraram, justiça e paz se beijaram? (Salmos

85:10) Porque quando Deus exerceu manifestou o seu amor em Cristo, Ele

exerceu, deu lugar, deu vazão, a toda a sua ira naquele mesmo ato. O que é

que Ele estava fazendo ali? Ele estava demonstrando o quanto Ele ama o

homem que se perdeu. O quanto Ele ama o homem que se perdeu, que se

alienou Dele, por causa do pecado e na mesma cruz, Ele estava mostrando o

quanto Ele odeia de uma forma total, absoluta, isso que se chama pecado, ou

seja, tudo aquilo que não é coerente com o caráter Dele. Por que é que Ele

odeia? Porque tudo que é incoerente com o caráter de Deus, não pode

produzir alegria de Deus, satisfação. Irmãos é por isso que o diabo não tem

alegria, porque não há alegria no antagonismo a Deus. É por isso que o diabo

vive no inferno, porque inferno, é ausência de amor. Não há satisfação, não há

realização, não há alegria em nada que seja antagônico a Deus. Então, quando

Deus exerce o seu amor, Ele exerce a sua ira para que nós vejamos que pelo

seu amor, Ele quer nos atrair e pela sua ira, Ele quer nos limpar, assim como

um pai disciplina um filho, da mesma maneira. Aquela figura que

frequentemente usamos, quando você com todo aquele amor paterno, ou

materno, vai dar banho no seu nenezinho novo, cheio de sujeira, mal

cheiroso, tira as fraldinhas dele, dá o banhozinho nele, você não joga depois

o filho e a água. Você recolhe o filho, aquece o filho, enxuga, veste, põe a

roupinha e joga fora a água suja. Esse é o exercício de amor e ira ao mesmo

tempo. É o amor pelo filho que te faz agir com ele assim. Não é? Você está

mostrando o seu antagonismo contra tudo aquilo que é fedorento, que faz mal

para ele. Então você vai limpá-lo de tudo aquilo e conservar o filho. Deus

sempre age com amor e ira ao mesmo tempo, mas por causa de nós homens,

por causa do pecado, uma idéia errada a respeito de ira, quando nós homens

falamos sobre ira, nós pensamos em rancor, nós pensamos em raiva, pensamos

em atitudes intempestivas, precipitadas, atitudes completamente fora de

controle, ou qualquer coisa desse tipo. Mas isso nunca existe em Deus. Deus

não é precipitado nem intempestivo, não se deixa levar por emoções. Deus

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exerce uma ira santa. Por que ira santa? Porque Ele exerce a sua ira contra

tudo que não é compatível com Ele. Por que? Porque tudo que não é

compatível com Ele, não trás bem aventurança, realização, satisfação, alegria,

paz, e tudo o mais que nós quisermos nomear aí em termos de virtudes. Tudo

o que é antagônico a Deus, não trás essas realidades. Por isso Deus age com

ira, e quando nós pensamos nessas outras realidades que nós colocamos

debaixo do nome pecado, então nós entendemos porque é que Deus despeja

sua ira sobre o pecado, porque o pecado é antagonismo. O pecado é

independência, o pecado é separação, é alienação. Então, debaixo desse ponto

de vista irmãos, nós podemos ver melhor, compreender melhor tanto esse

símbolo de Levítico 16, não só Levítico, mas outras passagens que falam

sobre a Expiação de foram simbólica, mas podemos além disso ver, com mais

clareza, a cruz, o que é que aconteceu na cruz. Nós podemos, mesmo que

ainda de leve, ainda por espelho, compreender o que é que o Senhor Jesus quis

dizer recitando o Salmo 22 na cruz, naquela hora negra da cruz, quando Ele

disse: 1 ¶ DEUS MEU, DEUS MEU, POR QUE ME DESAMPARASTE? Qual o

significado disso? A ira santa de Deus, totalmente despejada sobre o pecado

do homem. Claro que não sobre o pecado do Filho; Ele é o seu Filho amado

em quem Ele tem todo o seu prazer. Não havia pecado Nele. 1ª João 3 diz

assim: 1 JOÃO 3:5 SABEIS TAMBÉM QUE ELE SE MANIFESTOU PARA TIRAR OS

PECADOS, E NELE NÃO EXISTE PECADO. Ele em tudo se tornou semelhante aos

irmãos, participou da nossa natureza, mas sem pecado. Ele foi tentado em

todas as coisas em nossa semelhança, mas sem pecado. Ele é o perfeito Filho,

o Filho do seu amor, o Filho em quem lhe compraz, o Filho do qual o Pai

disse: LUCAS 9:35 E DELA VEIO UMA VOZ, DIZENDO: ESTE É O MEU FILHO, O

MEU ELEITO; A ELE OUVI. Então, aquele pecado que estava sobre Ele não é

Dele, mas é pecado. Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por

nós, e por isso então Ele clamou de uma forma muito real naquela cruz. Não

simbólica, mas real. Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? Então

irmãos a cruz ganha outra realidade para nós. Que brilho a cruz ganha e que

segurança o nosso coração tem? O meu e o seu pecado foram cabalmente

jogados no Cristo. Totalmente. Deus meu, Deus meu, por que me

desamparaste. Não havia motivo nenhum para esse desamparo, a não ser o

pecado. Por isso Jesus nunca perdeu de vista a face do Pai. Nem na

eternidade, nem na vida terrena, porque Ele é o Filho amado de Deus, perfeito

de Deus, santo de Deus. Ele só perdeu de vista a face de Deus, naquele

momento em que a ira de Deus foi despejada sobre o pecado que Ele então

pode, como perfeito substituto assumir ali na cruz, exatamente porque era

perfeito. Senão fosse perfeito não poderia assumir. Ele só poderia assumir o

pecado Dele mesmo, se Ele tivesse pecado. Um pecador não pode representar

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um outro pecador de forma justa. Somente alguém sem pecado pode

representar o pecador de uma forma justa, aceitável aos olhos de Deus. Não é

assim? Esse é o Senhor Jesus. Por isso a morte do Senhor Jesus na cruz é

tão única. Então, irmãos, de novo, repetindo, nunca veja o amor como o

antônimo de ira, mas como contraparte. Todas as vezes que Deus exerce o seu

amor, Ele vai exercer a sua ira. Todas as vezes que Ele te der um senso

claro do seu amor, Ele está exercendo a sua ira em você. Ele está chamando

você para mais perto Dele, Ele está julgando um pecado em você, Ele está

dizendo não faça isso; não ande por este caminho; reveja isso na sua vida; se

arrependa disso; corte essa relação; fortifique essa outra; despenda mais tempo

para isso; gaste menos tempo com isso: isso é exercício da ira de Deus. A ira

de Deus, nos separando, nos amadurecendo, nos limpando, ao mesmo tempo

em que Ele exerce o seu amor. Então irmãos, é muito importante

compreender, sabe por que? Precisamos adorar a Deus pela Sua ira, assim

como adoramos pelo Seu amor. É porque nossa visão é confusa. Nós somos

adoradores de Deus em tudo o que Ele é. Então, quando adoramos a Deus,

estamos adorando o Deus que se ira, porque se Deus não se irarsse, nós nem

ao menos poderíamos subsistir. O que é que os irmãos acham, porque o

Senhor instituiu magistrados, governadores, juízes? O que é que Romanos 3

nos ensina? Eles são ministros de Deus, vingadores, para os que praticam o

mal. Se a ira de Deus não fosse exercida de certa forma através e inclusive,

dessas pessoas, nós não teríamos nenhum tipo de vida neste mundo. Nós já

teríamos sido completamente consumidos. Então os irmãos vejam que a ira de

Deus é expressão do seu amor. E a ira de Deus nos mantém vivos, assim

como o seu amor. Então, qual é o antônimo de ira? É indiferença. Se Deus

fosse moralmente neutro e indiferente, Ele não exerceria a sua ira, ou Ele

poderia ser redimido de outra forma, e é isso que as seitas e religiões pregam.

As religiões também falam de redenção, as seitas falam sobre redenção, a

grande maioria delas. Só que redenção, para eles não tem nada a ver com o

Senhor Jesus encarnado, nem com a cruz e nem com o sangue. Redenção para

eles é uma auto-redenção. É o homem se redimir por si mesmo, seja através

de boas obras, seja através de conhecimento, de iluminação, seja como for. O

homem vai auto se redimir. Eles também falam sobre redenção, mas não pelo

sangue, porque eles não crêem em um Deus pessoal. Não é? Mas nós

cristãos cremos em um Deus pessoal, e em um Deus que não é moralmente

neutro, mas em um Deus que é bom em sua natureza, e que julga todo mal,

porque Ele não é o autor do mal. Tiago disse que Deus não pode ser tentado

pelo mal, porque Ele mesmo, a ninguém tenta. Ele é o Pai das luzes, em quem

não há variação nem sombra de mudança. Se nós não tivermos esse panorama

primeiro, ou seja, a ira de Deus o que é, o amor de Deus o que é, nós vamos

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ver mal a cruz. Nós vamos achar talvez que poderia haver um outro modo de

redenção. Quando nós vemos bem o caráter de Deus, o seu amor e sua ira,

exercidos ao mesmo tempo, completamente, então nós vemos que a cruz é

aquele ápice – ápice de amor – e ápice de ira. A cruz é o ápice dos dois. E

essa propiciação que nós temos estudado aqui em Levítico 16, um dos

sentidos desse termo, ou expiação, significa desviar a ira. A ira desviada,

porque irmãos, quais eram os objetos dessa ira? Essa ira tinha um destino. Ela

não ia sofrer desvio. Essa ira tinha um destino. Qual é o destino? Romanos

1:18, se você ler, você vai ver qual o destino da ira. Romanos 1:18 diz assim:

18 A IRA DE DEUS SE REVELA DOS CÉUS, CONTRA - qual é o destino dela -

TODA SORTE DE IMPIEDADE E PERVERSÃO DOS HOMENS. Esse é o destino da ira.

Toda sorte de impiedade e perversão dos homens. Não é propriamente contra

os homens, mas contra a impiedade e perversão dos homens. Mas como essa

impiedade e essa perversão estão nos homens, então isso se torna objeto da

ira. Eles vão ser julgados porque eles são ímpios, e eles são perversos. Não

é? Então, quando a Bíblia diz que a ira de Deus se revela dos céus contra toda

sorte de impiedade e perversão dos homens, mostra qual é o destino, o curso

dessa ira. Irmãos isso seria assim, até o fim, sem nenhum problema moral

com Deus. Nenhum problema moral. Qual é o problema moral de Deus se

Deus julgar que merece ser julgado? Qual é o problema moral? Que injustiça

há mandar para o inferno quem é digno do inferno? Não há injustiça

nenhuma. Muito pelo contrário, há um brilho, um fulgor de plena justiça.

Deus está condenando quem merece ser condenado. Irmãos, mas há uma

questão aí, dentro do coração de Deus. É que Deus, esses pecadores ímpios,

como Romanos 1:18, esses que são objetos da ira, impiedade e perversão dos

homens, esses ímpios e perversos, são amados por Deus, porque Deus ama o

pecador. Então, dentro do coração de Deus, digamos que por uma compulsão

Dele mesmo, Ele quer e vai salvar de forma justa o pecador que Ele ama. Só

que Ele enfrenta uma dificuldade no Seu próprio caráter, e não com o diabo,

nem com anjos, nem com ninguém. Ele enfrenta uma dificuldade com Ele

mesmo. É como Ele pode colocar em relação com eles pessoas que tem o

pecado nelas, e que precisam ser julgadas. Então Deus enfrenta, vamos

colocar entre aspas, um “conflito interno” do seu amor, da sua ira, do seu

caráter santo e conseqüentemente do seu antagonismo a tudo quanto que não

é de acordo com o caráter Dele. Então como é que Deus vai fazer para

resolver este dilema? Ele tomou o nosso pecado, julgou totalmente na pessoa

de um santo substituto, Ele mesmo na pessoa do seu filho, não uma terceira

parte, mas Deus mesmo. Deus estava em Cristo. Cristo não é uma terceira

parte. Não. Deus estava em Cristo. São duas partes só. É só Deus e o homem.

Não tem nenhuma terceira parte. Deus estava em Cristo, porque Cristo é

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Deus, o Filho de Deus. Deus estava em Cristo, reconciliando, com Ele

mesmo o mundo. Ele e o homem. É um assunto entre Deus e o homem. Não

é um assunto entre Deus, o homem e o diabo; Deus o homem e mais alguém.

Só Deus e só o homem. Deus cem por cento santo e o homem cem por cento

pecador. Então irmãos, com esse pano de fundo é que nós podemos

compreender propiciação. Senão isso tudo para nós não passa de simbologia.

E a visão do Novo Testamento fica obscura, aquilo que o Senhor realizou na

cruz. No mínimo, obscuro. Então irmão, se Deus fosse moralmente neutro,

Ele não exerceria nem o seu amor e nem a sua ira. Mas, porque Ele não é

moralmente neutro, não é indiferente, então Ele exerce o seu amor e a sua ira.

A alternativa para ira não é o amor. A alternativa para a ira é a indiferença. Se

Deus não exercesse a sua ira, Ele seria indiferente para com o pecado.

Neutro, omisso e isso não é inerente ao caráter de Deus. Por ser quem Ele é,

Ele tem que julgar o mau. Do contrário Ele não é quem é. Por Ele ser quem

é, Ele tem que julgar o mau. Ele está obrigado por Ele mesmo, a julgar o mau,

senão Ele deixa de ser quem é. Os irmãos compreendem isso? É muito

importante compreendermos irmão, porque muitas vezes nós pensamos que

poderia haver uma outra maneira e as vezes ficamos mesmo sem entender o

por quê da cruz. Nós precisamos ver que Deus tinha “um dilema” com o seu

próprio caráter, porque Ele é santo e Ele não pode deixar de julgar o mau.

Então, desde o Velho Testamento, nesses símbolos todos, essa idéia de

Expiação ela é bem explícita: um substituo, pelo pecador, substituto tal que

pudesse satisfazer a Deus. Então os irmãos vejam a importância disso. Moisés

não inventou um tipo de substituto qualquer, muito menos Arão. Nem Abraão

antes dele. Nem mesmo Abel que foi o primeiro a oferecer um sacrifício. A

Bíblia diz que quando Abel fez isso – lá em Hebreus 11 - quando fala do

sacrifício que Abel ofereceu, diz que ele foi aceitável a Deus, foi baseado na

revelação de Deus, e teve um valor tal aos olhos de Deus, que esse Abel,

mesmo depois de morto, ainda fala. Ou seja, aquele sacrifício que ele

ofereceu, foi segundo o entendimento que ele teve de redenção. Abel entendeu

isso. Caim não. Caim fez obras. Caim lavrou a terra, tentou fazer alguma

coisa. “Olhe aqui, ó Deus o que é que eu trago para ti agradar, para ti

satisfazer”. Esse é Caim. Agora, Abel não. Abel entendeu que nada que

partisse dele poderia ser aceitável a Deus. Então baseado nesse mesmo

entendimento, o que foi que ele fez? Ele ofereceu uma vida inocente, sem

pecado, simbolizada por aquele animal. Não é? Um animal não tem

responsabilidade moral, não é um ser responsável, não é uma pessoa. Só tem

vida animal, da alma, Não tem espírito. Só tem vida instintiva. Então quando

Abel ofereceu aquele animal, simbolicamente, ele estava oferecendo a Deus, o

que, no seu entendimento poderia agradar a Deus. Uma vida inocente, uma

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vida sem pecado. E os irmãos sabem que aquele sacrifício é uma figura de

Cristo. Interessante não é? Quanto tempo antes, do sacrifício, do

cerimonialismo judaico ser instituído, Abel ofereceu este sacrifício? Quantos

séculos antes? Baseado numa revelação da redenção de Deus, e do culto que

agrada a Deus. Abel ofereceu mais excelente sacrifício, do que Caim.

Então irmãos, que coisa importante a nossa compreensão de

Propiciação, de Expiação? Por que é que Deus fez assim? Porque ele tinha

que fazer assim. Por que é que Ele tinha que fazer assim? Porque Ele era

obrigado pelo seu próprio ser, porque se Ele não fizesse assim, Ele não seria

Deus. Ele como Deus não é neutro. Ele como Deus não é indiferente. Ele

como Deus é um Deus moral. Então Ele tem que julgar o mau. Mas Ele ama

o pecador, e vai salvar o pecador. Como que Ele vai fazer as duas coisas ao

mesmo tempo? Vai julgar o pecado e salvar o pecador? Como é que Ele vai

separar, entre aspas, essas duas coisas? Então nós vemos com clareza o

significado da cruz, porque na cruz foi isso que aconteceu. Julgou o pecado na

pessoa santa do seu Filho, de tal forma, que o pecado julgado ali no seu Filho,

foi completamente liquidado. Aquela dívida relacionada ao pecado foi paga.

Sacrifício de Cristo é um sacrifício inclusivo. Ele assumiu o pecado, no

singular. Nós podemos dizer que o pecado não se limita a atos. Não é uma

coisinha que você faz aqui, outra que você faz ali. O pecado é como se fosse

uma entidade espiritual, uma árvore da qual brotam muitos frutos. Então,

quando o Senhor Jesus foi feito pecado na cruz, pecado no singular, na pessoa

Dele, Deus julgou todo o pecado. Não uma quantidade de pecados

simplesmente, mas todo o pecado. Por isso o capítulo 6 de Romanos nos diz

que nós não estamos mais debaixo da lei e sim da graça e que o pecado não

terá domínio sobre nós. Lá não fala sobre um ato ou outro específico, mas

fala do pecado como um princípio. Ele não terá domínio. Não importa o que

ele produz: isso, aquilo, a mentira, a inveja, o ciúme, o ódio ou seja o que for,

não está falando nisso. Está dizendo “o pecado” como princípio, e tudo que

ele produz, como conseqüência. O pecado não terá domínio sobre vós. Por

que? Porque Aquele que não conheceu pecado - também no singular - Deus

o fez pecado, e Nele o pecado foi julgado. Então agora não terá domínio

sobre nós, porque foi julgado na pessoa do Senhor. Então irmãos essa idéia,

substituição vicária, ela é importantíssima na Bíblia. Importantíssima. A

substituição efetuada por Cristo na cruz, satisfazendo a Deus e não ao diabo -

o diabo não tem nada com isso - a dívida era com Deus e não com ele. Aquele

sacrifício satisfazendo a Deus, e é o que você vê aqui em Levítico 16. Onde é

que está o diabo nessa história de Levítico 16? Totalmente fora. O sangue é

levado lá no Santo dos Santos, para apresentar a Deus e não ao diabo, porque

é Deus quem deve estar satisfeito, é que deve se satisfazer, para que o homem

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possa ser justificado, segundo os padrões de Deus. Então os irmãos vejam a

importância dessa compreensão. Toda essa simbologia tem essa idéia dessa

substituição vicária, satisfação de Deus como pano de fundo. Se nós não

virmos isso, nós perdemos tudo. Nós ficamos só em detalhes aí. Perdemos

toda a visão. Isso é muito importante nós compreendermos.

Vou tocar em um ponto aqui, que não foi possível na reunião passada,

por causa de tempo, e quando eu terminei de compartilhar, alguns irmãos

pediram inclusive que fosse abordado, aquela questão do bode emissário. Nós

falamos na reunião anterior, que aqueles dois animais, na verdade eram três,

aquele carneiro para holocausto e aqueles dois bodes que eram oferecidos pelo

povo, como oferta pelo pecado, nós mostramos que o carneiro para holocausto

fala exatamente no que eu coloquei agora aqui, Cristo satisfazendo a Deus,

holocausto é isso. Do holocausto ninguém come nada. O holocausto é

queimado totalmente. Tudo é queimado porque a satisfação de Deus está em

primeiro lugar. Deus deve estar satisfeito. Do contrário nós não podemos ser

aceitos e então o carneiro do holocausto fala que Deus está satisfeito. E para a

satisfação de Deus. Agora, no que concerne a oferta pelo pecado, o

holocausto não tem nada a ver com o pecado. O holocausto é satisfação de

Deus. Na oferta pelo pecado, nós temos dois animais, agora entra o pecado.

Um animal, um bode, que lançavam sortes naqueles dois, e um deles era

sacrificado. O sangue era levado lá dentro do Santo dos Santos, passados nas

pontas do altar, na parte mais alta, nos quatro chifres do altar de bronze, de

apresentar a Deus o sangue e depois ele é levado lá dentro do Santo dos

Santos, onde Arão já tinha levado o sangue do novilho, por ele mesmo, por

sua casa. E esse outro animal, esse bode vivo? Arão colocava a sua mão sobre

a cabeça dele, diz o texto, se os irmãos olharem aí em Levítico 16:21, diz que

Arão confessava todas as iniquidades dos filhos de Israel. Todas as suas

transgressões. Olhe a ênfase no “todo”. Todos, todos, todos. Três vezes.

Todas as iniquidades, todas as transgressões, todos os pecados. Três vezes.

Lev. 16:21..... e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela

mão de um homem à disposição para isso. Vou ler com os irmãos 3 textos.

Creio que serão suficientes, para trazer luz para nós sobre esse símbolo. Por

que é que esse bode ia para o deserto? Vou dizer a razão primeiro para depois

lermos o texto. Dois aspectos complementares e muito ricos, muito lindos,

muito cheio de significados. Em primeiro lugar, aquele bode, carregando os

pecados, simbolicamente, todos os pecados, todas as iniquidades, todas as

transgressões e indo lá para o deserto, em primeiro lugar, os pecados as

iniquidades, as transgressões, estavam sendo afastadas da vista de Deus. Esse

é o primeiro ponto importante, porque aonde estava Deus naquele dia da

Expiação? Onde estava a presença de Deus? Nos Santo dos Santos. Não é?

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Não estava lá em cima do propiciatório aquela Shekina, a glória de Deus?

Não estava lá? E aquele bode indo para o deserto? O que é que significa

isso? Todos os pecados, todas as iniquidades, não algumas, mas todas,

estavam indo para longe, em primeiro lugar, da vista de Deus. Isso é

primariamente importante. Agora, complementarmente, aquelas iniquidades,

pecados e transgressões, estavam indo para longe das vistas de quem mais?

Do povo. Na reunião passada nós vimos aquele trecho de Hebreus 9, onde se

tem uma alusão a esse fato. Hebreus 9:14. O sangue de Cristo, que aquele

bode era símbolo, ele purificará a nossa consciência das obras mortas para

servirmos ao Deus vivo. Então aquele bode, levando as iniquidades que Arão

confessou sobre a cabeça dele, estava tirando da vista de Deus, os nossos

pecados, e tirando da nossa própria vista, da nossa consciência, os nossos

pecados. Olhe como três textos aqui vão nos ajudar. Vamos dar uma olhada

em Isaías primeiro. Isaías 44. Olhe o verso 22. 22 DESFAÇO AS TUAS

TRANSGRESSÕES COMO A NÉVOA E OS TEUS PECADOS, COMO A NUVEM; TORNA-

TE PARA MIM, PORQUE EU TE REMI. Olhe a idéia de redenção aqui, embutindo a

questão de purificação de pecados. Desfaço as tuas transgressões como a

névoa. Capítulo anterior, 43:25. 25 EU, EU MESMO, SOU O QUE APAGO AS

TUAS TRANSGRESSÕES POR AMOR DE MIM E DOS TEUS PECADOS NÃO ME LEMBRO.

Observe a ênfase irmão. Esse eu, eu mesmo, é muito significativo. Você está

vendo como Jesus não é uma terceira parte? Você está vendo quando Deus

enviou um mediador, esse mediador não é alguém apartado dele mesmo? Mas

o mediador é ele mesmo. Quem é o mediador Cristo Jesus homem? É o Filho

de Deus encarnado. Ele é Deus mesmo, assim como Ele é homem. Ao

mesmo tempo. Totalmente Deus. Totalmente homem. Esse eu, eu mesmo,

como é precioso. 25 Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por

amor (por amor de quem?) de mim e dos teus pecados não me lembro. Por

amor de mim. Outra expressão muito importante. Por que é que Deus faz isso?

Porque Ele olhou para o homem, e teve piedade do homem perdido. Muito

mais do que isso. Ele teve misericórdia do homem que se perdeu, é claro. Mas

Deus fez isso, porque Ele é amor. Digamos que isso signifique uma

compulsão externa. Não é interna. Deus agiu assim, porque Ele é assim. Eu,

eu mesmo, sou o que apago as suas transgressões por amor de mim. E dos

teus pecados não me lembro. Figura linda também, porque Deus não é um

Deus sem memória. Está certo? A Bíblia diz em muitos textos que Ele é um

Deus onisciente. Não é? É claro que isso aqui é uma figura humana para

compreendermos o que ele está querendo dizer. Está querendo dizer que para

ele é como se não existisse. Por que? Porque ele simplesmente vai te

considerar? Não. Porque o seu filho, na cruz, assumiu todo o significado do

pecado nosso e por nós. Não é? Esse “não me lembro”, claro, tem esse

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sentido. Mais um texto ainda, no Velho Testamento mesmo. Jeremias, cap.

31. Mais um exemplo. Esse versículo é importante porque ele é usado lá em

Hebreus. Depois nós vamos ver lá em Hebreus esse mesmo versículo.

Jeremias 31: 34. 34 NÃO ENSINARÁ JAMAIS CADA UM AO SEU PRÓXIMO, NEM

CADA UM AO SEU IRMÃO, DIZENDO: CONHECE AO SENHOR, PORQUE TODOS ME

CONHECERÃO, DESDE O MENOR ATÉ AO MAIOR DELES, DIZ O SENHOR. POIS

PERDOAREI AS SUAS INIQÜIDADES E DOS SEUS PECADOS JAMAIS ME LEMBRAREI.

É aquele bodezinho emissário, levando as iniquidades para fora da vista de

Deus, o que é mais importante. O que é que adianta se ficasse longe da nossa

vista, mas à vista de Deus? Em primeiro lugar é afastar da vista de Deus.

Longe. E a expressão que os profetas usam, tanto Isaías, quanto Jeremias, é

esse não me lembro. Não porque Deus se esquece. Deus não se esquece de

nada, mas porque Ele não imputa. Quando nós estudarmos o próximo alicerce,

da nossa confissão, a Justificação, nós vamos ver a importância dessa questão

chamada imputação, o que é que significa isso. Ele não imputou os nossos

pecados a nós. Ele imputou os nossos pecados a Cristo. É por isso que Ele

não se lembra. Ele imputou a Cristo. Não é que Ele se esquece. É porque Ele

julgou devidamente. É porque o Senhor Jesus na cruz disse: Deus meu, Deus

meu. Por que me desamparaste? Aquele que não conheceu pecado, foi feito

pecado por nós. O justo pelos injustos, como diz Pedro, para nos conduzir a

Deus. Ainda antes no cap. 2, ele diz: carregou, Ele mesmo, sobre o madeiro,

os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a

justiça. Pelas suas chagas fostes sarados. Sempre a idéia de substituição e

satisfação. Então, os irmãos vejam a simbologia desse bode emissário. Muito

rica. O sentido é esse: tirar o pecado da vista. Bode indo para o deserto. Fora

da vista de Deus, o que é mais importante, e em segundo lugar, fora da nossa

vista. Por que é que nós não precisamos ficar olhando para os nossos

pecados? Por que? Porque Deus não olha para os nossos pecados. Por que é

que quando nós pecamos, a nossa atitude é de confessarmos os nossos

pecados? Porque Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar de

toda injustiça. E por que é que Ele é fiel e justo para nos perdoar? Por que é

que Ele não pode dizer assim para nós: esse pecado Eu não vou te perdoar.

Por que é que Ele não pode dizer isso? Porque Cristo assumiu - lembra do

bode lá no versículo 21 de Levítico que nós lemos? – todas as iniquidades,

todas as transgressões, todos os pecados. Três vezes no mesmo versículo.

Muito importante. Não há pecado que o Senhor não possa perdoar de um filho

dele, porque Cristo Jesus assumiu todo o nosso pecado (no singular) e todas

as conseqüências dele, no plural. Irmãos, se nós tivermos uma compreensão

correta da graça, o nosso coração realmente é mudado. Se nós tivermos uma

meia compreensão da graça, nós temos muito problema. Algumas pessoas,

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quando Paulo pregava esse Evangelho, elas se escandalizavam. Os irmãos se

lembram em Romanos 6. Ali, Paulo faz mais ou menos como que uma

defesa com relação ao que aquelas pessoas argumentavam. Elas diziam,

deveriam estar dizendo algo mais ou menos assim: “Se a graça que Paulo

prega é realmente dessa forma que ele está pregando, então o melhor para nós

é permanecermos no pecado, porque assim a graça será mais abundante”.

Lembra que eles falaram isso? Quanto mais nós pecarmos, mais nós vamos

ver como a graça é maravilhosa, como a graça perdoa tudo. Não importa o que

eu faça. A graça perdoa tudo. As pessoas compreendiam assim, parcialmente,

a visão que Paulo pregava. Lembra como que Paulo respondeu? Ele

respondeu que a graça conforme ele pregava não lidava só com pecados, atos,

frutos, de uma árvore. Ele mostrou que a graça como ele pregava e via em

Cristo, com revelação do próprio Deus, ela incluiu o pecado, como Senhor,

como aquele que domina, como aquele que nos mantém escravos. Então ele

responde a pergunta dizendo assim: ROMANOS 6:2 DE MODO NENHUM! COMO

VIVEREMOS AINDA NO PECADO, NÓS OS QUE PARA ELE MORREMOS? Que lindo,

não é irmão? Então os irmãos vejam que a questão não eram atos. “Vamos

pecar bastante, porque nós vamos ter bastante graça - Superabundou o

pecado, superabundou a graça – então vamos pecar mais para ter mais graça”.

Essa era a falsa compreensão. Então Paulo falou: Como viver no pecado se

para o pecado nós morremos? Nós fomos libertos do pecado, pela morte de

Cristo. O pecado era nosso Senhor. Hoje ele não é nada. Não tem domínio

sobre nós. Se nós andamos em Cristo, permanecemos em Cristo. A Lei do

Espírito da vida em Cristo, te livrou da Lei do pecado e da morte. Não é?

Então os irmãos vejam que o problema não é a graça. O problema é a má

compreensão da graça. Então você tem aí essas visões parciais do Evangelho,

que tentam resolver o problema assim: “ Não irmão. Cuidado. Se você pecar,

naquele momento em que você pecou, você perdeu a salvação. Você agora

precisa se arrepender do pecado para você recuperar a sua salvação, porque se

você morrer naquele pecado, você vai para o inferno, porque na medida em

que você pecou, você foi excluído da graça, da aliança de Deus”. Essa é uma

visão falsa, totalmente falsa. Nós somos filhos de Deus, e o pecado não é

nossa norma de vida. O pecado é um acidente de viagem, e se confessarmos os

nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar o pecado, e nos purificar de

toda a injustiça. A palavra de Deus é muito clara. Então o que é que isso gera

em nós? Um desejo de brincar com o pecado? Ou gera em nós um temor de

Deus, uma adoração a Deus, uma gratidão a Deus. Depende da nossa

compreensão da graça. Se ela for clara, ela gera em nós um desejo de andar

com Deus, um desejo de agradar a Deus. E se pecarmos, confessamos os

nossos pecados, sabendo que Ele é fiel e justo. Aquele sacrifício foi todo

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suficiente para me perdoar de todos os meus pecados. Essa é a visão da graça

que Paulo pregava e escandalizava a tanta gente, e que ainda hoje escandaliza.

Então se ouve tanta coisa por aí nublada com relação a isso. Mas irmãos, até

na tipologia essa idéia é clara. Olha em Levítico 16 que você vai ver, aquele

animalzinho levando todas as iniquidades, todas as transgressões, tudo para

longe da vista de Deus. E o que é que eles faziam quando pecavam? Eles

eram jogados lá fora do arraial? Normalmente não. Quando eles pecavam

eles levavam o animalzinho de novo, lá para o sacerdote matar como

substituto do seu pecado. Não é? Era uma figura do valor perene do sacrifício

de Cristo para perdoar os nossos pecados. Por que é que eles tinha que fazer

isso todo o tempo? Porque era um anima. Por que é que nós não temos que

fazer isso todo o tempo, ou Cristo, não precisa morrer por nós em todo tempo?

Porque o sacrifício Dele é perfeito. Então, quando você abre lá em Hebreus,

por exemplo, cap. 8, você vai ver exatamente este texto de Jeremias, que nós

acabamos de ler. Jeremias 3. Está falando dessa aliança que o Senhor

firmaria com o seu povo, uma aliança em Cristo - Jeremias 31:33 Porque esta

é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o

SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas

inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Hebreus 8: 12 Pois,

para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados

jamais me lembrarei. Quando ele diz nova, essa nova aliança, torna-se

antiquada a primeira, que um símbolo, que é um tipo, como vimos lá no cap.

16 de Levítico. Hebreus 8:13 Quando ele diz Nova, torna antiquada a

primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a

desaparecer. Como esse livro de Hebreus dá aquelas “pancadas” como nós

falamos, por todo o tempo no judaísmo: “aquilo é figura”, “aquilo é tipo”,

“aquilo é sombra”; a realidade já veio. Cristo é o Sumo sacerdote dos bens

que tem realidade, como nós vimos na reunião anterior no verso 11 do cap. 9.

Então irmão, essa compreensão da simbologia, do dia da Expiação é muito

importante para nós. Muito mesmo. Isso envolve a nossa missão de aceitação.

Qual nossa visão de aceitação? É baseada no quê? Qual a nossa visão com

relação ao pecado? Qual a nossa visão com relação aos pecados(no plural)?

Qual a nossa visão com relação à salvação? Então os irmãos vejam que

envolve muitos aspectos a nossa boa compreensão da Expiação: O que foi

feito na cruz.

Agora, nós temos dez minutos para fazer uma obra impossível aqui. Eu

vou ler para os irmãos, no Novo Testamento, três versículos. E queria colocar

a idéia Bíblica, a respeito dessa palavrinha agora no Novo Testamento. A

palavra Propiciação. Vou ler os textos e depois os irmãos meditem por si

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mesmos. Vou encerrar esse assunto para entrarmos no próximo na próxima

reunião.

.......................ela inclui três aspectos. A palavra propiciação, ela é usada no

Novo Testamento, ela é a mesma palavra, Expiação, usada lá em Levítico 16 e

em muitos outros lugares no Velho Testamento, do hebraico. Já falei isso para

os irmãos. Aquela palavra (kaphar) Kaporete. Ela é transliterada, e existe uma

versão grega do Velho Testamento. O Velho Testamento é hebraico, no

original. Existe uma versão grega do Velho Testamento, chamada Septuaginta.

E nessa versão grega a palavra usada para Expiação, que substitui esse

Kaphorete ela tem três aspectos muito preciosos que falam sobre a beleza do

sacrifício de Cristo, cumprindo a tipologia do dia da Expiação. Eu queria

mostrar para os irmãos, em três lugares no Novo Testamento, onde essa luz,

raia para nós de uma maneira muito linda. A palavra grega, ela tem uma

mesma raiz, um mesmo sufixo e prefixos diferentes. Hilam ou Hilas. Então

os irmãos vão ver a mesma raiz para três palavras diferentes que mostram três

sentidos complementares da Propiciação. Uma palavra é verbo e duas são

substantivos. Vamos devagrazinho para os irmãos entenderem. Abra o

primeiro texto: Hb 2:17. Os irmãos vão ver que aqui, o sentido é um verbo. A

palavrinha grega aqui. HEBREUS 2:17 POR ISSO MESMO, CONVINHA QUE, EM

TODAS AS COISAS, SE TORNASSE SEMELHANTE AOS IRMÃOS(todas as coisas.

Participou de carne, de sangue – natureza humana real como fala o versículo

14), PARA SER MISERICORDIOSO E FIEL (não só misericordioso, mas fiel, ou

seja, cumprindo todos os requisitos das ordenações de Deus) SUMO SACERDOTE

NAS COISAS REFERENTES A DEUS E PARA FAZER PROPICIAÇÃO PELOS PECADOS

DO POVO. A palavrinha grega aqui, em Hb 2:17 é hilaskomai. Nós sempre

vamos ter esse sufixo HILAS. Fazer propiciação. É um verbo, não é? Está

falando de uma ação. Foi traduzida aí no nosso português por fazer algo.

Então é uma ação. Fazer propiciação. A propiciação é uma ação. Ela é feita.

Então a primeira figura que eu queria mostrar para os irmãos, é que Jesus, Ele

é, em primeiro lugar, aquele que fez Expiação. Ele é o Sumo Sacerdote. O

que é que o Sumo Sacerdote fazia com aqueles animaizinhos? Ele fazia

propiciação O animal não se matava a si mesmo. Não é? O animal não se

matava, é claro. O animal era morto. E quem que fazia essa propiciação? O

sumo sacerdote. Então os irmãos vão ver três figuras complementares aqui,

onde a gente vai chegar, em três textos do Novo Testamento. A mesma idéia

é propiciação, mas três aspectos. Jesus é quem faz propiciação; Jesus é quem é

o lugar da propiciação e Jesus é quem é a oferta propiciatória. Então é uma

visão complementar, magnífica. Jesus é quem faz a propiciação, assim como

Arão lá fazia, o Sumo Sacerdote e ao mesmo tempo Jesus é o lugar onde a

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propiciação é feita. Onde que a propiciação era feito no Velho Testamento?

No propiciatório. O nome já fala. Para que serve o propiciatório? Era o lugar

onde se fazia a propiciação. Não era lá no Átrio, nem no Santo Lugar. Era lá

no Santo dos Santos. Ali se fazia a propiciação, e por isso aquela tampa da

arca se chama propiciatório. E aquele propiciatório, também, é uma figura de

Cristo. Cristo - vamos usar essa expressão para entendermos - Ele é o lugar

onde Deus e o homem se encontram. Ele é aquele - no sentido de Kaphorete-

Hebraico-Expiação - ou propiciatório - é o lugar de encontro, de cobertura,

aquele lugar onde Deus e o homem se encontram. Só há um lugar para Deus e

o homem se encontrarem. Pense nisso irmão. Só há um lugar para Deus e o

homem se encontrarem. Esse lugar não é o candelabro, não é o Altar de

Incenso, não é a Pia lá fora. Só tem um lugar para Deus e o homem se

encontrarem, sem o homem ser exterminado. Que lugar é esse? Propiciatório.

Não é lindo? Propiciatório. Era assim lá no Velho Testamento. Agora, no

Novo Testamento, quem é que é o Propiciatório? Cristo. E você vai ver que

tem um texto que mostra isso claramente em Romanos cap. 3. Então Cristo é

quem faz propiciação, Ele é o Sumo Sacerdote; Cristo é o propiciatório, o

lugar onde a propiciação é feita, onde Deus e o homem se encontram, sem o

homem ser exterminado: Deus e o homem se encontram em comunhão porque

Deus é satisfeito - por que? Por causa do sangue. Então Deus e o homem

podem se encontrar, por causa do sangue. Os irmãos imaginem se Arão

entrasse lá todo bonito, com as suas vestes sagradas, de linho branquíssimo, a

mitra, o incensário cheio de brasas, incenso fumegando, todo arrumadinho,

mas sem sangue. Irmãos ia ser um incêndio tremendo. Ia queimar tudo. Ia

queimar a roupa do Arão, o Arão. Tudo. Porque está faltando o mais

importante. O sangue. Não é? Então Cristo Jesus, Ele é o propiciatório. Por

que? Porque o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

Então Cristo é esse lugar. Por isso que Paulo escreveu para Timóteo assim: 1

TIMÓTEO 2:5 PORQUANTO HÁ UM SÓ DEUS E UM SÓ MEDIADOR (um só lugar)

ENTRE DEUS E OS HOMENS, CRISTO JESUS, HOMEM. Um só lugar, onde Deus e o

homem se encontram. Cristo Jesus, homem. Ele é o propiciatório. Não é?

Maravilha irmão. Então você vê a palavrinha propiciação. A mesma raiz:

HILAS. Usada com três aspectos diferentes e complementares. Cristo é quem

faz a propiciação, e a palavra aqui em Hebreus, fazer propiciação, no grego é

Hilas, a raiz que eu já citei, Hilaskomai, porque esse “ai” no finalzinho de

qualquer palavra grega, exprime verbo, exprime ação. Significa então: Fazer

Propiciação. E é como foi traduzido aí. Cristo faz propiciação pelos pecados

do povo. Então os irmãos estão vendo? Quem que faz propiciação? O Sumo

Sacerdote. Na Velha aliança era Arão, era o tipo. Quem que faz propiciação

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no Novo Testamento? Cristo. Só Ele faz, porque só Ele é Deus e homem.

Então fazer propiciação é o primeiro sentido. Esse Hilaskomai. Verbo.

Agora, as outras duas palavras são substantivos. Uma exprime o lugar

onde a propiciação é feita e a palavra grega de novo tem o Hilas, a mesma

raiz, porque fala de propiciar, Hilas – e agora você tem “Terion” Hilasterion.

O que é isso? É o propiciatório, o lugar onde a propiciação é feita. Abra em

Romanos para você ver essa palavra. ; Medite nisso depois você nessas três

expressões; quanto isso é grande irmãos!!

ROMANOS 3:25 A QUEM DEUS PROPÔS, NO SEU SANGUE, COMO PROPICIAÇÃO,

MEDIANTE A FÉ, PARA MANIFESTAR A SUA JUSTIÇA, POR TER DEUS, NA SUA

TOLERÂNCIA, DEIXADO IMPUNES OS PECADOS ANTERIORMENTE COMETIDOS

Quem é esse “quem”? É Cristo. No 22 você vê, no 24 você vê a redenção que

há em Cristo Jesus. Aí o 25 de Romanos 3. A quem (Cristo) Deus propôs,

Deus manifestou, no seu sangue como propiciação. Esse é o sentido aqui.

Lugar de propiciação. Isso aqui já não é um verbo, como lá em Hebreus.

Aqui é um substantivo - é o lugar de propiciação. Deus propôs no seu sangue

propiciação – lugar de encontro. Um dos sentidos daquela palavra hebraica

que eu citei, aquele Kaphoret – Expiação, fala de lugar de encontro, de assento

de misericórdia. O propiciatório é o assento da misericórdia e por isso que o

livro de Hebreus fala que nós temos um grande Sumo Sacerdote que penetrou

os céus e nós devemos nos achegar a ele. Lembra aquele texto de Hebreus?

Achegar a Ele. Hebreus 4. Junto ao seu trono da graça. Aquela expressão é

derivada lá da Simbologia do Velho Testamento, do propiciatório,

especificamente. Aquela palavra Hilasterion, o propiciatório, Kaporet que

significa assento de misericórdia. Ali Deus manifestava a sua misericórdia, no

propiciatório. Então, Romanos 3:25 é um substantivo: hilaterion. Deus propôs

no seu sangue um lugar de propiciação mediante a fé para manifestar a sua

justiça. Seria então segunda palavra.

E a última para a gente terminar. Ela aparece em mais de um lugar, mas

nós vamos citar só um exemplo. 1ª João cap. 2: 1 ¶ Filhinhos meus, estas

coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos

Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; 2 e ele é a propiciação pelos

nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do

mundo inteiro. Olhem o verso 2 com bastante atenção. O que é que está

escrito aí? Não está escrito que Ele faz. Aqui não, mas em Hebreus está.

Aqui está dizendo que “ele é a propiciação”. Qual a palavrinha grega aqui

para completar? Também é um substantivo: Hilas de novo. Hilasmos. Então

a primeira é Hilascomai. Jesus faz propiciação. A Segunda é Hilasterion. Jesus

é o lugar de encontro entre Deus e o homem. Ele é o propiciatório. Tem mais

ainda. Jesus é a oferta nesse propiciatório: Ele é o hilasmos, que é a palavra

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que aparece aqui no original. Ele é a propiciação. Ele é o sacrifício

propiciatório, ou ele é a oferta propiciatória pelos nossos pecados, e não

somente pelos nossos próprios, mas ainda pelo do mundo inteiro. Ele está

falando sobre a extensão da expiação. Irmãos. A Expiação de Cristo, ela não é

limitada na sua abrangência. Ela é plena na sua abrangência. Ela é limitada

nos seus efeitos, porque somente os que crêem se apropriam do significado da

propiciação. Somente os que crêem. Com relação à sua extensão, ela não é

limitada. Ela é plena. Cristo é propiciação pelos nossos pecados, e ainda pelo

do mundo inteiro. Tremendo texto. Ele é o hilasmos, a oferta de propiciação.

Então, quando os irmãos juntam essas idéias todas, os irmãos vejam que

aquela simbologia de Levítico 16 fica completa. Quando você olha para Arão,

você vê Cristo. Cristo é quem faz propiciação. Quando você olha para o

propiciatório, você vê de novo Cristo. Cristo é o lugar de encontro entre Deus

e o homem. E quando você olha o sangue que foi tirado lá do animalzinho,

que foi morto lá no Átrio - o sangue é levado lá no Santo dos Santos -

quando você olha para o sangue, você vê de novo Cristo, porque Cristo é a

oferta propiciatória. Então nós podemos dizer que em um ato apenas, Deus

está triplamente satisfeito - usemos essa expressão - porque quem fez a

propiciação é perfeito. Esse lugar de encontro que foi provido para Deus e o

homem, é perfeito; Deus vai se encontrar com o homem sem problema,

porque o pecado está julgado, o pecado foi imputado a Cristo. Então esse

Hilasteriom, esse propiciatório é perfeito, é Cristo, e esse sangue também é

perfeito, porque a oferta é perfeita: é Cristo. Cristo, é tudo. É o sacerdote, é o

propiciatório, é a oferta ao mesmo tempo. Então você vê que o Espírito Santo

não usou essas três palavrinhas aí no Novo Testamento de qualquer forma, a

toa, porque Ele quer mostrar que Cristo cumpre tudo aquilo que o Velho

Testamento tipifica. Arão é uma figura Dele, o Propiciatório é uma figura

Dele, o sangue é uma figura Dele. Tudo é uma figura Dele. Ele cumpriu plena

redenção, uma Expiação perfeita, uma propiciação perfeita e a ira de Deus

então foi desviada;. Ele exerceu plenamente o seu amor, exercendo

plenamente a sua ira. É isso que nós precisamos compreender. Deus não

podia exercer o seu amor, sem exercer a sua ira.

Que o Senhor dê a nós uma convicção plena a respeito desse alicerce,

fundamental para a nossa fé. Como eu disse para os irmãos aqui nessas quatro

mensagens que passamos, compartilhando esse ponto, quanta distorção há

nesse assunto. Quanta distorção, quanta má compreensão sobre a pessoa do

Senhor, o sacrifício Expiatório, a nossa salvação, as implicações da nossa

salvação, o nosso trato com o pecado, o nosso trato com os atos pecaminosos.

Muita confusão. Por que? Por causa de má compreensão do significado da

cruz.

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Então que o Senhor possa gerar em nós um desejo de aprofundarmos

nessas verdades para que nós tenhamos alicerces realmente, alicerces que

redundem em adoração ao Senhor. Por que é que lá no livro de Apocalipse é

só isso que nós vemos? Glória ao Cordeiro que foi morto; com o seu sangue

Ele comprou. Não é isso que nós vemos na consumação final? Porque nós

não temos nenhuma atitude irmãos a fazermos diante, como diz o autor de

Hebreus, de tão perfeita, de tão grande salvação. Nós estamos definitivamente

reconciliados com Deus. Definitivamente perdoados por Deus.

Definitivamente salvos por Ele.

Vou ler um versículo aqui e vamos terminar com ele. Abra a sua Bíblia

por favor em Romanos 5, para você ir para casa meditando um pouquinho

nesse conceito que nós falamos do amor e ira de Deus. Olhe como que o

Espírito Santo, através de Paulo, coloca junto esses conceitos no mesmo

contexto. Romanos 5: 8 e 9. Vejam só amor e ira, como eu falei, não como

dois antônimos, mas como contrapartes. ROMANOS 5 8 MAS DEUS PROVA O

SEU PRÓPRIO AMOR PARA CONOSCO PELO FATO DE TER CRISTO MORRIDO POR

NÓS, SENDO NÓS AINDA PECADORES. 9 LOGO, MUITO MAIS AGORA, SENDO

JUSTIFICADOS PELO SEU SANGUE, SEREMOS POR ELE SALVOS DA IRA. Como que

Ele provou esse amor? Pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós

ainda pecadores. Olhem o verso 9. 9 LOGO, MUITO MAIS AGORA, SENDO

JUSTIFICADOS PELO SEU SANGUE, SEREMOS POR ELE SALVOS DA IRA Que lindo

texto. Não é? Deus prova o seu amor. Como que Ele prova o seu amor? Por

causa do seu amor, Ele exerceu a sua ira, só que Ele exerceu a sua ira

desviada dos seus objetos dignos que éramos nós. Dignos do exercício e da ira

de Deus. Então Ele desviou a sua ira de nós, despejou a sua ira sobre Cristo,

o nosso substituto. Como que Deus prova o seu amor? Porque a sua ira foi

despejado sobre o mediador. Cristo morreu por nós. É o que está escrito no

verso 8, tendo Cristo morrido por nós. Deus prova o seu próprio amor pelo

fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós os pecadores, mas foi Ele quem

morreu, porque no exercício do amor de Deus, a ira de Deus é exercida. Então

ele desviou a sua ira, e despejou-a em Cristo e nós fomos reconciliados e

então somos salvos da ira, e podemos dizer, é claro, que somos salvos pela ira

de Deus, através da ira, porque a sua ira foi plenamente satisfeita, sua ira

santa, na cruz quando Cristo assumiu o nosso pecado. Os irmãos estão

vendo por que não resta nada para nós? Porque Cristo cumpriu toda a

realidade. Amém. Vamos orar.

Senhor, nós pedimos a Ti que o Senhor mesmo possa lançar mais luz

em nossa compreensão da grandiosidade da nossa salvação; da grandiosidade

da cruz do calvário. Esse que é um objeto para os judeus e de loucura para os

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gentios, mas, para nós que somos salvos, é o poder de Deus e sabedoria de

Deus. Dá-nos Senhor, uma compreensão mais aclarada sobre a cruz do

Calvário, sobre a pessoa do Senhor que ali se ofereceu. Pedimos ao Senhor

que fundamente o nosso ser sobre esse firme alicerce da expiação e que o

nosso coração, ele reflita a nossa compreensão em adoração e ações de graça

ao Cordeiro que foi morto e que vive pelos séculos dos séculos e com o seu

sangue comprou-o para Deus. Muito obrigado, Senhor, porque o Senhor nos

fez assim, um reino de sacerdotes. Abra o nosso entendimento para que nós

estejamos baseados no ensino da Sua palavra, alimentados, seguros, para

honra e glória do Teu nome. Em nome de Jesus pedimos. Amém